Fiquei muito feliz em saber que a conhecida feminista Rachel Moreno é candidata à deputada federal em SP, pelo PT. Seu número é 1317.
(Na página Vote numa Feminista você encontra várias candidatas).
Rachel é o que se pode chamar de "feminista histórica". Ano passado recebi o seu livro mais recente, o excelente A Imagem da Mulher na Mídia. Recomendo! E recomendo muito Rachel como candidata.
Eis o texto que ela escreveu especialmente aqui pro blog:
O feminismo é como um rio, que por vezes submerge e, mais adiante, corre fluido sob o sol.
Várias batalhas foram empreendidas, buscando sempre a equidade de gênero, que ora se pensou que alcançaria com o direito à educação, ora se projetou no direito ao voto. Todas essas tentativas, válidas, permitiram algum avanço mas ainda não nos levaram até onde queríamos.
Me incorporei nessa batalha desde o início dos anos 70, somando a luta contra a ditadura, com os grupos de reflexão, a multiplicação das informações, e a organização da luta por direitos das mulheres.
Na USP, onde eu estudava, comecei atuando para transformar uma proposta de dividir os custos de uma babá para tomar conta das crianças, enquanto as mães estudavam, em manifestações e passeatas por uma creche para filhos de alunas, professoras e funcionárias, que pudesse também servir de aplicação dos conhecimentos adquiridos nas diversas faculdades relacionadas, do campus. E conseguimos!
Essa experiência foi um gancho que me deu contato com grupos de mulheres, moradoras da periferia de São Paulo, que batalhavam pela mesma coisa, com menor visibilidade.
Articulamos o Movimento de Luta por Creches, ousando declarar que “Os filhos não são só da mãe, e são também do interesse do Estado”.
Enquanto participava das manifestações pela redemocratização do país, pelo direito à greve, pela anistia aos exilados políticos, me envolvi também na organização do 1º Congresso de Mulheres Trabalhadoras –- as metalúrgicas do ABC. A ela se seguiram as químicas de SP, as jornalistas, as bancárias.
Aos poucos, nos demos conta que, para efetivamente ver refletidas as nossas demandas, deveríamos nós mesmas elencá-las, organizá-las e nos mobilizar por elas. Partimos então para a junção dos diversos grupos e pessoas trabalhando no tema e organizamos o 1º, 2º e 3º Congressos da Mulher Paulista (em 1978, 79 e 80). Já tínhamos, na época, dois jornais feministas -– e eu atuava no Nós Mulheres.
Dos Congressos nasceram algumas lutas unificadas -– o Movimento de Luta por Creche, seguido pelo primeiro SOS Mulher, no ano seguinte, com o objetivo de dar atendimento e visibilidade à violência de gênero.
De lá para cá, discuti em vários cantos do país a questão do trabalho doméstico, da diferença de tratamento e salário no trabalho feminino, do trabalho noturno, da violência contra a mulher, de nossa sexualidade, dos direitos sexuais e reprodutivos etc.
Nos últimos anos, tenho abordado a transversalidade das questões de gênero –- estando presentes em todos os lugares, temos uma interface com todos eles, onde surgem as nossas demandas específicas (educação incluindo nossos direitos, transporte com segurança e roteiro adequado, fraldário nos parques, valorização de nossa formação e habilidades, salários que refletem essa valorização, horários de escolas e creches compatíveis com nossa jornada de trabalho, representação própria e paritária nos espaços de poder etc).
Paralelamente a isso, nos últimos 8 a 10 anos, tenho também me envolvido pela democratização da mídia.
A concentração na mão de poucos, que ditam o que devemos e não devemos ver, e o que devemos pensar do que decidem nos mostrar, nos tira o direito constitucional à comunicação.
A invisibilidade seletiva que a mídia tem nos imposto (não divulgando nossas demandas, nossa diversidade) a falta de pluralidade (não dando espaço aos diversos pontos de vista e se limitando a produzir a atitude desejada por eles frente aos governos, bem como consumidores para os seus anunciantes). A mídia tem nos bombardeado de imagens e valores que nos mostram como devemos ser e o que devemos desejar.
