Fiquei impressionada ao ler esta excelente reportagem de Tatiana Oliveira para o site ImprenÇa sobre uma série de assédios sexuais ocorridos na Universidade Federal Fluminense, em Campos.
A matéria mostra o que a impunidade pode gerar: um professor que, ano após ano, assedia alunas (e algumas professoras). São vários relatos de estudantes que acabaram deixando a faculdade. Imagine um professor se tornar uma das causas da evasão universitária!
As primeiras denúncias contra o professor de Ciências Sociais (não citarei o nome dele aqui) têm quase três anos, mas já em agosto de 2012, segundo a matéria, foi instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar uma denúncia de agressão e ameaça contra uma aluna.
A moça, estudante de Serviço Social da UFF, teve um relacionamento de um ano com o professor, que não aceitou o fim do namoro. A aluna pediu medida protetiva de urgência. Parece que a transferência do professor para Campos também teve como motivação o fim do relacionamento com outra ex-aluna.
Diante da demora da UFF em tomar alguma providência em relação às denúncias de 2014 pra cá, algumas alunas procuraram a Polícia Federal, onde foram bem recebidas. O inquérito da PF tem 52 páginas e depoimentos de 16 estudantes, duas professoras e dois professores. Segundo a matéria, as palavra "medo" é citada 24 vezes; "constrangimento", 20 vezes. As vítimas do professor seguem o mesmo perfil: jovens, solteiras, começando a vida acadêmica, vivendo pela primeira vez em outra cidade, longe da casa dos pais.
Reproduzo do site alguns relatos colhidos pela PF contra o professor:
- Estudantes que relatam incansáveis mensagens de texto, algumas, inclusive, em que ele próprio reconhece estar causando incômodo e desconforto nas alunas. Elogios e críticas ao corpo das estudantes também eram frequentes. Uma das alunas cita um momento cujo professor teria dito que ela estava muito magra. “Ele disse que eu precisava ganhar corpo, enquanto, em outra ocasião, que eu havia engordado, e que por isso estava ‘no ponto’”.
- Estudantes que optaram por atrasar em um semestre a sua graduação, para não ter que cursar a disciplina de ciência política, de caráter obrigatório, cujo professor seria o professor.
- Estudante que pediu transferência para uma faculdade em outro estado, somente para não voltar a encontrá-lo em sala de aula.
- Estudante que, por conta da obsessão do professor, sofreu uma distorção de culpa e passou a mudar a maneira de se vestir nos dias de aula do acusado. Como ele não parou o assédio, a aluna optou por abandonar a disciplina, no ano de 2014.
- Estudante que tentou expor sua orientação homossexual em tentativa de afastar as abordagens do professor mas ele, no entanto, propôs um encontro a três, com a inclusão da namorada da aluna. Disse, ainda, que ela era ‘feminina demais para ser lésbica’ e que sua homossexualidade tinha a ver com o fato dela não ter ‘experimentado um homem de verdade, que soubesse tocá-la’.
- Estudante que desistiu de bolsa de estudos para projeto de extensão porque além do assédio em sala de aula, o professor sugeria reuniões de orientação em um hotel onde ele se hospedava, e no período da noite, após o encerramento das aulas.
- Estudantes que se sentiam vigiadas e cercadas pelos corredores e cantina da universidade, bares da cidade e portaria de suas residências.
- Estudantes que compartilhavam as suas tragédias particulares umas com as outras, entre situações de desconforto, constrangimento e medo.
- Estudantes que relatam piadas maliciosas e comentários sexistas e homofóbicos, além de olhares lascivos e observações sobre o vestuário das alunas em sala de aula, além de tirar fotografias das estudantes e fazer trocadilhos sexuais.
Além disso, uma professora pediu exoneração do cargo porque, quando estava sob o comando do professor, ele a assediou e, como ela não quis nada com ele, ele aumentou sua carga horária.
O inquérito da PF concluiu que o professor praticou o crime de assédio sexual contra no mínimo oito mulheres identificadas. O delegado pediu a prisão do acusado, já que o tipo penal de assédio prevê detenção de um a dois anos. A juíza, entretanto, negou o pedido de prisão, pois entendeu que "não está configurada a seriedade de ameaça".
