Mais do que excelente, este relato da B. é didático. Parece um manual de tudo que pode ser feito de errado com uma menina de 13 anos:
Nunca falei a sério disso com ninguém, nem com as várias psicólogas com quem já passei. Também não sei o que me motivou a te escrever... Acho que chega uma hora em que a gente está no limite e, bom, é mais fácil falar as coisas pra quem a gente não conhece.
Sou lésbica. E a descoberta disso foi a coisa mais dolorosa que já me aconteceu. Não pela descoberta em si, mas por tudo o que aconteceu depois. Marcou mais que qualquer outra situação pela qual eu já passei.
Aos 13 anos, todas as minhas colegas já tinham algum namoradinho ou estavam gostando de algum menino da escola. Menos eu -- eu gostava de uma amiga. Eu não sabia que estava apaixonada (eu tinha só 13 anos, ainda brincava de boneca!), mas sabia que gostava de estar com ela.
Levei uns meses pra realmente sacar o que estava acontecendo e, pode até parecer incrível, levei numa boa. Em casa, sempre ouvia discursos sobre igualdade, repúdio ao preconceito etc.
Levei uns meses pra realmente sacar o que estava acontecendo e, pode até parecer incrível, levei numa boa. Em casa, sempre ouvia discursos sobre igualdade, repúdio ao preconceito etc.
Mesmo assim, achei bom desabafar com alguém. Afinal, não é todo dia que a gente se descobre lésbica! Uma professora minha, como se percebesse o que estava acontecendo, um dia perguntou se eu queria conversar. Não menti: eu queria.
E contei tudo, contei o que estava sentindo e como lidava. Ela foi um grande apoio pra mim. Nunca pude agradecer por ela ter deixado de aproveitar os intervalos pra ficar sentada nas escadas conversando comigo.
O ano acabou e nas férias meus pais convidaram duas amigas minhas pra viajar com a gente, entre elas, a L. Não me lembro muito bem de como aconteceu, mas, no fim, ela disse que também gostava de mim. É claro que não ficamos, só viríamos a nos beijar muito tempo depois, mas eu estava muito feliz só por saber que ela gostava de mim como eu gostava dela.
Então as aulas começaram e os problemas também. A mãe dela descobriu. Veio falar comigo, eu neguei tudo. E fiquei morrendo de medo dos meus pais descobrirem, porque, apesar de todos os discursos deles contra o preconceito, eu sempre soube que quando a coisa fosse com eles, o buraco seria mais embaixo.
Eu não dormia direito, não comia direito, me irritava fácil. Mas segui a minha vida, fingindo que nada acontecia.
Um dia, meu pai foi me buscar no colégio e estava diferente. Não falava quase nada, não perguntou como tinha sido o meu dia, não cumprimentou os colegas. Depois falei com a L. por telefone. Chorando, ela disse que a mãe dela tinha ligado pro meu pai e contado tudo. Eu desliguei e continuei na minha. À noite, meu pai saiu com a minha mãe e quando eles voltaram, ela estava chorando. Soube depois que a mãe de L. ligou muitas vezes mais pra minha casa e para os celulares dos meus pais.
No dia seguinte, a diretora do colégio nos chamou na sala dela junto com uma professora e a coordenadora. Fecharam a porta pra ninguém ouvir. A diretora começou falando que ia nos alocar em classes diferentes devido a mau comportamento. L. não aceitou essa desculpa e respondeu que sabia que a mãe dela tinha pedido que impedissem a nossa amizade porque eu era má influência. Elas começaram uma discussão pesada.
A diretora e a professora jogando na nossa cara que eu era anormal e que a mãe dela estava fazendo aquilo por amor a ela. Eu não era forte, eu ainda não sou. Não respondi, só chorei.
Fiquei naquela sala durante uma hora ouvindo coisas absurdas, e chorei durante cada um daqueles minutos. Eu não entendia porque estavam fazendo aquilo. Eu só tinha 13 anos, estava perdida e assustada.
A diretora e a professora terminaram dizendo que, dos dez professores da turma, oito votaram pela nossa separação e não haveria negociação. A coordenadora ficou quieta o tempo todo.
Chorei o resto da manhã. Na saída, encontrei meu pai e contei que tinham me acusado de mau comportamento e me tirado da sala. Não precisei contar o motivo real, ele já sabia. Ele conversou por mais uma hora com a diretora e acabou concordando que aquela separação era a melhor solução.
