O anfitrião, Neil Patrick Harris, quase um desconhecido pra mim, deixou bastante a desejar, mas não foi um fiasco como Seth MacFarlane ou David Letterman, os piores da história (seguidos de longe por James Franco).
Seu momento mais constrangedor foi quando ele improvisou e disse pra produtora Dana Perry, que usava um vestido com bolinhas (eu nem reparei), que era preciso "balls" (bolas, e também testículos) para usar aquela roupa. Foi péssimo, porque no seu discurso, ela tinha acabado de falar do filho que se suicidou, e porque, numa indústria que tem tão poucas mulheres por trás das câmeras, fazer uma piadinha sem graça dessas é... escroto.
Porém, no momento final, quando Neil abriu o envelope com suas previsões do que iria acontecer, ele acertou em cheio (isso foi armação ou o carinha realmente tinha noção de tudo?). De toda forma, duvido que ele volte a apresentar o Oscar. O consenso foi que não agradou.
Seu momento mais constrangedor foi quando ele improvisou e disse pra produtora Dana Perry, que usava um vestido com bolinhas (eu nem reparei), que era preciso "balls" (bolas, e também testículos) para usar aquela roupa. Foi péssimo, porque no seu discurso, ela tinha acabado de falar do filho que se suicidou, e porque, numa indústria que tem tão poucas mulheres por trás das câmeras, fazer uma piadinha sem graça dessas é... escroto.
Porém, no momento final, quando Neil abriu o envelope com suas previsões do que iria acontecer, ele acertou em cheio (isso foi armação ou o carinha realmente tinha noção de tudo?). De toda forma, duvido que ele volte a apresentar o Oscar. O consenso foi que não agradou.
As coisas realmente começaram a esquentar quando Patricia Arquette, favoritíssima, ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por Boyhood (acabou sendo a única estatueta dada a um filme que, até pouco tempo, era favorito. Mas é uma questão de timing, não tem jeito: se a premiação tivesse sido duas semanas antes, Boyhood levaria os prêmios de filme, diretor e montagem. O tempo dele passou, e os votantes viram que o filme não era aquilo tudo não).
No início de seu agradecimento, Patricia leu um discurso chato. Mas aí completou com "É nossa vez de termos igualdade salarial de uma vez por todas!".
No início de seu agradecimento, Patricia leu um discurso chato. Mas aí completou com "É nossa vez de termos igualdade salarial de uma vez por todas!".
Mais importante do que o que ela falou, foi a reação de Meryl Streep e Jennifer Lopes, que gritaram e aplaudiram, entusiasmadíssimas. E foi lindo que a câmera captou isso e passou esse entusiasmo para um público de quase um bilhão de pessoas. Esse momento não será um marco pro feminismo, mas foi importante. Talvez sejam apenas migalhas, mas às vezes temos que nos contentar com migalhas.
E neste caso foi uma atriz que interpretou uma mãe solteira pedindo igualdade salarial pra todo mundo ver, sendo ovacionada pela estrela mais condecorada do cinema (e com todo um histórico feminista).
Esse ato foi o tapa na cara dos anti-feministas. Pra quem vive dizendo que o feminismo morreu, que ninguém leva o feminismo a sério, pra quem faz montagens e piadas grotescas com feministas, esses segundos (porque não durou mais que alguns segundos) valeram como um "Para de falar besteira e vai se ferrar, babaca!". Foi lindo.
E neste caso foi uma atriz que interpretou uma mãe solteira pedindo igualdade salarial pra todo mundo ver, sendo ovacionada pela estrela mais condecorada do cinema (e com todo um histórico feminista).
Esse ato foi o tapa na cara dos anti-feministas. Pra quem vive dizendo que o feminismo morreu, que ninguém leva o feminismo a sério, pra quem faz montagens e piadas grotescas com feministas, esses segundos (porque não durou mais que alguns segundos) valeram como um "Para de falar besteira e vai se ferrar, babaca!". Foi lindo.
Foi um instante feminista pra coroar toda a campanha do Ask Her More, criada por Reese Witherspoon e Amy Poehler. Reese, inclusive, fez um bonito discurso já no Red Carpet, afirmando "Somos mais do que nossos vestidos".
E a famigerada ManiCam (nunca tinha ouvido falar nessa atrocidade), um "cenário" para que as estrelas (apenas as atrizes; os atores podiam falar de seus projetos) mostrassem suas unhas e anéis, foi aposentada.
E a famigerada ManiCam (nunca tinha ouvido falar nessa atrocidade), um "cenário" para que as estrelas (apenas as atrizes; os atores podiam falar de seus projetos) mostrassem suas unhas e anéis, foi aposentada.
Enquanto isso, aqui no Brasil, pessoas não muito inteligentes ficaram entediadas com o desfile de celebridades, e passaram a fazer montagens com fotos minhas. Juro! Essa galera da 4a Série B é meio imatura. Essas pessoas problemáticas, retuitadas pelo humorista mais medíocre do Brasil, quiçá do mundo, inventaram que eu só assisto o Oscar pra poder falar mal das atrizes (porque elas se depilam!).
Tipo, eu adoro o Oscar a ponto de organizar um bolão há 27 anos, e é evidente que não assisto o Oscar pra ver vestidos, porque não dou a mínima pra moda (mas essa sou eu, não quer dizer que feministas não possam gostar de comentar vestidos). E imagina se vou falar mal de alguma atriz pela roupa que veste (quem faz isso são eles, não eu).
A 4a Série B Inventou também que não gostei de Birdman por se centrar na crise de um homem branco. Birdman foi meu preferido entre os oito que disputavam melhor filme. Bem, quem faz stand-up bullying não tem a menor preocupação com a verdade mesmo.