E, paralelamente a isso, naturaliza tanto a violência –- ou eventualmente a espetaculariza -- que eleva o patamar de sua percepção e, com isso, estimula a sua manutenção. Precisamos da implementação da proposta do marco regulatório que aprovamos na Conferência de Comunicação, precisamos democratizar efetivamente a mídia, e precisamos -– preservada a liberdade de expressão de todos -- estabelecer normas e parâmetros que regulem a mídia, como ocorre nas diversas democracias conhecidas.
Há outros aspectos e questões de meu interesse, mas essas duas vertentes -– questões de gênero e democratização da mídia -– se somam e potencializam, e têm constituído os dois pilares fundamentais de minha atuação e proposta de ação via candidatura.
curioso comovc sempre faz propaganda do pt, será que os escândalos não abrem seus olhos.
ResponderExcluirAcho lindas essas mulheres que vestem a camisa e saem para rua para lutar por seus direitos. E corajosas pela atitude de serem candidatas!
ResponderExcluirPena que ela é de SP! E pena que é do PT, rsrs.
Muito bom! Espero de coração que seja eleita. Gente que se declara feminista na política, é isso que estamos precisando.
ResponderExcluirBoa sorte e tudo de bom.
Luluzinha
A respeito da "equidade de gênero", eu concordo que devemos chegar mais próximos, mas tem questões, que não é possível atingir 100% de igualdade, como as questões que tangem maternidade.
ResponderExcluirMas o fato é, temos pouquíssima representatividade feminina na câmara. E isto de "cotas para mulheres nos partidos", só vai fazer eles colocarem "mulheres para cumprir tabela"
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Outra coisa LOLA, isto dai de que mascus são grupos de ódio, que você comentou a muito tempo, é verdade.
Entrei num dos fóruns deles e vejam o que tirei de print(já que não gosta que poste links)
Homem dizendo abertamente estar revoltado com as mulheres por ter pouco sexo : http://postimg.org/image/sckr92ejz/
E dois homens pregando um desapego num nível psicopata.
Um deles alegando que a revolta e o ódio é um "comportamento mangina" : http://postimg.org/image/d2kw1vj1r/
E o outro ,pregando que devemos ser insensíveis e jogando a culpa do "estado atual das mulheres" nos homens : http://postimg.org/image/pjw52s3lb/
Parece que ao entrar em contato com o Nessahan Alita, as pessoas tem tendência a se revoltarem, caso sejam mais inexperientes e ingênuas e a se tornarem "semi sociopatas", incapazes de ter empatia.
Pessoalmente, acredito que o primeiro grupo é menos perigoso que o segundo. Porque basta eles conhecerem uma mulher que os "dome" e acabou o ódio deles. Já o segundo, não tem uma "cura" e eles são os grandes responsáveis por expandir o movimento.
OFF TOPIC
ResponderExcluirHoje no programa da Fátima Bernardes uma mulher foi ao programa relatar a reação que teve a um ataque que sofreu na rua.
Gerou uma discussão muito interessante sobre machismo e cultura do estupro (não usaram esse termo, mas a discussão era sobre isso).
A moça é muito articulada, chama-se Fernanda La Ruina.
O link com a entrevista:
http://globotv.globo.com/t/programa/v/professora-carioca-relata-abuso-em-praia/3620087/
@Lídia. Que piada o sujeito. Se "revolta" porque as mulheres "são hipergâmicas e poligâmicas", ora por querer o destacado e hora por querer vários parceiros. Mas ao mesmo tempo, o sujeito quer as mulheres "tops" e quer ser poligâmico.
ResponderExcluirOu seja, pro cara a mulher deve virar escrava de qualquer um e o homem, pode ser criterioso e poligâmico...