Em casa, meus pais conversaram comigo. "Decidimos" que eu iria mudar de colégio. Entre aspas, porque eu não decidi nada. No dia seguinte, não fui à aula.
Na mesma semana fui com meu pai assinar o termo de desistência e me despedir dos meus amigos. Quem trouxe o documento foi a coordenadora, que olhou pra mim e disse: "Sinto muito, eu tentei... Segurei as ligações anteriores, mas ontem eu não estava na sala quando ela ligou." Foi cúmplice, talvez por medo de perder o emprego.
Me despedi da professora que tinha me ouvido e menti pra ela quando ela perguntou se era aquilo que eu queria. É claro que não era... Eu estava destruída, mas e aí? Não tinha ninguém por mim naquela hora.
A professora que havia gritado comigo dois dias antes veio me abraçar e pediu: "Me representa bem na outra escola, viu, não deixa as notas caírem!" A diretora me abraçou e disse que eu era uma ótima menina.
Acho que tudo o que aconteceu depois, toda a minha vida, foi uma consequência disso. Todas as brigas com a minha mãe, as surras que eu levei, o medo que eu sinto quando alguém se altera e começa a gritar comigo. Eu congelo, choro, me sinto de novo com 13 anos, fechada naquela sala com aquelas pessoas.
Hoje eu tenho 20 anos, namoro sério com uma mulher e moro sozinha. Minha relação com meus pais é boa, porque é distante. Eles fingem que não sabem e eu finjo que sou outra pessoa.
Hoje eu sei que o que todos eles fizeram comigo foi errado, foi abusivo, foi cruel. Hoje eu sei que podia ter procurado ajuda de verdade, não aquela psicóloga que meus pais pagaram pra me fazer "voltar a ser hétero". Na época, eu não sabia.
E até hoje me dói. Cada vez que eu lembro, dói e eu choro. Cada final de semana que eu volto para a casa dos meus pais é pior que o anterior, porque me faz lembrar que o que eu sou não basta para eles, porque a sociedade me vê como suja, como doente, e que a opinião da sociedade é mais importante para eles que a minha felicidade.
Todos os dias, quando consigo uma pausa na correria da vida, penso que devia ter processado aquelas pessoas assim que tomei consciência de que podia fazer isso. Não ia mudar nada, as marcas continuam em mim e nada que eu fizesse poderia causar neles o que eles causaram em mim. As sequelas que ficaram são pra sempre.
Mas, se eu tivesse feito isso, talvez eles pensassem duas vezes antes de repetir o procedimento com outra pessoa. Isso também é torturante, imaginar que eu podia ter impedido tanto sofrimento em tanta gente.
Mas, se eu tivesse feito isso, talvez eles pensassem duas vezes antes de repetir o procedimento com outra pessoa. Isso também é torturante, imaginar que eu podia ter impedido tanto sofrimento em tanta gente.
Mas a vida segue... Acho que quem diz que o passado ficou atrás se ilude. O passado, pelo menos o meu, segue bem do meu lado.
Demais este relato, B.! Sei bem o que é isso. Acho que nenhum pai ou mãe nasce com a ideia de que pode sim ter um filho ou uma filha homossexual. Eu nunca consegui sentar com meus pais e minha irmã e conversar sobre isso. Eles sabem, mas no fundo, eu sei que não "aceitam". Não foi isso que eles queriam que eu fosse (já me disseram isso). Mas sou, aos 21 saí de casa e fui morar com minha atual parceira.
ResponderExcluirMinha relação com eles no início foi de mal a pior. Minha irmã disse que eu estava acabando com a vida da minha mãe (?) enquanto o que eu estava fazendo, era apenas, tentar ser feliz sem machucar tanto assim eles.
Depois de 2 anos morando "sozinha" é que comecei a me socializar com minha família, e os encontros que antes eram 1x por mês, passaram a ser 3x por semana. Hoje, após o falecimento do meu pai (16/06), eu estou muito mais próxima da minha mãe do que quando morava com ela.
Te digo que aos poucos tudo vai ficando bem. Eles sentirão tanto a sua falta que vão querer você por perto, mesmo que seja ao lado de sua parceira. E depois vão gostar dela e tudo ficará bem. O tempo é o melhor remédio.
Não bata de frente não, segura a onda. Respira e relaxa!
