quarta-feira, 5 de novembro de 2014

UM CHOCANTE SUICÍDIO ACADÊMICO

Anteontem, tarde da noite, pouco depois de eu voltar pra casa do trabalho, recebi um tuíte-denúncia de uma leitora. Ela explicava o que havia acabado de acontecer na sua universidade, a Federal do Espírito Santo (UFES): um professor deixou alunos revoltados ao adotar um discurso racista. 
Publiquei então este tuíte, um resumo do que a moça tinha me dito:

Um pouco depois, ela me enviou uma matéria de jornal, a primeira a noticiar o caso
A matéria ainda não dava o nome do professor, mas já reproduzia o que ele disse em sala de aula -- entre outras coisas, que "detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro". A essa altura, os alunos não haviam feito ainda denúncia à Ouvidoria da universidade. 
Porém, na noite seguinte, a mesma leitora me enviou uma outra matéria da Gazeta, com o título "'Não é uma visão preconceituosa, é realista' diz professor acusado de racismo na Ufes". O professor em questão é o doutor em economia pela Universidade de Picardie, França, Manoel Luiz Malaguti, de Introdução à Economia Política. Ele gravou uma entrevista em vídeo para o jornal, e o que posso dizer é que este é um dos maiores suicídios acadêmicos que já presenciei. 
Vou transcrever quase tudo: "No meio de uma discussão sobre cotas e o sistema educacional, eu coloquei que, se eu tivesse que escolher entre dois médicos, um branco e um negro, com o mesmo currículo, eu escolheria o branco. Por que eu escolheria o branco? Os negros, em média, eles vêm de sociedades, de sociedades mesmo às vezes, comunidades, menos privilegiadas, pra gente não usar um termo mais forte, e nesse sentido, eles não têm uma socialização primária, na família, que os torne, uh, receptivos, aos trâmites da universidade, à forma de atuação da universidade, aos objetivos da universidade. E eles têm muito mais dificuldades pra acompanhar determinadas exposições. Eu não acho que é uma visão preconceituosa, eu acho bastante realista. A biologia, a genética, elas nos informam que até uma certa idade, sete anos no máximo, né, as conexões neurais já estão todas elas estabelecidas. Qualquer coisa que aconteça após os sete anos é uma influência da razão, do pensamento, tentando mudar os conceitos e pré-conceitos adquiridos nessa época chave. [...] 
"Então é uma dificuldade muito grande pra você se livrar dos conceitos e preconceitos que uma família, uh, desprivilegiada, uma família sem acesso à cultura, sem acesso a literaturas, sem acesso a outros idiomas, sem acesso a meios de comunicação mais sofisticados, né, obviamente essas famílias terão maiores dificuldades para enfrentar um curso universitário naquilo que ele se propõe: entender o universo, e como consta no estatuto e no regulamento da universidade. Então só digo isso: há uma maior dificuldade do cotista negro, tá, não quer dizer que ele é inferior, que ele é superior, nada disso, ele simplesmente nasceu numa situação de desigualdade social em relação aos outros alunos brancos e que não sejam cotistas, então eles apreendem com maior facilidade. [...] Eu falei: EU, por exemplo, essa foi a colocação, ao escolher, tanto advogados quanto médicos, né, escolheria os brancos e não os negros". 
Cartaz espalhado pela Ufes
O que mais me espanta é que ele repete calmamente pra câmera tudo o que os alunos o acusaram de dizer. Geralmente, quando alguém faz uma declaração dessas, ele nega ter dito o que disse, ou se explica dizendo que não foi bem isso que ele quis dizer, ou que foi mal interpretado, ou que foi irônico, ou que era uma piada. Mas não. Este professor apenas nega que tenha dito que "detestaria" ser atendido por um médico negro. De todo o discurso preconceituoso, ele só tem problema com o verbo detestar
Ontem perguntei à leitora que me pôs a par de todo esse imbroglio se ela era aluna do professor e se havia testemunhado isso tudo em sua aula. Ela respondeu que não, que seu namorado é aluno dele. E me enviou a nota à imprensa que os alunos emitiram, já que nenhum deles quer falar individualmente:

De minha parte, como professora universitária, parabenizo os alunos da Ufes por não se calarem, por não temerem retaliações, e por denunciarem um racismo mais do que evidente. A universidade afirmou que dará início ao procedimento padrão: uma sindicância para analisar o caso e, dependendo do resultado, a abertura de um inquérito administrativo que pode resultar em exoneração. Não vai haver muito para analisar, pois o professor repetiu para uma câmera o que indignou os alunos.
Como um sujeito que escreveu um livro chamado Neoliberalismo: a tragédia do nosso tempo (1998) pode pensar assim? Ou ele foi pro outro lado do espectro político nesses últimos dezesseis anos (porque suas palavras são típicas de pessoas de direita), ou... Nem sei a segunda opção. Claro, até existe gente de esquerda contra as cotas, mas é chocante ver um professor de Ciências Sociais, de Economia, dizer que famílias negras não têm acesso à cultura. De qual cultura você está falando, cara pálida? Espera-se que uma pessoa com graduação em economia tenha tido bastante aula de sociologia para saber que não existem indivíduos sem cultura. A menos que o professor esteja se referindo a uma cultura elitista que dita, por exemplo, que música erudita é cultura, mas funk e pagode, não. 
Ainda assim, é chocante ver um professor dizer com quase todas as letras que a universidade não quer e não pode comportar esses jovens pobres e negros que não tiveram acesso a "meios de comunicação mais sofisticados" (quais seriam esses meios, a Veja?) ou a "outros idiomas". 
Que a universidade é excludente e classista, não há o que discutir. Basta olhar em volta para constatar que só nos últimos anos é que começaram a entrar mais alunos negros nas salas de aula. Professores negros ainda não há, ou há pouquíssimos (0,2% dos professores da USP são negros. Não chega a 1%). É só olhar em volta para perceber que as universidades públicas atendem em sua maioria os alunos de classe média e alta que fizeram o ensino médio em escolas particulares. A política de cotas é justamente para tentar reverter esse quadro, para tentar criar uma universidade mais democrática, mais inclusiva. 
É impressionante que o professor veja os cotistas negros como desqualificados, mas os cotistas brancos, advindos de escolas públicas, parecem terem tido, segundo o professor, as "conexões neurais" que permitem que estejam aptos a acompanhar sem tantas dificuldades os "trâmites" de universidade. Como o professor não percebe seu desastroso discurso como racista?
O que o professor falou não pode ser visto sob a ótica da sempre alegada "liberdade de expressão". Não há, ou não deveria haver, liberdade para ser racista numa sala de aula. O doutor não foi apenas preconceituoso, como também disse que optaria por discriminar negros. O preconceito pode ser a teoria, e a discriminação, a prática. Ao dizer que não escolheria um médico ou advogado negro, o professor está dizendo que não teria problema algum em discriminar. É de se imaginar como ele trata seus alunos negros, alunos que, por sua definição, não deveriam estar lá.
Abrir as portas das universidades para alunos negros e pobres é um primeiro passo fundamental. Mas há também que se abrir a cabeça de professores como este doutor em economia. O mundo mudou, professor. Não pode haver mais espaço para preconceito numa sala de aula. 

