A Zzacchi, uma militante velha de guerra (está no meio desde 2010) que decidiu se armar através do estudo, me enviou este belo texto:
Muita luz para o seu trabalho e seu blog, que acompanho desde 2011! Tenho admiração eterna por você!
Queria lhe escrever sobre a rixa transativistas vs feministas radicais (radfems). Percebo que é um tema sempre recorrente.
- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que gênero é uma construção social, uma abstração cultural de comportamentos impostos a nós de acordo com o nosso genital ao nascer.
- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que ninguém deveria ser pré julgado por conta da genitália nem ter qualquer juízo de valor atribuído por causa do gênero. Ambas as vertentes querem um mundo onde qualquer pessoa, de qualquer sexo e gênero possam ser felizes e buscarem ser quem são, usarem o que gostam, do jeito que quiserem sem qualquer discriminação.
Mas se ambas as vertentes concordam com origem e ponto final, por que a briga?
- Diferente do Feminismo Raiz, que é baseado num materialismo positivista (corrente filosófica onde a "verdade" é absoluta e externa, alheia ao ser humano e "encontrada" através da ciência), a Teoria Queer tem base no pós-modernismo (corrente filosófica que rejeita toda metanarrativa generalizante de mundo; e que diz que a realidade é tão moldável quanto o observador).
O Feminismo Raiz e seu materialismo positivista apregoam que gênero, por ser uma construção social abstrata, deveria ser abolido. Para o feminismo radical, gênero nada mais é que um meio de aprisionar as pessoas dentro de comportamentos e estéticas que oprimem e violentam. Segundo o rad, a teoria queer nada mais é que um reformismo dos velhos papéis de gênero e as pessoas trans reforçam de forma caricata esses estereótipos.
A Teoria Queer parte do pressuposto que, uma vez que gênero nada mais é que uma abstração social, o que impediria uma pessoa de um gênero começar a performar e a ser percebido como outro? Isso já acontece mesmo quando as pessoas não têm intenção, por exemplo: homens com traços delicados serem tachados de afeminados e mulheres com traços fortes serem tratadas como másculas. Gênero não é preto e branco, vulva e pênis, é uma combinação de fatores. Para o transativismo, passabilidade cis (ou seja, se parecer o máximo possível biologicamente com o gênero que se deseja) é questão de sobrevivência em uma sociedade transfóbica, uma vez que trans em transição e pessoas não binárias são extremamente hostilizadas.
Queria colocar aqui que o pós modernismo não nega a materialidade e a ciência, como eu já vi muitas pessoas apontarem por aí. A pós modernidade veio questionar o conceito de "realidade" quando ela é mutável através da ação humana -- vide nossa influência no meio ambiente, nos nossos corpos cirurgicamente modificados, no clima e, futuramente, até mesmo na terraformação de planetas e engenharia genética. Para esse assunto, recomendo Donna Haraway e seu Manifesto Ciborgue.
"Realidade", cientificamente falando, é uma percepção que em breve terá que ser reavaliada quando começarmos a manipular a matéria a níveis atômicos, e é disso que a pós modernidade trata.
Aliás, a radfem que se diz "anti-pós moderna" em prol do materialismo positivista mas abraça a interseccionalidade já está sendo contraditória, uma vez que interseccionalidade é justamente a rejeição da metanarrativa até então generalizante da experiência do que é "ser mulher" (cis, branca e hétero) -- ou seja, é um conceito completamente pós moderno, concebido nos anos 90 por Kimberlé Crenshaw.
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Mulheres e pessoas trans são oprimidas pelo patriarcado. São dois grupos de pessoas que passam muito perrengue, e lidar com opressão é algo sempre sensível. A falta de empatia é enorme e o medo do silenciamento também. Coloque esses fatores em uma militância e você tem uma receita pronta para desastre.
O que eu mais percebo, tanto no transativismo quanto no radfem, é ressentimento. As duas vertentes não negam a opressão uma da outra, mas não estão sabendo separar seus espaços e lidar com as questões em comum interseccionalmente.
Se o feminismo fosse uma vila, cada vertente seria uma casa e a pracinha no centro seria a interseção, onde se debate o que cada casa tem em comum e como todo mundo fará para manter a vila saudável. Mas não é isso que tem acontecido. A casa rad quer a casa trans fora da vila por não concordar com sua filosofia e a casa trans responde à altura. É difícil dialogar quando há tanta dor e tanto desentendimento por conta de um detalhe filosófico.
Um debate interessante sobre gênero deveria começar não com o gênero em si, mas com "o que é cultura?", "o que é natureza?", "o que é performance?". Nem tudo que é "natural" é bom e nem tudo que é "artificial" é ruim. Dizer que "gênero é artificial, logo é ruim" é tão pobre e falacioso quanto dizer que "câncer é natural, logo é bom".
A questão é que tudo é natural. A nossa noção de "natureza" é antrópica. Mas nós humanos não somos externos à natureza, nem nossa cultura, nem nossos pensamentos, nem as coisas que produzimos. Um macaco que usa um galho como ferramenta e estabelece uma cultura entre sua espécie é visto como menos natural? A barragem construída por um castor ou o ninho de um passarinho são menos naturais? Essa dicotomia natural vs artificial é enganosa e não tem fundamento intrínseco. Cultura e gênero são tão naturais quanto nossos corpos biológicos.
Vale lembrar aqui que muitas pessoas são biologicamente intersexuais, e os pais ou médicos decidem o gênero da criança assim que ela nasce para que se conforme dentro de um papel de gênero. Muitos intersexuais concordam com a teoria queer, enquanto outros preferem que se crie um terceiro gênero para contemplá-los. A linha entre sexo e gênero se prova muito tênue e frágil quando trazemos a questão para a intersexualidade, nos mostrando que a própria biologia não se enquadra em uma categoria binária, contendo uma complexidade que os moldes de gênero tradicionais não alcançam. Ótima dica de leitura sobre esse assunto: Judith Butler.
Será então que gênero é algo a ser renegado ou ressignificado? As pessoas que performam outro papel de gênero estão "reforçando" um estereótipo ou ampliando suas possibilidades? Uma rad que rejeita a feminilidade e é vista como masculina, mas ainda revoga sua identidade como mulher, não está ressignificando culturalmente o que é o gênero da mesma forma que um homem ou mulher trans ou que pessoas que se identificam como não binárias e performam o que quiserem?
Simone Beauvoir postulou que a fêmea era percebida como o negativo do macho, mas historicamente é o homem quem sempre fez de tudo para que a masculinidade se dissociasse da mulher. Togas, maquiagem, salto alto, enfeites no cabelo, perucas, tudo o que vemos como feminino já foi masculino, e assim que as mulheres começaram a usar, os homens deixaram de lado. O homem impôs a delicadeza e a fragilidade física à mulher, roubou sua voz e, para garantir que dominasse, exaltou a força física e a agressividade como proibidas ao feminino. Em um mundo que a força não é mais necessária para sobrevivência e destaque social, feminilidade deveria ser algo a ser ressignificado e reapropriado, não rejeitado por completo. Da mesma forma devemos repensar a masculinidade tóxica e o que é ser homem, para além da mutilação emocional.
A socialização só vai até certo ponto. Ela é forte e reforçada o tempo todo, mas é por isso que existe a desconstrução. De outro modo, qual seria o propósito do feminismo, se não a desconstrução da socialização patriarcal? Eu acho, desculpe o julgamento de valor, maldade radfems dizerem às trans que a socialização masculina "não falha" e que serão sempre colonizadoras.
Todos somos colonizadores em algum grau, por isso a interseccionalidade é tão importante e é por isso que desconstruímos nossos preconceitos todos os dias. Não se esqueçam que para o patriarcado, até mesmo homens cis afeminados já não são mais vistos como "homens de verdade" e têm seu privilégio afetado.
Também acho ridículo trans que reproduzem o discurso patriarcal para criticar radfems. É tiro no pé. Não se combate transfobia com misoginia. A militância tem que parar de achar que opressão é competição, ou que quando outro fala da própria opressão, isso apaga a dela.
Para a academia, esse debate é infrutífero e ilógico. O rad feminismo e o transativismo possuem propostas diferentes para problemas diferentes e não competem em sua explicação de mundo. O rad feminismo abraça questões de opressão machista que vale apenas às mulheres (cis), dados os seus devidos recortes de classe, etnia, cultura e sexualidade. O transativismo abraça todo o resto que o radfem não prioriza: masculinidade, transição, intersexualidade, etc.
Já dizia Malcolm X, "o preço da liberdade é a morte". A estrutura de poder patriarcal é clara: o gênero, como é percebido hoje (homem e mulher) é uma estrutura rígida de dor, dominação e prisão que não aceita qualquer folga ou divergência.
Não se pede "por favor" à sociedade para ser livre, você se faz livre, sabendo o preço que poderá vir com a liberdade. Enquanto uma leva grande o suficiente de pessoas não estiver disposta a pagar o preço e a peitar o status quo, a estrutura de poder se mantém.
Não se pede "por favor" à sociedade para ser livre, você se faz livre, sabendo o preço que poderá vir com a liberdade. Enquanto uma leva grande o suficiente de pessoas não estiver disposta a pagar o preço e a peitar o status quo, a estrutura de poder se mantém.
Destruam o patriarcado, não umas às outras.
Primeiro que o feminismo radical não considera como feminista o transativismo por conta de serem machos "cospleyers" da construção social pré determinada as mulheres ,ou seja uma uma afirmação positiva daquilo que combatemos, a construção social de que o feminino e delicado e estereotipado.Alem do risco de termos pessoas com a famosa arma biológica de opressão das mulheres entre as pernas circulando em nossos espaços de fala e segurança.
ResponderExcluirSegundo que o feminismo rad enxerga com clareza o que são os portadores de falo, inimigos opressores, portando não podemos defender a romantização da opressão como o feminismo Liberal faz.
"As mulheres são o único grupo oprimido, que se espera que tenha sentimentos românticos e sinta atração para com seu opressor"
Perfeito. É muito sinto a linha entre “não vou ser preconceituosa” e “agora quem tem pênis- o símbolo máximo da opressão- pode entrar nos lugares físicos e de fala de quem é a biologicamente oprimida!
ExcluirHomens sempre nos ferram, vê se tem homem trans impondo coisas aos outros homens.
ResponderExcluirExato!!!
ExcluirEngraçado...Criticam tanto os estereótipos de gênero dizendo se tratar de "construção social", mas quando alguém decide se tornar "trans", a primeira coisa que faz é assumir os estereótipos de gênero...Vai entender a cabeça desse pessoal...
ResponderExcluirNós temos que nos vestir de um jeito que nos sinta bem consigo mesmas, e não estamos reforçando, apenas fazendo sua própria identidade.
ExcluirPrecisamos lembrar que muitas vítimas de estupro por parte de homens têm dificuldades com pênis. Existe trauma e medo. Por isso algumas Rads conscientes buscam ficar longe de pessoas que têm pênis.
ResponderExcluirDevemos lembrar que a luta antimachismo não deve se desviar da luta pela justiça social e da luta contra o Romantismo, validador do machismo.
Construção social tem a ver com coisas e comportamentos dito de homens e mulheres, n tem a ver com ser homem ou mulher, isso n é construção, é biologia.
ResponderExcluirN confudam, homem pode usar rosa, cabelo comprido e continua sendo homem. Mulher pode usar roupas masculinas e continua sendo mulher.
Mas n podem mudar a biologia, n importa quantas plásticas façam.
Isso!!! Qual o problema en performar um gênero, e continuar se denominando daquilo que é?
ExcluirVamos lá... o arJumento transativista (finalmente) subiu um degrau acima, diferente daquele q deu origem à toda essa discussão: a da "caladoura", q exalava sofisma pelos poros (e a lola não quer jamais q a gente se esqueça daquilo, creindeus)
ResponderExcluirPor causa disso, merece meus contrapontos tim tim por tim tim, e lá vamos nós...
Querida Lola e Zzacchi, parabéns pelo texto!Muito bacana ver uma analise dessas. Pena que parece que hoje a militância tem gosto por ódio. Tenham uma ótima semana!
ResponderExcluir"- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que gênero é uma construção social [...]"
ResponderExcluirDepende, o feminismo nem ao menos acredita na existência do "gênero"
Obs: "Gênero" é um táxon da classificação científica, nós humanos pertencemos ao gênero 'Homo' (não étero, rsrs)
"- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que ninguém deveria ser pré julgado por conta da genitália [...]"
De acordo, com ressalvas ao "gênero", q é como eu falei acima
"- Diferente do Feminismo Raiz [...]"
ÓBVIO
"O Feminismo Raiz [...] afirma que gênero, por ser uma construção social abstrata, deveria ser abolido. Para o feminismo radical, gênero nada mais é que um meio de aprisionar as pessoas dentro de comportamentos e estéticas que oprimem e violentam. Segundo o rad, a teoria queer nada mais é que um reformismo dos velhos papéis de gênero e as pessoas trans reforçam de forma caricata esses estereótipos." - TUDO VER
Mais uma vez... ÓBVIO, essa proposição feminista é 100% verdadeira
No parágrafo seguinte, o zZzzZZZzzacchi retrata de esteriótipos e performances de gênero (ressalva em "gênero") q em nada contrapõe a proposição feminista (real) q ele mesmo expôs no parágrafo anterior. Só coisas óbvias novamente
Os outros parágrafos é "explicando" o famigerado pós-modernismo (da qual feministas tb são taxadas) e isso não me interessa
"Mulheres e pessoas trans são oprimidas pelo patriarcado"
Mulheres mais do q qualquer outro ser
"é ressentimento", "quando há tanta dor"
ERRADO, não há ressentimento e nem "dor" nenhuma por parte do feminismo radical, por parte do transativismo talvez, apenas somos combativas
"Um debate interessante sobre..."
Partindo do fato de q "gênero" não existe, esse debate não faz sentido nenhum, seria apenas masturbação mental
E o parágrafo seguinte é retratando outra obviedade: "Cultura e ~gênero~ são tão naturais quanto nossos corpos biológicos" - SIM, é verdade, mas gênero não existe, então eu reformaria essa frase para: "Cultura e ---comportamento--- são tão naturais quanto nossos corpos biológicos", agora sim
Continua...
Continuando...
ResponderExcluir"muitas pessoas são biologicamente intersexuais"
na verdade são raras, raríssimas, e mais uma vez (Obs: o transativista da vez desistiu de comparar transexualismo com homossexualidade, graças a deus, mas a insistência no intersexualismo persiste), intersexo NÃO É UM SEXO. "decidem o gênero da criança assim que ela nasce" - ERRADO, o médico não "decide" gênero nenhum, ele apenas protocola o sexo da qual a criança nasceu, q é o feminino ou o masculino, não importam os níveis de intersexualismo, a pessoa ainda é mulher ou homem
"se crie um terceiro gênero para contemplá-los" - E outros 400 gêneros de tumblr, né? Demiboy, cadomenina, argogênero, não-binárie, et caterva
Kkkkkkk, é por isso q a teoria queer é uma piada
Pra vcs verem... o "gênero" dentro do transativismo, dentro da teoria queer e dentro do pós-modernismo é apenas um rótulo, um figurino, um personagem, uma coisa abstrata, q como tal, não merece nenhuma atenção jurídica ou formal, muito menos por parte do feminismo. Mas os ativistas trans não entendem isso, eles querem transformar uma moda individual, a de inventar rótulos cada vez mais "fantásticos", numa causa social mundial e "indispensável" pra humanidade, e ainda por cima obrigar, principalmente, as feministas a aderirem essa viagem mentalmente masturbatória, eu tô FORA
O resto do parágrafo é o q eu já afirmei antes: gênero não existe, intersexo não é um sexo, é uma má-formação anatômica (na maioria das vezes não é saudável) e não deve ser usado pra relativizar algo q em toda a história da natureza é muito bem definido, o sexo feminino. Já tô ficando cansada de bater nessa tecla
"Ótima dica de leitura sobre esse assunto: Judith Butler"
KKKKKKKKKKKKK piada né, a mesma q se diz "agênero", aiaiai, ela mesma acredita não ter gênero ao mesmo tempo q força 600 gêneros pra todos os outros. Pois eu tb sou "agênero", não tenho gênero, isso nem existe, e o q sobra de identificação sexual pra mim? o feminino, óbvio, igual a ela, somos do sexo feminino, e isso é só o q importa, pra natureza, pro estado, pras relações sociais, não adianta ng negar ou tentar esconder essa realidade - "gênero" é o c%ralho
"Será que gênero é algo a ser renegado" - SIM, mais do q nunca. O resto do parágrafo retrata daquilo q já relatei sobre performances e esteriótipos
O parágrafo seguinte distorce a Simone de Beauvoir (muito comum no transativismo) e retrata outras dezenas de obviedades
Pronto, paro por aqui, não senti necessidade de comentar o restante das incursões do ZzzzZzZzz, pq é muito óbvio e o mais importante eu já pontuei e refutei
Se o texto do calador era falácia pura, esse é o óbvio travestido de complexo, mas ainda sim com alguns enganos q vcs puderam ver serem rebatidos, grata
o texto do calador era ridículo, esse é um tiquinho menos ruim
ResponderExcluirMas o da feminista radical era brilhante
E trago aqui novamente duas questões reflexivas q os ativistas trans e simpatizantes ainda são incapazes de dar uma resposta satisfatória, pq será?
A Elizabeth Taylor era branca, britânica e de ascendência nórdica, JAMAIS, sob hipótese alguma, poderia se "auto-identificar" como 'negra', mas ao que parece... para ser uma 'mulher', até um charlie sheen poderia ser, bastasse que ele se "auto-identificasse" assim
_________________________
Uma pessoa nascida do sexo masculino pode falar que é "mulher", mas uma pessoa branca não pode se considerar negra. Seguindo esta lóJica, uma pessoa anoréxica deveria ser considerada normal, pois se ela se vê e se sente gorda, quem somos nós pra falar o contrário?