Não há terapia que faça a gente virar hétero bem como não existe tratamento para "domar" pais de homossexuais! O importante é que eles lembrem sempre que você é filha deles, que os ama, e que isso não mudará por conta de sua opção sexual.
Espero que vocês fiquem bem! Bjs.
Sabe, fico pensando na campanha It Gets Better (http://www.itgetsbetter.org/), ela é, sim, muito importante. É necessário mostrar como as coisas realmente podem ficar melhores depois que os homossexuais crescem, ganham independência (principalmente financeira) e se cercam de pessoas legais. Mas,é muito triste que toda uma fase da vida que poderia ser legal é roubada. A descoberta da sexualidade, namorinhos de adolescente.
ResponderExcluirClaro que nem sempre esse período é leve para ps heterossexuais tb, mas para as lésbicas e gays, de um modo geral, é uma verdadeira tortura.
Não deveríamos ter que viver esperando que o tempo passe para que a vida comece.
B., você não está sozinha nessa luta. Somos muitas, muitas mesmo. Você sabe disso. E você é muito nova, nova demais. Tudo tende a melhorar. Busca tua independência financeira e procura bons amigos e amigas, busca informação pela internet, em livros, no movimento LGBT.
ResponderExcluirNo youtube tem vídeos que me ajudam muito: "Canal das Bee", "Não gosto dos meninos", e o discurso da Ellen Page quando assume que é lésbica. Faz ter orgulho de ser quem somos. Viva o arco-íris, a diversidade!
Porque com certeza gritar, acusar, humilhar e segregar uma pessoa vai fazer com que ela deixe de ser homossexual... sabe, me limito a assinar embaixo do que disse Einstein. A estupidez humana é mesmo infinita. Força pra autora do post e que ela consiga seguir adiante sempre.
ResponderExcluirEu me emocionei com o q aconteceu com ela.... Como pode nos dias de hoje, adultos que deveriam ajudar as crianças e os adolescentes fazerem um negócio desses? Sinta o meu abraço, e não chore mais não ao se lembrar disso, e pensa q essas coisas te tornaram apenas uma mulher mais forte!
ResponderExcluirEu não sofri preconceito algum por parte dos meus pais e eles adoram a minha esposa. O maior preconceito eu sofri na minha vida profissional. Por ser psicóloga fica complicado assumir... no local tradicional onde trabalho tenho certeza de que perderia 80% dos pacientes. E isso me deixa super mal, viu? Muita gente fala que eu tenho que sair do armário, mas geralmente quem fala isso é hetero ou até mesmo amigas gay que trabalham em áreas mais liberais ou moram em cidades onde há menos preconceito. Queria muito me assumir, mas tem as contas pra pagar no fim do mês e acabo tentando não pensar no preconceito no trabalho pois fora dele tenho uma família e amigos maravilhosos que nos aceitam completamente.
ResponderExcluirEu e minha irmã tb não sofremos preconceitos alguns. Na minha família rola até a piada de que todo mundo gosta de mulher. Até as mulheres. Nem imagino como deve ter sido -e como ainda deve ser- difícil e plmdds... Que papel de pais hein? Aff...
ResponderExcluirO único conselho que eu imagino é o mesmo de sempre. Ignore.
Se você tem 20 anos ainda pode processar estas pessoas por danos morais. A prescrição contra um menor apenas começa a contar aos 18.
ResponderExcluirDa mesma forma que algumas mulheres heteros conseguem apreciar sexo oral feito por mulheres, algumas lésbicas podem apreciar o sexo grupal ou o sexo oral feito por homens. No mundo de hoje há boates e festas que permitem uma liberdade e um prazer bacanas sem rótulos.
ResponderExcluirAcho importante divulgar para a juventude que ela não precisa ser monogâmica ou fiel, ou se perder num conceito bobo de exclusividade vendido pelas novelas da Globo e por Hollywood. Ora, muitas lésbicas famosas, como Angela Roro, disseram que se sentiam mal por estarem com homens e mulheres ao mesmo tempo, como se fosse uma espécie de pouca vergonha ter prazer....
Ainda somos limitados por uma cultura católica repressiva, todos, heteros, gays, lésbicas, trans. Falta um direcionamento ao prazer!!!
Muita gente se diz feminista e libertária,mas critica uma colega que tem 4 namorados ao mesmo tempo. Isso é uma espécie de poliamor, isso deve ser incentivado e muito aplaudido.
