Estou bem triste com o resultado do segundo turno das eleições municipais de ontem.
Certo, estava muito difícil para Guilherme Boulos ganhar. Afinal, as pesquisas mostravam que, embora a diferença tivesse caído, Bruno Covas ainda levava ampla vantagem, que se confirmou. Foi perto de 60% a 40%. Este mapa ao lado das zonas eleitorais de São Paulo é impressionante -- mostra como a votação para Covas agora e Bolso em 2018 foi idêntica, nos mesmos locais, e também no percentual. O que confirma que quem vota no PSDB (partido que governa o Estado há 26 anos ininterruptos) vota mesmo na direita (reaça que fala que tucano é de esquerda é ignorante pra chuchu).
Boulos é um vitorioso. Mesmo sem ganhar, teve uma votação imensa. Compare: nas eleições de 2018, quando ele concorreu à presidência pelo Psol, sua primeira eleição, teve apenas 617 mil votos nacionalmente. Mas agora, na capital de SP, conseguiu mais de 2 milhões. É o principal fato novo não só da esquerda, mas de toda a política nos últimos anos. Reanimou os jovens, tão desiludidos com tudo (com razão). Consolida-se como uma voz fundamental para a esquerda. Seu pronunciamento pós-eleição é perfeito. Ele teve essa montanha de votos sem abrir mão de seus princípios.
Então, tudo bem, eu sabia que seria surpreendente se Boulos ganhasse. Mas realmente pensei que Manuela D'Ávila (PCdoB), em Porto Alegre, e Marília Arraes (PT), em Recife, poderiam levar. Afinal, Manu se tornou um importantíssimo nome nacional depois de se candidatar em 2018. E ela sempre foi popular no Rio Grande do Sul. E, assim como SP capital é menos conservadora que o estado de SP, acredita-se que Porto Alegre seria mais aberta a uma comunista (com todo o peso que o nome carrega) que seu estado. Além do mais, a cidade estava respirando Manu, havia toda uma expectativa por sua vitória histórica. Infelizmente, ainda não foi dessa vez.
Já quanto a Marília, eu, que não entendo quase nada da política pernambucana, pensei no início do segundo turno que não havia tanta diferença entre ela e João Campos, do PSB. Os dois são primos, e um é de um partido que víamos como centro-esquerda... Aí o jovem mauricinho vem e faz a campanha mais suja do país, com compra de votos, panfletos apócrifos, uso de secretários e servidores do governo municipal atual para atuar na campanha, e fake news machistas, não tão contrastantes aos métodos bolsonaristas. Em outras palavras: aprendi que João e Marília são totalmente diferentes.
Nos últimos dias, as pesquisas indicavam empate entre eles. Mas não foi o que se viu nas urnas. Campos ganhou até fácil, 56% contra 44%. Uma decepção enorme. Não só por Marília ter perdido, mas pelo jovem ter se revelado um velhaco. E decepção também com Flávio Dino, que o apoiou. Entendo que o PCdoB estava na chapa, mas nem pra pedir licença e dizer que não é esse jeito de fazer política que o partido defende?
Uma das poucas alegrias foi a eleição de Edmilson Rodrigues em Belém, numa chapa entre Psol e PT. Será a única capital governada pelo Psol, mas não é a primeira vez que o partido de esquerda conquista uma capital. Em 2012, ganhou em Macapá. Já Edmilson conhece Belém muito bem, pois já foi prefeito da capital paraense duas vezes, quando era do PT. Tomara que faça um excelente governo.
Outras boas notícias foram Margarida Salomão e Marília Campos, ambas do PT, serem eleitas em Juiz de Fora e Contagem, MG. Marília já tinha sido prefeita da terceira maior cidade de Minas, mas foi uma façanha e tanto a deputada federal e ex-reitora da Universidade Federal de JF (a primeira reitora!) Margarida se eleger em Juiz de Fora. Ela será a primeira petista a governar a cidade e a primeira mulher! Uma leitora, a Marise, informou que a vereadora mais votada de Juiz de Fora foi Cida de Oliveira, também do PT.