Parabéns meninas, mais um mascu no caixão. Li isso hoje:
ResponderExcluirA Polícia Civil informou nesta segunda-feira (29) que uma adolescente de 16 anos confessou ter mandado matar o pai, Elpídio Quirino dos Santos Filho, de 41 anos, conhecido como DJ Quirino. Ela disse em depoimento que pediu para o namorado, de 15 anos, cometer o crime, porque era "agredida, oprimida e ameaçada".
Assim a luta continua. Por isso eu defendo o porte de arma. Toda mulher deveria portar uma arma de fogo. Se existe diferença de força e agressividade entre gêneros devemos nos lembrar da famosa frase norte americana:
“Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais”
:)
É o seguinte
ResponderExcluiro sexo é uma condição natural e evolutiva muito bem definida em todas as espécies animais e, sem sombra de variação, nos humanos
Nós humanos (ainda, e por um bom tempo pela frente) temos apenas dois sexos: o feminino (MULHER) e o masculino (homem)
Todo ser humano é mulher ou omen
Há raríssimos casos de intersexualismo em homens e mulheres, isso se trata de uma má-formação genética ou congênita, e não de um terceiro sexo. Na maioria das vezes essa má-formação é nociva e corrigível cirurgicamente
"Gênero" é um rótulo, uma fantasia, um figurino, um termo abstrato, o termo real se refere à um táxon (no caso de nós humanos, o Homo, não o étero, kkk)
Sexo é concreto, objetivo, biológico e natural, assim como a cor de pele, de cabelo e dos olhos. Se não aceitamos o conceito de transracialismo, muito menos deveríamos aceitar o do transgenerismo
Pra natureza, pro estado, pras relações sociais, etc. só importa o seu sexo, mesmo q vc tente negá-lo ou disfarçá-lo com alguma identidade inventada de gênero (não-binárie, gênero fluido, pangênero, et caterva), isso ainda não importa em NADA pras relações sociais, pro estado e pra natureza, essa sua identidade inventada só importa pra vc mesmo, é de um individualismo infantil e inútil, não deveríamos perder tanto tempo com discussões imprestáveis feito essas, a mania de criar centenas de rótulos vazios passando por cima de fatos concretos como o sexo e a cor de pele
Não é pq o garoto é vítima de agressões por seu comportamento de "gênero", q ele deveria acreditar pertencer à um outro sexo. O próprio texto diz: "é questão de sobrevivência em uma sociedade ~transfóbica~" - Se não houvesse discriminação sexual e nem misoginia, nenhum garoto sentiria a necessidade de "trocar de sexo" por causa da pressão preconceituosa da sociedade q não aceita q maquiagem não é coisa de mulher. E é por isso q eu luto, pelo fim da misoginia e para esclarecer aos homens q nenhum deles precisam se "identificar" como mulher pra justificar seus comportamentos
Mulher é só quem nasce do sexo feminino, nada mais, não é difícil entender isso, nem dói, até pq é a apenas a verdade
Lola, vc tá forçando a barra demais com essas pautas mentirosas do ativismo trans, não adianta, vc não vai conseguir convencer nenhuma mulher ou feminista de q... Mulher = fêmea humana, ser humano do sexo feminino
ResponderExcluirse alguém conseguir responder coerentemente as duas questões das 16:25, eu calo a minha boca e aceito o transativismo
ResponderExcluirEstou lendo os comentários, assim que possível escreverei sobre o que vocês responderam e, se a Lola concordar, publicarei aqui de novo. Agradeço o feedback de tod@s!
ResponderExcluirTransativismo é a forma mais moderna de ser conservador e silenciar mulheres, com a conivência plena destas, que obedecendo à socialização continuam permitindo que homens definam o que é mulheridade.
ResponderExcluir16:50
ResponderExcluirDisse tudo, se acabar os padrões de comportamento de homem e mulher, todo esse movimento trans acaba.
Se um homem andar com kg de make na cara, ele n estará confuso, nem virando mulher. Será simplesmente um homem q gosta de make.
17:16, exato
ResponderExcluirComo que alguém vai destruir patriarcado defendendo cérebro feminino, que mulher se veste assim, que homem se veste assado, falando em pinto feminino, em friendzone trans (cotton ceiling), querendo equiparação jurídica para competir com atletas mulheres e ganhar de todas elas, pra ter direito a ficar na mesma cela que mulheres (nos EUA já tentaram isso várias vezes e deu o óbvio, o cara usa o pinto feminino dele para estuprar as colegas de cela), pra basicamente ganhar um alvará para performar gênero exatamente da forma que a sociedade estabeleceu quando determinou que "garotos gostam de azul" e "garotas gostam de rosa"?
ResponderExcluirNão faz sentido combater essa opressão e defendê-la ao mesmo tempo e no mesmo discurso. Não adianta inventar nome novo pra problema antigo.
Eu imagino que uma pessoa negra ficaria, com toda razão, ofendida se uma pessoa nascida branca decidisse que, por vontade interna, agora ela é negra e que todos os negros têm o dever de reconhecê-la como tal. Diriam que essa pessoa é uma caricatura de negro, uma afronta a tudo o que representa nascer negro em uma sociedade racista como o nosso, fetichizando a estética com o bônus de não vivenciar as mesmas opressões. Brancos poderiam ou não aceitar o reconhecimento dessa pessoa. Mas o que ela busca não é o reconhecimento destes e sim dos negros, dos seus supostos pares, ganhando assim demandas próprias e o direito social de demandar equivalência legal no que fosse de interesse, como as cotas por exemplo. Por este último motivo, chamariam essa pessoa branca que se diz negra de oportunista.
ResponderExcluirSe o critério é a subjetividade, o sentir, o pensar, o incorporar, o performar, o tormento que a pessoa vive por não se adequar ao que pensa que é, qual o motivo da transetnicidade não ser reconhecida também?
Eu sou uma mulher negra.
ResponderExcluirNão tem como "ressignificar" isso, a realidade material é inescapável.
Uma pessoa nascida homem, jamais vai saber o que é nascer mulher, assim como um branco não sabe, não tem ideia, das limitações de uma pessoa negra. Mas na pós-modernidade tudo é colorido e possível - curioso que vejo só gente branca teorizando sobre isso. Claro que só vejo branco e homem fetichizando negros e mulheres (respectivamente), mas isso certamente não vem ao caso.
Escrever sobre gênero e sobre feminismo radical sem falar sobre exploração da capacidade reprodutiva da fêmea humana é ignorar toda a produção das feministas que vieram antes.
Chega a um ponto que não se sabe mais o que se está defendendo: se a categoria mulher é tão fluída, o que o feminismo está defendendo? quem é alvo do movimento? um movimento social tem recursos limitados, precisa de foco: se qualquer um que se disser mulher assim o é (inclusive estupradores que o fazem para ficar em cadeias femininas), então o feminismo simplesmente deixou de fazer sentido.
Lola, vc tá forçando a barra demais com essas pautas mentirosas do ativismo trans, não adianta, vc não vai conseguir convencer ninguém do contrário de q... Mulher = fêmea humana, ser humano do sexo feminino
ResponderExcluir[corrigido]
17:53, 17:55
ResponderExcluirEXCELENTE
vc disse tudo e mais um pouco
Eu imagino que uma pessoa negra ficaria, com toda razão, ofendida se uma pessoa nascida branca decidisse que, por vontade interna, agora ela é negra e que todos os negros têm o dever de reconhecê-la como tal. Diriam que essa pessoa é uma caricatura de negro, uma afronta a tudo o que representa nascer negro em uma sociedade racista como o nosso, fetichizando a estética com o bônus de não vivenciar as mesmas opressões. Brancos poderiam ou não aceitar o reconhecimento dessa pessoa. Mas o que ela busca não é o reconhecimento destes e sim dos negros, dos seus supostos pares, ganhando assim demandas próprias e o direito social de demandar equivalência legal no que fosse de interesse, como as cotas por exemplo. Por este último motivo, chamariam essa pessoa branca que se diz negra de oportunista.
ResponderExcluirSe o critério é a subjetividade, o sentir, o pensar, o incorporar, o performar, o tormento que a pessoa vive por não se adequar ao que pensa que é, qual o motivo da transetnicidade não ser reconhecida também?
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Eu sou uma mulher negra.
Não tem como "ressignificar" isso, a realidade material é inescapável.
Uma pessoa nascida homem, jamais vai saber o que é nascer mulher, assim como um branco não sabe, não tem ideia, das limitações de uma pessoa negra. Mas na pós-modernidade tudo é colorido e possível - curioso que vejo só gente branca teorizando sobre isso. Claro que só vejo branco e homem fetichizando negros e mulheres (respectivamente), mas isso certamente não vem ao caso.
Escrever sobre gênero e sobre feminismo radical sem falar sobre exploração da capacidade reprodutiva da fêmea humana é ignorar toda a produção das feministas que vieram antes.
Chega a um ponto que não se sabe mais o que se está defendendo: se a categoria mulher é tão fluída, o que o feminismo está defendendo? quem é alvo do movimento? um movimento social tem recursos limitados, precisa de foco: se qualquer um que se disser mulher assim o é (inclusive estupradores que o fazem para ficar em cadeias femininas), então o feminismo simplesmente deixou de fazer sentido.
==== Esse comentário desbancou o post transativista por COMPLETO ====
"Escrever sobre gênero e sobre feminismo radical sem falar sobre exploração da capacidade reprodutiva da fêmea humana é ignorar toda a produção das feministas que vieram antes."
ResponderExcluirEm comunidades feministas supostamente inclusivas você tem que colocar trigger warning antes de falar de útero, menstruação, aborto, amamentação, maternidade biológica, gravidez, diu, anticoncepcional, depressão pós-parto... e as idiotas vão lá, colocam e continuam na comunidade pedindo desculpas por terem nascido com buraco frontal.
Mas ninguém tá acompanhando isso não.
Um monte de gente já está vendo no que vai dar isso aí mas quando você fala sobre, é transfóbica, reaça, bolsomínion, mascu disfarçado. Deixa de ser mulher.
Curioso.
Legal, anon das 18:01. Vc escreveu um comentário num blog (mulher = fêmea humana), e com isso decretou quem pode ou não se identificar como mulher. Quem morreu e te nomeou deus?
ResponderExcluirZzacchi, venha aqui responder e comentar quando quiser e puder! Sempre munida de MUITA paciência, porque o que tem de comentarista transfóbica por aqui... Se bem que podem ser apenas 2 ou 3 trolls fingindo ser muitos.
transativistas defendem hormonização precoce de crianças, quando é sabido q 80% (ou mais) das crianças "disfóricas" não permanecem assim anos mais tarde
ResponderExcluiraliás, essa "doença" chamada "disforia de gênero" só foi inventada por causa do ativismo trans
18:10 não, lolinha, ninguém pode se "identificar" como mulher, não existe "auto-identificação", e fiquei surpresa em saber q vc acredita nisso
ResponderExcluirse o alexandre frota disser q "se identifica como mulher", todo mundo é obrigado a concordar? ah, mas não mesmo
"mulher = fêmea humana" - esse é um fato incontestável, e o único válido pra se definir o q é uma mulher
18:07
ResponderExcluirOnde isso? N to sabendo.
Lola, dado que o "ser mulher" é cultural e sempre foi definido por homens esse teu comentário soa meio estranho... homens podem dizer como uma mulher deve ser e até se reivindicar mulheres, mas mulheres que dizem o que é ser uma mulher estão querendo se equiparar a deus? eu, hein?
ResponderExcluirEm nenhum momento a Lola disse tal coisa que mulher não pode se reivindicar como mulher, e sim sobre estarem silenciando outras pessoas de se reivindicarem como mulheres, deixa de cinismo!
ExcluirO único argumento de vocês liberais é nos chamar de transfobicas e trolls? Triste.
ResponderExcluir"Essa novela chata 'radfem x trans' não acaba!"
ResponderExcluirpois é, a lola insiste, e se coloca a favor do transativismo, o q é pior ainda
de qualquer forma, as feministas radicais sempre vencem, e vencem pq estão corretas
só ver q depois do massacre no post da "caladoura", ela nunca mais ousou aparecer, kkkkk
e as idiotas vão lá, colocam e continuam na comunidade pedindo desculpas por terem nascido com buraco frontal.
ResponderExcluiro problema é 100% esse
mais uma vez mulheres estão aceitando a ressignificação de mulheridade por conta das opiniões de pessoas do sexo masculino e pior, aceitando a vergonha em ser mulher natural também
meio religioso né
que eu saiba é na bíblia que se fala que menstruação é impureza
O problema das feministas radicais não é diretamente contra o transativismo, mas com qualquer coisa que vá contra os seus dogmas.
ResponderExcluirExistem mulheres como eu que gostam da performance que é identificada como feminina. Isso para mim é empoderador. Não vejo nenhum problema de uma mulher transgênero também gostar de assumir essa performance.
Mas para as rads, eu não posso ser considerada feminista, apenas uma validadora do machismo. A trans, então, nem se fala.
Existem mulheres como eu que gostam da performance que é identificada como feminina. Isso para mim é empoderador. Não vejo nenhum problema de uma mulher transgênero também gostar de assumir essa performance.
ResponderExcluirMas para as rads, eu não posso ser considerada feminista, apenas uma validadora do machismo
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Você não valida o machismo por gostar de performar feminilidade. Validaria se acreditasse que é isso que determina o que é ser mulher.
18:36 tá bom querida, eu sou feminista radical e te digo q vc pode ser considerada feminista, vc se sente melhor agora?
ResponderExcluir18:36
ResponderExcluirfeminismo radical não tem dogmas: tem literatura escrita por mulheres.
é difícil, num mundo que idolatra homens, acreditar que mulheres escreveram coisas importantes e que fazem sentido, mas sugiro que não fale sem conhecer. o feminismo radical é sobre a libertação de todas as mulheres, TODAS, e vc achar que o fato de gostar dos signos de feminilidade é o maior problema do feminismo é pura desinformação. não é sobre vc e os teus gostos.
"Você não valida o machismo por gostar de performar feminilidade. Validaria se acreditasse que é isso que determina o que é ser mulher" (2)
ResponderExcluirEm q pese, os trans acreditam q são "mulheres" justamente por causa dessas performances
"Validaria se acreditasse que é isso que determina o que é ser mulher" - é no q os trans acreditam
E se "não acreditam", então o transgenerismo deixa de fazer sentido
Aqui no blog da Lola uma mulher fez texto explicando como era não performar o feminino e ainda assim não se ver como homem. Um relato individual, poderoso, bonito.
ResponderExcluirTeve pessoa trans que se sentiu no direito de apontar transfobia no texto, que sequer dizia respeito às pessoas trans em primeiro lugar, já que quem relatava tinha em si identidade de gênero definida como o que se convencionou chamar de cis.
Indagadas, as pessoas não souberam explicar de forma inteligível suas razões. Mas não hesitaram um segundo em levantar a carta da "transfobia" no texto.
Se isso não é silenciar mulheres, não sei o que seria.
Se o critério é a subjetividade, o sentir, o pensar, o incorporar, o performar, o tormento que a pessoa vive por não se adequar ao que pensa que é, qual o motivo da transetnicidade não ser reconhecida também?
ResponderExcluir-------------
Podemos ir um pouquinho mais longe, existe um grande movimento de pessoas (bastante numeroso, auto-organizado, com coesão) que se identifica como bicho. Gente que literalmente sofre por não ter sua identidade animal reconhecida. Mas isso é mazela mental e a disforia de gênero, não.
Eu sou um submarino nuclear russo durante o dia e a noite eu sou um boing 777 e quero ver esse patriarcado maldito dizer ao contrario Lola me ajuda a combater esses preconceituosos.
ResponderExcluirNa hora que o transativismo me explicar o motivo do critério biológico valer para coisas esotéricas (alma feminina, cérebro feminino) e não valer para coisas materiais apenas por serem logicamente desfavoráveis ao movimento eu volto a levar esse povo a sério.
ResponderExcluirA Loretta já tentou explicar isso:
https://www.youtube.com/watch?v=VXVZfLEcPdM
Não convenceu.
os ativistas trans lutam para q crianças possam tomar hormônios altamente nocivos (uma das razões da vida de uma trans ser curta são esses remédios) e se transexualizarem irreversivelmente
ResponderExcluirisso mesmo... crianças. Para eles, alguém com menos de 10 anos de idade já é capaz de decidir se quer ou não tomar hormônio (assim como os mascus tb acreditam q meninas de 9 anos já podem decidir se "querem" ter relações sexuais, são ideologias equivalentes), isso se eles acharem q a criança é quem deve decidir, e não o psiquiatra
aqui mesmo no blog da lola alguém tentou justificar essa medida dizendo: "se os testículos do garoto não atrofiar agora, aos 7 anos, vai ficar mais difícil depois, quando ele tiver 20" - Pasmem, mas o ativista trans escreveu dando a entender exatamente isso
Eles realmente acham q o desenvolvimento natural das características sexuais de uma criança e adolescente é uma coisa "transfóbica", e querem interromper isso. Pq no transativismo, se o menino não tiver tetinha na infância ele vai ficar muito "triste", o crescimento completamente saudável do seu pipi é um enorme sofrimento, ahã, "sofrimento" só na cabeça sequelada de um ativista trans - depois não sabem pq eles são catalogados na Classificação Internacional de Doenças
E dá pra não achar q essa ideologia (a transgênero) seja doentia?
Texto da página Feminismo Radical Didático:
ResponderExcluirOs termos “TERF” e “TRANSFOBIA”, entre outros, são usados para desqualificar feministas que discordam do movimento antifeminista que é o transativismo.
Transativistas querem impor ao feminismo a ideia de que pessoas do sexo masculino podem ser mulheres desde que “sintam” assim. Eles reduzem o sexo feminino aos estereótipos de gênero.
Porém, rejeitamos o senso comum e misógino de que mulheres são biologicamente programadas para a “feminilidade” e é justamente por nos recusarmos a isso que eles nos chamam de “TERF”.
A teoria e prática feminista é centralizada nas experiências vividas pelo sexo feminino. Então, diante de nossa recusa em investir energias nos “problemas” masculinos somos chamadas de “transfóbicas”.
