Publico aqui hoje minha última sugestão para candidata para deputada. Esta é Clarissa Sommer Alves, candidata à deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, e feminista, lógico! Não se esqueça: no domingo, vote numa feminista.
Olá Lola! Olá leitorxs! Tudo bem?
Eu desejava ter escrito antes, entretanto, com a correria da campanha, ainda mais de uma campanha independente, sem recursos de empresas ou qualquer inserção midiática, acabei atrapalhando-me com mil tarefas. Mas o que importa é que aqui estou, para compartilhar as ideias e o programa socialista e feminista defendido a partir da minha candidatura à deputada estadual pelo PSOL no Rio Grande do Sul.
Sou militante do PSOL desde 2008. Já conhecia, mas aproximei-me do partido através do movimento estudantil universitário, e identifiquei-me desde o princípio por perceber a necessidade da organização coletiva para transformar nossa realidade, e que essa transformação precisa ser anticapitalista, buscando superar esse modelo econômico e social calcado na exploração e nas opressões.
Tenho 27 anos, nasci e vivi sempre na Vila São Borja, periferia de Porto Alegre, onde desde cedo percebia as desigualdades e sensibilizava-me com a penúria em que vive o povo, especialmente as mulheres, em sua maioria negras, sujeitas a toda forma de violência desde cedo, submetidas a um sistema que lhes baixa a autoestima, tendo muitos filhos, várias vezes por não ter acesso a métodos contraceptivos e educação sexual, ou por total ausência de perspectiva.
Tive a sorte de contar com uma família com amor que me deu boa educação e, como poucas mulheres do meu bairro, consegui entrar na universidade federal, vivência que me abriu novos horizontes, trouxe novas ferramentas para compreensão e intervenção no mundo, ajudando-me a canalizar para a militância social e política toda a indignação que sempre carreguei, mas que não sabia ao certo como explicar.
Hoje sou servidora pública estadual, atuo como historiadora no Arquivo Público do Estado, trabalhando diretamente com projetos relacionados ao patrimônio cultural, à Educação Patrimonial, à história da ditadura civil militar no Brasil, da escravização e da resistência negra, e à história das mulheres e das relações de gênero.
Desde 2008 tenho militado cotidianamente, e também nas eleições, mas este ano resolvi candidatar-me, tendo, entre tantos motivos por que lutar, uma motivação especial: ocupar a política enquanto mulher e jovem, construindo uma candidatura abertamente feminista, comprometida com as lutas das mulheres, em um partido que defende este programa e que não se alia aos que barganham nossos direitos e conquistas.
Nesse sentido, além da defesa da cultura, da educação, do patrimônio, das instituições de memória e de tudo o que se relaciona à minha área, tenho como foco central as pautas feministas: combate efetivo à violência contra a mulher, com acolhimento da vítima e de seus filhos, sua (re)inserção com qualidade no mercado trabalho como ação fundamental para sua autonomia, acompanhamento psicológico, punição e reeducação aos agressores; creches e pré-escolas públicas em turno integral para viabilizar que as mulheres estudem, trabalhem e façam política (no RS, por exemplo, 60% das crianças estão fora das creches);
educação sexual, amplo acesso a métodos contraceptivos e legalização do aborto, para que as mulheres não morram e possam escolher o que fazem com seus corpos; educação para a diversidade, equidade de gênero e livre orientação sexual, promovida nas escolas, mas também incentivadas a partir de associação de moradores, das organizações estudantis e de trabalhadores; programas de combate à mercantilização do corpo das mulheres e à cultura do assédio e do estupro, como campanhas governamentais de combate ao assédio nos transportes, por exemplo; combate à violência obstétrica, defesa do parto humanizado e do atendimento integral à saúde das mulheres, para além da saúde materno-infantil, porque ter filhxs precisa ser uma escolha, mas todas nós poderemos ter diabetes, hipertensão, câncer, complicações com a menopausa, colesterol alto, osteoporose, depressão...
Hoje, quase no fim do processo eleitoral, estou muito feliz por ter tido coragem de candidatar-me! Coragem, sim, pois a política ainda é um espaço hostil às mulheres. Somos cerca de 10% do parlamento apenas, mesmo sendo mais de 50% da população, e precisamos romper barreiras para ocupar tal espaço! Estou feliz porque encarei desafios e me tornei mais forte, respondi à altura muitos comentários machistas feitos nas ruas durante a campanha sobre ser mulher, sobre minha idade e minha aparência, consegui aprofundar o debate feminista dentro do próprio PSOL, contribuí para expandir o alcance das nossas ideias, e estou mais e mais convencida: precisamos de parlamentares feministas, e não basta ser mulher!
É preciso estar comprometida com um programa de transformação real de nossa sociedade. Assim, convido a todxs para que conheçam mais sobre minha campanha em nossa página no Facebook e para que venham conosco não apenas no dia 05 de outubro, mas nas lutas de nossas vidas!
O povo gosta de gente que faz promessas malucas, gosta de imagem. Fica complicado para políticos e políticas de seriedade.
ResponderExcluirÉ preciso que a população acorde todos os dias, não somente em épocas de eleição.
ResponderExcluirDe modo geral,o povo quer dinheiro, cerveja e sacanagem. É preciso falar o que eles entendem. Caso contrário os candidatos e candidatas mais sérios ficarão falando ao vento, pois como eleitores analfabetos poderão entender conceitos complexos?