E mais uma boa notícia: sabem quantos prefeitos elegeu o Partido Novo, o PSL de sapatênis, o PSL Personalité, o PSL que aprendeu a usar talheres? Um! Sim, dos 5.570 municípios no Brasil, o Novo fez um só prefeito. Em Joinville, SC (pô, Joinville!).
Ah sim, não deixa de ser uma boa notícia: Sarto, do PDT, foi eleito prefeito de Fortaleza. Ou melhor: um miliciano local, apoiado por Bolso, não conseguiu se eleger. Mas não foi o passeio que as pesquisas apontavam (mais de vinte pontos de vantagem): foi apenas 52% a 48%. Como explicar isso? O pessoal que votou na Luizianne (PT) se absteve ou anulou o voto? Ou a intenção de voto no Capitão Wagner era o típico "voto envergonhado"? Mas as pesquisas não devem ser capazes de captar isso? Hoje cedo fui acusada por um cirista de quase conseguir fazer com que Sarto perdesse! Como se eu não tivesse comparecido às urnas pra votar nele! Adoro o poder que essa gente me dá...
Ah, se eu tivesse esses super poderes, Boulos teria ganhado em SP, Manu em PoA, e o PT nas quinze cidades em que disputou o segundo turno (só levou quatro: além das duas cidades em MG, duas em SP: Mauá e Diadema). Não há dúvidas que o PT piorou de 2016 (que já foi péssimo) pra cá. Perdeu 74 prefeituras no período (ganhou em 257 em 2016, ano do golpe, e apenas 183 agora). Pela primeira vez, não governará nenhuma capital. Continua sendo o partido com mais deputados na Câmara.
É muito, muito cedo para se falar da "morte do PT" (lembrando que o MBL enterrou o PT em 2018, e que esta capa ao lado é de 2018), mas é fato que o maior partido de esquerda da América Latina perdeu bastante. O antipetismo é fato também. Infelizmente, não foram outros partidos de esquerda, como Psol e PCdoB, que tomaram o seu lugar. O Psol foi eleito para governar dois municípios em 2016. Agora cresceu pra cinco. O PCdoB, que tinha 82, caiu pra quase a metade: 46. Pra quem quer chamar o PSB de esquerda, ele foi de 409 municípios em 2016 para 252 agora. PDT, de 334 para 314. Não. Quem tomou o lugar do PT não foi a esquerda -- foi a direita. Ou o extremo-centro, se preferirem.
O grande vencedor destas eleições foi o chamado "centrão". O PP foi um dos partidos que mais cresceram, de 498 prefeitos para 685. PSD foi de 540 para 654. DEM, de 272 para 463. Republicanos, de 106 para 211. Todos são partidos de sustentação de Bolso. Todos são de direita também, claro. Mas não exatamente de uma direita assumida. Não é a direita rábida do genocida.
O partido que mais tem prefeituras no Brasil continua sendo o MDB, mas caiu muito: foi de 1.049 cidades para 784. O PSDB foi quem mais perdeu: tinha 805, agora terá 520. Mesmo caindo, seria ridículo considerar esses dois partidos como mortos. A mesma coisa com o PT.
Por isso é tão patético ver bolsominions aplaudindo a "morte do PT" e ao mesmo tempo parabenizando Bolso por ela! Bolso já tinha sido o maior derrotado do primeiro turno, e agora, no segundo, teve novas humilhações (como Crivella perder no Rio e o capitão em Fortaleza). O pior presidente de todos os tempos, que não foi capaz de criar um partido, o Aliança, apoiou abertamente onze nomes. Apenas dois se elegeram (Vitória do ES, que vergonhosamente elegeu um delegado que invadiu hospital e tentou impedir o aborto da menina de dez anos estuprada pelo tio, não foi um deles).