Tipo, eu adoro o Oscar a ponto de organizar um bolão há 27 anos, e é evidente que não assisto o Oscar pra ver vestidos, porque não dou a mínima pra moda (mas essa sou eu, não quer dizer que feministas não possam gostar de comentar vestidos). E imagina se vou falar mal de alguma atriz pela roupa que veste (quem faz isso são eles, não eu).
A 4a Série B Inventou também que não gostei de Birdman por se centrar na crise de um homem branco. Birdman foi meu preferido entre os oito que disputavam melhor filme. Bem, quem faz stand-up bullying não tem a menor preocupação com a verdade mesmo.
O que foi maravilhoso é que, com o discurso da Patricia, essa gentinha se calou rapidamente. Deve ter sido uma noite difícil pros reaças. Além de discurso feminista, também teve discurso anti-racismo e anti-homofobia, e um mexicano ainda levou melhor diretor.
Logo após o discurso engajado de Patricia veio o primeiro standing-ovation (auditório inteiro aplaudindo de pé), para um número musical emocionante com "Glory", canção original de Selma.
A academia caprichou, não se pode negar. Como resposta por ter sido chamada de racista, convocou celebridades negras para apresentar praticamente todos os prêmios (como disse alguém na minha timeline, vimos mais negros numa noite do que em um ano de Rede Globo).
E, para esse número, recriou a famosa cena da ponte no palco, o que comoveu muita gente.
Quando veio a entrega do prêmio para melhor canção, não tinha pra ninguém.
"Glory" ganhou fácil, e os músicos Common e John Legend reforçaram no discurso o que já estava na música -- de que o racismo nos EUA não acabou nos anos 60, com o movimento por direitos civis, que a luta continua. Legend resumiu: hoje os EUA tem mais negros no sistema correcional do que tinha escravos em 1850. Uma declaração dessas obviamente provoca urticária nos reaças, que só conseguem responder com mais racismo:
A academia caprichou, não se pode negar. Como resposta por ter sido chamada de racista, convocou celebridades negras para apresentar praticamente todos os prêmios (como disse alguém na minha timeline, vimos mais negros numa noite do que em um ano de Rede Globo).
E, para esse número, recriou a famosa cena da ponte no palco, o que comoveu muita gente.
David Oyelowo chora, comovido |
"Glory" ganhou fácil, e os músicos Common e John Legend reforçaram no discurso o que já estava na música -- de que o racismo nos EUA não acabou nos anos 60, com o movimento por direitos civis, que a luta continua. Legend resumiu: hoje os EUA tem mais negros no sistema correcional do que tinha escravos em 1850. Uma declaração dessas obviamente provoca urticária nos reaças, que só conseguem responder com mais racismo:
Quando vi que seria entregue a estatueta de melhor roteiro adaptado, onde o favoritismo era de Jogo da Imitação (que tem um gay como protagonista), eu tuitei:
Dito e feito.
Subiu ao palco um rapaz que parecia ser adolescente, que discursou que tentou se matar quando tinha 16 anos por se sentir esquisito, e agora estava aqui, ganhando prêmio. Disse ele: "Continue estranho, continue diferente" (mais tarde, Graham Moore afirmou à imprensa que ele não é gay, mas não importa -- todo mundo interpretou sua fala como uma homenagem à campanha "It gets better").
E finalmente, a vitória de Alejandro G. Iñarritu, segundo mexicano a ganhar o Oscar (ano passado foi a vez de Alfonso Cuaron).
Subiu ao palco um rapaz que parecia ser adolescente, que discursou que tentou se matar quando tinha 16 anos por se sentir esquisito, e agora estava aqui, ganhando prêmio. Disse ele: "Continue estranho, continue diferente" (mais tarde, Graham Moore afirmou à imprensa que ele não é gay, mas não importa -- todo mundo interpretou sua fala como uma homenagem à campanha "It gets better").
E finalmente, a vitória de Alejandro G. Iñarritu, segundo mexicano a ganhar o Oscar (ano passado foi a vez de Alfonso Cuaron).
Infelizmente, quem foi escalado para entregar o prêmio, Sean Penn, não conseguiu deixar sua babaquice de lado. Talvez por ser amigo pessoal de Alejandro, Sean não viu que suas palavras teriam alcance gigantesco: "Quem deu a este fdp um green card?"
Sean foi pichado sem dó por meio mundo. Pelas feministas, que lembraram de quando ele torturou Madonna; pelos direitistas, que odeiam Sean por ser de esquerda; e pela comunidade hispânica nos EUA, que não considerou nada divertido o chiste de não dar green cards a um imigrante. Foi uma maneira desastrada de fechar a noite.
Apesar disso, vamos admitir que a cerimônia foi incrível, vai. Claro que fazer um evento socialmente consciente não redime a Academia de ser racista e machista, mas só vi jornalista homem e branco dizendo que a cerimônia foi chata. Por coincidência, esses caras nem mencionaram os discursos engajados. Por que será, né?
E por que será que, quando um homem branco agradecia, ele falava sobre si e sua família, mas quando mulheres ou negros agradeciam, eles eram capazes de olhar para além do seu umbigo? (É justamente por isso que Hollywood, e todo o cinema no mundo, precisa de maior diversidade).
Enquete do blog, respondida por 1062 pessoas: 1) Boyhood, 2) Selma, 3) Nenhum (vocês, hein), 4) Gde Hotel Budapeste, 5) Teoria de Tudo, 6) Birdman, 7) Jogo, 8) Whiplash, 9) Sniper |
Ok, você pode argumentar, a Lolinha só adorou o Oscar 2015 porque ela ganhou o bolão. Pode ser verdade. Eu não sei como estaria meu ânimo se eu não tivesse ido tão bem. Mas que fez um bem danado ganhar o bolão, depois de tantos anos, logo numa edição cheia de discursos revolucionários, isso fez.
