Ainda sobre a terrível tragédia ocorrida em Goiânia na semana passada, reproduzo um texto do terapeuta cognitivo Jordan Campos.
Para ele, a motivação do crime em que um menino de 14 anos matou dois de seus colegas e feriu outros quatro a tiros não foi o bullying.
É uma análise interessante, na contramão do que se vem falando sobre o caso, embora eu esteja longe de concordar com tudo que o autor diz.
Atenção: leia uma refutação ao texto. Valéria, professora que também escreveu sobre o massacre, critica o post de Campos por, entre outros motivos, não cogitar a possibilidade do bullying.
Atenção: leia uma refutação ao texto. Valéria, professora que também escreveu sobre o massacre, critica o post de Campos por, entre outros motivos, não cogitar a possibilidade do bullying.
Sim, um adolescente matou dois colegas de escola com uma arma de fogo. Sim, pessoas desinformadas e com a ajuda da mídia espalham que o bullying foi o motivo. Não, não foi este o motivo. E vou aqui explicar um pouco sobre tudo isto.
Sou pai de quatro filhos, psicoterapeuta clínico de crianças, jovens e adultos e discordo completamente da “desculpa esfarrapada” desta pseudo-versão dos fatos. Bullying é o resultado de um abuso persistente na forma de violência física ou psicológica a uma outra pessoa.
Bullying não é a piada sem graça, a ofensa solta ou uma provocação por conta do odor resultante da falta de desodorante por quatro dias, que foi exatamente o “caso” do adolescente que matou seus colegas. O motivo pelo qual o jovem assassinou seus colegas é um conjunto de fatores na formação de sua personalidade sob responsabilidade de seus pais.
O GATILHO que deu o start em seu plano de matar pode ter surgido da provocação de seus colegas, sim. Foi uma reação desmedida, autoritária, perversa e calculada a um conflito em que ele se viu inserido. A falta de preparo emocional e educacional deste jovem para lidar com frustrações é o ponto alto deste simples quebra-cabeças.
Quando somos colocados frente a um conflito, ou o enfrentamos, ou fugimos ou paralisamos. As vítimas de bullying costumam paralisar e passam anos no gerúndio do próprio verbo que identifica este problema. Bullying é uma ressaca, um trauma no gerúndio, que vai minando as forças, destruindo a autoestima e a identidade frágil de suas vítimas.
No caso do adolescente em questão ele não teve tempo de ser vítima de bullying, ele simplesmente enfrentou a provocação de ser chamado de fedorento com base em sua formação de personalidade, filosofia de vida, exemplos e criação, reagindo. Colegas de sala disseram que ele era adorador do nazismo, cultuava coisas satânicas e quando provocado dizia que seus pais, que são policiais, iriam matar os provocadores se ele pedisse! BINGO!
NÃO FOI BULLYING - Por mais espantoso que possa ser, desculpem mídia e pseudo-sábios filósofos contemporâneos -- o garoto matou porque tinha na sua formação de personalidade uma espécie de autorização para fazer! A identidade deste jovem de 14 anos estava formada em um alicerce que permitia isso. Ele provavelmente iria fazer isso logo logo... Na escola, com o vizinho, na briga de trânsito ou com a namorada que terminasse com ele, e isso nada tem a ver com bullying. A provocação foi apenas o motivo para “fazer o que já se era.”
Agora, falando do bullying, digo sem pestanejar que o maior culpado pela sedimentação do bullying e suas prováveis repercussões não são os coleguinhas “maldosos”, e sim a FAMÍLIA de quem sofre este tipo de ação. Se quem sofresse bullying fosse um potencial assassino a humanidade estava extinta. Mata-se muito por traições, brigas de trânsito, desavenças de trabalho, machismo, homofobia... Mas não por bullying. Pelo contrário -- é muito mais provável um suicídio, depressão, implosão.
O que faz com que alguém resista ou não a uma ação que pode virar bullying? Simples -- a capacidade do jovem em lidar com frustrações e aprender a enfrentar seus problemas e conflitos. Esta é a maior prevenção ao bullying -- aprender a vencer frustrações se submetendo a elas de forma sadia e com orientação. Aprender a respeitar os pais e a vida. Ter lições diárias de cidadania, direitos humanos -- mas o mais importante -- passar por frustrações e ter apoio dos pais, sem lamentar e encontrar culpados e sim crescer forte entendendo que neste mundo não podemos ter o controle das coisas.
