Uma amiga me contou essa história que aconteceu com ela não faz muito tempo, em uma cidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Ela, que pediu pra não ser identificada, trabalha na área da cultura e foi chamada para prestar consultoria para alguns empresários. Chegou um pouco antes da hora no prédio combinado, e uma funcionária da limpeza veio falar com ela. Trocaram algumas ideias.
Vieram os empresários, que nunca tinham visto minha amiga antes.
Interromperam a conversa das duas e, simpáticos, falaram pra funcionária da limpeza como eles estavam felizes com a presença dela lá para auxiliá-los, que eles já tinham ouvido falar muito no seu trabalho, e como em breve eles a levariam para almoçar em um excelente restaurante. A funcionária -- que até vestia uniforme -- ficou sem jeito ao ser confundida.
Minha amiga também, mas finalmente ela disse aos homens que era ela a pessoa que eles tinham chamado. Eles ficaram meio sem graça, mas rapidamente mudaram de assunto.
Só que sabe aquele papo de levá-la pra um ótimo restaurante? Não levaram. Nem tocaram mais no assunto.
Detalhe: a funcionária de limpeza (uniformizada, vale lembrar) era branca. Minha amiga é negra.
Mas não existe racismo no Brasil, racismo é coisa de quem fala em raça, o maior racismo é dos negros, etc etc.
what?
ResponderExcluirSe tivessem um pingo de vergonha na cara, levariam as duas ao restaurante.
ResponderExcluirNa empresa de telefonia em que eu trabalho as revendas do Higienópolis não contrata vendedores negros. Por que os clientes não gostam
ResponderExcluirNão sei como eram os uniformes delas para dizer se a confusão foi uma burrice tremenda -- com bases racistas, eu sei -- ou se foi apenas para insultar. Levando em conta que foi a primeira opção, imagino que convidaram a branca simplesmente porque gostaram dela. Agora, se não gostam de negras, eles não tinham obrigação nenhuma mesmo. Eu não teria deixado de me sentir mal se eu fosse sua amiga, óbvio, pois teria me sentido menos desejada. Ainda assim, o texto estava bom até chegar no questionamento do restaurante, pois soou como imposição, por mais chata que a situação tenha sido. Fico imaginando o que teria sido da situação se fossem duas mulheres brancas: uma típica bonita nos padrões da sociedade e uma outra, não necessariamente feia, mas de aparência muito menos "interessante". Acha que convidariam qualquer branquinha por aí?
ResponderExcluirNão se trata de ser desejável ou não. Era um ambiente profissional. O convite para almoçar pareceu-me um tentativa de aproximação, forma de alongar o encontro e permitir que compartilhassem de sua companhia. É, sim, forma de racismo. Uma mulher profissional não está numa prateleira.
ExcluirKkkkk Puta merda anon, eles não estavam convidando por terem achado a mulher bonita ou não, foi pela qualidade do serviço. Se realmente foi esse o motivo, a aparência pouco importa.
ResponderExcluirMas é sempre assim, somente os babacas preconceituosos que juram que não existe preconceito nenhum no mundo, é tudo vitimismo. Não querem perder o direito que eles acham que tem de discriminar qualquer um que não agrade a retina deformada deles.
Isso é tão, mas tão cotidiano, mas, né, nós não somos racistas!
ResponderExcluirAnon das 12:20, saia da sua caixa por alguns minutos. Minha amiga é especialista numa certa área. Ela foi convidada a ir a outra cidade para prestar consultoria a empresários naquela área. Não tem nada a ver com achar bonita ou ser desejada. Ela estava lá pra cumprir um trabalho, foi chamada pra isso. É normal quando se é convidado ou convidada para ir a uma outra cidade que o pessoal que te convidou te leve pra almoçar ou jantar. Não é uma evento romântico ou sexual, dá pra entender isso?
ResponderExcluir"Levando em conta que foi a primeira opção, imagino que convidaram a branca simplesmente porque gostaram dela. Agora, se não gostam de negras, eles não tinham obrigação nenhuma mesmo. Eu não teria deixado de me sentir mal se eu fosse sua amiga, óbvio, pois teria me sentido menos desejada."
