Na surdina, desde que o "gigante acordou" (e quem estava dormindo, cara pálida?), Marco Feliciano promoveu sua "cura gay" na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, e o Senado aprovou um projeto que vinha se arrastando há dez anos (saiba como o Ato Médico vai prejudicar a sua vida e assine a petição para que Dilma o vete).
O projeto da chamada "cura gay" -- como curar o que não é doença? -- é ultrajante porque se intromete na resolução do Conselho Federal de Psicologia, que não encara a homossexualidade como passível de tratamento. Se você acha que isso é pouca coisa, veja o que está acontecendo na África, onde a homofobia vem sendo financiada pelos evangélicos americanos.
"Cura gay" significa que um monte de picaretas (entre eles muitos pastores, como o próprio Feliciano) poderá ganhar a maior grana prometendo alterar a sexualidade de pessoas que não se aceitam, ou que não são aceitas pela família. Daqui a pouco virão campos de concentração para gays e lésbicas. Não estou exagerando! Isso já está acontecendo na África do Sul.
Chegou pra mim em ótima hora este belo texto de Guilherme Coutinho, que mora em João Pessoa. Ele é gay, psicólogo, e está no Facebook.
O projeto da chamada "cura gay" -- como curar o que não é doença? -- é ultrajante porque se intromete na resolução do Conselho Federal de Psicologia, que não encara a homossexualidade como passível de tratamento. Se você acha que isso é pouca coisa, veja o que está acontecendo na África, onde a homofobia vem sendo financiada pelos evangélicos americanos.
"Cura gay" significa que um monte de picaretas (entre eles muitos pastores, como o próprio Feliciano) poderá ganhar a maior grana prometendo alterar a sexualidade de pessoas que não se aceitam, ou que não são aceitas pela família. Daqui a pouco virão campos de concentração para gays e lésbicas. Não estou exagerando! Isso já está acontecendo na África do Sul.
Chegou pra mim em ótima hora este belo texto de Guilherme Coutinho, que mora em João Pessoa. Ele é gay, psicólogo, e está no Facebook.
Conheço muita gente que diz ser desnecessário dizer para o mundo que é gay, visto que a sexualidade de cada um é íntima, diz respeito a si e não ao mundo. Concordo. E embora não seja necessário escancarar algo que é meu, quero fazer mesmo assim.
Confrontar esses dois elementos não é novidade em minha vida. Mesmo depois de assumir minha homossexualidade para os meus amigos, por mais de um ano justificava, quando perguntado, que não havia contado para minha família por achar desnecessário falar sobre minha vida sexual com ela.
Até que um dia eu sonhei que minha mãe descobria. No sonho, a reação não podia ser pior: depois de apagar um cigarro no meu olho, se tornar uma criatura sobre-humana fortalecida pelo poder do ódio e me perseguir por um fosso de elevador, ela finalmente consegue me pegar, me trancar no quarto e cimentar a porta.
Quando acordei, antes que passassem a coragem e a vergonha de ter me enganado por tantos anos com uma desculpa tão chinfrim, levantei da cama e fui contar tudo para ela.
A conversa não foi agradável para nenhuma das duas partes, mas sinto que foi tão libertadora para ela quanto para mim. Descobri que desde a outra vez em que me assumi para ela, quando tinha 11 anos, cada passo meu havia se tornado um martírio na vida dela. Daquela vez ela me respondeu com um “é só uma fase” e eu, sabendo não ser, aceitei que a conversa acabasse assim. Mas para minha mãe era o começo de um inferno. Cada saída minha, a mudança de cidade, cursar psicologia, cada amigo novo, cada final de semana sem dizer para onde e com quem ia, tudo havia se tornado um terrível indício de que o filho realmente fosse gay, de que aquela “fase” não fosse passar. Isso ela só viria a me contar em nossa segunda conversa.
Minha mãe viveu por uma década o sofrimento a que eu acredito que todas as mães que não aceitam a homossexualidade de seus filhos, mas a intuem, são submetidas. O sofrimento de uma dúvida que ameaça se concretizar a cada dia e que lança pequenas pistas que não conseguem evitar investigar, numa busca masoquista por uma verdade que temem, mas precisam, encontrar.
E aí eu ofereci a verdade a ela, dessa vez de forma definitiva. Completa. Sem espaço para esquivas ou desculpas, mas confrontada de frente e discutida. Doeu, eu sei. Mas doía mais a dúvida, e a dúvida morreu.
A resposta que minha mãe recebeu não foi a que ela queria, mas foi infinitamente melhor que a incerteza que a consumia. Ela nunca quis um filho gay e até hoje não aceita completamente minha homossexualidade, mas agora ela pode trabalhar em cima de um terreno firme e certo. Não gosta e nunca vai gostar que eu seja gay –- e não precisa, ninguém precisa -–, mas só depois disso finalmente foi se sentir à vontade de pincelar assuntos sobre sexualidade comigo. Coisas simples como uso de camisinha, comentários que reconheçam a existência de uma vida sexual em seu filho; conversas que normalmente se iniciam no começo da adolescência mas que para ela eram um terreno assustador.
Ela foi obrigada a encarar uma verdade que não queria, mas soube lidar com isso com a maturidade que se espera de uma mulher de sua idade e com a delicadeza que se espera de uma mãe. É triste que alguma vez eu tenha duvidado da capacidade dela de lidar com isso, achando que ela seria fraca ou despreparada demais.
Ela foi obrigada a encarar uma verdade que não queria, mas soube lidar com isso com a maturidade que se espera de uma mulher de sua idade e com a delicadeza que se espera de uma mãe. É triste que alguma vez eu tenha duvidado da capacidade dela de lidar com isso, achando que ela seria fraca ou despreparada demais.
Como uma mãe deve ser |
Essa melhora nos relacionamentos era algo que eu já havia percebido em minhas amizades -– na época todos os meus amigos eram heterossexuais.
É incrível como tudo se torna mais real quando você não precisa se submeter a uma vigilância constante. É incrível como tudo se torna mais leve quando você não precisa mais controlar seu jeito de andar, de sentar, seu modo de reagir às brincadeiras dos amigos, seus olhares, sempre achando que a qualquer momento um gesto, um movimento, vai denunciar a todos o que você tenta esconder mesmo se você não estiver fazendo nada além do que todos os outros fazem.