Tive muita sorte com as apostas. Por exemplo, coloquei Whiplash como vencedor de uma das categorias de som apenas por se tratar de um musical. Coloquei Grande Hotel Budapeste pra maquiagem sem nenhuma confiança.
Eu ia apostar no filme com efeitos especiais (nunca em Foxcatcher, porque achei aquele narigão do Steve Carell malfeito), mas, por impulso, troquei por Budapeste. A mesma coisa com trilha sonora. Eu queria apostar no Desplat, que havia sido indicado tantas vezes sem nunca ter vencido, mas, pro azar dele, ele foi nomeado por dois filmes, o que poderia anular suas chances, e dar a vitória pra Teoria de Tudo. Nem acreditei quando Desplat levou por Budapeste.
Elementar que a Lolinha iria voltar a ganhar o bolão do Oscar |
Quando vi, estava com 12 em 12. Um pouco depois, abri vantagem de dois pontos sobre os segundos colocados, e quando vi que eles haviam apostado em Boyhood pra melhor filme, percebi que iria ganhar o bolão. Mesmo assim, torci por Michael Keaton (apesar de ter apostado no Eddie Redmayne).
Rindo sozinha |
E este post já está mais longo que as 3,5 horas da cerimônia do Oscar. Meu querido Júlio César, que participa do bolão há séculos, e que organiza essa bagaça toda, me mandou um email na manhã de segunda, junto com as tabelas: "Espero que você entre novamente numa sequência de vários anos sem ganhar".
Pode ficar esperando, Julio! Agora eu peguei o gostinho. Será que o Oscar também pegou o gosto de lembrar das minorias?
Não esse oscar pra mim foi pior que o outro, só gostei mesmo dos discurso da patricia e do ask her more. Eu não achei os filmes interessantes senti falta de mais papeis femininos significativos.
ResponderExcluirTambém reclamaram de não terem citado Roberto Bolãnos, será que só vale se for nos Eua, teve uma premiação que Claudia Leitte foi e nem falaram o nome dela,parece que só enxergam seus próprios umbigos.
Vc ta brincando?
ExcluirNAIL PATRICK É GAY
ResponderExcluirÓ, não diga.
ExcluirGostei do Neil, só achei que ele pisou em ovos (talvez por ser gay e ter consciência de que parte do público ainda tem rejeição a isso). Mas o achei simpático, suave e com timing. E gostei dele ter alfinetado a "brancura" do Oscar logo no início.
ResponderExcluirQuanto ao discurso da Patricia, gostei, acho que poderia ter ido além do "aqui no USA". A gente sabe que é por causa da polêmica dos emails da Sony, mas o Oscar não é visto só nos EUA. De qualquer modo, foi ótimo.
Atrizes e cantoras q ganham milhões reclamando de salário...
ResponderExcluirElas não estavam falando por elas. Nem todo mundo é egocêntrico como você.
Excluirfora do assunto
ResponderExcluirontem discuti com um bando de machistas que ficaram revoltados pq a mulher cortou o saco do cara, eu disse ele teve todo atendimento médico enquanto meninas há anos são mutiladas em países com o aval dos próprios homens, eles ficaram de mimimi, eles provocam falando feminaze adoraram depois quando recebe argumentos válidos se fazem de coitadinhos.
Um erro não justifica o outro. Se existem lugares onde as mulheres são mutiladas, eles lá é que tem que resolver esses problemas.
ExcluirO esforço do trabalho delas é o mesmo, senão maior (em certos casos), do que o dos homens (sem contar outras coisas que tendem a ser diferentes entre os gêneros). Pode ser bobagem pela quantia, mas não é pelo direito.
ResponderExcluir"Foi bonita a festa do Oscar, pá. Fiquei contente."
ResponderExcluirAmo essa musica do Chico s2
Quanto a reaçada. Fiquem aí nos seus twiters falando merda e fazendo montagem tosca. Nós tivemos o Oscar inteiro pra sambar na cara de vocês.
Trouxas.
Lola, você ficou sabendo da manicam por causa do meu comentário no outro post? Porque, se for, eu vou ficar muito feliz de ter contribuído (mesmo que com uma informação meio escrota) :)
ResponderExcluirfui mal no bolão (grátis) mas ainda assim adorei ver a cerimônia do oscar. algumas piadas do neil foram terríveis mesmo, mas o musical do começo foi muito legal.
ResponderExcluiralém dos discursos ótimos que você mencionou, vale também lembrar que o documentário sobre o Snowden ganhou na categoria. E aí o neil falou que ele não podia estar na cerimônia por conta de "alguma traição". Achei bem impactante também.
e não fala que boyhood não era tudo aquilo, pra mim ele é lindo lindo lindo!
ontem vi "ida" que não tinha visto ainda e é um dos poucos filmes do oscar que passam no teste de bechdel. vale a pena!
Lolinha, fui mal demais no bolão pago! hahaha! confiei demais em boyhood! Depois por favor faça uma resenha de Ida, que foi o meu preferido de todos desse ano.
ResponderExcluirPoxa Lola, que horrível esse pessoal das montagens... Mas é puro recalque, como de costume. O importante é que foi ótimo ver e ouvir os discursos, espere que os próximos sejam ainda mais 'esquerdistas'. Eu fui péssima no bolão grátis, vamos ver se tomo jeito no ano que vem...rsrsrs.
ResponderExcluirOw Lola, não viu e odiou? Que preconceito é esse? Veja pelo menos, pra odiar. Kkk
ResponderExcluirOs livros são bem melhores. Mas a brancura de lotr é meio de encher o saco.
Essa é boa ,ninguem pode se revoltar com essa mulher q mutilou o marido pq mulheres sofrem violência?!
ResponderExcluirElas são partidárias do "olho por olho, dente por dente "...