ResponderExcluirComo alguém pode gostar ou deixar de gostar de alguém que nem conhece só por causa da cor da pele? O que isso tem a ver com desejo? Parece que este anon 12:20 está levando a situação para lado de preferência sexual e está confundindo a situação com um momento de paquera ou pegação. Que horror! Estou achando que é um mascu pois eles levam tudo para o lado sexual.
Isso é de praxe e nada novo sob o sol, infelizmente... :(
ResponderExcluirTodo dia existem situações assim. Subentendem que somos pobres, burrinhos, preguiçosos. Sofri muito com isso.
ResponderExcluirÉ preciso escancarar, ensinar a nossas crianças que há muita canalhice na sociedade.
Parabéns, Lola, o post foi bacana.
13:13 = 12:20
ResponderExcluirNão sei se o anon das 12:20 é ignorante e lesado ou se fez de ignorante e lesado para bancar o engraçadinho que ninguém acha graça.
ResponderExcluirNão tô duvidando do relato, mas então esses empresários eram super burros, a mulher com uniforme de empregada e eles achando que era uma consultora?
ResponderExcluirLi um comentário aqui que me deixou assustada:
ResponderExcluir"Na empresa de telefonia em que eu trabalho... não contrata vendedores negros porque os clientes não gostam"
:O
Gentchy!!
Gente, não to falando aqui que pessoas negras não passem por tais situações. Tem uma conhecida minha que foi tentar uma vaga numa empresa (contabilidade) e acharam que ela se candidatar à faxineira, pois era negra. Já vi coisas de racismo de cortar o coração. Mas esse relato tá estranho mesmo...Que empresários burros são esses que veem alguém vestido com aquele uniforme de empregada (imagino que aquele azul e branco, com avental) e achem que ela era consultora cultural?
ResponderExcluirAh vai, trolls, vcs acham que TODO relato contado aqui é fanfic, invenção, ilusão, fantasia... Principalmente os que envolvem estupro. Eu não tenho a menor dúvida que este relato é verdadeiro. Como eu disse, é de uma pessoa que eu conheço, uma amiga, que me contou a história recentemente. Ela nem imaginava que eu a colocaria no blog (pedi sua permissão, mandei o texto pra ela, ela só pediu pra alterar o que a identificava, porque no texto original eu falava a profissão dela e a cidade de SC onde isso aconteceu). Sobre o uniforme: é vc que está imaginando uniforme de empregada, B (azul e branco, com avental). Só porque isso é a 1a coisa que vem a sua cabeça não significa que é assim. Pra mim -- e eu não perguntei pra minha amiga o tipo de uniforme que era --, eu imaginei logo o uniforme que empregados terceirizados de universidades usam. Aqui na UFC, por exemplo, o uniforme mudou recentemente. É calça e camisa pra todo mundo. Tá escrito UFC discretamente.
ResponderExcluirDica: antes de falar que algo é invenção, pense -- vc acha mesmo que tal coisa não acontece (como um cara ejacular na sua roupa num ônibus)? Por que alguém inventaria uma história dessas? Precisa inventar? Ou acontece direto?
Eu entendi que era empregada em outro sentido, por isso imaginei essa roupa que falei. Nas universidades (na que estudei era assim), os faxineiros usam macacões com o nome da terceirizada atrás. Pelo menos na faculdade que estudei, acho que ninguém veria uma moça vestida com esse macacão e achar que era consultora. Já calça e camisa, como UFC, aí sim, caso de racismo extremo. Mas ver gente com macacão, com nome de terceirizada, e achar que pq é branca é consultora, burrice extrema dos empresários, ou má fé.
ResponderExcluirAs mulheres são as pessoas menos reconhecidas e prestigiadas por seus feitos e suas conquistas, principalmente as mulheres negras, que são ainda menos reconhecidas que as outras.
ResponderExcluirJesus amado, como que as pessoas AINDA FAZEM QUESTÃOOO de não entender, de não achar que acontece? Esse tipo de coisa acontece SIM! Fico super chateada com isso, é um absurdo.
ResponderExcluirOs empresarios iriam almoçar para falar sobre trabalho, nao foi pra levar pra motel não, que merda, racionem, seus putos.
