Um leitor, o Caio P, que não é um comentarista frequente aqui no bloguinho, revoltou-se com a crítica que escrevi sobre Foi Apenas um Sonho, achando que a análise foi feminista demais:
“Por que necessariamente tudo que você diz, assiste, comenta ou critica tem necessariamente alguma relação com o feminismo? [...] É triste saber que um blog com a pretensa intensão [sic] de comentar filmes indique aos seus leitores interpretações extremamente pessoais e tendenciosas”.
Bom, pra responder à primeira parte da pergunta (por que o meu blog fala de feminismo?), deve ser porque este é um blog feminista. Pelos meus registros, eu sou feminista desde os oito anos de idade. Existem feministas que acreditam que a gente não pode se dizer feminista e ser uma assim, de repente, sem ter lido teoria feminista. Acho uma visão dessas extremamente elitista, porque isso reduziria o feminismo à meia dúzia de gatas pingadas, e também porque a vivência de cada um(a) conta muito. Além disso, numa época como a nossa, em que muitas pessoas fazem o sinal da cruz ao ouvir a palavra feminismo, e diz que não, de jeito nenhum, não sou feminista!, não é uma estratégia sensata excluir quem se considera feminista sem nunca ter lido teoria (aliás, qual teoria? Da primeira, segunda ou terceira onda do feminismo? De todas? Das pós-feministas também? Tem que passar num teste? É com consulta?). Acho que pra ser feminista basta ser a favor dos direitos iguais pras mulheres, e lutar por isso. Se você acha injusto que os homens continuem recebendo um salário maior que o das mulheres pelo mesmo trabalho, se você acha que mulheres merecem tanta voz quanto os homens, se você se revolta com os diferentes padrões sexuais que existem pra cada um dos sexos, se você acha o fim que mulheres sejam avaliadas pela aparência o tempo todo, se você acha hediondo que mulheres sejam estupradas e tenham sua liberdade cerceada por causa dessa ameaça, se você acha que mulheres podem ter escolhas e autonomia sobre como querem levar a vida, bom, bem-vinda(o) ao clube. Você é feminista, mesmo que não assuma o rótulo (mas é pra se pensar por que não, né?). Nunca fiz parte de nenhum movimento feminista organizado, assim como tampouco faço parte de um partido político, e ainda assim me considero de esquerda. Tem mais um monte de coisas que eu sou: pró-direitos dos animais, pró-minorias, anti-preconceitos, viciada em chocolate, gorda, ecologista, casada com o mesmo cara há séculos, fiel, irônica, atéia, humanista, amante de jogos, fã de literatura, cinema, teatro, Chico e Beatles, prolixa, anti-consumista, pão-dura, ou melhor, “economicamente responsável”, e devo estar esquecendo uma pá de coisas. Mas tudo isso faz parte da minha identidade. É assim que eu sou. Quando escrevo e falo, estou me expressando, e nisso não sou diferente de ninguém. Minha opinião sobre um filme, um livro, uma receita culinária, um cafuné, vai expressar a minha vivência e o meu jeito de ver o mundo. Isso não quer dizer que vou falar de chocolate em todo post, a menos que eu esteja com um nível muito baixo de chocolate no sangue naquele momento e esteja entrando em delirium tremens. Agora, como que um filme como Foi Apenas um Sonho não tem relação nenhuma com o feminismo? Quem disse? Muitos críticos homens vão ignorar esse aspecto e talvez nem reparem nele. Assim como eu não vou reparar em pontos que pra eles pareçam cruciais. Porque somos pessoas diferentes, temos origens diferentes, interesses diferentes, e tudo isso produz uma análise diferente. Mas pô, eu acho isso ótimo! Eu canso de ver a mesma crítica, igualzinha, apenas ass(ass)inada com nomes diferentes. Quanto mais diversidade, melhor.
Essa é uma queixa que ouço com bastante frequência - que a minha opinião é subjetiva, parcial, “tendenciosa”, inclusive - glupt - pessoal! Gostaria que alguém me explicasse como a minha interpretação de uma obra possa não ser pessoal. Ah, se eu escrevesse em terceira pessoa, em estilo “jornalístico”, fingindo que não existo, talvez conseguisse enganar um ou outro que acredita em neutralidade. Mas acho que a maior parte das pessoas se dá conta que por trás de um estilo dito “imparcial” e “impessoal” existe uma pessoa. Que um texto não cai do céu. Que não existe verdade absoluta. Ainda que eu escrevesse certo por linhas muito tortas, seria a minha palavra, o meu olhar.
E sobre a minha pretensa intenção de comentar filmes, nem sei qual a minha intenção. Acho que minha intenção imediata é me comunicar. Escrevo para ser lida. Se fosse pra guardar tudo numa gaveta ou num arquivo de computador, eu me conheço e conheço a minha preguiça - eu não escreveria. Não sei nem se quero influenciar alguém. Não é que eu vá me candidatar a alguma coisa ou fundar um movimento (mas pensei em um, de brincadeira: Hedonismo sem Consumismo. Não diga que já existe). Mas sim, se não for pedir demais, eu gostaria de fazer minhas leitoras(es) pensarem, refletirem, questionarem tudo, começando pelo que lêem aqui. Eu gosto de textos que me fazem pensar, que me dão algo novo. Adoro o sentimento de “Putz, não tinha pensado nisso!”. Talvez esse sentimento te incomode, Caio. Por quê? Não sei. Não sou você. Só posso dar minha interpretação extremamente pessoal sobre o assunto.
Update: Tenho que fazer minhas as palavras da Paola: "Tchau, vou procurar um blog machista pra encher o saco do dono e já volto!".
Bom, pra responder à primeira parte da pergunta (por que o meu blog fala de feminismo?), deve ser porque este é um blog feminista. Pelos meus registros, eu sou feminista desde os oito anos de idade. Existem feministas que acreditam que a gente não pode se dizer feminista e ser uma assim, de repente, sem ter lido teoria feminista. Acho uma visão dessas extremamente elitista, porque isso reduziria o feminismo à meia dúzia de gatas pingadas, e também porque a vivência de cada um(a) conta muito. Além disso, numa época como a nossa, em que muitas pessoas fazem o sinal da cruz ao ouvir a palavra feminismo, e diz que não, de jeito nenhum, não sou feminista!, não é uma estratégia sensata excluir quem se considera feminista sem nunca ter lido teoria (aliás, qual teoria? Da primeira, segunda ou terceira onda do feminismo? De todas? Das pós-feministas também? Tem que passar num teste? É com consulta?). Acho que pra ser feminista basta ser a favor dos direitos iguais pras mulheres, e lutar por isso. Se você acha injusto que os homens continuem recebendo um salário maior que o das mulheres pelo mesmo trabalho, se você acha que mulheres merecem tanta voz quanto os homens, se você se revolta com os diferentes padrões sexuais que existem pra cada um dos sexos, se você acha o fim que mulheres sejam avaliadas pela aparência o tempo todo, se você acha hediondo que mulheres sejam estupradas e tenham sua liberdade cerceada por causa dessa ameaça, se você acha que mulheres podem ter escolhas e autonomia sobre como querem levar a vida, bom, bem-vinda(o) ao clube. Você é feminista, mesmo que não assuma o rótulo (mas é pra se pensar por que não, né?). Nunca fiz parte de nenhum movimento feminista organizado, assim como tampouco faço parte de um partido político, e ainda assim me considero de esquerda. Tem mais um monte de coisas que eu sou: pró-direitos dos animais, pró-minorias, anti-preconceitos, viciada em chocolate, gorda, ecologista, casada com o mesmo cara há séculos, fiel, irônica, atéia, humanista, amante de jogos, fã de literatura, cinema, teatro, Chico e Beatles, prolixa, anti-consumista, pão-dura, ou melhor, “economicamente responsável”, e devo estar esquecendo uma pá de coisas. Mas tudo isso faz parte da minha identidade. É assim que eu sou. Quando escrevo e falo, estou me expressando, e nisso não sou diferente de ninguém. Minha opinião sobre um filme, um livro, uma receita culinária, um cafuné, vai expressar a minha vivência e o meu jeito de ver o mundo. Isso não quer dizer que vou falar de chocolate em todo post, a menos que eu esteja com um nível muito baixo de chocolate no sangue naquele momento e esteja entrando em delirium tremens. Agora, como que um filme como Foi Apenas um Sonho não tem relação nenhuma com o feminismo? Quem disse? Muitos críticos homens vão ignorar esse aspecto e talvez nem reparem nele. Assim como eu não vou reparar em pontos que pra eles pareçam cruciais. Porque somos pessoas diferentes, temos origens diferentes, interesses diferentes, e tudo isso produz uma análise diferente. Mas pô, eu acho isso ótimo! Eu canso de ver a mesma crítica, igualzinha, apenas ass(ass)inada com nomes diferentes. Quanto mais diversidade, melhor.
Essa é uma queixa que ouço com bastante frequência - que a minha opinião é subjetiva, parcial, “tendenciosa”, inclusive - glupt - pessoal! Gostaria que alguém me explicasse como a minha interpretação de uma obra possa não ser pessoal. Ah, se eu escrevesse em terceira pessoa, em estilo “jornalístico”, fingindo que não existo, talvez conseguisse enganar um ou outro que acredita em neutralidade. Mas acho que a maior parte das pessoas se dá conta que por trás de um estilo dito “imparcial” e “impessoal” existe uma pessoa. Que um texto não cai do céu. Que não existe verdade absoluta. Ainda que eu escrevesse certo por linhas muito tortas, seria a minha palavra, o meu olhar.