Excluirnão sei como eram a inglaterra na época que Tolkien escreveu o senhor dos aneis, de qq forma a ideia por trás dos livros é criar uma mitologia para a inglaterra e vamos concordar mitologicamente falando não haviam negros na inglaterra (talvez um ou outro mas não em numero suficiente para justificar a criação de personagens) diante disto acho quem coerente a brancura do SdA.
ResponderExcluirAgora falando sobre a inglaterra de hoje, a presença de negros em minisseries britanicas é bem alta, inclusive como protagonistas, neste ponto estão bem acima dos eua e infinitamente acima do brasil...
Puts, seria melhor ter ficado quiet@!
ExcluirMas e justamente por ser mitologia as pessoas podiam ser verdes não? Ter 4 braços. Rabo. E isso nem é uma desculoa tão boa. Lewis é da mesma época e em Narnia tem pretos.
ResponderExcluirRaven Deschain
ResponderExcluirvc sabe algum grupo feminista no whats up?
Pois é Ganham milhões pagam os mesmos impostos mas por não terem pika, ainda não ganham o mesmo que os que tem.
ResponderExcluirTudo é frescura, racismo é frescura de negro, machismo é frescura de mulher, até cair pimenta no teu olho tudo é frescura.
A única coisa que o sexo masculino se orgulhar ultimamente é de conseguir permanecer hétero.
ResponderExcluirE vem falar de frescura
zeddy
ResponderExcluirnail patrick foi um chatinho que voz irritante muito mais a ellen degeneres
Acho que já dá pra reaçada chorar bonito, hein? Ano passado, Ellen que é lésbica foi a apresentadora, esse ano Neil que é gay, haha começou a ditadura gayzista!
ResponderExcluirMas só uma coisinha:
"E por que será que, quando um homem branco agradecia, ele falava sobre si e sua família, mas quando mulheres ou negros agradeciam, eles eram capazes de olhar para além do seu umbigo?"
Eu concordo em partes. E sim, precisamos de diversidade, mas cada um (mulher ou negro) citou sua realidade e luta o que acho justíssimo. Agora se algum homem pensasse fora da caixinha (e falasse a favor das mulheres, por exemplo), eu acharia amazing, mas tenho certeza que muita gente iria acusá-lo de estar roubando a fala de minorias ou coisa parecida. O próprio discurso da Patricia Arquette foi criticado por ter sido considerado, por algumas pessoas, branco e elitista. Eu não tiro o direito de ninguém refletir sobre essas coisas, mas existem situações onde se vc não fala é umbiguista, se fala está se autopromovendo, enfim. O importante é não esquecer que não foi o Oscar da diversidade, não adianta a Academia se envergonhar de tomar umas críticas duras e fazer um ajustes, não confundam os discursos engajados (e lindos) com a premiação em si, que foi muito injusta e ominormativa.
Outra coisinha, sobre o SDA: nos filmes, negros e não-brancos apareciam sim. Formando a fileira dos exércitos contra os mocinhos brancos e platinados. Apenas reparem. Quer dizer, para serem os herois não podiam, mas para guerreiros malvados tinham muitos. Acho absurdo em uma história com elfos e hobbits, as pessoas acharem ok, um elenco todo branco, cadiqué é o canon.
E eu apostei tanto no Neil e ele foi tão nhémmmm.....
http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2015/02/jornal-ingles-inclui-brasil-entre-paises-mais-inseguros-para-mulher-viajar.html
ResponderExcluirbrasil 2 lugar mais perigoso para mulher visitar
não deixem de olhar os comentários machistas falando que a culpa é do pt kk
Então Juliana, eu ia dizer isso agora: preto no lotr são os orcs. Os vilões. Os caras que fodem com tudo. Kkk ¬¬ e os figurantes claro, que figurante branco deve ser mais caro.
ResponderExcluirStoffel, não pertenço a nenhum grupo no uatis e não conheço nenhum. Então não sei te recomendar mesmo.
Eu também não conheço nenhum grupo infelizmente. seria bom compartilhar coisas fora daqui mas fazer o que...
ResponderExcluirAchei que o Sean Penn tentou ser irônico, até servindo como escada para o discurso do amigo dele. Não que ele precise ser defendido, mas achei injusta as críticas.
ResponderExcluirTem que ser muito idiota pra nao sacar que um cara politicamente progressista como Sean Penn estava sendo irônico. E a vida privada dele não me interessa. Ele estava rindo da cara de quem é contra a imigração e fala esse tipo de frase. tem que desenhar?
ResponderExcluirSe eu posso contratar uma mulher pra fazer a mesma coisa que um homem faz e ainda pagar menos, por que diabos eu devo contratar homens
ResponderExcluirOFF TOPIC:
ResponderExcluirGente....que é isso??
“a petição (...) exige que o evento organizado pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais seja cancelado porque o movimento ‘feminista possui bandeiras que são contrárias à fé católica”
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/catolicos-criam-peticao-contra-evento-da-puc-rio-que-celebrara-dia-internacional-da-mulher-15424963
Eu amei o musical de abertura!!! Tudo bem que sou sou fã do Neil Patrick Harris em qualquer musical...
ResponderExcluirPelo amor de Deus, Sean Penn foi apenas irônico e nao ofensivo.
ResponderExcluirO Sean Escrotopenn é amigo do diretor a quem dirigiu a piada. Se ele quer falar um negócio deles pro sujeito, quem sou eu pra me meter, mas custava ter dito em particular?