ResponderExcluirA candidata pode ser ótima, mas se não souber se comunicar, vai rodar feio.
Tomara que o nível da política melhore, pois a coisa anda feia.
ResponderExcluirO Brasil tá demorando a acordar....
ResponderExcluirGalera, a coisa precisa melhorar.
ResponderExcluirEU SEI O QUE EU FIZ! POSSO TE ESCONDER? DAS SOMBRAS QUE QUEREM TE LEVAR.
ResponderExcluirMe siga, não vou deixar que suma assim da minha vida, minha fraqueza não vai me vencer. Ser forte dessa vez.
Lembrar de ti, de te ver sorrir vale mais bem mais vale mais bem mais do que o fim.
Te vendo desaparecer, tento te levar pra onde está, o que não vivi e minha mente não vai encontrar. Eu quero acordar, pois posso te alcançar, não permitir que o medo volte a nos visitar.
Por falar em PSOL, a Luciana Genro só não crítica um grupo de oligarquia política tradicional no Brasil: as famílias, que dominam do Amapá ao Rio Grande do Sul. No Brasil, cargo político é herança e a Luzinha não teve o menor pudor de se aproveitar disso.
ResponderExcluirImagino que o anônimo de cima é um lunático stalker.
ResponderExcluirPrecisava de uma sugestao de deputada estadual no Rio de Janeiro. Alguém sabe?
ResponderExcluirLolinha, vc não faz mais crítica de filme?
ResponderExcluirSou do rs, até votaria nela, porém votando nela (por ela ser feminista), vai ajudar mais ainda o sistema em que vivemos e que fez lavagem cerebral nas mulheres.
ResponderExcluirSó uma dúvida: PSOL tem algumx candidatx negro?
ResponderExcluirHamilton Assis, canditado a Senador pelo Psol na Bahia e negro. Para quem perguntou se o PSOL tem candidato negro. Pessoal da Bahia:
ExcluirPara o governo do estado vote: 16, Renata Mallet(Pstu)
Senador :500 - Hamilton Assis(psol)
Deputada Federal: Gabriela - 1620(pstu)
Deputada Estadual: Gislane - 50333(Psol)
Hamanndah também e política
Gostei do blog, antigo não? Recentemente escrevi um testo relatando meu retorno, espero não parar de escrever nunca, mesmo mudando um pouco a característica do blog, pois não estou mais a procura de um milionário.
ResponderExcluirBranca, loira, bonita e servidora pública. Essa é oprimida.
ResponderExcluirÉ tão bacana ver uma mulher tão nova, batalhadora e competente, disposta a lutar por mudanças e dialogar com as minorias. Vá em frente Clarissa, espero que tenhas muito sucesso. A luta do feminismo tem que partir de cima, nós precisamos de representantes fortes e competentes, pq a política ainda é, infelizmente, dominada pelo machismo, senso comum, conservadorismo e aí vai.
ResponderExcluirE pro Anon. 17:31: herança uma ova pra ti. "Luzinha" (pq a necessidade de dimunuir né? machismo? nããããão) rompeu com o pai, o pt e nunca, jamais, ganhou qq coisa com isso.
Fabi, ela rompeu com o pai depois de já estar estabelecida na política, ela entrou no meio sob a influencia e com o apoio dele no PT...
ResponderExcluirMeu voto já é dela, junto com a Maria do Rosário 1370 e Luciana Genro 50
ResponderExcluir\o
Bora encher a politica com MULHERES, somente assim faremos a diferença!
kkk. Bancada do PT do Pernambuco na Câmara Federal acabou: -4. Em SP, -5. No Ceará, ótima troca: sai 1 PCdoB entre +1 DEM. Sem contar Olívio Dutra e Suplicy no Senado. Estou feliz!
ResponderExcluir"Fabi, ela rompeu com o pai depois de já estar estabelecida na política, ela entrou no meio sob a influencia e com o apoio dele no PT..."
ResponderExcluirBom, não.
Ela sempre foi de uma ala diferente do Tarso dentro do PT, desde adolescente. O Tarso era do PRC, que depois virou Movimento por uma Tendência Marxista. A Luciana era da Convergência Socialista, depois rompeu para formar a Corrente Socialista dos Trabalhadores.
Claro que ela se beneficiou de uma boa educação e da estrutura familiar que um advogado trabalhista de primeira linha pode proporcionar. E não tenho dúvida que a primeira vez que ela se elegeu o sobrenome ajudou.
Mas politicamente ela nunca foi alinhada com o pai.
Mas e se fosse, e daí? Não pode?
A Clarissa não se elegeu. Teve 1.026 votos, ficou em nono lugar na lista do PSOL, que só elegeu um deputado.
ResponderExcluirPedro Ruas, do sexo masculino.
Quem votou em Clarissa Sommers ajudou a eleger Pedro Ruas.
É por isso que, num sistema de lista aberta, não adianta "votar em mulher", a não ser que ela tenha chance real de estar entre os primeiros colocados.
No Rio Grande do Sul, para deputado estadual, elegeram-se mulheres pelo PT (2), PDT (1), PSB (1) e PCdoB (1). Quem votou em homens desses partidos, ajudou a eleger mulheres...