Lola, como leitora que se descobriu feminista através do teu blog, gostaria de compartilhar contigo um pouquinho da minha história.
Minha irmã nasceu quando eu fizera cinco anos de idade. Dentre as muitas sensações suscitadas pela presença dela na minha vida, recordo-me especialmente de uma, trazida à tona pelos discursos dos amigos de meu pai: de certo modo, o nascimento da minha irmã me mostrou o que era ser mulher em uma sociedade construída pelo machismo.
É menina ou menina? |
Outro fato que me chamava a atenção era que, ao conhecer a minha irmã, ainda em fraldas, todos elogiavam sua beleza. Os parentes próximos diziam inúmeras vezes que, lindas dessa forma, nós traríamos muitos cabelos brancos ao meu pai. De fato, com cinco anos, eu não entendia bem o que isso poderia significar, mas ficava intrigada: meu primo, de mesma idade que minha irmã, não era tratado dessa forma. Enquanto parabenizavam meu tio, que tinha “dois garotos fortes e saudáveis”, as pessoas olhavam com certa piedade para meu pai. Passei, então, a desejar não ser mulher.
Certa vez, meu tio (o senhor dos meninos fortes e saudáveis) conversava com o meu pai enquanto ambos faziam um churrasco (típico domingo familiar gaúcho). Eu estava por perto, brincando com meus primos, quando ouvi meu tio rir alvoroçado. Direcionei o olhar e prestei atenção à cena que, até hoje, é bem viva na memória: meu pai com o rosto vermelho encarando meu tio, que repetia “Tu vai passar de consumidor a fornecedor... de consumidor a fornecedor”, entre uma gargalhada e outra.
Eu não sabia por que, mas sabia que ele se referia a minha irmã e a mim. Recordo-me que chorei inconsolavelmente ao ouvir isso. É bem verdade que as palavras “consumidor” e “fornecedor” me eram desconhecidas, não faziam sentido para mim; entretanto, elas machucavam demais. Eram palavras cujo único sentido era fazer doer.
Eu não sabia por que, mas sabia que ele se referia a minha irmã e a mim. Recordo-me que chorei inconsolavelmente ao ouvir isso. É bem verdade que as palavras “consumidor” e “fornecedor” me eram desconhecidas, não faziam sentido para mim; entretanto, elas machucavam demais. Eram palavras cujo único sentido era fazer doer.
Anos depois, compreendi o que estava por trás do discurso de meu tio: quando falamos em fornecedor e consumidor, falamos em mercadorias. São, portanto, expressões mercadológicas. Quer dizer, por mais que me machuque afirmar isso, meu tio considerava-nos um objeto de consumo, cuja posse passaria de meu pai (o fornecedor) a outro homem (o consumidor).
É claro que minha mãe também estava envolvida nessa relação de mercado: meu pai já havia sido consumidor. Consumiu minha mãe e, bem, chegaria a hora de fornecer a propriedade de suas filhas, meras mercadorias, a um homem qualquer. Quando percebi a força desse discurso, a partir das leituras do teu blog, abracei minha identidade enquanto mulher: percebi que sou mulher e que, de todas as maneiras, precisava lutar contra esse pensamento que me vê enquanto objeto, enquanto ser inferior.
É claro que minha mãe também estava envolvida nessa relação de mercado: meu pai já havia sido consumidor. Consumiu minha mãe e, bem, chegaria a hora de fornecer a propriedade de suas filhas, meras mercadorias, a um homem qualquer. Quando percebi a força desse discurso, a partir das leituras do teu blog, abracei minha identidade enquanto mulher: percebi que sou mulher e que, de todas as maneiras, precisava lutar contra esse pensamento que me vê enquanto objeto, enquanto ser inferior.