E sobre a minha pretensa intenção de comentar filmes, nem sei qual a minha intenção. Acho que minha intenção imediata é me comunicar. Escrevo para ser lida. Se fosse pra guardar tudo numa gaveta ou num arquivo de computador, eu me conheço e conheço a minha preguiça - eu não escreveria. Não sei nem se quero influenciar alguém. Não é que eu vá me candidatar a alguma coisa ou fundar um movimento (mas pensei em um, de brincadeira: Hedonismo sem Consumismo. Não diga que já existe). Mas sim, se não for pedir demais, eu gostaria de fazer minhas leitoras(es) pensarem, refletirem, questionarem tudo, começando pelo que lêem aqui. Eu gosto de textos que me fazem pensar, que me dão algo novo. Adoro o sentimento de “Putz, não tinha pensado nisso!”. Talvez esse sentimento te incomode, Caio. Por quê? Não sei. Não sou você. Só posso dar minha interpretação extremamente pessoal sobre o assunto.
Update: Tenho que fazer minhas as palavras da Paola: "Tchau, vou procurar um blog machista pra encher o saco do dono e já volto!".
Lola, ontem assisti O Leitor. Vc já viu? (não deu para lembrar, sorry) Eu achei ótimo. Minha colega já achou mais ou menos.
ResponderExcluirPosso estar enganada, mas o livro não me trouxe nenhuma 'lição de moral', mas me tocou profundamente ao mostrar como uma pessoa pode influenciar e modificar para sempre a vida de outra.
E embora a Kate Winslet pareça bem mais velha, a gente percebe que ela não é, porque não tem aquela pele flácida na bochecha que o Fiennes por exemplo já tem.
Ops...quando eu disse 'livro' eu quis dizer 'filme'. Embora tenha olhado o livro algumas vezes, não tive coragem de comprar (me pareceu tão meia boca a narrativa).
ResponderExcluirNao entendo qual é a dessas pessoas que vêm aqui, leem (argh) suas críticas e depois reclamam... Nao gostou, nao volte!
ResponderExcluirÉ lógico que os textos que você escreve estao repletos da sua opiniao, afinal, foi você quem os escreveu, e nao uma maquina sem opiniao própria...
Nao existe imparcialidade! A escolha das palavras já é imparcial. Quando um jornalista escreve "assassinato" ao invés de "morte"; "sequestro" ao invés de "desaparecimento"; "psicologicamente desequilibrado" ao invés de "louco" (por exemplo), isso já mostra a opiniao de quem escreveu, ele só nao colocou a primeira pessoa no texto!
Eu realmente acredito que existem pessoas que só se satisfazem ao reclamar...
Lolinha nos faz pensar todos os dias, e se você não gosta, é porque não gosta de pensar!
ResponderExcluirOps desculpe essa é minha opinião pessoal, não sei se vale alguma coisa.
"cold turkey" não é o que você pensa. Cold turkey não é o sofrimento de quem para com drogas, cold turkey é o ATO de parar com drogas subitamente, dai o nome. Melhor escrever sobre o que vc entende.
ResponderExcluirSó vim comentar pra dizer que lê quem quer, se não gosta, para de ler. Mas o que a gente escreve... é (ou pelo menos deveria ser)o que a gente pensa, sente, quer e pronto. Humpf. Manda catar coquinho no mangue.
ResponderExcluirO mais importante é que o blog é seu, você escreve nele o que quiser, e é óbvio que reflete sua opinião. Quem não gosta é só deixar de ler.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluiré isso aí. Como não ser pessoal ao expressar uma opinião? Como não ser pessoal ao filtrar informações sob o crivo da nossa vivência? As interpretações podem ser várias por isso... E é maravilhoso que seja assim.
Abração
Conheço seu blogue há apenas três dias. Seu ponto de vista é, simplesmente, perspicaz.
ResponderExcluirMica, vi O Leitor ontem tb. Vou escrever sobre ele quando chegar a hora. Não sei quando estreia. Concordo com a maquiagem: só colocar peruca branca em alguém e umas ruguinhas não faz a pessoa parecer muito mais velha. A maquiagem do filme é bem fraquinha. E fui só eu que achei que o Ralph Fiennes, no filme, parece MAIS jovem em 77 que em 95?
ResponderExcluirBarbara, pois é, é estranho mesmo. Quer dizer, acho ótimo que opinem sobre a minha opinião, mas se é pra reclamar de algo estrutural - meu feminismo, meu esquerdismo -, bom, já tá claro que isso faz parte de mim. E qualquer crítica que seja contra “interpretação pessoal” e acredite na neutralidade já perde um pouco da seriedade. Obrigada pelos exemplos!
Rosangela, obrigada pela sua opinião, apesar de tão pessoal...
ResponderExcluirAnônimo: vc tem razão (só podia ser um pouco mais educadinho e menos anônimo quando corrige alguém). Eu usei cold turkey como uma expressão errada toda a minha vida. Que horror! Sempre a associei com os EFEITOS de parar de usar drogas. Tremedeiras, convulsões, passar muito mal, essas coisas (até porque visualmente eu sempre imaginei um peru tremendo). Mas não é isso: é só parar de usar drogas (ou largar qualquer vício) na hora, sem preparação. Vou corrigir lá no texto. Mas meu mundo caiu. Nem sei o que usar! Delirium tremens?
Lola,
ResponderExcluirEu como sua leitora frequente, adoro ler seus textos, é bom ter que pensar, concordar, não concordar.
Esse blog é mesmo um lugar para as pessoas refetirem, o interessante é , o texto é muito bom, e "pesca" o leitor, o cara vem e curte, acha que a ironia é inteligente, aquela coisa, de repente ele percebe que o texto está sendo ironico com princípios que ele tem como fundamentais, se vê incomodado, ameaçado, até então ele nunca havia lido um texto escreito por alguém que pensa na condição da mulher com clareza, ah! Quem quer lê, quem não quer não lê, que saco, né?
Tchau, vou procurar um blog machista para encher o saco do dono e já volto!
Paola
Bel, catar coquinho no mangue é legal! Obrigada.
ResponderExcluirKaká, exato, não parece tão difícil.
Demas, vc, que é crítico de cinema, já deve ter ouvido essa reclamação tb, que a crítica tá muito pessoal, subjetiva e parcial. Pô! Tem como ser diferente? (aliás, não vai atualizar o seu blog mais não?).
ResponderExcluirPatrick, que legal, seja bem-vindo! Apareça sempre.
Hehehehe :-) Adoro as suas respostas! Sabes muitíssimo bem quem és, o que gosta, o que não gosta. E ponto. Abraço, LucianA.
ResponderExcluirAffe, cada um enxerga as obras de arte com uma lente! Por isso que se diz que devemos reler os livros ou rever os filmes depois de alguns anos, para olharmos para eles de forma mais madura, etc e tal. Uma feminista vai olhar para todas as coisas com uma lente feminista, óbvio. Dã.
ResponderExcluirMas, se fosse outro filme, vá lá. O comentário do cara nem seria tão bocó. Mas "revolutionary road" é um filme bastante feminista -- e mesmo uma pessoa que não tem contato com feminismo pode perceber isso, porque algumas cenas do filme são latentes. Se o cara não enxerga nem um tiquinho de crítica feminista neste filme, então ele tá com sérios problemas de interpretação.
Quanto à coisa de dizer que só é feminista quem já leu a teoria, eu tb discordo. Acho muito elitista. Eu costumo falar para as pessoas: "se vc acredita na igualdade, se acha que as pessoas não deviam ser discriminadas por seu sexo, então pronto, você já é feminista. Meio caminho andado você já tem. Ler a teoria é o próximo passo".
Engraçado, sempre achei que um blog fosse pessoal e como tal, um lugar onde expressamos nossas opiniões (que por acaso mostram "nosso" ponto de vista e não de outrem). Se não estou enganada ele foi criado exatamente para isso: permitir que pessoas comuns tivessem um lugar onde pudessem expor suas idéias E opiniões. Enfim... rs
ResponderExcluirAh, e respondendo sua pergunta de séculos: "Não, a fotinho dos gatinhos-lagartixa não é minha. O meu (Lui) está no meu blog. Mas é bem parecido, rs"
Lolinha,
ResponderExcluirA maioria das vezes que leio sua opinião, sobre qualquer assunto, tenho essa sensação: “Putz, não tinha pensado nisso!”.
Concordo quase sempre com você. E esse "quase" é em grande parte devido à minha solidariedade com o companheiro maridão.
Neste quase um ano com você aprendi muito...
Depois que comecei a ler suas crônicas tive uma nova visão das coisas...
Lolinha é cultura...
Lolinha é demais!
Ps.: Se eu disser que te amo o companheiro maridão fica com ciúmes?
Lola,
ResponderExcluirLendo o seu post, lembrei-me das minhas aulas de Teoria da Literatura quando discutíamos a subjetividade e o distanciamento de um autor em sua obrae simplesmente é algo impossível. Somos sujeitos e a nossa subjetividade se faz valer em toda e qualquer coisa que dizemos ou escrevemos.
Até mesmo o seu leitor Caio P. expressou a opinião dele calcada na história de vida e no entendimento dele.