UPDATE em 9/11: Houve protestos dos alunos na universidade. O reitor da Ufes classificou as declarações do professor de "constrangedoras". A direita demorou, mas finalmente saiu em sua defesa (afinal, o professor repetiu o que a direita sempre disse sobre as cotas). Um dos muitos reaças que escreve na Veja afirmou que talvez o professor tenha feito uma declaração infeliz, mas que não foi racismo (pra eles, racismo não existe! Racismo é só quando é o branco que sofre racismo). 
É certeza que Malaguti será punido. Como eu disse, o que ele fez foi um suicídio acadêmico. Ele foi afastado da universidade por no mínimo um mês. Duvido que volte. Está sendo investigado pelo Ministério Público. Agora que ele sentiu a pressão, apelou pro batido "não foi bem isso que eu disse e, se disse, se ofendi alguém, peço desculpas".  
Mas parece que, quando mais ele fala, mais piora sua situação. Em entrevista, afirmou sobre alunos negros: "Não devemos deixá-l(o)s no meio de outras pessoas que não passaram pelo sistema de cotas, já que tiveram uma vida privilegiada e consolidaram conhecimento mais cedo". Não só ele é contra as cotas, mas a favor da segregação.
Mais uma vez, parabenizo os estudantes da Ufes por não se calarem. 
Alunos da Ufes fecham avenida em
Vitória para protestar
Apesar do temor de represálias, tiveram a coragem de fazer o que todos os alunos, em todas as universidades, devem fazer diante de afirmações preconceituosas de seus professores: contestar, denunciar, protestar.
Aqui, um post tenta explicar como o racismo acomete até pessoas de esquerda, que lutam pela igualdade.

84 comentários:

  1. Para escolher entre um médio branco e um negro, primeiro você vai ter que achar um médico negro. Boa sorte!

    ResponderExcluir
  2. Offtopic mas existe alguma chance desse blog discutir o chocante caso da feminista famosa que abusou sexualmente de sua irmã? (Lena Dunham)
    Imagina se fosse uma machista, o que ela não teria feito, hein?

    ResponderExcluir
  3. Excelente. Começar a ver que é racismo e não somente "liberdade de expressão" é um passo enorme.

    Mas queria ver se ele tivesse dito que prefere que um engenhiro homem construa seu prédio ao invés de uma engenheira, se alguém ia achar ruim... espero que sim, mas tenho a impressão que não teria dado essa repercusão toda.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Que absurdo!Espero que a universidade não abafe o caso e aja com rigor. O mais chocante na fala dele pra mim foi a justificativa "biológica". No século XIX os racistas também se "embasavam" em supostos dados como tamanho do crânio. Ele só deu uma repaginada em um racismo velho (talvez porque saiba que a ciência tem um estatuto de verdade muito grande pra sociedade ocidental). Com certeza vai ter gente (que pensa como ele, mas que "não é racista") que vai achar que não tem nada de errado na fala dele... Triste ainda ter que lidar com esse tipo de coisa em 2014.

    ResponderExcluir
  6. Acho engraçado ele falando dos negros, quando ele é DOUTOR e consegue ser burro desse jeito.

    Mas é o que a arrogância faz com as pessoas - acham que podem tudo, que sabem mais, que são donos do mundo. E aí fazem umas merdas dessas. O que tem de professor assim nas universidades... Nem sempre é o racismo, mas muitas vezes tem um lado podre nessa gente que sabe tanto.

    Ele acha que os negros tem menos capacidade porque as famílias tem menos grana e as crianças não recebem estímulos. Bem, suponha que isso fosse verdade, em um universo paralelo - e eles vão fazer o que, a partir disso? Esperar dinheiro cair do céu? Como é que vão melhorar de vida sem ir pra universidade, estudar, ter diploma, profissão melhor? Ele não só acha que negros não têm capacidade, como ele tá pouco se lixando pra eles. Preferem que fiquem fora do seu caminho do que melhorem de vida. Reclama de ter que moldar a aula aos alunos (?) e se recusa a ser atendido por profissionais negros... Não os quer na universidade, não os que trabalhando...

    E ainda não se acha racista hahahaha A burrice não tem limite. Mas ele é doutor, por universidade da Europa... O Mar Vermelho abriria pra ele por causa do título.

    *suspiro*

    ResponderExcluir
  7. "Espera-se que uma pessoa com graduação em economia tenha tido bastante aula de sociologia para saber que não existem indivíduos sem cultura"

    Suas expectativas sobre o curso de economia são muito grandes. Os economistas são treinados para ver uma sociedade composta não por seres humanos reais, mas sim pelo "homo economicus".

    Há um livro chamado "From economics imperialism to freakonomics: The shifting boundaries between economics and other social sciences", do Prof. Ben Fine, que explica bem essa situação surreal. Uma amostra do livro: http://samples.sainsburysebooks.co.uk/9781134099375_sample_530248.pdf

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A concepção do que é racismo cabe à todos cidadãos. Seja ele quem for, seja lá qual for a sua formação acadêmica ou cultural.

      Excluir
  8. Esse professor precisa se atualizar sobre plasticidade neuronal. O encéfalo completa sua formação por volta dos 38/40 anos, e continua formando conexões entre os neurônios mesmo depois dessa idade. Enfim, além de preconceituoso, ele é menos informado do que supõe. Li uma entevista sobre plasticidade neuronal que achei interessante: http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/plasticidade-neuronal/ . Ainda bem que a ciência não confirma o preconceito dele. Mostra que, além de preconceituoso e um completo idiota, ele é bem desatualizado. A diferença entre muitos doutos e muitos ignorantes é que os doutos dizem suas asneiras com bom vocabulário e respeitando as regras da gramática. Provavelmente, quando ele vir que pode ser demitido do cargo, vai vir com a história de que sofre de algum transtorno psiquiátrico e falou essas babozeiras sob a influência de poderosos psicotrópicos.