A respeito das respostas feitas a ele, não sei como alguém pode considera-lo "mangina", com toda esta revolta e o outro cara demonstra tendências sociopatas. Parece ver homens e mulheres, como meros animais e ferramentas.
O tenso não é ter meia dúzia de homens assim. O problema, é que eles estão crescendo muito. Algumas páginas deles, já estão beirando os 120 mil likes no FB. E num país cada vez mais conservador, a tendência é que tenhamos cada vez mais homens com ódio e cada vez mais homens "semi sociopatas"
Eu não gosto do Pt o Pt é o partido que mais se envolveu em escandalos, como vou confiar no pt, não confio, porque será que o filho de lula ficou milhonário de um dia pro outro, ele é o maior latinfundiario do Brasil dono da oi e agora da tim.
ResponderExcluirNão tenho empatia com o PT, mas votaria numa feminista sim.
ResponderExcluirAiiii.a Rachel Moreno é tão maravilhosa...
ResponderExcluirSe eu morasse em SP, meu voto era muito dela.
É MESMO, Lídia? Não que voce esteja errada, mas o feminismo também desperta ódio nas mulheres de tanto falar da violéncia que os homens cometem contra as mulheres.
ResponderExcluir"Eu não gosto do Pt o Pt é o partido que mais se envolveu em escandalos, como vou confiar no pt, não confio, porque será que o filho de lula ficou milhonário de um dia pro outro, ele é o maior latinfundiario do Brasil dono da oi e agora da tim."
ResponderExcluirMoça, vote em quem você quiser.
Mas, por favor, respeite a si mesma: não acredite em besteira.
O filho do Lula não é dono da Oi nem da Tim. A Oi pertence à Telemar Participações, que por sua vez tem como acionistas: o BNDES (31,36%), Andrade Gutierrez Telecom Participações S/A (12,89%), Luxemburgo Participações S.A. (6,44%), L. F. Tel. S.A. (que é propriedade do Sr. Tasso Jereissati, conhecido político do PSDB) (19,33%), Funcef (2,79%), Petros (2,74%), Previ (12,96%), e Fundação Atlântico de Seguridade Social (11,49%).
Nem o filho do Lula é o "maior latifundiário do Brasil". Essa pessoa é um certo Falb Saraiva de Farias, que possui 12,7 milhões de hectares: http://veja.abril.com.br/180401/p_106.html
E outra coisa, como que o PT é o partido que "mais se envolveu em escândalos"? Já ouviu falar da privatização da Vale? Da compra de votos para permitir a reeleição de Fernando Henrique? Do esquema montado por Serjão? Do escândalo do Metrô de São Paulo? Da lista de Furnas? Da máfia das ambulâncias?
Informe-se, não fique repetindo mentiras inventadas por quem tem muitos interesses escusos a proteger, e negociatas mil a realizar, uma vez que possam reestabelecer a tradição do "engavetador-geral da República", que sempre mantiveram enquanto estavam no governo...
"E isto de "cotas para mulheres nos partidos", só vai fazer eles colocarem "mulheres para cumprir tabela""
ResponderExcluirPor isso que é importante aprovar uma reforma política em que conste a lista partidária fechada e a obrigação dos partidos de alternar nomes masculinos e femininos na lista.
Ela é deputada federal e não estadual. Eleitores de "outros" estados podem e devem votar naquele candidato que melhor apresenta propostas por mudanças nas leis federais e que melhor lhe represente no congresso nacional, sem bairrismos. Pelo que vi na proposta da Rachel, suas ideias não se restringem apenas a São Paulo e, muito embora também tenha muita restrição ao PT paulista, pela bagagem política dela, tem meu voto.
ResponderExcluirFabiana
Eu sempre voto na legenda - afinal, o voto proporcional, bla bla blá, eu sempre simpatizo com candidato "rabo de pipa", que não se elege, o voto vai pra conseguir cadeira mesmo...
ResponderExcluirEntão eu pesquiso partidos que dão oportunidades iguais para mulheres! Que têm uma boa subdivisão feminina, que incluem questões importantes no programa de governo... Aí eu cruzo os dedos e torço para o melhor.