Acho que uma lida sobre discurso e subjetividade o ajudaria a entender melhor esse mecanismo.
E quanto a mim, prefiro sempre as pessoas que se posicionam de alguma forma.
Eu escrevi errado o nome do livro no outro comentário; é O Hospício.
Um abraço,
Isso pra mim é coisa de gente que quer ler um e apenas um texto sobre um assunto e de preferência que concorde com a opinião dele.
ResponderExcluirMania chata essa de não conseguirem simplesmente respeitar uma opinião diferente.
Parece que nunca olharam num caleidoscópio. As mesmas peças formando imagens completamente diferentes.
Hey, eu adoro o que você escreve desde alguns anos atrás. Você escrevia no Lost.art e eu tava procurando uma crítica do filme "Tomb Raider", e você tava lá, detonando a Lara Croft e eu mandei um email pra você reclamando horrores, afinal ela era minha musa. E você me respondeu educadamente, trocamos algumas mensagens e eu virei fã.
ResponderExcluir:D
Lola, não assisti a esse filme ainda... Mas li a sua resenha e achei muito interessante, pois vc vê bastante o lado da mulher da época e talz. Muito legal, porque vc presta atenção em muita coisa que a gente quase não nota, por estar tão acostumada...
ResponderExcluirE acho que vc tá mais que certa de colocar pra ser lido o lado que você vê da história.
Perfeito!!!!
ResponderExcluirÉ exatamente isso, viva a diversidade! Também acho fantástico quando o "Puts, não tinha pensado nisso" acontece. É assim que a gente cresce, não é não?
Btw, quem está lendo bastante o seu blog ultimamente (pelo menos as críticas) é a minha mãe. Começou a ler quando eu estava em detroit agora, mas ela não comenta nem no meu, hahaha
Parabéns Lola, acredito que seu objetivo com esse blog é alcançado!
ResponderExcluirMuito obrigada por expressar sua inteligente opinião a respeito de desde Conflitos no oriente Médio a empregadas domésticas brasileiras.
Pow Lola, arrasou novamente. Uma ótima resposta! Quem não se preocupa com o papel que as mulheres exercem e quem não percebe os nossos valores, não consegue nunca perceber o que há por trás de um "ingenuo" filme que no fundo mostra um machismo implicito ali. As pessoas também as vezes falam que tudo é questão de feminismo para mim. Só que é impossivel vc ver algo e não comentar sobre o absurdo que é aquilo, quando se trata de uma opressão contra a mulher. É impossivel ficar quieta. Não sou tão boa quanto vc para me expressar em textos, gosto de expor minhas angustias nas minhas musicas. E o sofrimento que eu e as meninas da minha banda passsamos por conta muitos meninos acharem que falamos besteira e que o machismo não existe mais, é fora do normal. Mas é isso, enquanto lutarmos pelos nossos direitos, e não nos calarmos vai ter sempre um homem falando besteira sobre aquilo que ele nao vive, nao sente. Não que um homem tambem nao possa ser feminista. Mas a cultura, a forma como nos tratam TODOS OS DIAS, faz com que coloquemos a boca no trombone! Eu concordo com tudo o que vc falou sobre o feminismo e que são as feministas. Acho que basta vc se conscientizar da opressão e começar a lutar para acabar com ela, vc está sendo feminista. Eu nunca li muitas teorias, sei de algumas, gosto da Naomi Wolf, e do livro Ditadura da Beleza, as teorias são fundamentais para vc enxergar mais ainfa o que quase não se pode ver, mas há também outros meios de ser feminista como vc mesmo colocou. Bom, no mais, parabéns pelo texto, pelas ideias, eu sempre apsso por aqui , é muito bom ter o conhecimento de um blog tão eficaz como o seu. Abraço!
ResponderExcluirLolaaaa, uma coisa para te falar. Passeeeei na Unicamp! x)
ResponderExcluirAcabou de sair o resultado.
Beijos
E também é a sua visão pessoal das coisas um dos principais motivos pelo qual as pessoas passam por aqui, eu acho. Pelo menos eu venho por isso, pois nunca teria pensado em certas coisas que leio aqui porque eu nunca fui mulher.
ResponderExcluirPor exemplo, se tivesse um anão que escrevesse um blog contando coisas interessantes que acontecem por ele ser um anão, eu me deliciaria porque é um ponto de vista valioso da vida. Um ponto de vista que eu nunca teria mesmo que eu tentasse me colocar no lugar dele. Certamente uma visão muito diferente de quem tenha uma altura normal.
Me lembro de as Virgens suicidas, em que o policial pergunta porquê uma menina de treze anos tentaria suicidio, ao que ela lhe responde, o Senhor nunca foi uma menina de treze anos.
Eu acho que o Caio disse isso porque nos últimos posts essa nuance feminista tem se revelado mais. Especialmente nas criticas dos filmes, e acho que o Caio se sente incomodado por um filme não atender as suas expectativas feministas lola, sendo assim algumas pessoas podem pensar que vc está depreciando o filme por isso, ao invés de enxergarem que é apenas um ponto de vista.
Olá Lola
ResponderExcluirBem, eu como público não bem vindo do seu blog, certamente deverei para de comentá-lo ou lê-lo. Afinal, você, como bem disse, prefere que eu vá buscar um blog machista pra ler.
É engraçado que uma mera menção ao feminismo em meu comentário já te fez imaginar que eu aprovasse salários inferiores a mulheres, que eu fosse pró-estupro ou que eu fosse contra minorias.
Me surpreendi também ao perceber que você possui uma legião de fãs/feministas/mulheres e agressivas.. "vai catar coquinho", comentário "bocó", todas prontas a compartilhar seu ponto de vista.
Me expressei mal ao censurar sua opinião subjetiva, naturalmente ela assim será, e também prefiro que o seja. Um blog deve ser o mecanismo máximo contra a falsa imparcialidade que você mesmo citou.
Só tenho problemas em entender sua limitação em enxergar em tudo, aquilo que lhe convém e fazer presunções preconceituosas contra aqueles que não compartilham do seu ponto de vista.
Eu li outro dia você dizendo que não era muito fã do blog Shoe Me da Sarah, pois ela era muito de direita. Quem parece não respeitar as diferenças é você. Aqueles que não comungam com seu esquerdismo/feminismo e todos os ismos que você tão orgulhosamente sustenta, de maneira superficial e com uma clara carência de conteúdo, estão fadados ao limbo.
Por fim, você deve se perguntar por que eu leio seu blog, já que eu não aprovo suas rotulações tão arcaicas e inúteis.
A resposta é que, na verdade, sempre foi engraçado ler textos de alguém como você: tão habituada com sua própria ladainha.
As primeiras coisas que aprendi na universidade, é que não existe essa tal de "isenção" científica, sempre há alguma influência, desde o momento que o observador escolhe o objeto de observação (escolhi estudar tal tema não porque tem florzinhas vermelhas bonitinhas, mas por me interessar, e esse interesse é fruto de minha história de vida, minhas opções, minhas convicções, que são únicas)
ResponderExcluirO positivismo tentou negar esse aspecto, mas não logrou êxito, mesmo as opções de Augusto Comte foram influenciadas, de uma forma ou de outra...
O outro aspecto é, embora não tenha lido, assistido, escutado o disco, ou visto, sequer, o cartaz no cinema, pelo que notei da história narrada (que em nada foi spoiler) em que uma mulher propõe ao marido ir para a Europa, em plena década de 50, onde Ela trabalhará, enquanto ele tenta se desvencilhar de sua crise existencial... Ora, o casal Ono Lennon fez isso 20 anos depois, e até hoje tem gente que desconjura aquele "pouca vergonha", "mulher é pra ficar em casa, homem deve trabalhar para sustentar o Lar, e por ter sido subvertida essa ordem natural das coisas que vivemos nessa crise de empregos e de pouca moral mundo afora..." Será que só fui eu quem escutou esse tipo de afirmação?
Mas devo lembrar que isso só se aplica às classes média e alta, quem leu Germinal (1885), de Émile Zola, por exemplo, pode perceber que na classe trabalhadora todos labutavam, homens, mulheres e até crianças, embora os salários fossem diferenciados...
A ótica feminista, tanto teórica quanto a luta diária, aponta justamente para essa estratificação de gênero, e o cinema, como retrato social por excelência, não escapa desse viés
Você não tem que parar de ser Lolinha pra agradar, você tem que parar com esse feminismo pueril e sem nexo com a realidade.
ResponderExcluirLi seu texto e alguns comentários (não todos pq não deu tempo) e acho que você deve sim continuar escrevendo como escreve...assim como quem se incomoda deve continuar lendo e comentando o que incomoda. Tudo sem agressões. Assim como vc tem direito à sua livre expressão (ainda mais por ser SEU blog), os leitores do blog tem direito a mesma coisa (e isso implica em alguns descontentes), desde que tudo seja feito com educação e respeito mútuo.
ResponderExcluirAgora, falando de mim, embora eu tenha adorado a crítica em questão (e quase todas, mesmo com as que eu não concordo)confesso que alguns textos me incomodam justamente porque você enxerga tudo com o seu olhar feminista. Não que eu a critique por isso, mas fico pensando toda vez que leio algo "nossa, sou muito ameba, porque nunca enxergo essas coisas", ou então penso coisas como "é tão triste sempre ver tudo com olhares tão críticos". Sei lá, soa amargo.
