Comecei este blog em janeiro de 2008. Já já completa sete anos de vida, uma infinidade em termos de internet. Logo de cara, escrevi um texto que fez muita gente se identificar. O nome era "Toda mulher tem uma história de horror pra contar".
Claro, não era, nem é, toda mulher, porque não se deve generalizar, e não há toda mulher pra nada. Existem mulheres que tiveram o privilégio de nunca sofrer qualquer tipo de violência, mas convenhamos: é uma raridade. Quando criei essa frase forte do "toda mulher tem uma história de horror pra contar", estava pensando mais em violência sexual. Eu, como tantas mulheres, escapei por pouco de ter sido estuprada. Sei que não foi nada pessoal. Sei que não foi nada que eu fiz. Foi apenas por eu ser mulher.
A primeira vez foi quando eu era uma menina de 12 ou 13 anos passando férias em Búzios com minha família. Eu estava num cinema improvisado pertinho da casa que alugávamos quando uma mulher simpática veio até mim e me apontou um senhor e disse que ele era muito rico e generoso e que, se eu saísse com ele, ele me presentearia com carro, casa, dinheiro... Só me dei conta da gravidade da situação ao chegar em casa, contar pro meu amado pai, e meu pai sair correndo, furioso, chamar a polícia, fazer um escândalo.
Na outra vez eu já tinha 15 ou 16 anos e, também em Búzios, fui transar com um rapaz bonito mais ou menos da minha idade, numa casa vazia em que ele tinha a chave. Transamos. Ele se levantou, alguém voltou pra cama, tocou no meu braço, a pele fria. Eu vi um vulto no corredor e imediatamente perguntei, revoltada: "Quem é você?". Sem esperar a resposta, me levantei, peguei minhas roupas, me vesti no banheiro, e saí. Já não havia ninguém na casa, pelo menos não à vista. O carinha com quem transei achou que, se eu transava com ele, transaria com qualquer um, e por isso convidou o primo.
Na terceira vez eu tinha 19 ou 20 anos, e resolvi ir ao cinema sozinha, à noite, em SP, porque ninguém queria ir comigo num dia da semana ver um filme de quatro horas, Era uma Vez na América (grande épico do Sergio Leone que, aliás, contém uma terrível cena de estupro). Dentro do cinema, na Praça Roosevelt, três homens, um de cada vez, vieram se sentar ao meu lado. Porque acharam que mulher sozinha é mulher disponível. Eu tive que mudar de lugar três vezes para que os marmanjos se convencessem que eu realmente havia ido ao cinema -- olha que incrível -- ver um filme.
Mas tudo bem, vi o filme, peguei um ônibus, e desci na Av. Angélica. Eu morava em Higienópolis, bairro nobre de SP, na Rua Sergipe. Quando estava quase em frente ao meu prédio, fui agarrada por trás. Caí no chão. E me levantei rapidamente e fui com tudo pra cima do cara, que saiu correndo. E eu fui correndo atrás, gritando, indignada. Não o alcancei. Nem sei o que teria feito se o alcançasse. Contei pro meu pai, liguei pra polícia. Nada.
Na quarta vez eu tinha acabado de fazer 23 anos e estava em Fortaleza, fazendo pesquisa de mercado pro Ibope. Numa rara noite que saí com a única colega da equipe, fomos a um barzinho. Lá conversei com três rapazes, universitários de classe média. Uma conversa bacana sem a menor conotação sexual. Minha amiga ficou com alguém, e esses rapazes se ofereceram para me levar pro hotel onde eu estava hospedada. Aceitei. Era tarde, eu tinha que acordar cedo no dia seguinte, e eles eram legais. Só que eles, sem me consultar, pararam na garagem do prédio de um deles, e insistiram pra que eu subisse pra tomar alguma coisa.
Tipo, eles viram que eu não bebo (papeamos um tempão no bar, e eu só tomando água sem gás), viram que eu não estava minimamente interessada neles, mas acharam que, pela carona, eu teria que participar de uma suruba. Não desci do carro, e disse calmamente que eu queria ir pro hotel. Eles insistiram muito que seria só por um tempinho. Diante de mais negativas minhas, eles inventaram que eu deveria subir pra pegar algo que um deles havia esquecido no apartamento. Eu disse que, se eles não me levassem pro hotel, eu iria sair do carro e pedir um táxi (era pré-celular). Eles finalmente me levaram pro hotel. E ficaram bravíssimos!
Foram praticamente essas as minhas histórias de horror. Pouca coisa, se comparadas aos guest posts que publico aqui.
E hoje recebo, em média, uma ameaça de morte, ou de estupro, ou de desmembramento, ou de tortura, por semana. Faz uns três anos. Não recebo essas ameaças por causa dos meus faiscantes olhos verdes. É só por ser mulher mesmo. E por ousar ter um blog feminista.
E, como ironia trágica, esses mesmos energúmenos que me ameaçam toda semana ainda dizem que ninguém nunca iria me estuprar, porque eu -- que aprendi a me achar linda -- seria feia e gorda demais pra ser estuprada. Torturada e morta, tudo bem. Mas estupro, né, estupro é puro desejo sexual e não tem nada a ver com poder e humilhação, logo, apenas top models são estupradas, como estamos cansadas de saber.
Não estou sozinha nas minhas (leves) histórias de horror. Uma em cada três mulheres no mundo experimenta ou já experimentou algum tipo de agressão física ou sexual de seu parceiro. Ou seja, uma em cada três mulheres é vítima de violência conjugal, segundo a Organização Mundial de Saúde. E essas mulheres são sortudas, jura a sociedade, porque elas têm um marido. Um homem que as protegerá... de outros homens.
Hoje, 25 de novembro, é Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Muitas organizações promovem dezesseis dias de ativismo. Começa hoje e acaba lá pelo dia 10 de dezembro. A campanha, quero dizer. Porque a violência contra a mulher, infelizmente, ainda está muito longe de acabar.