ResponderExcluir"cara politicamente progressista"
ResponderExcluirRealmente, bater em mulher e ser racista contra imigrantes é progressista PRA CARALHO
O Oscar em si foi medonho! Como bem li em uma crítica, uma premiação que tinha como favoritos um filme com "Boy..." e outro com "...man", tinha como foco uma coisa só. As minorias tiveram voz porque havia um microfone ligado. Mesmo assim, continuou sendo o retrato do votante médio da academia: homem, branco, meia idade, que não trabalha com cinema há dois ou três anos. Aliás, o próprio protagonista de "Birdman". Duvido que "Boyhood" ganharia, porque "Birdman" é um filme sobre a indústria para a indústria. Os tiozinhos devem ter ficado loucos de emoção com aquilo! E a respeito do Neil Patrick Harris, ele é espetacular. Arrasou nas apresentações do Tony, do Emmy, do Grammy, menos do Oscar, o que só mostra como aquilo é engessado e atrasado. Acompanho a premiação há 20 anos e é sempre a mesma coisa, não há evolução nenhuma na Academia. Depois dos grandes discursos, quem sabe ano que vem. A esperança continua.
ResponderExcluirNão assisti este Oscar pq sabia que Neil Patrick Harris seria soporífero (e também pelos filmes, que não gostei muito). Mas fiquei muito feliz em acompanhar pelas redes sociais o pessoal comemorando os discursos, que foram a melhor parte. Apesar de ouvir dizer que a produção queria cortar o discurso de todo mundo, pô, coloca menos tempo pra essas apresentações musicais então!
ResponderExcluirGente, e a Lady Gaga? Arrasou demais!
ResponderExcluirTalvez não colocaram o nome do Roberto Gomez Bolaños porque ele nunca teve contato com a indústria hollywoodiana (apesar de ter feito filmes). Triste. De qualquer modo, pela relevância dele, merecia uma homenagem.
ResponderExcluir"que usava um vestido com bolinhas (eu nem reparei)"
ResponderExcluirMentirosa!
Me crucifiquem e cassem minha carteirinha se preferirem, mas achei Boyhood um filme bem feminista. What about Girlhood? Seria ótimo, mas né, o diretor é um homem, sabe como é a experiência de amadurecimento no universo masculino.
ResponderExcluirMas além dos inúmeros momentos de negação da masculinidade padrão que o protagonista apresenta (e até a forma como esses padrões são impostos a um menino), Boyhood é muito sobre a mãe, que é mãe e pai, que sai de relacionamentos abusivos ao mesmo tempo que entra neles para dar uma família aos filhos. E ainda não deixa de colocar a crítica aos pais de fim de semana, principalmente na cena onde o Ethan Hawke oferece dinheiro para a Patricia Arquette.
Queria muito que Boyhood tivesse ganho não só por ser um ótimo filme, mas por ter tantas mensagens de igualdade de gênero, lutas feministas, maternidade e negação da masculinidade padrão.
Ué, mentirosa por quê, anon das 11:22? Por que eu iria mentir sobre isso? Se eu digo que não reparei, é porque não reparei mesmo. Aliás, eu não minto.
ResponderExcluirAnon das 11:45, ninguém vai cassar sua carteirinha! Também achei Boyhood bastante feminista. A personagem da Patricia Arquette é sem dúvida feminista. O título do filme é enganoso sim.
(Só que, me crucifiquem, mas eu adorei o personagem do Ethan Hawke. Ele é muito fofo! Não paga um puto pros filhos, mas é um bom pai, da sua maneira. Ok, não é o modelo que queremos. MESMO).
Sean Penn só fez uma brincadeira, engraçada na minha opinião. Caramba, tem que ser muito complexado pra ver racismo nisso.
ResponderExcluiresse deslumbramento com 12 anos de filmagem, com o desenvolvimento do personagem e do ator não me atinge, prefiro o personagem doianel, o ator jean pierre leaud e o diretor françois truffaut. boyhood é super longo e algo banal. ainda que quisesse justamente mostrar grandes mudanças (crescimento) nesse contexto de banalidade cotidiana. mas uma coisa eu tenho que concordar com a anônima das 11h45. o melhor do filme é a personagem e os conflitos da mãe. de longe. patricia esta excelente e o oscar foi, cirurgico, PRECISO nesse caso. mas posso dizer que achei o discurso atrapalhado? pedir pros gays e pretos lutarem a luta das mulheres. como se fossem tres caixinhas: uma das mulheres, outra dos pretos, outra dos gays, e não que existem intercessões entres essas instancias. e sei lá, ainda pronunciou a palavrinha que sempre me deixa com a pulga atrás da orelha: taxpayers. achei o discurso de john legend muito mais importante, poderoso e corajoso.
ResponderExcluirAgora fiquei com vontade de conferir esse Boyhood, anon 11:45.
ResponderExcluirE sim, a Lady Gaga arrasou!!
Foi emocionante.
Pois é, sobre a piadinha do Sean Penn, acho que todo o mundo entendeu que foi irônia. Mas é o mesmo que dizer a um negro: Por que te tiraram do tronco?
ResponderExcluirOu a uma mulher: Por que você não está atrás do fogão?
Ou a um gay: Por que teu pai não te deu uma surra pra aprender a ser homem?
Ou quem sabe a um judeu: Por que tiraram teu pai da câmara de gás?
Ironia ou não, eu não acho graça. Se fosse entre as duas pessoas apenas, ainda vá. Como já disse o grande Desproges, pode-se fazer humor sobre tudo, mas não com todo mundo mundo.
No Brasil a corrupção é ambidestra....
ResponderExcluirAnônimo de 12:34, arrasou!
ResponderExcluirDesculpa, mas cismar com o título de filme pra definir o conteúdo e as intenções de quem fez/indicou é um pouco viajado demais...
ResponderExcluirFrescura pura,elas odeiam tanto serem avaliadas pelas roupas que só usam grife de estilistas famosos.Hipocrisia?