Exponho essa narrativa pessoal porque, alguns dias atrás, em uma discussão política (falávamos sobre o abominável Aécio Neves), um rapaz me disse que combater a violência contra a mulher era mais importante do que combater o “machismo” (assim mesmo, entre aspas). Fiquei intrigada com o raciocínio. A mim, era óbvio ululante que combater o machismo é também combater a violência contra a mulher, e que não havia como lutar contra a violência se não se falasse das relações machistas estabelecidas nessa sociedade. Céus, como ele não enxergava isso, Lola? Segundo ele, eu perdia meu tempo falando de machismo em vez de empregá-lo em coisas importantes, como o combate à violência doméstica e sexual (mansplaining puro, algo como “vem cá que eu te digo como é que se luta a tua luta”).
Recordei, assim, da história do nascimento de minha irmã. Em um mundo no qual duas crianças são encaradas, por seus próprios familiares, como duas mercadorias (boas mercadorias, cabe lembrar, porque têm um rostinho bonito) cujos donos são homens, não é difícil imaginar porque haja agressão física, psicológica, verbal e sexual a mulheres. A violência contra a mulher é resultado desse pensamento que nos enxerga como posses.
Como mulheres, somos apenas objetos de consumo e de desejo masculino, não somos sujeitos. A sociedade nos nega; a sociedade nos silencia; a sociedade nos faz desejar não sermos (como fez comigo, ainda criança). Com isso, digo que minha opinião permanece a mesma: não há como combater a violência contra a mulher sem restituí-la da humanidade roubada. Que sejamos muito mais do que objetos e que tenhamos a posse de nossos corpos e de nossa vida!
Como mulheres, somos apenas objetos de consumo e de desejo masculino, não somos sujeitos. A sociedade nos nega; a sociedade nos silencia; a sociedade nos faz desejar não sermos (como fez comigo, ainda criança). Com isso, digo que minha opinião permanece a mesma: não há como combater a violência contra a mulher sem restituí-la da humanidade roubada. Que sejamos muito mais do que objetos e que tenhamos a posse de nossos corpos e de nossa vida!
Acho que toda mulher num momento qualquer da infância desejou ser menino pois poderia brincar de bola,carrinho e se sujar sem ser taxada de anormal.O pior mesmo é quando vc cresce e sente que é sua vida sexual é constantemente vigiada por todos,sendo que vc não esta fazendo nada contra lei.Vamos lá deixar as meninas a vontade para brincar com coisas tidas de menino, e também deixar de comentar sobre a vida sexual da mulher,quem fizer a sua parte já estara desconstruindo o machismo.
ResponderExcluirEscutei as mesmas coisas durante anos da minha vida, mas meus pais não concordavam e romperam relações de anos por causa dessa visão de que mulher é mercadoria e ter um filho é melhor do que ter uma menina. Farei a mesma coisa se caso eu vier a ter um filhx.
ResponderExcluirEscutei as mesmas coisas durante anos da minha vida, mas meus pais não concordavam e romperam relações de anos por causa dessa visão de que mulher é mercadoria e ter um filho é melhor do que ter uma menina. Farei a mesma coisa se caso eu vier a ter um filhx.
ResponderExcluirAborto pode afetar esse tipo de relação.
ResponderExcluirFolha de São Paulo, 11/11/2014
A prática do aborto de fetos do sexo feminino devido a uma preferência por meninos é uma "epidemia" que está se espalhando para além de países como Índia e China, atingindo agora o Leste Europeu, advertiu um alto funcionário da Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira (10).
O chefe da divisão de gênero do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), Luis Mora, disse que pesquisas nos últimos anos identificaram que o desejo por bebês do sexo masculino e o acesso à tecnologia foram os principais responsáveis pelos mais elevados índices de seleção do gênero em nível global na região do Cáucaso, ao longo da fronteira da Europa-Ásia, entre os mares Negro e Cáspio.
Mas temos aprendido nos últimos anos que a Índia e a China não são mais as exceções. Luiz Mora disse que o fato de o feticídio feminino estar acontecendo nos países que, anteriormente, não tinham histórico de tais práticas, como Albânia, Kosovo e Macedônia, indicava que a discriminação de gênero era uma epidemia.
Nossa eu já ouvi isso também. Dos meus tios. A primeira vez que ouvi, fiquei enfurecida, mas não falei nada. Minha mãe, disse que era brincadeira, pra relevar.
