Paola e Karina, militantes de movimentos autônomos de esquerda e de movimentos feministas, escreveram este texto que é muito pertinente, mas também longo demais. Pedi a elas que cortassem um pouco o texto, e tomei a liberdade de cortá-lo um pouquinho mais. Você pode ler a versão na íntegra aqui.
Esse texto é resultado de incômodos e tensões presentes em nossa militância em espaços feministas e de esquerda (principalmente na extrema-esquerda).
Separamos feminismo e esquerda não por serem polos que não convergem, mas por entender que há parte do feminismo situado fora da esquerda, assim como uma esquerda distante do feminismo. Esse texto é uma tentativa de diálogo com a extrema-esquerda libertária, e com o feminismo. O texto é dividido em duas partes: a primeira sobre “Uzomi na esquerda” e a segunda [que será publicada resumidamente aqui no blog no próximo sábado] sobre “Azmina no feminismo”.
Uzomi na esquerda
Para uma parte dos militantes de esquerda, falar de feminino e masculino, homem e mulher, implica necessariamente em uma biologização da cultura. Ao fazer isto, negam as relações sociais constituídas a partir do sexo que, por sua vez, atuam na constituição do gênero, logo, se não há uma interferência na socialização a partir da genitália, não há um desenvolvimento do gênero, não há diferenças na constituição de homens e mulheres. O que torna o gênero uma categoria pouco útil; a própria luta pela superação da desigualdade de gênero perde relevância, uma vez que só por meio da transformação das relações sociais que se obtêm mudanças profundas, e por fim, reduz-se a questões individuais aspectos que perpassam o gênero, como empoderamento de fala, insegurança, agressividade, opção por determinadas tarefas, etc, gerando graves problemas políticos.
Assumir tal constituição não implica em determinismo, caso contrário, além de estarmos assumindo uma lógica binária, teríamos um problema insuperável. A socialização que constitui o gênero influencia nossas vivencias, constituição psíquica, personalidade, interesses –- mas não interesses absolutos e homogêneos.
A constatação da diferença na constituição do gênero e da necessidade da constituição de novas relações sociais demanda transformação destas na totalidade da sociedade capitalista e no nosso cotidiano imediato. O primeiro ponto é ponto pacífico, já o segundo, que implica na politização do pessoal, convenientemente encontra grande resistência.
Para alguns militantes a revisão dos próprios comportamentos, de desconstrução contínua é torturante, irrelevante e/ou meramente uma questão moral, tornando impossível a problematização de comportamentos agressivos, termos pejorativos, tons de voz intimidadores, olhares abusivos, dentre outras questões que se mostram mais sutis, mas nem por isto deixam de surtir efeitos.
Ao negar a politização do pessoal, dificulta-se a discussão das relações de poder dentro dos grupos e cria-se ambientes hostis a denúncias de violência, principalmente as que se dão fora do espaço de militância e que não são violências físicas extremas, acarretando na saída de militantes inexperientes por se sentirem intimidadxs nestes espaços, passividade de militantes mais tímidxs, saída de mulheres destes grupos por não verem suas questões devidamente tratadas e por fim, um espaço com relações desiguais de gênero, em que reproduzem relações de opressão, divisão sexual da militância e por fim, cria-se hierarquias informais.
A hierarquia informal em grupos que se propõe a serem horizontais pode se dar de um modo explícito por meio de divisões de tarefas, ou de modos mais sutis como tempo e quantidade de fala, tons de voz, recuo em propostas após falas com tons mais agressivos, respeitabilidade dentro do próprio grupo, etc. Contudo, boa parte da extrema-esquerda age como se a auto-declaração de horizontalidade por si só fosse suficiente para dar tal caráter ao grupo.
Dado a constituição do gênero -- formação para o público, instigação a comportamentos mais ativos e agressivos, dentre outros -- têm-se majoritariamente homens a ocupar tais espaços de poder e geralmente são estes mesmos a negar o protagonismo presente nos grupos.
Como uma proposta de construção de novas relações sociais têm-se os espaços auto-organizados/exclusivos de mulheres. Nestes espaços é negada a presença de homens. Curiosamente os mesmos que argumentam estarem tão interessados em debates de gênero e que são críticos a tais espaços, não organizam espaços mistos, já que há também mulheres que discordam de espaços exclusivos ou mesmo organizam rodas de homens para discutir masculinidades, machismo na esquerda, segurança das mulheres e afins.
Alguns militantes chegam a dividir o feminismo a partir da permissão ou não da presença de homens, separando a partir disto o feminismo bom e o mau. Não é o programa, não é não é uma perspectiva revolucionaria ou reformista, o único ponto relevante passa a ser a permissão ou não da presença de homens em grupos e espaços. Assim, pautam o feminismo a partir de homens e não raro faz-se um salto quântico que a ausência destes implica misandria, biologização da cultura e ressentimento. Além disto, é comum a criação de hierarquias, qualificando quem é feminista de verdade e quem não é.
Espaços auto-organizados de mulheres não são sobre homens, são sobre as próprias mulheres e para estes militantes parece bem difícil entender que algo não é sobre eles. Busca-se por meio destes espaços proporcionar empoderamento, acolhimento e formas de proporcionar segurança. Contudo, defender este espaço também enquanto uma possibilidade de construção de novas relações sociais não implica em afirmar que ele está isento de se tornar um espaço problemático, sendo que trataremos deste aspecto no texto específico do feminismo.
O que geralmente acontece é a intransigência de se afirmar a necessidade dos espaços mistos sem o concomitante debate dos problemas presentes nestes espaços, isto é, sem debater o machismo na esquerda. Não se questiona o machismo e a insegurança para as mulheres nos espaços mistos.
Grande parte dos militantes está mais interessado em dizer as mulheres o que fazer diante de denúncias e como organizar-se do que discutir a desigualdade e violência que obriga as feministas a responderem-nas e se organizarem. Ao invés de repensarem os espaços mistos, a forma de militância, a (ir)relevância que se dá as pautas feministas nas organizações e em relacionar exploração e opressão, tornando o espaço mais acolhedor às mulheres e buscando constituir novas relações de gênero, preferem tentar dirigir o movimento, colocando pautas e modelos organizativos.