E há inúmeras formas de violência. Há os feminicídios, que matam em média, só no Brasil, quinze mulheres todos os dias. Há a violência doméstica. Há a violência obstétrica. Há a violência do aborto ilegal, clandestino, do Estado que deveria ser laico mas que se nega a reconhecer a autonomia do corpo feminino. Há a pornografia da revanche. Há a violência psicológica, a violência moral. Luto, lutamos, pelo fim de todas essas violências.
Comecei o post falando do blog, e quero terminar falando dele também. Não sei se já contei isso aqui. O maridão é lindo e fantástico e maravilhoso, mas ele fica nervoso de vez em quando. Obviamente que ele só encosta em mim pra me dar carinho, ou não estaríamos juntos há 24 anos. Porém, no início do blog, às vezes, na sua falta de autocontrole, ele gritava comigo. E eu achava normal.
Até que uma leitora, não lembro qual, porque são tantas, e todas tão especiais, comentou que gritar também era um tipo de violência. E eu concordei. Eu e o maridão conversamos, e ele aceitou que sim, gritar, levantar a voz, com raiva, era violência. E desde então, nunca mais ele gritou comigo.
Deve fazer uns seis anos.
Lola como eu faço uma denuncia sobre um programa de tv?
ResponderExcluirTem um programa policial aqui no meu estado que é nojento.
Hoje apareceu o caso de duas meninas menores de idade que eram abusadas por um casal e ele disse que as meninas não denunciaram porque estavam gostando da situação.
Parabéns, a você e a todas as mulheres Lola. Seu blog teve boa contribuição em minha compreensão do feminismo e dos gravíssimos problemas enfrentados pelas mulheres, além do fato de ter uma namorada feminista. Namorada esta que ainda está comigo apesar de alguns abusos, mais graves do que os gritos de seus marido...
ResponderExcluirLuto hoje para me redimir, para reconquistar o respeito dela e de mim mesmo, e para cada dia mais me limpar do machismo ignorante que em mim deixei ser cultivado, compreender cada vez mais o feminismo, e cada vez mais fazer o que estiver ao meu alcance, e espero que seu blog sempre continue aqui para contribuir com isso!
Obrigado
Eu tenho as soluções:
ResponderExcluir-Quando for agredida por um homem, NUNCA MAIS mantenha contato com ele e DENUNCIA;
-Evite andar sozinha e use roupas normais!
*Antes que venham com argumentos politicamente corretos, é melhor prevenir do que remediar, vocês sabem que ninguém pode entrar na sua casa sem seu consentimento, mas nem por isso sua casa nao tem portas e janelas...
Lola,
ResponderExcluirontem vi um filme chamado "alem da liberdade", "The Lady", o título original. Conta a história de Suu e a ditadura da Birmania. Desculpe minha ignorancia, mas nao conhecia mesmo essa história. Estou horrorizada. Meu marido assistiu também... Gostaria de pedir sua ajuda pra divulgar este filme. Um abraço
E eu sigo o se blog há....perdi a conta, faz muito tempo, mas ainda me lembro como cheguei aqui, eu estava lendo os comentários em outro blog e li deixado por você, você falava da sua experiência nos EUA, país onde eu também vivi e eu concordei com um monte de coisas. Era um comentário looonngo. Vim ver o que tinha aqui e nunca mais parei de vir. É muito engraçado seguir não só o seu engajamento, mas também toda a sua trajetória, a carreira. Sério, é um tanto estranho, você não a mínima ideia de quem eu sou e às vezes eu me pergunto "e se eu a encontrasse assim, do nada, na rua"? Eu TERIA que falar com você porque eu te conheço afinal de contas! Resumindo, agradeço mais uma vez pelo blog, não comento sempre porque muitas vezes alguém já disse o que eu queria dizer e acho desnecessário. Esse blog é ótimo, os comentários também.
ResponderExcluirEu tenho histórias de horror assim parecidas com as suas, só acho que começaram mais cedo, uns 11 ou 12 anos. Às vezes me pergunto como 'escapei' de tudo o que poderia ter acontecido de realmente grave. Não sei como escapei porque eu não era esperta assim como você, eu era bem bobinha mesmo, morria de medo de escândalo, de ser ridicularizada (minha mãe era muito sarcástica). Tinha um pedófilo perto de casa e tive que fazer muito malabarismo pra escapar dele, anos depois, com uns 17 anos, uma depressão (em parte por conta dessas investidas e de ter que ficar batalhando pra não ser atacada) e o diabo do médico acha que a ajuda que que estava buscando ali era sexo, mais uma vez consegui 'escapar'. Esse escapar também deixa marcas porque você se sente uma besta, vai explicar suas fraquezas e o profissional se aproveita dessas suas fraquezas? Foram várias coisas desse nível, quando se é criança, evidentemente, é muito pior. Eu tive muita sede de vingança, principalmente daquele pedófilo, mas uma terapeuta me ajudou muito, uma dia eu disse a ela que o que mais me doía era que EU não tinha feito nada e ela me disse uma frase que eu nunca esqueci, "mas você fez, você vez o que pode, você fugiu" Eu achei que aquilo era verdade, me ajudou. Um beijão pra você, Lola e obrigada de novo.
Leila
Muito triste essa realidade,Lola.Eu mesma,fui molestada várias vezes quando criança,por homens adultos e da família.Achei que fosse a única a passar por isso até começar a ler o seu blog há quase três anos atrás.Hoje conversando com várias amigas e familiares,soube que várias delas também foram abusadas na infância e adolescência.Realidade muito triste.Hoje sou mãe de uma menina e me sinto profundamente angustiada.Ela é apenas um bebê,mas já temo pelo futuro dela.Não dá pra confiar em ninguém.
ResponderExcluirPor deus, Cláudio, o que são 'roupas normais'? Quando eu morava na Ásia apareceu nos noticiários a seguinte notícia, uma moça tinha sido violentada pelo motorista do ônibus e enforcada com o próprio foulard, sabe aquele véu que cobre a cabeça das muçulmanas? Entendeu o tanto que a moça tinha de roupa? Até o ministro falou na época na tv da burrice que era botar a culpa nas mulheres e nas roupas que as mulheres usavam porque o problema NÃO é a roupa, não é o sexo, não é a beleza ou a juventude da mulher. PQP, é o poder.