Essa história do post de hoje é real, mas essa do cara que ejaculou na saia da mulher no ônibus é meio fantasiosa Lola, como o esperma ficou daquele jeito até ela chegar na casa dela, não faz sentido.
ResponderExcluirIsso não quer dizer que essas coisas não acontecem, estou falando dessa história, é não no geral
Anônimo Anônimo disse...
ResponderExcluirSe tivessem um pingo de vergonha na cara, levariam as duas ao restaurante.
20 de abril de 2016 11:23
Assino embaixo!
Pessoal ainda não entendeu. Os empresários confundiram a moça da limpeza com a consultora simplesmente pq é mais fácil pensar que a moça da limpeza seria negra e a consultora branca. É um comportamento racista e preconceituoso pq se parte do pressuposto associar o negro a empregos menos remunerados. Não tem nada a ver com esse negócio de achar bonita ou coisas do gênero (até pq é possível inferir que os empresários não conheciam a moça da limpeza - certamente pq saberiam que ela é a moça da limpeza - e chamar para almoçar poderia ser interpretado como assédio, coisa completamente diferente de almoçar com alguém com quem se pretende fazer negócios).
ResponderExcluirIsso me faz lembrar de minha mãe, uma mulher de pele consideravelmente mais escura que a minha. Eu tinha uma babá branca e as pessoas achavam que eu era filha dela. Quando me viam com minha mãe, achavam que ela era a babá.
Felizmente, é uma coisa que vêm mudando. Cada vez com mulheres negras sendo médicas, engenheiras, jornalistas, empresárias, advogadas, servidoras públicas, estamos conseguindo reverter esse preconceito de que a mulher negra ocupa posições menos privilegiadas. Com isso, quero ver a desculpa.
Uma vez eu li uma piada de humor "controverso" no Facebook e um comentarista, em inglês, escreveu que "essa piada era de um humor tão negro que se ela tentasse pegar um taxi de madrugada, não conseguiria".
ResponderExcluirPor conta do jogo de palavras do idioma (dark) eu imaginei que por ser noite ninguém "veria" a piada. Pois é, eu sou assim.
~O Tempo Passou~
To voltando de um boteco com um amigo, meu vizinho, e nem era uma caminhada tão grande, coisa de meia hora andando com calma estaríamos em casa. Mas eu fiquei meio ressabiada com o movimento na rua naquela hora (uma e pouco da manhã) e sugeri da gente ir pra uma avenida ali perto tentar pegar um taxi. Imediatamente ele falou "com você junto eu vou conseguir pegar!", rindo. E eu achei que isso era por ele ser homem, taxista vive falando de assalto.
Cinco minutos depois pegamos o tal do taxi e o motorista era do tipo conversador. A gente pediu desculpa da corrida curta mas ele não ligou pra isso, disse até que era mais seguro mesmo "até pelo fato de eu ser mulher". Nisso, meu amigo fala: "É, mas se o negão aqui tá sozinho você não ia parar né?", o taxista riu e falou algo como "que isso, sei como é, pros irmãos eu paro sim!".
Foi aí que eu entendi a piada.
Uma vez li um texto no Bule Voador muito interessante, infelizmente não consegui localizá-lo para postar o link, pois é antigo. Falava basicamente dos preconceitos que temos por sermos condicionados a ter.
ResponderExcluirComo assim?
Bom, crescemos vendo novela na globo, os negros sempre ocupando cargos de serviçais domésticos.
Na nossa própria casa, quando se tem empregados, muitos são negros.
A população carcerária é predominantemente negra.
Enfim. Somos condicionados, basicamente.
O texto, eu me lembro, até citava uma vídeo em que o cara colocava uma meia calça na cabeça (como fazem os assaltantes) e entrava normalmente nas lojas para comprar. não importa o quão cordial ele fosse, as pessoas sempre se assustavam ou chamavam a polícia, porque é isso que pensamos quando vemos alguém com meia calça na cabeça: assaltante.
Então muitas vezes nos vemos nos surpreendendo quando o chefe é negro. Quando o médico é negro. quando a consultora especialista é negra.
Ok? Ok.