A relativização da violência é comum nos espaços mistos, de forma que deve-se apresentar a denúncia, convencer que aquilo é de fato um problema e que é um problema de gênero, convencer da sua gravidade e por fim da necessidade de alguma ação. Para conseguir chegar nesta etapa do encaminhamento necessita-se no mínimo de uma rede de solidariedade, um empoderamento muito grande, ou seja, somente um número reduzido de mulheres consegue encaminhar até o fim suas denuncias.
Quando o acusado é um dirigente ou um militante muito mais experiente, com grande acúmulo teórico e que é uma referência, a possibilidade destes virarem o jogo é grande, sendo recorrente o argumento sobre supostos interesses políticos das vítimas, resultando no abafamento da denúncia. Outro agravante é quando há um histórico de relação amorosa entre os envolvidos, em que há uma tendência a amenizar e justificar o ocorrido enquanto um problema comum de casal.
Muitas vezes encontra-se também um corporativismo: se é denúncia contra alguém do meu partido, movimento ou entidade, é uma calúnia. E, se o caso de machismo é no quintal do outro vemos muitos se levantarem com o rabo sujo para apontar dedos. Assim, prioriza-se a própria organização abafando casos de violência de gênero, a fim de não manchar sua reputação e/ou manter militantes tidos como importantes, ou então se instrumentaliza tal violência a fim de atacar outra organização.
Percebe-se em boa parte dos militantes de esquerda uma ausência e desinteresse no acúmulo sobre feminismo, contudo, curiosamente isso não os impede de tecer inúmeras críticas a ele. O interesse não está na emancipação da mulher ou nos debates sobre gênero, está exclusivamente na crítica ao feminismo e sua interferência na luta de classes. Consequentemente, ao discutirem feminismo falam confortavelmente sobre burocracia, autoritarismo, pós-modernismo, sem nunca tocarem em questões de gênero (a não ser se for para perguntar, mas iuzhomi?), abafam e ignoram o que há de mais fundamental no feminismo, a mulher.
O desinteresse acerca dos estudos de gênero por homens, juntamente com a anulação da necessidade de estudar o que é hegemônico na sociedade, faz com que estudos sobre branquitude, masculinidade e heterossexualidade sejam tão pouco encontrados. As mulheres foram historicamente socializadas para obedecer, aceitar e se calar, notadamente, diante de figuras masculinas e a luta feminista existe também para que esses papeis sejam contestados e superados.
Mas os homens continuam sendo educados para as práticas violentas de reforçar e manter poder e isso não é tido como algo que vise superação. A partir dessa perspectiva é possível compreender que como a masculinidade não é pensada, estando ilesa de problematização, algumas práticas podem ser naturalizadas em espaços historicamente compostos por homens. O espaço da militância de esquerda, por exemplo, sofre influências de certas práticas uniformizadoras de formas de agir em seu contexto, podendo afastar as mulheres de seu interior.
Diante de acusações de machismo, a auto-defesa é quase espontânea, o que não é um problema em si, mas torna-se quando não se supera esta espontaneidade, havendo uma ausência de reflexão e auto-crítica em relação aos próprios comportamentos, tendo ao invés disto incessantes acusações que encerram debates ainda incipientes e uma necessidade urgente de se auto-afirmar enquanto alguém isento de práticas machistas. Afirma-se que tal acusação é patrulha, que é uma questão pós-moderna, que é um moralismo decorrente do politicamente correto. Numa tacada só emperram o debate, criticam aquelas que os criticam e se afirmam enquanto revolucionários.
Isso é em parte resultado de uma tendência em militantes de esquerda a negarem as próprias contradições, como se por adotar uma posição crítica, por vezes revolucionária, estivessem blindados de toda a sociedade, livres de qualquer comportamento opressor. Praticamente todos os homens de esquerda dizem concordar com a relevância da questão de gênero e alguns até se declaram feministas, mas frequentemente, estas afirmações caem por terra diante de casos concretos, notadamente os que envolvem denúncias de violência.
A partir daí muitos até chegam a reproduzir chavões de direita como “feminazis”, “ditadura da minoria” e “opressão feminina”, além de abusarem do uso de “histéricas”, e insinuarem constantemente sobre “questões políticas por detrás da denuncia”. Mesmo com acúmulo teórico, boa parte dos homens quando chegam na questão prática vomitam machismo, reduzem a relevância do caso e se solidarizam mais com o agressor do que com a vítima.
Quando envolve denúncias públicas o debate tende a ir somente para um rumo jurídico. Argumenta-se somente sobre a ilegalidade da denúncia pública, em vez das suas consequências políticas. A segurança da mulher, o medo, pânico, consequências psicológicas, insegurança, seu isolamento social e mesmo riscos de retaliação, raramente são discutidos, enquanto as consequências de uma denúncia pública ao agressor são debatidas arduamente.
Riscos de denúncias falsas são reais, sendo importante ouvir as partes envolvidas e conversar com pessoas próximas paralelamente a um acolhimento com a vítima e não deslegitimação de sua denuncia. Tal questão torna-se um problema quando recai em um imobilismo que sempre beneficia o agressor. Violência psicológica, verbal, ameaças e mesmo casos de estupros costumam não ter provas nem testemunhas. Provas físicas só ocorrem em casos extremos de violência física. Nestes casos isentos de provas e testemunhas, têm-se a palavra da denunciante contra a do denunciado.
Um caso sem prova, sem testemunhas, somente versões opostas. É justamente nesse momento que o limite do feminismo e da camaradagem de muitos homens se mostra. Diante de uma possibilidade de injustiça com o denunciado, o que se tem de boa parte destes é uma oportuna omissão.
Devido as contradições presentes em medidas geralmente tomadas diante de casos de machismo como escrachos, denúncias públicas e expulsões de grupos, coloca-se um grande desafio a ser superado, como possibilitar espaços seguros e empoderadores para as mulheres em militância mista?