    ResponderExcluir
  9. Confesso que não to acreditando... quero crer que seja uma pegadinha da Lola essa história. Não é possível em 2014 alguém ter esse discurso e não perceber o quão preconceituoso é.

    ResponderExcluir
  10. Engraçado, Lola, é que, ao contrário do que o doutor diz, é possível que a universidade melhore muito com a entrada de alunos negros de comunidades pobres, e mesmo de favelas. Porque o lugar seria enriquecido com outras visões de mundo e experiências sociais. Isso é incrível para a produção de conhecimento. E será que não teríamos uma medicina de muito melhor qualidade se entrassem mais alunos negros, e de origem pobre de modo geral?
    Porque na área da saúde (medicina, odonto etc) tem muito "filhinho de papai" com pouco compromisso social, pouco compromisso com a pessoa como ser humano. Muitos pensam em fazer dinheiro, carreira, em comprar aquela casa luxuosa, em ter aquele consultório num bairro nobre etc etc.
    Se os alunos vessem de comunidades pobres, se fossem negros oriundos das favelas, talvez contribuíssem com um pouco mais de compromisso social e compromisso com a saúde das pessoas e principalmente de quem não tem grana para pagar consultas ou planos de saúde caros.
    Eu acho que uma universidade mais inclusiva faz bem para as pessoas que entram, que ascendem, e também para a sociedade de modo geral. É muito tacanha essa visão de crescer e desenvolver o país só com a elite.
    Quanto mais gente e quanto mais pluralidade, melhor, mais longe a gente chega, e com mais solidariedade, quem sabe.

    Dayana.

    ResponderExcluir
  11. Ao Anônimo do off topic:

    lena tinha 7 anos. podemos mesmo dizer que uma criança de 7 anos abusou de outra?
    e essa história dela ter tocado a irmã por curiosidade foi publicada pela própria lena. será que um/a abusador/a faria isso assim?

    antes de tudo: não, não gosto muito dela. acho incrível que ela seja uma mulher ~quase fora dos padrões fazendo sucesso, mas não acho que ela seja uma mente genial como muitos afirmam. só que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

    ResponderExcluir
  12. Sabe o que é o pior de tudo quando tu tem isso na família, minha MÃE É EXATAMENTE ISSO E PIOR. leva preconceito não só pra cor. mas tipo se o medico é mulher( tirando gineco) é ruim, sé é jovem ( ela calcula pelo numero do crm) ela não vai.

    já passei vergonha acompanhando ela em emergência ( que normalmente tem mais médicos recém formados) ela se recusando.

    num caso rolou até barraco nem sei como ela não foi presa, o cara era recém formado ( de acordo com ela, parecia ter uns 35), e era negro e era gay,pq ela falou do meu pai, ele falou do companheiro dele tentando ser simpático. pronto foi aí que ela começou a berrar, disse que não ia ser atendida de jeito nenhum que UMA PESSOA ASSIM ( LEIA-SE NEGRA, GAY E JOVEM) não podia saber nada.

    eu falando mãe para com isso, mãe. que coisa ridícula. tiveram que sedar ela pra ela ser atendida. bizarro

    ESSE MUNDO NOSSO AS VEZES DÁ VONTADE DE DESISTIR MTO TRISTE.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muitas vezes a cultura recebida em casa é excludente. Fico feliz por vc ter tido outras referência. Vc é uma bênção na vida de sua mãe. Vc a auxilia.

      Excluir
  13. pense em como foi a vida desse cara até os 7 anos? que cultura os pais apresentaram a ele? espero que entre apurar os fatos e decidir o que será feito o professor seja substituído, principalmente na turma denunciante.

    ResponderExcluir
  14. Primeiramente, o discurso de que vai colocar pessoas menos capacitadas na faculdade é verdade. E não, não é culpa dos "negros e pobres". É culpa da nossa educação de base.

    Agora, cotas para negros, só vai por "a elite dos negros". Me desculpe, mas os pobres DIFICILMENTE VÃO PODER APROVEITAR as cotas. Pegue um catador de latinha. Como ele vai permanecer num curso? Mesmo que ele estude de graça, quem vai sustenta-lo?

    E mesmo que ele consiga entrar na faculdade, ele vai conseguir "acompanhar" as aulas? Ou afrouxamos e formamos engenheiros sem conhecimento em matemática básica, ou eles terão grandes problemas em passar nas matérias.

    E digo mais, este papo de reparação histórica não é verdade. Todo a humanidade foi escravizada e escravidão existia na Áfricabem antes do contato com a Europa Sabe quem "acabou" com a escravidão? foram os capitalistas ocidentais que a esquerda sempre odiou. Escravidão existe na África desde muito antes dos povos egípcios e era comum uma tribo vencedora escravizar e estuprar os das tribos perdedoras das guerras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Em relação à estupros e outras violações dignidade humana, ë bom deixar claro que não se trata de algo específico da sociedades Africanas. Basta verificarmos guerras que estão acontecendo atualmente. Ocorrem todos tipos de atrocidades. O mundo não é civilizado como muitos acham. Acredito que um catador de latinha interessado pode SIM concluir um curso superior e ser profissional de excelência. Lembro-me dá história do filho de uma catadora de llatinha, papel, recicláveis em geral formou-se em medicina e segundo o professor, melhor aluno da turma. .....

      Excluir
  15. Anon das 7:00, mesmo que seja uma feminista que cometeu um erro, isto não quer dizer que todas são assim. Aliais, vou te fazer um desafio. Me cite uma mulher TIRANA e GENOCIDA!!! Todos os grandes tiranos e genocidas da história da humanidade, foram homens. Homens são resultado de uma disfunção no cromossomo X, gerando seres mentalmente deficientes, ególatras, egoístas, agressivos e perversos.

    Por isto é necessário femininiza-los, como ocorre na Suécia, dando uma educação correta e vou mais além. Estímulos hormonais femininos. BJS.

    ResponderExcluir
  16. Favor ignorar. Apenas um teste de postagem.

    ResponderExcluir
  17. Ainda querendo entender porque o ensino fundamental público ainda é uma merda...

    ResponderExcluir
  18. É inacreditável mesmo! As pessoas perderam a noção, só pode?! Porque uma coisa é pensar algo racista, outra coisa é verbalizar e outra é fazer isso em sala de aula!!!!