É incrível como tudo se torna mais real quando você não precisa se submeter a uma vigilância constante. É incrível como tudo se torna mais leve quando você não precisa mais controlar seu jeito de andar, de sentar, seu modo de reagir às brincadeiras dos amigos, seus olhares, sempre achando que a qualquer momento um gesto, um movimento, vai denunciar a todos o que você tenta esconder mesmo se você não estiver fazendo nada além do que todos os outros fazem.
Desde criança (sim, criança) nunca tive problemas em aceitar minha sexualidade, não me culpava por pensar nos meninos da escola ou nos atores da televisão. Meu medo era apenas que o resto do mundo soubesse. Nada me assustava tanto quanto isso. O pavor era tamanho que, até mudar de cidade e ir para a universidade, sequer havia beijado outra pessoa com medo de que fosse descoberto.
E por quê? Não sei. Talvez soubesse na época, antes de assumir, mas hoje não. Depois que “saí do armário”, muita coisa ruim desapareceu, muita insegurança morreu sem deixar para trás nem um registro do que a fundamentava. Sobrou apenas uma estranha sensação de que por muito tempo me escondi sem qualquer motivo, por pura covardia sem base.
Discursos que eu criava para não encarar o fato de ser medroso se tornaram ridículos. Tentativas de transformar em discrição, introversão, o que era simplesmente falta de coragem. Medo de ser rejeitado pelos amigos, pela família? Não subestime o que os outros sentem por você. Não se ganha nada vivendo a vida se escondendo, mas se perde demais.
Agora o país está votando uma proposta de “cura gay” para permitir que meus companheiros psicólogos possam se manifestar contrários à homossexualidade e tenham a liberdade de “tratar” a sexualidade de alguém que os procure (ou seja levado a eles) querendo “deixar de ser gay”. Isso é triste, é um sinal de retrocesso, e é escandalizante que uma proposta dessas seja gestada na própria Comissão de Direitos Humanos.
Mas se é horrível pensar que vivemos num ambiente em que a homossexualidade é entendida como algo a ser curado, é pior ainda perceber que vivemos numa situação em que pessoas se sentiriam compelidas a buscar essa cura por incapacidade de lidarem com a própria sexualidade. Uma sociedade que faça alguém se rejeitar a esse ponto e se odiar pelo simples fato de ser gay e acreditar que precisa consertar o que é. É triste pensar que eu vivo em um país onde pessoas possam se sentir doentes por serem gays, onde a busca pela recusa do que ela é sobrepuje a possibilidade de aceitação.
Mas se é horrível pensar que vivemos num ambiente em que a homossexualidade é entendida como algo a ser curado, é pior ainda perceber que vivemos numa situação em que pessoas se sentiriam compelidas a buscar essa cura por incapacidade de lidarem com a própria sexualidade. Uma sociedade que faça alguém se rejeitar a esse ponto e se odiar pelo simples fato de ser gay e acreditar que precisa consertar o que é. É triste pensar que eu vivo em um país onde pessoas possam se sentir doentes por serem gays, onde a busca pela recusa do que ela é sobrepuje a possibilidade de aceitação.
Eu nunca cheguei a odiar minha sexualidade, então não posso dizer o que essas pessoas sentem. Mas nem por isso acho que não há nada que eu possa fazer.
Minha sexualidade é minha e é meu direito mantê-la assim, mas sinto que é minha responsabilidade não fazê-lo. Sou gay, quero me sentir livre para dizer isso abertamente e queria que muitos fizessem isso. Como alguém que se aceita gay, sinto que tenho a responsabilidade de sair de minha zona de conforto e colocar meu tijolo na construção de um país onde os que ainda não se aceitam possam se sentir mais acolhidos.
Como homossexual, sinto que o mínimo, mas que já é muito, que posso fazer é mostrar que posso me assumir para o mundo e não ser menos por isso. Que isso é possível. Que isso é saudável. E, quem sabe um dia, normal.
Às vezes me pego imaginando se cada pessoa que aceita perfeitamente sua sexualidade, mas ainda assim se tranca no armário, assumisse. Quantos exemplos o país não teria a oferecer, a seguir. Quão mais convidativo e seguro o ambiente se tornaria para os que sofrem por algo tão simples. Sempre me parece que o jeito mais eficaz de mostrar que a homossexualidade não é um bicho-de-sete-cabeças é sendo capaz de lidar com a própria com naturalidade e abertura.
Mexeu muito comigo este guest post. Obrigada, Guilherme. Um absurdo que um projeto como esse da "cura gay" tenha obtido uma vitória.
ResponderExcluirVamos averiguar as coisas antes gente.
ResponderExcluirNa verdade, não está rolando nenhuma proposta de cura gay. O caput do parágrafo 3, onde proíbe-se a patologização do homossexualismo, fica intocado.
A proposta refere-se apenas ao parágrafo único do artigo 3 e o artigo 4. O que muda basicamente é que se um homossexual quiser mudar sua opção o psicólogo fica livre para auxiliá-lo nisso, desde que tenha sido procurado pelo paciente para isso. Os psicólogos também ficam livres para se declararem contrários às práticas homossexuais se assim quiserem, como qualquer outro cidadão, sem sofrer nenhum tipo de punição especial por isso.
Portanto, tentar curar alguém disso ou sugerir que o indivíduo precisa de cura ainda seria crime.
Que lúcido!
ResponderExcluirPenso da mesma forma e qnd me perguntam 'e se vc tiver um filho gay?' respondo exatamente isso, que não será da minha conta, que será a vontade e vida dele.
Seria ótimo se não tivesse tanta gente enxerida no mundo.
Achei que era só o ridículo do 'direitopata' de sempre (não resisti ao termo Lolinha... hehehe) que tinha esse discurso de: 'vocês estão entendendo errado! Coisas de esquerdistas dizer que o Projeto de Lei propõe a cura gay! Não acreditem nesses socialistas malditos' [SQN!]