ResponderExcluirA segunda, meu pai. Que por incrível que pareça, sempre foi mais feminista em alguns sentidos, apesar de ser casado com minha mãe.
Ele ouviu esta frase e ficou maluco. Perguntou para o meu tio se eu e minhas irmãs eramos um sapatos? Ou leite de vaca? E várias outras mercadorias. Meu tio ficou vermelho de raiva e vergonha, disse que eramos intolerantes, foi embora e ficamos um bom tempo sem nos falar.
Arrependimento nenhum. Gente folgada, com mente preguiçosa, não fazem falta de verdade.
esse guest post me lembrou direto desse ótimo TED com o pai da Malala: https://www.ted.com/talks/ziauddin_yousafzai_my_daughter_malala?language=pt-br
ResponderExcluirsou filha de uma família com 2 meninas também e vejo muitas semelhanças entre nossas maneiras de tratar o nascimento de meninas com a descrita no TED, se em uma as visitas choram o nascimento da menina aqui se faz "piada" do fornecedor/consumidor, mas no fundo as duas querem dizer a mesma coisa: que azar nasceu mais uma menina!
As crianças são extremamente vulneráveis. Elas têm pouca ou nenhuma capacidade de proteger-se ou de suster-se.
ResponderExcluirO casamento foi a primeira e a principal instituição para a procriação e a criação dos filhos. Eu considero o laço cultural que conecta o homem a seus filhos, unindo-o à mulher, mãe de seus filhos. Em tempos recentes, porém, os filhos têm sido cada vez mais afastados do centro das atenções
Com a ajuda do Senhor, podemos nos arrepender, mudar e ser mais amorosos e prestativos com as crianças — com nossos próprios filhos ou com as crianças a nosso redor.
Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar” (Mateus 18:5–6)
eu tive sorte nesse sentindo: brinquei muito de pique-esconde, lego, dinossauro, bicicleta (tombos homéricos), guerra e barbies...
ResponderExcluirsó quando eu fiz 20 anos que eu passei a ter que arrumar namorado, saber cuidar da casa, pensar em ter filhos, relevar a intromissão alheia etc.
Só existe cristão libertário defendendo liberdades individuais até que essa liberdade individual signifique livre sexualidade, livre afetividade, livre identidade de gênero.
ResponderExcluirAí os libertário pira.
oi Lola,
ResponderExcluirVc viu que o Julien Blanck quer visitar o Brasil? Tem uma petição no site da Avaaz contra a entrada dele no país. Já fiz minha parte assinando. Segue o link: https://secure.avaaz.org/po/petition/Policia_Federal_Brasileira_Explusao_de_Julien_Blance
Ótimo artigo Lola.
ResponderExcluirEm parte você tem razão, Agora e importante que se diga não e só combatendo machismo, que vai se conseguir acaba com violência de todos os tipos contra as mulheres, pois tem cara que agride as mulheres de toas as formas possíveis porque acha que homem tem o direito de fazer isso, esse é o pior tipo de machista que tem (eu já disse que pra mim cara que age assim com as mulheres tem um serio problema de falta de masculinidade), e tem aqueles que batem em mulher porque são caras violentos mesmo, as vitimas destas bestas não são só as mulheres, é qualquer pessoa que o sujeito achar que merece leva porrada.
Agora tem que ser levada em conta que é o fato de haver um número muito alto de mulheres machistas por ai, e eu ate-me arisco a dizer que atualmente tem mais mulher machista no Brasil do que homem, e isso e só alguém começar frequenta área de comentários de alguns sites que recebem muitos comentários, que já se vê este fato.
Embora possa não parecer mais o fato de haver mulheres machistas em grande quantidade e muito grave, pois são essas mulheres que mesmo sem querer por ação ou omissão induzem os homens (não todos) a ter comportamentos machistas.
Por fim você não pode perde uma chance de aflita o Aécio né Lola.
Você é chato, prolixo e escreve mal cara.