ResponderExcluirLeila
Eu também já fui vítima de várias violências ao longo da minha vida, realmente isso mexe tanto com a gente, dói na alma... Até mesmo antes de eu saber que era errado eu sentia a dor e a vergonha.
ResponderExcluirO meu consolo é que existem essas pessoas e movimentos que lutam para exterminar a violência contra mulher do mundo. É gratificante principalmente ver o movimento crescendo.
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OFF
Hoje eu acabei de encontrar sem querer um grupo no facebook cheio de moleques compartilhando fotos de meninas menores nuas, tipo revenge porn. Além disso, no grupo tinha uma postagem que os moleques estão buscando um vídeo de estupro real (a foto do vídeo está lá), tipo curra, quatro caras estuprando uma menina e todos estão indignados por não encontrarem o vídeo. Apenas dois se indignaram e disseram não ter interesse em ver o vídeo, o resto da centena não, e ainda chamam de sexo explícito. Os que foram contra levaram foras e tal... como se fosse coisa de macho querer ver o vídeo, e quem é contra o vídeo é a bicha, o virjão, etc... e tem uma menina que disse que sabe onde está o vídeo e vai postar para eles (o que faz uma menina ser tão ruim, meu Deus!!!)
Isso me deixa tão triste, é tão triste ver essa falta de empatia.
LOLA, se quiser editar este comentário pode ficar a vontade, pois eu vou postar o link do grupo aqui, caso você queira denunciar ou passar para alguém que sabe como fazer.
https://www.facebook.com/groups/artattackfz/
O grupo é fechado, e eles sabem tanto que é errado o que estão fazendo que eles sabem que podem perder o grupo e por isso já estão fazendo outro grupo.
Se eu tivesse tempo, eu enviaria para a família de cada um prints das barbaridades que seus entes praticam neste grupo. Não sei se isto é certo, mas é o que dá vontade de fazer... Expô-los ao ridículo para ver se aprendem, pois duvido que eles perto da família abrem a boca para falar que querem ver vídeo de estupro coletivo para se masturbar.
Estou muito triste mesmo.
"*Antes que venham com argumentos politicamente corretos, é melhor prevenir do que remediar, vocês sabem que ninguém pode entrar na sua casa sem seu consentimento, mas nem por isso sua casa nao tem portas e janelas..."
ResponderExcluirEngraçado que para esse povo tudo é uma questão de propriedade.Comparar uma mulher, com um bem particular, imóvel e portanto sem vida, é sintomático.
Depor contra si mesmo é o melhor tipo de argumento que existe, nem precisamos no dar ao trabalho de elaborar um comentário "politicamente correto".
;D
Olá Lola.
ResponderExcluirAchei interessante o artigo, Agora e importante lembrar que o combate a violência contra mulher só será bem sucedido, se todas as mulheres se juntarem a ele, e aqui começa problema tem muita mulher que lava as mãos quando assunto violência contra mulher, isso quando não da apoio aos agressores (acredite se quiser isso acontece mesmo).
Outra coisa que que também um problema, e a forma passiva que muitas as mulheres aceitam violência, essa aceitação passiva da violência e provocada por varias razoes diferentes, mas se observarmos por trás razoes que levam as mulheres a aceitarem passivamente violência contra elas, estão medo ou incapacidade defesa.
Aqui e que já começa entra aquilo que se chama defesa pessoal, seja essa defesa feita, usando técnica de defesa pessoal, para isto Krav MAGA e o Jiu-Jitsu são ótimos e a defesa feita com armas, que na falta de uma arma de fogo (ate porque nos sabemos como e a lei brasileira no que se refere asmas) ate uma arma de choque já ajuda bastante.
Antes que me desçam a lenha ou digam, mas não são os homens que devem respeitar as mulheres, em vez das mulheres e que precisarem se defender deles? eu já deixo bem claro que concordo com isso, mas e que tem burros so para não dizer outra coisa, que não adianta dizer que eles tem obrigação de respeitar e tratar bem as mulheres, nem se você fizer desenho em 3D esse eles entendem, e por isso e outras razoes que tem tanta violência contras as mulheres.
Em função disso já que falar e mostrar não adianta, o jeito jamanta estes lixos ai, o que quero dizer com jamanta, e amarra o sujeito na pista e meter uma jamanta de 50 ou mais toneladas por cima dele.
Boa tarde
Concordo a mulher precisa ser incentivada a aprender uma luta. A minha filha faz
ExcluirGritar também é violência? Inclusive quando é a mulher que grita com o homem?
ResponderExcluirB comentou no último post:
ResponderExcluir1) Falaram aqui que os mascus que comentam aqui só querem atenção. Mas vocês DÃO atenção, isso me incomoda! Uma pessoa vem aqui, faz um pergunta ou um desabafo, ninguém tchum, vem um mascu e vem mil querendo debater. Como diz o "ditado": não alimentem o troll, parem de dar atenção!
Irei usar seu comentário para a vida! A partir de hoje msm. hehehe
Não me admira que o número de violência tenha aumentando,já que qualquer tentativa de aproximação com a mulher é considerado abuso.
ResponderExcluirPelo relato aí,só ouve um abuso,o do cara te agarrando por trás.
O caso do velho seria prostituição,coisa que vcs defendem,n entendi o abuso aí.
Ela transa com um cara,daí vem o primo do mesmo achando que vai transar também,ele só passa a mão no seu braço,daí vc vai embora e acabou a história.
E diz que foi abusada? Por favor!
Os dois são babacas mas falar que houve violência não dá,não tentou de agarrar,não te forçou nada e os outros relatos também,foram só babacas tentando pegar uma mulher de um jeito idiota.
Pelo visto basta vcs acharem que o homem queria te estuprar para dizer que foi abusada.
E se gritar com o parceiro é violência,o número de mulheres violentas é grande.
O pior de toda questão da violência com a mulher é que não está nem perto de parar.