Quando lésbicas se recusam ao relacionamento com homens que se dizem mulheres elas são chamadas de “transfóbicas” e todas as outras mulheres que defendem o óbvio de dizer que lésbicas não gostam de p*** também são chamadas “transfóbicas”.
Todos esses termos demonstram a desesperada tentativa masculina em desqualificar mulheres que discordam das estratégias masculinistas, estratégias que visam a reforma do patriarcado.
É tão óbvio o fato de que mulheres não são “naturalmente femininas”.
Por que o transativismo se empenha para perpetuar essa ideia?!
Ao nascer, não existe muita diferença entre um bebê do sexo masculino e uma bebê do sexo feminino, mas “curiosamente” somente o bebê do sexo feminino tem suas orelhas furadas e segue sendo mutilado ao longo da vida.
A socialização é que define o lugar que o indivíduo tomará na sociedade... É absurdo que pessoas do sexo masculino estejam levantando a bandeira de que possuem uma alma feminina, um cérebro feminino quando sabemos que isso não existe.
Toda a luta feminista até os dias de hoje foi para derrubar a naturalização da violência masculina contra as mulheres, portanto, não faz absolutamente nenhum sentido a defesa em torno de um cérebro “naturalmente” feminino ou masculino.
Pessoas do sexo masculino NÃO são mulheres quando passam batom. Simplesmente porque batom não é “coisa de mulher”. :)
https://scontent.fthe1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/17759737_1845506439046972_9183413009553162957_n.jpg?oh=5a113900eea9cb7359df18436232af2f&oe=598E5B52
O problema das feministas radicais não é especificamente contra o transativismo, mas contra todo tipo de merda misógina que reforça a opressão das mulheres (sexo feminino) pelos homens (sexo masculino) e o controle masculino sobre as mulheres, todo e qualquer tipo de misoginia, machismo, masculinismo, androcentrismo, patriarcalismo, supremacismo masculino, dominação masculina, da qual obviamente e evidentemente o transgenerismo e o transativismo fazem parte.
ResponderExcluiresse troço de "cérebro feminino" é o maior embuste científico q existe, todos os cérebros são diferentes um dos outros, assim como as digitais, isso não prova nada
ResponderExcluire mesmo q "provasse", o sexo não é definido pelo cérebro, pelo amor
e de qualquer forma, se os ativistas trans se escorarem no arJumento do cérebro (q não é o q define o sexo de alguém), eles vão ter q aceitar os fatores biológicos e verdadeiramente determinantes do sexo
isto é, a ideologia transgênero não faz sentido sob nenhum aspecto, kkkkkkkkkkkkk
Hilla Kerner é ativista feminista e porta-voz do Abrigo e centro de apoio a mulheres estupradas de Vancouver.
ResponderExcluirEsse abrigo já foi processado por não aceitar homens que se identificam como mulheres em suas instalações.
Mulheres tem o DIREITO de se reunirem e terem espaços exclusivos para elas e essa lei baseada em "identidade de gênero" pode acabar com isso.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/05/canada-apresenta-projeto-de-lei-sobre-o-direito-dos-transgeneros.html
É só ver como posts que falam qualquer coisa SOBRE feministas radicais (sobre, porque das próprias perspectivas das feministas a partir delas mesmas não tem muito espaço aqui) tem mais comentários que todos os outros e provavelmente mais acessos também.
ResponderExcluirE sempre pra acusar feministas radicais de transfóbicas ou tentar, em vão, cooptá-las ao transativismo, como agora nesse post. Bem machista e heterossexista sempre ligar mulheres a homens, mas o que esperar de uma "feminista" liberal esquerdista que acha que o feminismo é da esquerda, logo, pertence aos machos da esquerda. Anti-feminismo e androcentrismo total.
ResponderExcluirAssistam esse vídeo, é um discurso maravilhoso de uma feminista radical sobre uma lei que defende identidade de gênero no Canadá e acaba com direitos das mulheres, inclusive o direito das mulheres terem espaços exclusivamente para mulheres.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=872pMQ5VKeg
Nao esta mais disponível. Qual nome da feminista pra eu procurar?
Excluiruma vez a lola publicou um post perguntando o q define uma mulher, e q qualquer definição seria "excludente"
ResponderExcluirah sim, sem dúvidas, por exemplo, a única definição verdadeira de mulher: a de q ela é uma pessoa do sexo feminino, essa definição "exclui" quem? os homens? mas é claro! então q bom, fico com essa definição, q é a única real de fato
mulher é quem nasce do sexo feminino, ponto, qualquer pessoa q não se encaixe nessa definição objetiva não é mulher, ponto, custa aceitarem isso? e intersexualismo não é "terceiro sexo", ponto, parem de se escorar em má-formações congênitas pra tentarem fazer suas ideologias terem algum sentido, ponto
ResponderExcluirNão pode excluir os homens!!!! Tem que ser "interseccional" com pinto!!!! Feminismo é excludente, fascista, matriarcalista, misândrico e preconceituoso, portanto inválido sem a presença dos outros movimentos (leia: masculinos) tutelando e controlando as feministas!!!! Pessoas do sexo feminino não podem definir o que é ser mulher, o sexo masculino sempre definiu o que é ser mulher e todo o resto sob o patriarcado, e deve continuar assim, porque os homens são os definidores da realidade, porque sim!!!! Sua definição de mulher é inválida e excludente, sua opressora de homens!!!! O sexo feminino não tem direito a nenhuma exclusividade a respeito de nada, o sexo feminino não pode se livrar do sexo masculino nunca, em lugar nenhum, jamais!!!! Misandria!!!! Feminazi roubou meu sorvete!!!! As Feminazis roubaram nossos empregos!!!! As Feminazis roubaram nossas piadas!!!! As Feminazis roubaram o governo!!!! As Feminazis roubaram os bancos!!!! As Feminazis roubaram nossos espermas!!!! As Feminazis roubaram nosso dinheiro!!!! As Feminazis nos colocam na Friend Zone!!!! Mas nós somos tão legais!!!! O Matriarcado me rebaixa!!!! Me dê o que é meu!!!!
ResponderExcluirEstou feliz com o tanto que estou sendo contemplada nesses comentários. Parece que, enfim, estamos reconhecendo a misoginia do ativismo autoidentitário que decidiu que mulheres "cis" agora são opressoras. Não esperava ser surpreendida tão positivamente, uma vez que as leituras radicais do feminismo são demonizadas até pela própria "esquerda" que, aliás, não fica atrás da direita quando o assunto é machismo.
ResponderExcluirTenho certeza que muitas de nós aqui já foi dessas que corrigiu pronome, ele-ela, nome social, identidade de gênero, e achava que estava sendo coerente em defender a "inclusão" de mulheres trans no feminismo. Até que a gente começa a investigar mais a fundo, a fazer umas perguntas difíceis e percebe que a coisa não é bem assim. O silenciamento, a intimidação, a coerção são reais e estão em vários depoimentos de mulheres que abandonaram grupos mistos (e interseccionais até) para se alinharem ao feminismo radical.
Isso é muito mais do que uma "rixa", ou um "detalhe filosófico"; isso é sobre incompatibilidade nas pautas defendidas por cada lado e que, se acatadas sem nenhuma intervenção crítica, podem ser extremamente prejudiciais para mulheres. Mulheres essas que somam cerca de 50% da população enquanto a população trans é de, o que, menos de 2%? E nós temos que ressignificar todo um vocabulário usado para descrever nossas opressões e nossos corpos para abarcar o 2% que não possui nossa materialidade? Vão reforçar a maternidade compulsória até na militância, fazendo com que nós nos calemos sobre nossas necessidades para "cuidar" de todo o resto? Vão apagar nossos corpos, nossa história de opressão sistêmica? ...
... O que configura uma opressão? Qual a diferença entre opressão e discriminação? A força produtiva da mulher -- tanto a capacidade reprodutiva que gera herdeiros e mão-de-obra, quanto o trabalho doméstico não-remunerado, quanto o direito dos homens a acessar os corpos das mulheres para sexo visando suporte emocional -- não seria economicamente interessante para o Estado e a Economia, geridos quase exclusivamente por homens? Isso não se trataria de uma opressão sistêmica e histórica que dá às mulheres NASCIDAS mulheres atributos de classe ou de casta? Por que discriminação individual está sendo tratada como opressão? A quem interessa dizer que mulheres são privilegiadas?
ResponderExcluirO texto focou em como cada lado abstrai a noção de gênero e que a desconstrução dessa subjetividade é o objetivo do feminismo. Como faz para desconstruir o fato de o Estado deter poder sobre nossa capacidade reprodutiva, como desconstruir as mortes por aborto clandestino; como desconstruir violência obstétrica, o "ponto do marido"; desconstruir que a maioria esmagadora dos estupradores são do SEXO masculino e que inclusive estupram bebês com vagina; desconstruir casamento infantil onde meninas são vendidas para adultos e idosos que não respeitam nem a idade consensual para sexo; desconstruir que mulheres com filhos são preteridas em cargos profissionais porque podem engravidar e o empregador não quer perder dinheiro com licença-maternidade; como desconstruir violência doméstica; como desconstruir feminicídio justificado com suposta "alienação parental" e tratado no jornalismo como "crime passional"; como desconstruir o abandono da carreira porque a responsabilidade da criação dos filhos é exclusiva da mulher, ainda que ela não se "identifique" com estereótipos de feminilidade; como faz para desconstruir que a grande maioria dos clientes da prostituição são homens; como desconstruir estupros coletivos filmados no facebook com a certeza da impunidade e da naturalização ao tratar os corpos das mulheres como objetos descartáveis ou incubadoras...? etc. Como desconstruir qualquer coisa sem identificar os pontos materiais em que essa opressão atua? Quem se "identifica como mulher" também vai se identificar como todos esses signos de opressão ligados à nossa reprodução ou só querem o glamour que romantizaram sobre o que deveria significar "ser mulher"? Dizer que mulheres "cis" são conformadas com seu gênero não seria culpabilizar a vítima pela violência que sofre? É dessa "realidade" que estamos falando e que o ativismo autoidentitário se recusa a reconhecer. Por que? Socialização masculina? ...
... Lógico que só o fato de questionar todos esses pontos, que tornam o ativismo autoidentitário prejudicial ao feminismo, já é automaticamente classificado como transfóbico. Isso não é nem um pouco intrigante? Se nossas pautas são transfóbicas, o "cotton-ceiling" (teto-de-algodão) não é reforço da cultura do estupro, por exemplo? Por que os estupros, agressões e assassinatos cometidos por mulheres trans são tratados como exceção mas o feminismo radical é todo ele tratado como criminoso?
ResponderExcluirSobre socialização, precisamos de mais estudos como esse que acompanha os indices de violência masculina mesmo depois de transicionarem para mulher: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0016885
Por fim, para "incluir" teremos que partir do pressuposto que já há uma sociedade democrática, onde já existe equidade entre os sexos e quem está de fora será incluído nela. Onde está essa sociedade? Em que espaço democrático, onde é necessária a luta feminista, já existe equidade entre os sexos para que quem não esteja lá possa ser incluído? A inclusão é na sociedade do jeito que está ou só no movimento de mulheres? Que inclusão é essa?
Sou mulher cis e tenho uma irmã transexual, ambas somos feministas. Apesar de ser feminista, sempre fui muito vaidosa. Nós duas temos muita maquiagem. As vezes me sinto excluída pelo próprio movimento rad-trans apenas por gostar de andar maquiada e depilada. Estou me disponibilizando a escrever um guestpost sobre como é ter uma irmã transexual.
ResponderExcluirVídeo de uma feminista radical sobre trans, ataques contra mulheres e a opressão ao sexo feminino num mundo machista:
ResponderExcluirTreta entre trans e a hipocrisia transativista
https://www.youtube.com/watch?v=nFWHgXM5_vI
Basta um brigar com o outro que todo mundo esquece pronome, esquece "identidade", esquece tudo. Mas vai a gente que é feminista questionar o conceito de gênero, leva pedrada.
Sexo feminino é uma realidade biológica
ResponderExcluirNão um sentimento
Não uma identidade
Não sua fantasia
transativistas agora (só agora) questionam a segregação sexual de determinados ambientes, sendo q algumas dessas divisões são necessárias, exigidas e é um costume inofensivo da sociedade, assim como o costume de comer com garfo e faca
ResponderExcluiragora as mulheres não devem se sentir incomodadas em dividir o banheiro público com outros homens, beleza então, então q comece entre os trans, se pra eles "não há" mais diferença, eles q parem de fazer questão do uso do banheiro feminino e usem o masculino
"A existência das fêmeas invalida a "identidade" de "mulheres" trans e eles sabem disso. É por isso que eles nos dizem pra não falar dos nossos corpos e nossa vivência como mulheres. É por isso que nos dizem que mencionar as diferenças é uma blasfêmia.
ResponderExcluirÉ por isso que dizem que nós invalidamos mulheres trans quando definimos o que é ser mulher.
É por isso que somos acusadas de bloquear as fronteiras do que é ser mulher. Esses homens sabem que não podem entrar sem que a gente negue a nossa realidade, é por isso que eles nos fazem dizer as palavras. Se eles já estivessem do lado de dentro eles não precisariam entrar. Nós somos a verdade viva que eles querem negar.
Novidades: se a existência das mulheres "invalida a sua identidade" arranje outra maldita identidade porque nós não vamos desaparecer por vocês. Nunca."
Charlie Rae
Um transexual vulgo travesti jamais será uma mulher. O conceito que estes homens tem de gênero é algo puramente sexual.
ResponderExcluirO que transfeministas chamam de feminilidade nada mais passa que um fetiche sexual.
Pra típica trans ser mulher se resume a se maquiar, usar vestido e dar pra macho.
Resumindo, nada mais são que os tópicos machos vivendo sua sexualidade masculina.
Não devemos aceitar estas pessoas no movimento feminista.
Um homem jamais será uma mulher. Dá mesma forma que uma mulher jamais será um homem.
O generismo/transgenerismo demonstrado em uma imagem: https://static.wixstatic.com/media/c2a396_e56c3ee38e5448088e46bbe8d8a356da~mv2.jpg/v1/fill/w_596,h_398,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01/c2a396_e56c3ee38e5448088e46bbe8d8a356da~mv2.jpg
ResponderExcluirTanto conservadores tradicionais quanto trans e seus aliados falam que essas imagens estão corretas, que isso é o certo, a única diferença é que os tradicionalistas dizem que a criança do lado esquerdo só pode ser do sexo feminino e a criança do lado direito somente do sexo masculino, já quem adere à ideologia trans diz que a criança do lado rosa também pode ser do sexo masculino (meninos podem ser meninas) e a criança do lado azul também pode ser do sexo feminino (meninas podem ser meninos). Mas a estereotipação continua a mesma, intacta, assim como a divisão tradicional de "coisas de menina" e "coisas de menino", que limitam a plenitude do desenvolvimento humano, reduzindo as mulheres a escravas domésticas serviçais maternais e cuidadoras através de papéis sexuais.
Até as cores da bandeira trans traduzem esse puro reforço e conformismo a toda essa palhaçada misógina e machista.
Não dá pra entender nem defender que pessoas que se dizem feministas ou que concordam e apoiam de alguma forma o feminismo estejam de acordo com esse conservadorismo pessimamente disfarçado, travestido de progresso.
Os governos, que consistem em muito poucas mulheres, apressaram-se a identificar como mulheres os homens que acham que o são e mandam que se castrem para prová-lo, porque vêem as mulheres não como outro sexo, mas como um não-sexo. Ninguém que se submeteu à intervenção cirúrgica visando a transformação sexual jamais pediu um transplante de útero/ovários; se esses transplantes fossem obrigatórios para as pretensas mulheres, elas desapareceriam da noite para o dia. A insistência em que as mulheres feitas pelo homem sejam aceitas como mulheres é a expressão institucional da convicção errônea de que as mulheres são homens defeituosos. A verdade biológica é o oposto; todos os biólogos sabem que os homens é que são mulheres defeituosas. Embora os órgãos externos sejam a expressão do defeito cromossômico, a remoção deles não alterará o fato cromossômico, da mesma forma que a remoção de rabos de filhotes de cachorro não produzirá uma raça sem rabo.
ResponderExcluir— Germaine Greer, A Mulher Inteira, 1999.
Não, Lola, o Feminismo Radical e o Transativismo não são aliados, não têm os mesmos objetivos e nem interesses em comum, são na verdade contrários, por mais que você tente de todas as maneiras empurrar goela abaixo que machos trans, homens travestidos, são mulheres, "irmãs" das feministas.
ResponderExcluirEsse post inteiro é pura cultura do estupro posta em prática, forçando que as mulheres aceitem homens em espaços exclusivos do sexo feminino, forçando que as feministas aceitem homens em seus meios, que aceitem picas no feminino. Usando várias técnicas patéticas e tipicamente masculinas de manipulação, distorção e apagamentos do feminismo e da realidade das mulheres para ter alguma chance de conseguir isso.
Transgenerismo... é profundamente reacionário, uma forma de evitar a ruptura e a eliminação dos papéis de gênero que está na base do projeto feminista. Transgenerismo se opõe ao feminismo, mantendo e reforçando noções falsas e construídas de feminilidade e masculinidade corretas. As grandes maiorias dos transgêneros ainda subscrevem o estereótipo tradicional de mulher e procuram tornar-se mulheres femininas ‘reais’... O que é perturbador para as feministas neste fenômeno é que os homens estão construindo uma fantasia conservadora do que as mulheres deveriam ser. Eles estão inventando uma essência de mulher que é profundamente restritiva e insultante.