O que fica claro nessas eleições é que o bolsonarismo é ótimo para partidos direitosos como DEM, PSD, PP, PL, porque os empurra pro centro. Em comparação com a extrema direita de Bolso, a direita tenta se passar como moderada. Obviamente, PSDB e MDB também tentarão se passar por centro.
Hoje Ciro Gomes, do PDT, criticou PT (mais uma vez, bocejos), chamou Psol de radical, sobrou até pro Flavio Dino, que disse que não iria responder. Ao fazer isso, Ciro deixou evidente sua estratégia para tentar chegar à presidência: quer se passar por centro, fazendo alianças com o que ele vê como centro, centro-esquerda e centro-direita. Os que estiverem à esquerda do extremo-centro (PT, Psol, PCdoB), e também na extrema-direita (Bolso), serão pintados como "radicais". Por isso a polarização é tão relevante para Ciro e para todos que dirão que não são "ideológicos" (curiosamente, Bolso também disse isso).
Bom, o jogo continua, lógico. O cenário fica mais difícil para a reeleição de Bolso (os donos do poder podem trocar a extrema-direita pela direita disfarçada de centro), mas nem por isso menos difícil para a volta da esquerda. Por isso a minha tristeza. O projeto de privatização, de governar para os ricos, de destruição do Brasil segue a passos largos. E com poucos adversários fortes.
Pra terminar este texto de forma mais positiva, fecho com a célebre citação de Frei Betto: "Guardemos o pessimismo para dias melhores". Eles virão, mas podem demorar.
É frustrante que a maioria tenha votado em candidatos dos partidos do neoliberalismo mais acentuado. A maioria continuaremos perdendo direitos, renda e vivendo pior. Como a desigualdade social e a concentração de renda tem ligação com a violência, com a desesperança e com o desânimo, o futuro próximo nos reserva mais e a piora de tudo isso. Precarização do trabalho, da educação, da saúde. Mais violência, mais descontentamento e desesperança, talvez até desespero. Mas em compensação já não vai mais ser possível culpar o PT pela piora generalizada das nossas vidas, em vários aspectos, como muita gente ainda faz hoje. Até os eleitores mais iludidos e cegos, quando o bolso começar a apertar ainda mais em quase todo mundo, vão começar a culpar a direita e o centro. E então candidatos da esquerda voltarão a ter chance outra vez. A esquerda foi tão rejeitada porque até há pouco tempo estava na presidência da república. Quem é situação sempre se desgasta mais. E aí começa a vencer a "oposição" ou a alternativa. A alternativa à esquerda é o quê, a direita, o centrão... Logo quem não tem o menor interesse em melhorar a vida de quem precisa trabalhar pra viver. É uma pena que a maioria prefira passar pelo mais profundo da pindaíba, pra esse processo de retomada de fôlego da esquerda acontecer. Vai ser como com a Covid e com o Chile. Não aprendemos com a agonia da primeira onda na Itália, na Espanha e nos outros países de lá da Europa. Não aprendemos com os chilenos, que rejeitaram o modelo de estado do Pinochet recentemente. Somos o tipo de povo que não aprende e se antecipa com o sofrimento dos outros, nem mesmo quando de um país vizinho. Precisamos sofrer na própria pele pra aprender. Preferimos optar pela forma mais dolorosa de aprendizado. E infelizmente assim será no futuro próximo.
ResponderExcluirCiro Gomes não vai ser eleito presidente em 2022 e ainda está perdendo espaço aqui no Ceará pro capetão Wagner. É muito difícil um candidato com base política no nordeste vencer uma eleição pra presidente. Sul, sudeste e centro-oeste são muito preconceituosos. E, ao se aproximar da direita e do centro, Ciro está perdendo eleitores da esquerda. Vai acabar sem os votos tanto de quem é direita raiz como esquerdista da gema. E ganhando uma torcida de nariz de quem tende ao centro. Enquanto isso o capitão Wagner vai crescendo. Mas, como não dá pra confiar em políticos, não vai ser de estranhar que os Ferreira Gomes e o Capetão se aliem no futuro. Nunca se sabe.