ExcluirLola
ResponderExcluirDescobri que um dos organizadores do evento que vai receber o Julien Brlanck em Florianópolis é o seu conhecido Emerson Rodrigues. Ele está na parte financeira, tipo um contador, os caras que aparecem mais frequente eu não conheco, nunca ouvi falar deles. São jovens de classe média e média-alta. Eles devem ter alguma coisa haver com o antigo blog do SK, não aquele do Marcelo, o outro antigo dos gdr. O que assusta é que são quase adolescentes.
E os eventos do Rio de Janeiro é de um grupo mais antigo que os gdr e os hs chamado Homens Realistas. Eu tenho amigas do Rio de Janeiro que sofreram o pânico do banheiro em uma época famosa pelo personagem do humorista Tom Cavalcante, o Pitty Bicha. Era uma sátira aos lutadores de Jiu Jutso e MMA que ficavam na porta do banheiro feminino das baladas. Quando uma mulher saia eles abordavam, se a mulher negasse eles socavam porrada. Minhas amigas escaparam dessa violência gratuita, mas elas viram isso acontecendo ao vivo. Por isso o persongem Pit Bicha era um cara fortão, valentão, que tinha horror de mulher e sempre ameaçava bater nelas.
Os caras do Gracie Barra são fortes, grandes e especialistas em luta, por isso ninguém se metia no meio dessas agressõs, nem mesmo os seguranças da balada. As abordagens em lugar um pouco mais isolado sempre terminava em estupro grupal, depois era a denúncia de uma contra o "testemunho" de 10 que "viram" o consentimento. Na época o Tom Cavalcante não podia frequentar eventos púbicos porque estava jurado de morte pelos lutadores.
Tenho medo que esse evento do Rio de Janeiro esteja coalhada de lutadores de MMA, Jiu Jutso que tem essa natureza agressiva e a tradição de tratar as mulheres de forma "hetero" ou "como um macho alpha deve fazer".
Por outro lado a Polícia Federal proibir o evento é uma forma de censura, que também é algo temerário.
"Por outro lado a Polícia Federal proibir o evento é uma forma de censura, que também é algo temerário"
ResponderExcluirDesde quando reprimir um crime é temerário?
Sim: Apologia de Crime ou Criminoso. Art. 287 - dos crimes contra a paz pública, código penal.
Lindo depoimento. Mia Couto no livro A confissão da leoa trata do papel social e do direito humano e jurídico de ser mulher. Diz o Mia ‘As mulheres rurais de Moçambique há muito que estão sendo devoradas por um sistema de patriarcado que as condena a uma situação marginal e de insuportável submissão’.eu diria, não só as rurais.... vale a pena a leitura!
ResponderExcluirGente, e essa conversa que tem outros caras indo no lugar do Julien nas palestras? A petição contra a vinda dele ao Brasil tá bombando, mas e se, no final das contas, isso for só marketing? (Olha a visibilidade que o grupo ganhou esses dias.)
ResponderExcluirO que eu detestava quando era criança (sou a caçula e única menina de três filhos) era que quando íamos pra alguma festa, minha mãe me enfiava um vestido que me impedia de brincar ("não sobe escada que todo mundo vai ver sua calcinha" "não fica sentada no chão que vai sujar o vestido" "não fica fazendo bagunça que o vestido é delicado e vai estragar"), e daí eu tinha que ficar sentada sendo boazinha morrendo de inveja enquanto os meus irmãos podiam correr, brincar e fazer bagunça com outras crianças, porque "a roupa dos seus irmão n mostra a cueca deles" "a roupa deles é mais fácil de lavar"
ResponderExcluirComo se o Brasil precisasse importar espancador de mulher.
ResponderExcluirLola, parece que nós involutariamente acabamos viralizando o cara.
ResponderExcluirO cara atraiu tanta atenção que já está sendo tratado como um Deus.
Não sei mais o que fazer.