ResponderExcluir— Sheila Jeffreys, "Transgender Activism: A Feminist Perspective" ("Ativismo Transgênero: Uma Perspectiva Feminista")
É verdade, anônima 02:13. Esses comportamentos que machistas/patriarcalistas afirmam serem comportamentos tipicamente femininos (aham, tá serto, lójico que uma fantasia masculina empurrada para as mulheres é um comportamento tipicamente feminino - até parece) que são os comportamentos típicos de homens que se dizem transgêneros (e os quais eles usam para afirmar que eles são mulheres) são na realidade comportamentos naturais típicos dos machos: o coquetismo, a afetação, o enfeitamento, o "embelezamento" (vide vários animais que, assim como os seres humanos, possuem dimorfismo sexual, como os leões, os pavões e várias outras espécies de aves, nas quais os machos se apresentam mais enfeitados, com adornos, com cores mais vivas e chamativas, etc. do que as fêmeas); a maior quantidade de investimento de recursos, energia e tempo na sexualidade e no ato sexual em si (vide praticamente todos os machos na natureza, cuja função é produzir esperma, com a finalidade de aumentar a variabilidade genética entre os indivíduos gerados pelas fêmeas através da reprodução sexuada); e a sexualidade direcionada a outros machos/homossexualidade masculina (presente e muito comum em inúmeras espécies na natureza). Nenhum motivo do universo justifica que homens, seres do sexo masculino (que apresentam esses comportamentos ou não), sejam chamados de mulheres, seres do sexo feminino; muito menos as características e os comportamentos típicos daqueles que se dizem mulheres, transgêneros, que são na verdade características e comportamentos naturalmente típicos dos machos, não das fêmeas.
ResponderExcluir"Isso não se trataria de uma opressão sistêmica e histórica que dá às mulheres NASCIDAS mulheres atributos de classe ou de casta?"
ResponderExcluirOlha, tanto "castas" quanto "classes" são construções sociais. Então seu discurso esbarra numa contradição aqui: se a questão é sexo e não gênero, e se sexo, ao contrário de "gênero", não é uma construção social (sexo é "material", gênero é "fantasia"; sexo "existe", gênero "não existe"), então como é que o sexo biológico poderia constituir as mulheres biológicas em classe ou casta?
*********************
É fácil ver que os sexos biológicos não classes nem castas.
A reprodução humana passa necessariamente pela união sexual entre pessoas de sexos diferentes. E esse é um "fato" biológico, não uma construção social. Já a relação entre reprodução humana e classe só pode ser uma construção social, jamais um fato biológico. E, de fato, nós sabemos que uma proletária pode engravidar de um burguês, ou uma burguesa de um proletário. O importante aqui não é o fato biológico da reprodução, mas a construção social do significado dessa reprodução. E esta é diametralmente oposta ao fato biológico que é o papel dos sexos na reprodução: enquanto o "fato" biológico é que a reprodução biológica exige a união entre os sexos diferentes, a construção social da "reprodução" das classes ou das castas exige, ao contrário, que macho e fêmea pertençam à mesma classe ou à mesma casta. Enquanto a reprodução biológica vai resultar, mais ou menos aleatoriamente, em novos indivíduos que são ou homens ou mulheres, biologicamente falando, a reprodução social das classes e das castas vai resultar em indivíduos que pertencem à mesma classe ou à mesma casta que ambos os pais (e, quando ocorrem cruzamentos entre classes e castas diferentes, o que ocorre não é o nascimento de indivíduos que pertencem aleatoriamente a uma ou outra dessas classes ou castas. No caso das classes, se a união é "legítima", todos os filhos pertencem à classe mais alta - e, caso contrário, todos pertencem à classe a que a mulher pertence. No caso das castas, todos os filhos pertencem à não-casta dos párias, e vão engrossar as camadas mais destituídas da população).
Quando você tenta equiparar sexo biológico com fenômenos puramente sociais como classe ou casta, você enfraquece seu argumento de que sexo é "fato" por que é biológico, enquanto gênero é "meramente" social.
E isto, no fundo, porque você se engana quanto à "realidade" das construções sociais. Elas são muito mais "reais" dos que os fenômenos meramente biológicos. Toda a sociedade humana - e toda opressão social correlacionada - é construção social, não fenômeno biológico. E é por isso que existem os "gêneros": para constituir as mulheres biológicas em mulheres sociais. Por que o mero fato biológico de alguém pertencer ao sexo feminino não faz dela uma oprimida: é preciso que o sexo biológico seja constituído em "mulheridade", em gênero, para que as mulheres possam ser oprimidas e exploradas.
Para entender isso melhor, é necessário primeiro definir o que é gênero. ‘Gênero é o sentimento de pertencimento a um grupo, é uma categoria identitária’ - algumas pessoas responderão. Outras, dirão ainda que gênero é ‘uma maneira de se apresentar socialmente, uma performance’. Tais definições lidam com manifestações conjunturais e superficiais desse conceito. E há sérias consequências em parar a análise nisso: tratamos o sintoma de uma doença como a sua causa...
ResponderExcluirGênero é uma hierarquia entre os Sexos. Ele se apoia nas diferenças biológicas entre machos e fêmeas para justificar e naturalizar a construção social de determinados comportamentos, que levam a um sistema de castas sexuais, no qual a existe um grupo explorado (Mulheres) e um grupo explorador (Homens). Para se reforçar e delimitar essa relação, ao longo da história da sociedade ocidental, foram criados recursos simbólicos, signos, comportamentos estereótipos e expectativas sociais para os dois grupos. Alguns exemplos aqui: cor de rosa, saia, vestido, maquiagem, salto alto, sutiã, ausência de pelos, submissão, maternidade compulsória, atividades domésticas, delicadeza, ternura, sensibilidade, possibilidade de errar, castidade, pureza, gostar de homem - Símbolos atribuídos ao universo Feminino, os quais uma fêmea deve seguir para ser uma ‘Mulher’; Azul, bermuda, pelos, sujeira, carros, violência, liderança, dominação, repressão emocional, virilidade, liberdade sexual, poder de fala, gostar sexualmente de mulher - Símbolos atribuídos ao universo Masculino, os quais um macho deve seguir para ser um ‘Homem’.
Um dos principais recursos utilizados para manutenção desta hierarquia e para garantir o acesso sexual às mulheres por partes dos homens é a chamada Heterossexualidade Compulsória, em outras palavras, uma socialização que naturaliza e normaliza a heterossexualidade, que coloca como correto e ‘natural’ atrair-se sexualmente por pessoas do outro sexo. Também por isso, se estabelece uma relação de dominação masculina e submissão feminina.
Casta é uma forma de estratificação social caracterizada pela endogamia, pela transmissão hereditária de um estilo de vida que frequentemente inclui um ofício ou profissão, status ritual numa hierarquia e interações sociais habituais e exclusão baseada em noções culturais de pureza e poluição.
ResponderExcluirDiz-se que o sistema da hierarquia sexual é um sistema de castas porque o status destinado a cada indivíduo dentro desse sistema, as posições sociais que ocupam nessa hierarquia, a forma como esses indivíduos são socialmente percebidos e as noções de castidade e "pureza" a que estão submetidos (daí que vem o nome casta, de castidade, "pureza") são determinadas no nascimento e são transmitidas hereditariamente (no caso, de machos para machos, de pais para filhos e de fêmeas para fêmeas, de mães para filhas) e não existe a possibilidade de um indivíduo nascido em uma casta sair de sua própria casta (ou seja nasceu na casta dos homens, morrerá nela, nasceu na casta das mulheres, morrerá nela), mover-se socialmente de uma casta para outra, pois acredita-se que o destino daquele determinado indivíduo é viver sob aquelas determinadas condições, diferentemente dos sistemas de classes, que envolvem a crença na meritocracia e mobilidade social de uma classe para outra.
Comparação e constraste geral sobre a ‘antiga’ visão feminista do gênero e a nova versão que veio da política/teoria queer dos anos 1980/1990.
ResponderExcluirO que é gênero?
‘Antigo’ Gênero: Um sistema de relações sociais e de poder estruturado pela divisão hierárquica entre ‘homens’ e ‘mulheres’. A categorização é geralmente baseada no sexo biológico, mas o gênero como conhecemos é uma coisa mais social que algo biológico. (por exemplo, masculinidade e feminilidade são definidas diferentemente em diferentes lugares e tempos).
‘Novo’ Gênero: Um aspecto da identidade social/pessoal, geralmente atribuída a você ao nascer com base no sexo biológico (mas essa conexão ‘natural’ é uma ilusão - como a ideia de que deve haver dois gêneros porque há dois sexos).
O que há de opressivo nisto?
‘Antigo’ Gênero: O fato de que é basado na subordinação de um gênero (mulheres) pelo outro (homens).
‘Novo’ Gênero: O fato de que é um sistema binário rígido. Isso força cada pessoa a identidicar-se como homem ou como mulher (não nenhum dos dois, ambos ao mesmo tempo, algo entre os dois ou algo totalmente diferente) e pune a qualquer pessoa que não se conforma. (Isso oprime tanto homens como mulheres, especialmente quem não se identifica totalmente com o modelo prescrito de gênero).
O que seria uma política radical de gênero?
Feminismo: mulheres organizarem-se para derrubar o poder masculino e então todo o sistema de gênero (Para feministas radicais, o número ideal de gêneros deveria ser... nenhum.)
‘Genderqueer’: mulheres e homens rejeitarem o sistema binário, identificando-se como ‘foras-da-lei de gênero’ (por exemplo, queer, trans) e demandarem reconhecimento para uma série de identidades de gênero. (Desta perspectiva, o número ideal de gêneros deveria ser... infinito?)
- Talking about gender, Debbie Cameron and Joan Scanlon, speak about gender and what it means for radical feminism. (Falando sobre Gênero, conversa sobre gênero e o que este significa para feministas radicais). London Feminist Network’s ‘Feminar’, maio de 2010.
Como feministas radicais veem gênero
ResponderExcluir.Gênero é uma hierarquia: resulta da dominação masculina, com a masculinidade descrevendo o comportamento e o status dos homens como a classe dominante, enquanto a feminilidade expressa o comportamento e status das mulheres como a classe subordinada.
.Como consequência, o conceito de gênero é rejeitado de imediato e visto como necessitando ser eliminado.
.Gênero é uma construção social e não uma característica essencial do ser humano. Ele não pertence a ninguém, mas se manifesta nas relações humanas.
.Transgressão de gênero não contribui para a transformação social, pelo menos não de forma substancial. Na verdade, o oposto pode ser verdade.
.O bem-estar das mulheres "biológicas" como preocupação principal tem precedência sobre a identidade de gênero.
[Resumido de "They Know It When They See It: The UK Gender Recognition Act 2004" por Sheila Jeffreys no British Journal of Politics & International Relations 10 (2), pp 328-345.]
Muitos argumentam que a sociedade vê gênero como um binário, masculino e feminino, e que este simplifica demais a realidade para muitas pessoas. Em vez disso, argumentam que o gênero é um espectro. Esta declaração não consegue entender o que o gênero realmente é.
Como Catharine MacKinnon diz em Feminismo Não Modificado,
"Gênero é uma desigualdade de poder, um status social com base em quem é permitido fazer o que e a quem".
Em outras palavras, os homens como o grupo dominante são permitidos abusar e dominar as mulheres, o grupo subalterno. Este é o verdadeiro significado do termo gênero. Gênero, no fundo, não é um binário ou um espectro. É uma hierarquia de desigualdade que justifica e permite o abuso e dominação das mulheres pelos homens.
"Gênero" é baseado na realidade material do patriarcado-capitalista e da opressão das mulheres. Ou seja, "gênero" é parte da ideologia que é necessária para manter a dominância dos homens e a opressão das mulheres. Qualquer opressão material sempre requer uma ideologia de suporte para convencer todos os grupos sociais, incluindo de forma relevante aquele que é oprimido, para que prossiga com isso.
O único propósito de "gênero" é sustentar a opressão patriarcal, dos homens sobre as mulheres. "Gênero" confisca as coisas boas (importante, significante, poderoso, sério, independente, auto-dirigido, desejado, profundo, etc.) para pessoas do sexo masculino e relega as coisas não tão boas (sem importância, trivial, fraco, pobre, dependente, dirigido por outros, indesejado, frívolo) às pessoas do sexo feminino, pelos ditames do Patriarcado. "Gênero" oprime as mulheres. "Gênero" mata as mulheres.
Essa é a real genialidade do patriarcado: ele não só naturaliza a opressão, como ele sexualiza atos de opressão. Então ele erotiza dominação e subordinação e institucionaliza isso em masculinidade e feminilidade. O patriarcado naturaliza, erotiza e institucionaliza a opressão.
ResponderExcluirA genialidade do feminismo é que nós descobrimos isso.
Feminilidade é o conjunto de comportamentos que são em essência a submissão ritualizada. A socialização feminina é um processo de reprimir psicologicamente as meninas e, finalmente, "quebrá-las". A esse processo chamamos aliciamento, e ele cria uma classe de vítimas conformadas. Feminilidade é na realidade apenas a psique traumatizada demonstrando aquiescência.
Isso não é natural e não foi criado por deus. É um arranjo social corrupto e brutal.
Tem se tornado comum em alguns círculos ativistas abraçar noções do pós-modernismo, e isso inclui essa ideia de que o gênero é de alguma forma um binário.
O gênero não é um binário, é uma hierarquia. É global em seu alcance, é sádica em sua prática e é assassina em sua conclusão.
Assim como as raças. Assim como as classes.
O gênero demarca as fronteiras geopolíticas do patriarcado, que é o mesmo que dizer que nos divide ao meio. E essa metade não é horizontal, é vertical. E caso você não tenha percebido, os homens estão sempre no topo.
Gênero não é um cósmico yin yang. É um punho e uma carne que sangra. É uma boca violentamente calada e uma menininha que nunca mais será a mesma. Gênero decide quem será humano e quem será machucada.
E essa diferença precisa estar bem clara porque os homens sabem do que são capazes, eles sabem o sadismo do qual eles imbuíram seu sexo. Então o que eles dizem uns para os outros é "faça isso a ela". Não a mim, o ser humano. A ela: o objeto, a coisa. E eles precisam deixar bem claro - visual e ideologicamente - QUEM ela é.
E como fica mais fácil se você pode dizer "deus a fez dessa maneira para que esteja abaixo de mim" ou "a natureza a fez dessa maneira, a coisa com o buraco" ou "ela se fez dessa maneira, a vadia que pediu por isso".
Porque nós sempre merecemos. O estupro, a pobreza, a prostituição. Até pelo assassinato nós pedimos. Todas essas práticas juntas são o que Andrea Dworkin chamou de barricada do terrorismo sexual. E o gênero é o que demarca precisamente os limites. As mulheres vivem dentro da barricada e os homens vivem fora. Aliás, eles construíram essa barricada. Punho por punho, foda por foda.
Nós não temos escolha: se você nasceu fêmea, você nasceu em um campo de batalha.
O patriarcado é um sistema político que pega o sentido biológico do sexo masculino e feminino para criar duas classes sociais: Os homens e as mulheres. Ser homem implica psicologicamente em um entorpecimento emocional e uma separação entre si e os outros. Ser mulher implica em ser moldada psicologicamente para pertencer a uma classe de vítimas acolhedoras. A feminilidade é um conjunto de comportamentos feitos de rituais de submissão e de concessão infinita. O gênero é um sistema de castas criado para facilitar a instrumentalização dos corpos das mulheres apenas para o beneficio dos homens – para a gratificação sexual deles, para realizar tarefas indesejadas e para a reprodução. Por exemplo, existem cidades inteiras na Índia onde todas as mulheres só tem um rim. Por quê? Porque seus maridos venderam o outro. Gênero não é uma identidade que cada um pode escolher. Um homem transexual não pode fingir – porque escolheu – ser uma mulher sendo que ele não nasceu com um corpo formatado para o desejo masculino, sendo que ele nunca experimentou essa forma de desumanização e de coisificação. Como ser uma mulher sem saber o que é viver no corpo de uma menininha, sem saber o que é sentir essa subordinação, sem saber como é a cada instante ter consolidada em você a ideia de que você é uma cidadã de segunda classe que pertence aos cidadãos de primeira classe, os homens?
ResponderExcluir"Nenhum motivo do universo justifica que homens, seres do sexo masculino (que apresentam esses comportamentos ou não), sejam chamados de mulheres, seres do sexo feminino; muito menos as características e os comportamentos típicos daqueles que se dizem mulheres, transgêneros, que são na verdade características e comportamentos naturalmente típicos dos machos, não das fêmeas."
ResponderExcluire menos ainda a mera vontade deles serem considerados mulheres.
o feminismo não existe para as mulheres fazerem as vontades de machos, pelo contrário...
não são machistas que dizem que um homem ou um menino é "uma mulherzinha" quando ele não é "masculino" o suficiente? não dá pra entender como podem dizer que é feminista chamar um homem de mulher porque ele não é suficientemente "masculino" ou pior, só porque ele quer que digam que ele é mulher, passando por cima de todas as que são realmente mulheres, que vivem vidas de mulheres.
ResponderExcluirser mulher é nascer fêmea, ser uma humana adulta do sexo feminino, tendo sobrevivido à infância sendo uma menina.
ResponderExcluirestereótipos de gênero são a razão de existirem pessoas que reivindicam serem transgêneros
ResponderExcluirse um homem que se diz trans, também diz que não gosta de rosa, de boneca, de saia, de maquiagem, de outro homem e o que mais for estereótipo atribuído ao sexo feminino, o que resta pra ele basear sua suposta feminilidade?
se ele rejeita todos esses "atributos femininos", esse tipo de homem vai dizer que é mulher porque então?
porque ele "se sente" assim? que ele se "auto-identifica" assim? que ele quer porque quer ser chamado assim? nos poupe
se o donald tramp dizer que é mulher sem reafirmar nenhum tipo de estereótipo "feminino", apenas sendo do jeito que ele é, eu tenho que aceitar isso?
não por menos tanta gente é incapaz de compreender "direito" o transgenerismo, porque essa coisa não tem sentido lógico nenhum mesmo
nenhuma feminista radical vê estereótipo de gênero como "pecado mortal", qualquer pessoa, homem ou mulher, pode se apropriar do estereótipo de gênero que quiser
a gente só diz que: um homem se apropriar de algum estereótipo do "gênero feminino" não faz dele uma mulher, MENOS AINDA se esse homem não se apropriar de estereótipo "feminino" algum!