ResponderExcluircomeça com o pai. que é mais duro com a menina do que com o menino. meu irmão podia sair e voltar 2 dias depois dane-se, eu já recebia uma ligação aos gritos de onde eu estava. " onde a donzela desprotegida estava"
os homens que não valem nada, os casamentos com homens ainda machistas que acham muito AJUDAR A LAVAR LOUÇA. QUERIDOS NÃO TEM AJUDAR. TEM 50%, DIVIDIR IGUALMENTE. SIMPLES ASSIM.
a desigualdade de salário de importância. nos estados unidos começara a questionar a candidatura de hillary clinton porque ela virou avó. VOCÊ IMAGINA ISSO ACONTECENDO COM UM HOMEM?
do tapa ao grito ainda temos um longo caminho.
Claudio ve se cresce tem mulheres que são agredidas pelo pai como nunca mais vão ver? marido de quem ela depende financeiramente ou emocionalmente sem contar quando tem filhos que piora tudo, no segundo caso as mulheres pensam que é melhor com ele que sem ele.
ResponderExcluirQuanto a roupa não adianta no oriente médio as mulheres andam de burca pois mulher só pode se mostrar pro marido já os homens como sempre nada, e ainda sim elas são estupradas, e ainda culpadas por isso. E também como policiar crianças será que menininhas de 2 e 3 anos vão ter que usar só calça porque os homens não as respeitam?
O machismo vem causando problemas as mulheres a séculos não adianta tapar o sol com a peneira o machismo é o problema.
Gritar também é violência? Inclusive quando é a mulher que grita com o homem?
ResponderExcluirSim, é violência do mesmo jeito.
Defina "roupas normais".
ResponderExcluirEu ando de calça jeans, camisa fechada e coturno para ir ao estágio, só fica amostra minhas mãos e rosto e mesmo assim eu não deixo de ouvir vários absurdos e escapar de algumas tentativas de estupro.
Caramba, o anônimo das 16:22 acabou falando uma coisa que eu também fico indignada. Eu até entendo que dá raiva mesmo os comentários dos machistas escrotos e vontade de retrucá-los não falta... mas pô, também vejo mulheres vindo aqui querendo desabafar, pedindo conselhos (eu já fiz isso)e ninguém dá a mínima (jamais pedi isso para a Lola porque só as postagens que ela faz já é muita coisa). Eu sou feminista, sei que tenho muito o que aprender, mas uma das coisas que mais me tocaram quando eu conheci no feminismo foi a sororidade, mas sinceramente acho que falta muito mesmo para as mulheres realmente se unirem e uma ajudar a outra verdadeiramente. Enquanto isso os ridículos mascus ganham o precioso tempo de vocês.
ResponderExcluir- Apenas um desabafo -
Engraçado que segui EXATAMENTE essa "solução" do Claudio que me foi ensinada desde... sempre e qual foi resultado? Só atrasei minha grade curricular deixando de comparecer as aulas durante a noite pra não andar sozinha na rua e desenvolvi síndrome do panico. No meio do ano, minha casa foi assaltada e acabei sendo vítima de estupro. Se naquele horário eu estivesse de boas na aula, provavelmente não teria sofrido nada, ou no máximo ouviria algum babaca jorrando cantadas. Ficando em casa, na rua, sozinha ou não, todas corremos risco. Já corri de um possível abusador, e pasme, estávamos em um grupo de quatro pessoas. Então não tem nada a ver. Isso é furada. Em 2015 irei voltar com as minhas aulas, e a sair mais de casa. Faço terapia e já consegui alguns avanços.
ResponderExcluirNão tenho grana pra pagar um segurança particular, e nem ninguém pra me acompanhar todas as vezes que eu for sair, como boa parte das mulheres. Vou deixar de trabalhar e de estudar pra evitar ser estuprada? Ah vá
ResponderExcluirHomem das 17:37, imagina se alguem aparece na sua casa sem você perceber e passa a mão no seu braço? Seria só mais uma pessoa idiota segundo você não é mesmo? E se uma mulher desconhecida insistisse que você fosse na casa dela? suponho que você iria, homem não desconfia do que uma mulher pode ser capaz de fazer com ele, por isso não ficam com medo, mas podemos ver no noticiario muito bem o que vocês são capazes de fazer....
ResponderExcluirDeixa as top models em paz, não sei porque vcs feministas ainda ficam usando as modelos com tanta fala de respeito e de forma tao pejorativa. Por que fazem vistas grossas aos padrões de panicat, popozuda, mulher fruta em geral, que sao justamente os padrões que os homens mais machistas adoram? Eu não sei porque as feministas sempre encontram uma maneira de atacar mulheres pejorativamente que trabalham como modelos e nem tem as bundas, peitos coxas tao fartos como a maioria dos machistas preferem. O que mais tem é homem machista falando que preferem fartura de carnes. Por isso que muitas mulheres já se cansaram da maioria das feministas. Sempre os mesmos ataques a mulheres que não azem parte dos padrões de vcs e quem nem agradam tanto assim os machistas. Tem tantas mulheres que admiram o feminismo, mas depois de ouviram tanta agressão contra mulheres que vcs não sei porque atacam tanto já não aguentam, mais. As mulheres também se cansam de levaram tanto pontapé das feministas. A maioria dos machistas nem gostam muito de mulheres altas também porque acham que intimidam eles. Poxa, já chega!
ResponderExcluirEstava lendo deu comentario mas quando vi "feministas" e "ataque as mulheres" na mesma frase meu cérebro de um tilt.
Excluir"Claudio ve se cresce tem mulheres que são agredidas pelo pai como nunca mais vão ver? marido de quem ela depende financeiramente ou emocionalmente sem contar quando tem filhos que piora tudo, no segundo caso as mulheres pensam que é melhor com ele que sem ele.
ResponderExcluirQuanto a roupa não adianta no oriente médio as mulheres andam de burca pois mulher só pode se mostrar pro marido já os homens como sempre nada, e ainda sim elas são estupradas, e ainda culpadas por isso. E também como policiar crianças será que menininhas de 2 e 3 anos vão ter que usar só calça porque os homens não as respeitam?
O machismo vem causando problemas as mulheres a séculos não adianta tapar o sol com a peneira o machismo é o problema."
Se rebela, se pai ou irmao fazerem isso, gritem, peçam por socorro, alguma tia ou avo vai te socorrer.