Eu já passei por situações assim com o meu próprio pai, lembro de ele dizendo uma vez quando eu era criança que parecia que eu ia ser meio "raimunda' quando crescesse. É uma expressão no nordeste que quer dizer "feia de cara e boa de bunda". Imagina falar isso de uma criança! E ele tinha várias "brincadeirinhas" nesse sentindo, que eu nunca entendia muito bem mas não gostava. lembro também de uma vez eu passar na frente dele e do meu prime, que era uns três aos mais velho que eu, e ele perguntar o que meu primo achava de mim. Tipo como se tivesse me oferecendo pra ele. Sorte que hoje em dia minha mãe não permite essas coisas dentro de casa. Embora eu acha ela muito omissa às vezes ela é bem protetora com a minha irmã. O que pode ser ruim em alguns aspectos da vida, mas necessário dada a influência do meu pai que além dessas atitudes machista é bem homofóbico.
ResponderExcluirGente fina esse tio hein?
ResponderExcluirAnon das 17:24 posso me juntar ao clube? Eu também odiava saias e vestidos, com toda aquela frescura de sentar retinha, com as pernas cruzadas (mesmo que meu joelho já estivesse doendo e a perna dormente), não pode correr e brincar, nem sentar no chão... é incrível como a vagina é uma coisa tão horrorosa que não é o suficiente cobri-la com calcinhas e calças compridas, ela tem que estar escondida pelas pernas fechadas também. Mas confesso que caprichei na revanche. Há mais de dez anos não entra uma saia no meu armário, só tenho dois vestidos exclusivos pra ocasiões especiais (15 anos, casamentos, etc), passei adiante todos os vestidos que ganhei. A família passou anos quase me implorando pra usar um vestido ou saia e só levavam não. Hoje estou livre das frescuras "de mulher" com minhas amadas, idolatradas salve salve calças compridas. A sociedade pode tornar a experiência de ser mulher uma droga.
ResponderExcluirPra esses machistóides o mundo seria perfeito se todos fossem homens brancos e cis!
ResponderExcluirImaginem como o mundo seria lindo! (só que não!)
Essa cultura enche mesmo o saco.
ResponderExcluirHoje tive que desligar a tv na hora do programa Bem Estar (que fala sobre saúde e geralmente é interessante).
O tema era menstruação, tpm, pílula,...
Tema interessante, desde que não seja tratado como foi e como costuma ser, como se todas as mulheres fosse um bando de malucas prontas a surtar uma vez por mês. Parece que homem não tem mau humor, desânimo, cansaço, só mulher que tem e sempre por causa da tpm, o tom do programa parecia ser esse.
Até o fato de mulheres as vezes menstruar juntas por causa do cheiro de uma ativar os hormônios da outra foi dado como certo que é por causa da competição feminina pelo macho. Adoro quando eles pegam teorias, hipóteses e já colocam como verdade absoluta.
A pérola do programa foi um dos médicos (dois homens, claro, quem melhor pra falar de mulheres do que um homem?) afirmando que a maior realização da vida de qualquer mulher é ter um filho.
Enfim, todos os clichês que a gente já conhece.
Liberdade de expressão não é liberdade de fazer discurso de ódio ou apologia a violência.
ResponderExcluirApologia a violência e discurso de ódio são crimes.
Um cara em um palco ensinando homens a abordar mulheres de forma agressiva, violenta, é isso.
Vão sair por aí enforcando, machucando e assustando várias mulheres até conseguirem alguma coisa com alguma bêbada ou alienada, pra depois saírem por aí repetindo e ensinando mais machinhos idiotas a fazerem isso, porque pra "conseguir mulher tem que tratar assim".
Nisso alguma reage e até apanha, ou acaba sendo estuprada.
Olha só o tanto de merda.
O jeito é espalhar por aí as táticas desse cara, ensinando um jeito bom de reagir a elas de forma a deixar o cara que fez sem graça e desmoralizado.
ResponderExcluirColocou as duas mãos no seu pescoço?
Enfia um dedo no olho dele fingindo que foi sem querer.
Porquê fingindo que foi sem querer? Não é necessário pedir desculpas por se defender.
ResponderExcluirVamos largar a educação, meu povo, que isso não ajuda em nada.
Qualquer post agora é motivo para falar do Aécio? Está virando obsessão, pode relaxar, ele perdeu a eleição.