Como nos casos em que tal segurança já foi rompida garantir a segurança física e psicológica da vítima, impedir que haja novas vítimas e ao mesmo tempo possibilitar espaços pedagógicos que possibilitem ao agressor a superação de determinados comportamentos e dificulte o surgimento de novos agressores? Como pensar em soluções emancipatórias efetivas a curto e longo prazo?
Diante destes casos concretos e dessa tensão que se coloca, a segurança da mulher tende a ser ignorada. Na ausência de respostas isentas de contradição, o que se percebe é a justificativa para o silenciamento de denuncias, ausência de um posicionamento coletivo e por fim, ausência de medidas efetivas em casos de violência. Recai-se em um vazio de medidas que só beneficia o agressor e não oferece nenhuma segurança a vítima. Se não devemos ser pragmáticxs em nossas soluções sob o risco de cairmos em barbáries, a ausência de respostas imediatas pode ser tão bárbara quanto.
Todos os pontos abordados apontam para uma –- ainda que jamais declarada -- resistência por grande parte dos militantes de esquerda ao feminismo. Pode-se fazer um paralelo com o movimento LGBT, apelidado de movimento GGGG devido a uma hegemonia de pautas gays e invisibilidade lésbica, bissexual e trans. O que aponta para uma resistência daqueles que gozam de privilégios e direitos a mais do que outros de discutirem, se importarem e priorizarem questões que não são concernentes a si mesmo e não somos nós que dizemos isto, a fragmentação cada vez maior dos movimentos sociais está gritando isto.
Na ausência de auto-crítica coloca-se a responsabilidade toda no multiculturalismo. Trava-se uma necessária luta contra a fragmentação e subjetivismo, sem jamais se atentar o quanto a esquerda classista contribui para esta fragmentação. Será que as mulheres (e outros grupos identitários) têm satisfação em romper com grupos mistos ou será que rompem por encontrarem resistência -– não no discurso, mas na prática -- a suas próprias demandas nas organizações?
Muito mais efetivo ao combate da fragmentação é a esquerda classista rever os próprios posicionamentos que fortalecem diariamente esta fragmentação, é reconhecer que a classe não é uma massa homogênea, dentro dela tem gênero (e orientação sexual e cor) e que essa diferença, que acarreta em desigualdade, manifesta-se nas organizações, nas demandas reivindicativas e nas relações de trabalho. A partir disto, mostra-se mais efetivo e libertário no lugar de ficar gritando as mulheres o que elas deveriam fazer, trabalhar na articulação entre exploração e opressão feminina (e outras opressões), e assim ao invés de afastar cada vez mais o movimento feminista do classista, trazê-lo para perto e quiçá um dia unificá-lo. Caso contrário, tais críticas continuarão inócuas, dialogando com ninguém além de si mesmo.
Só colocando a questão de gênero na ordem do dia tal como a classe, ao invés de lutar por um feminismo dócil, poderá se falar de homens que contribuem para a superação da opressão de gênero, ainda que o protagonismo desta luta seja de nós mulheres. Só efetivamente incorporando questões feministas a questões de classes, poderá se falar de uma articulação real entre opressão e exploração ao invés de um discurso demagógico, que na prática se caracteriza pela defesa do abandono das questões feministas em detrimento da questões de classe.
Por fim, se nosso interesse enquanto esquerda se faz efetivamente na superação não só das relações de exploração, mas também de opressão, não se constituindo meramente em uma retórica vazia para servir de auto-afirmação enquanto revolucionárix ou só para trazer para o próprio grupo indivíduos que estão na luta identitária, é urgente tratarmos com mesmo afinco, prioridade e seriedade, a crítica dedicada ao outro (grupo, indivíduo, teoria, prática) a nós mesmxs, e revermos e mudarmos nossas práticas. Se levamos tão a sério a relação entre meios e fins, isto não deveria estar presente somente no modelo organizativo, na estratégia e nas táticas, mas na ordem do cotidiano.
O feminismo deve ser classista, mas por acaso a perspectiva classista não deveria também ser feminista?
Isso me lembra o seriado "Sexo e as Negas" em que mts negras reclamaram dos problemas que essa série tem como hipersexualização do corpo da mulher(negra) e de negros ocuparem sempre cargos de baixa qualificação e remuneração, por exemplo e o Jean Wyllys rebaixando e reclamando que as negras tavam de mimimi. Ou seja, tocou totalmente o foda-se a fala de outros grupos e minorias e ainda foi se queixar. Foi triste aquilo.
ResponderExcluirSobre a questão dos "esquerdomachos", aceitar ou não homens no movimento, é algo PRAS lideres decidirem e a opinião delas DEVE ser respeitada. Eu já li vários livros mascus(por favor, entendam que não estou concordando com eles) e a genetificação e uma "biologização" da cultura, é algo que chega a ser doentio. Parece até que eles vêem homens e mulheres, como meros animais irracionais. Eles vivem citando o caso de David Reimer, que apesar de ser criado como uma menina, "resolveu" ser menino pra mostrar que "é genético, não construção sexual", curiosamente, as mulheres trans para eles não provam que as pessoas são bem mais complexas que animais. E curiosamente, eles uma hora dizem que as mulheres são hipergâmicas pelos "genes", outra hora dizem que o feminismo "incentivou a promiscuidade e feminilizou os homens", ou seja, quando convém reduzem os seres humanos a meros animais e quando convém, dizem que existe construção social...
ResponderExcluir"Jean Wyllys falando que as negras tavam de mimimi"
ResponderExcluirEntão acho que assisti outro vídeo com a fala dele, no que eu vi ele não falou isso. Povo gosta de distorcer as coisas só porque não concordam com ela...
Olá Lola.
ResponderExcluirSabe ler este texto só reforça a minha visão que o feminismo não deve se misturar com ideologia politica, ou seja, não se alinhar com a direita muito menos com a esquerda, assim como também não se misturar com as religiões (isso pelo menos eu não vejo).