Não entendo uma coisa, se puderem me explicar agradeço:
ResponderExcluir- Tem uma corrente que defende que o transativismo deveria fazer parte do feminismo, é isso?
Pq não podem ter o movimento próprio? Pq o feminismo tem que dar conta disso?
- Um homem trans, biologicamente mulher, tem protagonismo e voz no movimento feminista?
Por quê? Isso não quer dizer que o bio pesa, então?
"O fato de que alguns homens têm uma experiência negativa de gênero não apaga o fato de que estruturalmente, gênero existe para facilitar a extração de recursos a partir de corpos femininos. Gênero é a corrente, e a supremacia masculina é a bola. Só porque os homens às vezes tropeçam sobre a corrente não apaga o fato de que o tornozelo que está algemado é sempre da fêmea." Rachel Ivey
ResponderExcluirGênero não é identidade, estética ou performance. Gênero é um conjunto de marcadores de casta sexual dentro de um sistema de dominação baseado no sexo biológico. Gênero é um sistema de dominação no qual as mulheres são mundialmente oprimidas como uma casta pelos homens.
ResponderExcluirGênero é um sistema hierárquico de opressão. Dizer que uma mulher se identifica com seu gênero é dizer que ela se identifica com sua opressão. Toda mulher é lançada nesse sistema e coagida a aceitar o gênero feminino, que é o gênero da submissão. O gênero feminino não é intrínseco ao ser humano do sexo feminino, mas inventado, moldado, para manter fêmeas dóceis e cativas. Por isso essa ideia da possibilidade de uma pessoa se identificar com o gênero oposto ao do seu nascimento está na contramão do feminismo, justamente pela interpretação oposta sobre o gênero. Nós mulheres não escolhemos nosso gênero, não nos identificamos com nossa opressão. Alguns homens aderem ao gênero feminino principalmente pela cultura de consumo e porque isso atrai homens sexualmente, mas eles continuam sendo nossos opressores. Eles não foram socializados desde o nascimento para serem frágeis. Eles consideram fragilidade uma característica desejável por fetiche, mas não foram forçados a isso.
Acho q concordo mais com as radfem
ResponderExcluirUsam o argumento de cérebro feminino e masculino para validar transativismo. Então, como se explica os n binários e os fluidos, se só temos um cérebro?
ResponderExcluirOs n binários n se identificam com nada, q tipo de cérebro tem?
Os fluídos são cada dia uma coisa, o cérebro sofre mutação de um dia pro outro?
É cada argumento mirabolante. ..
“Dizer que um homem é heterossexual implica somente que ele mantém relações sexuais exclusivamente com (ou submete sexualmente) o sexo oposto, ou seja, mulheres. Tudo ou quase tudo que é próprio do amor, a maioria dos homens hétero reservam exclusivamente para outros homens. As pessoas que eles admiram; respeitam; adoram e veneram; honram; quem eles imitam, idolatram e com quem criam vínculos mais profundos; a quem estão dispostos a ensinar e com quem estão dispostos a aprender; aqueles cujo respeito, admiração, reconhecimento, honra, reverência e amor eles desejam: estes são, em sua maioria esmagadora, outros homens. Em suas relações com mulheres, o que é visto como respeito é gentileza, generosidade ou paternalismo; o que é visto como honra é a colocação da mulher em uma redoma. Das mulheres eles querem devoção, servitude e sexo. A cultura heterossexual masculina é homoafetiva; ela cultiva o amor pelos homens.” - Marilyn Frye (1983)
ResponderExcluir__________________
Os homens realmente se amam. Os que não transam ainda só não fizeram porque têm muito medo de serem descobertos e perderem os privilégios de macho heterossexual. Mas a maioria faz escondido. Inclusive nossos pais, irmãos e namorados/maridos
Quase 100% dos homens tem experiências homossexuais na juventude/adolescência
É tudo enrustido. Eles vivem numa cultura fortemente falocentrada/falocêntrica e idólatra de falos, tudo que fazem é adorar falos e sujeitos falocentrados, como é que diante disso não realizam essa homossexualidade senão pela forte autorrepressão? Tudo enrustido
Agora nos diga uma novidade.
ResponderExcluirAs radfem já disseram tudo o q deveria ter sido dito, não preciso acrescentar mais nada, só faltou elas explicarem a frase da Beauvoir q é distorcida continuamente pelos transativistas
ResponderExcluirMulher é uma pessoa que nasceu do sexo feminino, desafio qualquer um a me provar o contrário:
ResponderExcluir"mulher é quem nasce do sexo feminino, ponto, qualquer pessoa q não se encaixe nessa definição objetiva não é mulher, ponto, custa aceitarem isso? e intersexualismo não é "terceiro sexo", ponto, parem de se escorar em má-formações congênitas pra tentarem fazer suas ideologias terem algum sentido, ponto" - 2
Sim, não deve haver rivalidade entre trans e rads... masssss achei o texto bem tendencioso... do tipo, não somos inimigas, aceitem a teoria queer...
ResponderExcluirNão há rivalidade entre trans e feministas radicais, há divergências de movimentos, objetivos opostos, interesses contrários, incompatibilidade e discordância totais de políticas, práticas, lógicas, ideologias, visões e perspectivas de ambas as partes.
ResponderExcluirResumido: só a percepção de realidade, a teoria, a práxis e todo o resto que são completamente conflitantes ou na melhor das hipóteses nada a ver uma com a outra.
ResponderExcluirtransativistas não querem e nem conseguem debater, só querem palco, eles escrevem uma bostinha de texto e mandam publicar
ResponderExcluirdepois a gente refuta o texto nos comentários e o ativista trans não tem nem a cara de pau de aparecerem pra tentar defender suas groselhas, é pq o objetivo principal q era promover sua ideologia eles já conseguiram
não dá pra negar q eles são "espertos"
eu considero "mulher" caso o trans tenha operado, seja irreconhecível e sua ~transição~ seja permanente
ResponderExcluirtb não vou forçar a barra e chamar a roberta close de "homem", né
mas se o trans não corresponder à esses 3 requisitos: cirurgia plástica, aparência idêntica e transição fixa, então não é "mulher" trans coisa nenhuma, é só travesti
uma pessoa q sente asco do seu próprio corpo não é normal, isso é um transtorno mental, é por isso q o transexualismo tá no CID, pq os trans tem nojo do seu próprio corpo, sendo q o corpo original deles é saudável, mas eles sentem asco mesmo assim, daí eles precisam se entupir de hormônio e cirurgia pra desgraçar com o corpo, mas isso pra alguns é "saúde"
ResponderExcluira ideologia transgênero inverteu tudo: sentir repulsa de si mesmo por possuir um pênis é "normal", tomar hormônios cancerígenos é "saudável"
A expectativa de vida de um trans é reduzida por causa das atitudes deles próprios, vivem se cortando e se entupindo de remédios desnecessários
Não seria mais fácil se todo mundo aceitasse sua condição sexual natural? o q há de errado em ser mulher ou homem? (em ser homem há bastante coisa, mas medicamente falando não). Pq a gente não para de inventar identidades fictícias e inúteis? e pq a gente não para de exigir atenção especial à elas? Trans tornam suas próprias vidas mais difíceis
As feministas radicais estão com a razão.
ResponderExcluir"- Tem uma corrente que defende que o transativismo deveria fazer parte do feminismo, é isso?
ResponderExcluirPq não podem ter o movimento próprio? Pq o feminismo tem que dar conta disso?
- Um homem trans, biologicamente mulher, tem protagonismo e voz no movimento feminista?
Por quê? Isso não quer dizer que o bio pesa, então?"
Ficar criando um milhão de movimentos diferentes para "respeitar as diferenças" na verdade só serve para enfraquecer a todos os que desejam mudanças.
Enquanto as discussões se focarem em detalhes, pequenas diferenças, ou mesmo grandes, tudo vai permanecer como está.
Muita gente reclama do movimento LGBT por dar mais visibilidade a gays. Mas foi esse movimento que mais avançou nas últimas décadas no sentido de conquistar direitos. Direitos esses que não são só dos gays, mas das lésbicas, bissexuais e transgêneros.
Será que essas vitórias teriam acontecido se o movimento ficasse focado em brigas internas sobre protagonismo ou se a sigla está inchada e deveria ser desmembrada?
Na hora que o transativismo me explicar o motivo do critério biológico valer para coisas esotéricas (alma feminina, cérebro feminino) e não valer para coisas materiais apenas por serem logicamente desfavoráveis ao movimento eu volto a levar esse povo a sério.
ResponderExcluirA Loretta já tentou explicar isso:
https://www.youtube.com/watch?v=VXVZfLEcPdM
Não convenceu.
29 de maio de 2017 19:14
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Mais atual, impossível.
E a Loreta explica sim: é direito dela, como homem, ser mulher.
"As feministas radicais estão com a razão."
ResponderExcluirSempre
Quando a pessoa é autofóbica é natural que veja fobias em tudo (menos as dela).
ResponderExcluirEntão duas mulheres estão conversando sobre menstruação, vem a ativista trans pulando da moita e grita: TRANSFOBIA! BIOLOGIZAÇÃO! BURACO FRONTAL QUE SANGRA!
E como mulher é socializada para agradar o opressor, elas pedem desculpas e falam que nunca mais vão fazer isso.
Na internet é exatamente assim. Já na vida real, bem menos.
Eu gostaria de saber o que o transativismo tem a dizer sobre a questão da legalização do aborto e se as irmãs trans vão participar da movimentação para barrar isso aqui:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2017/05/1888457-em-meio-ao-caos-politico-avanca-no-senado-proposta-que-veta-aborto-legal.shtml
Em meio ao caos político, avança no Senado proposta que veta aborto legal
Historicamente, parlamentares costumam aproveitar momentos de conturbação e incertezas políticas para realizar votações polêmicas que significam retrocessos em relação a direitos. É o que parece estar se desenhando no caso da PEC 29/2015 (Proposta de Emenda Constitucional).
A proposta altera a Constituição Federal e reconhece o direito à vida desde o encontro entre o espermatozoide e o óvulo (fecundação), antes mesmo da implantação do embrião no útero (nidação).
A tramitação da PEC 29 ficou parada na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado durante um ano e quatro meses, aguardando a designação de um relator.
Em 6 de abril deste ano, o presidente da CCJ, Edson Lobão (PMDB/MA), designou o relator, senador Eduardo Amorim (PSDB/SE) que, em 50 dias, apresentou seu parecer, favorável à aprovação da PEC. Caso seja aprovada pelo plenário do Senado, a proposta seguirá para a Câmara dos Deputados.
Qual o risco? De qualquer interrupção voluntária da gravidez passar a ser considerada crime, mesmo naquelas situações em que o aborto hoje é permitido: quando a gravidez traz risco à vida da gestante; quando ela acontece em consequência de um estupro; ou nos casos de fetos com anencefalia.
Sempre achei essa proposta descabida pela simples razão de que, a despeito de fantasias filosóficas, há uma enorme distância entre um amontado de células humanas fecundadas e um ser humano.
Se todo embrião já fosse uma vida de fato, a taxa de sucesso dos tratamentos de infertilidade seria de 100%. A realidade é bem diferente. Os estudos bem desenhados apontam que o índice médio de sucesso das FIVs (fertilizações in vitro) não passa dos 50%. É muito frequente os casais produzirem embriões, que, transferidos para o útero, não "grudam", não há implantação. Outros tantos comemoram o teste positivo de gravidez, mas a gestação não segue adiante.
Por isso, para mim e para muitos cientistas sérios, um embrião é um conjunto de células com potencialidade de desenvolver um ser humano. Conheço vários casos que exemplificam bem isso. Um deles é de uma amiga que sofreu um hiperestímulo ovariano em uma FIV e produziu 24 embriões avaliados como "ótimos/excelentes".
Eles foram congelados para serem transferidos ao útero, em grupos de quatro, evitando, assim, uma gravidez múltipla. Durante um ano, ela fez seis transferências. Em nenhuma delas engravidou. Pergunta aos nobres senadores: cadê a vida, o ser humano, nesses embriões?
Se essa lei for aprovada, o que vai acontecer com os milhares de embriões congelados nas clínicas de reprodução? Serão consideradas personalidades jurídicas com direito a reclamar proteção ao Estado?
Além de representar um retrocesso imenso nas conquistas até aqui alcançadas, no tocante às circunstâncias em que o aborto é permitido, o projeto não será capaz de atingir seu principal propósito: evitar as interrupções voluntárias de gravidez.
No artigo "Evidence supporting broader access to safe legal abortion", o ginecologista Anibal Faúndes, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que leis proibitivas só contribuem para aumentar as complicações e eventuais mortes de mulheres. E que o número de abortos só será reduzido por meio de educação e acesso a métodos efetivos de contracepção.
Há ótimas referências bibliográficas sobre esse assunto, e os nossos representantes no Senado deveriam recorrer a elas em vez de se guiarem por crenças religiosas e convicções morais. Ainda dá tempo.
O portal E-Cidadania abriu espaço para que a população se posicione em relação à PEC 29. Acesse aqui a publicação.
Claro que esses anos de socialização como homens tornam as muheres trans privilegiadas em relação às mulheres "normais". Tanto que conheço tantas mulheres trans médicas, advogadas, juízas, engenheiras, empresárias, etc., enquanto a maior parte das mulheres "de verdade" tem que se contentar em ser prostituta ou cabeleleira.
ResponderExcluirOps, espera aí...
leva elas pra casa então mas dorme de porta trancada tá
ResponderExcluir"leva elas pra casa então mas dorme de porta trancada tá"
ResponderExcluirLol, com uma mentalidade dessas pode dar as mãos com a extrema direita. São eles que adoram falar isso sempre que alguém defende os desfavorecidos.
Conheço pessoalmente lésbicas, gays, travestis, trans mulher, homens e mulheres cis machistas, feministas de vários tipos (que não sei classificar), mas nunca identifiquei, em uma conversa fora da internet, um discurso tão radical quanto esse que leio nesses comentários.
ResponderExcluirEu suspeito que radfems fora da internet sejam tão raras quanto pessoas que nasceram com dois sexos rsss
PS: a propósito, até conhecer esse blog, nem sabia que tinha tantas variações de feminismo :/
ExcluirAgora descubro que além de ter variações, essas variações brigam entre si :|
pq vcs transavistas não contra-argumentam ao invés de desviarem do assunto, hein? eu quero argumento, não cinismo barato
ResponderExcluirNo caso da colega cis hetero feliz, estou considerando aquela que, graças a luta feminista, não sofre abusos e injustiças. Óbvio que iludida que apanha e se acha feliz precisa de ajuda.
ResponderExcluir15:46
ResponderExcluirDá pra explicar onde exatamente está a transfobia? Argumentos, por favor.
Que transfobia? O comentário foi sobre essa animosidade toda de "mulher = XX". Acho que tudo mundo aqui frequentou as aulas de biologia do colégio e é óbvio que existe sexo. Então que tal simplesmente aceitar a colega trans e conversar amigavelmente? Aí quem sabe podemos entender que Alexandre Frota de saia *NÃO* é trans? E quem sabe entender que a pessoa trans não escolhe ser trans como você escolhe uma roupa? Que a pessoa se sujeita a uma vida às vezes miserável, que é expulsa da família, que só arruma subemprego, por esse impulso de ser quem a pessoa se sente ser?
ExcluirSe fosse algo que a pessoa pode realmente escolher, ela escolheria continuar no conforto de ser da classe dominante. Mesmo o homem mais franzino tem mais respeito que uma trans.
Não precisa defender, mas também não precisa atacar.
Esses hormônios de mulher virar homem e homem virar mulher, com uso prolongado dão câncer fudido não?
ResponderExcluirGente, as pessoas não se aceitam. Nunca uma bomba de hormônios vai fazer vc ser o que não é.
"a pessoa trans não escolhe ser trans" - a não, tem certeza? não é isso o q a teoria queer prega
ResponderExcluir"simplesmente aceitar a colega trans e..." - respeitar eu vou, óbvio, mas aceitar q é "mulher"?
vou repetir o comentário q fizeram acima:
eu considero "mulher" caso o trans tenha operado, seja irreconhecível e sua ~transição~ seja permanente
tb não vou forçar a barra e chamar a roberta close de "homem", né
mas se o trans não corresponder à esses 3 requisitos: cirurgia plástica, aparência idêntica e transição fixa, então não é "mulher" trans coisa nenhuma, é só travesti
Felizmente o feminismo está cada vez mais envolvido com transativistas. O futuro do movimento é esse, apoiando os oprimidxs de todo tipo, então de certa forma entendo a amargura de vocês. Não deve ser fácil estar reduzidx a peça de museu de um capítulo da história que ninguém gosta.
ResponderExcluircada transativista tem um conceito diferente do q é ser "trans"
ResponderExcluiré tanta palhaçada q é por isso q 95% das pessoas são contrárias ao transgenerismo, é impossível tecer alguma razoabilidade nessa ideologia
Ser cis é ser privilegiado. Cis querendo dizer qual trans ou não "realmente é" de tal sexo é como branco querendo dizer quem é negro de verdade e quem é só "moreno".
ResponderExcluirSabe quem é o(a) único(a) com direito de dizer se a transição já ocorreu ou não? A própria pessoa trans. O resto é gente intrometida querendo dar pitaco na vida dos outros.
ResponderExcluir"aceitar a colega trans"
ResponderExcluirtá, mas o q é "trans"? formulem um significado consistente, pq cada ativista trans define "trans" de uma forma, se nem vcs sabem o q é "trans", como eu vou saber se devo ~aceitar~ isso ou não?
"Aí quem sabe podemos entender que Alexandre Frota de saia *NÃO* é trans?"
mas ué, vcs creem em "auto-identificação", não é? então se o alexandre escrota se "identificar" como mulher, pq ele não seria um trans?
"a pessoa trans não escolhe ser trans como você escolhe uma roupa?"