ResponderExcluirPosso confessar uma coisa?? Eu fiquei aliviada quando eu soube que meu sobrinho seria menino. Me sinto profundamente triste por isso, mas seria insuportável pra mim ver alguém que eu amo tanto ter que passar por todo o lixo que eu passei.
ResponderExcluirMinha infância foi feliz. Eu brinquei com quem eu quis, do que eu quis e onde eu quis. Brinquei de boneca, subi em árvores, me vesti de soldado, brinquei com trens e carrinhos, me meti em lodaçais, matagais.. enfim...
O inferno começou na adolescência, principalmente depois que eu menstruei. Agora eu era perigosa, precisava de vigília constante 24/7/365. Uma arma carregada e engatilhada que poderia disparar a qualquer momento. Naquele momento eu descobri o que era ser mulher (apesar de ainda ser menina) no mundo.
Eu queria muito mesmo que vivêssemos num mundo em que as meninas não temessem ser quem são. Que o nascimento delas não fosse encarado como o anúncio de uma grande catástrofe. Enquanto isso não acontecer, fico aliviada que meu sobrinho não tenha que passar por todo esse sofrimento.
Jane Doe
gente se alguém vem com essa piada do consumidor/fornecedor perto de mim, não tem essa de "levar na brincadeira" não! Que absurto é essse? Tratar as meninas como mercadoria? Ter filhas é gual ter uma vaca, que vai pro abate?
ResponderExcluirLembro de um amigo da familia dizendo que não enviaria a filha etudar fora do país, pois não ia " levar a filha pro abate". Que cois ridicula, comparar a filha com uma vaca, falar que se a filha tiver vida sexual foi pro abate. São brincadeiras assim que nromalizam o machismo, e não podemos deixar passar.
E se esses países abortam meninas, que abortem! FAzer o que, eu prefiro ser abortada do que crescer num país que me nega direitos basicos e que vão fazer da minha vida um inferno. Assim eles terão 1000 homens para cada 500 mulheres e dai vamos ver o que eles fazem.
Por outro lado vi que nessas clinicas que se escolhe o sexo no bebê, a maioria chega pedindo MENINAS! Pois é! So para falar que muita gente quer sim meninas! Mas o ponto negativo foi uma especialista que levantou, dizendo que normalemente se um casal chega querendo abslutamente uma menina, é porque quer criar a menina o mais "menina possivel". O que quer dizer: rosa, barbie, nada de brincadeira de menino.. etc etc...
Lola
ResponderExcluirDesculpe utilizar o espaço do teu blog, mas aquele brucutu mal parido do Julien Blanc têm palestras marcadas no Brasil, e tem uma petição no Avaaz pra PF não deixa-lo sequer vir pra cá, então estou postando aqui pra que todo mundo assine. Na Austrália com muito menos assinaturas (4 mil) conseguiram barrar este bossal, tomara que vendo esse tanto de assinaturas que já temos (algo perto de 115 mil) alguém resolva fazer algo!!!
https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/abaixo-assinado-quer-proibir-vinda-ao-brasil-de-norte-americano-que-ensina-como-pegar-mulher/
No Avaaz:
https://secure.avaaz.org/po/petition/Policia_Federal_Brasileira_Explusao_de_Julien_Blance/?fbss
A primeira vez que ouvi essa frase foi de uma colega que estava grávida.Ela disse, toda feliz, que seu marido amou o fato dela estar grávida de um menino porque não tinha vocação para passar de "fornecedor à consumidor". Eu, nunca tinha ouvido aquela frase e fiquei tão chocada que demorou uns 05 minutos pra ter certeza que realmente era aquilo que tinha ouvido. Senti tanta repulsa que saí sem me despedir da colega. Lívia
ResponderExcluirGente posso compartilhar algo de autodefesa aqui?
ResponderExcluirSe algum cara vier te abordar de forma violenta, a primeira coisa que temos que lembrar é manter as mãos para baixo (pois temos sempre a mania de manter na altura de nossos seios pra empurrar algum idiota para longe, em uma investida menos amigável, se é que podemos chamar assim).
