Pra quem não viu, sugiro uma importante matéria do Fantástico de ontem sobre o crescimento no neonazismo no Br. Nos últimos 3 anos, grupos supremacistas aumentaram 270% (pura coincidência que isso venha no rastro da eleição de um presidente nazista, claro). O alerta é que esses grupos organizados querem sair da internet para cometer crimes no "mundo real".
Os grupos neonazistas estão espalhados por todo o Brasil, mas onde mais aumentou foi no centro-oeste, no Rio, em Minas, e em Santa Catarina. Apenas lá, segundo o levantamento da antropóloga Adriana Dias, que estuda o tema há mais de vinte anos, aumentou 158%.
A reportagem menciona vários casos. Um deles ocorreu em setembro do ano passado, quando uma jovem branca, Amanda, recebeu mensagens racistas de um doutorando em Filosofia pela UFRGS por ela namorar um negro. Isso foi parar na polícia, e a delegada constatou que o racista contribuía para sites neonazis. Ele já respondia a dois processos administrativos na universidade. Será que agora finalmente será expulso?
Ainda no ano passado, a polícia foi chamada para uma denúncia de pedofilia, e acabou encontrando amplo material nazista no apartamento de um homem de 58 anos. Havia muitas armas, tanto antigas quanto novas, com munição. Para o delegado, "não é possível uma entrada desse volume de material sem um apoio". O advogado do acusado diz que ele é apenas um estudioso e colecionador sobre o assunto. Certo, acreditamos...
Num caso também de 2021, a polícia fez uma operação com 31 buscas e apreensões, inclusive na casa de adolescentes, que são facilmente recrutados. E descobriu que um grupo supremacista fazia treinamento paramilitar no Mendanha (região de milícias no Rio) todo final de semana.
Para a polícia, é "uma questão de tempo para que a ameaça digital se torne um ataque físico". Como declara uma delegada, a chance é muito maior que isso venha a acontecer quando se tem organização. E os especialistas entrevistados apontam que é preciso uma lei mais específica para abranger símbolos e expressões.
Faltou muita coisa na reportagem (o nome de Bolso, que sempre teve o apoio dos neonazis e demais supremacistas, sequer é mencionado), mas é TV, e pra televisão, uma matéria de 18 minutos é bem grande. Pra quem quiser saber mais sobre as ligações entre neonazis e mascus (mencionada por Adriana rapidamente na reportagem), recomendo minha live com ela.
E o que o Fantástico alerta na reportagem -- que pais não sabem o que seus filhos fazem na internet -- foi foco de uma live minha com a educadora Sueli Feliziani. Ela mesma conta como a direita seduziu o filho dela.
Uma Luger P08 e uma Mauser C96 são armas muito difíceis de se conseguir, até em países como o EUA (CONSEGUIR ARMAS ORIGINAIS, E NÃO CÓPIAS). E mesmo assim são armas que mesmo com exceção de quererem cópias, só poucas pessoas de certos grupos (colecionadores/Especialistas em armas, alguns historiadores especializados em armas de fogo históricas) realmente vão querer ter as armas originais de suas épocas, já a maioria dos neonazistas se contentam com cópias baratas funcionais.
ResponderExcluirLogo aqui no Brasil para alguém ter uma dessas, e ao que se parece originais, só mesmo tendo certos contatos para se conseguir elas.
E sobre os adolescentes que são facilmente seduzidos para esses grupos, realmente, a na maioria das vezes é culpa da própria família que não se importa com os filhos, que preferem dar um celular na mão do filho do que dar atenção e carinho, pois a novela/futebol/programa de fofoca, são muito mais importantes do que os sentimentos do filho, e adivinha só quem vai dar essa atenção para esses adolescentes?
Resposta:
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Alan Alriga
Excluir"E sobre os adolescentes que são facilmente seduzidos para esses grupos, realmente, a na maioria das vezes é culpa da própria família que não se importa com os filhos, que preferem dar um celular na mão do filho do que dar atenção e carinho, pois a novela/futebol/programa de fofoca, são muito mais importantes do que os sentimentos do filho, e adivinha só quem vai dar essa atenção para esses adolescentes?"
A abordagem feita por você no comentário é pertinente e muito presente nos lares brasileiros, antes era a televisão e um pacote de biscoitos doces, chocolates para se livrar dos problemas dos filhos, até questionamentos inocentes tendem a ser silenciados. Eu vi muito no problema de sindemia as mães reclamarem não apenas das tarefas passadas pelos professores, mas também dos profissionais da área de saúde; afinal precisavam lidar diretamente com os problemas dos filhos, não dava para empurrar para a professora da escola ou pagem da creche, detalhe, algumas mães não trabalham fora e tiram a vaga de quem realmente precisa, simplesmente para se livrarem dos monstrinhos, eu vi de perto quando trabalhava na área de saúde em um bairro periférico de Osasco, grande São Paulo, fez campanha para a politicagem tinha vaga garantida para os filhos na creche, escola. Quando entram na adolescência vem os problemas relacionados a toda essa negligência, omissão por parte dos pais, quem está nesses sites, grupos e páginas neonazistas, violentas ou de misoginia, sabem por vivência ou não, então fica fácil persuadir quem é fraco, vulnerável ou tem sérios problemas psicológicos, basta um estalo para o desastre. Um filme interessante, embora fuja do neonazismo, mas trata de negligência é o russo Sem amor, em inglês o título ficou como Loveless.
a) Lola sou sua fã amo seu blog.
ResponderExcluirb) Realmente e muito preocupante o caminho que o Brasil tomou da ignorância negacionismo racismo nazismo e etc.
c) Mas devemos focar que o início de deixar está Era das trevas para trás e este ano com as eleições. Mas não basta eleger um presidente progressistas devemos eleger um congresso progressista para auxiliar o presidente vamos eleger deputados federais e senadores progressistas dos partidos PT Psol PC do B e etc. Os coletivos feministas são excelentes alternativas
Triste notícia, isso gera um terreno propício para a escalada da violência.
ResponderExcluirO nazismo e o comunismo deveriam não só ser proibidos, mas também desencorajados por toda a sociedade.
Anonimuso (a) das 10:57
ExcluirConsumismo acabou em 1989, queda do muro de Berlim, Glasnost, Perestroika, mas quem pensa que Olasno boca de peido do caralho é professor e filósofo, presibosta Mijair Merdias Bolsoshower um "governante" não surpreende. Diarréia típica de gente limítrofe. Vivemos a ditadura do mercado financeiro e pobre Premium culpa comunismo, refugiados, nordestinos, mulheres, cuca, saci pererê...
Eu resido no meio Oeste catarinense e a notícia do crescimento de 158% de células neonazistas no Estado não surpreende na matéria jornalística, pois o sul é predominantemente preconceituoso, racista, hipócrita, mesquinho, principalmente nas cidades do interior. Não é preciso ser negro para sofrer algum tipo de preconceito, discriminação, basta ter a pele morena, cabelos e olhos castanhos ou negros para receber olhares de desdém de quem pensa ser europeu por ter mais constantes do que vogais no sobrenome, mas não tem o nível intelectual e de consciência de um alemão, italiano, austríaco pobre ou médio. Existem velhos nazistas no sul, então o crescimento entre os jovens seria esperado, pois no tempo deles a conversa ficava no boteco, reuniões familiares ou no CTG, agora os filhos e netos tem a rede, desktop, smartphone. É relatada crescimento no centro Oeste brasileiro, mas quem são os donos de terras, pecuaristas, comerciários? São paranaenses, catarinenses ou gaúchos, quando não são filhos ou netos.
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