O feminismo estaria muito mais próximo de atingir os seus objetivos tanto no brasil quanto no resto do mundo, se ao invés de usar uma estratégia de enfrentamento usasse a inteligência e o bom senso, sempre procurando agregar ao invés de dividir as pessoas, ate tem feministas que fazem isso, mas vejo que não são a maioria.
Excelente texto. De fato, dentro da esquerda há muito, muito machismo.
ResponderExcluirNo entanto, leio e fico me perguntando se o problema maior são os homens de esquerda em si, ou se o problema principal é o modo como os movimentos de esquerda costumam funcionar. Toda crítica é vista como uma ameaça a uma posição ideológica ou hierárquica e, com isso, o alvo se coloca numa posição defensiva agressiva e procura eliminar a fonte da crítica, seja ela de gênero, de classe, de teoria ou sabe Deus.
Enfim, só uma provocação que não pretende deslegitimar as críticas perfeitamente razoáveis das autoras.
(Sou homem.)
Ai, Lola, essa divisão esquerda / direita tá mais caduca do que a minha bisavô.
ResponderExcluirAbaixo transcrevo pequena entrevista do Guido Mantega, para ao final perguntar: qual linha (ou quem traça essa linha) que divide a ideologia de esquerda da direita?
O Governo Dilma, considerado por quase todxs como de "esquerda" é o mesmo que produz mantegas e levis. Será que se a política econômica atual estivesse sendo tomada pelo Aécio / Ermínio Fraga, não estaria a grita de se tratar de um Governo de direita?
O trecho da entrevista:
"O sr. tem dito que uma vitória dos tucanos levará a uma alta dos juros como no passado. Como pode garantir que o Armínio Fraga, se ele sentar nessa cadeira, vai subir os juros?
Só se mudou a ideologia dele, a vertente econômica. Ainda mais ele, que vem do meio financeiro. Ele vem de um trabalho com banqueiros. Ele compartilhava daquela ideia de que a economia brasileira precisa ter um juro mínimo real de 10%, lembra? Será que ele mudou? Então ele deixou de ser neoliberal, deixou de ser ortodoxo? Eu não ouvi ele dizendo isso em nenhum momento. Então sabemos qual é a prática, só ver a prática que os ortodoxos fazem no mundo todo. Ajuste fiscal mais duro, mais rigoroso, mais rápido. Significa derrubar a economia, causar uma recessão. Isso está no manual deles, se ele mudou, não sei. Não vi ele afirmando nada que levasse a entender isso.
Mas por que citam os tucanos como os demônios da economia?
Demônio? Para mim, o que estou falando deles é um elogio. Mas leia o que disse o Armínio, que desoneração é paliativo. Então eu quero saber qual é o tributo que ele vai subir, porque subindo o tributo ele recompõe o superávit primário rapidamente. Ele declarou explicitamente que vai recompor tributos que nós reduzimos. Acho importante reduzir tributos para aumentar a competitividade de vários setores. Nós reduzimos tributo da cesta básica, é bom para inflação e para população. Reduzimos tributo para desoneração da folha de pagamentos, reduzimos tributos para investimentos. Ele vai recompor. Ele vai diminuir investimento. Ele quer fazer um primário maior como os europeus querem fazer, um primário maior como os alemães."
viu isso Lola? http://www.reddit.com/r/brasil/comments/2zqo2w/fui_idiota_e_ganhei_uma_chantagem/
ResponderExcluir"Então acho que assisti outro vídeo com a fala dele, no que eu vi ele não falou isso. Povo gosta de distorcer as coisas só porque não concordam com ela..."
ResponderExcluirSe isso fosse verdade, mt mulher negra não teria reclamado e se decepcionado com ele.
Iuzomi?
ResponderExcluirVosê estah robamdo meu protagonizmo!
Pare de opinar sobre uma opreção ki vosê naum vive e escute quem tem vivemssia!
Todu homi eh machista, todu bramco eh rassista!
Esquerdomacho!
Check your privilege!
Uszomi gonna uszomizar.
ResponderExcluirNa Revolução Francesa também foi assim, igualdade, liberdade e fraternidade pra todos... a menos que você seja uma mulher. Ou um negro, um pobre, e por aí vai. Essa mesma história mais velha que andar pra frente. Não surpreende.
Em maior ou menor grau, todo homem é machista, seja de esquerda ou não. É que de um cara de esquerda a gente espera mais sensibilidade, mais empatia. Por isso dói descobrir o machismo num Idelber, num Latuff. Se os caras fingem sobre isso, imagina o que mais escondem...
ResponderExcluirLola, por favor, tira essa imagem do homem gritando com a mulher? Me fez mal olhar pra ela.
ResponderExcluirMuito bom o post. Raramente comento, mas adoro o blog, me sinto acolhida sempre que vejo o fundo azulzinho. Abri os olhos para o feminismo e outras questões por meio daqui. Beijinhos.
Eu acho que os da """esquerda""" tradicional(vulgo stalinistas) são iguais os neocons mascus. A única diferença, é no apoio ao capitalixo. Em todo o resto, são iguais. Defendem o machismo, a moral e os bons costumes, são contra as cotas, a favor da PM e dos militares, etc.
ResponderExcluirNossa, Fabio Guapo. Fico imaginando se uma mulher ganharia essa solidariedade e compreensão todas..
ResponderExcluirEra essa reflexão que vc queria levantar colocando esse link aqui?
Esse Jonas Klein é o típico esquerdomacho que adora dá pitaco onde não é chamado. Quantas vezes nós feministas vamos ter que repetir que homem não deve pitar nada no feminismo? Que o feminismo quem faz são as mulheres?
ResponderExcluirQue saco!
O Jonas é de direita. Ele é só mais um babaca que pensa que a opinião dele importa aqui.
ExcluirQuando é que as "feministas" vão perceber que a esquerda só as usa como massa de manobra?
ResponderExcluirAinda bem que temos você pra vir aqui nos abrir os olhos!