(Mas eu votaria nessa candidata sim, pena que estou beeem longe)
PS: A estrutura do partido é super importante porque as mulheres em si não têm dificuldades em se eleger... Elas têm é dificuldade em seguir carreira, em entrar na corrida!
Obrigado, Donadio, por responder à Mia Colucci. Você foi mais rápido - e trouxe mais dados - do que eu.
ResponderExcluirAbs!
Ah, e Lola, obrigado por completar o meu quadro de candidatos - só faltava deputado federal, e agora já sei em quem vou votar.
Abs!
Também não simpatizo com o PT, assim como não simpatizo com partido nenhum. Parece que apesar de ter alguns candidatos bons, todos os partidos tem corruptos nas suas cúpulas.
ResponderExcluirMas nessas eleições acho que vou acabar votando em dois candidatos do PT aqui em Goiás. Um é a Marina Sant´Anna pra senadora e o outro é o Antônio Gomide para governador.
Eu disse que acho que vou votar nesses dois porque ainda estou em dúvida entre eles e outros candidatos. Mas uma coisa é certa, nunca vou votar no Ronaldo Caiado, no Marconi Perillo e no Íris Resende, que são três bandidos que há anos dominam Goiás.
Uma pena que parece que nenhum candidato meu tem chance de ganhar essa eleição.
Por isso que é importante aprovar uma reforma política em que conste a lista partidária fechada e a obrigação dos partidos de alternar nomes masculinos e femininos na lista.
ResponderExcluirEu curto e compartilho essa ideia :)
Entrou pela cota
ResponderExcluirhttp://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2014/09/10/vereadora-que-so-teve-o-proprio-voto-assumiu/
O PT me decepcionou. Na minha opinião, abandou sua posição de esquerda e hoje ocupa um centro, com tendências para a direita.
ResponderExcluirO leilão de Direitos Humanos é imperdoável.
Mas, infelizmente, na prática não vejo grandes opções. Para a presidência minha candidata é a Luciana Genro, mas no final, terei que votar na Dilma no segundo turno.
Alguém tem uma dica de deputadas estaduais para São Paulo?
@Henrique
ResponderExcluirMeio que sei como estão as coisas aí no Goiás. E se eu votasse em alguma cidade do entorno, eu votaria no candidato do PT (Antônio Gomide) só porque não é o Marconi Perillo (PSDB) ou o Íris Resende (PMDB).
E a situação parece ser mais desesperadora do que a daquele quadradinho no meio do seu estado (vulgo DF), onde temos um candidato ficha suja - que saiu do palácio do Buriti diretamente para a cadeia (Arruda) - que está liderando as pesquisas com folga e tenta no TSE e no Supremo a anulação de sua impugnação. Ao menos temos o Agnelo, que fez praticamente nada em Brasília, mas aparentemente não se envolveu em maiores escândalos e melhorou um pouco o que já estava aí (ao menos eu não demorei para ser atendido no SUS, no HRAN, pra ser honesto, quando estava com alguma dor).
Tive o prazer de esbarrar com a Rachel em alguns encontros feministas, inclusive no excelente mulher e mídia organizado pelo instituto Patricia Galvão. A Rachel é brilhante, uma das pessoas mais inteligentes que já ouvi, e como ser não bastasse é de uma gentileza espetacular. Não voto em sampa, se votasse ela teria com certeza meu voto!!!
ResponderExcluirP.S. Eu sou a Verô, estou prestando anônimo porque do meu celular é um sufoco para fazer login no Google.
Alguém tem uma sugestão de deputada federal pelo RS? Pelo PT, PSOL ou PSTU Eu não gostaria de votar na Maria do Rosário, pois acho que ela já tem votos suficientes.
ResponderExcluirFeminista ou não, eu NÃO voto em gente prolixa.