Pais, ensinem seus filhos a respeitarem vocês e aos outros. Sei que muitos de vocês estão cheio de carências, desesperados em relações funcionais fúteis, e projetando em seus filhos o amor que não tiveram de quem acham que deveriam ter. Negligenciam assim o respeito e querem ser amados -- isso contribui para fazer jovens fracos, deprimidos, ansiosos, confusos e vítimas fáceis para o bullying. Lembrem-se: só se ama e se valoriza o que se aprende a respeitar!
A titia ja relatou aqui o bullying que sofreu, eu acho que as colocações dela aqui devem passar por um crivo maior, pois muitas vezes é o puro ódio escrito e uma agressividade às vezes desmotivada com outros leitores do blog.
ResponderExcluirNo último post sobre bullying ela disse que queria ir atrás de Danilo Gentili com uma metralhadora, por mais imbecil que ele seja prometer assassinato é um sinal desequilíbrio, portanto Lola veja como está ocorrendo a participação da titia aqui e tome uma atitude visando o bom funcionamento da caixa de comentários, não é justo que pessoas com traumas do passado descontem sua frustração aqui
Me lembro no ensino médio de um garoto gordo que tinha o apelido de tetinhas, me lembro que uma vez eu dei a ideia e nosso grupo comprou um sutiã no aniversário dele, era tudo na amizade, o mundo não era chato e o politicamente correto não ditava regras
ResponderExcluirNão era chato pra ti: "o dono da ideia".. você não sabe o quanto magoou seu amigo porque ele tinha medo de se expressar e a coisa ficar pior.
ExcluirQue brincadeira legal heim, seu bosta. É óbvio que só vc e seus amigos miolo mole gostaram. Quem recebeu não gostou, fingiu pra não entrar em conflito
Excluir11:20, vcs são uns bostas. Simples assim. Odeio o polititicamente correto, mas mesmo em 1900 essa "bricadeira" seria uma péssima idéia de gente sem noção, como vcs, imbecis.
ExcluirExcelente e necessário ponto de vista. Esse texto tem várias funções terapêuticas e pedagógicas, para vários tipos de pessoas.
ResponderExcluirPrimeiramente, por confrontar os sábios do senso comum pseudo-livres com seu pseudo-pensar, funciona como terapia para narcisistas. É um primeiro baque e, se os egos construídos pelo braço cultural do capitalismo ainda não tiverem soterrado totalmente a humanidade dos narcisistas atingidos pelo texto, estes podem aproveitar a oportunidade de começar a trincar a couraça e prosseguir no processo, com esforço honesto e persistente, até se libertar totalmente.
Em segundo lugar, o texto é pedagógico ao esclarecer o que realmente é o bullying: TORTURA, física e psicológica, para a qual a criança é obrigada a ir, com suas próprias pernas, todos os dias.
O terceiro ponto que destaco para análise, e que é o ponto principal do autor, é a importância da formação das subjetividades das crianças e dos jovens no contexto familiar. O autor aponta esta formação como a causa do ato de violência cometido pelo adolescente em questão, não o bullying. De acordo com o texto, a formação familiar pode levar a criação de vítimas fáceis para o bullying, de perpretadores do bullying e de perpretadores de crimes de viés fascista, como foi o caso do adolescente de Goiás.
É muito claro que a o que acontece dentro das famílias ou o que deixa de acontecer nelas tem grande peso na formação das subjetividades, desde a primeira infância.
Aponto, porém, que as pessoas jovens estão inseridas em outros grupos também: a escola, os amigos, a internet e a cultura, que não é palpável, mas é a força de formação mais poderosa. Como vimos no artigo http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2017/10/seres-humanos-frustrados.html?m=1, comentários de 26/10, das 18:46h em diante, mais resposta ao comentário de 22:49h, a cultura nos cerca, nos conduz e nos forma - especificamente, neste exemplo, a cultura da pornografia forma garotos e homens perversos, sádicos, estupradores e propagadores/mantenedores do patriarcado - só que esses sujeitos não nasceram assim, foram tornados assim. Nesse caso, a influência da família só poderia ser considerada por omissão.
A omissão no ambiente da escola também é grande propulsor do bullying - não é surpresa que o único método antibullying a ter sucesso até hoje no mundo é o KiVa, da Finlândia, que atua nas testemunhas das torturas, fazendo-as sair da passividade e da omissão para atuar ativamente no impedimento do sadismo, deixando também de ser sádicos passivos, e resgatando a própria humanidade, sua, dos agressores e das vítimas.