ResponderExcluirAlém do mais,nenhuma delas recebe o Oscar por causa das roupas mas por suas atuações.E famosa que ganha milhões por um mísero filme,reclamado de grana,é dose.
eu entendi a piada do sean penn como uma brincadeira sim, mas tb como uma cutucada nos xenófobos de plantão no sentido de " parem de deixar esses xicanos talentosos entrarem em nosso país senão vcs serão obrigados a reconhecer q eles são tão fodas qto os do lado de cá"
ResponderExcluirenfim, apenas uma reflexão sobre a questão de que sempre haverá grandes talentos onde houver oportunidades de exerc~e-los, afinal mta gente adora encher a boca pra falar bobagens associando a miséria de alguns lugares à incapacidade e preguiça de seus habitantes né? E outra crítica, o Sean não é santo, aliás, tenho verdadeiro asco dessa mania q esses esquerdinhas de hollywood têm de cagar regra sobre o q não sabem, mas uma pessoa para fazer uma ação boa não precisa ter o currículo imaculado. Parem de cobrar perfeição dos outros, a união faz a força
kkkk Discurso feminista encomendado pra dar um up numa cerimônia fria e sem graça,com vencedores óbvios.Todos os anos inventam alguma coisa .Só alienados acreditam que tudo que acontece na cerimônia do Oscar é espontâneo e surpreendente.Tudo é ensaiado.Claro que fica parecendo real,são atores de cinema pôxa,se eles não souberem fingir que não sabem de nada,podem se aposentar.
ResponderExcluirA questão é odiar ser avaliada pelas roupas, é odiar ser avaliada SÓ por isso, que, ultimamente, foi o centro desses red carpets.
ResponderExcluirSe elas tem dinheiro pra comprar roupa cara, qual o problema (e muitas ganham ou pegam emprestado o que vestem)?
Se elas querem ficar bonitas, qual o problema?
Então, só pra não serem julgadas feito bonecas, elas precisam ir de mendigas?
Quando você se arruma pra sair de casa, vem alguma câmera te medir de cima a baixo? Ou aparece alguém perguntando se você fez dieta pra caber na sua roupa?
É o mesmo velho discurso que faz parecer que o problema está no direito da mulher de existir.
anônima das 7h45, não vem um câmera porque eu não sou uma personalidade pública, formadora de opinião especialmente sobre moda, não associo o meu corpo/personalidade a determinadas marcas, não tenho personal stylist pra me vestir e criar tendencia (transferindo uma boa clientela pra marca que me veste), não apareço na capa de revistas de moda, não sou considerada por revistas especializas "fashion icon", não sou convidada pra primeira fileira das semanas de moda mais influentes do mundo. você pode admirar a campanha ask her more sem ignorar o óbvio: o red carpet e a industria da moda andam de mãos dadas. os vestidos não são presenteados porque as marcas querem expressar seu carinho pelas estrelas, são dados e emprestados porque o red carpet, e especialmente o oscar, é a maior vitrine do mundo, a cerimonia é vista por 1 bilhão de pessoas em diversos países.
ResponderExcluira questão pra mim é que as mulheres tem papel secundário/limitado na direção/roteiro/atuação/produção e se disfarça isso alçando elas ao protagonismo do starsystem. resse whiterspoon fazer isso tem o maior sentido porque ela resolveu arregaçar as mangas e ser produtora: o filme que ela atua é produzido por ela. geena davis fez uns instituto de pesquisa sobre gênero. mas tem um bando de mulher super confortável no papel de protagonista do starsystem (e rachando de ganhar dinheiro, ainda que menos que os colegas homens. poxa, por que não usam essa grana pra fazer algo mais interessante pra categoria?). culpa delas somente? creio que nao, as portas se fecham pra iniciativas femininas, veja aí que a diretora de selma ficou de fora do premio de diretora. mas daí a dizer que filmar os vestidos e perguntar pras atrizes questões relacionadas a moda é totalmente sem sentido, porque elas não devem ser julgadas/lembradas só por quererem estar bonitas é um raciocínio míope demais pro meu gosto!
Parte daquelas atrizes não é "formadora de opinião especialmente sobre moda", não sei dizer quantas associam seu "corpo/personalidade a determinadas marcas", mas imagino que não sejam todas, e acho que algumas não devem ter "personal stylist pra me vestir e criar tendencia" (mas também é chute), acho que nem todas são consideradas "por revistas especializas "fashion icon"", e penso que algumas não são convidadas "pra primeira fileira das semanas de moda mais influentes do mundo".
ResponderExcluirElas são atrizes, sabe. São ícones e usam seus corpos, mas não necessariamente/exclusivamente de e para a moda. Não é o trabalho delas. Suponho que, numa premiação sobre o trabalho delas, seja mais legal elas falarem do trabalho delas do que serem cobertas de perguntas sobre dieta ou lifting ou terem que exibir os dedos.
Elas vendem uma imagem, precisam estar atraentes pro público de algum modo. É, infelizmente, a indústria. E essa indústria não pega só as atrizes (pode ver como esculacharam a Dana Perry - produtora e diretora - pelo tal vestido de bolinhas), pega as mulheres. Então, miopia é dizer que uma ou outra tem mais direito de reclamar.
Acho que a reclamação da Cate Blachett no SAG Awards (quando ela perguntou se o câmera filmava os homens dos pés à cabeça do modo que estava fazendo com ela) foi um dos pontos altos.
ResponderExcluirSe ela, que é linda, loira e magra, ou seja, preenche todos os padrões (e ainda estava usando um lindo vestido), se sentiu desconfortável, o que diremos nós, meras mortais? O que as palmas da Meryl Streep no Oscar, MERYL STREEP, mostram? Se mulheres com beleza abundante se incomodam por isso ser focado mais do que seu talento e inteligência, acho que isso diz muito sobre como TODAS somos tratadas.
Então, eu não reclamo de ver pessoas como elas, com tanto alcance sobre as pessoas, abrindo a boca pra reclamar.