    ResponderExcluir
  19. "Mas queria ver se ele tivesse dito que prefere que um engenhiro homem construa seu prédio ao invés de uma engenheira, se alguém ia achar ruim... espero que sim, mas tenho a impressão que não teria dado essa repercusão toda."

    Pensei a mesma coisa!

    ResponderExcluir
  20. Ontem eu vi uma matéria, relatando que o numero de formados para dar aulas no nivel basico e médio, caiu 30% no Brasil, no ultimo ano corrente.
    A explicação era que a violência, principalmente no nivel médio, nas escolas publicas, estava afugentando os profissionais de ensino, que preferem o curso superior para lecionar(Vi cenas chocantes de professores agredidos, enquanto os alunos riam).

    Ou seja, continuamos a 'construir casa pelo telhado" e o que este cara afirma, apesar de escolher as palavras erradas, não e de todo mentira. Existe hoje, uma inversão de valores na sociedade, e a isto, eu ponho na conta dos professores de humanas, que incentivam nossos jovens a "violência revolucionária"
    Agora não estão conseguindo lidar com os monstrinhos que criaram.

    ResponderExcluir
  21. Vocês que discordam do o cara disse, vão rebater com argumentos, ou vão querer que o cara seja preso pelo "crime de opinião"?

    ResponderExcluir
  22. Lola, vc viu a pesquisa da UnB sobre o perfil das pessoas que recorreram ao aborto no Brasil?

    http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3404

    ResponderExcluir
  23. "que música erudita é cultura, mas funk e pagode, não"

    Por esta ótica, tudo e cultura, a pergunta e que tipo de valores estas cultura transmitem? Sim porque funk, que ouve as letras, e a ideologia(tomo ritmo musical tem uma) por traz, sabe do que estou falando.

    E Lola, o que a mulheres muçulmanas, passam no oriente médio por exemplo, e considerado cultura, não vamos criticar por isso?

    ResponderExcluir
  24. Lola, desculpe o off-topic, mas achei o assunto muito pertinente:


    "As guerreiras de Kobani, um exemplo inédito de igualdade no Oriente Médio"

    https://br.noticias.yahoo.com/guerreiras-kobani-exemplo-in%C3%A9dito-igualdade-oriente-m%C3%A9dio-080611394.html

    ResponderExcluir
  25. "Anônimo disse...

    Offtopic mas existe alguma chance desse blog discutir o chocante caso da feminista famosa que abusou sexualmente de sua irmã? (Lena Dunham)
    Imagina se fosse uma machista, o que ela não teria feito, hein?

    5 de novembro de 2014 07:00"

    http://entretenimento.r7.com/pop/irma-defende-lena-dunham-de-acusacoes-de-abuso-sexual-04112014

    "Grace argumentou que o governo e a imprensa estão sempre comprometidos em estabelecer qual é o comportamento normal sobre a sexualidade, mas que cada um sabe o que o agride."

    Acho que não tem muito o que falar desse caso, se a própria vitima diz que está bem.

    ResponderExcluir
  26. ...

    Quer dizer que passou dos sete anos ninguém aprende mais nada, é isso? Puxa, vou avisar os cursos de alfabetização de adultos que eles estão jogando dinheiro fora... Ok, falando sério antes que eu vomite, ninguém precisa se preocupar com profissionais mal qualificados vindo de univesidades públicas. Sério, não mesmo. Porque nas UFs quem não aguenta o tranco ou não aprende não passa. Não se forma. Na minha faculdade o sujeito é até jubilado. Dificilmente um profissional mal qualificado vai sar de uma UF. Essa besta devia é se preocupar com profissionais vindo das famosas universidades do tipo "Pagou, passou"; essas sim jogam profissionais lixo no mercado.

    Anon das 07:00, pare de tentar mudar de assunto ou difamar feministas dessa forma ridícula. Quem comete abuso sexual o faz por vários motivos mas o feminismo não é um deles. Ninguém se sente autorizadx a violentar porque é feminista. Aliás, são vocês mascus que se sentem no direito de molestar os outros. Ser mascu é que é ser sinônimo de ser abusador. Agora vai plantar pé de alface pra ver se nasce chuchu e para de desperdiçar o tempo dos outros.

    ResponderExcluir
  27. Que horror esse caso.
    Arrogante e preconceituoso, que tristeza essa pessoa.

    ResponderExcluir
  28. Se o professor já fez ou teve acesso a um estudo sério que mostrou que tudo isso que ele disse é verdade então só nos resta lidar com isso e lutar para que esse quadro mude. Mas se (provavelmente) ele tirou tudo isso da cachola então o lugar dele é na rua, não numa universidade. Um professor universitário deve ser livre para fazer qualquer pergunta que queira, mesmo que isso seja ofensivo para algumas pessoas. O que ele não deve fazer é inventar as respostas.

    ResponderExcluir
  29. Pois, é, Lola. Infelizmente o racismo e o preconceito de classe estão sim muito presentes na universidade. Estudo na USP (ou estudava, acabei de me formar) e a chefe do meu departamento é uma mulher MUITO poderosa no meio acadêmico, que só faz o que quer e adora ferrar os alunos. Pois bem, uns meses atrás um grupo de alunos da UNIFESP estava usando o nosso laboratório de informática juntos com outros alunos do departamento e essa professora chegou expulsando o pessoal dali. Essa discussão de quem pode ou não usar o prédio que afinal é público, é longa, mas enfim, o fato é que uma das não-alunas era negra e essa professora disse que ela era uma "pessoa desagradável" e "não tinha perfil de aluna", por isso não poderia estar ali (??????) O caso gerou uma revolta, a menina fez panfletos denunciando, foi para internet falar, etc e adivinha o que aconteceu? Os professores pau-mandado dessa chefe de departamento liberaram uma carta conjunta dizendo que a denúncia era falsa poque eles "conheciam aquela professora" e "nunca tinham visto ela ser racista". Depois, o departamento veio com uma história de "responsabilizar quem faz denúncias irresponsáveis", ou seja PUNIR para desencorajar qualquer tipo de denúncia contra gente poderosa e por fim o diretor da faculdade mandou um email de revirar o estômago dizendo que ia criar uma semana especial na faculdade para discutir quando as pessoas "falam no lugar" das vítimas, dando a entender que todo mundo ter se envolvido foi um erro. Quer dizer, o recado é que dentro da academia não somos iguais perante a lei, você pode ser PUNIDO se denunciar algo e nunca vai haver nada parecido com uma investigação. O ambiente acadêmico é bem mais reacionário e bem menos livre do que se prega.