Ah sim, apesar de todas as evidências, o professor está processando três das moças que o acusam! (e, como você verá mais abaixo, o advogado dele se encarrega de ameaçar com processo quem divulga as denúncias).
Ah sim, apesar de todas as evidências, o professor está processando três das moças que o acusam! (e, como você verá mais abaixo, o advogado dele se encarrega de ameaçar com processo quem divulga as denúncias).
Foi apenas graças à pressão dxs estudantes, que fizeram protestos, palestras e mesas sobre assédio sexual, e boicotaram em massa as disciplinas ministradas pelo professor, que a UFF finalmente começou a agir. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), concluído em outubro de 2015, resultou numa suspensão de um mês para o professor, convertida em multa de 50% da sua remuneração. Em 2016 houve outro PAD (ainda não concluído!) por assédio moral, e uma suspensão de 60 dias.
Outro processo administrativo foi instaurado apenas em maio deste ano. Agora no final de setembro, uma comissão pediu o indiciamento do professor, que teve dez dias para responder às acusações. O conteúdo é sigiloso. Agora o reitor da UFF está com a documentação e precisa decidir se exonera ou não o professor.
Denúncias na BA |
Eu, como professora universitária, sei como as coisas são lentas. A burocracia impera e, em vários casos, também o corporativismo. Somos concursados, temos estabilidade no emprego (o que é ótimo: já pensou se a cada novo governo os donos do poder despedissem todos os servidores públicos e contratassem seus amigos e familiares?). Por um lado, é bom que os processos administrativos sejam demorados, para que o professor acusado tenha amplo direito de defesa. Por outro lado, é detestável e injustificável essa letargia, ainda mais num caso com tantas denúncias.
A gente sabe bem como, em inúmeros casos, os processos dão em pizza. Aliás, não são só os docentes que as universidades costumam não punir. Os discentes também. Lembra do caso do estudante de Medicina da USP acusado de três estupros? Ele foi suspenso, mas acabou se formando, apesar dos inúmeros protestos. Lembra do Rodeio de Gordas na Unesp de Araraquara em 2010? Se não fosse o Ministério Público, tudo que os três organizadores receberiam de punição da universidade seriam cinco dias de suspensão.
A jornalista do ImprenÇa enviou perguntas ao professor da UFF. Seu advogado afirmou que seu cliente não falaria sobre o assunto. O advogado também tratou de escrever: "Posso assegurar que se [a jornalista] realmente teve acesso aos autos do inquérito e realmente pretende fazer alguma 'pauta' sobre aquilo, que não se trata de algo sério. Procure a razão do país estar nessa crise de valores morais na política? Escreva sobre a esquerda falida brasileira. Escreva sobre algo que mereça ser escrito e advirto: caso sejam divulgadas informações inverídicas e prejudiquem meu cliente, serão tomadas todas as medidas cabíveis, afinal de contas, a imprensa tem o dever de informar, mas tem o compromisso com a seriedade e verdade".
Campanha de alunas da UFMG |
Num segundo email, o advogado ainda disse acreditar que a jornalista era "mais uma blogueira a ser utilizada para causar rebuliço". Mais uma! Alguém que escreve sobre denúncias estaria sendo usada para "causar rebuliço" e, portanto, merece ser processada. Soa bem familiar (já falei do professor que está pedindo R$ 300 mil de indenização contra mim?).
Para terminar este post enorme, reproduzo a carta aberta das estudantes e sua advogada, Semírames Mendes Khattar, divulgada há um mês. Toda a força e sororidade para essas mulheres!
A violência quase imperceptível contra o corpo de alunas, o silêncio coletivo das universidades e a reduzida capacidade institucional de proteção de direitos fundamentais. Esse cenário parece estar bem longe, mas foi exatamente o que aconteceu na faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense de Campos dos Goytacazes, gerando prejuízos físicos e psíquicos para mais de vinte mulheres, entre alunas e professoras.