ExcluirObrigada pela preocupação mas sua opinião vale tanto quanto de qualquer homem aqui: Merda nenhuma. E sem aspas.
Nem acho que a opinião de um homem tenha zero valor pra Lola só por ser a opinião de um homem, mas ao mesmo tempo, é óbvio que feminismo quem faz são as mulheres, só acho que os homens ainda podem contribuir de alguma forma sim, e a primeira coisa que um homem pode fazer é combater o machismo em si mesmo.
ResponderExcluirQuanto a ser um movimento de esquerda, ora, quem é que luta por igualdade? De onde vem as propostas de inclusão, seja de homossexuais, negros e também as mulheres? Politicamente falando, são os partidos de esquerda que mais aceitam e promovem políticas de igualdade como número mínimo de mulheres candidatas. Isso vem, naturalmente, através das mulheres nesses partidos.
Anônimo (pois você não tem coragem de assina o seu nome num comentário destes né) das 19:30.
ResponderExcluirNão que não cometa os meus erros, mas que portuguesinho medonho hennnnnn!!!!
Agora Lola você sabe o quanto e grave a acusação, que esta criatura fez a todas as pessoa brancas (começar pela senhora mesmo), eu não vou tomar medidas jurídicas cabíveis nestes caso, porque tem pessoas com mais tempo sobrando para isto, do que eu.
Por isto Lola eu se fosse você apagava este comentário, antes que você arrume sérios problemas com justiça, só por causa de um comentário.
Lembre-se quem avisa amigo é.
A e antes que alguém aqui venha dizer que sou contra liberdade de expressão, eu já aviso que a nossa liberdade de dizer o que quiser, vai so ate onde começa o direito das outras pessoas de serem respeitadas.
Anon 00:49, quantas vezes se que vou ter que repetir aqui????? EU SOU DE DIREITAAAAAAAAAAAAAAAAA.
Aproposito seria bom que você lesse este artigo, que foi escrito pela própria Lola
http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2014/06/homens-podem-e-devem-ser-feministas.html
Anon 01:04, boa pergunta.
Anon 06:38,
E a sua opinião você acha que tem algum valor??? NAOOOOO chupa essa otario.
O que eu mais vejo aqui na universidade são os homens recém ingressos, calouros, procurando os grupos feministas com essa conversa de liberal e tudo mais só com a intenção de "pegar" mulher. Esses homens com problema de relacionamento e dificuldade social acreditam que um grupo de mulheres liberais como nós é mais fácil de "pegar" do que entre as garotas mais conservadoras de família cristã.
ResponderExcluirOs homens sim, podem ser feministas, o machismo afeta até eles, curiosamente, serviço militar obrigatório, estupros em penitenciárias, e outros problemas que os mascus adoram "atacar", tem "origem" no machismo!!! O machismo prega que a mulher é frágil e cria a cultura de que o homem não pode ser vítima de violência doméstica. O que não pode é roubar o protagonismo, por exemplo, sair afirmando o que o feminismo é ou não, ou querer tomar a liderança do movimento.
ResponderExcluirE por favor, evitem postar links de discurso de ódio nos coments. Se for pra mostrar mais alguma coisa de um mascu, usem a tecla print e postem prints, como a Lola faz em seus artigos. Seria bom também um post explicando a política de coments do blog, para que menos pessoas acabem dando trabalho indevido por postar coisas indevidas, sem a ciência de que é indevido.
ResponderExcluirEsses links pra sites de ódio raramente são colocados por gente que quer denunciá-los. São colocados pelos próprios autores dos sites de ódio, para divulgá-los. Não publico comentários que tenha link pra site de ódio, simples assim, porque isso ajuda a divulgá-los. Aliás, fica aqui o aviso: muito cuidado com mensagens do tipo "Vc viu que horrível? [link pra site de ódio]" ou "Os misóginos voltaram com força total [link pra site de ódio]". São mensagens dos misóginos querendo viralizar os sites de ódio. Por isso, jamais divulgue ou espalhe um site de ódio. APENAS DENUNCIE, sem divulgá-lo.
ResponderExcluirSe eles não tiverem clicks (e ultimamente não tem conseguido), param com o site rapidamente. Ainda assim, acho que vale a pena denunciar. Só que sem divulgar.
A impressão que tenho, é que eles criam estes sites e usam este linguajar e tudo, pra conseguir mais clicks e mais grana de anuncio. Eu já dei uma olhada nos sites mais famosos mascus e curiosamente, os que fomentam mais o ódio, são os mais acessados, mais comentados e mais famosos.
ResponderExcluirPara explicar meu ponto, o "ódio" contra mãe solteiras, é um dos pontos principais do masculinismo. Porém, só imagine 2 artigos mascus, um passando a "mensagem", de que não compensa se relacionar com mães solteiras devido a paternidade socio afetiva(não estou dizendo que concordo), ou seja, um machista relativamente moderado e um misógino radical, ou seja, um sendo educado e pondo casos judiciais reais, sem usar termos ofensivos, etc. E outro, sendo como a Lola descreveu neste artigo ( http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2015/02/nao-tem-nada-que-mascu-odeia-mais-que.html ), inevitavelmente o artigo com mais ódio e raiva, irá ter um público maior, ganhar mais dinheiro com anúncios, etc. Ficar divulgando links deste tipo, só vai aumentar o grau de misoginia deles
@ Anonimo das 00:49, deixa de ser trouxa com esta conversa de que o feminismo quem faz sao as mulheres, eh por isso que o movimento nao anda, nao ganha forca. O feminismo eh de todos, mulheres e homens cis, trans, etc. Lideranca de movimento ai ja eh outra coisa.
ResponderExcluirE concordo plenamente com o Anonimo das 01:04, a esquerda soh usa o movimento feminista. E acho que o movimento deve ser totalmente apartidario.