ResponderExcluirGostei muito da candidata, mas senti falta de atenção às necessidades específicas da mulher negra, que é quem mais sofre com as desigualdades em geral, tendo mais dificuldades em se formar por precisar trabalhar muito cedo, estando relegada em grande parte ao emprego de doméstica, morando em bolsões de pobreza e tendo seus filhos mortos por uma polícia que atira antes de averiguar e considera todo jovem negro um bandido potencial.
ResponderExcluirIsso sem contar que são as que mais sofrem violência obstétrica e morrem em abortos clandestinos, são humilhadas em lojas sem nada dever, sofrem invisibilidade por parte da mídia, o que afeta a autoestima desde a mais tenra infância, etc.
Portanto, para lutar por essas pessoas, meus votos serão da Leci Brandão e do Douglas Belchior.
"Gostei muito da candidata, mas senti falta de atenção às necessidades específicas da mulher negra"
ResponderExcluirTodas as questões citadas dizem respeito às pessoas pobres, em especial mulheres pobres, independente da cor. Não sei porque tornar tudo uma questão racial se o que pesa no fim de tudo é a questão econômica.
"Não sei porque tornar tudo uma questão racial"
ResponderExcluirNão sabe mesmo. Se soubesse, entenderia que, mesmo entre xs mais pobres, há diferenças decorrentes da discriminação racial. E, se o objetivo é buscar equidade, não há como ignorar essas diferenças.
Sugiro leitura do Blogueiras Negras, e de outros tantos canais específicos para entender a dinâmica essa realidade que, pelo seu comentário superficial, parece lhe ser muito distante.
O feminismo negro já está acostumado a ser invalidado dessa maneira, assim como o transfeminismo e o feminismo parental. Essas correntes frequentemente têm suas reivindicações consideradas de menor importância por uma parcela detentora de alguns privilégios (veja bem: alguns).
Pensando um pouquinho, não é difícil traçar um paralelo entre o machismo e o racismo, pois ambos são sistemas de dominação.
Ficou "claro"? rs
ResponderExcluirGente tem coisa que é coisa de pobre, não de negro. Entendo que racismo e machismo andem juntos, mas serve de que dizer que o problema está em ser negro, quando na verdade é ser pobre?
"tendo mais dificuldades em se formar por precisar trabalhar muito cedo" --> isso é problema de pobre, seja branco ou preto.
Estando relegada em grande parte ao emprego de doméstica--> igualmente coisa de pobre. Ou você acha que filha de classe média vira faxineira?
morando em bolsões de pobreza--> problema de pobre
e tendo seus filhos mortos por uma polícia que atira antes de averiguar e considera todo jovem negro um bandido potencial. ---->>>> ok, a policia atira mas facil em negro, mas ainda acho que é coisa que acontece mais em residencias pobres... nunca vi atirarem nos filhos das mulheres negras que moram em Higienopolis. mas sim, globalmente a policia atira mais facil mesmo.
Isso sem contar que são as que mais sofrem violência obstétrica--> pode ser que sejam as maiores vitimas, mas é por ausa da cor? talvez seja...
Morrem em abortos clandestinos--> coisa de pobre. negra classe média aborta com segurança.
são humilhadas em lojas sem nada dever, sofrem invisibilidade por parte da mídia, o que afeta a autoestima desde a mais tenra infância---> ok, concordo.
De verdade, se eu fosse negra DETESTARIA que todos fiquem falando que o problema é eu ser preta, quando na verdade, é ser pobre ( na grande maioria das vezes)
Mostrar a realidade mais triste que ela é - como no caso que TODAS MULHERES VIVEM ATERROZIADISSIMAS DE SAIR NA RUA COM MEDO DE ESTUPRO -) não é empoderar.
"Gente tem coisa que é coisa de pobre, não de negro. Entendo que racismo e machismo andem juntos, mas serve de que dizer que o problema está em ser negro, quando na verdade é ser pobre? "
ResponderExcluirNão, o negócio é sectarizar. Olimpíada pra ver quem é mais fudido. É claro que cuidando da questão dos mais pobres você acerta não só nos negros mas em outras "minorias" também. Essa compartimentalização besta só dificultou as conquistas até hoje.