E isso não tem nada a ver com família - as famílias são causas perdidas - tem a ver como algo muito maior: a nossa capacidade de sermos humanos, bons, fortes, ativos, alegres, e de criarmos redes de influência fortalecedora instantâneas e de efeito instantâneo. E essa é a única salvação da humanidade contra o fascismo e a misoginia.
Pego a importância terapêutica do texto, de quebrar couraças narcisistas dos pseudo-livres, a importância pedagógica de revelar a tortura diária que cultivamos e complemento com a força que temos de VENCER tudo isso. Comecem.
De um lado temos "eshispecialishitas" que culpam o Bullyng pelo fato como se todo aodolescente que fosse zoado uma vez na vida fosse sair matando como louco, e a culpa do fato fosse das vitimas.
ResponderExcluirDou outro temos um eshispecialishita" que afirma que a culpa não e do Bullyng mas sim do fato de eles ser filho de policiais, logo sendo segundo ele todo filho de policial e um assassino fascista nazista.
estamos bem de especialistas hem?!
O cara n falou isso....
ExcluirFato. Qualquer criança/adolescente/adulto que saiba lidar com suas emoções de maneira minimamente adequada jamais vai ter uma atitude extrema e impulsiva como sair atirando em colegas.
ResponderExcluirE as pessoas em geral parecem nunca entender que bullying é uma violência repetitiva e insistente. Fico cansado só de ver gente que fala que uma piada de mal gosto ou um xingamento numa situação única é bullying. Ok, um adolescente pode ser chamado de fedorento um dia por não ter usado desodorante, mas se isso não foi muito recorrente, não foi bullying, foi uma depreciação de outra forma que nunca teria o mesmo efeito.
E é fato que tudo depende do repertório de entendimento e suporte da criança e do adolescente. Se ele tem formas de entender e enfrentar a situação de forma mais racional, não haveria essas situações de massacres.
Vi uma reportagem dizendo que um dos meninos que morreu era amigo do atirador, segundo depoimento do próprio. Foram dois meninos que morreram, um realmente foi o que chamava ele de fedido, mas quanto aos outros que levaram tiros, ele disse que perdeu o controle e sentiu vontade de atirar em todo mundo. E a reportagem também falava dessas ameaças de morte que ele fazia aos colegas. Desde que eu li essa reportagem tbm não acho que foi nada de bullying o problema. É complicado julgar só pela notícia, só quem sabe o que aconteceu de verdade é quem convivia de perto.
ResponderExcluirVi muita gente na net falando que entendia o garoto, que já sofreu bulliyng e que foi bem feito. Poxa não é bem por aí, imagina como estão as famílias dessas vítimas, parece que uma das meninas ficou ou corre risco de ficar paraplégica.
A gente tem que discutir o bullying sempre, mas nesse caso aí realmente me parece que o problema é bem mais complexo.
Esses "eshispecialishitas", principalmente os cariocas filhinhos e filhinhas de papai que não conhecem a vida dura e vivem de brisa e praia, são os maiores culpados pela merda que estao os jovens de hj no Brasil.
ResponderExcluirAssistam ao filme baseado numa história real, ocorrido no leste europeu. Se chama "Klass". E me digam se bullying pode ou não provocar mortes desse tipo...
ResponderExcluirHá um problema com o texto; ele oscila entre diversas interpretações possíveis, sem deixar claro a que se refere.
ResponderExcluirE o título agrava isso: "Não foi bullying". É evidente que o bullying, por si só, não leva ninguém a ações como a desse rapaz. Nesse sentido, pode-se interpretar o texto como afirmando que "não foi o bullying a causa dos assassinatos". Por outro lado, "não foi bullying" pode ser interpretado como "o rapaz não foi vítima de bullying". Essa já é uma hipótese bem mais problemática, e o texto não a afasta - até, pelo contrário, parece afirmá-la ("no caso do adolescente em questão ele não teve tempo de ser vítima de bullying"). É possível - porém pelo menos a mim falta informação a respeito de há quanto tempo o rapaz vinha sendo alvo de comentários depreciativos. Quanto tempo seria necessário para caracterizar o bullying?