Tem mascu fazendo pregação na sala de evangélicos da UOL
ResponderExcluirConcordo plenamente com as feministas, que afirmam que uzomis, não tem nada que se meterem no feminismo. Vejam, bem, eu, omi, declaro solenemente, que NÃO TENHO NADA COM ISTO, nem eu nem 99% dos omis do mundo, não moveremos uma palha em prol de feminismo, não vamos abrir mão de porra nenhuma, socialmente falando, em favor de um movimento que não e de nossa conta.
ResponderExcluirFeminismo não me atinge em nada, não pode me atingir em nada, não e problema meu, não tenho nada com isto, não me interessa.
Sua exelência, o omi
Anon das 10:51, é um dos motivos pelos quais, não vou com a cara dos esquerdomachos.
ResponderExcluirAnon das 12:13, nisto eu concordo. Eu costumo dividir os mascus em 2 grupos. Machistas """honrados"""(entre aspas mesmo) e misóginos. Os machistas """honrados""", pregam algumas insanidades, mas pelo menos não pregam coisas criminosas. É bem melhor(quer dizer, menos pior) um sujeito que evita ao máximo se apegar, fica transando com prostitutas, que um Elliot Rodger ou outro maniaco assassino. O primeiro grupo, pelo menos repudia agressão doméstica, embora continuem sendo machistas. Como a maioria que entra em contato com a ideologia, entra após uma frustração, é o motivo que o primeiro grupo seja bem menor. Ambos devem ser combatidos de forma ideológica, mas o segundo grupo deve ser denunciado a polícia.
Ô sua excelência, anon das 14:08, quem é vc pra falar em nome de 99% dos homens? Tem muito homem inteligente que, em vez de responsabilizar feministas pela miséria dele, culpam o machismo. O machismo é péssimo pra todos, não só pras mulheres. É pior pras mulheres, mas nem por isso deixa de ser uma camisa de força pros homens. Tem um monte de homem que quer um mundo melhor, e não dá pra ter um um mundo melhor se continuarmos sendo machistas, racistas, homofóbicos etc.
ResponderExcluirAnon das 14:12, eu diferencio mais entre machistas genéricos e mascus. Machistas genéricos não são organizados. Todos os mascus são misóginos, mas, claro, até entre os mascus há algumas diferenças mínimas. É o que eu digo sempre: o que muda é a intensidade do ódio. E sim, todos devem ser combatidos. Alguns devem sim ser denunciados à polícia.
"Se isso fosse verdade, mt mulher negra não teria reclamado e se decepcionado com ele."
ResponderExcluirOu pode ser que muita "mulher negra" tenha ido na onda dos que distorcem a informação, o que é muito comum hoje em dia na internet. Quantos % dos que discordaram do Jean Wyllys vc acha que assistiram o vídeo inteiro, que tem mais de 10 minutos? A maioria deve ter lido só os manifestos e comentários reclamando.
Essa esquerda é um nojo mesmo. Se apresenta como o bastião da ética, moralidade e igualdade mas no fim só comprova que a corrupção e o individualismo são inerentes ao ser humano. E pior, coletivizam o abismo social em centros de controle hierárquicos que não poderiam ser mais mesquinhos e anacrônicos.
ResponderExcluirO que tem a ver o link do Reddit?
ResponderExcluirSó mostra que quando isso acontece com homem todo mundo fica de boa, ninguém julga, ele recebe apoio inclusive no trabalho e tudo mais.
Não vi ninguém chamando ele de puto, vagabundo, dizendo bem feito, pedindo link pro vídeo, postando "se fodeu kkk", "vê se aprende", "idiota não, vc é um puto mesmo" e tantos outros comentários lamentáveis que veríamos se fosse uma mulher. Também não vi esse chefe bonzinho julgando ele, mas se a funcionária fosse uma mulher será que o chefe ia ser bonzinho assim? Tantos casos de mulheres vítimas de vengeance porn que perderam o trabalho...
Quem se apresenta como bastião da ética e moralidade é a direita, anon das 15:07. Acho que vc está mal-informado.
ResponderExcluirIsso me lembra um blog que encontrei certa vez, onde um comunista defendia a ideia de que o objetivo deles não era só tomar as propriedades dos burgueses, mas também suas esposas e filhas. Como se estas fossem troféus a serem tirados dos malvados capitalistas.
ResponderExcluir"roubar o protagonismo"
ResponderExcluirEssa deve ser a expressão mais engraçada do mundo!
Se a esquerda não se apresenta como ética e moral como poderia ela justificar a centralização estatal a partir de uma corrupção presumida?
ResponderExcluirE, Lola, me explique como se defende um regime de intenções totalitárias que não se apresenta como ético ou moral.
Quem ainda acredita nos ideias nefastos das esquerdas, precisa urgentemente de um bom livro de história.
ResponderExcluir"Quem se apresenta como bastião da ética e moralidade é a direita, anon das 15:07. Acho que vc está mal-informado."
ResponderExcluirCom essa frase a senhora está assumindo que a esquerda não tem moral nem ética...
Obviamente não estou assumindo que a esquerda não tem ética ou moral, apenas afirmo que a direita SE APRESENTA como bastião da moralidade e ética (não que o seja; a direita é hipócrita). Coisas como Educação Moral e Cívica, como Tradição Família e Propriedade, vc acha que são de esquerda ou de direita?
ResponderExcluirVc pode não acreditar, mas os partidos de esquerda no Brasil são muito menos corruptos que os de direita. Não que deveria haver corrupção em qualquer partido, mas achar que moral e ética são exclusividades da direita é santa ingenuidade, batman.
Fico na torcida para que vc aprenda a interpretar um texto e veja que "se apresentar como" é algo bem diferente de "ser".
ResponderExcluirEu milito pela esquerda porque não consigo identificar- me com a direita em nada, geralmente eles têm opiniões racistas, machistas e homofóbicas.
Mas a esquerda não representa um mar de rosas para as mulheres, muitos homens que possuem visões progressistas em vários assuntos são conservadores em relação as mulheres, entretanto continuo na luta.