Não, não estou me expressando bem. Eu sei que você não é amarga. Aliás, se tem uma coisa que seu texto não é, é amargo. Seus textos são deliciosos de ler. Eu é que fico com a sensação de que enxergar tudo tão profundamente como você o faz, tira um pouco de beleza das coisas. Ou eu é que sou superficial demais...pode ser isso também.
Seja como for, você deve ser você sempre, porque mesmo os que criticam, se voltam, é porque no fundo gostam ^_^.
Quanto a O Leitor, eu li a crítica do Cineclick hoje e fiquei pensando "nossa...para mim o filme de fato não se aprofunda nos negócios do nazismo e no permissivismo alemão e afins, porque não é a isso que ele se propõe. Eu achei desde o início que o filme era sobre o impacto de um ser humano sobre o outro".
Estou esperando ansiosa pela sua crítica. Mas, me conhecendo, quando ela finalmente sair, eu já terei esquecido o impacto que o filme teve em mim. (mas não a forma como eu achei lindo o guri que faz o Michael mais novo, hehehe).
Lola, depois que comentei fiquei pensando "putz, tinha mais algo que eu ia falar, mas não lembro". Agora lembrei.
ResponderExcluirNo post, vc fala: "vou ter que ler as pós-feministas também?".
E, bom, eu sempre pensei que pós-feminismo fosse só um termo que a mídia usa para dizer que já conquistou-se tudo e a sociedade agora é igual (aham! Tá!). Nunca tinha ouvido falar em uma TEORIA pós-feminista.
Só o nome já me dá tremiliques, mas, se esse bicho existe, quero saber o que é. Então, se vc tiver algum livro sobre isso me pra indicar... please!
Adorei! O Alexandre do LLL quando ouvia "mas essa eh so a sua opiniao" costumava responder: "nao, eh a opiniao do vendedor de chachorro quente da minha esquina! Eu fiz um blog para expor a opiniao daquele cara."
ResponderExcluirPombas, o blog eh seu, vc fala o que vc acha! E a gente pode achar otimo ou totalmente equivocado, mas isso eh outra historia.
Eu fico possessa quando alguem reclama que eu generalizo muito. Sim, porque se eu nao generalizar nao consigo falar nada na vida, ja que nao existem duas pessoas ou coisa ou opinioes ou nada no mundo que possa formar um grupo absolutamente homogeneo!
E by the way, existe hedonismo sem consumismo sim - se chama new hedonism ou algo assim, ouvi falar num podcast de filosofia bem bacana, chamado "Philosophy bites"
Gente, estou completamente sem tempo no momento, mas só peço licença pra responder rapidinho ao Caio. Eu não acho que fui agressiva na resposta - nem um pouquinho, aliás. Mas agora vou ser um pouco. Sem querer ofender, acho que vc tem problemas em interpretar o que lê, talvez por estar acostumado a um só tipo de leitura. Alguns exemplos: eu disse pra vc procurar um blog machista pra ler? Não, eu citei uma leitora bem-humorada que disse “Agora vou procurar um blog machista pra encher o saco do autor”. O que isso quer dizer? Que vir aqui, um blog feminista, pra reclamar do feminismo do blog, é meio inútil. Segundo: em que momento eu estava dizendo que vc aprova salários inferiores pra mulheres ou fosse pró-estupro? Nem tudo é sobre vc, Caio. Nesse ponto do texto, eu estava falando do meu feminismo, nada a ver com vc. Eu nem sei a sua opinião sobre esses assuntos. De repente vc tb é feminista, ué. Eu estava criticando feministas que acham que só quem lê teoria feminista pode se considerar feminista. Não tem a ver contigo. Terceiro: mulheres agressivas te incomodam? Vc acha que alguém te chamar de bocó e te mandar catar coquinho é muito ofensivo? Putz, aposto como a maior parte das mulheres ouve coisas muito piores todos os dias das nossas vidas... Já leu meu post sobre privilégio masculino? Quarto: fico feliz que vc admita que se expressou mal. Acho que eu e muita gente concordamos nessa parte. Quinto: o que vc chama de “limitação em enxergar em tudo” não está tão longe da realidade. O problema é que vc enxerga o meu lado feminista como limitação. E não sei o que vc quer dizer sobre eu fazer “presunções preconceituosas”. Sextos: eu adoro o Shoe Me da Sarah, leio-o todos os dias, e já o elogiei aqui. Também já critiquei um post dela e comentários de algumas leitoras. Mas o outro blog dela, o Give Me Fever, tem opiniões que vão contra o que eu penso, e não de uma forma positiva, do tipo “Nunca pensei nisso antes”. É mais pro tipo “Pô, que chato, ela é de direita e pensa igualzinho a qualquer pessoa de direita” (como muita gente deve pensar ao ler o meu blog e constatar que eu sou de esquerda). Eu não vou muito lá. Não fico aparecendo lá pra reclamar do jeito que ela pensa (além do mais, ela acabou de anunciar que vai bloquear comentários) ou pra pedir que ela pare de expressar opiniões pessoais. Sexto: que bom que vc me lê por me achar engraçada. Mas sabe, tem blogs muito mais divertidos por aí.
ResponderExcluirLola!
ResponderExcluirAcho que você deveria continuar com esses comentários feministas. Afinal, vocês mulheres conseguem captar coisas que não conseguimos...
:D
Lola e Anônimo, podem me passar algum site com a definição correta de Cold Turkey? Porque pra mim, sempre foi a fase pós drogas mesmo, o sofrimento, em português usaríamos "crise de abstinência". Aprendi assim, e já vi sendo usado assim tanto na literatura quanto no cinema.... no estilo "I went cold turkey... " porém, nesse sentido de parar do nada, eu nunca vi não.
ResponderExcluirTem alguma documentação online? Não quero falar/escrever errado... rs
Nessas horas eu lembro pq reluto em ter um blog, as pessoas se sentem no direito de te ofender!!!! Como pode isso?? Em outros blogs que leio, muitas mulheres tem q aturar gente q vai lá pra dizer q os filhos delas sao feios, o cabelo delas isso e aquilo...eu fico chocada com essa falta de educaçao toda.
ResponderExcluirEnfim, beijitos, vc é ótima!!
Só respondendo duas dúvidas, super rapidinho, e aí vou pra tese:
ResponderExcluirMarj, nunca li nada que possa ser considerado pós-feminista, então não sei. Mas o próprio livro que pus no post como ilustração parece ser uma boa introdução pro assunto. Pelo (pouco) que sei, muitas feministas atuais, da terceira (ou quarta?) onda do feminismo, se consideram pós-feministas. Acho que isso tem menos a ver com o feminismo já ter conquistado o que queria e mais com o pós-modernismo da nossa época. Daí feminismo estar ligado com o pós-modernismo. E imagino que tb seja uma tentativa de ruptura de parte de algumas feministas atuais pra se separar das feministas dos anos 70. Me diz o que vc descobrir? (eu já escrevi um post sobre algumas coisinhas relacionadas. Vai sair na segunda).
Vb, pois é, assim que vi o coment. do Anônimo, fui procurar a definição de “cold turkey”. Pensei: não é possível que eu tenha usado o termo de forma errada a minha vida toda! E é como vc falou: eu já vi o termo ser usado no cinema e na literatura n vezes como os efeitos que um viciado sofre ao deixar as drogas (ou outro vício). Mas acho que a gente tá pulando uma etapa: claro, “go cold turkey” pode promover tremores, etc, e tudo que vem com a “crise de abstinência”, como vc bem colocou. Mas a definição correta é simplesmente parar abruptamente. Eu vi aqui. Talvez seja possível a pessoa parar com o vício de repente sem os sintomas. É que eu sempre imaginei um pobre peru tremendo.
Respondo os outros coments. mais tarde, prometo!
Lola, depois do sexto vem o sétimo.
ResponderExcluirAprendi, essa semana, uma expressão catarina (ou será só de manezinho da ilha?) que se encaixa como uma luva pra quem quer tentar fazer de Lola uma "não feminista":
ResponderExcluirMOFAS COM A POMBA NA BALAIA... ;)
Sempre achei que interpretações e opiniões fossem pessoais e tendenciosas mesmo. Não são??? III... Agora fiquei confusa!!! rsrsrs
ResponderExcluirLola!
ResponderExcluirVocê ja escreveu sobre a fantástica fábrica de chocolate? Se escreveu eu não achei e queria ver o que você escreveu. Acabei de postar uma comparação das duas versões do filme... se você não postou... posta! o filme é bem legal!
:D
Nem Jesus Cristo agradou a todos, quem seria a Lolinha pra agradar todo mundo...
ResponderExcluirNão acredito em imparcialidade e é óbvio que toda opinião é pessoal e subjetiva. Mas não é gozado como quem detesta a Veja a execra justamente por ser 'muito tendenciosa'?
ResponderExcluirAnônimo, vc tem alguma dúvida se a Lola conhece os numerais cardinais? É o tipo de coisa que me irrita, a pessoa expressa uma opinião (e ainda adverte que tá com pressa) e vem outro cutucar pra lembrar que a pessoa se enganou num detalhezinho que tá longe de ser o cerne do argumento (mas agora vc aprendeu né, Lola, depois de sexto vem sétimo, ficamos todos muito gratos à contribuição do anônimo).
