Entro e comento no seu blog todo dia, quando você veio pra Floripa, fui na sua mesa redonda com um grupo feminista. Você é minha ídola, que me faz ser feminista, ser forte, por isso resolvi mandar este guest post, este DESABAFO que estoura no meu peito ha 6 anos. Preciso colocar pra fora. E preciso ajudar outras pessoas, mostrar o assédio que pode ocorrer no ambiente do trabalho mesmo você sendo uma estagiária.
Tudo começou na metade de 2006. Eu tinha 19 anos. Era uma menina na terceira fase de direito, querendo mudar o mundo. E comecei a fazer estágio numa empresa pública aqui de Santa Catarina, na área do apoio dos advogados. Meu trabalho era arquivar o que eles faziam. Primeiro no computador e depois numa sala adjunta que mais parecia um galpão, porque não tinha janelas nem nada.
A sala tinha seis pessoas, eu era a única mulher. A minha mesa era praticamente colada à de um homem, vamos chamá-lo de F. Ele tinha mais de 30 anos, e adorava dizer em voz alta que fazia o "mínimo que precisava porque era funcionário público e não podia ser demitido mesmo". Então ele começou a passar os trabalhos dele pra mim. TODO O TRABALHO. Eu tinha que fazer o meu como única estagiária, e ainda fazer o dele, que era catalogar um processo inteiro no sistema. E aí o problema mais sério começa.
Porque enquanto eu fazia tudo isso, sabe o que ele fazia? Lembrando que nossas mesas eram extremamente coladas; a distância dos nossos computadores era menos de duas mãos. Ele ficava assistindo PORNÔ. Pornô bem proibidão ainda, à tarde toda, de segunda à sexta. Eu aturei isso por dois anos. Não tinha provas pra falar pra ninguém. Precisava do dinheiro do estágio. E na época, infelizmente, não consegui outro em nenhum lugar.
Eu cheguei a ficar traumatizada. Na época, cheguei até a ficar por um tempinho com nojo de sexo com meu então namorado, atual marido, porque aquilo não era só pornô. Era pornô hardcore, daqueles que envolvem cenas de estupro. Era horrível. E eu não podia fazer nada.
Um dia eu educadamente pedi pra ele parar. Falei que me incomodava. Sabe o que ele fez? Ficou quieto. Esperou eu ir no tal galpão guardar documentos. Eu sempre ia sozinha. E daí ele foi lá e disse pra eu ficar bem quieta, porque ele conhecia muita gente, e que eu obviamente não queria coisas ruins acontecendo comigo. Eu chorava quase todo dia.
Até hoje carrego muito trauma desse assédio que sofri, que nem sei que nome se dá: assédio moral? Sexual? Eu não sei. Eu sei que não foi certo. Eu sei que eu não pude fazer nada. Eu sei que ele continua trabalhando lá, provavelmente traumatizando psicologicamente outra estagiária, e ninguém pode fazer nada.
Porque vivemos nesse mundo que mulher ainda não vale nada. Vive sendo assediada, estuprada, violentada, machucada pelos próprios parceiros.
Sensação de impotência. Ainda hoje. Mesmo seis anos depois (já que saí em 2008). Desde que saí faço terapia, que ajuda bastante. Escrever no meu blog ajuda também. Lá discuto esses assuntos e ajudo outras garotas. Mas o meu sonho é que nenhuma menina ou mulher precise passar pelo que eu passei. NUNCA MAIS.
Sensação de impotência. Ainda hoje. Mesmo seis anos depois (já que saí em 2008). Desde que saí faço terapia, que ajuda bastante. Escrever no meu blog ajuda também. Lá discuto esses assuntos e ajudo outras garotas. Mas o meu sonho é que nenhuma menina ou mulher precise passar pelo que eu passei. NUNCA MAIS.
