Outro dia, fui na locadora pegar "Um Bonde Chamado Desejo" pela enésima vez. O filme já na mão, vem um atendente pré-adolescente comentar minha escolha. "Você vai levar esse filme aí? Não leva não, um cliente disse que é péssimo". Geralmente, não gasto muito tempo com esta gente que tanto poderia estar trabalhando com vídeo quanto com venda de jujuba – o conhecimento de ambos os assuntos é nulo, com ligeira vantagem para a jujuba, imagino. Mas nesta ocasião não pude me conter. Expliquei pro rapaz a importância deste clássico. Bem devagar, pra ele entender.
Triste destino das obras de arte: acabar numa locadora, ou num museu, para ser depreciada por alguém que nunca ouviu falar de "Cidadão Kane", mas que considera "As Panteras" um "p*** filme". (Suspiro) Bom, se os críticos prestam pra alguma coisa, deve ser pra separar o joio do trigo, pra tentar perpetuar os clássicos.
E "Um Bonde Chamado Desejo" é um clássico inegável, que agora completa 50 anos de vida. Assim como um monte de diretores indicam Welles ou "2001" como marcos que inspiraram sua decisão de fazer cinema, "Bonde" é praticamente unânime entre os atores. Não é à toa que seja lembrado como o filme que contém duas das maiores interpretações de todos os tempos. E que essas interpretações tenham influenciado tudo o que se seguiu.
Começando pelo começo, "Bonde" é uma peça de 1947 do grande Tennessee Williams, provavelmente sua obra-prima. Fala de uma infinidade de tópicos, mas vamos ficar só no básico: uma mulher do sul dos EUA, Blanche DuBois, vai morar com sua irmã Stella e o cunhado, Stanley Kowalski. Ela não tem mais pra onde ir. Frágil e fantasiosa, ela entra em combate contra os modos rudes de Stanley, que a estupra na noite em que Stella dá à luz na maternidade. Blanche termina sendo levada para um manicômio. Só que meu resumo é grosseiro e faz de Stanley um vilão, o que não é verdade.
A peça foi montada na Broadway por Elia Kazan (um dos pais do "Método" naturalista de atuar. Diretor incrível, ele entrou na história como dedo-duro). No papel de Blanche, puseram Jessica Tandy (que, velhinha, faria "Conduzindo Miss Daisy" e "Tomates Verdes Fritos"). Para Stanley, serviram-se de ninguém menos que Marlon Brando. Não foi uma escolha imediata. Aos 23 anos, ele era novo e bonito demais para o personagem. Mas ele convenceu Tennessee, transformou-se em Stanley e virou a lenda que é hoje. E parece que virou um astro da noite pro dia. Quem presenciou a estréia descreve a experiência como mítica e inolvidável. Mesmo quem não viu a peça ou o filme já deve ter se deslumbrado com a foto de Brando de camiseta branca. Faz parte do inconsciente coletivo, pelo menos do inconsciente feminino.
Enquanto isso, em Londres, Laurence Olivier, outro mito, dirigia "Bonde" com sua mulher, Vivien Leigh, como Blanche. Vivien tinha tudo a ver com a personagem. Não só ela já havia interpretado Scarlet O’Hara em "E o Vento Levou" (tanto Scarlet quanto Blanche são beldades sulistas em decadência), como causava boatos sobre a sua promiscuidade (Blanche chega à casa da irmã após ser expulsa de sua cidade, acusada de libertinagem). E, acima de tudo, Vivien também acabou louca na vida real. Portanto, ela entendia Blanche como ninguém.