Acho que entendi o que o Caio quis dizer: todos temos posições sobre certos temas e nossas opiniões subjetivas. O problema é que parece que tem gente que não consegue enxergar o todo (não tô dizendo que é o seu caso, Lola, te "conheço" pouco e há pouco tempo), de tão apegada a certas ideologias suas. É o cara que idolatra seu clube e não consegue perceber (ou admitir) que naquele dia o time jogou mal, que o dirigente é corrupto, etc.
Concordo com o desconforto do Caio sobre a reação de algumas leitoras (não era pra tanto tbm, o "catar coquinho" soa até simpático). Se eu penso diferente então o meu comentário é "bocó"? Ô mania de xingar quem pensa diferente. Só que aí o cara vai e estraga tudo, diz que vc faz rotulações, e que são arcaicas e inúteis ainda por cima. Incorre no erro que ele acabara de condenar.
E já que as mulheres escutam coisas muito piores todos os dias quer dizer então que elas estão liberadas pra serem desrespeitosas? Tsc,tsc.
Bom, Lola, eu visito seu blog pq gosto dos temas que vc trata, pq vc escreve bem e tem boas opiniões (ainda que em alguns temas eu discorde veementemente de vc), pq gosto da resposta e da interação dos seus leitores, pq neste espaço já parei pra refletir sobre muita coisa, etc.
Agora mesmo: eu nunca me considerei feminista (dizia até que não gostava de feminismo). Mas à medida que vc ia perguntando "vc acha que as mulheres deveriam ter os mesmos salários?" e eu ia fazendo que sim com a cabeça e depois no fim do raciocínio vc diz "bem vindo ao clube", fiquei aqui matutando. Preciso rever meu conceito de feminismo.
Cara Lola,
ResponderExcluirDesse jeito terei de me apresentar, porque estou deixando de ser uma leitora lurker... uffda!!!
Eu realmente não entendi a desse Caio... o blog é seu, onde você escreve suas opiniões (concordemos ou não com elas). É CLARO que é tendencioso. E me mostre um blog que não o seja? Todas as vezes que uma opinião for expressada, será necessáriamente tendenciosa, uma vez que ela passa pela experiência, vivência e olhos de quem a emite. O tal do Caio pode comentar, concordar, discordar e até criticar, se assim quiser, uma vez que um blog - e estamos partindo do pressuposto de um blog aberto, sem senha de acesso - é um espaço público, algo como casa da mãe Joana, onde quem fala o que quer pode eventualmente ouvir o que não quer. Mas acho que alguém deveria explicar a ele que um blog é como um diário pessoal do exibicionista. É cheio de opiniões e pontos de vista. Ele pode aceitar essa verdade ou ceder a frustração (posso sugerir um bom analista?).
Sinceramente, eu nem teria respondido a ele depois de sua tão bem intencionada "intensão"... será que vem de tensão? Uma tensão interna? Ele realmente me parece muito tenso, essa frustração toda com a realidade dos blogs pode causar isso no ser humano. Ou talvez venha de intenso, assim MUITO intenso mesmo, intensão!!
Oooops, só pra complementar: acho a expressão "catar coquinho" genial... é um modo simpático de dizer a alguem para "bugger off". E dando minha opinião - já que, como sabemos, blogs são espaços cheios de opiniões "tendenciosas" (o termo óbvio ululante me vem a mente) - acho que o nobre Caio está cedendo a uma intensa frustração e sendo melindroso! :-)
ResponderExcluirPaola, adorei o seu coment. no final, até o incluí no post. Pode ser, sim, que a pessoa começa a ler, e se assusta com a ironia sendo usada com “coisas sagradas”.
ResponderExcluirLuciana, obrigada. Eu não tenho certeza de todas as minhas opiniões, mas tenho da maioria... Acho!
Marj, pois é, o Revolutionary Road tem muita coisa pra ser analisada sob a ótica feminista. Eu tava pensando nisso: tem como algum filme que fala de aborto não ser abordado pela ótica feminista? Tipo, é um feminist issue muito importante, porque diz respeito ao controle da mulher sobre o próprio corpo.
ResponderExcluirAgora, isso de só ser feminista quem leu teoria foi um pouco chocante pra mim. Eu, que me considero feminista desde os 8 anos, descubro que não sou porque não li sei-lá-quem-que-tem-que-ler. Tenho certeza que só li teoria feminista pela primeira vez faz pouco tempo. Então durante tantas décadas eu não era feminista, e agora sou? É ridículo. Eu ia linkar a pessoa que falou essa bobagem (depois vi isso num outro blog tb). Quando li, reclamei: disse que eu só lia a revista Ms, que não é teórica, e ainda assim me considerava feminista desde muito nova. Ela argumentou que Ms tinha teoria. Depois voltou atrás e reiterou que só é feminista quem lê teoria mesmo, e ponto final. Anyway, ela provavelmente não me lê mais, então melhor não criar conflito. Basta saber que há pessoas com esse pensamento elitista.
O único porém de não estar famliarizada com a teoria é que a gente tenta descobrir a roda muitas vezes. Tem a impressão que foi a primeira a ter reparado em tal coisa. É um esforço maior, só isso.
I-Pixel, então, e não é só um blog que é um espaço pessoal. A questão é: tudo que produzimos reflete em parte o que nós somos e pensamos.
ResponderExcluirBeijinhos pro seu Lui!
Mario, ah, que carinhoso... Esse foi o recado mais fofinho que vc já deixou aqui. Fico muito feliz em saber que vc sente um “Putz, não tinha pensado nisso” ao ler muitos dos meus textos. Perguntei pro maridão se ele fica com ciúmes por vc dizer que me ama e ele disse que não, desde que seja apenas via computador. Ahá, o companheiro maridão ficou com ciúmes!
Verônica, isso é tão básico, né? Difícil não pensar em algum curso que lide com o texto, com a palavra, com o discurso, e não fale de subjetividade e distanciamento. Mas acho que muita gente ainda não parou pra pensar nisso e tem a mesma opinião do Caio. É como eu disse, essa queixa sobre “dar minha opinião pessoal” é uma que recebo muito...
ResponderExcluirDébora, ótimo exemplo o do caleidoscópio. É isso aí. Quer dizer, desde criancinha a gente não nota que o mesmo fato pode ser narrado de 50 formas diferentes por 50 pessoas diferentes? Não sei como, vivenciando isso, a pessoa pode crescer acreditando em verdade absoluta. Aí lê a Veja e acha que é uma revista neutra...
Anacris, puxa, eu me lembro! Que legal, foi vc? Eu lembro que teve uma menina de uns 14 anos que escreveu defendendo a Lara Croft, disse que ela era sua ídola, e soltou os cachorros em cima de mim. Então foi vc... Maravilha! E aí, a Lara continua sendo sua musa inspiradora?
ResponderExcluirCris, é, tem vezes, até por uma questão de espaço - que nem deveria existir num blog, mas existe, porque falta tempo pra eu escrever tudo que quero e pras leitoras lerem tudo -, que eu deixo coisas de fora. E eu enfatizo um ponto mais que os outros. Mas, no caso de Foi Apenas um Sonho, eu falei bastante sobre o “vazio desesperador” afetando tanto o Leo quanto a Kate. Só que no caso das mulheres era ainda pior. Tem uma fala no filme que aborda isso: diz que, pro Leo, por ele ser homem, render-se a uma vida daquelas, com mulher, casa, filhos, emprego, podia não ser tão terrível.
Ju, sua mãe está me lendo? A doutora Bittencourt? Sua mãe é médica, né? Não se preocupa não sobre sua mãe não comentar nem no seu blog. A minha levou uns dez meses pra escrever o primeiro coment. e agora, pelo jeito, já parou...
ResponderExcluirVc já tá de volta ao Brasil? Vi que vc viu Queime antes de Ler no avião, e gostou pacas. Uma graça aquele filme. Eu preferiria que o Brad Pitt tivesse sido indicado a ator coadjuvante por Queime, e não como ator principal por Benjamin.
Obrigada, Doce Ironia. A menos que vc estava sendo irônica agora... Não, né? Difícil ser irônica full time.
Experiência Diluída, obrigada. Acho normal que tantos homens não consigam se pôr no lugar das mulheres (e vice versa). Por não ser negra, eu não sei muitas coisas que elas enfrentam diariamente. Agora, quando leio algo a respeito, eu posso a) ficar feliz, notar que “nunca tinha pensado nisso”, e tentar me pôr no lugar dos negros; ou b) ficar revoltada, falar pra pessoa não ficar expressando sua opinião pessoal, e negar que aquela visão sequer exista. Vejamos... Qual a atitude que parece mais inteligente e tolerante?
ResponderExcluirQue maravilha que vc consiga se expressar através da música! Considero esse um talento e tanto. É, cansa ouvir que “a sua visão é limitada e vc não deveria estar falando isso”... o tempo todo! É uma estratégia de silenciamento. O importante é não desistir, não se calar.
Uau, Nita, que fantástico! Pô, não é por nada não, mas meu bloguinho tá com índice de aprovação na faculdade maior que muito cursinho! Primeiro a Liris passa na USP, agora vc na Unicamp! Parabéns! Fico super feliz por ter leitoras tão capazes e determinadas como vcs.