O autor não responde a essa pergunta, mas oferece este raciocínio: "As vítimas de bullying costumam paralisar e passam anos no gerúndio do próprio verbo que identifica este problema", o que parece indicar que o bullying é um processo de longo prazo. Há um problema com o argumento, contudo. Por ele, as vítimas de bullying são aquelas que se permitem ser vitimizadas pelo bullying. Quem ao contrário consegue reagir - seja enfrentando de forma madura e consequente as agressões, seja ignorando-as até que os agressores desistam, seja pela violência, como o rapaz de Goiânia - não é "vítima de bullying". Mas tanto a moça que enfrenta os agressores, exigindo que expliquem o motivo das agressões e expondo a natureza mesquinha desses motivos, quanto o menino que se isola até que os agressores percam a motivação, quanto o rapaz que dá uma surra exemplar no mais incômodo dos agressores, seriam vítimas do bullying se não tivessem reagido da forma como reagiram. A ocorrência do bullying, por esse raciocínio, escapa à vontade dos agressores, e passa ao domínio da reação da vítima. Posto de outra forma, se o garoto de Goiânia tivesse "paralisado", como diz o autor, então - e só então - ele seria vítima de bullying?
Enfim, eu não sou "eshpecialista" como critica o comentário aí em cima. Não tenho a menor ideia de se o rapaz foi vítima de bullying ou não, e não sei se o bullying poderia ou não -
presentes outras condições, é claro - desencadear um surto de violência como este. Mas isso não impede que eu veja contradições no discurso de especialistas, com ou sem "h" depois do "s". E como o próprio autor diz, o texto "foi feito com base em informações disponíveis na imprensa e pela polícia até então". O que, para quem conhece imprensa e polícia brasileiras, significa "com base em 'informações' que podem ser distorcidas, sensacionalizadas, mal-interpretadas, ou pura e simplesmente falsas.
Eu, se fosse especialista, não emitiria opinião sem ter acesso a informações em maior quantidade e melhor qualidade.
Acho que o texto vinha muito bem até apresentar um entendimento de bullying como "baixa tolerância à frustração". Soou parecido com o depoimento da Titia, no post anterior sobre o mesmo tema, em que ela diz que foi instada a "perdoar" seus agressores.
ResponderExcluirNão, senhor, a culpa nunca é da vítima. Jamais. Tolerar frustração não tem nada a ver com ensinar as crianças e jovens a respeitarem o próximo. Esse senhor falaria então que os gordos tem de emagrecer, os negros tem de raspar ou alisar os cabelos, os gays têm de "dar menos pinta"?
Estou acompanhando os seus tuítes do caso, não queria confrontar mas também não acho que foi bullying. Me preocupa a educação que os filhos de P.M. recebem. Lógico que existem bons e maus policiais, mas a nossa é a polícia que mais mata no mundo, uma instituição problemática e que precisa ser repensada. Por isso, pra mim, o Marcelinho Peseguinhi que matou os pais. Criados por assassinos.
ResponderExcluirTem uma palestra do TED com a mãe de um dos meninos de Columbine que ela fala sobre a relação entre esse tipo de crime e depressão, me surpreendo que o aluno não tenha se matado. Isso que me intriga no caso. Mas, realmente, o perfil do aluno que sofre bullying não é o mesmo do que mata, pelo contrário.
Uma coisa que os criminosos do tipo tem em padrão: são na maioria homens.
Até que enfim alguém disse algo que fugisse do senso comum e da saída fácil para explicar um crime chocante como esse simplesmente como "reação ao bullying".
ResponderExcluirOu seja, quem reage, se afasta ou até se mata não é vítima de bullying. Vítimas de bullying são só os que ficaram quietos, calados, sofrendo agressões e humilhações dia após dia, tolerando tudo que lhes fazem de mal sem sequer protestar. A partir do momento em que você se recusa a continuar sendo agredido, seja reagindo, fugindo, se matando ou matando outros (infelizmente alguns creem que é um jeito válido de deixar de ser atormentando) você não é mais vítima e deve criar vergonha, se livrar de todos os traumas e sequelas porque mantê-los é "frescura" e assumir responsabilidade pessoal. Por que eu não boto fé na opinião de quem acha que uma pessoa só pode ser vítima se ela se restringir a apanhar e apanhar sem nunca fazer algo que melhore a situação? Opinião que, coincidentemente, é a mesma dos agressores e dos parças deles?