Que horror, que sujeito repulsivo... É claro que ele via o pornô para mandar uma mensagem para as mulheres próximas. Inclusive, forçar mulheres a assistir pornografia é um tipo de abuso sexual. Ainda mais pornô de estupro... É como dizer: "sou estuprador, tomem cuidado".
ResponderExcluirLOLA muito obrigado novamente. sensação de peito mais leve. de colocar pra fora as coisas ruins. de fim de etapa. closure né?
ResponderExcluirMas esse tipo de coisa fica salva no servidor, cara. Sem querer diminuir sua dor, mas porque você não denunciou? Não ia ser difícil provar que o cara ficava a porra do dia inteiro vendo pornô
ResponderExcluirÉ claro que ele via o pornô para mandar uma mensagem para as mulheres próximas. Inclusive, forçar mulheres a assistir pornografia é um tipo de abuso sexual. Ainda mais pornô de estupro... É como dizer: "sou estuprador, tomem cuidado"
ResponderExcluirPassou dois anos e n tocou nela,é um estuprador filho da puta mesmo....
Que ele é um babaca,que isso era assédio moral eu concordo,agora estuprador?
Depois negam que qualquer coisa para vocês é estupro.
Infelizmente o abuso no ambiente de estágio não é exceção, desejo que tenhas força para empoderar o máximo de pessoas. x)
ResponderExcluirque história mal contada,o cara via pornô o dia inteiro e ninguém percebeu,ninguém ouviu nada ou ele deixava sem volume?
ResponderExcluirele pegava a cara dela e segurava na direção do seu pc para falarem que ele a obrigava a ver o pornô?
frescura demais.
Isso não e assédio sexual, sinto muito (ou não).
ResponderExcluirSe o cara gosta de ver porno, na CASA dele e entende que aquilo é uma FANTASIA, não vejo problemas. Agora, ver no trabalho, em público, deveria ser atentado ao pudor NO MÍNIMO.
ResponderExcluirRaquel,
ResponderExcluirSobre estagiárias abusadas no ambiente de trabalho, duas palavras: Monica Lewinsky. Se por outro lado o então Presidente dos EUA a fez pensar que estavam tendo um romance e tudo ali foi consentido, por outro, os ataques que ela sofreu quando o caso veio à tona -- ela teve as perspectivas de carreira destruídas, foi acusada de feia, gorda e destruidora de lares, isso porque quando foi trabalhar na Casa Branca estava crente que no iniciozinho de seus 20 anos estava dando um belo primeiro passo em sua vida profissional.
Aliás, também trabalhei como estagiária em uma empresa pública e lá também os homens assistiam porno o dia inteiro. Não era tão apertado o espaço então não sei que tipo de pornô viam, mas todos sabiam e eles trocavam impressões entre si sobre os filmes. Eu ignorava solenemente. Desprezava o lugar -- fiquei lá 6 meses e nunca me deram trabalho algum, porque o meu computador era um lixo e o da outra estagiária do setor funcionava. Enquanto eu levava quase o dia inteiro para carregar um relatório, ela levava 10 minutos. Assim, ela trabalhava umas 4 horas no mês e eu, algo entre 1 hora e nenhuma, porque não tinha sentido me pedir pra entrar no sistema da empresa.
Ninguém trabalhava ali mais de uma hora por dia. Ninguém. Ganhei um dinheiro legalzinho enquanto estudava pras provas por lá mesmo e quando achei que não dava mais pra conviver com a mediocridade extrema, pulei fora.
Espero que você esteja mais forte e que o trauma vá sempre sendo superado!
Um beijo!
Que horror. QUE HORROR
ResponderExcluirRaquel, sinto muito pelo o que você passou, mas obrigada pelo Guest Post. Envolve muita coisa relevante.
Gente, que vocês fariam numa situaçao dessas? Eu confesso que eu não sei. É uma coisa denunciar quando você tem alguma apoio, mas num ambiente só com homens, com um cara tão perto, numa posição tão baixa hierarquicamente... É difícil.