ResponderExcluirCavaca, eu sei que vc mudou bastante alguns conceitos desde que começou a frequentar este espaço (quando foi, em abril? Faz tempo!). E fico muito feliz com isso. Não porque vc veio “pro lado do bem”, pro meu lado, há há, mas porque dá pra notar que vc tá mais tolerante. E sobre o anão, é verdade, é ótimo ver/ouvir pontos de vista diferentes. Não entendo o pessoal que acha isso ruim, sinceramente. É porque pode embaralhar a nossa cabecinha? Pois que embaralhe, ora! Que mal faz pensar? Mas sei que alguns dias eu estou mais feminista que em outros. Tem dias em que já acordo revoltada (mas isso tá mais ligado ao meu esquerdismo crônica que ao meu feminismo. Enfim, eles estão interligados).
Gio, exato, isso de “isenção” científica parece piada. Quando a pessoa escolhe esse tema em detrimento de outro, já está deixando de ser isento. E isso, pra alguém que escreve, se repete a cada palavra escolhida, mesmo que não pensemos nisso conscientemente. Sobre o filme em questão, é como a Marj falou: tem que fazer um esforço muito grande pra não fazer nenhuma análise feminista em cima de Foi Apenas um Sonho, porque é um aspecto evidente do filme. Pô, A Mística Feminina fala justamente do período retratado no filme, um período de extrema insatisfação pras mulheres, que só podiam ser donas de casa. Claro, o filme não é APENAS sobre isso, mas é TAMBÉM sobre isso. Não acho que só mencionei o aspecto feminista na minha crítica. Ah, o post que publicarei na segunda toca levemente nisso que vc fala sobre a escolha de poder cuidar da casa e dos filhos só se aplicar às classes mais abastadas...
ResponderExcluirLolinha? Que intimidade é essa? É Sra. Aronovich pra vc, Santiago.
"LOLINHA TEM QUE PARAR DE SER LOLINHA PRA AGRADAR LEITOR"
ResponderExcluirParece manchete de jornal sensacionalista. hehehe
Seus textos são feministas? Você expoe suas idéias e visões em tudo? Não sei, mas acho que é pra isso que as pessoas criam blogs... Escrever sem ter que dever nada pra ninguém é uma das melhores coisas que existem.
Miquinha, gostei tanto do seu comentário que a resposta vai virar post. Em breve. Nada bélico, e nem muito longo. É só que me levou a uma boa reflexão. E eu discordo que vc seja supercial ou qualquer coisa do gênero, tá?
ResponderExcluirDepois de ver O Leitor, dei uma olhada rápida no Metacritic. Eles dão uma nota baixa: 58! Super baixa pra um filme que concorre a 8 Oscars nas categorias principais! Mas acho que esse é o principal problema do filme: ele vai perdendo impacto depois que a gente o vê. Eu achei bonitinho o guri, dependendo do ângulo e da cara que ele faz.
Barbara, é, né? Se não for a nossa opinião, vai ser a de quem? Eu tb odeio isso de “vc generaliza demais”! Outra coisa que odeio é sempre ter que incluir o “há exceções, claro”. Tipo, É LÓGICO que há exceções. Ah é, o movimento que eu queria lançar já tem até nome? Droga!
Felipe, e vice-versa... E nem todas as mulheres... Etc etc etc. Mas é bom ter diferentes pontos de vista, sem dúvida.
ResponderExcluirDenise, esses são os trolls, ou trololós, como os apelidou o Gio. Eles aparecem apenas pra ofender. É um pé no saco, mas qualquer pessoa que escreve/fala/se expõe tem que saber lidar com isso. Tem gente que tem prazer em insultar os outros, fazer o quê?
Puxa, anônimo, se vc não tivesse avisado que depois do sexto vem o sétimo... É que o meu doutorado é em Letras, sabe.
ResponderExcluirGio, há há, vc é cheio das expressões! Eu não conheço essa não, mas eu sou uma negação, uma verdadeira Magda, confundo todas. Essa então, que tem umas 3 palavras que eu não uso com frequência, seria um pesadelo pra eu adotar. Em meio segundo eu diria: “Pombas com a balaia na mofa!”.
VanessaBH, não, a gente estava enganada. Nossas opiniões devem ser sempre de terceiros, dos que sabem o que dizem.
ResponderExcluirFelipe, tá lá na letra F. Escrevi apenas sobre o remake, aqui.
Ronald, obrigada pela comparação indevida...
ResponderExcluirAnônimo lurker, então, realmente tá na hora de se apresentar! Eu também achei a “intensão” do Caio um deslize freudiano (Freudian slip?). Pode vir de tensão ou de intenso. Eu talvez ele também só estivesse dando sua opinião pessoal. Mas ELE pode, porque no caso dele não é opinião, é... Não sei o que é. A Verdade. Ah, eu gosto muito de “catar coquinho”. Acho fofo. Nunca entendi essa expressão muito bem, porque eu mal sei o que é coquinho. E é tão difícil de catar? É como “vai ver se estou na esquina”, que eu acho tão metafísico! Mas enfim, melhor parar ou o Caio vai dizer que o estamos ofendendo. Ele não é agressivo, mas nós somos, sabe como é.
Kenny, não sei, eu execro a Veja pelas ideias fascistas que ela expõe, por ser a bíblia da direita. E porque ela se diz imparcial. É muita cara de pau!
ResponderExcluirAh, sobre errar os números, em minha defesa posso dizer que primeiro escrevi “sextos”, e depois, “sexto”. Mas agora nunca vou esquecer que depois do sexto vem o sétimo, graças ao anônimo!
Gostei muito do seu coment, Kenny. Concordo que a gente deve ter cabeça aberta pra criticar até a nossa própria ideologia. Isso é difícil.
E sobre os “insultos” que minhas ensandecidas leitoras dispararam contra o Caio, digamos que “bocó” e “vai catar coquinho” são bem levinhos... Se todo mundo que discordasse com os outros usasse esses palavrões chocantes pra xingar, teríamos um planeta mais pacífico.
Fico muito feliz que vc tenha parado pra pensar que talvez, quem sabe, vc seja feminista. Só o fato de vc ter feito “sim” com a cabeça pras minhas perguntas já é muito legal. Pois é, é preciso analisar quem passa esses (pré) conceitos sobre o que é feminismo e por que eles são passados. Se ser feminista é ser lésbica, queimar sutiã, ser feia e odiar homem, bom, aí eu também não me considero feminista. Mas aí a gente descobre que esses preconceitos de “feminista é feia” contra datam de 1840, quando as primeiras mulheres lutaram pra conquistar o voto. Que demorou muito pra que as lésbicas sequer fossem aceitas pelo movimento feminista (um erro, óbvio). Que ninguém nunca queimou sutiã nenhum. E que feminista não odeia homem, pelo contrário. A quem interessa que pessoas que lutam pelos direitos das mulheres tenham essa péssima reputação? Certamente não é quem quer que mulheres tenham direitos...
Li, gostou da manchete? É verdade, é tão bom poder escrever com liberdade...
Lola,
ResponderExcluirEu não costumo comentar teus posts quando eles são escritos para responder algo dito nos comentários de algum leitor. Aliás, é impressão minha ou esse tipo de post é mais comentado que os demais? rs
Mas dessa vez gostei muito da tua resposta, principalmente na parte do " Putz, não tinha pensado nisso". É algo que quase sempre me ocorre quando leio algo por aqui.
Lendo a sinopse, eu disse apenas a sinopse, dá pra deduzir que 'Foi apenas um sonho' se trata de um prato cheio para se discutir questões feministas.
ResponderExcluirEntão percebemos que, quem levou pro lado pessoal foi o cabeção que te criticou.
Continua criticando filmes Lola, penso que suas críticas são ótimas. Até mesmo melhores do que aquelas criticas ridículas da Veja.
Abraços.
Uma vez que vc começa a ver a vida com olhos feministas, quando começa a ficar claro pra vc toda a exploração que a mulher sofre na sociedade, não há mais volta. Pq é algo muito gritante e absurdamente comum. Me choca mesmo que as pessoas não percebam isso, é tão claro!
ResponderExcluirE eu adoro críticas pessoais. Não suporto as críticas estilo Veja em que os jornalistas só copiam o release do estúdio. Ô coisa mais chata. eu quero saber oq o crítico pensa, como ele se posiciona, justamente para eu me identificar e saber se vou ou não gostar do filme.
Como o feminismo incomoda!
gostei da firmeza, Lolinha....
ResponderExcluirem geral não agrada aos gregos e aos troianos....
mas este blog esta deveras,
muito bom.
Pois lola faz tempo mesmo, o que aconteceu comigo foi que eu, enquanto estava no Brasil, desejei ardentemene a vitória do Lula e do PT. Nessa época sempre que eu ia a Biblioteca pública aproveitava para ler a veja e via as balelas que escrevia o Mainardi, mas não ligava, aquela era a opinião dele.
ResponderExcluirQuando vim para cá, começaram a aparecer aquelas atrapalhadas todas do PT, os escandâ-los e sujeiras que nem na época do direitista mais corrupto se teve noticia. Isso me desiludiu e quando dei por mim estava concordando com tudo o que o mainardi dizia. O engraçado era que as coisas eram postas de uma maneira irrefutável, acredito que muitas delas eram mesmo, mas evidentemente exageradas. Nessa época eu estava criando o hábito de formar as minhas opiniões; nunca fui muito bom nisso porque sou muito influenciavél. Quando ouço duas opiniões diversas preciso ir para um canto, pensar, e depois escolher aquele que parece mais correcta. Além do que a imprensa nos influência muito, mais do que imaginamos, e é fácil quando aceitamos tudo de bandeja. A imprensa faz as pessoas de esquerda ou radicais ou feministas ou seja lá que minoria for parecerem um bando de alienados.