Quando mantemos as mão para baixo (infelizmente nosso rosto fica desprotegido), em caso de uma dominação como demonstrada pelo babaca mor, onde ele tenta te estrangular ou empurrar sua cabeça em direção ao pênis, ele esquece de proteger a área mais sensível do corpo (o próprio pênis), é onde você pode se safar de ser estuprada, caso algum venha fazer investidas, tente verificar bem a localização e aperte com toda a sua força, que com certeza o cara não vai conseguir te segurar e muito menos se manter em pé e dá tempo de você buscar ajuda...
Lógico que eu sei que tem pessoas que em situação de perigo travam e não conseguem fazer nada, mas acho que se grande parte das mulheres tiverem isso em mente fica mais fácil de se desvencilhar do ataque!
"E se esses países abortam meninas, que abortem! FAzer o que, eu prefiro ser abortada do que crescer num país que me nega direitos basicos e que vão fazer da minha vida um inferno. Assim eles terão 1000 homens para cada 500 mulheres e dai vamos ver o que eles fazem."
ResponderExcluirInfelizmente, lia rezm, o que acontece nesses casos é que as mulheres viram "artigos de luxo" e passam a ser mais mercantilizadas do que normalmente são.
Exemplo: na China, por causa do menor número de mulheres, os homens COMPRAM noivas em outros países asiáticos mais pobres. Ou seja, de qualquer jeito as mulheres se ferram.
Sempre assim, quando nasce uma menina ou é uma desgraça pq "vai dar trabalho" ou é uma maravilha, pq "vai ajudar em casa".
ResponderExcluir¬¬
Lola
ResponderExcluirJá ouviu falar em Fernando Fenix e Dr. Guilherme Malaquias? Pois eu acho que está na hora de colocar atenção nesses dois nomes. Os caras tem grande projeção de mídia, Globo, Marie Claire, VIP, Istoé. Eles são os proprietários do curso intensivo de 3 dias chamado bootcamp, entre os vários agendados está o do Rio de Janeiro e São Paulo onde o Julien Blanck será apenas um dos palestrantes. E que tal ler o livro ”ARTE NATURAL DA SEDUÇÃO” por Richard La Ruina.... o nome do cara já diz tudo. El hombre que lee este libro es la ruina del género.
Descobri como fazer um homem se converter em "aquilo que toda mulher sonha" kkkkkkkkkk
Pua Training.
Como obter mais sucesso (e também mais mulheres) em, 3 dias do que a maioria dos caras não consegue em 3 anos... Aprenda na prática com os melhores sedutores e se transforme o homem que toda mulher sonha!
Fala sério Lolinha, já sonhou com um cara desses na sua vida? Alguém aqui já sonhou com um cara que chega agredindo, te penetra e vai embora assim como alguém sai do supermercado depois de fazer compras?
Minha mãe queria me obrigar a ser piriguete. Fiquei com nojo de ser mulher por causa disso. Ela só parou com isso depois que raspei a cabeça e passei a usar roupas masculinas.
ResponderExcluirAnônima da 09:03
ResponderExcluirEssa sua técnica de autodefesa está completamente furada. Pegar nos testículos de um atacante é pedir para levar um murro na cara e se o cara for muito forte você apaga na hora. Ou ele te empurra para se livrar do seu beliscão e converte toda a dor em violência extrema. Se alguém pensa em autodefesa a melhor técnica é portar legalmente uma arma de fogo e treinar tiro defensivo toda semana. A ong Movimento Viva Brasil relata dezenas de casos de sucesso, até mesmo de uma idosa gaúcha de 78 anos que viu o seu comércio Padaria da Vovó invadida por um jovem forte sob efeito de drogas. A vovó neutralizou o bandido com facilidade. Nos Estados Unidos o povo costuma dizer a seguinte frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. E uma dica para todas as amigas. No site Mercado Livre tem várias pessoas vendendo spray de pimenta daqueles pequenininhos de guardar na bolsa ou dentro do sutiã. Bjcas meninas <:-P