No caso de ser marido, dá um pe nele, alerta a justiça, e arranja um bonzinho provedor (nem que ganhe pouco).
Tu falaste no oriente medio, começa andar toda tapada menos rosto, com calça larga, sem maquiagem, cabelo levemente escovado. Em relação as crianças, melhor prevenir do que remediar, menina tem que andar com mae ou outra mulher proxima e com o pai (com rigor de vigilancia da mae).
Tu fala em machismo, o problema que as mulheres heterossexuais brasileiras, só querem o lado bom do machismo, o lado ruim descartam... para acabar com o machismo tem que mandar pro espaço seu lado bom e seu lado ruim.
Qual é o lado bom do machismo?
ExcluirJá fui agredida física e verbalmente pelo meu ex marido pai da minha filha mais velha. Depois que me separei delê alguns anos depois conheci o pai da minha bebê e ele tambem me agrediu porem verbalmente. Agora não sei eu acho que home não presta eles são maus por natureza eu sei que não tenho culpa da forma como fui tratada mas agora eu nao quero mais saber não dependo de homem nenum mas meu emocional ficou abalado penso que os homens não sabem o que é amar e respeitar uma mulher
ResponderExcluirTodas nós, de alguma forma, já sofremos algum tipo de agressão relacionada a cultura do estupro. Porém, só algum entendem isso desta forma. Obrigada Lola por sempre expôr essas formas aqui e conscientizar muitas mulher que muitas vezes não percebem o tipo de agressão que sofrem.
ResponderExcluirJonas, como vc pode comentar tanta coisa sem noção e infantil? Confesso que não entendo >.<
"penso que os homens não sabem o que é amar e respeitar uma mulher"
ResponderExcluirExistem sim e aos montes e eles são apenas seus amigos!
Nunca tive até hoje um amigo que não tivesse segundas intenções
Excluir
ResponderExcluirDiva
Para Claudio...
Vou rebater algumas das asneiras que escreveu:
Claudio disse...
"Se rebela, se pai ou irmão fazerem isso, gritem, peçam por socorro, alguma tia ou avo vai te socorrer."
Não é fácil se "rebelar" como alega!
Praticamente todas as mulheres são ensinadas desde a infância a serem submissas, boazinhas e aceitarem qualquer situação de violência que sofram!
Uma mulher adulta(dependendo da situação) tem condições de se defender, o que mais se vê são meninas e adolescentes falarem que sofreram abuso sexual e NÃO serem socorridas por NINGUÉM!!
Você está fora da realidade cara!!
Meninas falam pra mães("certas" mães) que não acreditam nelas ou até saibam mas façam vista grossa pra seus namorados e maridos!
Tios, tias, primos, primas que estão se lixando pra situação de suas parentes indefesas!
Sua falácia é usada por muitos que legitimam toda essa situação de violência!!
"No caso de ser marido, dá um pe nele, alerta a justiça, e arranja um bonzinho provedor (nem que ganhe pouco)."
Muitas mulheres são ameaçadas ou tem seus filhos ameaçados.
Não é tão fácil como imagina dá um pé em um traste, até porque digo por causa própria que lutei pra me livrar do meu ex-marido que vivia me ameaçando, então não fale besteira ok?
"Tu falaste no oriente medio, começa andar toda tapada menos rosto, com calça larga, sem maquiagem, cabelo levemente escovado."
Você é imbecil ou só analfabeto funcional mesmo?!!
Não leu que no Oriente Médio mesmo de BURCA mulheres são estupradas até em número maior que no Brasil?
Quando fiz faculdade de Gastronomia à noite, usava calça larga, boné(com sabelo preso), sem maquiagem, usava coturno e óculos fundo de garrafa, só não dava pra cobrir o rosto porque como eu iria pra algum lugar sem ser vista como possível ladra(sem falar que cobrir o rosto seria afirmar que "devo algo" não é mesmo?)!
E advinha?
Fui vítima de assédio grosseiro e até de tentativa de estupro por um sujeito que dizia que ele devia "consertar sapatão"(segundo seu linguajar baixo)!! Só me livrei porque taquei o taser nele!
Então meu querido pára de falar MERDA!!!!
Sua afirmação é nojenta! É típica de alguém que culpa mulher por tudo! Tenho pena da mulher que te pôs no Mundo!!!
"Em relação as crianças, melhor prevenir do que remediar, menina tem que andar com mae ou outra mulher proxima e com o pai (com rigor de vigilancia da mae)."
Não só meninas. Crianças pequenas, seja meninas ou meninos devem ser levados a escola, afinal muitos pedófilos atacam meninos.
Mãe, pai, conhecidos de confiança ficam com a criança(seja menina ou menino, embora sua mente pequena ache que só meninas precisam de proteção) ATÉ a escola ou creche.
Isso não é garantia 100% de proteção em vista que existem pedófilos em: creches, escolas e até igrejas.
E se a criança for vítima, ela é "culpada" para você(embora vc seja do tipo de se já corre pra ver se a vítima é menina né, pq aí com certeza a culpa é dela - sarcasmo mode on)?!
"Tu fala em machismo, o problema que as mulheres heterossexuais brasileiras, só querem o lado bom do machismo, o lado ruim descartam... para acabar com o machismo tem que mandar pro espaço seu lado bom e seu lado ruim."
Meu caro, como vc entende tão pouco de mulher!!
As mulheres héteros bem resolvidas NÃO querem machismo de JEITO NENHUM!
Não há lado "positivo" no Machismo! Só há um lado falso que serve pra iludir ou as mais tolas ou as mais "metidas a espertas"!
Mulheres héteros que gostam do chamado "Machismo positivo" são validadoras, machistas doutrinadas desde a infância, ensinadas a serem inferiores e dependentes dos homens!
Sinceramente vc é um homenzinho patético, digno de pena!
Tomara que tenha uma filha pra ver todo seu machismo vomitado de volta em você.
Passar bem.
Diva
Tenho várias histórias de horror e as suportei nem sei como, pois eu era menina.
ResponderExcluirFalta incentivo para que a mulher se sintam seguras em denunciar. Mas jà na delegacia somos ridicularizadas .