Pensei em tirar foto do computador (?) ou mostrar o histórico pra alguém, mas o cara não podia inventar alguma história louca e dizer que eu forjei a coisa toda? Não podia dizer que eu abri as coisas no computador dele pra incriminá-lo? Ele provavelmente diria algo tipo "ontem eu dei uma bronca nela porque ela não fez o serviço direito, daí hoje ela inventou isso! vingativa! incompetente!". Depois, tem como apagar sinais do que você acessa do computador, não?
E outra, mesmo comprovando, o cara disse que conhecia bastante gente e isso podia ser verdade. Se ele tinha as costas quentes no lugar, podia se safar mesmo que ela provasse por a + b.
O cara também podia diminuir a coisa, dizer que ela tava fazendo drama. Sei lá.
Tem um zilhão de coisas que poderiam acontecer... Complicado... Ainda mais se ela dependia tanto do estágio.
Ana Banana, vc tem razão. Tb já estagiei em empresas públicas. Se o cara tem costas quentes, nada vai acontecer com ele. NADA. Mesmo com todas as provas do mundo. Estagiário não é considerado gente.
ResponderExcluirIsso é um exagero. Empresas públicas são muito mais propensas a levar a sério essas denúncias do que empresas privadas. Se o cara não tiver vínculo sindical, então (se tiver fica mais difícil). Isso é justa causa se comprovado. E não sei de estagiário não ser gente, não. Exagero extremo.
ExcluirFora o fato de que o cara não parece ser o tipo que tinha costas quentes. Baia apertada, serviço de merda... Ele estava se aproveitando da inexperiência dela para assustá-la (me parece). E outra, me pareceu que ele a estava ameaçando fisicamente, numa linha "conheço matadores de aluguel" e não "conheço o presidente da empresa" (foi a minha interpretação ao menos).
Acho que a boa numa situação absurda dessas é não demonstrar a insatisfação e recolher provas, denunciando direto na ouvidoria. Sem dar papo ou pinta. Não adianta conversar com um merda desses. Vai explicar pro cara que ver porno violento no trabalho não é ok? Pelamordedeus.
Sou homem e lendo esse guest post eu me lembrei de uma estudante de direito que começou a se insinuar sobre mim. Ela chegava toda sorridente para me comprimentar, sempre olhando para mim. Mas eu tenho comigo que médica, advogada e psicóloga eu quero distância. Quanto mais melhor. Essa jovem estudante tentou, mas eu cortei muito rápido e me afastei dela. Ela ficou triste, com sentimento de rejeição, mas não fui agressivo.
ResponderExcluirA única vez que fui agressivo foi com uma médica. Eu estava muito feliz lá conversando com ela quando ela me diz que era médica. Eu fechei a cara, ela me questionou de forma insistente até que eu disse bem claramente que médica tem que se relacionar com médico porque essa classe profissional está envolvido em muitos desvios de comportamento tratando a doença como mercadoria e pessoas como objetos. Ela ficou irritada e eu me despedi. Fui ....
"Eu fechei a cara, ela me questionou de forma insistente até que eu disse bem claramente que médica tem que se relacionar com médico porque essa classe profissional está envolvido em muitos desvios de comportamento tratando a doença como mercadoria e pessoas como objetos. Ela ficou irritada e eu me despedi. Fui ...."
ResponderExcluirWTF???!!
Diva
ResponderExcluirPara anônimo sem empatia de Anônimo de
8 de novembro de 2014 17:43
Meu caro.
Suponha que sua esposa chegue contando pra você que um colega de trabalho só fala putaria do lado dela, e ainda coloca pornô da mais baixa qualidade do lado quando estão trabalhando.
Você acharia "lindo" e convidaria o cara pra um café na sua casa(sarcasmo mode on)??