Tanto que ela foi chamada para a versão do filme. Kazan e quase todo o elenco da montagem na Broadway foram mantidos, incluindo, claro, Brando. Agora, imagine o primeiro encontro entre a inglesa Vivien e o bon-vivant Brando. Kazan organizou um jantar para que eles se conhecessem melhor. Logo de cara, Brando quis saber por que Vivien usava tanto perfume. Ela: "Porque eu quero cheirar bem. Você não?" Ele: "Eu? Eu só me lavo. Nem isso às vezes. Eu cuspo pra cima e fico embaixo". Em seguida, Brando fez uma imitação grotesca de Olivier em "Henrique V". No entanto, ele e Vivien se deram bastante bem. Ele até comentou com amigos que morria de desejo por ela, mas que o marido dela não saía de perto, "feito um cão de guarda".
Desejo. Esta é a palavra chave de "Bonde" e das filmagens de 1951, que levaram oito semanas. Vivien ia perigosamente se identificando com Blanche a cada dia, enquanto Brando só aguardava o momento em que ela tivesse um ataque de nervos. Vivien ganhou seu segundo Oscar pelo papel. Sobre ela, Kazan disse: "ela tem pouco talento, mas a maior determinação para superar-se que já vi".
"Bonde" é uma peça inteirinha sobre sexo. Então, adaptá-la no auge da censura do Código Hays não foi uma tarefa fácil. Os censores fizeram o possível para atenuar o desejo carnal que Stella sente pelo marido. Uma mulher ter tesão pelo esposo, nem pensar! Isso vai contra a moral e os bons costumes (aqui no Brasil, "Um Bonde Chamado Desejo" virou "Uma Rua Chamada Pecado". Desejo é pecado, como se vê). Além disso, existe o passado indecente de Blanche. Ela havia sido casada com um jovem, e descobre que ele é homossexual. Ele se mata, e ela se sente culpada. Claro que qualquer menção referente à orientação sexual do suicida teve de ser retirada do filme. Porém, quando os censores quiseram eliminar a cena do estupro – que é essencial –, Tennessee fincou o pé. Finalmente, eles a liberaram com uma condição: que Stanley fosse punido no fim, o que não acontece na peça.
E, mesmo com toda esta censura, a Legião da Decência (eu disse demência?), uma entidade católica, quis carimbar o filme com um "C" de "condenado". Para que isso não ocorresse, os produtores foram forçados a cortar mais quatro minutos. Mas a fita que a gente vê é a restaurada, felizmente (para uma versão ainda mais fiel da peça, assista ao filme feito para a TV, com Jessica Lange). É ridículo: como censurar a sexualidade natural de um Brando, ou as faíscas geradas entre ele e Vivien?
Um dos pontos que os censores realmente odiaram foi a dificuldade em dividir vilões e mocinhos. Stanley destrói Blanche, mas Blanche antes tenta destruir o casamento de Stanley, colocando a irmã contra ele. Blanche é manipuladora, invade o cortiço de Stanley e vive ofendendo-o, quando não está flertando com ele. Stanley é realista – ele seria o sobrevivente na lei do mais forte do darwinismo social. Blanche resume sua fraqueza ao suplicar: "eu não quero realismo! Quero magia!".
Mas há tantas falas imortais na peça que mencioná-las aqui seria perda de tempo. Se a gente fosse memorizar apenas uma cena, seria a de Brando/Stanley aos prantos, gritando "Stellaaaaa!" Ela sintetiza todo o desejo contido na história.
História que, aliás, recebeu quatro Oscars, redefiniu os horizontes do teatro e do cinema americanos, criou lendas... Almodóvar, que não é nada bobo, a utilizou como pano de fundo de seu soberbo "Tudo Sobre Minha Mãe". Cinco décadas depois, "Um Bonde Chamado Desejo" mostra que não perdeu um pingo da sua atualidade. Continua ardente como sempre. E incompreensível para crianças e adolescentes. Mas eles têm a Disney e a Hollywood atual, 100% infantilóide. Nós, adultos, temos de nos contentar com os clássicos.