    ResponderExcluir
  30. "Espera-se que uma pessoa com graduação em economia tenha tido bastante aula de sociologia para saber que não existem indivíduos sem cultura"

    Suas expectativas sobre o curso de economia são muito grandes. Os economistas são treinados para ver uma sociedade composta não por seres humanos reais, mas sim pelo "homo economicus".

    Marcos Godoi, eu discordo. Sou formada em economia e existem professores que usam o homem racional por darem aulas de exatas e professores que usam exemplos de realidades sociais por darem aulas de desenvolvimento e teorias baseadas na realidade historica.

    De uma olhada no escopo de um curso de economia primeiro. O foco no "homem racional" eh um exercicio para aprender a resolver problemas, o que na profissao de economistaeh extremamente frequente.

    Na minha opiniao, isso eh de berco e muito cultural da sociedade. Esse professor eh racista muito mais porque a sociedade brasileira eh racista. Ele nao absorveu o que aprendeu na vida academica por ser um coxinha, e tem coxinhas que sao de outras profissoes.

    Nao goto de generalizar porque vejo medicos ginecologistas que sao contra aborto, colegas economistas a favor da diminuicao do salario minimo, professores que preferem dar licao de moral ao inves de ensinar senso critico, raciocionio, etc etc...

    Barbara

    ResponderExcluir
  31. Thanatos,

    "Primeiramente, o discurso de que vai colocar pessoas menos capacitadas na faculdade é verdade."
    Pode ser, mas cadê os estudos estatísticos que mostram isso.

    "Agora, cotas para negros, só vai por "a elite dos negros". Me desculpe, mas os pobres DIFICILMENTE VÃO PODER APROVEITAR as cotas."
    Em geral as cotas levam em conta fatores sociais também.

    "Pegue um catador de latinha. Como ele vai permanecer num curso? Mesmo que ele estude de graça, quem vai sustenta-lo?"
    Nas universidades públicas tem cursos noturnos e tem diversos tipos de bolsas.

    "E mesmo que ele consiga entrar na faculdade, ele vai conseguir "acompanhar" as aulas?"
    A maioria sim, porque é a elite intelectual de seu extrato social.

    "Ou afrouxamos e formamos engenheiros sem conhecimento em matemática básica, ou eles terão grandes problemas em passar nas matérias."
    Cadê os estudos mostrando isso.

    "E digo mais, este papo de reparação histórica não é verdade."
    Concordo, e muitos ativistas negros também.

    "Todo a humanidade foi escravizada e escravidão existia na África bem antes do contato com a Europa."
    Sim, e daí? Isso não muda o fato que os negros no Brasil enfrentam dificuldades que os brancos não enfrentam.

    "Sabe quem "acabou" com a escravidão? foram os capitalistas ocidentais que a esquerda sempre odiou."
    Marromeno, em muitos países a escravidão acabou antes do advento do capitalismo. Em outros os capitalistas tiveram uma "ajudinha" da esquerda.

    "Escravidão existe na África desde muito antes dos povos egípcios e era comum uma tribo vencedora escravizar e estuprar os das tribos perdedoras das guerras."
    Fontes?

    ResponderExcluir
  32. Fico com um pouco de pena desse professor.
    Ele é só o bode expiatório, a ponta do iceberg, ou seja, a parte visível do imenso bloco racista que forma a sociedade brasileira.
    Antes um racista que se expõe do que milhões fingindo não ser racistas, mas efetivamente praticando o racismo diário, prático e efetivo.
    A sociedade brasileira sempre foi racista, só que agora, com o racismo sendo crime, muita gente optou pelo silêncio, mas com certeza não abriu mão da ação.

    ResponderExcluir
  33. http://blog.planalto.gov.br/bolsistas-do-prouni-possuem-as-melhores-notas-medias-do-enade-aponta-estudo/

    ResponderExcluir
  34. Olá Lola, esse "professor" não e tão tonto assim aponto de não saber o que e racismo, e que ele viu que se meteu numa enrascada e agora esta aliviar barra dele.

    Na minha visão que leva alguém fazer uma declaração destas e dessa forma e sensação de impunidade, por isso ele precisa além de ser demitido da universidade, também ser processado e ai sim punido com o máximo o rigor que a lei permita, para isto servi de exemplo a toda sociedade.

    ResponderExcluir
  35. Tirando o preconceito de não querer ser atendido por negros, ele falou alguma mentira? Negros entram na faculdade graças as cotas e não pela inteligência,não estou afirmando que são burros ou incapazes,mas entraram graças as cotas.
    Tem que aguentar o péssimo ensino nesse país para depois tentar acompanhar o nível da faculdade.


    "E mesmo que ele consiga entrar na faculdade, ele vai conseguir "acompanhar" as aulas?"

    Isso é verdade,eu fazia curso de inglês e entrou uma mulher que mal falava português e obviamente muito menos conseguia falar inglês,tanto é que saiu do curso,ficou pouco tempo.
    Não estou falando para debochar dela,mas ela não tinha condição nenhuma de aprender outro idioma se mal falava a própria língua.

    ResponderExcluir
  36. Acho que seria mais produtivo se em vez de querer colocar o cara na fogueira (independente de ele ser ou não racista) tentar discutir um ponto que ele levanta e que é da maior importância nesse assunto: nosso ensino básico é uma porcaria e além disso muitas das nossas crianças não tem estrutura nem pra essa porcaria de ensino, passam pela escola e não aprendem nada.

    As cotas são importantes e válidas mas não são a solução. Elas deveriam ser apenas um paliativo temporário enquanto se investisse maciçamente no ensino básico. Só que ficamos apenas nas cotas, que é mais simples e dá menos trabalho. E pra não discutir o assunto é só xingar de racista, reaça etc quem esboça qualquer argumento.

    ResponderExcluir
  37. Ta-chan, concordo que o caso não é grave, mas se a própria vitima diz que está bem nunca foi e nunca será argumento algum pra definir uma violência.

    ResponderExcluir
  38. Olha que notícia pesada essa:

    Eduardo Gaievski, ex-assessor da ministra Gleisi Hoffmann, acusado de cometer 38 crimes sexuais: 26 estupros de menores e 17 estupros de vulnerável. O advogado, o filho e dois irmãos dele também foram denunciados por envolvimento nos crimes.