No ano de 2014, o prof. de Ciência Política, J. H. O., com aparente sutileza, se utilizou da sua posição de autoridade de professor para sistematicamente, no período de dois anos, abusar moralmente de suas alunas, provocando danos físicos e psíquicos que não são tão facilmente capturados pelas lentes do Direito ou até mesmo da Psicologia. As humilhações cotidianas em sala de aula e fora dela, que foram mascaradas pelo “romantismo”, iam desde mensagens de madrugada e final de semana a perseguições físicas e virtuais, as quais geraram medo e angústia entre todas. Todas as situações estão sendo investigadas pela Polícia Federal, e por isso, o movimento de não viver mais no silêncio se transforma num poder de transformação dessa triste e vexatória realidade.
Campanha de alunas da UFC contra assédio |
Houve abertura de processo administrativo disciplinar em 2016, após a denuncia na ouvidoria. Contudo, pela lentidão da UFF, da burocracia institucional e das artimanhas jurídicas do referido professor, até hoje não houve nenhuma sanção (nem mesmo verbal, advertência, suspensão) e a permanência dessa situação vem sendo uma afronta a qualquer espírito de justiça e dignidade das alunas abusadas. Nenhuma mulher, nenhuma aluna que entrar em sala de aula, merece conviver com um professor que não se comporta com respeito e consideração para com elas.
Não é um apetite simplesmente de punição, mas para além disso. A exoneração do professor que não respeita o outro seria o mínimo de atitude para reverter o comportamento de quem se aproveita de sua posição para abusar suas alunas. É essa a medida que a UFF Campos não tem coragem de realizar, deixando uma situação de injustiça permanecer. E hoje, mais uma vez, é importante afirmar que não vão calar as dores e sofrimento das alunas e nem vencer pelo cansaço. Abusos não serão mais aceitos, a presença de abusador também não. A cada dia, a força das alunas se materializa para lutar por algo óbvio: respeito e justiça!
Eu, enquanto estudante assediada no primeiro período do curso de Ciências Sociais, me vejo agora, no meu último período da graduação, ainda tendo que reunir forças para lutar contra algo que me acompanhou durante esses quase quatro anos.
Eu, mulher, estudante, me senti mais uma vez vitimada, quando vi que a justiça entende que o que vivi e sofri não é assédio, quando a justiça considera não haver relação de hierarquia entre alunas e professores.
Ora, se não existe relação de hierarquia, apenas por não se tratar de uma relação laboral, qual o nome que se dá ao tipo de cadeia sistemática onde o professor doutor está no topo e os alunos graduandos estão submetidos a ele? Se a justiça compreende haver assédio apenas em relações laborais, o que nos protege a nós, estudantes, sabendo que existe vasto histórico de assédio por parte de professores em todo o país?
Precisamos de mudança na legislação ou precisamos de interpretações mais empáticas e sensíveis às muitas situações a que os sujeitos estão submetidos e as particularidades de cada ação? Empatia e sensibilidade essas que encontramos no trabalho da Polícia Federal de Campos, mas que não se estende à Justiça Federal da cidade, e por toda a morosidade com que o assunto tem sido tratado institucionalmente, também não se estende à Universidade Federal Fluminense.
Eu, mulher, estudante de uma das maiores universidades desse país, não mudei toda a minha vida para a cidade de Campos, exclusivamente para fazer UFF, para ser assediada em ambiente institucional, para sentir medo de represálias.
Eu, mulher, estudante, não aceitarei calada.
Lola, vc disse que removeu o nome do professor, mas está ali no texto. Abraços
ResponderExcluirOi Lola! Eu estava falando da primeira versão do texto.
ExcluirAbraços
Lola, cadê o post sobre o assediador de Hollywood. O texto sumiu.