E "Um Bonde Chamado Desejo" é um clássico inegável, que agora completa 50 anos de vida. Assim como um monte de diretores indicam Welles ou "2001" como marcos que inspiraram sua decisão de fazer cinema, "Bonde" é praticamente unânime entre os atores. Não é à toa que seja lembrado como o filme que contém duas das maiores interpretações de todos os tempos. E que essas interpretações tenham influenciado tudo o que se seguiu.
Começando pelo começo, "Bonde" é uma peça de 1947 do grande Tennessee Williams, provavelmente sua obra-prima. Fala de uma infinidade de tópicos, mas vamos ficar só no básico: uma mulher do sul dos EUA, Blanche DuBois, vai morar com sua irmã Stella e o cunhado, Stanley Kowalski. Ela não tem mais pra onde ir. Frágil e fantasiosa, ela entra em combate contra os modos rudes de Stanley, que a estupra na noite em que Stella dá à luz na maternidade. Blanche termina sendo levada para um manicômio. Só que meu resumo é grosseiro e faz de Stanley um vilão, o que não é verdade.
A peça foi montada na Broadway por Elia Kazan (um dos pais do "Método" naturalista de atuar. Diretor incrível, ele entrou na história como dedo-duro). No papel de Blanche, puseram Jessica Tandy (que, velhinha, faria "Conduzindo Miss Daisy" e "Tomates Verdes Fritos"). Para Stanley, serviram-se de ninguém menos que Marlon Brando. Não foi uma escolha imediata. Aos 23 anos, ele era novo e bonito demais para o personagem. Mas ele convenceu Tennessee, transformou-se em Stanley e virou a lenda que é hoje. E parece que virou um astro da noite pro dia. Quem presenciou a estréia descreve a experiência como mítica e inolvidável. Mesmo quem não viu a peça ou o filme já deve ter se deslumbrado com a foto de Brando de camiseta branca. Faz parte do inconsciente coletivo, pelo menos do inconsciente feminino.
Enquanto isso, em Londres, Laurence Olivier, outro mito, dirigia "Bonde" com sua mulher, Vivien Leigh, como Blanche. Vivien tinha tudo a ver com a personagem. Não só ela já havia interpretado Scarlet O’Hara em "E o Vento Levou" (tanto Scarlet quanto Blanche são beldades sulistas em decadência), como causava boatos sobre a sua promiscuidade (Blanche chega à casa da irmã após ser expulsa de sua cidade, acusada de libertinagem). E, acima de tudo, Vivien também acabou louca na vida real. Portanto, ela entendia Blanche como ninguém.
Tanto que ela foi chamada para a versão do filme. Kazan e quase todo o elenco da montagem na Broadway foram mantidos, incluindo, claro, Brando. Agora, imagine o primeiro encontro entre a inglesa Vivien e o bon-vivant Brando. Kazan organizou um jantar para que eles se conhecessem melhor. Logo de cara, Brando quis saber por que Vivien usava tanto perfume. Ela: "Porque eu quero cheirar bem. Você não?" Ele: "Eu? Eu só me lavo. Nem isso às vezes. Eu cuspo pra cima e fico embaixo". Em seguida, Brando fez uma imitação grotesca de Olivier em "Henrique V". No entanto, ele e Vivien se deram bastante bem. Ele até comentou com amigos que morria de desejo por ela, mas que o marido dela não saía de perto, "feito um cão de guarda".
Desejo. Esta é a palavra chave de "Bonde" e das filmagens de 1951, que levaram oito semanas. Vivien ia perigosamente se identificando com Blanche a cada dia, enquanto Brando só aguardava o momento em que ela tivesse um ataque de nervos. Vivien ganhou seu segundo Oscar pelo papel. Sobre ela, Kazan disse: "ela tem pouco talento, mas a maior determinação para superar-se que já vi".