    Imagina, um funcionário do Palácio do Planalto, onde fica a Ministra da Casa Civil cometer 38 crimes sexuais.

    Onde vamos parar :-(

    ResponderExcluir
  39. "Se os alunos vessem de comunidades pobres, se fossem negros oriundos das favelas, talvez contribuíssem com um pouco mais de compromisso social e compromisso com a saúde das pessoas e principalmente de quem não tem grana para pagar consultas ou planos de saúde caros."

    Alguns talvez sim, mas não vamos entrar na fantasia que todos de origem pobre têm esse altruísmo. Quantas pessoas de origem pobre vc conhece que enriqueceram e agora tão pouco se fud*** por quem continua pobre? Alo.

    ResponderExcluir
  40. Eu vi a entrevista dele hoje de manhã e também fiquei pasma, é muito grave.
    Leila

    ResponderExcluir
  41. Nao sabia que a elite dos negros estudava em escola pública também... porque só tem direito a cota racial quem estudou em escola pública. Engraçada essa elite negra que tem dinheiro mas bota os filhos pra estudar em colégio público

    ResponderExcluir
  42. Na verdade, quer saber o que é mais engraçado?

    Povo que não leu sequer a Lei de Cotas e vem aqui espalhar suas "verdades" sem fundamento, como se negro tivesse cota só por negro. Vá se informar pra não pagar mais mico, ok?

    ResponderExcluir
  43. Engraçado, quando querem explicar a superioridade dos negros nos esportes usam a Biologia à vontade. E ninguém fala nada.

    ResponderExcluir
  44. Ele possui uma visão muito eurocêntrica sobre cultura,rebuscou o darwinismo social e as teorias sem fundamento sobre superioridade de brancos sobre negros,e fala como se fosse verdade absoluta,com certeza vai ter racista na internet adotando esse discurso e usando o status dele como validação. Sobre a acusação de pedofilia contra a atriz,o que aconteceu foi que os conservadores dos Estados Unidos pegaram passagens da biografia dela que fala sobre a relação dela com a irmão quando crianças e concluiu que foi pedofilia,eram crianças.

    ResponderExcluir
  45. "Como um sujeito que escreveu um livro chamado Neoliberalismo: a tragédia do nosso tempo (1998) pode pensar assim? Ou ele foi pro outro lado do espectro político nesses últimos dezesseis anos (porque suas palavras são típicas de pessoas de direita), ou..."




    Ai Lola, assim vc espanta os leitores que vêm conhecer o seu blog. Se queremos diálogos, seria ótimo evitar esses termos ofensivos. Seja uma sereia, conquiste a oposição com seu belo canto. Um massacre ideológico só vai aumentar esse abismo que nos separa da razão. É claro que é apenas uma sugestão, o blog é seu e vc escreve nele como quiser. Mas eu apenas ACHO que equiparar todos os simpatizantes do neoliberalismo com racistas (e de direita e um monte de coisa """negativa""" junta no pacote) só vai afastar aqueles que poderiam ter a mente transformada e os olhos abertos para as dezenas de coisas boas que vc escreve por aqui.Abs

    ResponderExcluir
  46. Na verdade, o argumento dele não é nenhum pouco racista. Não é preciso refletir profundamente para compreender que o argumento dele não foi racismo.

    Teoricamente eu preferia ser operado na cabeça por um médico branco do que um médico negro no Brasil. As razões são óbvias; o médico branco, provavelmente, teve uma formação melhor do que a de um médico negro se for levar em considerações as estatísticas que o professor alega.

    Mas entre escolher o maior neurocirurgião do Brasil, que é branco. E o maior neurocirurgião dos Estados Unidos, que é negro. Eu preferia sofrer intervenção cirúrgica do neurocirurgião americano negro.


    Obs: Sou negro. Poque se não iriam pensar: "óóóh, o branquinho opressor"




    ResponderExcluir
  47. Cão do Mato,

    É bem conhecido que as fibras musculares de brancos e negros apresentam ligeiras diferenças. Isso faz com que os maiores velocistas sejam negros, mas não é o suficiente para que todos os negros saudáveis sejam mais rápidos que todos os brancos saudáveis. Que é o que o racismo tenta fazer ao usar a biologia para justificar seus crimes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado André: se formos depender de estatísticas absolutas para concluirmos coisas, nunca vamos concluir nada. Mesmo porque sempre vão existir as famosas "exceções que confirmam a regra". É o caso de velocistas brancos que se destacam. São tratados como verdadeiras "moscas brancas".

      Excluir
  48. "Obs: Sou negro. Poque se não iriam pensar: "óóóh, o branquinho opressor" "


    Querido danilo, tirando que vc é mascu, vc já disse que estudou em colégios particulares a vida inteira e formou numa faculdade particular, estou certa??? Sim, danilin, vc pd ser negro mas tem uma mente de branco opressor e por isso não vê racismo no Brasil. E, eu sei, que tm mt negro de classe media que é mais arrogante que branco da mesma classe....mas por vc ser negro nao invalida o racismo do brasil....

    ResponderExcluir
  49. Danilo,

    Nem todo negro é cotista. Além disso, seria função da faculdade garantir que o aluno formado tenha a competência necessária para exercer a profissão. Se isso não está ocorrendo não é culpa das cotas, mas do modelo de universidade que despreza a graduação. E atribuir a todos os indivíduos de uma "raça" características médias da população (mesmo que cientificamente comprovadas) é racismo.

    ResponderExcluir
  50. É preciso abrir a cabeça...

    Haha vdd.

    Com um machado.

    ResponderExcluir
  51. Anteontem li os tuítes da @lorenafranzotti e fui dormir SUPER triste. Chorei muito pensando no que esse infeliz disse e pensando que ele não está sozinho, ver as pessoas escancarando preconceitos desse jeito é super desanimador e mais desanimador foi vê-lo reiterando tudo o que disse.

    Ao mesmo tempo em que ainda estou chocada com essa história fiquei sabendo que meu diploma já estava pronto e hoje fui busca-lo. Eu, negra, pobre, cotista, me formando numa Federal!!! Prometo seguir incomodando muitos preconceituosos ;)


    ResponderExcluir
  52. A ciência sustenta e apoia a criação de cotas para afrodescendentes como força de equilibrar o acesso a emprego, educação e direitos. Por exemplo, não existe a necessidade de cotas para asiáticos, eles são 1% da população do Brasil e ocupam um grande número de vagas nas universidades públicas, é comum piadas com a concorrência que japonêses e chineses fazem com os outros estudantes.