Ps: FILHA também serve(afinal não sei sua idade). E se vc tivesse uma filha e ela contasse a mesma história acharia a atitude do cara linda?
Em relação ao que a menina falou...
Primeiro: o sujeito tá no TRABALHO, não na casa dele!!!
Se ele quiser ver pornô de que tipo seja que ele assista na CASA DELE!!
Segundo: você é analfabeto funcional?? A moça disse bem claro que o cara tem uma mesa DO LADO DELA!! É claro que ele põe seus filminhos de propósito!
Terceiro: ela mesmo não vendo(claro!) ela ESCUTAVA! Ele sabia disso e ficava se sentindo o máximo HUMILHANDO sua colega de trabalho pelo fato de ser um babaca machista da pior espécie.
Quarto: se mesmo assim vc concorda com a atitude do sujeito, CASA com ele então e para de falar MERDA!!
Ps: "frescura" nos olhos dos outros é refresco!!
Médicos e médicas formam uma classe parasitaria, depende do proletariado para a sua sobrevivência ou seja para poder acumular e assim manter como classe dominante. Médicas e médicos roubam a riqueza produzida pelo operário. Burguesia e o proletariado são duas classes interligada dialeticamente uma com a outra, ou seja são duas classes que precisam uma da outra para poder se manter. Mas o objetivo da classe médica é acumular capital e o objetivo do proletariado é deixar de ser explorado e ter uma vida digna, ou seja para a burguesia acumular ela precisa necessariamente criar doenças no proletariado que por vez luta para garantir a sua vida pagando exames, cirurgias e medicamentos desnecessários. Portanto estas classes estão em guerra uma com a outra. Um cidadão libertário não deve se relacionar com essas classes burguesas parasitas como médicas e médicos, advogados e advogadas, psicólogos e psicólogas.
ResponderExcluirEntão, anon bobo, infantil e preconceituoso das 22:44, faça o seguinte: não se relacione com médicos, não consulte médicos, não use remédios nem deixe que umx enfermeirx te costure quando você abrir sua perna, braço ou cabeça. Pronto,resolvido. É bom que ninguém precisa aturar sua babaquice por aí. Ah, e antes que você comece com o mimimi, eu não sou médica. Sou auxiliar de escritório e estudo artes plásticas. Ah, e se você preferir crescer e virar gente, será ótimo também.
ResponderExcluirJá tive que dar carão em uns babacas do meu serviço que se juntavam em torno de um computador para ficarem vendo pornografia. Ameacei de denunciar na ouvidoria. Vi aquilo, levantei da mesa e falei bem alto pra todos os que estavam na sala que eu não queria saber dessa palhaçada no local de trabalho, e que se acontecesse novamente eu os denunciaria para a empresa.
ResponderExcluirEm primeiro momento ficaram meio sem graça mas riram como se eu é que estivesse agindo como abobada... A coisa não aconteceu novamente por um tempo. Aí aconteceu de novo após alguns meses, eu rodei a baiana de novo e não se repetiu mais.
Passei por abuso também nao sexual porém humilhante como estagiaria da caixa econômica federal eu era estudante de administracao e arrumava os arquivos habitacionais da caixa certo dia minha patroa me ordenou a eu levar caixa por caixa ate minha mesa cada caixa pesava em torno de 12kg eu era obrigada a levar arrastando de bunda pra cima cada caixa eu percebia que todos os homens da sala ficavam me olhando, foi enentão que reclamei do trabalho e minha patroa disse que eu tinha falado na entrevista que eu previsava do emprego foi então que eu, disse que eu falei que eu precisava de experiencia e nao dinheiro traduzindo fui humilhada diversas vezes porque achavam que eu era pobre e podiam fazer o que quiser comigo. Fiquei so 6meses e foi minha pior experiência.
ResponderExcluiranon 00:19,não é falta de empatia mas não acreditei nessa história,segundo ela,o cara via pornô o dia inteiro,todos os dias e ninguém da empresa viu isso em todo o tempo que ela trabalhou lá e ainda era com som e ninguém ouviu nada?
