sábado, 29 de novembro de 2008

UM EXEMPLO DO QUE ACONTECE NO PAÍS DIVIDIDO

Este fato que vou contar faz parte dos “culture wars” (guerras culturais). Agora que a era Bush chega ao fim, esses conflitos de valores vão se intensificar. Afinal, vocês não acham que os quase 50% que votam nos republicanos vão se conformar tão fácil com a derrota, né? Assim como os liberais não ficaram tão calados nesses últimos oito anos.
Os EUA realmente são um país dividido. Eu fico incrédula quando ouço o pessoal criticar Hugo Chávez e Evo Morales por “dividirem” seus países, sendo que a elite e a classe média na Venezuela e na Bolívia, respectivamente, são minúsculas (e como se Chávez e Evo não pudessem ser eleitos, apenas porque a elite seria contra!). “Dividido”, pra mim, é 50/50. Ou seja, os EUA.
Nesta quase-década bushenta, a mídia de direita cresceu muito. Uma das porta-vozes é a Ann Coulter, de quem já falei aqui e aqui. Especula-se sobre o que ela fará da vida agora. Continuará tendo destaque? É provável que sim. Por exemplo, a notícia mais quentinha vinda de lá é que a Fox News tirou o Colmes do Hannity & Colmes. Calma, deixem-me explicar, já que eu tampouco havia ouvido falar neles antes de viver nos EUA. Eles tinham um programa antigo, já com doze anos, em que um cara de extrema direita, o Sean Hannity, apresentava notícias e entrevistava convidados junto com um cara mais moderado, o Alan Colmes. Dos programas que vi deles, sempre achei o Colmes um fracote. Ele falava baixinho e não era incisivo, ao contrário do seu colega direitista (o cartoon ao lado mostra Hannity dizendo: "Reagan nos fez ter orgulho de sermos americanos de novo. Ele derrubou a União Soviética e abriu as portas da liberdade no leste europeu". E Colmes: "Reagan e eu gostamos de jujuba"). Mas digamos que, em se tratando da Fox, havia um mínimo de equilíbrio. Pois bem, o ibope do programa caiu, e o Colmes saiu do programa. Fica só o fanático de direita (porque, gente, se comparados aos conservadores americanos, os nossos conservadores do DEM e PSDB são quase sensatos. Eu disse quase).
Tá, mas vamos ao tópico deste post (eu demoro, mas chego lá). Acabaram de lançar um calendário 2009 com as “musas” da direita. Elas não estão nuas ou nada disso, já que a direita é contra a nudez. O tópico é “Pretty in Mink”. Lembra do filme Pretty in Pink, que aqui recebeu o título de A Garota de Rosa Shocking? Então, é um trocadilho entre pink e mink, aquele roedor cuti-cuti que vira casaco. A apresentação do calendário diz que a idéia foi mostrar essas mulheres em poses hollywoodianas, quando as atrizes eram mais femininas.
Bom, “fur is a political issue” (casacos de pele são um assunto político), não se pode negar. Em geral, principalmente nos EUA, quem é vegetariano ou vegan (que não consome nada que venha de animais, incluindo leite, ovos, couro) tá mais à esquerda. Quem defende se empaturrar de carne é quase sempre a mesma pessoa que acredita que os EUA merecem ser o maior império do mundo, ou seja, é um dever patriótico dirigir uma pick-up e gastar litros de gasolina, ao invés de andar de ônibus. É a mesma que crê que os animais foram colocados na Terra por Deus para nos servir, e que isso de crueldade contra animais é conversa pra boi dormir. É gente que adora caçar e acha que todo mundo deveria andar armado, pois é seu direito constitucional.
Pra cada estola (esfola?) de mink matam-se entre 35 e 65 bichinhos fofinhos e peludos (eu só vi um mink uma vez, de um amigo que tinha um como animal de estimação). Portanto, fazer um calendário incentivando o uso de casaco de pele equivale a uma provocação contra grupos de defesa dos animais, como o PETA. Os conservadores consideram o PETA - que joga tinta e farinha em cima de casacos de pele - um grupo terrorista. Mas essa história tem um lado econômico também, claro. Um casaco desses custa milhares de dólares. É só pra elite mesmo. Em tempos de crise, promover o uso de peles caríssimas é uma afirmação política maior ainda. É até imoral, se considerarmos que os responsáveis pela crise foram os banqueiros de Wall Street - e que eles receberam dinheiro do contribuinte para equilibrar suas contas. Um sistema muito justo, este capitalista.
Como você pode imaginar, as fotos não foram bem recebidas pelo pessoal mais liberal, que votou no Obama. Tipo, muita gente jura que a Ann Coulter é um travesti, e menciona o seu gogó. Outros só acham essas mulheres horrororas e dizem que nem três toneladas de pele podem deixá-las menos frígidas. Comentários bem machistas, mas alguns são divertidos. Um carinha escreve, citando Homer Simpson, “Eu não sou gay, mas posso aprender”. Outro diz: “Não tá um pouco tarde pra uma foto de Halloween?”. E mais um: “Este calendário será um ótimo instrumento pras aulas de Abstinência Sexual nas escolas”. Mas o meu preferido foi um que pergunta “Cadê a Eva Braun?”, referindo-se à Frau Hitler.
E aí, deu vontade de jogar farinha ou tinta?
Update: Sobre a intenção do calendário em transformar as estrelas do movimento conservador em figuras glamurosas da Hollywood clássica, o sempre engraçado Nate tem isso a dizer: "Mal posso esperar para ver a adorável Ann Coulter como Clark Gable em E o Vento Levou".