Acontece porém, que quando o preconceito torna-se justificativa para realizar deliberadamente um ato que trará algo prejudicial a outrem de forma injusta, temos um problema. Temos sempre que agir fora do senso comum, ainda mais se estamos cientes desse condicionamento que vem nos sendo imposto desde sempre.
Dito isso, entendo a confusão dos chefes.
Não entendo e nunca irei entender, porém, o porque de, após se darem conta de que a consultora era negra, o tratamento mudou para pior.
Isso é não pensar no próximo.
E ser racista.
Alícia.
Mas tambem, o que mulher tem que estar fazendo fora de casa, lugar de mulher é em casa, cuidando da casa, dos filhos e obedecendo o marido.
ResponderExcluirAnônimo (a) das 17:39
ExcluirOu vc é uma pessoa usando sarcasmo contra a situação de racismo e machismo vivido pela moça da história, ou vc é só mais um mascu misógino com o cu cheio de dor, reclamando que não estamos na década de 50. Sem mais.
Lola faça um post sobre essas acusações de fanfic, existe até uma página no facebook denominada fanfic de esquerda, é uma tática reacionária para desacreditar a esquerda
ResponderExcluir"Dica: antes de falar que algo é invenção, pense -- vc acha mesmo que tal coisa não acontece (como um cara ejacular na sua roupa num ônibus)? Por que alguém inventaria uma história dessas? Precisa inventar? Ou acontece direto?"
ResponderExcluirTenho plena convicção de que esses fatos acontecem constantemente e a maioria das denúncias é real (creio que a do post de hoje também seja).
Entendo que você, Lola, como figura influente no feminismo nacional, não pode contribuir para a tendência de se duvidar da palavra das vítimas de estupro.
No entanto, a denúncia da ejaculação dentro do ônibus é manifestamente falsa, por motivos que foram explicitados diversas vezes. Por mais que, da sua posição, seja inadequado rotular certos relatos como fakes, também é desonesto repetir exaustivamente que eles são reais.
Certamente há razões para alguém inventar algo assim, como a busca por acolhimento emocional perante determinada militância e a procura por atenção (apesar de a sociedade estigmatizar as vítimas de estupro, em alguns ambientes, como este blog, a vítima ainda é respeitada e ouvida).
Luma Garcia quando eu soube Minh reação foi igual a sua. Quem me contou foi uma das supervisores por que tem contato com a gerente da loja desse tal shopping. Os clientes lá não gostam de negros. Então mesmo que a gerente goste de um candidato negro ela não contrata e o máximo que ela pode fazer é indicar pra outra loja. Como la é alto padrão as comissões são muito boas sabe. O vendedor perderia indo pra outra loja. Ela contou que uma vez à cliente perguntou pra vendedora se ela era filha de negro por que ela era típica brasileir? Morena de pele. A vendedora disse o que você acha e a cliente disse acho que você deve ter índios na família. Por que a moça tinha cabelo alisando dai a cliente ficou meio confusa
ResponderExcluirImagino que quando se trata de faxineiras as pessoas logo imaginam aqueles típicos uniformes estilo empregada de avental e alguma toquinha na cabeça. E ainda tem aqueles que acham que uma faxineira precisa ter ''cara de pobre'', ser ''feia'', enfim praticamente ser escrito pobre na testa e andar bem desarrumada. Nem sempre é assim. E pra muita gente uma pessoa principalmente por ser branca já pode ser considerada alguém ''apresentável'' ou ''arrumadinha'' sem precisar se esforçar tanto assim na produção. Infelizmente na cabeça de muita gente ainda é assim.
ResponderExcluirOff) Está rolando muitas campanhas sobre empoderamento das mulheres nas redes sociais por conta daquela frase tosca da revista veja: ''bela, recatada e do lar''. Muito bom!
ResponderExcluir...infelizmente situações comuns, que vemos (ou fazemos vista grossa) no dia a dia. É lamentável perceber o quanto isso vai se normatizando até onde não esperamos. Presenciei esta cena: No desembarque de um ônibus intermunicipal, uma garotinha negra no colo da mãe, fez um sinal de tchau para um grupo de adolescentes que vinham logo atrás. Uma delas comentou: "ai que bonitinha"...e logo concluiu: "sua negrinha"...e todas desataram a rir. O mais curioso que todas eram bem claras e justamente a que falou tinha traços nitidamente de origem indígena. Tive um ímpeto de devolver o veneno. Por sorte, meu equilíbrio me fez ter a consciência que estaria me igualando a ela. Em tempo - não tenho qualquer preconceito com indígenas!