ResponderExcluirTadinho dos fanáticos religiosos fundamentalistas que querem ter o direito de exercer perante a sociedade seu direito de dizer que é contra a homossexualidade se respaldando na Psicologia. Sério que propondo sustar o art. 3 o psicólogo não poderá trabalhar com a perspectiva de cura? Sério? Por que olha o que ele diz:
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça
a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva
tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e
serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Repetindo: Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e
serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Se for sustado, é óbvio que o profissional que quiser poderá sim trabalhar na perspectiva de cura. Me poupe reaças, me poupe.
Bem Abobrinho, obrigado por informar. Fico impressionado com a energia gasta em desinformar, tapear, ludibriar, mudar as coisas de lugar. O mesmo vale na questão do Ato Médico, que não é nada além do que a regulamentação da profissão de médico e não interfere em nenhuma das outras 13 profissões da área de saúde que existem atualmente no Brasil (e que por sinal já são regulamentadas) Agora ficar a dúvida no ar: isso é feito no oba oba, no achismo, na falta de informação pura e simples, na cegueira ideológica, na manipulação ou na má intenção mesmo?
ResponderExcluirSe a sexualidade humana e uma construção social, a homossexualidade também não ?
ResponderExcluirÉ muito importante que todos leiam na íntegra o projeto de regulamentação da Medicina.
ResponderExcluirAndam inventado coisas absurdas. Basta ler o projeto! É um projeto de regulamentação, nada além disso, que não entra em confronto com nenhuma outra regulamentação profissional. Todas as outras profissões da área de Saúde já são regulamentadas por lei.
São apenas 8 artigos e vou transcrever aqui - ipsis litteris - alguns trechos. Vejam, não há motivo para alarde. Basicamente, nada mudou - ao menos nada já regulamentado em lei pelas outras profissões. Não houve nenhum conflito com regulamentações anteriores. No final, o link para a íntegra. Não tem nada dessas mentiras que andam circulando por aí, confiram!
Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem.
§ 2º Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva.
§ 5º Exetuam-se do rol de atividades privativas do médico:
I – aplicação de injeções subcutâneas, intradérmicas, intramusculares e intravenosas, de acordo com a prescrição médica;
II – cateterização nasofaringeana, orotraqueal, esofágica,
gástrica, enteral, anal, vesical, e venosa periférica, de acordo com a prescrição médica;
III – aspiração nasofaringeana ou orotraqueal;
IV – punções venosa e arterial periféricas, de acordo com a prescrição médica;
V – realização de curativo com desbridamento até o limite do tecido subcutâneo, sem a necessidade de tratamento cirúrgico;
VI – atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.
§ 6º O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua área de atuação.
§ 7º O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia.
Art. 5º São privativos de médico:
I – direção e chefia de serviços médicos;
II – coordenação, perícia, auditoria e supervisão vinculadas, de forma imediata e direta, a atividades privativas de médico;
III – ensino de disciplinas especificamente médicas;
IV – coordenação dos cursos de graduação em medicina, dos programas de residência médica e dos cursos de pós-graduação específicos para médicos.
Parágrafo único. A direção administrativa de serviços de saúde não constitui função privativa de médico.
Na íntegra:
http://legis.senado.gov.br/mateweb/arquivos/mate-pdf/9098.pdf
Acredito que há um equívoco com relação ao termo "cura gay", pois não é sobre isso que se trata a proposta e sim sobre a possibilidade do psicólogo auxiliar um homossexual caso ele não se aceite e queira mudar sua opção para heterossexual e tenha dificuldades com relação a isso.
ResponderExcluirNa minha opinião errado foi quando aprovaram a proibição dos psicólogos de auxiliarem pessoas nessas condições, vedando o livre exercício da profissão.
É a mesma coisa que dizer que os psicólogos não podem auxiliar as pessoas obesas que desejam emagrecer, pq a gordofobia é crime.
Portanto, não sei quem inventou o termo "cura gay", mas é um absurdo usar esse termo para a aprovação do projeto na Comissão de Direitos Humanos.
Portanto, tentar curar alguém disso ou sugerir que o indivíduo precisa de cura ainda seria crime.
ResponderExcluir--------------------
Porém,é exatamente isso que estão fazendo,não concorda?Especialmente a parte do 'sugerir que o indivíduo precisa de cura'...
Fico muito feliz em ler relatos como o seu,Guilherme.Que bom que tudo melhorou com sua mãe e seus amigos!
Quanto a essa maldita 'cura gay' que esse cão dos infernos do inFeliciano levou COVARDEMENTE a votação,CADÊ OS PROTESTOS?Se alguém souber de algum,por favor me avisem!Como futura psicóloga e como cidadã faço questão de participar!
Aliás,nem sei como um psicólogo que se preze vai aderir uma atrocidade dessas!A não ser esses 'psicólogos cristãos' que não são dignos do título,pois simplesmente não podemos fazer esse tipo de posicionamento!
Com esse ato médico,estatuto do nasciturno,cura gay e a peste do Feliciano dizendo que mulheres não devem ter os mesmos direitos que homens, sinto que não estamos longe de aderirmos a campos de concentração e chibatadas em praça pública.
Aliás,não foi só na África que fecharam esses 'Conversion Camp'não!Ano passado fecharam dois nos EUA,um no Tennessee e outro na California se não me engano,por práticas médicas feitas de forma indevida e utilização de terapia de choque.
Essa semana mesmo fui obrigada a escutar um colegar ser xingado dentro da sala de aula de 'gayzinho dá c*',todo mundo rir e a professora não fazer ABSOLUTAMENTE NADA!
Muito bom esse texto, compartilhei no meu facebook, obrigada por ele.
ResponderExcluirum abraço,
vera
A Lola como sempre invertendo os fatos:
ResponderExcluir"é ultrajante porque se intromete na resolução do Conselho Federal de Psicologia"
É o Conselho Federal que se intromete na livre atividade profissional dos psicólogos... Isso que é ultrajante. A lei do João Campos (este é o autor do Projeto e não o Feliciano) visa acabar com essa intromissão do Conselho Federal.
Ah tah então. Quer dizer que o órgão que regula a atuação dos psicólogos não pode regulamentar o trabalho desses profissionais? Pode isso Arnaldo?!!!