"Bonde" é uma peça inteirinha sobre sexo. Então, adaptá-la no auge da censura do Código Hays não foi uma tarefa fácil. Os censores fizeram o possível para atenuar o desejo carnal que Stella sente pelo marido. Uma mulher ter tesão pelo esposo, nem pensar! Isso vai contra a moral e os bons costumes (aqui no Brasil, "Um Bonde Chamado Desejo" virou "Uma Rua Chamada Pecado". Desejo é pecado, como se vê). Além disso, existe o passado indecente de Blanche. Ela havia sido casada com um jovem, e descobre que ele é homossexual. Ele se mata, e ela se sente culpada. Claro que qualquer menção referente à orientação sexual do suicida teve de ser retirada do filme. Porém, quando os censores quiseram eliminar a cena do estupro – que é essencial –, Tennessee fincou o pé. Finalmente, eles a liberaram com uma condição: que Stanley fosse punido no fim, o que não acontece na peça.
E, mesmo com toda esta censura, a Legião da Decência (eu disse demência?), uma entidade católica, quis carimbar o filme com um "C" de "condenado". Para que isso não ocorresse, os produtores foram forçados a cortar mais quatro minutos. Mas a fita que a gente vê é a restaurada, felizmente (para uma versão ainda mais fiel da peça, assista ao filme feito para a TV, com Jessica Lange). É ridículo: como censurar a sexualidade natural de um Brando, ou as faíscas geradas entre ele e Vivien?
Um dos pontos que os censores realmente odiaram foi a dificuldade em dividir vilões e mocinhos. Stanley destrói Blanche, mas Blanche antes tenta destruir o casamento de Stanley, colocando a irmã contra ele. Blanche é manipuladora, invade o cortiço de Stanley e vive ofendendo-o, quando não está flertando com ele. Stanley é realista – ele seria o sobrevivente na lei do mais forte do darwinismo social. Blanche resume sua fraqueza ao suplicar: "eu não quero realismo! Quero magia!".
Mas há tantas falas imortais na peça que mencioná-las aqui seria perda de tempo. Se a gente fosse memorizar apenas uma cena, seria a de Brando/Stanley aos prantos, gritando "Stellaaaaa!" Ela sintetiza todo o desejo contido na história.
História que, aliás, recebeu quatro Oscars, redefiniu os horizontes do teatro e do cinema americanos, criou lendas... Almodóvar, que não é nada bobo, a utilizou como pano de fundo de seu soberbo "Tudo Sobre Minha Mãe". Cinco décadas depois, "Um Bonde Chamado Desejo" mostra que não perdeu um pingo da sua atualidade. Continua ardente como sempre. E incompreensível para crianças e adolescentes. Mas eles têm a Disney e a Hollywood atual, 100% infantilóide. Nós, adultos, temos de nos contentar com os clássicos.
Fiz este comentário no blog do Leo, http://doarmario.blogspot.com/
ResponderExcluirAcho que reflete como fiquei mais intolerante com o Stanley com o passar dos anos...
"Oi, Leo! Muito legal a sua lista. Esse rótulo de 'melhores filmes de todos os tempos' é pesadíssimo. Mas, sabe, o único da sua lista que eu não gosto é Closer. De resto, gosto de todos. Inclusive Titanic, por que não? Não é porque todas as meninas de 12 anos da época viram o filme 50 vezes cada uma na época que não vou gostar...
Minha queixa é com seu comentário pouco solidário com a Blanche DuBois! Como que pode, Leo? Tá vendo? Tá vendo? Falta uma visão sua mais empática com as mulheres. Vc leu minha análise sobre Bonde? http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2007/11/pegue-o-bonde-do-desejo-50-anos-depois.html
A força da peça tá justamente em não ter personagens 'bons' e 'vis'. Tadinha da Blanche, por mais que ela não tenha muito mais noção da realidade, por mais que ela esteja cheia de defeitos, ela não tem onde morar! Foi expulsa da sua cidade. O cunhado a odeia. Seu amado se matou, e ela se sente culpada. Um pouquinho de compaixão com ela, né? Ah, eu torcia pra que ela ficasse com o Mitch. Acho que um faria boa companhia pro outro. E acho horrível que o Stanley tenha que destruir isso. E AINDA BEM que o Stanley tenha sido magistralmente interpretado pelo Marlon Brando. Porque senão, não sei não... Um sujeito que estupra a cunhada enquanto a mulher está no hospital dando à luz? E depois manda internar a Blanche num hospício? E vc acha A BLANCHE vil?... Interesting..."
