- Vender produto de beleza em farmácia sem data de validade. Aconteceu outro dia. Peguei um creminho pros olhos em promoção por sete dólares, metade do preço, mas cismei em saber se o troço tava vencido. Procurei em todo canto da embalagem, e nada. No caixa, perguntei à atendente qual a data de validade. Ela procurou, procurou, perguntou pra duas outras atendentes, abriu o produto, pra ver se a informação constava dentro da embalagem, e nada. Levei mesmo assim porque estava barato e porque sou mulher. A atendente ainda recomendou: “Liga pra indústria e pergunta”. Hum, perguntar o quê, se não existe um só código identificando o produto na embalagem? Só se for pra perguntar: “E sua mãe, tá bem?” - Carne com data de validade vencida ser vendida normalmente em supermercado. Essa foi meu orientador que me contou. Ele disse que é comum supermercados ricos, nos subúrbios brancos, repassarem a carne que não foi vendida dentro da data de validade para supermercados em bairros pobres e negros. O supermercado dos pobres põe uma nova etiqueta e data no produto, e todos ficam felizes. Tirando talvez os consumidores, que não têm como saber que estão comprando carne vencida até tentarem ser tratados num hospital por infecção alimentar – e não conseguirem.
- Ligar pra um serviço de atendimento pra reclamar (e rastrear) uma câmera fotográfica que não chegava nunca e ter que ouvir o atendente dizer: “We don't care” (Não damos a mínima), antes de desligar na nossa cara.
Ou seja, da próxima vez que alguém me disser algo como “Isso só acontece no Brasil”, eu grito.
Acho que isso acontece em qualquer lugar...mas aqui em Portugal, onde moro, existe uma coisa que se chama livro de reclamações, que num caso muito grave as pessoas pedem para escreverem as suas reclamações, então elas ficam com uma página, que a entregam na policia, e nós ficamos com outra, que mandamos para o nosso sindicato. Por cada reclamação pagamos 1000 euros, até ela ser julgada. Os portugueses reclamam muito no supermercado, é dificil lhes passar a perna com produtos vencidos ou qualquer outra maneira enganosa. Eles fazem questão de ter o máximo por menos e valorizam todos os centavos. Tem gente que se importa muito com seu troco de dois centavos, pois esse é o preço que vai pagar pela sacola das compras.
ResponderExcluirLola;
ResponderExcluirConhece o Idelber, que mora há 18 anos nos Estados Unidos? Então: ele publicou isso no blog dele:
"Não sei qual é a percepção aí no Brasil, mas morando há 18 anos nos EUA e observando a coisa de perto, não vejo muito como fugir da conclusão: vamo' que vamo' ladeira abaixo.
Ainda sobre religião e insanidade, veja essa incrível história: numa missa no campus da Universidade da Flórida Central, um garoto recebe a hóstia e não a ingere. Guarda a bolacha no bolso para mostrá-la a um colega que queria informações sobre a fé católica. A partir daí, sua vida se transforma num inferno. Escândalo nacional. A imprensa começa a publicar matérias sobre como o garoto havia seqüestrado a hóstia. A porta-voz da diocese compara o ato a um crime de ódio (hate crime). Começam a discutir a expulsão do estudante. O covarde presidente da UCF, em vez de defender seu aluno, se dedica a fazer média com a hierarquia católica. O garoto, Webster Cook, pode ter simplesmente destruído o seu futuro acadêmico porque foi pra casa com um pedaço de farinha no bolso. Inacreditável."
O post inteiro está aqui.
Fico surpreso com esse tipo de informação, pois sempre achei que em um país como os EUA o consumidor fosse tratado com mais respeito.
ResponderExcluirPor trabalhar nessa área, sei que nosso Código de Defesa do Consumidor é muito bom (dizem que é um dos mais avançados do mundo).
O problema é colocar isso em prática, pois quem deveria aplicar a lei normalmente carece de força ou de vontade política.
Nossa queria imprimir isso e colocar na casa da minha sogra, mas acho que nem assim ela vai se convencer de que nos Estados Unidos acontece muita coisa podre tb...aff..
ResponderExcluirBj
Então, Cavaca, como os portugueses reclamam muito, fica mais difícil passar-lhes a perna. Outro dia revi Sicko - SOS Saúde, que eu acho bárbaro, e lá o Michael Moore diz: na Europa (ele cita a França), o governo tem medo das pessoas, que reclama muito, faz manifestações, exige seus direitos. Nos EUA, as pessoas é que tem medo do governo. E isso faz toda a diferença... Eu vi como essa afirmação é verdadeira. Americano é bem passivo mesmo!
ResponderExcluirSu, não conhecia esse blog, obrigada pela dica. Pois é, eu pensei que estava descobrindo a pólvora, mas muitos estrangeiros que moram/moraram nos EUA devem ter ficado tão surpresos com essas bizarrices quanto eu.
Daniel, acho que depende de cada estado nos EUA. E mesmo na mesma cidade não deve ser igual. Mas parece seguro dizer que, em estabelecimentos "de pobre", o consumidor não tem direito algum! Eu não vi essa regra de "o cliente tem sempre razão" ser respeitada em nenhum lugar que fui. O atendimento me pareceu do tipo "não gostou? Problema seu! Não venha mais aqui". Também estranhei muito isso...
ResponderExcluirFernanda, se sua sogra passasse umas semanas nos EUA, ia aprender rapidinho...
Cara, acho que é como vc falou, na França é mais difícil e em Pt tb. O povo cresce mesmo em cima e aí já era. Mas tb se vc for perturbar a polícia com briga de comadre, leva um esporro sem precedentes.
ResponderExcluiro.O
Aqui no Br acontece muita bizarreira, mas o problema é que o povo gosta mesmo é de briga de comadre e não costuma criar caso por coisa séria...:-/
Os EUA são uma falácia.
beijos