ResponderExcluirgostaria da analise sobre a polemica do caetano, tem um monte de gente da esquerda fazendo mil e mil malabarismo para passar a mão na cabeça dele que fez sexo com alguem de 13
ResponderExcluirMas a Lola já publicou um texto sobre isso. Dá uma procurada aqui no blog
ExcluirCaetano é o nosso Roman Polanski melhorado, pois ele sequer precisou mudar de pais, continuou fazendo sucesso e um monte de feministas passam a mão na cabeça dele relativizando o que aconteceu. se era crio ou não é uma coisa, mas definitivamente era imoral. o fato da esquerda nunca ter atacado este comportamento de forma enfatica é que abriu caminho para o mbl usa-lo e agora temos montes de veiculos de esquerda defendendo o caetano. por mais que ele mereça ser defendido de algumas destas acusações, a imagem que passa é que a esquerda não tem nada contra um homem de 40 anos transando com uma menina de 13. inclusive temos o polanski aí faz 40 anos que ele estuprou uma menina de 13 anos, a forma como a esquerda se posiciona com o polanski é bem diferente da forma como a esquerda se posiciona com caetano. a vitima de polanski diz ter perdoado ele, a vitima do caetano casou-se com ele.
ResponderExcluirOi, Lola.
ResponderExcluirNa UFPR, no curso de Direito, tem um Professor também que, assim que entrou pro corpo docente daqui (há uns 3 anos, acho), nos avisaram lá de Santa Maria de seu histórico de assédio... Eu me formei e não tive aula com ele, mas soube de vários casos envolvendo esse Prof CASADO, COM UM FILHO BEBÊ, tanto assediando alunas aleatoriamente quanto tendo relações mesmo com algumas. Enfim, tenho muito nojo desse cara, me parece muito parecido com esse aí do post.
Por motivos óbvios não vou assinar meu comentário.
"A juíza, entretanto, negou o pedido de prisão, pois entendeu que "não está configurada a seriedade de ameaça"."
ResponderExcluirQuando é assim, em vista da robustez da prova apresentada, é preciso levar o nome da juíza à corregedoria que lhe cabe.
Eu nunca vou entender isso de UM HOMEM SOZINHO esculachar tantas mulheres e a mulherada não cair de pau em cima dele em bando, em massa, pra ter medo até de sair de casa. É só um homem, um único homem, contra quantas alunas? Ah, dava pra resolver isso aí sim...
ResponderExcluirTirando o fato de ser um ambiente institucional, com relações hierárquicas (no caso de órgão público, consignadas em leis), onde as mulheres não podem simplesmente "sair no braço" com o engraçadinho, tendo a concordar com você. Por mais que nós tenhamos menos força física, há uma dose forte de socialização que nos ensina que "mocinha não briga e nem reage". Temos de mudar esse condicionamento urgente!
ExcluirEu ja deixei de fazer aulas por causa do professor. Não considero assédio, mas ele me deixava constrangida com elogios muito fora de hora. Achava desnecessário e olha, não sei lidar com isso. E acho que isso também é um problema: não saber lidar. Temos que ser orientadas a ser forte, denunciar, dizer que não gosta, que não se sente confortável, que é desnecessário. Impor nossa vontade também.
ResponderExcluirNa época, eu me calei, mas não me calo mais.
já pensou se a cada novo governo os donos do poder despedissem todos os servidores públicos e contratassem seus amigos e familiares?)
ResponderExcluirNada haver, podem ser feitos outros concursos, era até bom dar uma arejada, trocar os quadros. Estabilidade deveria ser alcançada apenas em carreiras especificas e depois de anos de serviço público.
Ah, é, porque é mesmo muito fácil e barato fazer concurso toda hora e ensinar serviço a novatos toda hora. Nem uma empresa privada sobreviveria a tanta rotatividade. E a estabilidade já é somente após três anos de serviço E avaliações funcionais favoráveis.
ExcluirEssa de aluna universitária sair com professor também né? Não são colegiais, estão na faculdade pra estudar ou pra dar?
ResponderExcluirE o professor está na faculdade para trabalhar ou para assegurar as alunas?
ExcluirCínico.
As duas coisas.
ExcluirDustin Hoffman é acusado de assediar jovem de 17 anos em set de filmagem de 'A morte de um caixeiro viajante' em 1985.
ResponderExcluirEm coluna da revista 'Hollywood Reporter', Anna Graham Hunter relatou o ocorrido nos anos 1980. Em nota, ator se desculpou por ter a 'colocado em uma situação desconfortável'.