ExcluirDaqui a pouco você vai dizer que a OAB não vai poder se intrometer na profissão do advogado e nem o CRM na dos médicos! Cada um vai fazer o que quiser e como quiser!
Aiai é cada uma que eu leio por aqui.
não li o guest post na íntegra pq parei na sua posição sobre o ato médico e fui ver o vídeo hospedado no youtube.
ResponderExcluirenfim, o ato médico é necessário, mas talvez a redação do mesmo mereça ser aprimorada. achei o vídeo péssimo, superficial e exagerado. há mérito na questão das atribuições de cada profissional. o que acontece no âmbito da saúde, principalmente na atenção primária, é que enfermeiros são autorizados a fazer consultas de puericultura, ginecologia e obstetrícia, fazem diagnóstico e prescrevem antibióticos sem embasamento teórico. na prática, eles podem até detectar alterações (como atrasos de crescimento e desenvolvimento na criança), mas no final das contas não sabem conduzir os casos. fiquei 2 meses em um CMS como parte do rotatório do internato em medicina e, se antes era contra o ato médico por acreditar nesses exageros do vídeo (minha mãe é enfermeira e minha opinião acabou sendo enviesada por isso), mudei de opinião depois dessa experiência. na vida real, os enfermeiros prescrevem, depois os médicos precisam consertar a cagada quando o quadro do paciente agrava... todo santo dia.
quanto a fonos e fisioterapeutas, o que ocorre normalmente é que os pacientes são encaminhados. um paciente não é de um profissional só, mas quem coordena geralmente é o médico, pelo simples fato de ter uma melhor visão global do quadro. no momento, estou no serviço de pediatria do meu HU, na enfermaria/maternidade. todos trabalhamos juntos, fonos, fisioterapeutas e médicos, pq cada um tem a sua expertise. quando falam sobre "diagnóstico", é preciso lembrar que o diagnóstico feito por um médico é diferente do da fono, do fisio e da psicologia. enfim, aqui entra a questão da redação do ato médico.
bem, sei lá... a favor do ato médico, mas com ressalvas no momento. rss abraços!
Alguém tem aquele link sobre por que a autora se posiciona contra protestos pacíficos?
ResponderExcluirSão Paulo, sexta, 18h na praça Roosevelt: ato contra a cura gay. Acho que vai ser um bom termômetro para avaliar quanta dessa gente nas ruas é não só empática à causa LGBT, mas também quantos se empenham em sair às ruas para lutar por algo específico, e não por sentimento genérico de putidão que não leva a muita coisa.
Pra mim,tão absurdo quanto essa "cura gay" é a banalização da luta dos homossexuais por seus direitos.Acho absurdo quando essas subcelebridades inúteis falam que são gays só pra atrair mídia.Achei ridículo por exemplo a cantora Daniela Mercury usar isso como forma de dar um up na carreira decadente.fez um barulho enorme só pra chamar a atenção,e ficou aquele aroma de mentira no ar.
ResponderExcluir@anon de 17:23
ResponderExcluirRealmente o projeto é simples e eu não sou da área, mas conheço algumas pessoas que não são médicas, mas serão afetadas e sao contra.
E as fonos, fisios e etc que não trabalham em equipes em hospitais?
Agora numa leitura superficial: médico é administrador? É professor?
É fácil dizer q profissional tal erra e depois o médico tem q ir lá consertar e depois sair invadindo a seara dos outros...
E quando a gente é gay e vive num ambiente em que é quase certo que sofreremos violência física por causa disso? E quando você mora em um local onde existe um grupo de neo nazistas que te conhecem porque compram pão na mesma padaria que você? Existem várias realidades no Brasil... a minha é complicadíssima, é impossível me assumir sem correr riscos sérios!
ResponderExcluirMas enfim, entendo o que o autor quis dizer e acho que se aplica a muitas pessoas, mas não a todas.
Mas a Daniela É gay...
ResponderExcluirDecadente, oi?
ResponderExcluirNão é pq vc não é fã de um artista q a carreira dele está decadente.
Daniela é rainha, caso não saibas!
Posso estar ficando neurótica, mas essa "cura gay", não deixa brecha pra esses radicais abrirem manicômios especializados em tratamento da homosexualidade? Como temos um monte desses pastores malucos apoiando essa tal "cura", daqui a pouco um deles inventa de abrir um manicomio e vão acabar arranjando pretexto pro povo ser internado como louco sem motivo algum.
ResponderExcluirVejo pessoas inda se referindo a homosexualidade como opção.
ResponderExcluirNÃO É OPÇÃO, É ORIENTAÇÃO
Permitir q "profissionais" tratem de homosexuais com o intuito de reverter a orientação é o mesmo q permitir o charlatanismo.
SEria ético e lícito alguém abrir um consultório e afirmar q tem a "cura" pra uma condição irreversível?
Por isso Conselho de psicologia proíbe isso e tem toda razão. Não se pode oferecer uma "cura" p/ algo q não é doença.
Paulo Ricardo,um psicólogo simplesmente não pode fazer esse tipo de posicionamento. Intromissões desse tipo na vida do paciente vão contra tudo que a gente passa cinco anos aprendendo na faculdade.
ResponderExcluirPsicólogo não existe para fazer juízo de valor,muito menos para curar ninguém(especialmente homossexuais),somente para auxiliar o indivídua até que ele alcance um estado de equilíbrio psíquico.
Acredite,intrometer-se de forma preconceituosa na vida do paciente não ajudaria em absolutamente nada.O que você provavelmente saberia se tivesse alguma ideia do que você ta falando.
Você percebe quando uma pessoa não tem argumentos quando ela começa a usar o termo "daqui a pouco".
ResponderExcluirTudo o que o anônimo das 17:30 falou sobre o ato médico é verdade, basta ler o documento. O que se vê é muita desinformação...