ResponderExcluir11:14 isso aí, você tá totalmente certo, champs. Tá certíssimo. Eu sou uma louca desequilibrada odiadora de homens que nunca superou o fato de ter sido considerada feia e boba na infância e agora quer que todos os homens morram, e usa o blog da Lola pra se gabar de como eu hostilizo homens gratuitamente, como eu continuo fazendo piadas preconceituosas pra humilhá-los, como eu quero tirar os poucos direitos que eles tem, como eu devia ter direito de estuprar meninos de 12 e 13 anos porque eles não são mais inocentes, como eles merecem ser estuprados e mortos, etc. Você tá absolutamente certo, parça. A Lola devia me banir do blog e me mandar me tratar, porque essa mania de entrar num blog de alguém que eu detesto e que trata de assuntos que não me agradam só pra reclamar de como eu sou injustiçada pelo mundo não girar ao redor do que eu acho ou deixo de achar desejável 24/7 e pra reclamar e reclamar o tempo todo do mesmo comentarista não é nada saudável.
Ngm que diz que não foi por conta do bullying defende essa prática.
ResponderExcluirBullying eh horrível. Falar que ele acontece com pessoas mais psicologicamente vulneráveis, ou pelo menos que eh nessas pessoas que ele deixa sequela, não significa que estamos culpando a vítima.
Alicia
Felizmente nasci e me criei em um lar onde a violência era inconcebível. Nunca apanhei na vida, nunca me envolvi em brigas nem nutri inimizades por ninguém. Estranhamente, os colegas que mais se envolviam em confusão na escola, e mesmo na vida adulta, eram justamente aqueles que "se apanhar na rua, apanha em casa também". Ou seja, a violência é um ciclo, é aprendida e repetida para todo o sempre e gerações.
ResponderExcluirNo caso desses meninos, muita coisa errada e muitas culpas para serem distribuídas entre os envolvidos. Mas com certeza, o menos culpado disso tudo é o garoto de 14 anos.
Fabi
Aham. O menos culpado eh a pessoa que premeditadamente levou arma e munição na escola e atirou contra os colegas.
ExcluirAs pessoas não estão raciocinando, não eh possível.
"Ah mas em casa eu n tive educacao/carinho
Eh mais difícil mas da p aprender com exemplo ruim tbm.
Ngm eh mais responsável do que esse garoto por essas mortes.
Mas na sua concepção até as vítimas, as crianças que morreram ou a menina que vai ficar paraplégica, são mais culpados do que ele.
Então ok.
Alicia
Um menino de 14 anos com evidentes problemas e nenhum adulto que tenha se preocupado o bastante para o acolher. Fabi
ExcluirNão.É o único culpado.
ExcluirTitia quando vc vai superar o bullying que vc sofreu há 40 anos atrás ?
ResponderExcluir17:20 mais importante: quando você vai crescer o suficiente pro Luisinho não ter mais que vir aqui te responder? Ele disse que a mãe o deixou assistir o desenho animado preferido dele antes do jantar e que você devia botar o DVD da Galinha Pintadiinha e tomar toda sua mamadeira pra dormir logo e deixa-lo ver Frozen em paz.
ResponderExcluirNa verdade, Alícia, o que essa pessoa quis dizer é que a culpa não é só do garoto; e, falando de vítimas de bullying em geral, a culpa não é delas. A culpa é dos bullies e também dos pais que não educam o agressor/não apoiam o filho que é vítima, dos professores que fingem que não veem, de todos que se omitem, que deixam passar, que passam a mão na cabeça de babaca, de quem normaliza e diz que forma caráter, ou que é brincadeira. De imbecis que dizem que as vítimas tem que aceitar e perdoar os agressores ao invés de dizer aos bullies que eles tem que parar. Eu sei que às vezes fica difícil pensar além do 8 ou 80, mas é assim que a vida real funciona. Monstros no geral não nascem, são criados; e ao invés de enterrar a cabeça no rabo, fingir que está tudo bem e deixar a tragédia acontecer pra chorar as vítimas, devíamos tratar de deter os criadores de monstros antes que eles completem a má obra. Mas isso dá trabalho, né, melhor deixar um monte de gente morrer assim eu só preciso ficar no sofá e arrotar "Ai, gente fresca", 'Ai, quem reage não é vítima', 'Ai, quando eu era pirralho a gente fazia isso à vontade e ninguém ligava', 'Ai, politicamente correto', "Ai, gente mimada', depois que a tragédia acontecer.