A produtora Anna Graham Hunter afirmou que foi assediada sexualmente por Dustin Hoffman quando ela tinha 17 anos. Ela escreveu um texto acusando o ator em uma coluna da revista "Hollywood Reporter". Anna relatou, como colunista convidada da publicação, o que aconteceu no set de filmagem de “A morte de um caixeiro viajante”, em 1985, quando era estagiária.
“Ele me pediu para fazer uma massagem em seus pés em meu primeiro dia no set, e eu fiz. Ele flertava comigo abertamente, apertava minha bunda, falava sobre sexo comigo e na minha frente. Numa manhã, fui até seu camarim para anotar o que ele queria no café da manhã; ele olhou para mim e sorriu, esperando um pouco. Então, ele disse: 'quero um ovo cozido... e um clitóris macio'. O grupo caiu na risada", escreveu Hunter.
Ela recordou que logo após ouvir a frase, foi direto ao banheiro chorar.
Anna conta na coluna que durante as cinco semanas que trabalhou no set, detalhava sua rotina para irmã, que morava em Londres, enviando cartas pelo correio e guardava cópias para ela. Recentemente, releu todas as mensagens e usou trechos delas para fazer seu relato, alterando os nomes de algumas pessoas do elenco e produção.
Na segunda semana de set, Anna relata que Dustin questionada se ela havia feito sexo o final de semana e, dias depois, ela conta que o ator apertou suas nádegas diversas vezes.
Ela conta que chegou a conversar com a supervisora da produção após novos episódios e ela pediu para que Anna sacrificasse alguns de seus valores pelo bem da produção. “Ela disse que devíamos ter senso de humor e dar uma risadinha”.
Apesar dos relatos, a última frase retirada das cartas de Anna era que: "Ninguém é 100% bom ou ruim. Dustin é um porco, mas eu gosto dele".
Ao final da coluna, o "Hollywood Reporter" incluiu uma nota do ator enviada após o contato da publicação. “Tenho o maior respeito pelas mulheres e me sinto terrível por qualquer coisa que posso ter feito que a tenha colocado em uma situação desconfortável. Sinto muito. Isso não é um reflexo de quem sou."
Que raiva desses homens assediadores... Tomara que ele seja exonerado!E que ele seja condenado na justiça. Triste que essa juíza decida assim...
ResponderExcluir50
Excluir" Anônimo Anônimo disse...
ResponderExcluirEu nunca vou entender isso de UM HOMEM SOZINHO esculachar tantas mulheres e a mulherada não cair de pau em cima dele em bando, em massa, pra ter medo até de sair de casa. É só um homem, um único homem, contra quantas alunas? Ah, dava pra resolver isso aí sim...
1 de novembro de 2017 13:53"
Mas um homem é mais poderoso mesmo.
Onde, pessoa? No seu fantástico mundo de Bobby? Se não passar pelo ventre da mulher o homem sequer nasce. Homens dependem das mulheres até para existirem. Quanto poder... (rs)
ExcluirE nao passar nas bolas de um homem....nao se esqueça ;D
ExcluirAnon, você não está errado, contudo, também não está certo. E se os espermatozóides que passarem pelas bolas caírem no chão, por exemplo, nasce O QUE? Um pé de tico? Não nasce nada, pessoa. O homem continua dependendo da mulher para nascer. Se duas mulheres se relacionarem, as duas podem engravidar. A reprodução assistida está aí para essas e outras questões. E dois homens, com as bolas beeeeeem cheias? Se quiserem ser pais, precisarão de quem? Adivinhe? Só tem uma chance. Rs...
ExcluirPara duas mulheres engravidarem, precisam de espermatozóides, fornecidos por algum doador do sexo masculino. E homens se quiserem ser país, precisam de óvulos e útero de uma mulher. Isso não torna ninguém superior ou inferior a ninguém, ou mais ou menos poderoso em relação ao outro. Ridículo um achar que é mais importante porque fornece os espermatozóides ou o óvulo ou entra com o útero. Apenas assim que é a vida, a não ser que queiram ser país ou mães adotivos.
