terça-feira, 10 de junho de 2008

CHEGANDO ÀS 25 MIL VISITAS

Vocês viram que eu deixei passar a chegada das 20 mil visitas em branco, né? Mas a marca das 25 mil merece uma comemoração. Em quatro meses e meio de blog, já foram mais de 66 mil páginas vistas. Melhor eu explicar porque não é todo mundo que entende. Eu mesma, por sinal, em janeiro não saberia o que significa o número de 25 mil visitas. Não é, como minha mãe pensa, que 25 mil pessoas diferentes entraram no meu bloguinho. É só que um bando de não-sei-quantos desocupados(as), porém com muito bom gosto, entraram aqui repetidamente, em vários momentos. E claramente muitas dessas pessoas foram eu, a maior desocupada a pisar na face da Terra.

Tenho muito a agradecer a vocês, queridos leitores(as). Super obrigada mesmo! Na comemoração das quinze mil visitas, no dia 8 de maio, eu pedi encarecidamente a vocês que parassem de tirar férias e descansar nos finais de semana, períodos em que a frequência do blog cai muito. Daí andei pensando e concluí que esse negócio de dormir também não tá com nada. Dormir é overrated, superestimado, sabem? Vocês podiam perfeitamente bem usar esse tempo ocioso pra ler meus 700 posts antigos, que estão aí juntando teia de aranha (quando eu voltar pra Santa Catarina, daqui a dois meses, tirarei fotos do teto da minha sala pra vocês verem o que é teia de aranha de verdade).

É sério, houve uma época, na minha adolescência, em que eu considerava dormir a maior perda de tempo. E tentava passar dias sem perder esse tempo. Não dava, e no segundo dia eu já parecia bêbada. Ria de qualquer besteira, tropeçava nas coisas, esquecia tudo – pensando bem, não era muito diferente da Lolinha atual sóbria. Mas como minha mente funciona em círculos, quando funciona, notei que na minha adolescência o filme da moda era Flashdance. E por isso temos aí a foto da dublê da Jennifer Beals pra comemorar as 25 mil visitas. Na época, suponho, o que faziam com ela (despejar litros d'água em cima) era visto como erótico; hoje é como os americanos torturam terroristas muçulmanos, o chamado waterboarding. Os tempos mudaram, mas ainda me lembro bem de Flashdance. Tinha aquela cena sugestiva da Jennifer comendo lagosta desajeitadamente na frente do chefe/namorado, enquanto usava seu pé pra massagear o que devia ser a melhor parte do Michael Nouri. Essa cena me marcou profundamente. Foi liberadora, digamos. Depois de vê-la, na ocasião seguinte em que fui comer um sanduíche cheio de maionese em público, e caiu tudo em cima do meu queixo, roupa, nariz, bochecha, pés, eu só fitava os olhares atônitos e dizia: “Flashdance! Que foi, nunca viu?!”. (Não encontrei a imagem, então a foto aí é da Daryl Hannah comendo lagosta em Splash, Uma Sereia em Minha Vida).

Hoje eu continuo fazendo escândalo ao comer sanduíche com qualquer tipo de molho, mas não posso mais gritar “Flashdance!”, porque ninguém vai entender. Não sei se o pessoal ainda associa o filme de 1983 a alguma coisa. Talvez à dublê da Jen dançando “What a Feeling” no final? De qualquer modo, tô guardando meu grito de “Flashdance!” pra próxima vez que tiver que pular uma poça d'água e estirar um músculo.

Tive de consultar o maridão, que está aqui ao meu lado nesse momento histórico das 25 mil visitas (no mínimo 5 mil devem ser dele), pra tentar resolver dúvidas sobre alguns termos técnicos (waterboarding, estiramento de músculos).

E ele: “Que catzo você tá escrevendo?”

Eu: “Não importa. Só responde!”

Ele: “Importa sim! Eu que durmo nessa casa! Se você tá pesquisando sobre métodos de tortura e estiramento de músculos, preciso saber”.

Dá pra ver que o energúmeno nunca viu Flashdance.

Aceito sugestões sobre qual foto usar na comemoração das 40 mil visitas – que, se vocês abrirem mão dessa frescura de dormir, pode até ser mês que vem.


Outras comemorações: mil visitas, dez mil, quinze mil.

12 comentários:

  1. Dormir? Isso pra mim está classificado em "fenômenos inexplicáveis do sobrenatural" - junto com chope, praia, sexo e cinema.

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  2. Lolita, flor;

    Uma das coisas que eu li hoje made in USA é a liberação de estudantes andarem armados nas universidades. Essa discussão tá rolando aí no seu doutorado?

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  3. Lola, eu já não durmo quase nada mesmo, então meu quinhão de visitas tá garantido... :) Ri muito com seu post.

