Comparando o meu caso aos outros, o meu parece bem besta, mas não deixa de ser algo que me afetou, que machucou, e eu imagino que só não foi pior porque eu saí na hora certa.
Quando eu tinha 18 anos, conheci um rapaz de 23 numa balada. Não lembro exatamente como foi que o conheci, como começamos a conversar... Eu estava muito bêbada.
Trocamos telefones e no outro dia ele me ligou. Ele ia ter que se ausentar por uma semana e depois que voltasse iriamos fazer alguma coisa. Durante essa semana, ele me ligava todo dia e falava que não parava de pensar em mim e que mal via a hora de voltar pra me encontrar de novo. Eu ria porque nunca gostei de sentimentalismo, mas gostava porque nunca tinha namorado de verdade e pensava nessa possibilidade.
Quando ele voltou, marcamos de nos encontrar em um lugar da minha cidade onde tem vários bares. Eu fui com meus amigos e ele apareceu depois; foi tudo normal.
No outro dia, um sábado, marcamos de nos encontrar à tarde na praia. Ele me pediu em namoro e me deu uma aliança. Achei aquilo bizarro, tínhamos acabado de nos conhecer e ele já queria algo sério. Eu não queria aceitar, mas da forma que ele falou não me restava escolha. Aceitei: eu tinha um namorado, uau.
Nessa noite fomos a mesma balada em que nos conhecemos. Meus amigos e amigas estavam todos lá, mas ele não queria que eu conversasse com ninguém, ficava toda hora me chamando, me puxando pelo braço. Meus amigos deixaram claro que não foram com a cara dele e eu disse que era só um namorinho bobo, que logo ia passar. Mesmo assim, Lola, eu percebi que estava me metendo em coisa ruim e que muita coisa ruim viria pela frente. [Nota da Lola: Meninas, quando perceberem algo assim, sigam sua intuição e terminem o relacionamento. Sério! Faça o teste].
Meus amigos são todos homossexuais e ele não gostava disso. Achava estranho, não aceitava. Não aceitava eu ter amigas lésbicas e nem amigos gays.
O relacionamento foi seguindo. Muitas brigas, muito controle. Ele viajava a trabalho, então ficava duas semanas aqui e duas semanas fora. Quando ele estava fora, me ligava toda hora querendo saber o que eu ia fazer, para onde eu ia, com quem eu ia. Quando ele estava aqui era uma tortura, eu só podia ficar na casa dele, não podia ver minha mãe direito, minha família, sair com meus amigos.
Ele me reprimia por minha condição social ser melhor que a dele, pela minha mãe ganhar bem, por eu morar num bairro bom, por ter estudado numa escola cara. Ele achava que eu não era digna por ser de classe média alta e que ele era melhor do que eu por ter vindo de um berço mais humilde. Falava que os amigos riam dele por namorar uma "patricinha metida a alternativa, underground".
Lembro de um dia que ele chamou minha mãe de dondoca. Fiquei com muita raiva. Logo minha mãe que sempre trabalhou para ter as coisas, que me criou sozinha sem a ajuda do meu pai, que alcançou tudo que tem sozinha, que nunca precisou de homem nenhum e que ainda trabalha -- e muito.
Aliás, minha mãe nunca apoiou o relacionamento, ela achava humilhante e tinha medo que coisas ruins acontecessem. Ela não queria isso pra filha dela. Meus amigos pensavam o mesmo, eles viam como eu estava mal, isolada, triste.
Era muito complicado, eu ficava mais tempo na casa dele no que na minha casa. E eu ficava lá, querendo ir embora. Ele tinha umas ideias exageradas, queria ter um filho, queria morar comigo. Eu falava que isso podia acontecer, mas não agora, que ainda era cedo. Ele falava que tinha ser agora, fazia drama para eu morar com ele, falava que era ele ou minha mãe. A gente brigava muito. Ele falava que eu era gorda, reclamava das roupas que eu usava, da cor do meu cabelo, de tudo. Minha autoestima vivia no pé.
Com o tempo, minha personalidade foi se modificando e eu comecei a ser controlada por ele. Eu não respirava mais. Eu queria ser livre, mas não conseguia. Minha maior felicidade era quando ele viajava: eu podia passar os sábados com minha família, sair e rir com meus amigos. Eu podia ser feliz. É claro que ele ligava toda hora, mas eu mentia e conseguia aproveitar um pouco.
Um dia eu ia pra casa dele, mas quando eu estava no caminho ele ligou e disse que não era para eu ir. Ele estava pintando a parede e eu tenho alergia à tinta.
No outro dia ele me liga e diz que tinha uma coisa pra contar. Ele disse que tinha ficado com uma menina que viu na rua. Minha reação foi de espanto, fiz um draminha, mas no fundo não liguei, achei ótimo porque podia usar como pretexto para uma separação.
Ele chorou, disse que estava arrependido. Apesar de tudo, o relacionamento continuou, mal, mas continuou. Tudo que eu queria era terminar, mas eu tinha medo, e ele era dramático e manipulador.
Um dia eu disse que não aguentava mais e decidi terminar, e o chão dele caiu. Eu já tinha falado outras vezes que queria terminar, mas essa foi séria.
Ok, terminamos, mas fizemos a besteira de continuar a nos ver. Um dia decidi acabar tudo de vez. No outro dia ele me ligou com raiva, falou um monte de coisa, disse que me amava, que nunca ia esquecer de mim, que eu era a mulher da vida dele. Falou que fomos feitos um para o outro, que ia me seguir... Fiquei com medo, Lola, muito medo. Já ouvi histórias parecidas com essas, de homens obcecados que acabam matando a ex. Eu comecei a me isolar, não queria mais fazer nada. Ele me ligava todos os dias e falava que iria onde eu fosse, que faria tudo para voltar, que era capaz de tudo.