ResponderExcluirAssisti ao vídeo, e realmente muito se fala da polêmica do diagnóstico nosológico. A única coisa que se tentou fazer foi separar o diagnostico médico do que é feito pelas demais profissões (exceção a odontologia). Isso é muito fácil de explicar pela análise das grades curriculares, a medicina possui materias obrigatorias em patologia clinica geral (que estuda os principais processos envolvidos com doenças, como a formação de cancêr, a febre, a inflamação dos tecidos etc) e depois matérias para as patologias especificas agrupadas por especialidades (pediatria e suas principais doenças, cardiologia, ginecologia, pneumologia etc) ou seja, é uma formação voltada para a doença (não entrando no mérito se isso é o mais correto). Eu me pergunto se o psicologo, que tem uma formação voltada para os processos psicologicos/mentais e as psicopatologias, por exemplo, seria efetivo em diferenciar uma psicose por HIV, por Lupus, de um quadro agudo de Transtorno bipolar ou esquizofrenia, ou aqueles casos de alterações agudas psiquicas ditas neurovegetativas (que alguns rotulam pejorativamente como piti)se fosse ele encarregado do primeiro atendimento, assim a passagem inicial pelo médico é importante (alias, no serviço público é muito mais fácil ser atendido por médico que por psicologo... pelo menos em Brasília onde eu atuo *SUS*)
Penso que o Ato médico podia ser revisto sim, assim como os atos de todas as profissões para se estabelecer os limites legais de cada atuação e os pontos de convergência entre as várias áreas. O projeto não é coisa da classe médica malvada, eu lembro de quando foi regulamentada a profissão de Biomédico, a marcha de Farmaceuticos e Bioquimicos querendo os seus privilégios como detentores das analises clínicas, e alegando que o biomédico recebia uma formação inferior durante a graduação. Esse mesmo conselho hoje alega que é um absurdo o médico dizer que sua formação é superior no quesito laudo anatomo-patologico ... Enfim, cada um quer fazer um pouquinho, a grande pergunta é: o que a formação de nivel superior nos capacita realmente a fazer? Talvez essa pergunta deva ser respondida por todos os conselhos, todos juntos...
Qualquer sexualidade... o melhor jeito de lidar com ela é aceitando-a.
ResponderExcluirEnfim...
Esse negócio de cura gay, descrito por alguns como "apenas agora quem se sentir mal em sua condição de gay", é a coisa mais homofobicamente absurda que já tive o desprazer de saber que existe.
Deixa de lado completamente o porquê de a pessoa ter dificuldades em se aceitar, que é o não ser aceita pela sociedade, não ser vista como normal...
Prezada Patrícia.
ResponderExcluirEm primeiro lugar lugar, o meu nome é PEDRO Ricardo.
Em segundo lugar, "cura gay" é apenas um apelido pejorativo para denegrir o projeto. Ninguém disse que a orientação sexual é doença.
Em terceiro lugar, não há nenhuma intromissão na vida do paciente. O projeto apenas garante a liberdade aos profissionais para ajudar o indivíduo que decidiu não ser mais homossexual.
Esse projeto é um retrocesso. Falam que não está tentar transformar a homossexualidade em doença, mas permitir que psicólogos a coloquem como um erro que pode ser revertido é o que?
ResponderExcluirE não sejamos ingênuos. Se com a resolução original do CFP já tem "psicóloga cristã" que se aproveita para conseguir pacientes sob esse pretexto, ficando conhecida como autoridade na "cura gay", mesmo sofrendo processos do próprio CFP, imagine se isso passa? Imagine como as igrejas iriam aproveitar isso?
Se aqui não conseguimos nem fiscalizar as instituições de terapêuticas, sendo que existem VÁRIAS tratando dependentes químicos na base da oração e da lavagem cerebral, imagine nesse caso?
Pelo amor de deus, ninguém com mais de dois neurônios pode apoiar isso.
Lola, eu estou sinceramente sem entender a celeuma em relação ao ato médico.
ResponderExcluirEu li a versão final do texto aprovado (http://legis.senado.gov.br/mateweb/arquivos/mate-pdf/9098.pdf) e não consegui entender como o ato-médico vai restringir a atuação dos outros profissionais da saúde.
Em particular, os parágrafos 6 e 7 do artigo 2o dizem:
Parágrafo 6: "O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua
área de atuação."
Parágrafo 7: "O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro,
2farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física,
psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia"
Por que esses parágrafos não implicam que a pessoa pode pular a parte de ir para um médico quando um fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, etc seriam indicados?
Sou sempre super opositora a qualquer tipo de preconceito, no caso dos homossexuais minha revolta é que eles ainda tenham que levanta bandeira de alguma coisa, como se não fossem pessoas normais como quaisquer outras! Será tão difícil a sociedade aceitar que homossexualismo não é doença, não pode ser curada, que sentir atração por pessoa do mesmo sexo não torna ninguém diferente? Qual o motivo de tanta revolta contra duas pessoas do mesmo sexo se relacionando, demonstrando afeto em público? No que isso atinge os evangélicos e demais opositores de forma tão pessoal? Me custa compreender...
ResponderExcluirDito isso, acho que muita gente está entrando na onda de protestar contra tudo e todos sem ao menos se informar. Não houve aprovação da “cura gay”, houve uma revogação de uma orientação do CFP. Essa distinção é importante, pois o que vejo é que as redes sociais parecem telefone sem fio, um fala o outro aumenta, aumenta, e no final a coisa toma outras proporções. Muita gente que eu conheço fica repetindo esse mantra de “cura gay” como se o Feliciano tivesse aprovado uma lei criando a “cura gay” (sim, já ouvi isso), o que sequer é o escopo da Comissão de Direitos Humanos.
Antes que me critiquem, devo deixar claro: acho esse Feliciano o fim da picada (como ainda se permite que um político legisle usando suas convicções religiosas pessoais?? O Estado não é laico?), o projeto que ele aprovou é temerário e retrógrado, não faz sentido um psicólogo atuar para colaborar “com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades” pois quando se fala em “cura” significa que se está tratando uma doença mental. E o homossexualismo há muito tempo foi excluído do rol de transtornos psíquicos.
Li um argumento nos comentários típicos dessa desinformação: “É a mesma coisa que dizer que os psicólogos não podem auxiliar as pessoas obesas que desejam emagrecer, pq a gordofobia é crime.” Em primeiro lugar os psicólogos não auxiliam “as pessoas obesas que desejam emagrecer” no sentido de tratar o aumento de peso em si, quem trata de obesidade são médicos e nutricionistas. Os psicólogos no máximo tratam de transtornos psíquicos que tenham levado a pessoa a compensar com comida, ou os transtornos psíquicos que afetem sua autoestima em razão da obesidade. E mais: obesidade é sim doença, reconhecida pela OMS. Daí a falar em “gordo” é um grande salto, estar acima do peso não é sinal de obesidade.