ExcluirA maioria dos professores homens do ensino médio e universitário mantem relacionamentos íntimos com alunas. Sou da área da educação e posso falar isto com convicção.
ResponderExcluirEsse entendimento que o assédio sexual tipificado no Código Penal Brasileiro só se aplica em situações laborais é predominante, porém não é unânime, já que esse mesmo código não veta a aplicação em ambiente extra-trabalho e já se reconhece o óbvio ululante que existe hierarquia entre professores e alunos, seja na esfera pública, seja na privada. Se você olhar no Google a jurisprudência nesse sentido já vai achar bastantes casos de professores incriminados e as condenações sendo mantidas, sendo funcionário público aplica-se inclusive as sanções da improbidade administrativa para justificar a perda do cargo.
ResponderExcluirPois é, anon das 11:47, é que eu tinha colocado a carta da advogada num post e guardado pra escrever o resto (e precisava da matéria do ImprenÇa pra escrever isso, e o site estava fora do ar). Aí eu esqueci e o post apareceu antes de estar pronto. Assim que eu vi (graças ao seu aviso!), tirei do ar. Sempre que aparecer um post sem fotos ou links, é porque ele não está pronto. Eu cometo esses erros de vez em quando: deixo o rascunho agendado e esqueço de re-agendar. Aí é publicado automaticamente sem estar pronto.
ResponderExcluirAlguém disse que o post sobre o Harvey Weinstein sumiu. Não sumiu não, tá aqui.
Oi Lola!! Sou eu, a Anon das 11:47h. Ok, sem problemas, depois eu entendi. Erros acontecem, somos humanos e eu também trabalho na área acadêmica como pesquisadora, sei muito bem a correria que é. Parabéns pelo blog, acompanho há bastante tempo, mas comento como Anon há bem pouco, nem sempre concordando com alguns posts e especialmente opiniões de alguns "comentadores" mas procuro discordar de forma educada. Abraços!
ResponderExcluirAconteciam muitas dessas situações relatadas aí em cima, na Universidade em que estudei. Eram bem conhecidas na época em que eu era aluna, os alunos comentavam sobre, havia os professores que tinham certa fama de praticar assédio, iam nas festas de estudantes apenas para assediar e embriagar alunas, mas infelizmente tudo ficava por isso mesmo, ninguém denunciava, "fulano é assim mesmo", tudo virava piada, o indivíduo seguia impune, o tempo passava, vida que segue. Eram os anos 1990, início dos anos 2000, internet estava ainda engatinhando e não havia rede social ou ativismo na internet. Não tenho como dizer se a situação por lá mudou nos últimos anos. Sei que hoje muitos desses professores e funcionários assediadores já estão aposentados, alguns ainda estão na ativa e estou certa que todos esses devem estar de c* apertado, morrendo de medo de que alguém venha denunciar abusos que aconteceram anos atrás, e apareçam mais vitimas para denunciar também (tipo o que aconteceu no caso Harvey Weistein) e verem seu mundo desabar de uma hora para outra. Devem torcer para o tempo passar bem rápido e chegar logo a hora de se aposentar antes que alguém crie coragem e ponha a boca no trombone.
ResponderExcluir"Mas um homem é mais poderoso mesmo."
ResponderExcluirdeve ser mesmo, lembro de duas situações "maisoumenos" recentes que demonstram isso:
1. a infame "mulher trans" que oprimiu não sei quantas no Encontro das Mulheres Estudantes na Rússia Brasileira (é claro)
2. o "artista" que resolveu mostrar o pinto em plena Marcha das Vadias
com mulher, o papo muda bastante
uma faculdade inteira foi pra cima e acossou uma mulher por conta de um V E S T I D O
qdo é a mulher a fazer algo (bem menos sério que assédio sexual, diga-se), brota gente do chão pra tirar a paz dessa pessoa pro resto da vida
com homem não, tem que ver bem direitinho porque deus me livre destruir a vida de um cara inocente
se a mulherada não bugar a programação essa merda nunca vai mudar
Seu argumento está furado, pessoa. Por qual motivo, razão ou circunstância brotaria gente do chão para aniquilar o que é desprovido de poder? Quanto desperdício de energia! Se não há poder ou influência, ignora-se e fim.