Saí com meus amigos e o encontrei no local. Ele toda hora puxava meu braço, queria falar comigo, ficar comigo, queria que eu fosse pra casa dele. Eu fui forte e não caí, mais uma vez, na conversa dele. Eu estava cansada, e um amigo meu me levou até o táxi. Eu tinha que atravessar uma rua perigosa que costuma ter assaltos e atropelamentos.
Um dia ele me viu com um amigo e mandou uma mensagem pro meu celular: "E aí p*ta, deu muito para aquele cara?" Eu não respondi, mas ele mandou outras e eu respondi algo do tipo "O que eu faço não é da sua conta".
Decidi, junto com minha mãe, que o melhor a fazer era deletá-lo das minhas redes sociais. Mudei também o número do celular. Deletei ele da minha vida. Mas fiquei muito tempo com medo.
Um dia eu o vi com uma moça, fiquei feliz. Soube depois que ele ia ter um filho, isso me fez muito bem. Meu medo já havia passado e eu estava vivendo minha vida de novo. Eu só espero que essa moça esteja feliz e não esteja passando pelo que eu passei. [Ela provavelmente está passando pela mesma coisa, N.]
Foi só um ano, foi pouco, mas foi horrível. Foi o ano mais longo da minha vida, nunca mais namorei depois disso, tenho medo de encontrar alguém igual. Estou bem, mas temo ser controlada dessa forma de novo. Lembrar disso só me faz perceber como fui boba e idiota.
Ainda bem que eu acabei cedo, se eu continuasse sabe lá o que ia acontecer.
"Ele me reprimia por minha condição social ser melhor que a dele, pela minha mãe ganhar bem, por eu morar num bairro bom, por ter estudado numa escola cara. Ele achava que eu não era digna por ser de classe média alta e que ele era melhor do que eu por ter vindo de um berço mais humilde."
ResponderExcluirAaah, coitadinha. Aposto que ser de classe média alta deve atrair um monte de preconceito contra você por essas pessoas que adoram ser pobres e se acham melhores por isso.
Pode ser difícil de acreditar, mas um grande número de mulheres gostam de homens controladores, e vêem ciúmes como uma espécie de "confirmação" do amor. É preciso mudar a mentalidade dessas garotas também, para que esse tipo de relacionamento doentio não se perpetue.
ResponderExcluirVocê é responsável por suas escolhas. De certa forma, permaneceu no relacionaento porque quis.
ResponderExcluirPrevejo vários comentários acusando a moça de estar exagerando e ter escolha. Vergonha de vocês. Manipulação, pressão psicológica, minar a autoestima de alguém...sim, há várias formas de abusar de uma pessoa e quando se está na situação, sair não é tão fácil; A gente às vezes acredita que o problema é com a gente, não com a outra pessoa.
ResponderExcluirEmpatia a gente não vê por aqui.
ResponderExcluirNão vi nenhum comentário solidário aqui, então vamos lá: N, eu passei pela mesma situação e me identifiquei muito com esse post. Passei um ano com um cara bem controlador mesmo quando estava longe de mim. Ele me manipulava, tinha um poder sobre minhas escolhas, sobre meu estado psicológico, eu já não me conhecia mais. Eu sempre tentava terminar, ele dizia que ia ficar deprimido e tal. Eu voltava. Ele vivia dizendo pra gente se casar logo, que eu nunca mais ia encontrar alguém como ele e ele, alguém como eu. Me exaltava para depois me despedaçar. Qualquer coisa que eu fazia, mesmo que fosse em redes sociais, e ele não aprovasse, já era motivo para ser xingada de p*ta e etc. Enquanto eu estava com ele, não tive contato com nenhum amigx. No final, troquei o número do meu celular e excluí ele de todas as minhas redes sociais. Foi ruim, péssimo passar por tudo isso. O pior de tudo é o medo. Medo de vê-lo me seguir depois que eu saísse do trabalho. Medo, agora, de tentar entrar em um novo relacionamento. Mas acredito que é algo que com o tempo vai melhorar. Nossa auto-estima deve voltar, os amigos podem ajudar muito também, a família. Lembro que minha família também sempre foi contra meu namoro. Meus pais estavam certos. O desafio agora é seguir em frente, sem medo de amar e de se amar. Um beijo pela sua coragem de compartilhar a história, eu sei que não é fácil.
ResponderExcluirN. desculpe se ponho em duvida seu alivio, mas fique atenta, homem machista assim, não desiste fácil, existe a possibilidade de ele querer voltar e te pressionar.
ResponderExcluirEsses homens são como doenças não é tão fácil se curar, e sinceramente vc esta certa em temer um novo relacionamento, pq o q existe por ai de homens parasitas que infectam a vida das mulheres não é fácil.
E por acaso ela não tinha escolha K?
ResponderExcluirClaro que tinha. Ninguém disse ser fácil, mas ignorar o fato de que escolhas ela tinha também é ignorar a responsabilidade dela na relação. Por favor, ninguém é completamente vítima em um relacionamento assim. Quando ele a pediu em namoro ela podia ter dito não, podia ter terminado antes, enfim, quando ela compartilhou a história aqui deu magem pra que a discutissimos, ou não? Se estiver fazendo uma leitura errada, a Lola retire então a possibilidade de comentários.
Quanto ao post... cara isso aí é uma merda. Me identifiquei com o post, fiquei um ano com um babaca completo que ia se matar se eu fosse embora. Não se matou claro, mas pra quem tá dizendo que ela tinha escolha... como? A armadilha desse tipo de relacionamento é justamente essa, vc não tem escolha.
ResponderExcluirBah Lola, os comentários desse tipo de post são sempre LAMENTÁVEIS né?