Aaaahhh, quer dizer então que o cara não é psicólogo? Mas que beleza, usando "falácia de autoridade" (neste caso, mentira mesmo).
ResponderExcluirSó o que faltava, mais um oportunista querendo "likes/shares"...
Esse texto ê ridículo. O que tem a ver frustração com agressão física/psicológica? Pro autor é a mesma coisa?
ResponderExcluirQuem n aguenta bullying é pq n aguenta frustração e os pais mimaram? Quanta merda.
N fui mimada e surpreendentemente n fiquei preparada pra ser agredida durante 1 ano no ensino médio.
Frustração é querer algo e n conseguir, ser perseguido e humilhado é agressão. Ele n sabe a diferença?
Duvido muito q os pobres bullies seja assim por causa dos pais, tem pessoas q são ruins e fdp mesmo.
E q surpresa, sempre ignorando o problema. Como no caso daquele cara no colégio do rj, ele sofreu bullying pesado mas isso n teve nada a ver, ele era psicopata, ainda insinuaram q tinha a ver com timidez...
ResponderExcluirO texto reflete o quanto o Brasil está doente. Lola não deixe o pessoal entrar aqui e ficar difamando você ou deteriorando sua imagem, você não merece, sei que é a favor da liberdade de expressão, mas algumas pessoas entram aqui no seu blog só para serem grosseiras, assim não vale!
ResponderExcluirEsse terapeuta é da turma q acha q sofrer bullying forma caráter. O adolescente fresco q n aprendeu a lidar com "frustrações" de forma sadia... Q porra é essa? Sério? Nem considera agressão, é só uma pequena frustração na vida...
ResponderExcluirTodo pai/mãe deve ensinar ao filho como ser saco de pancada sem ficar traumatizado. Esse é o problema.
Nojo!
E o bullie não é nem maldoso, claro que não...
Pq não falam do bullying nas faculdades que o pessoal de esquerda faz com os alunos que não são de esquerda?
ResponderExcluirPorque não convém.
ExcluirNo boys/men = No War :)
ResponderExcluirNo men=No World ;D , o problema desse mundo sao as pessoas más...
ExcluirBullying é problema, ter arma em casa é problema, o que a meninada tem acesso não supervisionado à internet idem, jogos violentos, cultura do ódio, cultura geral, tudo isso aí pode e deve ser debatido sim MASSSSS sem transferir para a(s) vítima(s) a responsabilidade exclusiva e personalíssima do perpetrador que, infelizmente, ainda respira e não haverá surpresa alguma se daqui alguns anos a gente escutar falar nele de novo. A garota paraplégica certamente vai se sentir segura para o resto da vida.
ResponderExcluir"Titia quando vc vai superar o bullying que vc sofreu há 40 anos atrás ?"
ResponderExcluirE você, quando vai deixar de ser um bully?
Olha, não sei até que ponto divulgar em um blog como este links para canais mascus no YouTube para denunciá-los pode ter efeito contrário: aumentar sua popularização. O negócio ali é asqueroso mesmo. Lola, sei que o blog é seu, mas será mesmo que vale a pena deixar passar links para esse tipo de abjeção por aqui?
ResponderExcluirDonadio existe uma diferença entre ser bullie e ser zoeiro, eu sou zoeiro, eu brinco com as pessoas, o problema é que hj temos uma geração de mimados, quando eu era adolescente eu tinha meu grupo, nós zoavamos o gordinho, o nerd, o pobre, etc.
ResponderExcluirAdvinha quem fazia sucesso com as meninas? Nós é claro.
Falaram uma história de um sutiã de presente para um gordinho é que gerou indignação, me lembro que nós zoavamos o sapato do pobre da sala, chegamos a fazer uma lista com coleta fictícias para ele, ninguém ficou traumatizado.
Se fosse preto e pobre o bulling nem seria levantado.Foi um ato de maldade puro e simples e esse sujeito deveria passar a vida na cadeia.Chega de tentar justificar essas barbaridades.
ResponderExcluir"Falaram uma história de um sutiã de presente para um gordinho é que gerou indignação, me lembro que nós zoavamos o sapato do pobre da sala, chegamos a fazer uma lista com coleta fictícias para ele, ninguém ficou traumatizado."
ResponderExcluir---> Que legal, campeão zueiro. Mas tem certeza mesmo que ninguém ficou traumatizado, seu lixo? Com certeza tua corja não ficou, mas o mundo não gira em torno do teu umbiguinho sujo, sabia?