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  4. Su, cinema pra mim nao ta nos fenomenos inexplicaveis. Eu ainda compareco (alias, to indo ver a press screening de Fim dos Tempos agora!). Quantos aos outros itens...
    Sobre os estudantes poderem andar armados, nao sei de nada. Mas lembre-se que eu nao frequento aulas na universidade, so faco pesquisa (traduzindo: nao tenho feito muita coisa). O que vc sabe sobre o assunto? Manda a noticia pra mim?

    Nalu, bom poder contar contigo! Abracao pras duas senhoritas ai.

    Ah, e so pra provar que o maridao nunca viu Flashdance: ele abriu o meu blog, viu a foto deste post, e perguntou, genuinamente preocupado: "O que eh isso? UM HELICOPTERO?" I rest my case.

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  5. A matéria do Globo está aqui:

    http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/06/09/estudantes_americanos_lutam_pela_liberacao_do_porte_de_armas_dentro_das_universidades-546720903.asp


    Já é permitido no Arizona e na Louisiana professores, alunos e funcionários de universidades andarem armados nos campi. Em outros 15 estados a liberação está em discussão.

    Bjs

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  6. Ae Lola! Parabéns!
    Olha, pra mim dormir é fundamental! Fico extremamente mal-humorado se não dormir 8hs por noite. Aliás, fico mal-humorado até dormindo 8 horas por noite... menos então, fico intragável! rs
    Apesar de não estar dando conta de ler todos os posts ultimamente, acho que ainda mereço meu título de desocupado!
    Essa matéria que a Suzana sugeriu é bem interessante. Fiquei impressionado também! Como assim andar armado no campus?! A coisa tá feia!

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  7. não me fale em dormir...
    queria descobrir a fórmula que tirasse todo o sono que sinto (e isto é considerável)
    sou chamada de ursa pelos amigos!=/
    mas é incontrolável!
    qual o segredo?hehehe!
    bjuss lola!

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  8. Obrigada pela materia, Su. Estou sem tempo nenhum pra le-la agora, mas assim que possivel...

    Eh ridiculo isso de andar armado em qualquer lugar, ainda mais no campus. Mas toda vez que acontecem massacres como os de Columbine (e nao tem pais no mundo onde isso acontece mais do que aqui), algumas pessoas criticam a obsessao americana por armas. E vem o papo (parecido com o que ouvimos no Brasil na epoca do plebiscito do desarmamento) que este eh um direito constitucional, que tirar isso da populacao eh se curvar a tirania do governo etc. Bla bla bla. Tem radicais, como os do NRA (National Rifle Association, aquele que o Charlton Heston presidia), que chegam ao cumulo de dizer que, se armas fossem permitidas no campus, chacinas nao ocorreriam - os estudantes e professores, em auto-defesa, atirariam de volta. Imagino que isso esteja pro tras dessa nova onda?
    Pra mim eh tudo louco!

    Rayana, ursa? Ser chamada de urso eh elogio. Ursos sao tao peludos e fofinhos...

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Sucesso! É isso que esse blog tem representado deste que estreiou. Me sinto orgulhoso de estar por aqui desde o inicio, aliás, de acompanhar suas crônicas deste o falecido LOST.ART
    Sobre a proposta de não dormir, vou ser obrigado a rejeitar! Se tem algo de que não abro mão, é de uma boa noite de sono, ou de uma tarde... ou de um dia inteiro se for possivel! [risos]
    PARABENS LOLA!

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  11. Oi, Greg! Obrigada pelas palavras carinhosas. Acho que quem não vai gostar é meu irmão quando vc fala no "falecido Lost Art". Minhas crônicas de cinema não estão mais lá, mas o Lost Art continua de vento em popa (se bem que não atualizado com a frequência que gostaríamos). Parece que meu irmão e cunhada acabaram de embarcar pra... Instambul!
    Viajar é legal, mas deve dar um soninho... Eu gosto muito de dormir. E ultimamente venho dormindo pouco.

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  12. Espetacularmente merecido Lolinha! Tb acompanho suas cronicas desde que vc escrevia no Lost.Art, quando procurei uma critica sobre o filme Carrier, A estranha! Vc amadureceu muito, mais como cronista do que como crítica! Suas críticas (quando vc se definia crítica) eram ácidas, sarcásticas, cínicas e ironicas! Adorava! Relia elas dezenas de vezes! Hoje suas cronicas (principalmente quando vc "Cronifica Problemas") estão tudo isso e mais um pouco! E bato (muitas) palmas para você!

    Eu não sou muito de dormir (o cérebro demora para desligar) mas se não durmo viro um zumbi! Mal humorado e cheio de dor de cabeça! Seis horas, no mínimo, me satisfazem!!!

    Bjs n'alma e bons sonhos!

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