ResponderExcluirN., que bom que tu conseguiu sair dessa antes que algo ruim acontecesse. Mas não te fecha. Tem muita gente legal por aí, que vale a pena conhecer, com quem vale a pena se relacionar. Se tu tá bem sozinha, ótimo, mas não deixa esse cara CONTINUAR te controlando!
Pro primeiro anônimo: o fato de que ela é de classe média e se sofre preconceito na vida em geral ou não é irrelevante, pois o rapaz usava esse fato para diminuir sua auto-estima. Pior ainda, ela provavelmente achava que não podia reclamar disso, justamente pelo argumento que vc usou. Ele usava o que tinha na frente, independente do que a sociedade pensa disso ou não ela tinha na uma pessoa que dizia amá-la que a recriminava por tudo que ela era... justamente para tentar acabar com sua auto-estima. Assim como não se deve destratar as pessoas por ter dinheiro, o contrário também é verdadeiro. Tanto é que quando a Lola postou sobre a mulher que abusava do marido estavam todos aqui pra defendê-lo também.
ResponderExcluirQuanto à ela ter ou não escolha: de fato tinha, mas sentia como se não tivesse e é essa a questão. Ou por medo, ou também (me parece um pouco pelo texto) por achar importante ter um namorado, já que nunca tinha tido antes, e não sentia que estava 'justificada' em terminar a situação. Como alguém que já passou por algo parecido, digo que vc pode ficar mais tranquila: nada aguça seus instintos do que uma pessoa que tem todos os comportamentos ruins ao mesmo tempo passar pela sua vida. Depois desse, nenhum ciumento ou controlador vai passar do primeiro encontro com vc, porque vc está em alerta pra todas as bandeirinhas vermelhas. Mas te aconselho a primeiro levantar essa auto-estima que esse cara derrubou, pra que seu próximo relacionamento seja cheio de respeito e carinho de verdade. Bjs e força...
E esses comentários colocando a culpa na moça, gente? VERGONHA de vcs, viu? E olha que eu nunca tive um relacionamento assim, mas adivinhem!, não é preciso ter passado pela mesma situação pra ter empatia por alguém, e o fato de a menina ser de classe média e branca não anula o sofrimento. Pq é mooooito fácil sair de um relacionamento onde vc é ameaçada, pressionada, quando se está com a auto estima lá em baixo, e ainda mais sendo inexperiente como no caso em questão, né?
ResponderExcluirTenho pena das amigas dessas pessoas dos comentários (esses aos quais me referi), tomara que elas nunca peçam conselhos a vcs.
Gabriela
A pessoa anônima q falou às 12h disse tudo: empatia, a gente não vê por aqui. Pelo menos vê bem menos do que eu gostaria.
ResponderExcluirÉ óbvio que, como pessoas semi-livres que somos, temos direito de escolha. ATÉ UM DETERMINADO PONTO. Tem muita construção psicológica e cultural aí no meio que leva a gente, principalmente aos 18 anos, a acreditar que não tem escolha. Que as coisas são assim mesmo, que assim que tem que ser, que não existem saídas. E acreditar que não tem escolha não é muito diferente de não ter escolha mesmo.
N., caras assim percebem seus pontos fracos e os usam contra vc. Então, se minando sua autoestima e te fazendo acreditar que vc era bem menos do que é, ele conseguia ter controle sobre vc, era isso mesmo que ia fazer. Não se sinta idiota, perceba que vc é corajosa, que vc conseguiu sair de uma situação abusiva mto mais rapidamente do que mta gente conseguiria. Dê-se crédito por isso. E vá trabalhando suas questões, sejam elas quais forem (problemas de autoestima, sentimento de culpa por ter sido criada com mais grana do que outras pessoas, a falta do pai, sei lá, estou chutando aqui) pra ficar cada vez mais segura de si, e mais pronta a encarar um novo relacionamento quando tiver vontade, com alguém mto mais saudável que esse último aí.
Um beijo.
"Comparando o meu caso aos outros, o meu parece bem besta".
ResponderExcluirNão, querida, não é besta, não! O que esse cara fez é terror psicológico e é tão danoso quanto agressão física, se não pior. Muito bom que você conseguiu sair desse relacionamento doentio. Espero que você consiga curar as feridas psicológicas que esse cara deixou. Força e paz, um beijo.
Mascus tentando comentar com avatar de mulher: vcs são patéticos. E muito fáceis de identificar. Pra começar, não sabem escrever. E o discurso é sempre o mesmo: blaming the victim. Previsíveis.
ResponderExcluirParabens, N,
ResponderExcluirVc é uma mulher sensivel, inteligente, cercada de familia e amigos que te querem bem
Não se feche :D
....
Essa semana eu tbm terminei um namoro doidinho.
Também foi uma coisa a toa, ele não chegou a ma fazer mal, mas tinha um comportamento besta.
Com uma velocidade tremenda ele me apresentou pra familia inteira dele, insistia em conhecer a minha familia sem eu ter chegado a convidar ele pra isso, ficava tentando me convencer a ir pra religião dele, insistentemente, e saiu dizendo pra todo mundo que éramos namorados sem antes falar comigo. 0.o
Eu conseguia enxergar o problema de cada uma dessas coisas, e explicava pra ele! O que eu não conseguia, era... terminar.
Pq eu pensava que conversando tudo se resolveria. E que quando ele entendesse qual o problema do que ele tava fazendo ele ia deixar de fazer, e a gente ia se concentrar só nas coisas boas.
Os comentaristas sem empatia nao entendem isso, mas manipuladores nunca sao só chatos, o tempo todo. Tem as outras coisas boas da pessoa.