E exatamente, também penso como como x anon das 11:21. O Oscar é uma premiação (cafona e preconceituosa, para o meu gosto) do cinema. CINEMA, não moda. Não são as atrizes que são bombardeadas pelas exigências cretinas do patriarcado, ou seja, para cumprirem seu papel "decorativo" na sociedade. Todo esse blablabla sobre moda, sobre elas ganharem dinheiro com essa outra indústria cretina que é a moda, não explica e muito menos justifica esse tratamento desigual e machista, que TODAS as mulheres sentem e sofrem no cotidiano.
ResponderExcluirMELHOR DO DIA "galera da 4a Série B".
ResponderExcluirRI ALTO!
anônima, vc ignorou a parte central do meu argumento, mas tudo bem. é assim que se faz quando a gente quer provar nosso argumento por a + b.
ResponderExcluirmas vamos lá:
se nem a industria hollywoodiana é somente sobre filmes, que dirá o oscar. não sei se vc viu, mas teve uma parte da premiação dedicada a comunicar os engenheiros reconhecidos por inovações tecnicas, aqueles que desenvolvem uma porção de parafernalia pra fazer uma porção de coisa possível no cinema (não confundir com categoria som, efeitos especiais). normalmente tem também a venda de produtos licenciados, relacionados aos filmes (isso era bem mais comum antigamente, mas imagino que ainda tem nos filmes da marvel e cia). e tem o starsystem que está intrinsecamente ligado à industria da moda. nesse ultimo, as mulheres são as protagonistas. e elas não são protagonistas só porque aparecem com vestidos caros no redcarpet algumas vezes por ano, porque querem e tem o direito de se sentirem bonitas. elas protagonizam todas essas situações que eu mencionei no meu comentário anterior (que acontecem durante o ano todo!).o interessante é que vc admite que chuta a quantidade de estrelas do primeiro escalão relacionadas com marcas, produtos, industria da moda e ao mesmo tempo, diminui a importancia do star system (e sua intrinseca relação com a moda) pra industria hollywoodiana:
keira knightly (chanel), lupita nyongo (prada), jennifer lawrence (dior), scarlet johanson (dolce & gabana), marion cotillard (dior), tem ainda a charlize teron também ultra associada à dior, tem a julia roberts (lancome), a liv tyler (givenchy), natalie portman (dior). isso só pra citar algumas que me lembro de cabeça. mas vc sabe que posso engrossar essa lista em questão de segundos. em boa parte do ano, essas mulheres estão sim posando pras revistas de moda, dando dicas de moda e de dieta, jenifer aniston é uma. vendem as fotos do parto, da cria recém nascida, do casamento por uma nota. é isso o que chamamos starsystem: a venda do estilo de vida e da personalidade que está intimamente relacionada às atrizes mulheres. enquanto isso os caras são a maioria na produção, direção, e atuação. mas essas mulheres são tão onipresentes que a gente fica com a impressão de que elas SÃO hollywood, quando na verdade estão relegadas a outras funções, não necessariamente relacionadas aos filmes, onde muitas vezes são mais reconhecidas que os filmes que atuam em papeis coadjuvates. e acho que elas estão atentando pra isso e se movendo pra mudar. e isso é ótimo! agora, elas trabalham ativamente pro braço de hollywood (e ganham uma nota)que esta intrinsecamente ligado à moda, isso não tem como negar! eu não tô dizendo que a culpa é delas, tô dizendo que é uma divisão do trabalho machista como as que acontece em outras áreas. Mas poxa colocar elas ali como desencanadas que só querem se sentir bonitas me pareceu BASTANTE míope.
recomendo muito o filme map to the stars, protagonizado pela juliane moore, que faz uma critica sinistra ao star system.
um abraço
desafio: citar uma atriz que não tem personal stylist.
ResponderExcluirRoxy, não as coloquei como desencanadas, só as usei como um exemplo pra na verdade mostrar como a desvalorização da mulher (e até a culpabilização) aparecerem até quando a gente fala de estrelas de cinema, uma realidade tão distante. Escrevi especificamente pra quem disse que "elas odeiam tanto serem avaliadas pelas roupas que só usam grife de estilistas famosos", porque, com alguns ajustes, esse pensamento cabe em qualquer situação em que as mulheres estão vulneráveis ao julgamento alheio.
ResponderExcluirNão ignorei seu argumento, não havia entendido exatamente o que era starsystem.
ResponderExcluirNão acompanho as estrelas, mas essas atrizes que levantaram suas vozes (Meryl, Cate, Reese, Patricia, Amy Poehler, etc) fazem parte do starsystem?
Lola, sempre que fazem essas montagens com vc, eu lembro de uma música bem bobinha da Taylor Swift, que tá fazendo sucesso agora. A letra do refrão é assim: "Cause the players gonna play, play, play
ResponderExcluirAnd the haters gonna hate, hate, hate
Baby I'm just gonna shake, shake, shake
Shake it off".
Quase chorei de rir com as montagens. Muito ridículo!
Ué, e daí que as atrizes tem personal stylist? Me parece mais um argumento para mostrar a profunda ditadura da beleza e da moda a que estão submetidas. Mais até do que o restante das mortais.
ResponderExcluiro coletivo mulheres hollywoodianas é bem heterogeneo, e cheio de nuances. Vc tem as damas do cine (geralmente coroas e respeitadas, como meryl streep), vc tem as bombshels (desde a scarlet johanson até a megan fox cada uma com seu estilo), vc tem as discretas (como laura dern, que ninguem lembra muito quem é, mas é uma excleente atriz e de repente nao é lembrada pq nao ta na capa das revistas, nao estrela campanhas das grifes, as mulheres usam esses recursos pra estarem em evidencia) e eu acho que a coisa não é tão simples quanto encerrá-las em caixinhas: bombshell, dama, discreta e vitimizá-las todas, como sofrendo na mão da "industria cretina que é a moda", como disse a outra. eu acho que é um jogo duplo.