"Mostrar a realidade mais triste que ela é - como no caso que TODAS MULHERES VIVEM ATERROZIADISSIMAS DE SAIR NA RUA COM MEDO DE ESTUPRO -) não é empoderar."
Exatamente, é tornar as mulheres mais dependentes de homens - ou de quem as "defenda". Desserviço total.
Anonimo das 14:41,
ResponderExcluirSe você acha que todos os problemas da sua vida são por serem negra (ser faxineira, não poder abortar, etc etc) pois bem. Eu particularmente, acho que não -acho que é mais problema de pobre- se voce acha que é problema de negro, ok.
Eu como mumlher não gosto que ponham a culpa em todos meus problemas pelo fato de ter uma vagina. Alguns são, mas não todos, por exemplo: vendo uma reportagem falaram que as mulheres que colhem folhas de chá não sei em qual país recebem metade do salarios dos homens, e são assediadas pelos cheges. Wow, absurdo.
Ai depois (bem depois) fala que é porque elas cuidam dos filhos na parte da tarde, então trabalham só metade das horas. Mas a rportagem dá a entender que ganham menos pelo mesmo trabalho, pelo fato de serem mulheres, o que, nesse caso, não é verdade. Logo ganhar menos : problema de quem trabalha menos. se um homem trabalhar menos por que se machucou, ganha menos.
Ser assediada: problema de mulher.
Não ponho tudo no mesmo balaio.
Ai me pergunto: para que falar que o problema de ganhar menos é devido ao fato de ter uma vagina, se não é?
Podemos sim nos perguntar porque são sempre as mulheres que cuidam das crianças, mas não podemos contestar que é normal serem pagas metades do salario se trabalham metade das horas.
Então acho ( acho só! de coração!) que podemos perguntar porque negors sao a maioria das faxineiras, mas não falar que ser faxineira é problema de preto, porque isso é problema de pobre.
Anon das 05:10.
ResponderExcluirMostre onde foi que eu disse que todos os problemas da MINHA VIDA são por ser negra!?!
Em momento algum eu falei sobre mim, muito pelo contrário, por sorte sou uma exceção, vivo uma vida confortável num bairro onde, infelizmente quase não tem famílias negras (coincidência?). Não tenho problemas financeiros, apenas me deparo com a velha discriminação nos locais em que vou, mas já criei uma casca bem grossa quanto a isso. Preta classe média é quase uma ofensa, enfim...
Mas, analisando a sociedade, não se pode ignorar as diferenças de vida/ tratamento/ oportunidades entre brancos e negros, mesmo ambos sendo pobres. Estou falando de ESTATÍSTICAS, não de mim ou de você. Se não quiser procurar números, faça o teste do pescoço. Quantos negros idosos pobres você conhece? E brancos? Coincidência?
É tão difícil assim entender que o racismo existe em todas as classes, e que mesmo que se tome medidas que contemplem os pobres como um todo, pessoas pobres e negras continuarão se ferrando mais?
Como eu disse anteriormente, não basta igualdade, é preciso equidade.
Acho que já passou da hora de falar sobre isso, expor a ferida do racismo, sem aceitar esse silenciamento sistemático sempre que se toca no assunto. Até aqui, no blog da Lola, o povo vem pregar a "consciência humana", aiaiai
Preconceito social o cacete. Você conhece mais garçons brancos ou negros? Recepcionistas brancas ou negras? Agora, e garis? E faxineiras?
Bjos para quem vive em Nárnia.
excelente opção para as eleitoras de SP. Fabiana, de 15:55, q falou sobre a candidata ser federal:
ResponderExcluiré federal mas é por são paulo. se vc vota em outro estado não tem como votar nela. provavelmente, outro candidato do PT usa o mesmo número q ela.
aiaiai