Nossa, mas como essas mulheres são fracas...Se deixam dominar por qualquer mané! E tenho certeza de que se fosse uma situação inversa (a mulher manipulando o homem) todas vocês iriam tirar um sarro do carro e colocar a culpa nele. Afinal de contas, homem de verdade tem que ser forte! Sempre! Não é mesmo?
ResponderExcluirAcho que este aqui veio ao blog errado despejar sua ladainha. Não, querido, estas enganado em suas teorias. Próximo.
ExcluirN, sinto muito por você ter passado por isso (e também por ter que ler esses comentários chulos).
ResponderExcluirDessa vez não pude deixar de comentar porque vivi uma história muito parecida com a sua! E ler seu relato dói como se fosse comigo novamente, porque sei o quanto é difícil, e sei como as pessoas ao redor não compreendem.
Mas fico feliz de você ter conseguido sair da relação antes que te afetasse mais. Vivi uma relação louca, pra dizer o mínimo, por um ano, e só consegui terminar de fato e me afastar e etc porque mudei de país. Mas mesmo assim a "perseguição" continuou com mensagens no facebook do tipo "espero que você esteja mesmo muito infeliz", "você nunca vai encontrar alguém como eu" (mal sabia ele que era exatamente essa a ideia hehehe) e coisas assim...
Parou quando ele arranjou uma nova namorada, mas olha, vou te dizer: não acredito nada que o comportamento dele mudou. E pior, quando vejo as fotos dos dois... a moça parece tão acuada quanto eu era.
Enfim, não deixe que isso te puxe pra trás! Mantenha a cabeça erguida e use essa experiência como uma grande lição e auto afirmação do que você é e no que você acredita... Não se prive de conhecer novas pessoas ou viver experiências por causa de um acéfalo. :(
Um abraço! Maria
[Ele achava que eu não era digna por ser de classe média alta e que ele era melhor do que eu por ter vindo de um berço mais humilde. Falava que os amigos riam dele por namorar uma "patricinha metida a alternativa, underground".]
ResponderExcluirIsso é o que dá namorar homem comunista.
Sarah, é a mesma coisa que dizer que uma mulher não denuncia o agressor porque não quer. É a mesma coisa que dizer que a pessoa está em uma relação na qual o cara agride fisicamente porque quer e então dane-se, problema dela.
ResponderExcluirSe ela tinha escolha? Bem, escolha em um contexto. Um contexto de pressão psicológica, com a autoestima minada pelo cara. Há vários jeitos de privar uma pessoa de liberdade, fazer ela acreditar que não merece e que está errada por querer é um deles. Ignorar tudo isso e dizer "ela está ali porque quer" é ser muito, muito burro.
Sarah, apelar pra "liberdade de expressão" é mais tolo ainda. Primeiro, se você pode dizer o que quer, n~]ao pode fazer isso sem que os outros possam comentar o quanto seu discurso culpa a vítima, por exemplo.
ResponderExcluirSegundo, a pessoa já foi agredida, já teve um ano de merda, já teve a autoestima prejudicada...aí escreve porque obviamente quer dividir a experiência e vem uma pessoa completamente tola e dizer "Ah, mas a culpa também é sua..." Porque no fundo levantar a plaquinha da "escolha" sem levar em consideração o contexto é apenas culpar a vítima.
É uma segunda agressão. Não basta ser agredida, tem que aguentar comentários de babacas que culpam a vítima.
Ainda bem que várias pessoas aqui não são tão cegas por esse sistema de culpar mulheres e conseguem comentar com empatia, que é do que vítimas também precisam.
Esse eu vou guardar para minha filha ler daqui 10 anos.
ResponderExcluirMe identifiquei muito com o post dessa menina porque passei por quase a mesma coisa. A diferença é que fiquei nessa por OITO anos e acabei tendo um filho. Pequenos detalhes como ser chamada de gorda, ser esculachada por ter condições melhores de vida dentro da familia é um fato que realmente acontece. Depois de muita humilhação e auto estima zero eu consegui dar um basta nesse relacionamento doente. Fui muito ameaçada tbm mas mesmo assim apenas me arrependo de não ter terminado antes!
ResponderExcluirQuerida N.,
ResponderExcluirVocê não é boba. Nenhum amigo seu irá te julgar dessa forma. Todos temos nossas fragilidades, e esses caras não vêm com um letreiro na testa. Mais cedo ou mais tarde acabamos caindo na real, e o melhor é pular fora.
Lola, muito obrigada por manter postagens como essa, tive um início de relacionamento onde o parceiro começou a mostrar diversos traços de violência, essa dominação maluca - que passa pelo físico e pelo psíquico. E apenas graças às leituras (incluído o seu blog) que consegui perceber e sair. Foi difícil, mas me sinto aliviada.
A você, Lola, obrigada obrigada obrigada. E a N., muita força e amor próprio :)
Olha, você não é a primeira e infelizmente não será a última mulher a passar por um relacionamento ruim assim, mas uma coisa eu te digo, você foi muito mais corajosa do que imagina.
ResponderExcluirSei que infelizmente as pessoas confundem amor com sentimento de posse, de qualquer forma o meu conselho é de tomar mais cuidado.
"Aaah, coitadinha. Aposto que ser de classe média alta deve atrair um monte de preconceito contra você por essas pessoas que adoram ser pobres e se acham melhores por isso."
ResponderExcluirMt gente de origem mais humilde se sente sim mais especial do que gente com uma condição sócio-financeira melhor. Há até aqueles que recriminam, mesmo que o rico em questão tenha enriquecido de forma honesta com mt trabalho.
Assim como mts eu tb me identifiquei com o post, pois tb passei por um caso parecido durante 4 anos!
ResponderExcluirA diferença é que o sujeito foi aos poucos botando as manguinhas pra fora, a mascara foi caindo aos poucos, sabe?