Eu estava nessa fase quando vim parar aqui em lisboa, desiludido politicamente, opiniões dividas a respeito de muitas coisas...como bolsa familia por exemplo e o papel da mulher no nossa sociedade (Apesar de ter exemplos disso ao meu redor sem nunca ter parado para pensar nisso, mais concretamente, como era a vida da minha irmã em comparação com a minha).
E ao te ler lola, e principalmente te ler de uma maneira tão clara e sentir que quando vc fala que bolsa familia não foi feito para pobre não trabalhar mais...apesar de eu pensar ser eleitoreiro sim, mas e daí, essas pessoas estão vivendo mais e isso é bom e o que interessa de facto...e de como as coisas melhoraram muito com o PT e tudo o mais, sinto que na realidade as coisas são assim.
Dizem que medir a inteligência significa a capacidade que uma pessoa tem de entender a realidade. Sou péssimo nisso, mas não sou alienado, e agora não diria que me tornei mais tolerante, pois intolerante é muito forte e nunca me expressei como um ditador. Aliás sempre tive dúvidas nessas questões por isso te afrontava com as minhas, que foram quebradas.
Uma das coisas que me atrairam aqui foi como vc leva a sua vida economica...nunca conheci outra pessoa que falasse sobre usar um creme dental por dois meses até expremer o último atomo de lá. E vc também me ajudou a me decidir sobre um assunto dificilimo para mim, o aborto.
No resumo do conjunto, lolinha não é bobinha, nem santinha, muito menos uma morta que caminha; é docinha, doma trololós sem educação, e quando a noite vem sabe que é dificil ser mulher nesse mundo cão. Ás vezes só o chocolate salva, outras só o Maridão, ainda tem cá o Blog, a fonte da inspiração, poderia sair um livro, mas lolinha é um turbilhão, escreve escreve, não pará, quem mandou ser filha da mamacita, que incita e instiga essa mulher a ser grande, una bella dona canone, um óraculo do discurso afiado, uma flôr de branco caiado, ardente, sózinha contra o corrente.
Humm, posso pedir para apagar esses dois coments lola?
ResponderExcluirLola, gostei demais de seu comentário sobre o feminismo, coisa que incomoda demais. As pessoas não sabem o que significa feminismo, e você, com muita clareza e leveza, explica o que é. E explica também existir uma pessoa por trás de uma crítica. Todo texto é tendencioso, se formos pensar dessa forma. Claro, há um ser humano por trás dele, com sua experiência, seus problemas, suas crenças. Parabéns pela resposta!
ResponderExcluirCavaca, o que vc tomou enquanto escreveu a última parte do comentário? Divide com eu, vai... Adorei o teu comentário poético/realista/encantado.
ResponderExcluirLola!
ResponderExcluirUm dia vamos nos conhecer pessoalmente, e eu irei me divertir muitoooo mais se isso acontecer por acaso, com alguém nos apresentando. E pq eu penso assim? Pq se alguém daqui da nossa cidade nos apresentar (sem saber que já nos conhecemos via blog), possivelmente esta pessoa estará ao menos levemente mal intencionada... do tipo "querendo ver o circo pegar fogo". Isso pq, em teoria, eu tenho focos de atuação que não combinam com boa parte das tuas idéias.
Só que eu não venho aqui para encontrar opiniões exatamente iguais as minhas, venho para ler as TUAS opiniões. Venho para refletir, concordar, discordar, ver novos angulos... Eu tb venho aqui pq esse é para mim um blog que trás sempre novas esperanças na humanidade, não só pelo que vc escreve, mas tb pelos inúmeros comentários de pessoas mega-legais que vem aqui. Antes de conhecer o teu blog eu estava me sentindo um pouco sozinha ao enxergar o machismo e suas facetas. Acho que acabei caindo um pouco na lorota de que "hoje em dia" as pessoas só pensam em cada-um-por-si... Vindo aqui e indo conhecer os blogs de algumas pessoas que comentam aqui vi que eu não estou nem um pouco sozinha. Eu apenas estava isolada mais do que devia nas minhas idéias. Foi ótimo te conhecer aqui no blog e acredito que vai ser melhor ainda pessoalmente, mesmo que a gente discorde em mais da metade do que pensa, hehe.
Talvez um problema para quem sente necessidade de agredir te chamando de feminista (como se isso fosse agressão...), seja o teu jeito convicto de escrever, de sustentar opiniões, de não se deixar INTIMIDAR com críticas. Quem não se deixa intimidar com críticas muitas vezes é visto como alguém difícil de enquadrar ou domesticar. E isso pode ser ameaçador para caras que querem ver todas as mulheres submissas e embonecadas para o consumo masculino, seja na embalagem como no conteúdo. Mas é justamente por vc ser difícil de intimidar que vc é a Lola que tantos amam.
Bjsss
Taia
Alana, em geral, eu só resum leitor em particular, transformando a resposta em post, quando sinto que essa é uma questão comum. No caso do Caio, eu vivo ouvindo essa reclamação sobre “opinião pessoal”. Então acaba dando um post interessante, porque no fundo são coisas comuns, preconceitos que todo mundo já ouviu (como aquela do meu outro trololó, sobre as mulheres gostarem de ouvir baixaria na rua, ou que devemos “ter vergonha na cara”). Acho que eles são mais comentados que os demais, inclusive, porque mobiliza o pessoal, que geralmente se revolta com o preconceito exposto. Fico feliz que vc tb seja da turma do “putz, não tinha pensado nisso”!
ResponderExcluirIaeee, pois é, basta ler a sinopse de Foi Apenas um Sonho pra ver que ele dá muuuuuito pano pra manga pra discussões feministas. Mas, claro, dá pra ignorar tudo isso tb. A maior parte das críticas de homens que li ignoram. Não porque o aspecto feminista não existe, mas porque ou eles não notaram, ou notaram e acharam irrelevante. Há há, legal saber que minhas críticas são melhores que as ridículas! Isso foi um elogio? Tô brincando!
Ely, pois é, e não é só com o feminismo. Quando a gente passa a ver a vida com outros olhos, e notar todos os preconceitos que as minorias em geral têm que enfrentar, fica difícil entender que tanta gente feche os olhos pra isso. E quando a gente chama a atenção pra questão, nós é que estamos sendo paranóicas e exageradas... Sobre críticas, odeio crítico que esconde o jogo. Que tenta ficar em cima do muro.
ResponderExcluirOlhodopombo, obrigada. Não dá pra agradar a todos mesmo! Não dá nem pra tentar.
Cavaca, jura que vc quer que eu apague seu comentário? Pô, é a maior declaração de amor que vc já me fez, e vc quer que eu a apague?! Tá super bonito e poético. E reflexivo.
ResponderExcluirOlha, vc não é a única pessoa influenciável. Acredite, eu tb sou. Tem vezes que só lendo um livro que eu gosto eu já meio que tento captar o estilo do autor(a) na minha escrita. E quanto a opiniões, tem uma série de temas que eu não tenho opinião formada, e nessas eu sou muito influenciável.
E quando há um verdadeiro massacre de todos os meios de comunicação pra cima de um governo (a gente só se esquece que o massacre vinha de antes, muito antes do PT sequer ser eleito), é claro que a gente é influenciada. Muita gente se desiludiu com o governo, eu tb. Mas, com um pouquinho de retrospectiva e cabeça fresca, deu pra ver que não, o PT não inventou a corrupção, e que as alternativas (voltar ao PSDB/PFL, hoje DEM) não eram melhores em nada. E vc tem razão, tem muita gente que escreve como se estivesse repetindo montes de verdades absolutas, como se aparesentassem “provas irrefutáveis”. Muita gente acredita que a Veja é neutra porque o estilo dela é esse, de manipular a informação, esconder o(s) outro(s) lado(s), pra parecer que só existe aquela versão, pra parecer que aquilo nem é opinião, é fato. A Veja não demoniza apenas o PT, óbvio. Todos os movimentos sociais, todos os movimentos que vão contra o status quo são igualmente demonizados. Mas a gente tem que pensar: por que devo concordar com o Civita/Marinho/Mesquita/Frias? Por que meia dúzia de grupos de comunicação podem me ditar o que devo pensar e mandar eu votar nesse daqui? Esses donos de empresas gigantes não me representam, ué. Eles certamente não têm os mesmos interesses que eu. É como empregada doméstica votar no mesmo candidato do patrão, sabe? É tolice.
Desculpe, a palavra “tolerante” foi mal escolhida. Eu notei quando estava escrevendo o coment. Vc nunca foi intolerante, longe disso. Mas adorei, claro, como vc insistiu em ficar aqui e me ler, mesmo discordando bastante de mim no começo. Vc teve a cabeça aberta para analisar um monte de coisas e chegar as suas próprias conclusões. O mérito é seu, não meu. Abração! Vc é um rapaz muito especial, Ca!
Bau, obrigada. É tão bom ouvir isso de alguém com muita experiência no movimento feminista, como é o seu caso. Eu sempre quis ouvir sua opinião, desde que comecei o blog. Fico muito feliz que vc tenha aparecido!