ResponderExcluirLola: quem ejacula em alguém num ônibus2 Eu não estou duvidando da depoente. Eu pergunto se essa pessoa que ejaculou, é o paradigma do sexo masculino? Se eu vir alguém fazendo ISSO com VOCÊ num ônibus, eu mesmo dou jeito no psicopata, e muitos homens fariam o mesmo no meu lugar. Pense no que você fala Lola.
ResponderExcluirNão vou comentar porque meu comentário nunca é publicado, não sei porque.
ResponderExcluirEu às vezes não sei o que é pior, os lixos abertamente racistas que não querem que as coisas mudem (pelo menos esses a gente pode identificar e jogar com os outros lixos humanos) ou os ignorantes que acham que só porque os negros não são mais açoitados no tronco racismo não existe.
ResponderExcluirNa verdade, acho que o pior mesmo são os mascus. Principalmente os que vem num post sobre racismo pra dizer que não existe, é exagero, que tudo é por causa de sexo, etc.
reconhecer que racismo realmente existe no Brasil, é difícil para as pessoas, mas é real. No Brasil existe esse racismo velado. Esse racismo hipócrita, ninguém é racista, nada é racismo, até que atinja a si ou a sua família, ai é racismo.
ResponderExcluirNós seres humanos, como espécie, e especialmente nós homens, precisamos rever nossas prioridades na vida. Se cuidados com a saúde fossem importantes ninguém estaria morrendo em filas e nas portas de hospitais. Se qualidade de vida fosse importante, não haveria fome. Nós homens precisamos ter iniciativa para melhorar o nosso país e na verdade todo esse mundo em que vivemos. Algo simples seria entregar todos os cargos de poder às mulheres. Deixar tudo sob a responsabilidade das mulheres. Quem são as pessoas que servem todo mundo e só começam a se servir e comer sua comida quando vê que todos estão bem servidos e comendo? AS MULHERES! Quem é a grande maioria das pessoas trabalhando nas escolas, nas creches e nos orfanatos? Campos de refugiados por todo lado, quem trabalha? As mulheres. Os homens estão sentados tomando chá. Eles são bons? É difícil saber. As mulheres trabalham. Elas procuram fazer o que as outras pessoas pedem e o que elas necessitam. Ser gentil em casa, não importa o quão ruins as coisas estejam. Ser gentis nas estradas, se forem refugiadas, não importa o quão ruim as coisas estejam. São estupradas pelos homens, que lhes roubam os filhos para transformá-los em soldados-crianças. E ainda assim elas procuram fazer o melhor que podem. Por isso eu convoco todos os companheiros do meu sexo: deixem todos os cargos de poder e posições de controle e decisão na sociedade para as mulheres. É o melhor para todo mundo. Vocês sabem que isso é verdade. Não sejam gananciosos, egoístas, egocêntricos e estúpidos. Façam um pouco de esforço pelo bem de todo mundo, vocês são capazes! Eu acredito em vocês, eu acredito em mim, não somos tão diferentes assim :)
ResponderExcluirDe novo esse texto gigantesco? 23:22?
ResponderExcluirhttps://docs.google.com/forms/d/1uygIgXxmOXC687ONCzCWY7FwjKPduTGWG_dcgS2Bpr4/viewform?c=0&w=1&fbzx=7885398312467255000
ResponderExcluirEssa pesquisa pra intenção de voto pra presidente é muito mal feita. Até tentei responder, mas parei quando vi que não é possível respostas múltiplas pra candidatos rejeitados. Tem muita gente naquela lista (Serra, Temer, Bolsonaro, Caiado, Álvaro Dias, Eduardo Paes, Feliciano, Aécio, Alckmin) que eu jamais votaria. Vc vê que a a pesquisa é amadora quando só aceita uma resposta.