Ele tb fazia terror psicológico e draminha. Era egoísta e queria que eu fizesse tudo por ele, mas mal se esforçava pra fazer qualquer coisa por mim. E qd negava um pedido seu, fazia escândalo, botando a culpa em mim!? Por conta disso algumas vezes ameaçou terminar, sendo que não fiz nada de errado.
Tentava me diminuir criticando e falando mal do meu bairro, da minha casa e até da minha mãe!
Ela por sua vez não o queria na minha casa e ele não entendi o pq. Eu passei depois a não querer tb depois de ouvi-lo falar tão mal da minha tv, do meu pc, dos meus móveis, da minha universidade(que é mil vezes melhor e mais conceituada que a dele)...Tudo era motivo pra me criticar. Chegou até a algumas a dizer que eu estava engordando sendo que na verdade, ele é que estava. Eu sempre mantive meu peso.
Com o passar do tempo foi ficando mais metido, esnobe e passou a tentar me controlar.
Queria saber onde estava, a que horas e com quem. E, ainda por cima, fazia questão de ir até a minha pra ter uma DR sobre eu nem sei o que, na hora que ele queria. Pediu até de forma rude que eu desmarcasse meus compromissos(inclusive de dormir depois de um dia cansativo na rua)pra conversar com ele...Achei isso a gota d'água!
No final acabei traindo ele. Queria contar como vingança e falar tudo que estava entalado na garganta, mas deixei pra lá por medo. Medo dele me perseguir...
O abandonei.
Toda a minha solidariedade à vc, N. Tb já passei por isso, só que ao contrário de vc eu era humilhada por minha família não ser rica como a dele. O pior aconteceu mesmo quando terminei o namoro. Ele me perseguiu, me ameaçou, tocou o terror. Até hj não estou 100%, mas estou me curando. Nenhuma mulher merece passar pelo mesmo que nós passamos. Aliás, ninguém merece.
ResponderExcluirMe desculpe a moça,mas eu não curti muito quando ela dise:
ResponderExcluir`Lembrar disso só me faz perceber como fui boba e idiota.
Nenhuma mulher pode se mutilar dessa maneira,ninguém é vidente para saber,a gente só sabe vivendo...ela não errou,essas coisas acontecem...a gente não tem como adivinhar..
Eu namorei um ótimo rapaz quando tinha 32 anos e do nada ele surtou,também tive que mudar de telefone e sumir de redes sociais,mas durante meses cada vez que eu saia da minha casa ficava olhando pra rua,com medo e todo mundo sentiu esse medo,até minha familia.
Eu fui boba?Não,ele parecia ser uma boa pessoa,conheço sua irmã há anos e nunca pensei que ele fosse surtar.
Loucos são assim,estão em todos os lugares,até no trabalho e não podemos nos considerar bobos se não os registramos na hora...
Estou PERPLECTA com os comentários que colocam a culpa na moça. Aliás, é algo bem comum, quando uma mulher sofre algum tipo de agressão, sempre tem alguém pra jogar a culpa na vítima, e não no agressor.
ResponderExcluirquando a gente pensa em violência, associamos logo ao conceito de violência física. mas existe o conceito de VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA, o que também é crime, passível de ser punido por lei. não, não é só mimimi e não é culpa dela.
ResponderExcluirela foi boba mesmo,ela mesma disse que achou o cara estranho e percebeu q ele n era muito legal mas ficou com ele do mesmo jeito.
ResponderExcluirela n foi enganada.
isso que dá ficar com qualquer um sem nem conhecer direito.
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/06/25/relatorio-final-de-cpi-propoe-tipificacao-do-crime-de-feminicidio
ResponderExcluirParece q estão tentando tipificar o crime de feminicidio, o q é muito justo, mas é incrível a gritaria q estão fazendo contra essa atitude do governo q é tão necessária, não q vá resolver, mas quem sabe medidas extras pelo menos abrandem esse tipo monstruoso de crime.
Recebi essa informação no meu FB junto com esse link de alguns amigos que se dizem de extrema esquerda, e os comentários deles contrários a essas medidas é de assustar, pra variar falei o q pensava, é provável q tenha perdido mais alguns amigos por defender medidas a favor do feminismo.
Mas essa história de q a esquerda é favor do feminismo é meio conto da carochinha.
Machismo ta em toda a parte, infelizmente.
Não, N., não é bobagem nenhuma, pelo contrário, esses caras parecem farejar nossas fragilidades para nos colocar em armadilhas assim.
ResponderExcluirE é sempre assim, o instinto começa a gritar, não damos ouvidos e vivemos um inferno que acreditamos, ainda mais nessa idade, ser sem saída.
Bom que acabou, mas não se feche para o mundo - nem todos os caras são desse jeito. Mas que é traumático, é, sem dúvidas...
Passei exatamente pela mesma situação da moça e sei o que ela sentiu. A situação não é nada fácil mesmo... E no meu caso, ainda era mais complicado porque sou mulher e ela é mulher também. Passei quase dois anos em um inferno e no final fiquei desacreditada de namoros. Mas anos depois encontrei a pessoa com quem estou agora e vivo um relacionamento maravilhoso, há dois anos e meio. Não desista, a culpa não foi sua. Há muita gente sem nenhuma estrutura emocional que precisa se tratar mas não sabe ou não aceita isso.
ResponderExcluirNão entendo porque há tantas mulheres que se submetem a relacionamentos controladores, não entendo :/ Talvez seja falta de experiência ou de informação, sei lá. É triste ver a quantidade de mulheres e meninas que sofrem por isso.
ResponderExcluiranon 21.51 hs
ResponderExcluirTalves explique sua indagação, a grande oferta de homens com pendores para serem manipuladores , controladores, machistas, e infelizmente não virem com tarja preta na testa avisando sobre o conteúdo nocivo...