20 comentários:

  1. Farinha e tinta. O que mais me impressiona é o referencial de 'sensualidade' (seria isso?) e beleza de nossos coleguinhas de direita. são de um mau gosto e de uma cafonice...

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  2. Lola, que otémooooooo!!
    A direita cristã, assim como alguns trolls de nome bíblico, é ótima! Eles mesmos pegam a corda de se enforcam. E os comentários estão excelentes, é muita piada pronta! Adorei o do Homer e o da abstinência!
    Alegrou meu café da manhã. :)
    Bj

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  3. Deu vontade de desenhar bigodinhos em cada uma das fotos.

    Os comentários são ótimos mesmo. Você já viu o tal video da Sarah Palin com o peru de thanksgiving que eles falam lá? Eu já tinha visto nesse blog:

    http://tinyurl.com/56jma9

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  4. Voce pega a farinha e vai misturando tinta aos poucos, ate' a massa dar ponto. Depois voce faz uma bola com a massa e deixa no freezer por 1 semana. Ai' ta' pronto, voce pega a bola de farinha e tinta e acerta a cabeca da Ann Coulter.

    Brincadeiras `a parte, tem umas barbaridades que a direita americana prega que eu fico de queixo caido como tem alguem que engula e vote nesse povo. Essa historia de abstinencia como a solucao para o (nao) sexo adolescente seguro e' uma delas. Resolveram tudo, a filha da Sara Palin que o diga.

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  5. Farinha, tinta e muito mais. Acho uma crueldade enorme com os animais.

    Fugindo do assunto. Outro dia vi um episódio de 30 Rock, antes das eleições americanas, onde o Alec Baldwin precisa organizar uma festa para o John Mcain e pede para Tina Fey convidar alguma celebridade de direita, então ela pergunta:
    -Quem? Chuck Norris?
    - Na verdade estava pensado no Bruce Willis. responde o Alec

    Adoro 30 Rock.

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  6. Também concordo e percebo a mesma coisa sobre o negócio do Hugo Chavez e Morales e acho que o povo critica demais eles dois.

