BOLÃO DO OSCAR 2021: SÓ ATÉ SEXTA! E QUEM É O FAVORITO?

- A gente precisa convencer as pessoas a participarem do bolão da Lola!

O Júlio César, que organiza o meu tradicional bolão do Oscar há muitos anos (e participa da brincadeira desde muito antes), me avisou que, se eu não convidar vocês pra apostarem, vocês não entram no bolão. Parece meio óbvio, eu sei. E no entanto, não estou me empenhando!

Anteontem ele me ensinou a ver como andam as apostas no bolão grátis. Eu nunca tinha entrado pra ver. Aqui um print. O tempo médio que alguém leva pra apostar é de 3 minutos e meio! Então não tem desculpas pra não entrar! É só clicar aqui e dar seus palpites. Por enquanto, tem 45 pessoas participando do bolão grátis.

Eu recomendo que você entre nos dois bolões, o grátis e o pago. 

O pago porque é mais emocionante, porque tem um dinheirinho em jogo (geralmente muito pouco; não largue o seu emprego ainda). Pra entrar, você deposita R$ 25 (pode ser pelo pix: minha chave no BB é o meu email, lolaescreva@gmail.com, ou na minha conta no Santander, ag. 3508, cc 010772760), aposta aqui, e manda o comprovante pra mim e pro Júlio Cesar (jcaoalves@gmail.com). Só isso!

Pelo que vi nas apostas do bolão grátis, muita gente acredita na vitória de Nomadland. É bem possível que esse lindo filme seja o favorito mesmo. Se ganhar no domingo, será o primeiro filme dirigido por uma mulher a ser premiado com melhor produção. E quando a gente diz "ela faz tudo" pra se referir à chinesa Chloe Zhao, não está exagerando. Ela não só dirigiu, produziu e escreveu o roteiro de Nomadland, como também é responsável pela montagem! E foi indicada nessas quatro categorias, um feito e tanto (ela é a nona pessoa em 93 anos que conquista isso num só ano). 

Emerald Fennell, diretora de Bela Vingança, não fica tão atrás. Ela foi indicada a três estatuetas (produtora, já que sua produção concorre a melhor filme, diretora e roteirista). Mas a diferença com Chloe é que Emerald não é favorita. 

Eu gosto muito de Nomadland, um filme sensível e importante que mostra a vulnerabilidade de uma grande parte da população. No país mais rico e poderoso do mundo, as diferenças sociais só aumentam, e muita gente não tem onde morar. Além de 580 mil sem-teto, há talvez cem mil pessoas que vivem em trailers, vans e carros. Há muitos aposentados que não têm condições de parar de trabalhar. É isso que Nomadland mostra, principalmente depois da crise de 2008. O Censo de 2015 aponta que uma em cada 6 mulheres mais velhas que vivem sós está na pobreza (o dobro dos homens). 

É difícil elencar minha preferência dos 8 filmes indicados ao Oscar de melhor filme. O que mais gostei, o mais feminista e original, sem dúvida é Bela Vingança (leia minha crítica). Gostei muito de Nomadland, Meu Pai, Judas e o Messias Negro, O Som do Silêncio e Os 7 de Chicago (gostei também de produções que não foram indicadas a melhor filme mas que estão bem cotadas para prêmios importantes, como melhor ator e atriz, caso de A Voz Suprema do Blues, e também Uma Noite em Miami. O único porém é que ambos não escondem suas origens e lembram demais teatro filmado às vezes). 

Minari é bonito, mas o que fizeram com a personagem da avó começou a me irritar. E Mank, confesso, eu ainda não consegui terminar. É chato pacas! Pelo jeito eu não sou a única a pensar assim. Embora o filme tenha sido indicado a dez Oscars, ele definitivamente não é o favorito. O que é estranho, se a gente pensar que os votantes do Oscar adoram premiar filmes sobre cinema (veja o caso do bastante medíocre O Artista, vencedor em 2012. Alguém se lembra dele?).  

E você, viu os filmes? Quais você adorou e não gostou? Estou te esperando pra entrar no bolão!

- Acabei de fazer minhas apostas para o bolão da Lola. Torçam por mim!