Não é o q a judite butler diz, e aí, vcs vão finalmente decidir o significado de "trans" ou não? E não escolhe pq? o q faz do transexualismo não ser uma escolha se essa coisa é baseada em se apropriar de esterótipos de gênero?
"por esse impulso de ser quem a pessoa se sente ser?"
"Se sente"???? vc diz q transgenerismo "não é" escolha, mas ser mulher é uma questão de "se sentir"?
A ideologia transgênero é completamente incoerente, e vcs continuam a ignorar nossos argumentos, impossível rebatê-los né? eu sei, não dá pra lutar contra a verdade
"18:32 foda-se; a opinião do trans sobre si mesmo não importa em nada pra mim e nem pras estruturas formais da sociedade, ele q pegue sua identidade fictícia e enfie no nariz, não dou a mínima pra baboseiras individualistas tiradas de suas próprias mentes doentias"
ResponderExcluirPreconceito é que é doença. E você está em estado terminal. Vá procurar ajuda psicológica o mais rápido possível.
Criatura, não estou falando de algum adolescente que entra no banheiro feminino para tirar fotos. As trans de quem estou falando, e que precisam de aceitação e talvez alguma ajuda, são aquelas cujas escolhas de vida já mostram que se definir mulher não foi uma escolha simplesmente racional, pois a escolha as levou para uma vida muito mais difícil que teriam se fossem cis.
ResponderExcluir"18:26 kkkkkkkkkkkkkkkkk vc é muito piadista kkkkkkkkkkkk"
ResponderExcluirRindo para não chorar, hm?
19:05 preconceito onde? não falei nenhuma mentira, vcs querem pegar essa mania escrota de inventar um milhão de rótulos vazios, transportar essa merda pro feminismo e tornar esse lixo numa "causa social humanitária", quando não passa de bullshit individualista, pra essa bosta eu c*go e ando, vão inventar "identidades" inúteis e inexistentes na casa do c%ralho
ResponderExcluir19:05 o quê? não entendi nada do q vc falou, responda as questões das 18:37 primeiro, pfvr
18:29 da mesma forma q nenhum homem ou travesti tem autoridade pra dizer quem é mulher ou não
ResponderExcluirEu luto por mulheres, não por homens com problemas de imagem. O que atrapalha o feminismo é lutar por meio mundo (homens que se reconhecem como homens e também aqueles que não se consideram homens) ao invés de focar em nós mesmas.
ResponderExcluirEu realmente não consigo entender qual é a grande confusão:
ResponderExcluirMulher tem cromossomos XX. Homem tem cromossomos XY. Simples. Direto. Não dá margem a nenhuma falsa interpretação (ok, estou deixando de fora os raríssimos casos XXY, mas isso é uma questão isolada, uma anomalia genética).
-> Homem que gosta de rosa, passar batom e usar salto: ok, nada de errado. Você continua sendo homem, uma vez que gostar de rosa, passar batom e usar salto NÃO SÃO COISAS DE MULHER, e principalmente, NÃO TE FAZEM SER MULHER.
-> Mulher gosta de luta, odeia compras e não é vaidosa: ok, nada de errado. Você continua sendo mulher, uma vez que gostar de luta, odiar compras e não ser vaidosa NÃO SÃO COISAS DE HOMEM, e principalmente, NÃO TE FAZEM SER HOMEM.
Dizer que uma pessoa XY é mulher porque ele é vaidoso, delicado e sensível, é querer dizer que SER MULHER se resume (ou necessariamente passa por) ser vaidosa, delicada e sensível.
E É EXATAMENTE CONTRA ESSE ESTERIÓTIPO QUE O FEMINISMO LUTA!!!
Não sou contra pessoas que se intitulam trans. Inclusive, respeito seu desejo de serem tratadas por nomes sociais (mas não quero dividir banheiro público com homens que usam vestido). Entendo que também sofrem com a sociedade machista. Na verdade, considero essas pessoas vítimas do machismo, que por acreditarem nessa falácia de papéis de gênero, acabaram acreditando na enorme mentira que seus corpos são "errados". Não repudio. Não tenho ódio. Estendo a mão. Mas não defendo suas idéias, já que elas vão de encontro com as minhas.
E segue um link de um texto realmente muito interessante, sobre uma mulher que quase virou homem-trans. Acho que ela resume muito bem a diferença entre FEMINISMO e TRANSATIVISMO.
http://nosoutras.tumblr.com/post/110604233453/como-a-transexualidade-me-aprisionou
Um fórum de esquerda cancelou um painel de debate feminista por ser CRÍTICO DE GÊNERO porque os ativistas do gênero deram piti ameaçaram desmaios e ataques de pelanca. Mais do mesmo.
ResponderExcluirhttps://gendertrender.wordpress.com/2017/05/29/left-forum-2017-is-not-ready-for-womens-resistance-against-gender/
Mulher não pode ter opinião diferente e nem expor, vai que mais alguém acorda e concorda, não é mesmo?
Esse texto "Como a transexualidade me aprisionou" é ótimo e o tumblr Nós Outras é muito lindo, recomendo a leitura dele inteiro :-)
ResponderExcluirOutro tumblr maravilhoso que eu indico muito que leiam é o Deixe Ela Voltar - http://extrans.tumblr.com/
A Faculdade Americana de Pediatria clama que educadores e legisladores rejeitem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitar como normal uma vida de castração química e cirúrgica de "mudança de sexo". Fatos - não ideologias - determinam a realidade.
ResponderExcluir1. O sexo na humanidade é uma característica biológica binária objetiva: “XX” e “XY” são marcadores genéticos de saúde - não marcadores genéticos de uma doença. A norma para o design humano é concebida como fêmea ou como macho. A sexualidade humana é binária com a finalidade óbvia de reprodução e perpetuação de nossa espécie. Este princípio é auto-evidente. Os distúrbios extremamente raros de diferenciação sexual, incluindo, mas não limitado a hiperplasia adrenal congênita e feminização testicular, são todos os desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como desordens do design humano. Indivíduos com distúrbios de diferenciação sexual não constituem um terceiro sexo.
2. Ninguém nasce com um gênero. Todo mundo nasce com um sexo biológico. Gênero (relativo a noções de masculinidade e feminilidade) é um conceito sociológico e psicológico; não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com a consciência de si mesmos como masculino ou feminino; esta consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser prejudicada pela percepção subjetiva de uma criança, relações e experiências adversas da infância para a frente. As pessoas que se identificam como “sentindo-se como do sexo oposto” ou “em algum lugar entre” não compreendem um terceiro sexo. Eles permanecem machos ou fêmeas biologicamente.
3. A crença de uma pessoa que ele ou ela é algo que eles não são, na melhor das hipóteses, é um sinal de pensamento confuso. Quando um macho biológico saudável acredita que ele é uma fêmea ou uma fêmea biológica saudável acredita que ela é um macho, um problema psicológico objetivo existe e está na mente não no corpo, e deve ser tratado como tal.
4. A puberdade não é uma doença e hormônios de bloqueio de puberdade são perigosos. Hormônios reversíveis ou não, - bloqueadores de hormônios podem induzir um estado de doença - a ausência de puberdade - e inibem o crescimento e fertilidade em uma criança previamente biologicamente saudável.
5. De acordo com o DSM-V, 98% meninos e 88% das meninas confusos enquanto seu sexo, eventualmente, aceitam o seu sexo biológico após naturalmente passarem pela puberdade.
6. Crianças que usam bloqueadores de puberdade para impersonar o sexo oposto vão precisar de hormônios sintéticos na adolescência tardia. Hormônios de sexo oposto estão associadas com riscos perigosos para a saúde, incluindo mas não se limitando a pressão arterial, a formação de coágulos sanguíneos, acidentes vasculares cerebrais e o câncer.
7. As taxas de suicídio são vinte vezes maior entre os adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de "mudança de sexo", mesmo na Suécia, que está entre os países mais pró- LGBQT . Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar crianças a este destino, sabendo que após a puberdade como muitos quanto 88% das meninas e 98% dos meninos acabam por aceitar a realidade e alcançar um estado de saúde física e mental?
ResponderExcluir8. Condicionar crianças a acreditar em uma vida inteira de repressão química e cirúrgica de "mudança de sexo" como algo normal e saudável é abuso de crianças. Endossar a discordância de gênero como normal através da educação pública e políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças para as “clínicas de gênero”, onde serão dados medicamentos bloqueadores de puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que elas vão “escolher” uma vida tomando hormônios e outras formas tóxicas cancerígenas, e que provavelmente considerem a mutilação cirúrgica de suas partes do corpo saudáveis como adultos jovens.
Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Faculdade Americana de Pediatria
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente do Conselho Americano de Pediatria
Endocrinologista Pediatra
Paul McHugh, M.D.
Professor da Universidade de Serviços Distintos de Psiquiatria na Universidade Johns Hopkins Medical School e ex-psiquiatra-chefe da Johns Hopkins Hospital
Forçar crianças a seguir papéis de gênero pode ser realmente prejudicial a sua saúde
ResponderExcluirCriar os filhos em sociedades que aderem aos rígidos papéis de gênero, com idéias fixas sobre o que deve ser considerado “masculino” e “feminino”, pode realmente ser prejudicial para a sua saúde física e mental, de acordo com um estudo que observou crianças de 14 anos interagindo ao longo de um período de três meses.
“Normalmente, pensamos em gênero como natural e biológico, mas não é … Na verdade, nós o construímos de maneiras que têm riscos problemáticos para a saúde e em grande parte não são reconhecidos”, afirma Maria do Mar Pereira, a vice-diretora e pesquisadora-chefe do centro de Warwick para o Estudo da Mulher e Gênero, em uma entrevista ao ThinkProgress.
Pereira tirou suas conclusões depois de ser incorporada em uma classe de adolescentes em Lisboa, Portugal. As crianças no estudo sabiam que estavam sendo observadas por ela - que participou em todos os aspectos de suas vidas diárias, incluindo aulas, almoços no refeitório, jogos no playground, e acompanhando-as em passeios no shopping depois da escola — mas eles não sabiam o foco de sua pesquisa. Além de suas entrevistas individuais com cada adolescente, suas observações lhe permitiram acompanhar as maneiras que os jovens interagiram com as suas ideias sobre masculinidade e feminilidade.
Pereira observou meninos e meninas regulando seu comportamento em maneiras potencialmente prejudiciais, a fim de aderir às normas de gênero. Por exemplo, as meninas que gostavam de esportes muitas vezes evitavam atividades físicas na escola, pois elas assumiram que não seria uma coisa feminina, elas temiam que poderiam parecer pouco atraentes durante a execução, ou elas foram ridicularizadas pelos seus pares do sexo masculino por não serem boas o suficiente. As meninas também fazem dietas porque acreditam que as mulheres desejáveis tinham que ser magras.
“Todas as meninas estavam dentro do peso, muito saudáveis, mas todas elas foram restringindo a sua ingestão de alimentos, de alguma forma. Então, o que nós realmente estamos falando aqui é de meninas de 14 anos de idade, cujos corpos estão mudando e se desenvolvendo, privando-se em cada refeição”, disse Pereira. “Em casos extremos, pode levar a coisas como transtornos alimentares. Mas, mesmo para as mulheres que não chegam ao extremo, isso pode ser muito prejudicial para elas.”
Enquanto isso, todos os participantes do sexo masculino no estudo foram confrontados com uma intensa pressão para demonstrar a extensão de sua virilidade, o que levou ao que Pereira chama de "pequena violência cotidiana”: tapas e bater uns nos outros, assim como causar dor nos genitais de outros meninos. Eles foram incentivados a lutar fisicamente uns com os outros se eles fossem ridicularizados ou ofendidos. Eles sentiram que tinham que beber quantidades excessivas de álcool, porque isso é o que um homem faria. E eles estavam sob certas tensões de saúde mental, também; lutando com ansiedade de se provar e reprimir seus sentimentos, tudo ao mesmo tempo sem um forte sistema de apoio emocional.
Em última análise, o estudo concluiu que “este esforço constante para gerir a vida cotidiana de acordo com as normas de gênero produz significativa ansiedade, insegurança, estresse e baixa auto-estima, tanto para meninos e meninas, e tanto para as pessoas "populares” e para aqueles que têm estatuto inferior na escola. As descobertas acabaram formando a base de um livro, Gênero no Playground, sobre negociar os papéis de gênero nas escolas.
Mas não tem que ser dessa maneira. Os adolescentes que participaram do estudo de Lisboa — incluindo as crianças que intimidavam os outros e as crianças que foram vítimas de bullying — não estavam felizes com os papéis de gênero que lhes era esperado seguir. Em suas entrevistas individuais, todos eles disseram que na verdade não gostavam de prestar tanta atenção para comportamentos idealmente “femininos” e “masculinos”, e que apenas supunham que é o que eles deveriam fazer. Quando Pereira concluiu sua pesquisa e realizou uma reunião do grupo para explicar os resultados para as crianças, elas ficaram surpresas ao saber que todos se sentiam do mesmo jeito sobre isso.
ResponderExcluir“Foi uma experiência reveladora para eles estar naquela sala e perceber que eles estavam todos performando e que ninguém estava feliz com isso”, ela contou. Lentamente, as coisas começaram a mudar. Pereira reconhece que não é como se “de repente chegou-se no paraíso”, mas ela notou que as crianças pararam de zombar seus pares por saírem fora dos limites do comportamento tradicional de gênero. Meninas e meninos começaram a se tornar mais integrados nas atividades atléticas. Houve menos combates físico. E alguns dos pais das crianças, começaram a chamar Pereira para lhe dizer sobre mudanças positivas no comportamento de seus filhos.
Embora as observações de Pereira tenham ocorrido em uma escola de Lisboa, ela acredita que seus resultados têm grandes implicações para as nações ocidentais que estão sujeitas às mensagens culturais semelhantes sobre o gênero. De fato, pesquisas anteriores nas escolas britânicas e americanas chegaram a muitas das mesmas conclusões que seu estudo.
Sociólogos concordam que as crianças “aprendem gênero” por serem submetidas às expectativas da sociedade, apesar de que pressionar crianças para se conformarem com esses papéis rígidos pode acabar por ter graves consequências para a saúde mental, principalmente nas crianças cujos pais tentam corrigir seu comportamento. Há inúmeros exemplos de escolas se tornarem ambientes onde os estereótipos de gênero são estritamente policiados e as crianças são até mesmo enviadas para casa por usar o tipo “errado” de roupa.
As conclusões de Lisboa também poderiam dar esperança às pessoas sobre a possibilidade de criar um tipo diferente de abordagem a estas questões. É importante lembrar que os adolescentes ainda estão a moldar as suas atitudes sobre o que significa ser um homem ou uma mulher.
“Às vezes os adultos pensam que é impossível mudar as normas de gênero, porque elas já estão tão profundamente enraizadas. Mas elas são muito mais enraizadas em adultos do que em jovens”, Pereira apontou. “Na verdade, é bastante fácil de alcançar os jovens e se criar oportunidades para a discussão, se você levá-los a pensar sobre suas próprias experiências.”
http://thinkprogress.org/health/2014/08/07/3468380/gender-roles-health-risks/
Disponibilizo o site do meu blog onde traduzo textos feministas radicais para quem quiser realmente saber sobre feminismo radical e tirar dúvidas.
ResponderExcluirhttps://radbr.tumblr.com/
O ruim disso tudo é que as pessoas são desinformadas, não leem, vivem de suposições, negam a realidade e pretendem continuar com seus achismos sobre o que é o feminismo radical ou ignorar as diversas opressões que as mulheres sofrem por SEREM MULHERES. Sim! Porque mulheres trans não precisam de direito ao aborto porque BIOLOGICAMENTE mulheres trans (machos) não engravidam. Mulheres trans não tem que fazer um aborto forçado quando o namorado diz que pra "tirar o bebê". Meninas trans não são forçadas a se casar com homens velhos como em muitos países do Oriente. Mulheres trans tiveram uma socialização masculina durante parte da vida por causa de sua biologia e isso não muda magicamente por se identificarem com uma fantasia do que acham "ser mulher".
Por muito tempo, eu acreditei muito na teoria queer, mas chegou a um ponto em que vi que isso tudo é só uma narrativa que mascara as realidades materiais para fingir que a opressão não existe e esconder as origens dela.
Precisamos discutir a masculinidade, gente!
ResponderExcluir"If, for once, you are honest with yourself, the truth you will finally have to confront is that the social world of men – the country of men, if you will – is the problem. That is what must change. Not the country of women – not our language, not our self-definitions, not our boundaries, not our movement for liberation. We can welcome refugees without submitting to colonizers – they are easy to distinguish, if you judge from behavior, rather than self-labeling. However, only when the country of men is safe for “feminine” males will the painful process of defection become unnecessary. And the country of men will only become safe for “feminine” males when men stop expecting women to bend over backwards to solve the problem for them, embrace *all* their brothers, and take on the work of standing up to the gender bullies.
When so-called Leftist/liberal men can embrace transwomen as their fellow males with the same conviction with which they now denounce women who won’t call penis female, we will have made progress."
http://genderapostates.com/colonizers-vs-defectors-or-before-you-call-us-phobic-check-your-own-fear-and-disgust/
É revelador que haja tão pouco debate público sobre o que faz de você um “homem de verdade”
ResponderExcluirEm nossos tempos revolucionários de gênero, as pessoas ainda parecem achar mais fácil aceitar a existência de um “pênis feminino” do que aceitar que meninos gostam de princesas e rosa.
Por SARAH DITUM
Tradução: Patrícia Gomes
Eu nunca tentei ser um homem, mas a escritora Noran Vincent tentou, em um experimento durante um ano para o seu livro Self Made Man (homem que construiu a si próprio) e descobriu duas coisas. Primeiro que as pessoas estavam incrivelmente mais inclinadas a aceitá-las como um homem com base no seu pouco busto, nas roupas masculinas, topete e barba falsa por fazer. Em segundo lugar que, enquanto era fácil ser classificado como um homem, viver nessa classe significava estar sujeita a constante escrutínio: “Alguém está sempre avaliando sua masculinidade […], todo mundo está sempre procurando sua fraqueza, seu ponto fraco". No fim, Vincent acabou sofrendo o que ela chama de “colapso”, atribuindo-o a pressão de seu restritivo alter ego.