Homem machista com problemas psiquiátricos sérios. Cara N, você escapou por um triz de uma tragédia. Ficar ou não num relacionamento instável nem sempre é uma escolha consciente -- violência e abuso, psicológicos ou físicos, são regidos por mecanismos muito mais delicados do que se pode imaginar. Só quem passou por isso sabe como é.
ResponderExcluirÉ POSSÍVEL BUSCAR AJUDA PROFISSIONAL DE PSICÓLOGOS, PSIQUIATRAS, ASSISTENTES SOCIAIS ETC. PARA ELIMINAR O PADRÃO DE RELACIONAMENTOS INSTÁVEIS COMO ESTE.
Levem este tipo de coisa a sério. Pode destruir vidas. Mais uma vez, só quem já passou por isso sabe como é.
Não se torture. Estou meio que passando por isso. Sai pra conhecer um cara e no final do encontro, como eu estava bêbada e queria me livrar dele, disse que marcaríamos de ver um filme no outro dia na minha casa. Fui enrolando, dizendo que estava trabalhando muito e que logo ficaria de férias. Esses dias começou a perguntar onde tinha ido, com quem, porque, etc... E eu perguntei: pq esse interrogatório? - Ele se desculpou e parou. Combinei que sairiamos nesse fds e sumi, do face faz uns 4 dias, entro 2 minutos e ja fecho, pq ele não entra se eu não to online e eu fico 24 h. Ele não ligou, se ligar, não vou atender e se ligar de outro numero vou dizer que não atendi pq não queria falar com ele. Vou enrolar até ele desistir.
ResponderExcluirNão é o primeiro que 'venci' pelo cansaço. Tenho um que me segue desde meus 14 anos, tenho 25 agora, ele já casou e tem filho, bate na mulher e ainda tenta contato comigo, vai morrer tentando. Se perguntar pq não quero ficar com ele, digo: PORQUE NÃO E PRONTO! Sem cerimonias.
Eu jamais começo um relacionamento se não tiver na mesma sintonia do cara. Não estou culpando a N, mas nesses namoricos, principalmente quando o cara ta desesperado, eu fico alerta.
Tem um outro que me ameaça pelos chats faz uns 4 anos, diz o carro/moto que to andando, onde me viu, meu endereço, telefone. Eu não tenho ideia se é ex, alguém que transei, alguém que dei o fora, alguém que me segue de longe.
"Ele me reprimia por minha condição social ser melhor que a dele, (...) Ele achava que eu não era digna por ser de classe média alta e que ele era melhor do que eu por ter vindo de um berço mais humilde."
ResponderExcluirTive dois namorados que pensavam assim. Qual é a desses caras?
"O que esse cara fez é terror psicológico e é tão danoso quanto agressão física, se não pior."
ResponderExcluirEu concordo com isso. Se meu ex namorado tivesse me batido teria sido mais fácil ver que ele era um problema e pelo menos pra mim ficaria mais fácil larga-lo (sei que existem mulheres que nao conseguem largar parceiros violentos por diversos motivos, mas pra mim violencia fisica sempre foi completamente inaceitavel e injustificavel).
No meu caso foram quatro anos de abuso e violencia psicológica. E até hoje, 5 anos depois do fim do relacionamento, eu ainda tenho dificuldade pra voltar a me relacionar com as pessoas.
E no meu último aniversário meu ex fez questão de me mandar uma mensagem de aniversário no Facebook, dizendo o quanto eu era maravilhosa. Se sou tão maravilhosa quanto ele diz, por que me tratava como se eu fosse um lixo?
Eu passei por isso, mas o louco em questão era uma mulher! Ela me conheceu, enfiou uma aliança no meu dedo e se apossou da minha alma, e eu deixei.
ResponderExcluirVivi ao lado dela por oito longos anos, um período em que estive fora de mim. Aguentei todo tipo de abuso e humilhações, compactuei com o mundinho criminoso em que ela vivia, passei até fome porque ela gastava o nosso dinheiro com futilidades egoístas, sofri muito. Um dia ela se apaixonou por outra e me colocou para fora de casa.
Foi muito dolorido, mas eu consegui me reerguer. Voltei a trabalhar, arrumei um canto para morar, e, depois de um tempo, me apaixonei por um homem, uma das criaturas mais sensíveis e humanas que eu já conheci. Ele me aceitou como sou e nos damos muito bem, nunca nos desrespeitamos de nenhuma maneira. Temos um filho lindo e estamos casados há 6 anos.
Como cicatriz, fiquei com trauma de contato íntimo com mulheres. Essa semana mesmo, suei frio para fazer um simples papanicolau. A médica foi super delicada, mas a minha vontade era de fugir dali :(
Abusos deixam marcas...
Nossa a sua história é IDÊNTICA a minha! IDÊNTICA! E eu tb tinha a mesma idade que vc, primeiro namorado, IDÊNTICO!
ResponderExcluirHoje em dia estou com 34 anos, passaram-se 12 anos dessa história.
Eu me lembro que depois dessa relacao fiquei TAO FELIZ e ser livre novamente que fiquei no celibato por uns 3 anos. Nao queria ver homem nem pintado de ouro. Tentei ate fazer terapia mas nunca encontrei nenhum psicólogo ou terapeuta que eu sentisse confiança. Graças a uma amiga que conversou muito comigo e.... Pasme! Tinha passado pelo mesmo e se recuperado (esse tipo de história é super comum, ne) eu me recuperei.
Desde entao eu preciso conhecer a pessoa antes de começar um relacionamento serio. Nem fico e vejo no que da, quando conheço alguém quero que seja so amizade e sem cores, nao transo com os meus amigos, preciso conhece-los. Porque sei que se fico ou transo, depois fica mais dificil conhecer a pessoa de verdade. Podem me jogar pedras mas é assim, vc transa com o cara e ele ja acha que tem direitos sobre vc ou te despreza. Entao eu hoje faço assim, AMIZADE. E depois se da certo, nos gostamos, namoramos.