"A maioria dos machistas nem gostam muito de mulheres altas também porque acham que intimidam eles".
ResponderExcluirIsso que você falou é verdade. Tem muito mascu que diz se sentir humilhado ao passar por uma mulher alta e que prefere passar bem longe de uma para não se sentir inferior. Já vi mascu dizendo que se a mulher passar de 1,67 de altura, ela não serve pra relacionamento sério. KKKKK Isso é a única coisa que gostei deles, eu os apoio nesse sentido completamente (só fico com pena das baixinhas né pq ngm merece um mascu na vida). Sou modelo desde os 14, tenho bem mais do que 1,70 de altura e sim, me encaixo nos tão ditos padrões da beleza, moda e da mídia, e nunca me senti ofendida com os comentários desse blog. Eu adoro de verdade a minha altura e sempre tive uma auto estima elevada mas sei que muitas garotas não tem apreço por si e precisam de ajuda. Entendo o trabalho da Lola em muitas vezes dizer que não é apenas o padrão: alta, magra, loira que é o melhor do mundo e que elas não precisam fazer loucuras pra seguir esse ideal, sacou? Sinto que ela reforça que tu não precisa ser modelo (de forma figurada ou literal) pra ser bonita, amada e feliz. E isso é incrível! Quanto as mulheres que desprezam o feminismo pela crítica aos padrões, eu nunca conheci nenhuma, mas é uma pena. Já vi mulheres desprezarem o movimento por outros motivos, não pela "caça a beleza" rs. O que se critica não são as mulheres em si mas a importância de adotar x ou y como objetivos de aparência perfeita. Convivo profissional e pessoalmente com muitas mulheres do meio da moda que compartilham desse pensamento e aderem sim a algumas causas feministas, inclusive foi uma delas que me indicou o blog da Lola. E isso eu vejo todo santo dia. :) Não concordo com todas as questões levantadas pelo feminismo mas acho a causa em si muito justa. Apenas por saber que se passar por um mascu na rua eles irão se sentir mal por que sou alta, eu já fico feliz! HAHAHAHAA Sei que isso soa estranho/sem noção mas é verdade. Nunca me senti tão bem com minha altura e sempre que posso, faço o que estiver ao meu alcance para empoderar outras pessoas a melhorar sua relação com o espelho. <3
Lola, durante o pouco tempo que tenho para ler o seu blog, comentei raríssimas vezes mas quero que saiba que eu o adoro como também gosto do nível dos comentários - em sua maioria. Acho você uma pessoa muito iluminada! bjs
C.A
Estava lendo seu comentario mas quando vi "feministas" e "ataque as mulheres" na mesma frase meu cérebro de um tilt. [2]
ResponderExcluir~procurando onde as mulheres de determinados padrões foram insultadas~
ResponderExcluirLola, estou vendo o que os meus olhos estão vendo? Tu aceitou um comentário de uma modelo? Que absurdoooooo!!! Logo aqui que A-DO-RA-MOS xingar panicats e modelos tsc tsc tsc
ResponderExcluirGle, de 25 de novembro de 2014 21:36
ResponderExcluirBeijinho no ombro par você...
Diva o seu comentário foi excelente eu mesmo já ia escrever para o Claudio, uma resposta meio parecida com a sua, mas vou deixar par descascar a ela outra hora.
Agora sim o Claudio, você disse
"Existem sim e aos montes e eles são apenas seus amigos!"
como sempre velha mania machista de querer dizer que todas as mulheres são iguais.
Te liga cara, que anão ser machistas otarios como você ninguém acreditas nas balelas que você diz, a não ser que você goste de ficar passando vergonha na internet sem necessidade.
Eu sou mais "PELO FIM DE TODAS AS VIOLÊNCIAS".
ResponderExcluirO outro jeito parece muito segregalista.
Que uma mulher gritar com um homem também é violência de gênero não há dúvida (afinal, duvido muito que ela grite com alguém no trabalho). O difícil é criminalizar o negócio. Fico imaginando um sujeito indo dar queixa na delegacia, alegando que a mulher gritou com ele. Seria ridicularizado, obviamente. Mesmo naquelas delegacias onde o titular é uma mulher.
ResponderExcluirLola, é realmente muito triste a realidade que várias meninas e mulheres tem de enfrentar. Não importa como e em qual grau, violência é sempre violência e deixa marcas.
ResponderExcluirHoje abri seu blog pra deixar um comentário sobre algo que me deixou muito chateada ontem. Estava numa sala de espera e decidi ler uma dessas revistas de fofocas e celebridades para passar o tempo. Uma coisa que me chamou a atenção e incomodou DEMAIS foi o fato de sempre usarem construções do tipo "fulano e SUA ELEITA", "joãozinho e SUA mariazinha". Não sei se estou sendo radical, mas achei isso tão machista, e o pior é que está presente na maioria das notícias, e muitas são redigidas por mulheres. Você acha que estou sendo exagerada ou é isso mesmo?
Nesses pequenos exemplos vou enxergando cada vez mais como o machismo está ora escancarado, ora disfarçado em vários lugares.
Gosto muito do seu blog, continue sempre a escrever!
Na época da faculdade, há 6 anos atrás, comecei a namorar um carinha. Ele era bacana, do tipo simpático que se dá bem com todo mundo. Eu não estava apaixonada, mas ele me cativou com o tempo, sendo meigo, atencioso e carinhoso e eu, carente demais, acabei aceitando o namoro - e me apaixonei por ele durante o mesmo.
ResponderExcluirEm seis meses ele se mostrou muito passional, assim como eu sou, mas nunca havia me agredido fisicamente (apenas verbalmente, ficava me ofendendo, implicando com os meus peneuzinhos e com a minha altura, mas na época eu era bobinha e não reconhecia essa agressão à minha auto estima como violência - detalhe, nunca fui nem gordinha).