    Sobre esse assunto de caça a animais: outro dia no GNT passou um programa onde um inglês fazia um assado de aves. Menina, era uma coisa... Parecia delicioso. Aí mostrou ele caçando pra comer logo depois. Muitas vezes me questiono sobre isso. A Brigitte Bardot vive levantando essa bandeira (sobre focas, baleias e outros animais até posso levantar a minha também), critica os muçulmanos quando no país onde ela nasceu acho que só não levam rato à mesa, porque o resto.. putz, comem tudo e com deleite! Matam com requinte; veja o foie-gras. Muita gente consome. Na minha opinião, eesse pessoal que diz que caça é mais sincero. Apenas isso.

    No mais, não conheço necas quase de política americana. Fico por dentro dos assuntos, mas nada suficiente pra debater algo. ;-)

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  7. eu não como bichos, de nenhum tipo!!!

    e malditos os que fazem casaquinhos com uns bichos tão fofos e inofensivos!! malditos...malditos...

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  8. Tinta,que farinha é comida e tem gente passando fome.

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  9. D, cafonice total, concordo totalmente. Montes de maquiagem, penteados esquisitos... Se isso é glamor...


    Babs, gostei das piadinhas também! A do Homer a gente até pode adaptar pra gente: “Não sou lésbica, mas posso aprender”. Ah, se a gente pudesse mudar a nossa orientação assim, só com a força do pensamento...

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  10. Kaká, desenhar bigodinhos nas fotos, é verdade! Não vi o vídeo da Sarah Palin com o peru. É um em que ela tá “salvando” um peru da morte e, ao fundo, tem um sujeito matando montes de perus? Se for esse, nem quero ver!


    Cereja, é uma boa receita essa juntando farinha e tinta. Pois é, se campanha de abstinência sexual funcionasse, os números de meninas adolescentes grávidas não subiria nos EUA. Foi só isso que o Bush fez. Ele cortou verba pra educação sexual, pra distribuição de camisinha, pra outros anticoncepcionais, e ampliou campanhas pró-abstinência. Que todo mundo sabe que não funcionam...

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  11. Clau, também acho muito cruel. Tadinhas das chinchilas! Eu gosto muito do 30 Rock tb. Agora já faz um tempinho que não vejo. Então, mas o Bruce Willis não é de direita? Não entendi muito bem a piada.


    Gi, não sei, falar de todos esses assuntos é complicado pra gente que é carnívora. Mas mesmo nós carnívoros podemos reduzir nosso consumo de carne (não precisa ser todo dia, né?) e tentar comprar de frigoríficos fiscalizados que dêem um mínimo de dignidade aos animais. Um dos problemas da caça é que vc está matando um animal silvestre, em seu hábitat natural. É diferente de matar um animal que foi criado pra isso (é tão cruel isso, mas é verdade). Sem falar que a maior parte das pessoas que caça caça por prazer, por esporte, não por necessidade. Muitas nem vão comer o que caçam. E até essas pessoas aprenderem a caçar, quantos animais elas já mataram ou feriram?

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  12. Mei, acho que vc faz muito bem. Eu gostaria de ser vegetariana tb, mas não sou. É muito difícil mudar nossos hábitos alimentares.
    E usar casacos de pele, francamente... É falta de respeito com os animais.


    É verdade, Princesa, mas tinta é tão cara...

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  13. Oi lola! achei engraçado o cara q perguntou “Cadê a Eva Braun?” Achei a mais engraçada.
    Bom, eu parei de consumir carne ha um tempo jah, e os alimentos d origem animal q consumo são aqueles q n envolvem matança ou sofrimento. Como leite, por ex.
    Quanto aos casacos, p mim parece um luxo superfluo aqui no brasil, não parece necessario. Agora qto a outros lugares extremamente frios, como a russia, ja n sei como a população se viraria sem ter peles, já q lá é uma "necessidade. Sei q há sinteticos, outros materiais, mas e o povo c menos poder de compra? tvz o fato de muita gente la usar seja o acesso e a economia. E se for por n ter condições mesmo? Q vc acha nessa situação, Lola?
    Qto ao "feioso" ainda n sei dizer se reagi bem, mal, ou se n devia ter reagido. Quis dizer q xinguei "serio", n usei palavroes famosos q a gente ta acostumado a ouvir.. se usasse babaca, idiota, acho q a reação seria a msm