ResponderExcluirVou assistir agora Bacurau, o filme que a esquerda não entendeu e achou que foi pra ela.
ResponderExcluirA derrota da Manuela ocorreu devido à altíssima taxa de abstenção (32,76%) que somados aos votos brancos e nulos fez que 40% dos eleitores não tenha votado em nenhum dos dois candidatos. Esta é a segunda vez que brancos, nulos e abstenções ultrapassam a votação do prefeito eleito. A votação do Melo foi menor ( -33mil votos) que a do Marchezan em 2016 e 147 mil votos a menos que o Fortunatti em 2012.Até o Tarso em 1992 teve 31 mil votos a mais que o Melo!!! Há 28 anos o eleitorado era bem menor!!! A crise de legitimidade da democracia representativa é cada vez maior, e tudo isso graças aos procuradores e juízes da Lava-Jato!!!
ResponderExcluirE no Rio de Janeiro abstenções, brancos e nulos representaram 53%!!! Como a polícia segue matando crianças, adolescentes, músicos negros e não dá nada, já que os juízes absolvem os policiais, a maioria da população que é pobre não vê sentido em votar para legitimar algo que não lhes traz alterações nenhuma em seus cotidianos na periferia!!!
Ñ entendi a lógica de Bacurau, se é que tem lógica... acabei de assistir.
ResponderExcluirO pt tem grande base eleitoral sim e que faz o partido chegar ao segundo turno com frequência, mas chegando lá não vai muito pra frente porque se torna alvo do antipetismo no qual os eleitores (geralmente de centro-direita) da maioria dos outros candidatos derrotados no 1º turno votam em 'qualquer coiso' contra o pt, que seja miliciano, corrupto, misógino, feminicida, envolvidos em esquemas de compras de votos, pastores inescrupulosos e extremistas, etc., pra esse pessoal vale tudo contra o que eles chamam de 'comunistas'. E é esse tipo de gente que acusa o psol de ser 'radical'. Por isso, o psol tb está sendo alvo desse ódio no segundo turno. O ódio ao pt não tem nada a ver com corrupção, se fosse isso não votariam no psdb, dem e restante do centrão.
ResponderExcluirPeguei outro vídeo sobre o mesmo youtuber, só que de outro canal, já que aquele deu problema.
ResponderExcluirExposed do Zy por pedófila: https://youtu.be/DPDHqnz1HTc
Matéria da BBC sobre os testes de virgindade forçados no Egito.
Link: https://youtu.be/JgN5N2EkNXU
O outro vídeo votou e explica de forma completa o exposed por pedófila do youtuber Zy
ExcluirLink: https://youtu.be/YrdXzr69WSM
Na prática o voto no Brasil já se tornou facultativo. O valor da multa é tão baixo que muita gente prefere ficar em casa ou ir pra praia. Os conservadores, principalmente os evangélicos, são mais assíduos nas votações. Os pastores neopentencostais certamente contratam transporte pra levar suas ovelhas pra votar. Só sei que 2021 ainda nem chegou e já me sinto cansado do ano que vem. Não é um ano alvissareiro. Mas as chances de Bozo cair em 2022 são grandes. A não ser os 27% que chamam de núcleo duro de apoiadores dele, o restante tá de saco cheio da criatura. Em 2022 vai entrar alguém da direita. Mas vai ser difícil ser o Bozo. Ele continua sendo o plano B dos muito ricos de dentro e de fora do Brasil. O enfraquecimento do PT o enfraquece também, e reduzem as chances de uma reeleição. Mas infelizmente a onda conservadora tá aí. Ela é maior que o Bozo e vai demorar mais a passar do que ele.
ResponderExcluirOs brasileiros não aprenderam nada com a Argentina tb, que jogou fora o ultra-liberalismo de Macri. Já o Ciro está perdido, não sabe mais o que faz. Azar dele!