Muitas lésbicas casam com homens, têm orgasmos com homens e mulheres e ainda conseguem ter muitas parceiras com o apoio dos maridos. Esses casais experimentam uma forma de prazer livre das influências católicas.
Na sociedade ocidental, o prazer é malvisto , é um pecado. Nos movimentos GLS, se uma lésbica quiser transar com homens terá de fazer escondido para não ser censurada. Conheço casos assim....
Muita gente fala das lésbicas, mas e quanto as mulheres bissexuais??? Essas sofrem preconceito dos dois lados da sociedade.
As bissexuais são discriminadas pelas lésbicas e pela sociedade hetero careta. Tá na hora de as defendermos.
ResponderExcluirOi Anonimo das 16:53.
ResponderExcluirEu sou bissexual mas nao, nao preciso que ninguem me defenda, obrigada.
Entendo a boa intencao, mas sinceramente nos nao somos pessoas que precisem ser "defendidas" por gays ou heteros. Seria bom o suficiente se nos nao fossemos atacadxs ou desacreditaxs.
Pessoas queridas, não sei se vcs estão sabendo da morte de Vange Leonel. Está nos Trending Topics do Twitter. Ela era ativista LGBT, feminista, cantora, compositora, escritora. Estou muito chocada e triste, até porque ela era jovem (só 51 anos), e porque descobriu o câncer há apenas 20 dias. Foi fulminante. Não tive o prazer de conhecê-la pessoalmente, mas nos falávamos no Twitter há 4 anos, desde que entrei lá.
ResponderExcluirEra uma de nós!
Links para alguns vídeos mencionados aqui, com mensagens positivas:
ResponderExcluir– It Gets Better (Pixar, legendado)
– Discurso em que Ellen Page sai do armário.
Sobre a Vange: nos vimos pessoalmente uma vez, numa das edições da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, onde ela autografou um dos livros dela pra mim. Já trocávamos e-mails antes e continuamos o contato virtual depois, via Orkut e depois Twitter.
Fui pego totalmente de surpresa com a morte dela e fiquei pasmo.
Sentirei falta das palavras lúcidas e do bom humor da Vange.
Meus pais eram """"""""super liberais""""""""" até começarem a desconfiar que eu estava tendo um caso com uma amiga da faculdade. O detalhe é que nada tinha acontecido, nós éramos muito amigas simplesmente, daquele tipo que até meio que se parece na aparência, sabe? Cheguei a apanhar por isso sem ter feito nada. Nesse dia da surra, sim, eu adulta tomei uma surra porque meus pais IMAGINARAM que eu saía com uma mulher, fui para a casa dessa amiga e passei a noite lá. E transamos muito, foi minha primeira experiência homossexual e dela, também. No dia seguinte, ela telefonou para o noivo e depois transamos os 3. Foi uma catarse, uma coisa muito libertadora mesmo. Depois disso não me relacionei mais com outras mulheres porque no fim das contas, minha orientação sexual aponta para o sexo oposto mas que foi bom, ahhhhhhh isso foi viu!
ResponderExcluirProcessar não me parece adequado. Não mais e não agora. Mas você pode voltar a escola e conversar com cada uma dessas pessoas que abusaram de você na época e esclarecer pontos que te deixaram marcas até hoje. Talvez aquelas pessoas não tenham consciência do mal que te fizeram e elas precisam ser cientes do que fizeram com você.
ResponderExcluirIsso porque a família tinha discurso contra preconceito e a favor de igualdade! Imagina se não!
ResponderExcluirAs bissexuais precisam de apoio total, pois são discriminadas na sociedade hgetero e, pior, são discriminadas na comunidade GLBT. Acusam-nas de safadeza, acusam essas mulheres de só querer prazer.
ResponderExcluirNo entanto muitas lésbicas tiveram muito prazer com homens. Mas por medo do conservadorismo lésbico se reprimiram.
O que está em jogo é o direito ao prazer. Muitas pessoas têm sua individualidade tolhida por querem prazer. Os santinhos que lutam em nome do amor querem criticar quem gosta de ter prazer...
Muitas vezes, os liberais são os piores caretas....
Lola, tem alguma opção de "Like" pros comentários aqui no Blogspot ? Acho que seria bacana... bem como seria legal se as pessoas pudessem responder diretamente para determinado comentário, sem precisar ficar citando pra quem é e tal! Tornaria o seu blog e os comentários mais organizados.