Lola, como é que eu ainda não tinha lido esse texto?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirFaço faculdade de Teatro, e fui estudar Um Bonde Chamado Desejo, e acabei "caindo" aqui. Todas essas leituras de vocês me ajudaram a confirmar minhas impressões, desde os gosots atuais sobre filmes, até a psicologização das personagens. Ufa!! Ainda bem que não estou sozinha!
ResponderExcluirOlá, Lola. A princípio pensei em criticar seu comentário "incompreensível para crianças e adolescentes", adolescente que sou. Mas seria uma bela hipocrisia, pois veja bem, quase concordo. Muitos adolescentes não fazem ideia de como filmes como esse e muitos outros clássicos influenciaram e continuam influenciando no cinema e cultura atual. Fico feliz que eu não seja parte dessa maioria massacrante, ao mesmo tempo que triste por ser da minoria insignificante. Ou eu devo me considerar já uma adulta? Pois é.. minoria que sou, meus amigos desentendidos me acham uma aberração por ficar horas lendo sobre Bette Davis, Katharine Hepburn, Bogart, James Stewart, Orson Welles... milhares de outros aqui.. e Marlon, claro. Único problema é que nesse meu anacronismo acabo por ter um certo preconceito em relação a filmes atuais. Erro que se justifica a cada vez que assisto clássicos como esse.
ResponderExcluirNunca pare de correr, Lola!
Assisti ao filme ontem no TNT. É primoroso, mas como a Lola já disse tudo, vou fazer um comentário bobo, mas pertinente, rs. Gente, o que é o Marlon Brandon em suas primeiras cenas do filme, antes de começarmos a antipatizar com a agressividade e a grosseria? Acho que quem diz que mulher não se excita só "visualmente", deveria assistir a primeira meia hora do filme, pelo menos, rs.
ResponderExcluirAbçs, Lola.
Muito bom seu texto, como sempre alias. Não sabia por exemplo que o Brando tinha um "crush" com a Vivien Leigh(risos). Quem saiu mal na história foi ela afinal terminou ficando louca e sendo trocada por outra mais nova pelo Laurence Olivier.
ResponderExcluirVi Blue Jasmine recentemente e me deu vontade de rever algumas coisas sobre um bonde chamado desejo e não acredito que li isso:
ResponderExcluir"Blanche DuBois, vai morar com sua irmã Stella e o cunhado, Stanley Kowalski. Ela não tem mais pra onde ir. Frágil e fantasiosa, ela entra em combate contra os modos rudes de Stanley, que a estupra na noite em que Stella dá à luz na maternidade. Blanche termina sendo levada para um manicômio. Só que meu resumo é grosseiro e faz de Stanley um vilão, o que não é verdade."
Não é o vilão??? Bate na mulher grávida, atrapalha o potencial casamento de Blanche revelando a todos seu passado sexual, porque as mulheres não podem ter desejo, muito menos fazer sexo... a ESTUPRA na mesma noite em que a esposa está ganhando seu bebê agravando seu estado já instável e a destina a um manicômio... Se isso não é um vilão eu realmente não sei o que é...
A culpa deve ser toda da Blanche mulher maluca, com mania de grandeza e sexualidade esclarecida...
Olá, tenho 16 anos e vou viver Blanche no teatro em uma prova no meu curso. Fiquei fascinada pela história e pela sua critica. Concordo quando diz que é incompreensível para crianças e adolescentes, se generalizarmos é mesmo, mas existem exceções como eu! Obrigada por abrir minha mente para pontos do filme e da peça aos quais não havia percebido.
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