Uma noite fomos ao aniversário de um colega e bebemos um pouco, mas nada de mais, e voltamos pra minha casa -ainda morava com os meus pais. Aí ele estava com ciúmes e resolveu dar piti, me ofendeu chamando de vagabunda para baixo, e chegou a me empurrar, apertar meu pescoço com as duas mãos, me agarrar o rosto com força e falar ofensas bem perto, colado na minha cara, e me ameaçar. Isso durou a madrugada inteira. Foi um pesadelo. Meus pais estavam dormindo no quarto logo ao lado mas fiquei com VERGONHA de gritar. Vergonha de ter escolhido um namorado violento, logo eu que nunca havia apresentado um namorado em casa, e meu pai é muito machista, eu sabia que ele - apesar de possivelmente dar umas porradas no covardão e expulsá-lo - me daria um longo sermão perguntando o que eu fiz e dizendo que a culpa era minha. Não gritei, não fiz nada. Fiquei acoada, com medo do agressor e dos meus pais acordarem. fiquei em silêncio, esperando o dia amanhecer.
No outro dia,pedi que ele fosse embora, e ele chorava e me perguntava o porque, dizendo não se lembrar de nada. Nunca admitiu o que fez, nunca me pediu desculpas. Quando ele saiu da minha casa chorando e soluçando (acredito que estava arrependido do que fez e envergonhado, pois não havia motivo para estar nervoso dessa forma se não lembrasse de nada), minha mãe me olhou e disse: Nossa, L., como tu é ruim menina! Coitado do fulano, nem tomou café.
Depois ele ainda tentou voltar, veio com uma história de que tinham colocado "unha cortada" na bebida dele e isso é um feitiço que deixa as pessoas transtornadas. Um cara com boa educação e nível universitário se justificou dessa forma pra mim. Falou ainda que, SE EU PEDISSE, ele estava disposto a procurar um psicólogo. Eu falei que ele deveria estar muito preocupado por ter sido violento e especialmente "por não lembrar de nada" e procurar terapia pelo próprio bem, e não pra voltar comigo.
Nunca mais falei com ele. Nunca mais nos olhamos na cara. Ele ainda saiu de vítima injustiçada. Na faculdade, fiquei com fama de ruim, vadia má que terminou com o carinha bacana e simpático que é amigo de odo mundo. Ele distorceu tudo, e falava para os outros que eu estava mentindo e queria acabar com a "reputação" dele. Todos acreditaram, porque: como o carinha tão legal, até meio sonso, faria uma coisa dessas? impossível! Mais fácil eu, "maconheira" e festeira, ser uma vadia mentirosa. Mesmo as minhas amigas custaram a acreditar em mim, as que acreditaram invalidaram minha história, e também acreditavam na "amnésia" dele.
Hoje ele namora com uma menina linda, inteligente e feminista. Espero que tenha mudado, e que tenha se arrependido do que me fez, e que, especialmente, não tenha feito mal para mais nenhuma mulher.
Essa nem é a minha pior história de horror.
acho o máximo os mascus não curtirem mulheres altas, eu e meus 1,74 agradecem x)
ResponderExcluire ótimo post!
ResponderExcluirLOLA, MULHER É BICHO ESQUISITO,TODO MÊS SANGRA, TAMBÉM É SAGRADO, NOS DÁ A VIDA...
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
Não, Claudio, esses "bonzinhos" que sempre queixam de serem "apenas" nossos amigos estão longe de saberem manter relacionamentos saudáveis. Eu mesma já dei chances para alguns e foram as piores experiências amorosas que vivi. Todos se mostraram imaturos, inseguros, machistas e superficiais.
ResponderExcluirJulia,
ExcluirPeço encarecidamente a voce e a qualquer mulher que ver isso, nao mantenha amizade com esse tipo de homem.
Vai ser melhor pra vcs por nao ter que lidar com um cara fanatico e vai ser melhor pro cara, que nao vai alimentar esperanças que nao existem.
Eu diria mais, pra mim nao existe amizade verdadeira e sem segundas intençoes entre homem e mulher (sei do que estou falando, sou homem e nao perderia uma chance de transar com qualquer "amiga"), mas tem gente que ainda acredita que e possivel amizade entre h e m heterossexuais, enfim, cada um sabe onde doi mais
Uma vez no carnaval saí com um amigo e umas conhecidas dele pros blocos de rua.
ResponderExcluirBebemos mt, porém só eu passei mal pq a bebida era vagabunda, de qualidade ruim e pq meu estômago tava sensível, logo deu revertério legal no meu organismo.
Vomitei demais e fiquei fraca, quase inconsciente.
Fomos a Lapa, bairro boêmio do Rio e lá sentei num ponto de ônibus pq não me aguentava em pé, acho que estava quase desmaiando. E o lugar tava cheio de gente.
Nessa hora um cara sentou do meu lado e começou a me paquerar, a puxar conversa.
Conversei normalmente(ou acho que estava normal)apesar de não lembrar o que falei. Mas apesar disso estava conscientemente suficiente pra perceber que eu não tava legal e por isso fiquei me perguntando pq aquele ser estava me paquerando. Será que não viu que eu tava mal? Ou estava mt bêbado pra notar algo ou era sem noção ou percebeu sim e quis se aproveitar. Perigoso, né?
Enfim, meu amigo me chamou. Me despedi e saí dali zonza.
Depois dessa passei a tomar mais cuidado ao beber na rua não só pela saúde, mas principalmente por medo de ser violentada.
Se afastem em definitivo de homens, não nutram nenhum tipo de sentimento emocional romântico por eles.
ResponderExcluiresta e a unica solução.
Texto maravilhoso!
ResponderExcluirGostaria aqui de fzr um adendo: sofremos com muitos tipos de violência, até mesmo a midiática que insiste em nos fazer acreditar que somos feias, que devemos consumir produtos de beleza para nos sentirmos bem e que reforça esteriótipos. Esses dias foi a nova série (ou minissérie) que está passando no Fantástico…o que eu vi ali foi algo totalmente fora de contexto, que so ta servindo pra dizer que somos malucas!!! Vejo também como um tipo de violência esse tipo de manifestação midiática que apenas reforça preconceitos e esteriótipos.