ResponderExcluirSó um dica pra melhorar a estética deste blog maravilhoso! ;-)
Vivemos num mundo de ditadura do Romantismo, qualquer relação deve ser avaliada somente em termos e amor e paixão. Qualquer pessoa, hetero, bi ou o homo que tentar criar uma relação baseada em prazer/ amizade ou desejo é criticada. Em grande parte isso é culpa da mídia capitalista.
ResponderExcluirNo entanto, é possível fazer a propaganda da aceitação ao prazer em resistência à ditadura do romantismo. Isso pode ocorrer em todos os lugares, nas boates GLS, nos sites, nos blogs.
As pessoas que buscam o prazer não podem mais ser discriminadas. Há opções além da monogamia castradora e absurda em que vivemos.
Dar visibilidade a todas formas de relacionamento é algo positivo para tornar o mundo melhor. Muitas pessoas têm desejos, mas não conseguem imaginar algo diferente, um relacionamento a 3 ou com mais pessoas.
ResponderExcluirAcho que vale a pena divulgar esse tipo de experiência para que haja possibilidades de escolha. Como disse uma leitora acima, ela transou com a amiga e depois com o noivo dessa amiga e hoje está se sentindo melhor. Pode ser esse um caminho para a mudança do mundo.
O prazer é natural, não deve ser discriminado em nome da monogamia limitante.
O mundo precisa ver as pessoas que estão invisíveis.
ResponderExcluirLola, ontem, quando vi seu comentário sobre a morte da Vange, fui dar uma olhada na internet. Num site chamado "Ego" ou qqr coisa assim estava a notícia, mas o que me chamou a atenção foi o tanto de comentários horríveis as pessoas deixaram só porque a Vange era lésbica e militava na causa LGBT.
ResponderExcluirOfensas, condenações, uma coisa brutal e sem sentido.
Difícil viver nesse mundo, viu...
O Brasil vive uma limitação afetiva, moral, política e sexual, as pessoas são controladas pela Rede Globo que influencia como devemos agir, como nos comportar.
ResponderExcluirTodo pessoa que ataca a mídia canalha é minha amiga.Em grande parte, por causa dela as pessoas sofrem e vivem limitada.
Há várias formas de viver e experimentar. É preciso que nos libertemos das amarras da televisão.
Lola, os heteros que gostam de ver as esposas tendo prazer também são discriminados. Os mascus e a maior parte do mundo acha errado o cara ser chifrudo e querer que a mulher se divirta.
ResponderExcluirNosso mundo é cheio de preconceitos. Se uma pessoa não gosta de sexo ela também é vista como estranha e absurda. Existe uma regra não escrita que diz só haver um padrão de comportamento, todos devem fazer muito sexo, sejam gays, bi ou heteros. Se uma pessoa não curte sexo é logo discriminada pelos 3 grupos, pois nossa sociedade é hiperssexualizada, quem não faz sexo é traidor....
A liberdade será possível quando todas as opções estiveram bem representadas nas cabeças das pessoas...
Essa menina que sofreu deve buscar conhecimento leitura, deve conhecer outras formas de relacionamento humano, não é necessário ficar carregando rancor a vida toda. Fiz isso e me lasquei.
ResponderExcluirVale a pena lutar para viver plenamente. Buscar as cosias boas, pois o mundo oferece muita coisa bacana.
Com diálogo e conversa é possível mudar as mentes. Gente que era intolerante, hoje já aceita muitas coisas.
Muitos homens machistas de ontem, hoje estimulam as aventuras pelo prazer da parceira. Venceram o medo de serem chifrudos e fazem o mundo mudar a cada dia.
Mulheres que se viam como objetos sexuais, hoje vivem muito bem sem sexo. Há todo tipo de possibilidade. O que falta é a divulgação das formas alternativas.
Seria muito limitado um mundo habitado somente por heteros monogâmicos, bissexuais monogâmicos, homossexuais monogâmicos e caretas e tão discriminadores e preconceituosos quanto os mascus.
Muitas lésbicas e gays são tão preconceituosos quanto os mascus... Há muitos ódios dentro da própria comunidade GLBTTS.... Como uma pessoa pode pedir o fim do preconceito somente para o grupo dela??? Como é possível ter raiva de outra pessoa discriminada?
ResponderExcluirGays odeiam travestis por acharem que estas pegam mais homens. Lésbicas odeiam bissexuais por acharem que essas têm muito prazer e vivem na curtição. Heteros monogâmicos discriminam heteros que curtem levar chifre....