A orientação do CFP tinha que ser mantida sim, e não se trata de tolher liberdade de expressão, como alguém comentou. Como bem disse a Patricia, “psicólogo não existe para fazer juízo de valor, muito menos para curar ninguém (especialmente homossexuais),somente para auxiliar o indivíduo até que ele alcance um estado de equilíbrio psíquico”. Cada profissão tem seu escopo e todo e qualquer profissional tem que se adequar no escopo da sua. Ou um enfermeiro pode dar diagnóstico médico, só porque ele tem “liberdade de expressão”? Ou leigo pode dar parecer jurídico no lugar de um advogado, só porque tem “liberdade de expressão”?
O mesmo vale para o Ato Médico. Antes das pessoas serem contras ou a favor, deveriam se informar melhor e LER, INTERPRETAR a lei, ir nas fontes primárias para buscar informação ao invés de ficarem compartilhando vídeos/textos tendencionistas ou desatualizados. É isso que falta ao povo brasileiro...
"'cura gay'é apenas um apelido pejorativo para denegrir o projeto. Ninguém disse que a orientação sexual é doença."
ResponderExcluir-----------------
Mas é exatamente isso que vai acontecer. A aprovação dessa coisa simplesmente dará respaldo para homofóbicos justificarem sua violência com o "argumento" de que a homossexualidade PODE ser uma doença. Esse absurdo que você defende é simplesmente uma violação da diginidade de todos os homossexuais brasileiros.
É realmente incrível o cinismo desses reaças.
*dignidadeC
ResponderExcluirAnônima, vc escreveu:
ResponderExcluir"Posso estar ficando neurótica, mas essa "cura gay", não deixa brecha pra esses radicais abrirem manicômios especializados em tratamento da homosexualidade? Como temos um monte desses pastores malucos apoiando essa tal "cura", daqui a pouco um deles inventa de abrir um manicomio e vão acabar arranjando pretexto pro povo ser internado como louco sem motivo algum."
Bom, claro. O "movimento antimanicomial" fechou os hospitais psiquiátricos públicos, mas a loucura e as toxicomanias continuam a se expandir, sem que as famílias tenham condições de tratar os seus doentes em casa. Daí se expandiram as clínicas privadas, muitas, muitíssimas, delas evangélicas. Assisti uma vez uma reunião com dois médicos psiquiátricos, evangélicos, discutindo a abertura de uma nova clínica para toxicômanos. De repente, do nada, a discussão descambou para uma análise crítica das estratégias do Diabo - sim, não é uma figura de linguagem, não é sinônimo de "escambau" ou "carai" - as estratégias de Satã, Belzebu, Baphomet, para conquistar o mundo. Ou seja, querem ganhar dinheiro curando doido, mas são tão doidos quanto. E essa gente despreparada, desinformada, esses analfabetos diplomados, que vai ficar solta para "curar" homosexuais. São médicos, psicólogos, enfermeiros, mas são também correligionários do Feliciano, e vivem num mundo à parte, onde o Diabo existe e age tão concretamente como o Lula, o Obama, a Paris Hilton, o Stephen Hawkins, o padeiro da esquina e o Bolsonaro...
E, é claro, os psicólogos não tem nem devem ter o direito de anunciar e implementar curas falsas, sem base científica. Isso é pura e simples exploração da credulidade pública, e deve ser proibido, tal como é proibido aos médicos anunciar falsas curas por métodos inidôneos. Liberdade profissional é uma coisa; liberdade para ser charlatão é outra, bem diferente!
E esse flood de comentaristas reaças de plantão aqui? Gente falando que tudo bem porque projeto só viabiliza a mudança de """OPÇÃO""" sexual, se a pessoa """QUISER""". É claro que, na nossa sociedade homofóbica, não é difícil uma pessoa LGBT confundir necessidade de apoio e de sentir-se pertencente com ser uma pessoa anormal.
ResponderExcluirQual a dificuldade em entender que o que gera a não aceitação (e outros problemas decorrentes disso) é a HOMOFOBIA, e que, isso sim, é que tem características de doença? E tem cura, viu, começa com a busca pela informação e o combate à escrotice fundamentalista neofascista religiosa.
Anyway, muito tocante o post. E eu acho que, de certa forma, a questão de se assumir se torna ainda mais delicada para as lésbicas: a palavra LÉSBICA ainda é super mal digerida, mesmo pros mais gay friendly. Eu mesma me assumi pra minha mãe dizendo que "gostava de meninas", falar em ser lésbica seria um golpe duro demais...
Brasil: o estado laico onde a religião manda no úc e útero alheio.
ResponderExcluirO mais irônico é que com o Ato Médico, psicólogo não vai poder diagnosticar o gay.
Olha... É cada uma que parece duas.
Prezado PEDRO Ricardo,
ResponderExcluirpeço desculpas por ter errado o seu nome, de verdade, estava digitando rápido e realmente não prestei atenção.
O projeto por si só, ao oferecer uma 'cura', ou um tratamento psicológico caso alguém resolva 'desistir de ser gay',meio que insinua que homossexualidade seria uma patologia,vc não acha?
OK, olhando para esse lado de auxilio psicológico nesse de conflitos/mudança de opção sexual.Eu acredito que caso o paciente traga essa questão para as sessões, e haja um conflito psiquico a respeito disso, isso poderia ser discutido sem problema nenhum entre psicólogo/paciente, inclusive acredito que deva acontecer com certa frequencia, já que não são poucas as pessoas que tem questões a tratar a respeito de sexualidade, independente de orientação sexual. O que nós não podemos propor, é um 'milagre' que hoje você é gay, mas que amanhã, com meu auxílio você se tornar hétero, isso não existe!E além de ridículo,é ofensivo!
"Mas é exatamente isso que vai acontecer. A aprovação dessa coisa simplesmente dará respaldo para homofóbicos justificarem sua violência com o "argumento" de que a homossexualidade PODE ser uma doença. Esse absurdo que você defende é simplesmente uma violação da diginidade de todos os homossexuais brasileiros.