ResponderExcluira cate blanchett é linda, estilosa, boa atriz refinada e essas são as caracteristicas da marca cate blanchett. ela é um ícone. bota no goolge cate blachett cover magazine que vc vai ver essa mulher na capa de tudo quanto é revista....de moda vogue, harpers bazar...
A Angelina mesmo é um caso muito curioso: ela é muito mais lembrada pela fenda do vestido preto que usou numa cerimônia do oscar, do que por qualquer papel. ela nao atuou em nenhum filme verdadeiramente marcante(o marido por sua vez, atuou com os diretores mais reconhecidos da atualidade david fincher, tarantino)embora tenha ganhado um oscar por filme que é bem mais ou menos, numa atuação idem. por outro lado foi importantíssima pra discutir o cancer de mama, tem todo o trabalho humanitário, os filhos adotados. por outro lado vendeu as fotos do casamento. é possível que tenha doado o dinheiro, não sei. e agora resolveu ser diretora. ah sim, e era a cara da louis vitton (pousou no camboja numa campanha), também disseram que pariu na savana africana no meio dos leões. ela é parte do star system? certamente! mas de repente tá fazendo algo a mais. ou não. de repente ela criou uma marca de si mesma, extremamente atraente e lucrativa. e pode ser que essa marca permita que ela seja embaixatriz da onu. ou pode ser que o fato de ela ser embaixatriz da onu aumente ainda mais o valor da marca dela. (cont.)
garotinha do harry potter até atuou em filmes legais (bling ring), mas tá longe de ser uma excelente atriz, mas foi lá fazer discurso na onu defendendo as mulheres, ao mesmo tempo está sempre nas revistas, nas semanas de moda e é considerada fashion icon. incoerencia? claro que nao! de repente ela faz o discurso feminista chegar a muito mais gente (trabalhando pra industria cretina da moda). e de repente essa atuação na onu aumente o atrativo da marca que ela criou pra si mesma. (cont
ResponderExcluirde repente o feminismo tá na moda. de repente não basta só vc ser muito gata e vestir as melhores grifes, até a cameron diaz atentou pra isso quando saiu aí defendendo os pelos nas mulheres (outra que só faz filme mediocre, o ultimo era inclusive um petardo machista). pra mim isso tem algo de "um toque a mais pra aumentar o valor e a atração" da marca que são elas proprias, as atrizes, com sua aparencia, seus estilos de vida, suas posturas "politicas", os lugares descolados que frequentam (e tem personal pra isso tb, que escolhe o lugar que a celebridade deve ir e ser vista, restaurantes da moda, enfim). isso é o star system, quando as atrizes não são apenas atrizes, quando elas são marcas que criaram e mantiveram com muito esmero e dinheiro e profissionais dedicados. (cont)
e o oscar é o lugar de premiação dos filmes e também de celebração do star system. alguém tem duvida disso? quer maior instrumento de propaganda (que vai além das marcas ali divulgadas, é propaganda politica dos estados unidos, imperialismo cultural, soft diplomacy) do que vender essas caras e esse estilo de vida pra 1 bilhao de pessoas?
ResponderExcluire eu acho que o feminismo chegou no star system. e por que não usar o espaço em que as mulheres são protagonistas pra fazer campanhas, discursos, pra conscientizar? mas a ironia disso tudo é que esse espaço, é justamente o espaço que o machismo destinou a elas, na divisão generica do trabalho na industria hollywoodiana. então sinceramente nao adianta muito reclamar com a galera do E! enquanto vc tem 0% de roteiristas, 0% de diretoras e produtoras, e enquanto vc ta em todas as capas de revistas, os desfiles de moda. Claro que não é irrelevante. É legal, mas assim, acho que tem outras coisas que são bem mais significativas, e elas tem a grana e a influencia pra isso. pq não produzir filmes de diretoras? pq nao atuar em filmes de diretoras que nao sao tao conhecidas? emprestando sua imagem pruma diretora, tendo uma super star no filme, vao ter que falar do filme da diretora indie! é o que a oprah vem fazendo...e de quebra ainda usar o vestido de umA estilistA pouco conhecida no red carpet.
eu sou a favor de usar esse espaço pra galgar outros espaços. e isso tem acontecido, e eu acho realmente ótimo. até porque é uma estrategia, mais do que a catarse da vitima (que saco, a gente tem que ter corpo impecável, mas é a industria fazer o quê).
gata das 19h18: joga as seguintes palavras chave no google: tendencias oscar 2015. eu joguei e sabe quantas entradas apareceram?
ResponderExcluir1 milhão e 410 mil.
depois joguei as mesmas palavras chave em inglÊs e sabe quantas entradas apareceram?
chuta.
38 milhões e 900 mil.
agora se vc acha que isso é SÓ sobre a industria cretina da moda e da beleza e a total submissão das pobres sofridas atrizes hollywoodianas, eu não sei nem o que te dizer.JURO. não sei.
Vc percebe que a maioria das pessoas "engajadas" enxergam a "causa" de forma superficial quando Patricia Arquette (que nunca fez nada) é ovacionada por meia duzia de palavras e Sean Penn (que SEMPRE criticou a política externa dos EUA) é pichado. Só quem não sabe do ativismo político dele, não entendeu o quanto ele foi irônico.
ResponderExcluireu queria saber o que estava escrito no envelope do apresentador do oscar, neil patrick, com as previsões que ele falou que iria mostrar no final da cerimônia ??? eu não entendi a dublagem aqui no brasil. por favor alguem pode me dizer o que estava escrito ali, e qual era a piada?? não consigo entender em ingles !
ResponderExcluiralguem poderia me traduzir?
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