O machismo prejudica os homens, muitas vezes o colocam em posições difíceis como serem obrigados a ficar com uma mulher que eles não desejam.
não sei o porque deste texto...vcs aqui vivem tacando pedra no feminismo radical,vivem sentindo pena de homens agressores,vivem achando que "educação e acolhimento de homens" é o que vai dar jeito...bom,já notaram que não ou ainda precisam de mais?acham que os machinhos vão mudar só com conversa? tá legal...não sinto amneor pena nem empatia por mulheres esquerdistas que sofrem agressões.Continuem debochendo e atacando o feminismo radical,vão lá ver se os machinhos tem a mesma "bondade" com vcs.
ResponderExcluirMulheres precisam ser tratadas com carinho. Homem que é homem segue esse princípio inviolável da sociedade. Não sei porquê, mas tenho um amor incompreensível, indescritível e incomensurável pelas mulheres. Acho um absurdo que haja "homens" que ainda as incomodem.
ResponderExcluirO PT passou uma geração inteira se declarando idôneo, ético e moral (sim, moral, não no sentido religioso, mas político), anti-corrupção, protetor de absolutamente toda e qualquer causa social do mundo. Eram os salvadores da pátria contra a política tradicional, coronelista, clientelista e corrupta. Sim, o PT se apresentou como o bastião da ética e da moral, tal qual faz o Psol hoje em dia.
ResponderExcluirHoje o partido não é menos corrupto que absolutamente nenhum outro (note que não estou defendo partidos de direita, muito menos dizendo que são éticos).
Os outros partidos de esquerda são inexpressivos (e já tem zoeira no Psol), mas é só crescer e ganhar poder que caem na mesma imoralidade.
Numa coisa a anon 20:02 tá certa: homem, ainda mais atuando politicamente, NÃO tem qualquer empatia e JAMAIS terão a mesma bondade e o mesmo cuidado que temos por ele. JAMAIS.
ResponderExcluirPor isso, dialogar com homens sobre mulheres é perda total de tempo. Participando de fóruns de portais de esquerda já percebi isso há muito tempo. No fim das contas, homem quer mulher para cuidar dele/transar, eventualmente, quer também para ter seus filhos. Mas é só. Homem nunca vai estar ao lado de mulheres por seus interesses. Esperar compreensão e solidariedade é besteira. Dialogar é semelhante a pregar no deserto. Eu, sempre que vejo, respondo idiotice de macho nos fóruns, mas só pra marcar presença. Pra ser o contraponto, jamais esperando mudança. Na primeira oportunidade, vai estar chamando mulher de vadia mal comida ou calando com o indefectível vai lavar uma louça.
O feminismo tem que se desprender da esquerda, que se beneficia muito mais do feminismo do que o feminismo da esquerda. Na verdade, a esquerda só queima o filme do feminismo, porque os esquerdomachos são usados para ridicularizar as feministas.
O feminismo fala pelas mulheres e para as mulheres. As mulheres mudam os homens. É isso que falta perceber. Mulherada unida, consciente de si, do seu corpo, da sua voz, da sua força, não permite folgação de macho estúpido.
É só falar grosso com homem, que ele baixa a voz na hora. E falar grosso não é gritar, não, é esfregar na cara dele o absurdo que ele tá falando. O machão baixa a bola e começa a falar direito.
O homem testa a mulher. Ele faz uma escrotice hoje e passa (a mulher aceita, entende e perdoa), faz uma pior amanhã e passa, quando a mulher se dá conta, virou capacho sem auto-estima.
Tem curso pra isso. O homem que quer aprender a manipular mulher tem curso grátis na internet. Acho que a mulherada tinha que ler essas coisas pra saber com quem tá lidando e reverter a situação.
Não acreditem em macho de esquerda, porque quase sempre, nem bem de esquerda eles são. Podem acreditar, eles são piores que os machos assumidamente de direita. Esses, pelo menos, não te enganam.
Eu fecho completamente com o omi das 14:08.
ResponderExcluirEle não tem nada com isso e as mulheres não devem esperar NADA dos omi. NADA.
O feminismo fala com as mulheres e deve fortalecer as mulheres. É o CONHECIMENTO sobre si e o CONTROLE TOTAL do seu corpo que dará poder à mulher pra enquadrar os omi.
E podem acreditar, mesmo que a mulher não se declare feminista, o germe tá lá, as atitudes estão lá, e é isso que importa. Eu vi um misógino (de verdade, não só retoricamente, não. Misógino mesmo. Diria que o único que conheci "pessoalmente".) elogiar uma mulher com TODA a ATITUDE feminista, apenas porque ela segurava um cartaz dizendo não ao feminismo. Não importa que rejeite, a atitude dela era TODA feminista. A satisfação que isso me deu, nem conto!
O feminismo não precisa convencer ninguém a se declarar feminista. As atitude tão aí, pra todo mundo ver. Só é preciso levar essa força a todas as mulheres. Ampliar o conhecimento sobre si. Taí uma boa coisa a se fazer Lola, postar textos que esclareçam, didaticamente, como o corpo funciona (é incrível como tem mulher que não conhece o próprio corpo) e, principalmente, como a mulher pode se proteger emocionalmente dos truques sujos masculinos.
"Vc pode não acreditar, mas os partidos de esquerda no Brasil são muito menos corruptos que os de direita."
ResponderExcluirAh, os intelectuais e sua capacidade de negar a realidade.
"Coisas como Educação Moral e Cívica, como Tradição Família e Propriedade, vc acha que são de esquerda ou de direita?"
ResponderExcluirSão coisas de quem tem bom senso e cérebro.
Vocês conseguiram dar um show de misandria grande aqui heim, parabéns! Achei até que tava lendo os comentários de algum blog mascu, mas só que falando mal de homens. às poucas pessoas com opinião ponderada aqui: Meus parabéns, pois a maioria só usou discurso mascu invertido. Se estão tão incomodadas com a presença de homens então mudem-se para uma ilha só com mulheres, pois homens são parte fundamental da sociedade. Não adianta ficarmos só entre nós mesmas achando que eles mudarão na pressão e sem diálogo. Homens são 50% da população e normalmente os causadores de muitos de nossos problemas (sejam de forma consciente ou inconsciente), se não trouxermos eles para perto da gente e do nosso movimento sem dúvidas a maioria vai se voltar contra nós e expelir mais ódio. NÃO ADIANTA O OPRIMIDO VIRAR OPRESSOR, INVERTER A SOCIEDADE NÃO VAI ACABAR COM A NOSSA DOR.