É realmente incrível o cinismo desses reaças."- EXATAMENTE!
Falou homossexuaLISMO? Já sei que é homofóbico.
ResponderExcluirOh Lola déblil mental, o Reinaldo Azevedo passou de 300 mil visitas diárias no blog dele hoje e eu sei que você coloborou pois vai lá a toda hora. Você acha que com esse lixo do seu bloguinho com menos duzentas visitas por dia, isso nos melhores, o que é raro, defendendo viado, vagabunda o PT corrupto, Dilma Lula e simalares faz alguma diferença? Desista pateta!
ResponderExcluirNé, o conselho de psicologia não pode se intrometer na vida dos psicólogos, onde já se viu isso?
ResponderExcluirVamos acabar com essa palhaçada. CRM? Pra que isso? Ficam se intrometendo no trabalho dos médicos, coitados...
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E pra quem ainda acha que ser gay é escolha ou "estilo de vida": conte-me sobre quando você acordou num belo dia e decidiu ser hétero...
Eita grupinho corporativista esse de médicos, hein?
ResponderExcluirJá assinei a petição e divulguei.
Oh meu deus, João Neto, é vc? Um dos meus primeiros trolls? Que emoção! Ou é só um outro troll com o mesmo nome? João apareceu nos primórdios do blog, em 2008, e, se for o mesmo, nunca desistiu daqui.
ResponderExcluirPor exemplo: aqui, aqui,, e aqui. O melhor foi este aqui, quando ele disse que toda a trollagem dele fora um "estudo" que ele estava realizando.
Bom, se for o mesmo João Neto, eu não me lembrava que vc escrevia tão mal, João! E infelizmente vc não vai poder ficar pro bate-papo, porque desde junho do ano passado, meu blog tem moderação de comentários. Só deixei passar hoje por saudosismo mesmo.
Bom, hoje (ou ontem) eu não fui ao blog do tio Rei. Eu fui na 2a, eu acho, em que ele falou que tinha batido recorde de visitas num dia, algo como 250 mil. Agora ele chegou a 300 mil? Puxa, os protestos estão sendo bons pra ele. Mas sabe, isso é recorde, não é a média. Meu recorde de visitas num dia é de 83 mil. Não tá tão mal pra quem não tem blog na maior revista do Brasil, pra quem não tem equipe, pra quem não é pago pra escrever o blog.
Aliás, João, sabe o SiteMeter? É esse número aí embaixo da minha lista de blogs recomendados, em cima dos seguidores. Tá em quase 7 milhões e 200 mil. Se vc clicar lá, vc entra no meu SiteMeter, que é aberto a todos. Aí vc vê o número de visitas. Nos últimos 6 meses, tem dado uma média de 300 mil por mês. Não é tão ruim, sabe? Dá umas 10 mil por dia. Tipo, mais de 200. A diferença é que o meu medidor de visitas é aberto, qualquer um pode entrar e ver. E o do tio Rei (e o de quase todos os outros blogs grandões) é fechado. Vc tem que confiar na palavra deles. Na do tio Rei eu certamente não confio.
Bom, já te respondi. Não posso te dar a atenção individual de antes porque hoje são muitos trolls. Volte daqui a cinco anos! Não sei se o bloguinho ainda estará aqui, difícil... Mas em janeiro chega ao ano 6.
Opa, acho que deixei escapar o link pra "A última do João", em que o sr. João Neto ofendeu uma amiga minha, a Andrea. Aliás, vi a Andrea em Floripa no começo do mês. Ela continua linda, agora com um bebêzinho minúsculo, o Iaguinho.
ResponderExcluir( "ciumes") ¬¬
ResponderExcluirQue canalice de quem fala que nao tem nada demais em o psicologo "ajudar quem quer deixar de ser gay"
ResponderExcluirA familia inferniza a vida do pobre rapaz/moca, faz da vida delx um sofrimento ao ponto delx so ver duas solucoes na vida: se matar ou procurar ajuda psicologica para deixar de ser gay.
quem precisa urgentemente de ajuda psicologia é a familia homofobica..
E claro, x pobre coitadx que vai ter um longo e doloroso caminho de aceitacão atraves dos estragos causados pelos homofobicos...
"É incrível como tudo se torna mais real quando você não precisa se submeter a uma vigilância constante. É incrível como tudo se torna mais leve quando você não precisa mais controlar seu jeito de andar, de sentar, seu modo de reagir às brincadeiras dos amigos, seus olhares, sempre achando que a qualquer momento um gesto, um movimento, vai denunciar a todos o que você tenta esconder mesmo se você não estiver fazendo nada além do que todos os outros fazem."
ResponderExcluirIsso me tocou profundamente porque no meu caso, apesar dos meus pais serem abertos e até convidarem minha namorada pra visitas eu sempre tenho que escutar da minha mãe que eu não posso mostrar, que eu tenho que ser discreta acima de tudo. Não sei se é porque ela acredita que vai passar, ela perguntou uma vez num tom de esperança se eu ainda gosto de homens ou se é, como ela diz, pra me proteger desse mundo homofóbico ou talvez pra proteger ela de uma reação de uma cidade provinciana onde ela mora.
Assine:
ResponderExcluirPetição para derrubar este absurdo: https://www.allout.org/pt/actions/curagay-taf
http://www.avaaz.org/po/petition/Imediata_destituicao_do_Pr_Marco_Feliciano_da_Presidencia_da_Comissao_de_Direitos_Humanos_da_Camara_Federal/?awiQCbb
"difícil a sociedade aceitar que homossexualismo não é doença, não pode ser curada"
ResponderExcluirEu aceito numa boa, mas eu ainda acho que se a pessoa quiser procurar um profissional para ajudar a mudar algum aspecto de seu corpo ou mente ele tem esse direito e esse serviço tem que existir. Porém, com o veto do Conselho fica difícil no caso de homossexuais que querem tentar mudar sua "opção".