ExcluirJoana, eu acho que esse anon de 19h28 não é o mesmo que escreveu sobre "os homens serem mais poderosos". Dê uma olhada, neste mesmo post, no comentário de 01/11, às 13h53, onde há uma ideia parecida e eu também respondi.
ExcluirViviane, eu sei que não se trata da mesma pessoa. Apenas discordei de mais um argumento que achei contraditório, falacioso e vazio, do tipo que o comentarista põe fogo sem nada sugerir. "Se a mulherada não bugar a programação nada vai mudar." Tá. E o que seria "bugar a programação"? Onde? Por que? Como? Quando? Quem está sendo programado ou programada? Eu que não.
ExcluirJoana, acho que entendi o que ele ou ela quis dizer, sobre o tratamento diferenciado para homens e mulheres, como se perdoa facilmente os homens ou como passam impunes e a reação exagerada, desproporcional a eventuais erros cometidos por mulheres (pelo menos foi o que entendi). Ele só se enrolou na hora de escrever. Quando ele fala mulherada bugar a programação, acho q sugere que a mulheres devem se unir e se revelarem contra esse estado de coisas. Posso ter entendido tudo errado também. Bom, de qualquer modo, nós mulheres já estamos questionando e lutando contra essa estrutura.
ExcluirViviane, eu também posso ter entendido errado mas veja: quem é que precisa se unir? Quem é desunido, certo? É assim que se vai "bugar a programação"? Repetindo os mesmos erros que muitos já cometem todos os dias, ao afirmarem que mulheres são desunidas, objetivando incutir essa ideia na cabeça das pessoas? Se o comentarista se enrolou para escrever, enrolou-se por completo, pois, a meu ver, não há como salvar o que foi exposto.
ExcluirOff topic:
ResponderExcluirAlguém se lembra dessa série? Ela é muito boa.
http://blog.alemdasseries.com.br/2017/11/do-fundo-do-bau-dr-quinn-mulher-que-cura.html
Isso não é novo, isso não é um caso raro, nem somente nessa universidade.
ResponderExcluirOuso dizer que em quase toooodas as universidades brasileiras há casos como esses.
Assedio, constrangimento, comentários maliciosos, retaliação, desrespeito.
E sabe o que a cúpula das universidades faz? NADAAAAA, há casos óbvios, escandalosos, onde todo o corpo discente e docente SABE e se comenta mas ano após ano o tal professor continua beeem lá.
Sandra
Ninguém passa por bola de homem nenhum, mascu burro do caralho! Todas as pessoas são geradas a partir do óvulo, seu demente, não do esperma, que no máximo fornece parte do código genético na fecundação e só.
ResponderExcluirTodo mundo começa com o desenvolvimento do óvulo dentro do útero da mãe, aprende seu burrão idiota!
Um homem sozinho tem o poder de intimidar uma penca de mulheres sim, o caso citado do encontro das mulheres estudantes no paraná mostra bem a que ponto a psicodelia chega nesse sentido.
ResponderExcluirMil homens tirariam na marra qualquer mulher de um evento mas mil mulheres não foram capazes de deter UM MACHO VESTIDO DE SAIA que, inclusive, conseguiu fazer uma cisão no movimento que ocorria ali porque certas ideologias foram inseridas no feminismo pra isso mesmo, pra mulher continuar botando a si mesma em último lugar porque senão tem uma fobia inventada qualquer.
"Todas as pessoas são geradas a partir do óvulo, seu demente, não do esperma, que no máximo fornece parte do código genético na fecundação e só."
ResponderExcluirAmigo assim você não passa no ENEM... ou seja lá qual for o exame que existe no fim do ensino fundamental. Estuda mais, criança.
espermatozoide é só um transportador de DNA para fecundação do ÓVULO
ResponderExcluiro ÓVULO INTEIRO é necessário e é partir dele que se desenvolve o feto DENTRO DO ÚTERO e as crianças são geradas
Ele foi demitido :)
ResponderExcluirEle tá voltando.
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