ResponderExcluirSe alguém tiver se perguntando como os empresários podem ser tão burros, a resposta já está aí: racismo emburrece. Eu mesma, quando fui assistir um desenho em que a princesa era negra, demorei uns instantes pra assimilar, achei que era a protagonista pobre sendo "princesa por um dia". Se fosse uma personagem branca, o cérebro teria aceitado na hora. É ridículo? É. Mas arrancar preconceito é assim mesmo, dói, dá vergonha, mas vale a pena.
ResponderExcluirDan
a) É incrível como os conservadores distorcem os fatos as feministas não criticam o fato da Marcela ser loira magra e dona de casa a critica é vender esta imagem como de mulher ideal.
ResponderExcluirb) Nós feministas defendemos a diversidade da beleza mulher loira é bonita mas a negra e a gordinha também
c) Para mim linda é a mulher que luta.
Homens não têm nenhuma obrigação de serem lindos. Por que motivo, razão ou circunstância as mulheres devem ser os baluartes da beleza, os bibelôs ambulantes, as enfeitadoras e embelezadoras do mundo, os agrados ao olhar e ao erotismo masculino?
ResponderExcluirMulheres não deveriam ter a obrigação de serem lindas.
Vamos começar a partir disso, que tal?
Sylvie
ResponderExcluirSobre o post,só posso concluir que os caras eram machistas, arrogantes, classicistas e racistas!
Podiam ter levado as duas moças pra desfazerem a atitude escrita que tiveram.
Foram classistas pq assim que identificaram a branca como funcionárias da limpeza a desprezaram, e invés de convidarem a moça negra ora não ficar uma situação chata, tentaram disfarçar de forma tosca.
Deviam simplesmente terem levado as duas pra jantar.
Isso se fossem homens de verdade e seres humanos dignos.
Sylvie, quando você diz classicismo você quer dizer elitismo? Por que não sei se você sabe, mas classicismo é como se chama o movimento cultural iniciado no Renascimento (século XIV) que valoriza e resgata elementos artísticos, estéticos e filosóficos da cultura clássica greco-romana (da Antiguidade). Esse termo não tem nada a ver com preconceito de classe.
ResponderExcluirSim,eu já sabia desse movimento cultural de mesmo nome.
ExcluirMas no Brasil "classicismo" é no sentido de preconceito social.
Isso é algo tão, mas tão comum, que não sei como tem gente que duvida. Trabalho num banco público, e só eu sei como é o racismo que enfrento diariamente. Meu consolo é saber que se fosse numa empresa privada seria muito pior. Se eles me aceitassem como funcionária, é claro.
ResponderExcluirNo Brasil ou no maravilhoso e fantástico mundo dos justiceiros sociais da internet?
ResponderExcluirIsso me faz lembrar um episódio de uns 24 anos atrás. Fui a uma agência de empregos preencher uma ficha e havia uma parte reservada para os atendentes da agência preencher. Um detalhe chamou a minha atenção quando passei os olhos por ali, o campo "cor do candidato". Qual importância esse dado teria e até que ponto seria decisivo na escolha de um profissional?
ResponderExcluirEu que sou branca e até então imaginava que racismo não existia, a partir dali comecei a observar mais a realidade a minha volta. Hoje, não frequento mais agências de emprego, inclusive com 42 anos já sou considerada velha para o mercado de trabalho. Mas não acredito que a realidade tenha mudado muito.
Sou negra e afirmo,nascer negro é a pior coisa que pode acontecer com alguém nesse mundo.Não importa se é na áfrica,nas Américas,na Europa....negros são tratados como seres inferiores.Não existe coisa pior do quer ter nariz largo e chato,lábios grosso,cabelo seco.Desde criança ouço palavras como chipanzé,macaca,tiziu,bombril,nariz de chuchu....e todo mundo rindo de mim,me tratando pior do que um cão.Não adiantou nada ter estudado,o preconceito no mercado de trabalho é cruel.Na vida social,idem,pessoas negras são tratadas como leprosas.Nos relacionamentos,os homens repelem,por que mulher negra que não tem traços finos é sempre feia e desinteressante,até as mulheres caçoam.
ResponderExcluirSer negro é horrível.