    Ah, no meu 1o comentario ontem esqueci de dizer q uma das coisas q eu mais aprecio aqui é sua atenção em responder qm comenta. Isso é o mais estimulante, saber q o autor realmente qr ler sua opinião e te dar uma resposta, e não apenas um "adorei"

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  14. Eu só concordo com o uso de peles em lugares muitoooo frios do planeta, onde a temperatura é negativa até no verão. Quando a pele de um animal é usada como luxo e ostentação acho um absurdo total. Mas isso é a "cara" da direita americana, não esperava nada melhor dessa gente.

    Quanto a jogar tinta eu usaria esmalte de unhas, que é mais baratinha, mas não nos casacos... eu a despejaria "carinhosamente" nos cabelos de quem usa os casacos... E pq não nos casacos? Pq se os pobres dos bichinhos já foram mortos mesmo, eu enviaria esses casacos justamente para aquelas regiões mega-frias. Talvez o povo de lá recebendo alguns casacos já prontos poderia evitar a morte de alguns outros animais ainda vivos.
    Taia

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  15. Babsiix, eu tb gostei da referência a Eva Braun! Sabe, na realidade o mais correto de tudo seria ser vegan mesmo, e não consumir NADA feito de animais. Inclusive leite e ovos. Porque as vacas leiteiras sofrem DEMAIS pra produzir a quantidade de leite exigida num sistema capitalista. Elas são sugadas até à morte, vivem pouco, adoecem, tem que tomar hormônios pra aumentar a produção, são colocadas uma ao lado da outra, sem espaço, como se fosse uma linha de montagem, as tetas sangram de tanto serem puxadas por máquinas, sai pus, a dor é permanente... É horrível. A gente ainda tem aquela imagem romântica da única vaquinha sendo ordenhada por um senhor bondoso, mas obviamente isso não existe mais. É linha de montagem mesmo. Quanto as galinhas que botam ovos, melhor nem falar. Cortam seus bicos, pra que elas não possam se matar entre elas. Canibalismo entre galinhas estressadas é comum. Etc etc. É um sistema que explora os animais mesmo.
    Eu estive em Moscou em 2004, em pleno inverno, e vi que muitas mulheres usavam casacos de pele. Homens não muitos, mas mulheres, sim. O que pra mim indica que é uma questão de vaidade, sim. Que eu saiba, casacos sintéticos são bem mais baratos que os de pele. Tanto que em Detroit, onde vivi durante um ano, e era frio pra caramba, embora nem tanto quanto em Moscou (onde peguei temperaturas de 25 graus negativos! Lá em Detroit o máximo de frio era 15 negativos), era raro ver casaco de pele. Por causa do poder aquisitivo do pessoal mesmo. Lá em Detroit comprei um casaco ótimo, de nylon, todo acolchoado por dentro, por nove dólares numa loja de roupas usadas. E ele me protegeu perfeitamente durante os SEIS longos meses de frio. Eu trouxe esse casaco pro Brasil, e simplesmente não dá pra usá-lo. Nem no nosso tempo de inverno mais frio. Ele é quente demais pra cá. Eu começo a suar. E carregá-lo na mão é ruim, porque ele é muito grande. Portanto, é ridículo uma ricaça ter casaco de pele no Brasil. Nossa temperatura não é pra isso.
    Sobre responder os comentários, eu adoro fazer isso, porque é assim que conheço melhor as leitoras(es). Mas não dá tempo. Vou ter que aprender a responder de um jeito curto. Ontem fiz a média de coment. nos últimos 16 posts. Deu uma média de 47 comentários por post! Isso é uma enormidade. Claro que um terço, por aí, deve ser a minha resposta, mas ainda assim... Tem dias que não faço mais nada, só respondo comentários!