    Hong Kong, por exemplo, tem um espantoso índice de QI médio da população ao redor dos 120, equanto a média européia é 100.

    A ciência sustenta e apoia as limitações da habilidade cognitiva em função de origem étnica e sugere a criação de mecanismos públicos para mitigar essa diferença, equilibrando e reduzindo a discriminação étnica.

    Já o que o pesquisador em questão comenta sobre a credibilidade de um profissional que usou de mecanismos políticos para conquistar a sua formação é um ponto pessoal. Eu não julgo esse professor pelo o que ele falou.

    Thirty years of research on race differences in cognitive ability. Rushton, J. Philippe; Jensen, Arthur R. Psychology, Public Policy, and Law, Vol 11(2), Jun 2005, 235-294.

    The culture-only (0% genetic-100% environmental) and the hereditarian (50% genetic-50% environmental) models of the causes of mean Black-White differences in cognitive ability are compared and contrasted across 10 categories of evidence: the worldwide distribution of test scores, g factor of mental ability, heritability, brain size and cognitive ability, transracial adoption, racial admixture, regression, related life-history traits, human origins research, and hypothesized environmental variables. The new evidence reviewed here points to some genetic component in Black-White differences in mean IQ.

    ResponderExcluir
  53. Isso é mais um tapa buraco,engana trouxa,que não resolve nada.
    Assim como depois de 12 anos,milhões de pessoas continuam pobres precisando do bolsa família,daqui a mais 12 anos,negros só conseguiram entrar na faculdade pelas cotas,porque se fossem depender do maravilhoso ensino público estariam fudidos.

    ResponderExcluir
  54. Como anda o mundo... O cara é racista por falar a verdade.


    Povo que não leu sequer a Lei de Cotas e vem aqui espalhar suas "verdades" sem fundamento, como se negro tivesse cota só por negro. Vá se informar pra não pagar mais mico, ok?

    Fizeram uma lei para obrigar universidades a dar metade das vagas aos negros e não tem nada a ver com eles serem negros,"tá serto".
    Claro que dentre eles passa quem tirar a maior nota,mas ainda assim,tá entrando porque é negro,caso contrário,não haveria cota e competiriam do mesmo modo que os outros.

    ResponderExcluir
  55. Se achar um médico negro considere-se com sorte.

    ResponderExcluir
  56. E como ele saberia se o médico ou advogado negro que ele encontrasse seria um aluno cotista? Todo negro é cotista?

    ResponderExcluir
  57. Assunto ão muito a ver com o tópico.

    Olá, Lola! Recentemente me deparei com uma página no face a qual eu achei muito interessante, é sobre feminismo. Pelo que eu entendi ataca a invisibilidade de certas mulheres no movimentando, principalmente as negras. Gostaria de saber a sua opinião sobre essa página. Segue o link dela abaixo:
    https://www.facebook.com/pages/Sinh%C3%A1-Rad/1502969096615412?fref=nf

    ResponderExcluir
  58. Sou negra e professora de História e lendo este post, lembrei das palavras sábias de Milton Santos " A universidade para o negro é uma ilha de hipocrisia", porque vc vive cercado de pessoas que te bajulam mas no íntimo queriam que vc limpasse o chão.
    Fui para a universidade particular, mas estudava muito fui a cdf da turma, mas sofria racismo, as pessoas sempre que podiam soltavam piadas e não entendiam como eu era a melhor aluna, mas segui em frente e cheguei a pós, afirmo faculdades tem racismo, mas o negro não pode é fugir tem que enfrentar e provar seu valor,
    Ser negro no Brasil é matar um leão por dia, eu mato posso garantir

    ResponderExcluir
  59. Cão do Mato,

    O professor não precisa se apoiar em estatísticas para dar bom dia aos alunos ou afirmar que o sol é quente. Mas para dizer o que ele disse ele precisa sim.
    As "exceções que confirmam a regra" é um chavão que não tem fundamento científico. Os poucos velocistas brancos que se destacam não confirmam a regra, é a preponderância de velocistas negros que o faz.

    ResponderExcluir
  60. Sempre terá exceções para tudo.

    ResponderExcluir
  61. Minha resolução de fim de ano: desejo que esse professor DOUTOR tenha uma doença beem ruim, (mais uma, né, pq considero essas alegações,evidência de uma grave doença),e que ele tenha que optar entre dois médicos negros. Na falta de opção, c/ certeza ele vai preferir não ser atendido e consequentemente, vai morrer.

    Grande serviço que ele prestaria à sociedade. Menos um merda perpetuando merda.

    ResponderExcluir
  62. "Negros entram na faculdade graças as cotas e não pela inteligência,não estou afirmando que são burros ou incapazes,mas entraram graças as cotas".


    Não, negros não entram APENAS graças a cotas. Sou negro e NÃO entrei através de cotas na universidade pública. Não generalize.

    ResponderExcluir
  63. 5 de novembro de 2014 20:07

    Pois é, ele acha que ser negro está diretamente relacionado a estudar em escola pública, entrar em federais por cotas, pobreza etc etc. Pode ser maioria, mas não são todos. Ele poderia encontrar um advogado negro que não esteve relacionado a nenhum dos casos acima, e por ser negro o prof o rejeitaria. É racismo sim.

    ResponderExcluir
  64. 5 de novembro de 2014 20:17

    <3

    ResponderExcluir
  65. Ben Carson é norte americano, um dos melhores neurocirurgião do mundo e também negro, claro que ele sofreu muito para chegar onde ele está, visto que foi criado por uma mãe analfabeta, mas provou que com muito estudo qualquer pessoa pode obter sucesso.
    Agora falando do Brasil, claro que temos menos médicos negros em comparação com branco, mas não significa que o médico negro seja menos capacitado, afinal ele passou por todos os processos para se formar médico. Pra mim esse professor não foi realista, foi preconceituoso mesmo. Duvido que se ele estivesse em coma ou muito doente, se teria capacidade mental para escolher a cor do médico.

    ResponderExcluir
  66. --- Fizeram uma lei para obrigar universidades a dar metade das vagas aos negros e não tem nada a ver com eles serem negros,"tá serto". ---

    Puta merda cara, vc gosta de pagar mico né? Não foi ler o texto da Lei não? Só comprovou meu argumento com esse comentário acéfalo kkk

    PS: ficou boiando? Vai ler o texto da Lei, vai descobrir que são 50% das vagas para oriundos de escolas públicas, e não metade para negros.