ResponderExcluirTaia, pois é, ele estava inspirado, né? Adorei o comentário também. Tainha, querida, obrigada pelo outro coment, mas agora estou caindo de sono e vou dormir. Amanhã respondo.
Olá Lola!
ResponderExcluirNossa, nem vou comentar sobre o post, concordo perfeitamente com a crítica. Logo no início do meu curso (Ciências Sociais), uma das primeiras coisas q aprendemos é a falsa neutralidade das idéias. Gosto do seu blog porque tenho opiniões parecidas, visão de mundo bem semelhante com a sua, por isto talvez a identificação!
Mas o que quero dizer aqui, é que realmente os comentários são muito bons neste blog também!
Apesar de algumas opiniões bem distorcidas de vez em quando, do meu ponto de vista, a maior parte das vezes há comentários muito bons, críticos ,leve , inteligentes e q faz ter fé na humanidade ( como alguém já disse!)
Abraços!
Lola
ResponderExcluirEstou começando a entender um pouco você e o feminismo que você carrega.
Relendo seu último post, ficou muito claro como nossas opiniões, pontos de vista, ideologias são parte de nossa história - desde a nossa origem, educação e desenvolvimento, o ambiente que convivemos, etc.
Talvez por isso eu seja tão ignorante no que se refere a feminismo. Cresci numa casa onde as mulheres sempre foram muito bem respeitadas. Devo alertar inclusive que minha família é composta em sua maior parte por mulheres.
Nunca presenciei qualquer desrespeito de parte do meu pai, em relação a minha mãe, no que se referisse a sua figura feminina.
Nunca vi nenhuma mulher de minha família se queixando da condição de ser mulher, ou mesmo de eventuais opressões, desrespeitos, etc.
Atualmente atuo em um escritório de auditoria, onde, curiosamente estou cercado de mulheres, a maioria extremamente competente e (muito bem sucedidas), outras nem tanto... da mesma forma que aconteceria com homens.
O que eu quero dizer é que considero seu feminismo exagerado porque vivo em um ambiente (não de forma global, óbvio) onde ele nunca foi necessário. Onde não haveria a necessidade de ser cogitado.
Naturalmente seu olhar deve ser diferente, nunca estive no seu ambiente, nunca estive em sua pele. Pra você as coisas devem ter sido diferentes, não é?
Por isso, queria dizer que te compreendo melhor e desejar muito boa sorte!
Lolinha,
ResponderExcluirTudo que eu disse é verdade. Mas nem precisava, grande parte de seus leitores pensam da mesma forma. Quando discordamos, procuramos usar bons argumentos (ou damos com os burros n'água, né!) de maneira civilizada, sem humilhar, ofender ou denegrir ninguém.
Um belo exemplo é este comentário do Kenny Guilherme, que parece que discorda de alguns pontos de vista mas o faz de maneira respeitosa e tranquila.
O Cavaca agora arrebentou, eu queria ser inspirado assim!
Lennon tem uma música chamada Cold Turkey...
... e no final das contas o "Caio Pano" fez um comentário deveras educado. Parabéns!
Lola,
ResponderExcluirdevagar - quase parando, kkkkkkkkkkk - estou voltando aos blogs. Na verdade, o Cine Dema(i)s está com crise de identidade (rs). Estou estudando uma maneira de fazê-lo diferente. Vamos ver o que consigo Já o Buarqueando segue como está: ainda gosto do conceito do blog.
Abração
Não Lola, a Lara Croft não é mais minha musa, e os dois filmes "Tomb Raider" foram uma bomba mesmo, assisti eles de novo há uns 2 anos atrás e achei os dois um lixo, melhor ficar com ela só no videogame. Fiquei feliz que você lembrou :D
ResponderExcluirTaia, vamos nos conhecer pessoalmente sim, mas espero que não pra gente ficar comparando como somos diferentes! Então não sei se gostaria de ser apresentada por alguém que queira ver o circo pegando fogo! Vamos nos conhecer por conta própria, portanto. Mas concordo que a gente não vai apenas a blogs que têm as mesmas opiniões que a gente. Eu visito vários que não tem MESMO a minha opinião, e os motivos pra essas visitas são diferentes. Às vezes é pra me divertir (porque tem muita gente engraçada por aí), outras é pra me injuriar mesmo. Acho que às vezes é até bom a gente ter uma pequena dose de revolta. Agora, fico muito feliz que vc tenha descoberto que vc não está sozinha. Este certamente é um dos motivos pra se ter e ler um blog - se comunicar com o mundo. Abração, querida, e obrigada pelo carinho.
ResponderExcluirMá, concordo totalmente. Adoro os comentários que aparecem por aqui. Tive muita sorte de, de alguma forma, atrair tanta gente boa e capacitada. Não tenho dúvida que é o nível do pessoal que comenta aqui que faz do meu blog acima da média.
Caio, fico feliz que vc tenha refletido um pouco e entendido o “feminismo que eu carrego” (como se fosse um fardo? Uma cruz? Um vírus? Uma maldição? Acho que essas coisas se aplicam mais ao machismo que ao feminismo, não acha?). Mas vc continua sem ver o outro lado. Só porque, no seu dia a dia, vc não veja o menor resquício de machismo, não quer dizer que ele não exista. É só que vc não vê. Talvez, se vc conversasse sobre alguns “problemas femininos” com as mulheres da sua vida, vc perceberia que nem tudo é um mar de rosas pra elas. Ou talvez não. Talvez elas tenham sim sido umas abençoadas e nunca terem sentido o machismo na pele. Eu acho um pouco difícil, já que 30% das mulheres já foi estuprada ou abusada sexualmente. Mas o feminismo não é um movimento de meia dúzia de mulheres que já sentiram na pele o machismo. O feminismo é bom pra todo mundo, inclusive pros homens. Assim como acabar com o racismo não seria benéfico só pros negros, mas pra todos. Ou acabar com a homofobia.
ResponderExcluirNegar que o machismo exista (nem que seja apenas negar que ele exista no seu universo) não vai te ajudar a ver um outro lado. É preciso que vc reconheça o seu privilégio masculino. Vc não tem que renunciar a ele (nem dá pra renunciar), não tem que se sentir culpado, mas ajuda muito se vc pelo menos reconhecê-lo. Eu acho um bom passo que vc já tenha refletido um pouquinho e compreendido o MEU feminismo. Mas lembre-se: só porque você não vê algo não quer dizer que isso não exista. Que las hay, las hay. Sabe? Boa sorte pra vc tb.
Mario, ah, que fofinho... Pois é, tb gostei muito do comentário do Kenny, e da resposta do Caio. Legal! A ideia não é brigar com ninguém, só debater assuntos, trocar ideias. Dá pra fazer isso sem brigar. É só ter um tiquinho de cabeça aberta. Agora, não vejo possibilidade que o Mary had a little lamb mude.
ResponderExcluirDemas, ah, não fique com crise de identidade não! Esqueci que vc tinha um outro blog, o Buarqueando. Tô sem tempo pra nada... Abração!
Anacris, há há, então agora vc percebe que aqueles filmes eram uma bomba?! Incrível como isso acontece sempre, principalmente na nossa adolescência. A gente vira hiper fã de alguma coisa, defende o troço com unhas e dentes, e pouco tempo depois nossa percepção muda e a gente não consegue nem acreditar que pensava assim. Acho, não lembro, que num dos meus emails te falei de uma aluna adolescente minha, um amor, que era completamente apaixonada pelo grupo teen Hanson. Acho que era esse o grupo, tinha 3 irmãos loirinhos. Ela tinha tudo deles, só falava neles. Era algo quase obsessivo. Bom, ela tinha 13 anos. Quanto tempo será que durou aquela paixão? Até os 14? Hoje, eu duvido muito que ela ainda goste tanto deles. Isso acontece com TODO MUNDO. É bom saber que a gente muda!
ResponderExcluirboa resposta. não tem como haver interpretação sem que exista um sujeito por detrás. escrever um resumo de filme o estagiário do jornal faz, e sempre fazem errado.
ResponderExcluirLola, mas o Buarqueando também ficou tão abandonado quanto o Cine Dema(i)s. Sabe quando a gente cansa? Precisa de um tempo para refletir, repensar, recomeçar? Foi - ou está sendo - isso.
ResponderExcluirAbração
Lola,
ResponderExcluirParece combindo, mas não foi, vc fez o link com meu comentário, eu não tinha visto hoje eu postei uma curiosidade, o link ficou assim "sugestivo!"
Beijo
PAola
Em tempo: Adorei a analogia ao filme, Corra, Lola,Corra.
ResponderExcluirBeijos,
bom dia Lola!
ResponderExcluirSEU CÉREBRO É TUDIBOM GURIA!
Acabo de dar uma lida desde
lá de cima (exceto as opiniões dos leitores), até aqui em todos os posts que tratam do feminismo.
Lola não há dúvida que a legião de mulheres que entope os consultórios
e se entope de anti-depressivos, está assim, justo por esta cultura
absurda enfiada goela abaixo.
É uma cegueira crônica, milenar,
escravizadora, doentia.
É o horror oficializado.
Escreva essa tese e conclui este doutorado. Não esqueça: voce deve
as mulheres do planeta um livro sobre um mundo mais saudável.
Bom domingo. Fatima.