Aqui fala sobre http://lugardemulher.com.br/amando-bem-pouquinho-aqui/
e aqui http://naocurtiacheiofensivo.blogspot.com.br/2014/11/a-nova-serie-da-globo-eu-que-amo-tanto.html
Sobre a série do Fantástico eu também só consegui assistir o epi com a Marjorie Estiano, e achei ó, uma bosta. Também fiquei pensando "oxi, acabou? cadê a conclusão?"
ResponderExcluirEnfim, fiquei com a mesma impressão da autora do blog que era só pra mostrar um monte de mulher maluca dando chilique.
Jà vivi tanta violência sexual e psicológica que calava o grito me mordendo. E eu não sou a única a ter vivido isso.
ResponderExcluirPara mim tudo que é forçado é violento. Gritar, ameaçar, xingar também é violento, mas para muita gente ignorante violência é o que deixa hematomas quando na verdade é mais ou menos que isso.
Se a mulher denuncia que o parceiro gritou com ela é motivo de piada. Denunciar que um ordinário passou a mão em mim não dar em nada. Nem todo estupro dar cadeia e aí como fica a vítima?
Exposta a críticas, exposta ao descaso. Um exemplo atual é o da USP. Seráque alguém será preso e condenado?
Lola, entrei no seu blog para fazer um comentário e fiquei mega triste com a nossa realidade . Tenho duas filhas, de oito e onze . A mais velha , passou por uma situação esta semana, no mínimo, machista . Ela é uma garotinha muito extrovertida e tem vários amigos meninos . E , o que aconteceu foi o seguinte : a diretora da escola que ela estuda aviu com um colega na quadra e ,a mandou para a frente da escola . Là , ela se despediu desse amigo e ficou conversando com outro colega . A infeliz da mulher (pois para mim só. Pode ser infeliz), fez o seguinte comentário : você só tem amigo homem? Porque não fica com as meninas? Minha filha se sentiu pé ssima com o julgamento dela e , deu uma resposta atravessada . Ela ameaçou minha filha dizendo: Amanhã a gente conversa mocinha! Sinceramente me respondam :Qua é a dessa criatura ? Me desculpem , nunca comento mas , isso ficou entalado na minha garganta . Sempre ensino as minhas filhas a conviverem com todos , independente de sexo , e essa mulher parece querer segregar meninos e meninas . Onde chegaremos com isso ?
ResponderExcluirSe alguém viesse dizer pra minha filha "amanhã a gente conversa, mocinha", sem minha filha ter feito nada, eu já teria feito a Terra cair pra cima dessa pessoa.
ResponderExcluirDiva
ResponderExcluirQuerido(a) anônimo(a) de 02:53
Esta mulher é uma validadora machista da pior espécie!
NADA justifica que ela tenha chamado atenção de uma criança!
Garanto que essa ridícula acharia o máximo se visse um menino falando com várias meninas!
Sim, pode ter algum garoto que pela educação machista pode "confundir" a amizade que sua filha tem com ele, mas aí é só conversar com a menina e orientá-la a se defender caso lide com algum pré-machista, kkk em sua escola.
É mais do que importante e válido meninos e meninas interagirem e não ficarem segregados aumentando ainda mais situações de machismo e violência.
NÃO é uma diretora de escola que tem que corrigir e orientar e sim pai e mãe.
Meu conselho(não tenho filhos nem filhas, eu e meu marido, no momento, não queremos) se eu tivesse um filho(ou filha) e levasse esporro SEM MERECER, eu iria pagar bem feio pra pessoa que fosse escrota com meu(minha) filho(a)!
Vá de encontro com esta criatura e diga umas boas verdades na cara dessa bruxa!!
Bj.
Diva
Diva
ResponderExcluirQuerido(a) anônimo(a) de 02:53
Esta mulher é uma validadora machista da pior espécie!
NADA justifica que ela tenha chamado atenção de uma criança!
Garanto que essa ridícula acharia o máximo se visse um menino falando com várias meninas!
Sim, pode ter algum garoto que pela educação machista pode "confundir" a amizade que sua filha tem com ele, mas aí é só conversar com a menina e orientá-la a se defender caso lide com algum pré-machista, kkk em sua escola.
É mais do que importante e válido meninos e meninas interagirem e não ficarem segregados aumentando ainda mais situações de machismo e violência.
NÃO é uma diretora de escola que tem que corrigir e orientar e sim pai e mãe.
Meu conselho(não tenho filhos nem filhas, eu e meu marido, no momento, não queremos) se eu tivesse um filho(ou filha) e levasse esporro SEM MERECER, eu iria pagar bem feio pra pessoa que fosse escrota com meu(minha) filho(a)!
Vá de encontro com esta criatura e diga umas boas verdades na cara dessa bruxa!!
Bj.
Diva
Existem sim e aos montes e eles são apenas seus amigos!
ResponderExcluirE daí?
Amizade não é um passo pra ir pra cama com um mulher, meu caro! Amizade é uma relação como qualquer outra.
Se você acha que ser amigo de uma mulher é estar "quase lá", você claramente não sabe nem o que é amizade, nem como tratar uma mulher. E mulher percebe isso.
Prezada Lola,
ResponderExcluirprimeiro, gostaria de parabenizá-la pelo seu ótimo (e importante) trabalho feito aqui, que nós, do blog SI LE BRÉSIL M'ÉTAIT TRADUIT (Se o Brasil me fosse traduzido), gostamos muito. Traduzimos, até, para o francês, alguns dos seus posts, o que você já deve estar sabendo.
Não escrevo-lhe por e-mail, porque o Gmail não gosta do meu servidor de e-mail (se não recusa os e-mails de cara, enfia-los direto para a pasta spam).
Li há pouco um artigo assustador que acho importante divulgar, sobre um projeto de lei no Rio de Janeiro, que está preste a ser aprovado, me parece:
http://cebes.com.br/2014/11/violencia-contra-o-estado-laico-no-rio-de-janeiro/
Mais uma vez, parabens pelo seu blog, et até mais,
Lulu
http://lebresilentraduction.tumblr.com
Parabéns Lola, parabéns bloguinho.
ResponderExcluirVocê continua transformando a vida de muitas mulheres, pode ter certeza de que elas são mais felizes e entendidas de seus direitos nesse mundo babaca.
Obrigada sempre.