A melhor maneira de pensar sobre o gênero é como sendo uma espécie de inferno. Os homens ocupam o centro de um espectro, com vários graus de “não-é-homem” expandindo-se para fora em círculos concêntricos, e em todas as regiões há demônios se coçando, prontos para botar de volta na linha os desalojados ou lançar os insubordinados na escuridão vazia fora do espectro.
Um homem que cai fora da roda da masculinidade, apenas se afasta, se distancia.
Uma mulher que falha a feminilidade, como Glosswitch descreve, falhou em ambas as lógicas do submundo do gênero: antes de tudo, em ser macho e depois em ser mulher, uma condição que já é baixa o suficientemente por conta própria, antes mesmo de você ser banida para as periferias do inferno.
Nas últimas semanas, os comentários de Jenni Murray, apresentadora de Woman’s Hour (“seja trans, tenha orgulho - mas não se considere uma “mulher de verdade ”) e a romancista Chimamanda Ngozi Adichie (“mulheres transexuais são mulheres transexuais ”) tem conduzido debates sobre o que é realmente uma “mulher de verdade”.
O que não é discutido é o que é um “homem de verdade” e por que determinadas pessoas do sexo masculino podem não satisfazer os critérios.
Isso é frustrantemente óbvio quando se percebe, e ainda assim passa despercebido, porque é assim que o gênero funciona: um homem é a coisa que nunca tem que perguntar o que é, porque tudo na penumbra emasculada é definido com Referência a ele.
Para um exemplo extraordinariamente grosseiro disto, veja a coluna Mirror de Saira Khan respondendo a Murray. Khan tem uma amiga transexual, ela escreve, que “agora encontrou amor com um homem incrível que quer se casar com ela e não se importa com seu passado. E se ele a aceita como uma mulher de verdade, de onde Jenni, a Dama saiu pensando que pode dizer que ela não é uma?”
É um apelo à autoridade do pênis que tem o efeito curioso de definir uma “mulher” como “O que quer que um homem queira transar”.
Ele é o sujeito, ela é o objeto. E de acordo com este argumento, um macho suficientemente objetificado torna-se, por definição, “ela”.
Um homem pode falhar a masculinidade e pode cair posições na classificação de ser homem de muitas maneiras.
Os gregos antigos pensavam que um pênis pequeno implicava diretamente na desejável qualidade masculina de ser contido, moderado, daí os adoráveis mindinhos em suas estátuas desses homens idealizados (a sequela do estereótipo dos bem dotados animalescos está vivo e passa bem na pornografia racista moderna na aba “big black cock”).
O anti-semitismo do século XX retratou os homens judeus como perigosos precisamente porque eles eram supostamente não-homens: a difamação do sangue está ligada à crença de que os homens judeus eram tão feminilizados que menstruavam e precisavam repor sua circulação sanguínea. Byron e outros críticos da classe alta, demitiram Keats por ele ser um “cockney”, uma palavra que implica a baixa reprodução e afeminado.
As regras de ser um homem são arbitrárias, debatidas e interligadas entre si com classe. E os homens as defendem, mesmo quando as regras são usadas contra eles.
ResponderExcluirSer escarnecido sobre sua masculinidade não fez Keats simpatizar com as mulheres: em uma carta de 1817, ele se descreveu como sendo “aborrecido e provocado por um grupo de Diabos, que detesto tanto que quase anseio faminto por uma promoção á Torturador”. Esses “diabos” eram mulheres escritoras. A vida no meio do inferno é bem apertada e abafada, com pouco espaço para se mover; Mas, no entanto, é melhor ser O CARA masculino do que quaquer outra coisa. Satanás pode ser o mais condenado, mas ele ainda está no comando.
A masculinidade é rígida e impenetrável, exilando obsessivamente seus elementos impuros. Os críticos de Murray e Adichie as acusaram de “essencialismo biológico” e tentativa de “restringir a feminilidade”. Não há acusação recíproca contra os homens por excluírem violentamente os homens-femininos da masculinidade, porque a masculinidade supostamente é para ser exclusiva, enquanto a feminilidade deveria ser (nas palavras memoráveis em Os argonautas de Maggie Nelson) “como a bolha que comeu Detroit” - capaz de acomodar qualquer coisa que a masculinidade rejeite. Em nossos tempos revolucionários de gênero, as pessoas ainda parecem achar mais fácil aceitar a existência de um “pénis feminino” do que de meninos que gostam de princesas e rosa.
Se compreendêssemos que um “homem de verdade” pode ser qualquer homem humano, e que a masculinidade humana abrange toda uma gama de personalidades, aptidões e preferências - se pudéssemos fazer isso, então os homens estariam livres de seu estreito espectro circular infernal de gênero. Mas se isso acontecesse, o inferno do gênero desmoronaria completamente, e os homens perderiam sua posição de dominação. A exigência de que a feminilidade seja ilimitada é realmente uma exigência para que a autoridade masculina não seja questionada. Então pergunte não o que é uma mulher, mas o que é um homem? Quem decide? E por que é tão importante que o “não-homem” seja empurrado para outro lugar.
http://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/03/its-revealing-there-so-little-public-debate-over-what-makes-you-real-man
https://femeahumana.tumblr.com/post/159525955321/%C3%A9-revelador-que-haja-t%C3%A3o-pouco-debate-p%C3%BAblico
Você que é extremamente cínico, além de burro e incapaz de interpretar uma frase corretamente.
ResponderExcluirO melhor deste Post foram os comentários, especialmente aqueles que aprofundam os temas abordados e vão à raiz deles, à raiz dos seus conceitos e, mais importante, investigam como esses conceitos se efetivam na prática - como pensar de um jeito ou de outro jeito resulta em um ser e agir diferente, e como cada modo de viver e de agir afeta, na prática, a nossa realidade e as nossas vidas, levando-as mais longe, a um fortalecimento real, à liberdade ou, ao contrário, a um assujeitamento camuflado - que, na prática, fortalece modos opressores de regular a vida e mantém a servidão.
ResponderExcluirAponto os seguintes comentários como leitura importante, informativa e esclarecedora:
-> 30/5 - 8:04 – 8:08 – 8:32 – 8:40 – 8:48 – 8:54 – 9:36 – 10:28
-> 31/5 – 4:05 – 4:08 – 13:26 – 14:10 – 14:14
Recomendo a leitura deles e das sugestões de leituras e vídeos contidos neles e, a partir daí continuar, navegar no mar de hiperlinks sem medo de deixar o mar te navegar. Destaco também o modo como eles foram escritos como parte de seu valor fortalecedor: neles não há traço de ressentimento, jocosidade (kkk), sarcasmo, cinismo ou afetos enfraquecedores disfarçados - e saúde afetiva é essencial para o entendimento dos temas abordados, profundamente humanos, assim como é essencial para o auto-conhecimento e produção de conceitos e para o nosso grau de permeabilidade em relação a eles - e, principalmente, saúde afetiva é essencial para a vivência, para decidirmos como viver nossas vidas, individualmente e como parte de uma engrenagem social em que afetamos e somos afetados o tempo todo - somos mais fortes do que pensamos, nós é que construímos nossa realidade.
Como uma pessoa que não conhecia essas diferenças de conceitos e modos de viver entre feminismo de raiz, feminismo liberal, transativismo, teoria queer, etc - essa viagem de pensamento e ação até culminar aqui, neste comentário, foi muitíssimo interessante, enriquecedora do meu conhecimento e potencializadora para minha existência no mundo.
Passei a enxergar uma realidade maior do que a que eu enxergava antes e me instrumentalizei um pouco melhor para lidar com a vida. Cito a seguir alguns exemplos de ampliação de realidade e capacidade de pensar e existir que aconteceram com essa jornada:
(continua no próximo post)
(continuação)
ResponderExcluirPassei a enxergar uma realidade maior do que a que eu enxergava antes e me instrumentalizei um pouco melhor para lidar com a vida. Cito a seguir alguns exemplos de ampliação de realidade e capacidade de pensar e existir que aconteceram com essa jornada:
-> auto-conhecimento é uma viajem que nunca termina. Mesmo pessoas que olham para si e vêem coisas boas, tem de duvidar de si e continuar olhando - aliás, ver "coisas boas em si" pode ser mesmo uma reação de proteção que as coisas ruins em nós montaram e disfarçaram muito bem - sorry, é assim que a coisa humana funciona. E por "coisas ruins" não me refiro a preconceitos, não - refiro-me ao alicerce dos preconceitos, àquilo que é necessário para formá-los: afetos, ressentimentos, narcisismo, medos, raivas, nojos, antipatias - e àquilo que é preciso para disfarçar tudo isso: nossa racionalidade. Um maneira objetiva e rápida de fazer um "auto-exame" dos afetos é perguntar-se, sinceramente estas perguntas:
- "eu me acho melhor que os outros?"
- "meu modo de pensar e de ser me leva a me sentir superior de alguma maneira?"
- "a minha adesão a esta forma de pensar ou ser me faz sentir moralmente ou eticamente superior?"
- "a minha adesão a certa corrente dá a mim tal sensação de fortalecimento do que é fraco em mim, que desistir dessa adesão soa tão ameaçador a ponto de poder me destruir?"
- "estas perguntas me incomodam?"
- consigo enfrentar o incômodo, responder às perguntas e criar minhas próprias perguntas desafiadoras para mim mesm@, sem condescendência, sem fingir, sem me auto-enganar?"
- Suas perguntas próprias: -
-> No Post há um exemplo de afeto do tipo investigado nas questõe acima, no trecho que descreve as teorias do feminismo raiz e queer do ponto de vista de positivismo e pós-modernismo. Há uma hierarquização das teorias, um pouco disfarçada - releiam e tentem identificar quem foi posto acima e quem foi posto abaixo, quem parece "melhor".
(continua)
(continuação)
ResponderExcluir-> Pessoas incomodadas e profundamente incomodadas com o sofrimento e os limites que os papéis de gênero lhes impõem: Cuidado para não se tornar um Irã de si mesm@s! No Irã, os homens ou as mulheres que destoarem, em suas preferências sexuais, preferências por atividades, modos de falar ou de andar, etc dos papéis de gênero masculino e feminino - são mandados para a cirurgia de redesignação sexual - ou adequação sexual, como o governo do Irã está preferindo chamar, já que esse nome se adequa mais mesmo é à vontade dele: preservar os papéis de gênero, pois isso é poder para ele, poder para controlar mulheres e homens e manter a base de afetos enfraquecidos e manipuláveis intacta, preservando assim a capacidade de exercer esse poder. Não importa que o preço a pagar sejam os corpos, a felicidade e a vida das pessoas, o poder não se importa com isso - quem paga a conta do poder somos sempre nós. E qualquer tipo de poder faz isso: o Estado, o capitalismo, o patriarcado e qualquer semente de narcisismo que cultivemos dentro de nós, mesmo disfarçadas com nossas racionalizações. Acredito que há realmente pessoas, sinceramente e profundamente em desacordo com seus corpos - isso existe sim - e é algo muito além de disforia de gênero, pois gênero é uma construção social, performática e externa - é uma disforia de sexo mesmo, e deve ser tratada no corpo, pois a mente não vai se adequar ao corpo, e é questão de vida ou morte para as pessoas que passam por isso. Mas é muito preocupante a situação de pessoas que podem estar sendo levadas a tratamentos drásticos e irreversíveis por inadequação ao gênero imposto, que é uma coisa externa, não interna, não profunda, não de ligação indelével entre corpo e ser, mas uma limitação imposta de fora, que traz muitos sofrimentos e limitações a tod@s nós, sem dúvida, mas cujo "tratamento" não está em alterações profundas nos corpos de quem sofre, mas na atuação de tod@s nós na mudança cultural da sociedade, nas micro e profundas mudanças em cada um de nós para que paremos de ser instrumentos opressivos e na eliminação do machismo, do gênero, da misoginia e da homofobia. Nós devemos investir nessas mudanças com a mesma força, perseverança e destemor com que investiríamos em uma mudança radical e irreversível em nossos corpos.
-> Percebi, pelos depoimentos americanos que vi no youtube, que o apoio psicológico disponível para as pessoas profundamente incomodadas com os papéis de gênero ou com seu sexo é raso e superficial nos EEUU - pelo menos assim me pareceu até agora - e isso é muito perigoso para as pessoas - quem se deu conta de que o incômodo era externo e não interno, mas passou por tudo e então reverteu o processo, ficou com sequelas irreversíveis. Aqui no Brasil, pelo que vi de depoimentos no youtube e na TV, me parece que o auxílio psicológico público e obrigatório é mais aprofundado, mais demorado e leva as pessoas a se questionar mais profundamente sobre o que realmente sentem e experienciam. É o que me parece e, se é isso mesmo, então deveríamos expor e exportar o nosso modelo para o mundo. Muito preocupante mesmo é a situação das crianças.
(continua)
(continuação)
ResponderExcluir-> Assisti a todos ou quase todos os episódios do programa Liberdade de Gênero que passou no canal GNT, programa excelente, aliás. Mostra todo tipo de transições, de existências e de composições entre as pessoas. Passei um tempo relembrando os episódios, à luz desse novo aprendizado resultante dessa jornada post/comments - penso que algumas pessoas mostradas lá são mesmo transsexuais e tinham mesmo que mudar para o outro sexo, era uma questão de inadequação total e completa, não só de papel de gênero, mas uma questão de continuar ou não na existência. Mas, em outros casos, fiquei em dúvida, se não se tratou de uma questão de adequação aos papéis sexuais determinados e fixados pela nossa sociedade patriarcal, capitalista e suportada por afetos enfraquecedores. Será que essas pessoas poderiam viver como queriam, sendo mais efeminadas ou masculinizadas no seu jeito de ser, nas suas roupas, tendo acesso a profissões ou atividades pré-determinadas como masculinas ou femininas, externando suas preferências sexuais, etc, sem precisarem afirmar que não são homens ou mulheres, sem precisar trocar de nomes ou pronomes, de documentos, sem precisar tomar hormônios ou modificar o corpo? E será que conseguiriam tudo isso sem a nossa ajuda? Será que podemos condenar o caminho que elas tomaram, se nós não estávamos lá para proteger o menino efeminado ou a menina caminhoneira quando el@s precisaram da nossa ajuda, da nossa defesa em massa contra homens e mulheres machistas, misóginos e homofóbicos que os hostilizaram, violentaram e os fizeram sentir-se inadequados na própria pele, quando o inadequado era tudo isso que é externo, brutal e opressor? Onde nós estávamos?
-> Penso que é aí, na mobilização efetiva, de pensamento e de prática, de alta qualidade afetiva e da alta quantidade mesmo, que todas as iniciativas anti-machismo e anti-opressões em geral têm de se encontrar. Mas para que isso aconteça cada pessoa tem de olhar para dentro de si mesma com coragem, enfrentando seu próprio medo de olhar para si e não gostar do que vir, sem culpabilização, sem vergonha de admitir que errou, que via menos antes do que vê agora, com verdadeira e firme capacidade de mudar de pensamento, sem medo de mostrar isso publicamente, com a confiança de que todos ao redor estão investindo no mesmo processo e não vão ceder aos impulsos de afetos enfraquecedores e atacar, com sarcasmo, com narcisismo ou com violência descontrolada mesmo. Auto-conhecimento, humildade, silêncio, estudo, leitura, troca de experiências, compaixão, longos períodos de solidão para pensar, saúde mental e saúde afetiva são as verdadeiras bases para uma sociedade realmente livre e para lutar por ela de maneira realmente eficiente.
(continua)
(continuação)
ResponderExcluir-> Temos de também saber identificar onde isso não é possível, onde o narcisismo, o machismo, o sadismo, a misoginia, a homofobia estão tão consolidados numa estrutura humana, que ela já é completamente formada por isso, e não pode mais se tornar outra coisa - por exemplo, os homens claramente héteros, mas que têm trejeitos afeminados, se vestem e se maquiam como o gênero feminino determinado pelo machismo, e não conseguem despertar o interesse de mulheres hétero por eles. Então tentam se enfiar (literalmente, by the way) no meio das mulheres lésbicas, criando mil discursos distorcidos, chantagens emocionais e sociais para "serem aceitas" como mulheres - na verdade, como parceiros sexuais das mulheres lésbicas. E para alcançar esse real objetivo até inventaram termos agressivos e pejorativos como "cotton ceiling" e "terf" - é o mesmo mecanismo que está por trás de inventar termos como "petralha" e "esquerdopata". Esses machismos disfarçados têm de ser identificados como tal, expostos e retirados com firmeza de dentro dos feminismos. E para que isso aconteça voltamos ao: conhecimento, auto-conhecimento, saúde mental e saúde afetiva, etc, nossas verdadeiras bases de luta, o alicerce dos outros alicerces. Pensemos em uma mudança no modo de atuação do feminismo - menos discursivo e mais ativo, menos racionalizante e mais afetivo, mais afetador, mais capaz de ultrapassar as obstáculos da racionalidade e chegar lá onde realmente as coisas definem e decidem, onde acontece a mudança real, onde as coisas são criadas.
Foi atá aqui que cheguei até o momento.
(the end)
É com certeza um sintoma da psicopatia dos machos querer fazer sexo com uma mulher que não gosta de machos, e o fato de você se sentir confortável ficando com alguém que tem fisicamente nojo de você e dos seus genitais é a prova de que você é um estuprador/defensor de estuprador/apologista de estupro e você e todos que são iguais a você deveriam ser lançados para o espaço.
ResponderExcluirAinda bem que o feminismo radical, embora barulhento na internet, não tem influência no mundo real. Só uma das muitas coisas que rads têm em comum com mascus.