    Se informa mais antes de cagar pelos dedos achando que está Serto ok?

    ResponderExcluir
  67. André

    Quando eu falei de estatísticas absolutas não me referi a fatos cotidianos (mas acho que você sabe disse, né?). A grande bobagem do seu argumento é afirmar que, para uma verdade científica ser demonstrada, 100% da população analisada precisa se enquadrar num determinado padrão. Se fosse assim, nunca haveria cotas para negros, pois sempre houve (e haverá) negros de origem humilde bem sucedidos sem precisar de cotas.Mas isso não invalida a necessidade de cotas, né meu caro? Eles são, quer você goste ou não, a "exceção que confirma a regra".

    ResponderExcluir
  68. O principal erro desse professor foi generalizar, achar que todo pobre é negro.

    ResponderExcluir
  69. Cão do Mato,

    "A grande bobagem do seu argumento é afirmar que, para uma verdade científica ser demonstrada, 100% da população analisada precisa se enquadrar num determinado padrão."

    Você leu isso em outro lugar, não no meu comentário. O que eu disse é que a afirmação do professor que cotistas não acompanham o curso precisa ser comprovada. Senão é puro preconceito.
    E "exceção que confirma a regra" continua sendo uma bobagem. Não são os negros que bem sucedidos que definem a necessidade de cotas.

    ResponderExcluir
  70. Lola, eu queria um post sobre o aumento do número de miseráveis no Brasil, e a polêmica denuncia de que o IPEA esperou o fim da eleição para divulgar esses dados, será que pedir isso é "querer mandar em sua pauta".

    ResponderExcluir
  71. André

    "Não são os negros bem sucedidos que definem a necessidade de cotas."

    Ha cara, não vou mais gastar o meu latim com você...Você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer, mas está fazendo questão de entender outra coisa...Tenha um bom dia.

    ResponderExcluir
  72. Sou a favor das cotas. Mas o problema é que mesmo para negros de escola pública, há problemas. Aqui na Bahia pelo menos a esmagadora maioria de quem ocupa as vagas de cotas são oriundos do Colégio Militar (um dos melhores da cidade, público, para filhos de militares apenas) e do IFBA (outra instituição muito boa, pública). O percentual de negros aqui é bastante grande, então as cotas acabam beneficiando apenas os negros oriundos dessas escolas públicas muito boas. A elite aqui continua branca, branca. Em Salvador dá pra saber quem tem dinheiro só pela cara da pessoa, com margem de erro pequena. Em estados mais brancos provavelmente as instituições similares ao Colégio Militar e ao IFBA têm predominância de estudantes brancos.

    ResponderExcluir
  73. as cotas raciais beneficiam os negros com melhores colocações no vestibular ou se os com melhores condições .Logo você feminista negra de classe media alta/baixa esta muito feliz com as cotas.

    Cotas sociais é dar oportunidade e cotas raciais são racismo(permitir ou negar algo a alguém usando como critério sua raça).

    ResponderExcluir
  74. Quando haverá cotas para maternal, pré-escola, fundamental e colegial? Pois é. Vão a um maternal de módicos 650,00 reais de mensalidade, ou numa que segue o método reggio emilia (1.400,00 reais) e vê se tem algum negro ou branco carente lá financiado pelo governo!

    O governo faz caridade e demagogia barata com pires alheio. Tira de quem pagou por toda instrução até o vestibular e tem condições mínimas de levar o curso ao cabo e dá a vaga pra quem não sabe ler e escrever; não tem casa, roupa, comida, transporte decentes e vem com esse discurso de que todo mundo pode fazer faculdade e ascender intelectual e economicamente.

    Mas em que pese a eficiência ou conhecimento do médico branco em comparação com o negro, cá pra nós: com exceção de alguns poucos (brancos, é lógico) que realmente têm bagagem cultural, intelectual, familiar, e estudam sem parar, a grande maioria é pau mandado da indústria farmacêutica. fala uma besteira atrás da outra, erra no diagnóstico, no tratamento, na prevenção (???) o dia inteiro. Preferível não ir a médico algum. Essa é a verdade. E não é só no Brasil. Deem uma olhada no que o Daily Mail publica diariamente sobre os absurdos que acontecem com o sistema público de saúde no Reino Unido. É uma vergonha.



    ResponderExcluir
  75. Como negro que sou, lamento muito que se tenha de discutir isso ainda, que só prova o nosso atraso social,cultural, econômico...
    ps. Carinho respeito e abraço.

    ResponderExcluir
  76. 01:52,

    "O governo faz caridade e demagogia barata com pires alheio."
    Errado, negros também pagam impostos e ajudam a custear as universidades públicas. Então são os brancos que estão recebendo "caridade" do pires dos negros.

    ResponderExcluir
  77. Lola,
    Fui aluno do Manoel Pancinha, na disciplina de Introdução à Economia, no curso de Ciências Sociais. Apesar de faltar muitas aulas, jamais o vi soltar declarações preconceituosas e reacionárias como essas. Amigos meus que são negros e estudaram no mesmo curso também não se queixaram disso.
    Daí que fiquei muito surpreso com as declarações. Ele parecia mau professor, negligente e desleixado, mas não um racista. Não entendo se ele foi sempre assim, ou se "surtou" agora. Só sei que a vida dele se complicou e a troco de nada.

    Os estudantes cotistas da UFES (universidade que tem cotas para alunos de escola pública e baixa renda desde 2007) se sentiram ofendidos e com toda a razão. Agora é muito difícil esquecerem disso.

    ResponderExcluir
  78. Foi uma declaração infeliz, mas não foi racismo, ele deixou bem claro que as causas de tudo eram sociais. Estamos vendo aqui a velha histeria esquerdista de chamar tudo de machista racista misógino, mesmo quando é evidente, pra quem sabe ler, que não é o caso.

    ResponderExcluir
  79. 'Errado, negros também pagam impostos e ajudam a custear as universidades públicas. Então são os brancos que estão recebendo "caridade" do pires dos negros.'

    Ótimo! Finalmente concordamos! Se eles pagam não vão ter problema nenhum em privatizar a coisa toda e cada um que cuide do seu! Aí negro não vai mais pagar nada pra branco nenhum!
    Quem não concorda com isso vai mostrar quem paga a conta de quem na verdade.

    ResponderExcluir
  80. 'Sou negro e NÃO entrei através de cotas'
    Então vc devia ser o primeiro a ser contra elas. Como um monte de outros negros bem sucedidos, são.

    ResponderExcluir