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  16. Taia, então, querida, falei um pouco sobre isso no coment. acima.
    Bom, sobre jogar coisas num casaco de pele, eu falo meio brincando, porque não acho que devemos agredir alguém. Talvez jogar água mesmo? Mas acho que é melhor só protestar com cartazes mesmo e fazer um grande lobby em Hollywood e no meio da alta costura, para que parem de glamurizar casacos de pele. Eles é que lançam tendências, as peruas só as seguem. Se os jovens passarem a associar casacos de pele como algo horrível de matança de animais, o pessoal ficaria com mais vergonha de comprá-las. Tipo: pergunte a minha mãe. Ela teve um casaco de peles! Eu e meus dois irmãos éramos pequenos, mas a criticamos MUITO por isso. Ela dizia que os bichinhos já estavam mortos quando o casaco foi feito, mas a gente não acreditava. Não sei como fomos ter consciência ecológica já naquela época em que Greenpeace e Peta ou não existiam ou não eram conhecidas. Pra minha mãe era puramente um símbolo de status. A gente achava aquilo o fim. Nem sei quantas vezes na vida ela usou seu casaco: duas, três? O resto do tempo ficava mofando no armário. Ou seja, um casaco de pele é, além de feio, cafona, símbolo da elite, um total desperdício.
    Espero que minha mãe aproveite o espaço pra fazer um mea culpa e dizer que se arrepende.

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  17. Lola, realmente n tinha me ocorrido isso. Eu realmente acreditava q as galinhas colocavam os ovos e estes eram recolhidos, e q o leite era simplesmente retirado das vacas. Eu tinha uma visão romantica, em pleno seculo XXI. Mas e quanto às propostas organicas? Essas parecem aceitaveis, ja q a idéia é produção natural. Realmente, msm não havendo matança é mt cruel..

    Quanto aos casacos, sim, é mais um simbolo d status q qualquer outra coisa. Mas o q quis dizer com menor poder aquisitivo foi mais p população do campo. Eu tinha uma ideia (provavelmente romantizada tb) d q camponeses russos por ex matariam os animais tb para aproveitar a pele no inverno. Vc sabe na verdade como são as coisas lá?

    Ah, fico ate meio triste vc falar isso dos comentarios! eu gosto igualmente de ler o q o autor escreveu, os comentarios d qm leu, e a replica do autor! Acho q assim qualquer assunto fica mais enriquecido! Essa diversidade parece mt mais interessante. E acho q é bem dificil encontrar gente q responda do jeito q vc faz, e sempre. Eu n leio tantos blogs, os poucos q eu leio n tem resposta do autor, só uma coisa ou outra, n por costume.

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  18. Babsiix, sinceramente? Acho que TODO MUNDO tem essa visão romântica de galinhas botando ovos tranquilamente e de vaquinhas calmas, soltas no campo, sendo ordenhadas pela manhã. É uma visão bem Vovó Donalda, né? É essa que a agroindústria quer que a gente acredite. Mas a verdade é que nos EUA não existe mais boi pastando. Aqui no Brasil ainda existe, mas são poucos. O ritmo de produção não comporta ter animais com ritmo natural de produção.
    Sobre os camponeses russos, bom, eu realmente não sei nada sobre isso. Nadica de nada. Mas é aquele negócio: um ou dois camponeses caçarem e usarem a pele não vai fazer muita diferença no ecossistema. O problema, novamente, é o ritmo de produção.
    Vou continuar comentando sim, adoro fazer isso. Só preciso aprender a comentar mais rapidamente, porque senão meu tempo hábil não aguenta!

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  19. TEm umas coisas complicadas, vi uma reportagem sobre uma região da Sibéria (lá não existia peixe fresco, todos, em um balde na feira livre, eram congelados) em que as mulheres e homens diziam que, sem casaco de pele não conseguiriam sobreviver. Ou seja, há casos e casacos...

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  20. "ambos os dois", para fazer o maior melequê da vida!

    Bjs

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