Tive 2 namorados que comecei assim e acreditem, foram ótimos. Nenhum deles abusou de mim, todos me respeitaram, porque tinha uma solida base de amizade.
Desculpem mas eu acho que vovó tava certa no "nao transe no comecinho da relacao, conheça primeiro"
Beijo
Coitado do cara. Desde o começo estava super apaixonado, e você nunca deu realmente qualquer importância a ele, mas continuou a dar esperanças ao infeliz porque achava que era algo "passageiro", nada "sério"... Foi você que deixou ele louco!
ResponderExcluirOlha, eu acho que a saída é não entrar nesse tipo de relacionamento, ou pular fora logo que perceber os sinais.
ResponderExcluirEu conheci um rapaz no ano passado que era um amor, gentil, atencioso, educado. Durante o tempo que nos envolvemos, pouco mais de um mês, ele me tratou muito bem, não fazia nada para minar minha auto-estima. Pelo contrário, sempre ressaltava o quanto eu era linda, inteligente, simpática, dedicada. Só que, apesar disso, ele era sim muito machista. Na época eu fazia estágio e faculdade, e ele vivia reclamando que meu trabalho 'tirava' o tempo que eu tinha com ele. Dizia que eu deveria largar o estágio e ir trabalhar na empresa da família dele, assim ficaríamos sempre juntos.
Eu achava isso a maior piração! No começo, tentei entender muita coisa, afinal ele era estrangeiro e vinha de um país muito machista e conservador. Mas eu sei que não daria para mim, e cortei logo no começo. Antes que ficasse sério demais.
Eu ja passei por essa situação, em 2005/ 2006 .So que como eu ja tinha tido um relacionamento ruim, manipulador ( meu ex noivo, em 2000/2001) , ja estava vacinada e calejada.Com esse outro, nao agüentei três meses....
ResponderExcluirNo ultimo dia que sai com ele, estava com tanto nojo dele que nem consegui beija-lo.Isso foi num sábado, e terminei na segunda feira, por telefone, porque ja previa uma reação ruim da part dele,Estava certa.
Fiz Boletim de ocorrência, como meu pai era da policia com certeza deve ter mandando alguém dar um ' recadinho' pro cara me deixar em paz.
Nem vou contar o que ele tentou fazer aqui porque ja passou faz tempo e tenho vergonha.
Fiquei dois anos sem conseguir me relacionar direito com ninguém,
Pelos comentários que tenho lido aqui, são todos vindos de pessoas bem resolvidas, sem problemas e com a auto- estima lá nas alturas.Um pouco de empatia nao lhes faria mal, mas ja estou acostumada a ler e ouvir coisas de gente que se acha superior , bem resolvido, etc..
Seja forte, amiga, que vc supera!! Ja mandei um guest post uma vez sobre o processo pelo qual passei, mas desisti de publicar, simplesmente porque isso ja passou e nao quero reviver feridas,
Beijos!!!
Querida, muitas mulheres passam pelo que você passou.
ResponderExcluirMas lembre-se: nem tod@s as pessoas serão assim com você.
Se deixe ser feliz e arriscar, procure terapia, aumente sua auto-estima.
A culpa não é sua.
=D
Temos que levar em consideração algumas coisas nesse caso:
ResponderExcluir-a menina era nova e inexperiente.Isso não tem nada a ver com classe social!
-Pelo que eu pude perceber,ela não teve culpa em NADA! Muito pelo contrário:foi esperta,contou com a mãe e caiu fora a tempo!Errar é humano!Burrice é persistir no erro!
Conheço uma mulher de 25 anos,cujo caso é um pouquinho diferente.E no caso dela,ela tem culpa,sim!
Esta mulher se envolveu com um homem,sabendo que este era casado! O cara já bateu nela,já a ameaçou e tudo! Na última briga,a esposa do cara ligou pra ela e disse o que ele falava sobre a "amante" em casa: que era uma prostituta que ficava na cola dele,que estava possuída pelo espírito da prostituição e que,no celular dele,o tel dela aparecia gravado com o nome "VAGABA"! A mulher do cara foi até ao local de trabalho da moça fazer escândalo!
Achei que desta vez,ela acabaria com tudo! Mas eles reataram! Sinceramente,posso estar sendo injusta,mas no caso que narrei,é culpa dela,sim,pois continua com um homem desses!
Gente,claro que ela tinha escolha. mas não é fácil não, tenham um pouco de empatia. Ela era uma menina, 18 anos, pouca experiência.
ResponderExcluirNão há nada de errado em experimentar, tentar. A gente não sabe quem tá ali, do outro lado, as vezes vale a pena.
As evidências eram muitas e ainda bem, querida, que você conseguiu sair disso sem maiores traumas, sem diminuir o que você passou, claro. Mas você sabe que há muitas mulheres que perderam a vida nisso.
Eu namorei por seis anos, desde meus 18, um cara que conheci na faculdade. Estudioso, inteligente, conversa legal. quatro anos mais velho que eu.
Eu também me perdi um pouco: minha espontaneidade, minha individualidade, meu brilho próprio. Eu deixei? deixei. Mas ele se aproveitou da minha pouca idade e inexperiencia pra me sufocar. Não tou dizendo que não tivemos bons momentos ou que ele nunca gostou de mim, mas hoje é muito claro que eu doei e perdi muito mais.
Uma coisa é certa, pessoas que pedem alguém em namoro depois de um ou dois encontros, ou são psicóticXs doentes, ou são interesseirxs aproveitadorxs.