ResponderExcluirAngélica Lago
"Esse Jonas Klein é o típico esquerdomacho"
ResponderExcluirPelo que tenho lido dele, é uma pessoa de direita.
"É o CONHECIMENTO sobre si e o CONTROLE TOTAL do seu corpo que dará poder à mulher pra enquadrar os omi."
ResponderExcluirMuito bom. Agora, me diz uma coisa: como ter controle total do seu corpo tendo que alugar sua força de trabalho 44 horas por semana?
Ou ficar às ordens de um patrão durante esse tempo todo não inflige o seu controle total sobre o seu corpo?
O pior é que eu vejo isso acontecendo o tempo todo, mesmo sendo homem e não sendo feminista. Só li verdades dele. E entre elas há coisas que eu mesmo admito que já fiz e hoje eu me envergonho disso. Quando olho é que eu penso "como eu pude ser tão babaca?".
ResponderExcluirIsso foi porque eu tentei ler um pouco mais sobre questões de gênero, aprofundar onde fosse possível e ver na prática que o que estava relatado lá é a mais dura e cruel realidade. E sentar pra conversar com minha esposa me ajudou muito a entender melhor o que sozinho eu não conseguia.
E acho que, no final das contas, falta a esses caras da esquerda entender o quão sério é o problema do machismo, o quanto que isso oprime as mulheres e, principalmente, o quão importante é - até para eles mesmos - verem o quão importante é desconstruir esses padrões de gênero que são impostos ainda hoje. E, por tabela, como o feminismo pode ser um aliado poderoso nessa luta.
Angelica lago 15:35 mulher não tem sangue de barata, vc já percebeu que os "homens" só vem falar merda? Se algum falasse algo que presta até daria pra ouvir mas parecem retardados as vezes eu me pergunto se é tem a ver com gênero não é possível... ass: misandrica malvada
ResponderExcluirObrigado, de coração, por compartilhar texto tão esclarecedor, Lola!
ResponderExcluirCompreendo um pouco melhor muitas das tensões que vejo relacionadas a presença de homens (tipicamente esquerdistas) em espaços feministas ou que deveriam ser feministas.
Contudo, penso que há realmente muita gente dentro e fora dos movimentos feministas que não tem a clareza desse texto e age sim, na base do discurso da misandria, sem necessária relação com a esquerda. Já vi muitas compartilharem em suas timelines que homens que se interessam por questões do feminismo devem ser combatidos pois não passam de "feministos" oportunistas, ladrões de voz, hipócritas apenas tentando "comer" uma feminista... Enfim, já vi muita desqualificação de homens que se interessam pelas pautas feministas (e muitas vezes, são de esquerda). Já vi também trabalhos científicos relevantes referentes a questão de gênero feminino serem rechaçados por terem sido escritos por homens, sob o argumento de o fato de não viverem na pele as agruras de ser mulher invalida sua pesquisa científica, já que nunca vão saber "verdadeiramente" o que é "ser mulher". Do ponto de vista científico, é um argumento furadíssimo, que deslegitima 90% da produção cientifica existente (seja ela feita por homens ou não). Enfim, eu vejo muita gente extrapolando e descontextualizando essas questões, jogando isso para qualquer situação sem muita reflexão, por vezes, impedindo que pessoas interessadas em colaborar, colaborem. Mas agora, concordo plenamente com as colocações críticas em relaçao ao machismo dentro da esquerda e também concordo que as mulheres devem ter total autonomia para determinar quem faz parte de seus grupos, de seu movimento... A nós, homens, não cabe discutir isso e muito menos nos opor. Mas tem horas que dá pra ficar confuso quando o cara é tratado como machista por ser/se declarar a favor do movimento e como "inimigo", muitas vezes mais do que o cara que não está nem aí ou que escolhe cotidianamente agir de forma machista. Infelizmente, eu já vi, sim, muita feminista repreendendo homens por quererem apoiá-las ou se declararem feministas. E vi como argumentação, episódios desses que ocorrem nas esquerdas, mas de forma totalmente descontextualizada.
Por fim, apoio a organização autônoma das mulheres, que elas é que tem a total prerrogativa pra definir quem é feminista ou não, etc. Mas daí a demonizar mais os homens que querem se aproximar do movimento do que aqueles que querem, verdadeira e explicitamente, calá-lo, não me parece uma estratégia muito promissora... Acho que há um entrave importante aí.
Oi Lola, tenho acompanhado o movimento transfeminista e me identifico muito com o tema.
ResponderExcluirSempre que tento discutir sobre masculinidade hegemônica, sobre a forma como meninos são educados e as espectativas que a sociedade cria em torno do sexo masculino... acabo sendo ridicularizado com comentários do tipo: "mimimi do opressor", "iuzomismo", "feministo", ou como você mesmo diz "male tears". Por culpa do sexismo, pensar a masculinidade para além das demandas da heterossexualidade sempre foi considerado "frescura", coisa de homem "frouxo", "banana", "boiola". A travesti, a mulher trans, o afeminado são desprezadxs, violentadxs e humilhadxs, seja nas escolas, dentro de casa, ou na rua, nossa feminilidade é abjeta. Não entendo como é possível pensar em uma educação igualitária se até mesmo entre algumas correntes do feminismo estas questões são tratadas com escárnio. Não entendo como é possível pensar em igualdade sem tratar das questões que afetam principalmente as pessoas não hegemônicas, xs desviantes sexo-gênero. Não se trata aqui de roubar o protagonismo das mulheres, mas de entender que certas violências afetam as pessoas não hegemônicas e não afetam as mulheres cis heterossexuais, pelo menos não da mesma forma.