Muita gente fala que quer mudar o mundo e acabar com o preconceito, mas quero ver aceitar uma amiga dizer que tem prazer em ser corna!!! Já vi gente falar mal de amiga por saber q a outra gosta de saber das aventuras do namorado.
Vivemos num mundo dominado pelas mídias, pelo cinema conservador que vende o mito do amor Romântico bonitinho para heteros e gays. É uma ditadura limitante de comportamento. O inimigo está na tela....
Esclarecido
Romantismo, Monogamia, Rede Globo e Hollywood são desgraças que ferram a vida de todos, heteros, lésbicas, bis...
ResponderExcluirSe essa menina tivesse na cabeça a opção de ficar com muitas outras garotas, ela teria sofrido menos e beijado mais na boca.
Acreditar na mentira da alma gêmea, aquela pessoa fantástica que vai ficar conosco eternamente é uma ideia limitante vendida por marqueteiros safados.
Todos podem abraçar e beijar muito neste mundo. As ideias de liberdade podem libertar....
Olha anônimo, esse papo de "abaixo ditadura monôgamica, vamos trepar com todo mundo" já encheu o saco.
ResponderExcluirTá começando a parecer um troll criando prints pra fórum mascu.
Se aquieta um pouco aí, ninguém tá discordando de você, pra que postar 10 vezes seguidas o mesmo assunto? Tá conversando sozinhx? Cria um blog pra postar suas coisas então, ou posta aqui uma vez só e para de encher o saco.
Sério, que gente sem noção.
ResponderExcluirO post é sobre os traumas de uma menina que se descobre lésbica, e a pessoa vem postar 10 vezes seguidas (sem ninguém discordar dela) sobre ditadura monogâmica. Qual a necessidade disso?
Não trollei, nem quis agredir.
ResponderExcluirAcredito que a visão de amor mágico, alma gêmea maravilhosa é capaz de limitar as pessoas, principalmente adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Se vcs notarem falei que existe gente feliz sem sexo. Logo é estranho pensarem que todos devem trepar dez vezes por dia... Há muita gente que vive bem sozinha.
Afirmei algumas vezes que todos somos vítimas da mídia mentirosa. Atualmente a Globo posa de amiga dois gays, mostra duas mulheres felizes lésbicas.
Na verdade a Globo quer destruir os evangélicos da Record. O objetivo é ter a maior parte das verbas publicitárias do país. E por isso , todos, heteros, lésbcias, transexuais somos vítimas dos manipuladores.
Desejo que todas as adolescentes tenham acesso a todas as formas relacionamento. Se essa menina soubesse que tais coisas existiam, teria sofrido menos.
Estamos todos no mesmo barco.
Essa menina sofreu por ignorância dos pais, por medo e preconceito de toda uma sociedade. Se os pais dela tivessem acesso a informações e/ou leituras, o passado dela teria sido menos horrível.
ResponderExcluirÉ dever de todos que têm alguma consciência, como os leitores e leitoras da Lola são um exemplo, lutar para que situações de violência como essa não se repitam. Não há vantagem em massacrar e demonizar adolescentes/adultos/idosos que fogem dos padrões de comportamento estabelecido. O país é livre.
No caso específico do post, o que ela sofreu pode e deve ser superado. A sociedade perde ao traumatizar as pessoas. Apenas se espalha mais ódio e mais tristeza.
Imaginar um mundo melhor é possível. Um pouquinho a cada dia forçamos a porta para que todos possam circular livremente com sua sexualidade, aparência, ideias etc.
é impressão minha ou uma mesma pessoa postou 20 vezes falando a mesma coisa de formas diferentes? Pra q tanta repetição?
ResponderExcluirAos poucos o mundo vai evoluindo. Antigamente não havia blogs que discutissem abertamente o preconceito contra as lésbicas e qualquer outro grupo discriminado.
ResponderExcluirHj já se vê espaços maravilhosos como o blog da Lola. Aos poucos vamos conseguindo tornar o mais justo.
A tendência é que a cada dia surjam chances de menos jovens sofrerem qualquer violência em família ou fora dela.
Muita gente não tem espaço para falar na vida real, por isso procura a web. Deve ser algum cara solitário...
ResponderExcluirPelo menos apoia, não é um demente que agride as mulheres.