ResponderExcluirconta outra.
É falta de empatia e burrice: trabalhavam lá só homens, que não estavam nem aí, ou melhor, compactuavam com a estratégia de humilhação - assédio moral e sexual - de um misógino vagabundo. A violência misógina já estava institucionalizada no ambiente podre de trabalho.
ExcluirAnonimo 09/11 14:23:
ExcluirÉ falta de empatia sim, e também burrice: trabalhavam lá só homens, que não estavam nem aí, ou melhor, compactuavam com a estratégia de humilhação - assédio moral e sexual - de um misógino vagabundo. A violência misógina já estava institucionalizada no ambiente podre de trabalho (até o espaço físico refletia isso) - o que infelizmente não é incomum.
pro anon que insiste em dizer que ninguém ia perceber por causa do som , você já ouvir falar em FONE DE OUVIDO?
ResponderExcluirou ninguém trabalha ouvindo musica onde você trabalha?
e eu não denunciava, porque eu PRECISAVA MTO DO ESTAGIO e como eu ia provar? como eu ia conseguir entrar no computador dele? na frente de todo mundo. ia la de madrugada. e se ele levasse os pornos num pen drive sei la.extremamente complicado prova isso.
e algum anon tbm falou ' como eu via' os nossos computadores era tao próximos. que pra eu passar entre eles, eu tinha que passar de lado, não conseguia passar de frente. e não eu não tenho 250 quilos. mas era mto próximo mesmo. lado a lado é pouco.
enfim só um esclarecimento. E OBRIGADO PARA TODAS QUE ME APOIARAM E MANDARAM FORÇA.
Moça! Você não tem culpa de nada, mas te aconselho que mesmo sendo um pouco tarde DENUNCIE. Apesar de aqui no Brasil as leis referente a assedio moral ou sexual contra mulher não são levadas a sério, as leis trabalhistas são, são raríssimos casos que não dão retorno. Recomendo você procurar um advogado e fazer uma denuncia ao ministério de trabalho, inclusive dá pra entrar em contato anonimamente! Não deixe esse cara impune, pois isso pode acontecer com outras mulheres.
ResponderExcluirPara trabalhar no serviço público tem que brigar muito, pois tem cada vagabundo como esse do post que acha que pode fazer o que quiser que não vai acontecer nada. Também já briguei que nem Kittsu, mas no meu caso foi por causa desses comissionados folgados querendo me obrigar a fazer coisas que não são de minha responsabilidade.
ResponderExcluir"Eu fechei a cara, ela me questionou de forma insistente até que eu disse bem claramente que médica tem que se relacionar com médico porque essa classe profissional está envolvido em muitos desvios de comportamento tratando a doença como mercadoria e pessoas como objetos. Ela ficou irritada e eu me despedi. Fui ...."
ResponderExcluirAposto que depois reclama que não consegue pegar mulher, né não? Que nem aqueles losers que xingam toda mulher de vadia, de puta, dizem que todas são vagabundas e só servem pra comer, etc etc, e depois não entendem pq não conseguem pegar uma mulher (quanto mais namorar)... kkkkk
Pra quem nao acredita que seja possível o cara ver porno o dia todo e ninguém descobrir: é possível sim, dependendo do ãngulo do computador dele em relação a portas e janelas. Se ficar escondidinho não tem como ver mesmo.
ResponderExcluirVix, complicado. Na empresa em que trabalho conseguiram demitir um cara por justa causa já que ele passava boa parte do tempo vendo pornôs e depois ia pro banheiro "relaxar".
ResponderExcluirJuntaram as provas e deu certo. Mas é lógico que o processo foi longo, até mesmo para juntar as provas, etc. Enfim, tomara que vc se recupere logo desse trauma, querida. Beijos!