ResponderExcluirVocê quem pensa que não tem. O feminismo radical é do mundo real, nasceu na realidade, é o feminismo de raiz, que trata da fonte dos problemas das mulheres e só tem crescido mais na internet ultimamente porque a internet está crescendo e ela é uma facilitadora de acessos e encurtadora de distâncias. Transativismo nem mesmo é feminismo, é o total contrário do feminismo, é parte de uma reação misógina e anti-feminista, exatamente como os mascus, o transativismo não tem uma história de feminismo, forçar o transativismo para dentro do feminismo é a forma mais recente de uma velha estratégia de invasão masculina e apropriação, seu verme desprezível de internet.
ResponderExcluirForça mais que sai um carlota miranda.
Você tem toda razão. O feminismo que está sendo chamado de radical ou de raiz é o feminismo do mundo real, da vida como ela é. O feminismo chamado de raiz ou radical nada mais é que: o feminismo. O lugar de pensamento, contando com as mais potentes e mais lúcidas pensadoras - e o lugar da ação, onde esse pensamento, que já é uma praxis em si, encontra o agir, também potente, pois acontece diretamente na vida.
ExcluirTransativismo não é feminismo, e é sintomático e digno de investigação do pensamento o porquê desse movimento querer tanto, exigir tanto ser considerado como parte do feminismo, impor sua presença no feminismo. Recomendo este vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=F5JXFKx-N2w) que mostra uma conversa esclarecedora entre um masculinista e um transativista - e seus métodos violentos, autoritários, perversos, machistas e... iguais de calar o feminismo, o pensamento e o agir.
E olha que coisa interessante: no caso do Brasil, a vida como ela é - é vivida por 200 milhões pessoas que, em sua maioria, são influenciadas pelo conservadorismo e até pela superstição. Pois bem, essa barreira de ignorância que impede essas pessoas de aproximar-se do feminismo e de maneiras fortalecedoras de viver também as blinda contra esse ativismo hipster pós-moderno, esse unicorniozinho de Tróia louco para ser "incluído". Acontece que, como o feminismo real tem os pés plantados na realidade, se falar à esses 200 milhões, vai se fazer entender. O conservadorismo popular não é a barreira, pois o povo sabe o que é estar na própria pele. Sabe na prática, mesmo sem saber na teoria, que os sofrimentos sociais, os sofrimentos das crianças, das mulheres, do capitalismo e até o sofrimento dos homens tem uma só origem: o machismo. O encontro dessa praxis existencial do povo com um pensamento forte e livre, que não é só teoria, mas vida, trará resultados realmente revolucionários - e rápidos. A verdadeira barreira são as pseudo-liberdades, essas atacam os movimentos de liberdade verdadeira e visam apropriar-se deles para enfraquecê-los e disfarçá-los em seus unicorniozinhos de Tróia, que dentro de si só trazem mais maneiras de sujeição sorridente.
Cada pessoa que já recebeu esse diagnóstico, que já transicionou, sabe disso. Todos nós lembramos de preencher formulários que diziam “Quando você era criança, você gostava de barbies ou caminhões? Você gostava de moda ou esportes? Você gostava de rosa e roxo ou de azul e verde?” e outras incontáveis perguntas horrivelmente machistas, sexistas.
ResponderExcluirTodos nós lembramos de se assumir e ver os membros da família lembrando de algo que a gente fazia quando era uma criança em não conformidade com o gênero como isso “provasse” que a gente era trans.
Todos nós lembramos que esperavam que a gente mudasse a aparência, jeito de falar e agir logo depois de se assumir, como se estivéssemos nos submetendo a uma transformação de estilo e comportamento.
Nós lembramos do sexismo. Nós sabemos que está lá. Mas nós não dizemos nada porque é o sexismo que nos traz aceitação, validação, hormônios, etc.
Diagnósticos de transexualidade e transgeneridade não essencialmente machistas, sexistas. Se queremos lutar contra o machismo, o sexismo, temos que lutar contra o conceito de ser trans.
Não levo a sério nenhum movimento em que homens tentam explicar às mulheres o que é ser mulher e como as manifestações cosméticas são mais relevantes que a opressão de gênero exercida sobre metade da humanidade.
ResponderExcluirTransativismo é o feminismo travesti, parece mas não é. Foi a forma que homens encontraram de destruir o feminismo por dentro.
Eu vim parar aqui em pleno 2020 por causa do post da J.K que tá dando o que falar no tt. E pqp agora sim to mais perdida que antes, pq é muito mais complexo do que eu imaginava. Existe algum grupo de estudos sobre isso??
ResponderExcluiroie, vim na mesma onda e é muito mais complexo, né?
ResponderExcluirnão sei você, mas o que me gatilhou foi ver a quantidade de homens xingando a mulher de formas absurdas e misóginas por ela constatar uma realidade sobre a própria vivência dela, como alguém que nasceu mulher biologicamente.
virei noites lendo sobre e me senti um pouco desesperada quando descobri meus ideais alinhados com feministas radicais do que com liberais - porque isso significa me colocar à uma posição que pode ser solitária e rejeitada de novo (dentro do espectro que posso falar, claro, de mulher branca).
tinha tido esses pensamentos antes, mas me condenava sobre pensar e não falava. a sensação que me causava (e causa) era justamente de machucar ou marginalizar alguém. mas o que me parece é o contrário - na verdade, o de sempre. mulheres sendo silenciadas em suas próprias vivências em favor de outros. que mesmo que tenham tido suas lutas internas, como nós tivemos, ainda tiveram o privilégio de nascer em um corpo masculino em uma sociedade que nos castiga por nascer em um corpo feminino.
o que me dói e revolta em perceber essa realidade é o quanto mulheres continuam sendo odiadas quando falam suas opiniões e são constantemente exigidas posicionamentos que atendam expectativas. não aprenderam em nada com o machismo até aqui, o justificam e se utilizam do mesmo quando acham que é benéfico pra si. pra por medo mesmo, pra acuar a gente. é difícil entender que temos dores e que elas não são facilmente apagadas só porque decidem se apropriar de algo que nos identifica e nos persegue desde que nascemos?
minha esperança é de que um dia exista o diálogo, de que exista o respeito a dor que ser mulher biológica carrega, reconhecendo os próprios privilégios de nascer homem. não é o que todos estamos tentando fazer cada vez mais? reconhecer o lugar do outro? porque nesse quesito é tão difícil? mulheres ainda são um grupo oprimido e estão falando - se temos algo a dizer, escutem, não só exijam. digo isso como alguém que, até aqui, ouviu - e que continua tentando, na realidade.
se tomarem nossos lugares na nossa própria luta, pra onde nós iremos? o que acontece com a mulher se seu lugar é tão facilmente apropriado? o futuro nesse caminho não pode ser bom. +
+ infelizmente, sinto o medo de ser taxada por terf e de digna de morrer, só porque contesto, porque ressalto a minha existência e de muitas outras mulheres desde a sua essência, desde o seu nascimento.
ResponderExcluirde leituras, mana, te recomendo o qg feminista e o feminismo com classe. tem um chamado "terf is a hate speech and we have to condemn it" de uma autora que fala de uma visao bem significativa de mulheres lesbicas. e a opinião de uma trans sobre a jk rowling: https://medium.com/@itisnot1984/j-k-rowling-n%C3%A3o-%C3%A9-transf%C3%B3bica-voc%C3%AA-s%C3%B3-%C3%A9-sens%C3%ADvel-opini%C3%A3o-de-uma-mulher-trans-bebba81f7c97
pesquisei no twitter o termo terf e achei conta de mulheres que compartilham esses pensamentos - procurei por pretas especificamente, pra garantir de que não se tratasse de uma fala que viesse somente de mulheres brancas em lugares mais privilegiados, como o meu.
tenho tentado falar com amigas sobre, enviando os artigos - acaba sendo a melhor forma de fazer entender a visão em um momento que eu mesma estou entendendo. e falei com amigo gays tambem pra deixar avisado que tava compactuando com discurso mais radical - quis deixar avisado como forma de "alinhar expectativas" porque sabia que isso poderia significar eles "chateados". importante demais esses comentários, aliás, entendi melhor que minha necessidade foi mais um reflexo da nossa opressão. ouvi do meu amigo que eu não podia julgar a mulher trans pelo momento em que foi homem, que o passado se tornava passado, porque ele não escolheu nascer assim. que luxo seria pra gente, hein?
ando lendo ainda por parte de transfeministas e até concordo, mas o discurso das radfem tem sido infinitamente mais convincentes pra mim - especialmente porque é perceptível que estão mais tentando apagar nossa vivência se apropriando de algo que nos violentou sempre do que se abrir a escutar. não estão conseguindo com o consentimento até agora, porque não houve conversa pelo que entendi, mas estão conseguindo com o discurso de ódio - que pode acabar matando mais mulheres por serem mulheres e por defenderem sua causa e vida. enfim.
Muito feliz de encontrar esse post e ler os comentários maravilhosos das gurias aqui. Eu abandonei o feminismo depois que a aderência à teoria queer se tornou evidente, mas não sabia que ainda existia uma vertente sã no movimento. Radfem é o único feminismo que deveria existir.
ResponderExcluirGenerismo é conservadorismo travestido de progressismo. Conservadores e queers / trans são aliados em crer que usar vestido e maquiagem te fazem mulher, que "ser mulher" é sinônimo do que os homens convencionam como "feminilidade", que eles impõem às mulheres (fêmeas humanas) desde que elas são bebês - ou seja meninas, crianças do sexo feminino - e até antes do nascimento, quando é comprado tudo rosa e "feminino", ao constatarem o sexo da bebê no ultrassom
ResponderExcluirTenho ouvido tanta gente repetir "feminismo radical é o feminismo transfóbico", "se é transfóbico não é feminismo", "radfem não representa o feminismo", etc... Sério, de onde essas pessoas tiraram que feminismo algum dia envolveu acolher pessoas do sexo masculino?
ResponderExcluirDo modo como falam até parece que o feminismo sempre incluiu "mulheres trans" e que de repente o feminismo radical malvadão chegou tentando mudar isso. Que estupidez! Qualquer estudo básico sobre o feminismo deixa claro que sempre se baseou justamente na noção de que é o sexo que determina a dominação e exploração das mulheres, ao mesmo tempo em que questionou e combateu os padrões de gênero impostos a mulheres. De onde tiraram que foi o radfem que criou isso? O feminismo radical simplesmente seguiu nessa mesma lógica, sem se desviar dos seus princípios. O transativismo é que chegou atualmente com conceitos pós-modernos tentando alterar o que já está definido há séculos!
Não é novidade para as feministas que o transativismo é um movimento masculino e profundamente misógino que usa um discurso mentiroso e manipulador para tentar apagar e se apropriar de tudo o que as mulheres custaram tanto para conquistar, até mesmo o próprio conceito de "mulher" e por consequência tudo o que nos diz respeito, como o movimento feminista. Mas a geração atual engole tal discurso inteirinho porque é ególatra e superficial demais pra fazer qualquer análise política mais profunda e se dar conta do óbvio. O pior é que se gabam de ter uma "mente aberta" mas são o maior exemplo de viver numa bolha de egocentrismo e alienação. Parece que o pessoal nascido nos anos 90/2000 acha que o mundo antes disso é irrelevante demais para ser estudado ou respeitado e que podem reinventar tudo conforme sentem vontade. Aí torram a paciência acusando de "fobia" todo mundo que discorda deles por ter maturidade de estudar e respeitar a história. E ainda têm a audácia de afirmar que protegem mulheres e que são os "verdadeiros feministas"... Que coisa mais incoerente e repugnante tentar converter o feminismo exatamente no seu oposto e cobrar que mulheres acolham homens, justamente seus opressores! Como não conseguem perceber o quanto isso é misógino?
Se fazem tanta questão assim de dedicar seu tempo e energia protegendo os direitos de pessoas do sexo masculino, podem se filiar a outros movimentos, ninguém tá proibindo! O transativismo e o masculinismo já existem pra isso, aliás. Só não tentem fingir que estão do lado das mulheres nem transformar o feminismo em uma causa sobre homens, porque simplesmente: não é! Nunca foi, e nunca será. No momento em que se desvia de mulheres, já deixou de ser feminismo. Compreender isso é uma questão de lógica básica, respeitar isso é uma questão de decência! Feminismo não é qualquer coisa que vocês quiserem que seja, é movimento político histórico, tem origem e legado que deve ser respeitado. O mínimo que vocês devem fazer é estudar e conhecer do que realmente se trata, antes de opinar a respeito. Aliás, recomendo fortemente que toda mulher conheça e estude porque é um conteúdo muito rico e libertador.
Eu acho interessante esses argumentos de que a "ideologia trans" existe para se infiltrar no conceito de mulher para o destruir ou de que a mulher é definida exclusivamente pelas características biológicas (diga-se sexuais, por ser o que as distingue dos homens). São argumentos que eu vejo vindo de radfems e também de conservadores ou fascistas. Claro, os objetivos são diferentes, mas é impressionante o quão similares esses lados podem ser na argumentação. Digo isso observando os argumentos que rolam na gringa e os que rolam aqui. Tem uma espécie de documentário feito por um homem que já se definiu como "fascista teocrático" que usa bem dessas ladainhas. Claro, ele se define assim como "piada", mas vocês já conhecem como esses homens operam. Chama Matt Walsh, inclusive. Um católico radical, anti-aborto e tradicionalista. Tem outras pessoas dessa área que fazem conexões diretas com radfems.
ResponderExcluirMembras de grupos feministas radicais foram frequentemente participantes dos programas midiáticos do Tucker Carlson na FOX News. Claro, esse homem é exímio propagador de ideias fascistas típicas dos Estados Unidos: mitos de que a eleição para a presidência tida em 2020 foi roubada pelos Democratas (familiar para ti?), de que a raça branca sofre um genocídio pois um "grupo nefasto" usará da miscigenação para apagar a branquitude (esse pode ser os judeus, marxistas culturais, pós-modernistas ou n coisas; dependendo do interlocutor), de que grupos ativistas negros pela justiça social são comunistas radicais planejando destruir a América e também de que pessoas LGBT estão manipulando crianças para se juntarem à sua corja. Vai buscar que tu acha. Particularmente interessante é ver as membras da WoLF (grupo radfem da gringa) indo conversar com um homem que se opôs categoricamente a todo ganho da mulher americana no tocante a direitos ou a cultura. Sério.
Ou também a participação de membras de grupos radfem ou ate mesmo certas radfems famosas (particularmente do Reino Unido) em encontros da Heritage Foundation. Esse grupo é um Think Tank americano fundado com o propósito de advogar as causas conservadoras típicas dos EUA. Foi um companheiro importante da Margaret Thatcher e do Ronald Reagan, que contavam com ele para justificar sua política fiscal neoliberal e seu ataque aos direitos da comunidade LGBT assim como sua legislação racista. Só pra lembrar, foi no governo da Thatcher a Cláusula 28 foi adotada, uma lei que proibia qualquer discussão de homossexualidade por qualquer autoridade pública no Reino Unido (isso inclui escolas). Um fato interessante: na eleição 1987, a campanha da Thatcher adotou o discurso de que o Partido Trabalhista inglês ia introduzir livros com conteúdo gay explícito nas escolas caso fosse vitorioso (te lembra de algo?). Claro, essas radfems e a Heritage Foundation estão unidas na sua cruzada contra pessoas trans, então que mal tem em se unir a um grupo que pede pelo retrocesso nos direitos da mulher americana para os anos 50?
continua...
ResponderExcluir...continuado!
Essa aliança ocorre ao contrário também: uma moça postou um comentário aqui mesmo usando texto da Faculdade Americana de Pediatras. O engraçado é que esse grupo é uma associação de ativismo conservador que frequentemente publica pautas anti-gay e anti-lésbica. De fato, ele se formou em 2002 como resposta ao apoio da Academia Americana de Pediatria (esse sim um órgão de pediatria genuíno) à adoção de crianças por casais gays. Não sei se ela é contra lésbicas adotarem, mas eu já vi de tudo nesse mundo e não ficaria surpresa.
Importante notar que a Faculdade Americana de Pediatras é contra sexo antes do casamento, contra homens e mulheres morarem nos mesmos ambientes, a favor do casamento tradicional e contra o divórcio. Importante para o debate aqui no Brasil, a Faculdade Americana de Pediatras é contra a aborto em uma menina menor-de-idade sem o consentimento dos pais. Se lembram-se do caso trágico da menina de Santa Catarina que encontrou-se grávida aos 10 anos após um estupro, pensem um pouco. No caso dessa menina, a mãe era a favor do aborto e seguiu para que ele se realizasse. E se ela não fosse a favor do aborto e nossa lei se inspirasse nas recomendações desse grupo?
Os conservadores estão perfeitamente contentes em formar alianças com radfems que se opõem a pessoas trans por isso. Elas parecem estar tão ocupadas atacando pessoas trans que acabam usando apetrechos do conservadorismo. Por isso essas radfems não são ameaças ao patriarcado, muito ocupadas lutando contra moinho de vento (olha, tem 151 comentários aqui e a maioria é de radfem antitrans). Se tornarem-se sequer uma ínfima ameaça, é fácil deixá-las de lado. Vocês são muito úteis ao patriarcado.
Moça, esperando aqui argumentos que desbanque a argumentacao radfem... o teu unico ponto é q ajuda os conservadores. E como vc msm diz, nao é o objetivo. Nao é msm... mas sim, qual é ponto? Qual é contraponto as ideias expostas aqui do feminismo radical?
ExcluirLola, vc jura? Jura mesmo? Chocada. Vcs falam como se pessoas intersexo fossem TODAS as pessoas do mundo, que o sexo designado ao nascer foi imposto kkkk como se não fosse atípico. Ah.. pelo amor de deus. Filosofia besta. Inacreditável que vcs não pensem nos outros homens que se aproveitam disso e estão lá cometendo seus crimes com mais facilidade ainda. Parabéns! Foda se as crianças? As mulheres? Foda se? Que raso, que vazio... que egoísta!
ResponderExcluirGente, estou me sentindo muito representada pelas ideias das radfems aqui. Eu nem conhecia esse termo. Nao conheço ng q pense assim pessoalmente e me sinto sozinha. Onde encontro vcs? Por favor, me indiquem perfis do insta, livros, influencers! Quero estar num grupo com vcs!
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