Eu vi o canal do mascu, é nojento mas ao mesmo tempo engraçado. É tanta merda q fica difícil n rir.
ResponderExcluirÉ vídeo deles choramingando de como a mulher tá destruindo o mundo, que mulher é interesseira, que eles tem direito as novinhas, mae solteira n presta. Que mulher n tem sentimentos, que quando terminam namoro, n ficam mal e arranjam outro bem rápido, enquanto o pobre omi quase se mata de tristeza kkkkkk
Em outro ele fica indignado por ter um monte de mulher trabalhando no banco e um ou dois homens. Nós estamos roubando o lugar deles, deveria ter mais homens lá, vamos destruir o equilíbrio, porque vai ter mais homens ganhando menos q mulheres, q vão ser ignorados por nós, porque somos interesseiras.
E daí surge famílias desestruturadas e maes solteiras e tudo com fundo musical triste. Tem como n rir dessa merda? Kkkkkkkkkkkk ridículo demais! Pqp!
12:43
ResponderExcluirMais um q se orgulha de ser um lixo de pessoa, nada novo.
Os Preconceitos (raciais, étnicos, religiosos, etc.): O macho necessita de bodes expiatórios sobre os quais possa projetar seus defeitos e incapacidades, e sobre os quais possa aliviar suas frustrações por não ser fêmea. E as várias discriminações possuem a vantagem prática de aumentar substancialmente a reserva de xanas para os homens que estão no alto.
ResponderExcluirLola, gostaria de saber no que exatamente tu concorda ou não com o autor do texto... em grande parte me senti inclinada a concordar com ele, mas não tenho tanta vivência ou formação na área, por isso fiquei cheia de pontos de interrogação em vez de chegar verdadeiramente a uma conclusão.
ResponderExcluir"Eu, se fosse especialista, não emitiria opinião sem ter acesso a informações em maior quantidade e melhor qualidade". Donadio
ResponderExcluirSou da área psi e o que posso corroborar com tua opinião é a seguinte: segundo o código de ética, não se deve emitir juízo de valores ou exposição de nenhum caso mesmo que haja uma relação transferencial terapêutica.
eu li um texto parecido, alegando que o jovem era apoiador de Bolsonaro. o texto do contraditório quase é verossímil, se não fossem os históricos conhecidos de Columbine e Realengo, só para ficar nos mais citados. Eu sofri bullying e pensei mais em me matar. o que é mais curioso [engraçado ou patológico] é ver páginas e blogs da alt-right usando a "tragédia" para defender a diminuição da idade penal [e não demora para aparecer um para defender o porte de arma].
ResponderExcluirO comentário de 11:32 também vale pro anônimo 12:43. Ambos são uns bostas, lixos desprezíveis.
ResponderExcluirNão foi uma reação, foi um massacre.
ResponderExcluirReação seria chamar pra porrada e afundar a fuça do folgadinho, é o que uma criança saudável faria.
Esse moleque é um assassino frio. Só isso.
Talvez seria melhor baixar a maioridade penal por duas razões: 1. é muito difícil que, entre suas pesquisas, esse rapaz não tenha procurado saber que em virtude da idade não iria dar nada de sério para ele. É um discurso comum entre os menores delinquentes, "sou dimenor, não pode colocar a mão". 2, o crime tem aliciado pessoas cada vez mais jovens para controlar entrada e saída de carros em pontos de drogas, recolhimento de dinheiro, entrega da droga, rádio, vistoria de veículos, furto de automóveis, golpes e não estou falando de garotos de 17 anos 11 meses mas sim de crianças de 8, 10, 11 anos. Abaixo dos 12, independente da gravidade do ato, a criança não comete crime ou ato infracional de nenhuma espécie pela lei brasileira. Se a lei não mudar isso tende a piorar.
ResponderExcluirExcelente texto. Com bullying ou não, jamais ele é suficiente para que essa tragédia ocorra. A própria fala do garoto abre da tragédia já mostrava que havia algo muito errado com ele.
ResponderExcluirErrado. O universo não precisa dos homens. O mundo vai continuar muito bem sem homens, infinitamente melhor, aliás. Sem homens = sem quantidades ilimitadas de sofrimento, mutilações, torturas, estupros. Sem homens significa sem a destruição de inumeráveis vidas, sem as destruições que são causadas e realizadas por homens.
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