Hoje, 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBT!
Mas este é um ano pra se comemorar ainda mais, já que marca meio século de Stonewall. Numa época em que a homossexualidade era considerada crime e doença, era aceitável perseguir quem não fazia parte do padrão.
No dia 28 de junho de 1969 a polícia invadiu mais uma vez o bar Stonewall Inn, na Greenwich Village, bairro boêmio de Nova York. O total desrespeito e as batidas policiais contra pessoas gays, lésbicas, trans, drag queens, travestis de baixa renda eram comuns, mas naquela madrugada o pessoal decidiu não aceitar aquilo calado.
E lutou de volta, jogou pedras e garrafas, virou a viatura, fez barricadas, e os nove policiais corruptos e violentos tiveram que voltar ao bar pra se refugiar. Seguiram-se conflitos violentos que duraram três dias. Foi o início de uma resistência contra o fascismo, contra a intolerância, pela liberdade, pela diversidade.
Um ano depois, para celebrar a revolta, nascia a primeira Parada do Orgulho Gay (a primeira Parada LGBT no Brasil foi só em 1997, em SP; em Fortaleza, começou dois anos depois).
Antes de Stonewall, já existiam pequenas organizações de pessoas LGBT que lutavam por seus direitos. Mas eram grupos pequenos, clandestinos. Por isso Stonewall é visto como um marco.
Foi só em 1990 que a Organização Mundial de Saúde tirou a homossexualidade da lista internacional de doenças.
Sabe quando a OMS deixou de classificar a transsexualidade como doença mental? No ano passado!
E tem tanta coisa que ainda precisa ser feita e que a gente nem desconfia. Por exemplo, mês passado, ao conversar com uma professora da Universidade Federal de Alagoas que passou a pesquisar transsexualidade depois de ter um filho trans, ela contou sobre as dificuldades que seu filho enfrenta para conseguir marcar consulta no ginecologista, apesar de ter útero, ovários e vagina.
Acho até engraçado escrever "numa época em que homossexualidade era considerada crime e doença", como se esse sentimento de ódio tivesse ficado no passado.
Para muitos obscurantistas de 2019, principalmente os religiosos,
homossexualidade ainda é crime e doença, e Aids é uma doença divina mandada por deus para eliminá-los. Temos um governo abertamente LGBTfóbico, misógino e racista no poder. Se não houver resistência, haverá muitos retrocessos.
O jornal O Povo, do Ceará, fez uma excelente matéria com vários nomes importantes dos movimentos LGBTQIA+ de Fortaleza e do Brasil.
Parabéns pela luta! Mais do que nunca, a frase "a luta continua" faz todo o sentido.
5 comentários:
a) Lola e preocupante o caminho que o Brasil esta tomando em razao desses conservadores hipocritas mas acredito que a reacao tb esta sendo legal nao.vamos aceitar perca de direitos civis.
b) Lola vc viu o vereador Fernando Holiday querendo internar mulheres que desejam abortar e um imbecil
Não é imbecil não.
Imbecil sim
A história de Stonewall só mostra exatamente o quanto os cancervadores são covardes. Adorma estufar o papo e arrotar macheza, mas na hora que alguém encara de volta enfiam o rabinho entre as pernas e se escondem debaixo da saia mais próxima. Patéticos.
Holliday? Ah, não é um mbecil, não. Isso é gentil demais pra descrevê-lo. Ele é um completo merda, fracassado, escroto, cuzão, uma diarreia imprevista que a mãe pensou que fosse um ser humano e criou. Deu nisso, uma bosta falante que botou um paletó e agora acha que é gente. Igualzinho ao pseudo presidente que o elegeu & família.
Lola, a luta continua!
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