ResponderExcluirOi Lola. Não precisa publicar esse coment, é que fiquei sabendo de uma coisa hoje que talvez possa te interessar pro blog, ou pra um tweet, e queria falar.
ResponderExcluirAlgum tempo atrás uma usuária do twitter chamada Jules (@bryceathalr)fex uma thread sobre a editora Galera Record, que publica muitos livros de literatura jovem estrangeira. ela expôs, além de inúmeros problemas de qualidades nos livros da editora (erros grosseiros de edição, tipografia, corte, páginas e capítulos faltando e problemas sérios nas traduções). disse também, com exemplos, que a editora deliberadamente fez white washing em vários personagens não brancos durante as traduçoes, e até mudou aspectos da sexualidade de alguns. Achei um absurdo. ela também mostra que eles encarecem demais os livros que publicam (chegando a ser mais barato comprar o original hardcover autografado). e usuária também mostrou que uma das editoras chegou a fazer piada com "pirataria culposa" referenciando o "estupro culposo" recente nas notícias.
bom, eu achei isso tudo bem absurdo e como leitor, achei que poderia te avisar. a thread original tá em inglês com alguns erros de escrita, mas dá pra entender bem a história.
Encontrei uma notícia em O Globo:
Excluirhttps://oglobo.globo.com/cultura/fa-de-livros-de-fantasia-mobiliza-autores-para-pressionar-editora-melhorar-traducoes-24773803
continuação do meu coment anterior, essa é a thread de Jules que referi: https://twitter.com/bryceathalr/status/1332021965369040903
ResponderExcluirTeve caso de alguns petistas que votaram no Ciro Gomes no 1º turno acreditando naquela campanha fracassada de uma possível 'virada', mas obviamente que não votariam mais, só fariam num 2º turno, mas com 12% fica muito difícil, pois a tendência agora é ele ter menos que isso.
ResponderExcluirEntão, anon, interessante isso sobre a Editora Record. Vc não gostaria de, baseado na thread da Jules, escrever um guest post? É que realmente não estou a par do assunto.
ResponderExcluirAlan, eu comecei a ver o vídeo, mas estou muito ocupada e tive que parar.
Soube das denúncias sobre a editora 'Galera Record', trocaram várias características originais dos personagens por puro preconceito e só se manifestaram por causa das reclamações de autores famosos.
ResponderExcluirEsse tipo de coisa é muito comum, principalmente nos EUA antigamente nos animes, principalmente envolvendo personagens LGBTs, vou deixar um vídeo que explica isso.
ExcluirLink: https://youtu.be/TWcc1POdtSY
Olá.
ResponderExcluirvejo que de uma forma geral, tanto a esquerda quanto à direita perdram. Parece que o eleitorado quer enterrar a extrema polarização de 2018 entre petistas e bolsonaristas, e tenho isso como boa notícia.
Gostaria que o chamado "Centrão", que foi sem dúvida, o vencedor destas eleições, politicamente de fato, fossem o equilíbrio, mas esses partidos são muito fisiológicos como sabemos, estão sempre servindo à esquerda ou à direita.
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ResponderExcluirLink: https://youtu.be/3lWsBMWJePY
Você tá na lista de detratores do governo, Lola?
ResponderExcluirO centrão é uma quadrilha de mercenários, não tem nada de moderado ou equilibrado neles, a grande maioria dos políticos que formam o centrão são bastante conservadores, retrógrados e em muitas coisas radicais (termo usado com frequência para atacar a esquerda). Quando a esquerda se une ao centrão em troca de alianças, paga um preço muito alto depois e maior que o da extrema-direita.
ResponderExcluirA polarização agora é centrão X centrão, com uma inclinação para a extrema-direita. Essa extrema-direita é maior que o bozo.
ResponderExcluirAqui em Manaus infelizmente o Zé Ricardo (PT) ficou em 3º lugar no 1º turno.
ResponderExcluirEu queria tanto um prefeito de esquerda aqui.