ResponderExcluirJá tive essa experiência com o segundo caso, ainda bem que rapidamente percebi do que se tratava. Mas nunca confio em alguém que está querendo relacionamento sério assim tão rápido.
Moça, me identifiquei em muitos pontos de minha história. Em alguns momentos, lembrou minha história. A diferença é que vivi uns 4 anos com o infeliz. Ele me controlava em tudo. Até o tipo de calçado que ele queria que eu usasse. Sempre gostei de sapato confortável e ele queria sapatos femininos.
ResponderExcluirEle ligava pra minha casa, exigia que eu fosse na casa dele (e eu sempre adorei ficar com minha família). Ele nunca se integrava a minha família, criticava meus amigos, criticava o bairro que eu morava (que era mais humilde que o dele), criticava meus familiares, fazia comentários desnecessários sobre meu irmão que é homossexual, etc.
Um grande desgraçado, imbecil e ridículo. Consegui me livrar dele. O engraçado é que terminar o relacionamento foi algo que partiu dele. E pasme, eu CHOREI quando ele quis terminar. Acho que a gente se acomoda com a situação de controle.
Passou bastante tempo desde esses acontecimentos. Conheci uma pessoa maravilhosa, estamos juntos há 7 anos (casados há 3 anos). Ele é feminista, é gentil com todos sem fazer distinção, é um cara divertido e temos muito em comum.
N., o bacana nessa vida é que tudo passa. Você é muito jovem, vai encontrar muitos amores nessa vida, vai ser feliz pra caramba e etc. Adorei ler seu relato, porque o final mostra o sentimento de liberdade :)
Eu tambem ouvi de " amigas" : Você deveria ter percebido e caído fora antes.
ResponderExcluirOra, obvio que se eu soubesse que o cara era um b*** eu nao teria nem começado, ne,
Mas nao vem escrito na testa,
Mas aconteceu algo semelhante a N : tive uma intuição, nao sei porque, de algo ruim, numa fala dele no começo do namoro.nem era sobre algo ruim, era sobre algo corriqueiro, o tom de voz me incomodou, nao sabia porque , mas ignorei.deveria ter prestado mais atenção nisso.
Endosso a fala da N : se vier uma intuição ruim, mesmo que vc nao saiba por que, caia fora.
E eu nem tinha a desculpa da idade, eu tinha 33 anos...
Nao e so falta de experiência, e carência, medo de nao achar mais ninguém,etc...tenta coisa conta.,
Hoje prefiro ficar sozinha do que com um b*** desses, mas ate aprender isso demorou.
So percebi a tempo porque ja tinha tido um noivado ruim antes, entao ja tava escolada, cai fora com 3 meses...
Também passei por situações semelhantes, mas eu terminei depois de 2 meses. Mesmo assim sofri ameaças e fui seguida por quase um ano...
ResponderExcluirÉ o que sempre digo:
ResponderExcluirOs sinais estão sempre lá, desde o começo, mas as pessoas fazem questão de ignorá-los.
A garota se envolve com o cafajeste agressivo e violento que faz cenas ridículas por ciúme.
Mas no começo ela acha lindo a "demonstração de amor", só esquece que, com o tempo, ela é que vira alvo das explosões de fúria do cara...
Sinceramente, eu não tenho dó, nem da mulher que se envolve com cafajeste e nem do cara que se envolve com mulher aproveitadora.
"Nota da Lola: Meninas, quando perceberem algo assim, sigam sua intuição e terminem o relacionamento. Sério!"
ResponderExcluirIsso é comum, né Lola? É muito comum nos depararmos com esses perfis maniacos. Parece coisa de drama, mas é tão comum... parece que não acreditam....
Passei por isso quando tinha 13 anos, pra nunca mais!
ResponderExcluirSe com 18 ela não tinha experiência, imagina com 13 :/
Terminei com 15 mas as marcas ficam.
Ele descobriu meu celular essa semana (hoje eu tenho 20 anos) e começou o joguinho de sms em que eu sou a presa e ele o caçador.
Deixei no vácuo, caso ele queira falar comigo vou dizer um NÃO enorme.
Hoje eu sei que não soube falar um "não" forte o suficiente pra ele entender.
O que não te derruba, te deixa mais forte.
Olha, não consigo ser muito solidária com casos semelhantes a esses, pode parecer egoísmo, mas diferente de relações onde há violência física (ok, essa tinha uma espécie de violência verbal), eu simplesmente não entendo como uma garota se coloca nessa situação totalmente desnecessária.
ResponderExcluirObviamente não é culpa dela ter namorado um cara obsessivo desses, mas ela não precisava estar com ele. Esse é um problema comum de muitas garotas da minha idade (20 anos), elas perdoam todo tipo de traição e humilhação, passam pelo pão que o diabo amassou mesmo quando não dependem em nada de seus namorados. Em muitos casos, como o desse post, nem são apaixonadas por eles.
Na minha opinião essa garotas se deixam levar pela carência. A sociedade diz que elas só serão felizes se tiverem um homem, um namorado pra completá-las. E o pior é que elas compram essa ideia e passam um, dois, dez anos sofrendo em uma relação que não querem, não amam, mas não terminam pois tem medo de ser taxadas de solteironas, encalhadas, mal amadas.
Não é questão de ser boba ou burra e sim de ser covarde e se deixar levar pelas imposições sociais.
obs.: pra piorar o cara ainda falava mal da mãe da garota... Muita falta de personalidade dela continuar um namoro desses, desculpa falar.
Para quem está dentro do relacionamento é extremamente complicado, a pessoa não vê da forma como as pessoas de fora, porque ela está sendo manipulada. É muito difícil sair de um relacionamento assim, até mesmo se você gosta da pessoa, você não percebe as reais intenções e maldades nela.
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