Sempre que digo que não me importaria em ter um/a filho/a gay, a resposta que ouço é: "Vc não tem filhos, não sabe do que está falando, não sabe o que é amar uma criança desde a gestação e ela crescer e se tornar... gay". Aí eu retruco: Não sou mãe, mas sou um ser humano e sei quais qualidades quero de um filho (ou de qualquer outra pessoa): que seja honesto, sincero, goste de estudar, de ler, de trabalhar, seja sensível, feliz e leal. Desde quando a sexualidade de alguém vai definir seu caráter? O que me preocupa, realmente, caso tenha um/a filho/a gay, é a violência (física ou psíquica) que ele/a possa sofrer a partir de atos e palavras de pessoas que pensam que ser gay é ser doente.
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirRaxei de rir de tio Rei. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Gostei mais do que o meu termo. Hauhauhauhauhauahuah
Ah, o projeto não tem nada de mais? Ora, para falar sobre a sua sexualidade com o psicólogo não é preciso de lei alguma. Por que a necessidade da lei?
ResponderExcluirPor que pastores como o feliciano querem vender tratamentos psicológicos para mudar a 'orientação'sexual de pessoas. O que o conselho de psicologia proíbe. E sim, o conselho existe para regular, nenhum profissional pode sair por aí fazendo o que bem entende, para isso existem órgãos reguladores das profissões.
E ainda tem quem defenda que não é cura gay? Quantas vezes vamos ter que dizer que ninguém tem o direito de ser preconceituoso!
Prezado Patrícia.
ResponderExcluirO projeto não oferece cura.
"OK, olhando para esse lado de auxilio psicológico nesse de conflitos/mudança de opção sexual.Eu acredito que caso o paciente traga essa questão para as sessões, e haja um conflito psiquico a respeito disso, isso poderia ser discutido sem problema nenhum entre psicólogo/paciente, inclusive acredito que deva acontecer com certa frequencia, já que não são poucas as pessoas que tem questões a tratar a respeito de sexualidade, independente de orientação sexual."
É isso mesmo que o projeto trata. Se um indivíduo era hétero, se tornou homossexual e depois quer voltar a ser hétero ou está confuso e nem sabe qual a sua orientação sexual, ele tem toda a liberdade de pedir ajuda a um profissional, e o profissional tem o direito de oferecer ajuda se quiser. É disso que o projeto trata. Nao tem nada a ver com "cura gay". Ninguém disse que orientaão sexual é um "desvio patológico". Ninguém disse isso.
Anônimo disse...
ResponderExcluir"difícil a sociedade aceitar que homossexualismo não é doença, não pode ser curada"
Eu aceito numa boa, mas eu ainda acho que se a pessoa quiser procurar um profissional para ajudar a mudar algum aspecto de seu corpo ou mente ele tem esse direito e esse serviço tem que existir. Porém, com o veto do Conselho fica difícil no caso de homossexuais que querem tentar mudar sua "opção".
20 DE JUNHO DE 2013 09:00
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Nossa, mas q pessoa tolerante vc - sqn!
Homossexualidade não é uma opção. Psicólogos no máximo podem ajudar quem quer mudar de orientação sexual fazendo a pessoa se aceitar e não a ''curando'' (porque isso não é algo a ser curado,entende). E quem não aceita, quem só sabe repetir que tudo é opção, estilo de vida, tipo esses amáveis Felicianos da vida, precisa ver que isso em primeiro lugar não lhes diz respeito. Esse tipo de coisa nem devia estar em discussão..
Eu esperava uma visão mais técnica do assunto, já que o autor é psicologo, será possível um segundo artigo?
ResponderExcluirRafa.
se gay é doente, ele pode se aposentar mais cedo pelo inss?
ResponderExcluirUma dúvida que me ocorreu lendo sobre a lei:
ResponderExcluirComo fica a questão quando o paciente é uma criança ou adolescente? Eu sei que um psicólogo só pode atender um menor com autorização dos pais.
E se esses pais quiserem levar o filho/filha para um desses profissionais por achar que ele/ela seja gay? (mesmo que esse não queira o tratamento)
*Eu estou realmente perguntando pq não vi essa questão sendo levantada em nenhum dos debates.
Ah nem, o Ricartroll já tá enchendo o saco! ¬¬'
ResponderExcluirNossa, mas q pessoa tolerante vc - sqn!
ResponderExcluirHomossexualidade não é uma opção. Psicólogos no máximo podem ajudar quem quer mudar de orientação sexual fazendo a pessoa se aceitar e não a ''curando'' (porque isso não é algo a ser curado,entende). E quem não aceita, quem só sabe repetir que tudo é opção, estilo de vida, tipo esses amáveis Felicianos da vida, precisa ver que isso em primeiro lugar não lhes diz respeito. Esse tipo de coisa nem devia estar em discussão..
1- Onde no meu comentário eu me referi a "cura"?
2- Eu coloquei OPÇÃO entre aspas justamente porque esta palavra não é a mais adequada, porém foi a que eu encontrei na hora. ORIENTAÇÃO acho que também não é adequada. Entretanto, não posso culpá-lo(a) por não entender a metalinguagem que usei.
3- E se uma pessoa não quiser aceitar sua própria "opção" sexual, quem vai obrigar? Você?
O fato é muito simples: Se um homossexual não se aceita, no que um psicólogo pode auxilia-lo?
ResponderExcluirA resposta é uma só: Ajudando-o na busca por essa aceitação. ponto.
Outro ponto: Alguém hetero procura psicólogo para virar homossexual?
ResponderExcluirNão, porque um hetero não é humilhado por ser assim. Ninguém aponta o dedo na sua cara dizendo que é errado. Ele não precisa esconder os parceiros da família. Não existe peso em ser hetero e por sua vez não existe culpa. Em um mundo onde homossexuais alcançarem esse mesmo respeito projetos de "cura-gay" sequer seriam escritos.
Poxa, Eu adoro ilustrar mas minha família quer que eu faça engenharia. Vou no psicólogo tentar mudar essa minha preferência. Preciso e quero ser feliz nessa área.
ResponderExcluirViu como essa proposta faz sentido?
Lembrando que o Feliciano diz que estudou psicologia. E tem ainda a Marisa "Psicologa e Cristã" Lobo.
ResponderExcluirO que eles querem é poder abrir clínicas de "tratamento psicológico" para essas pessoas e faturar.
E enquanto isso nos EUA, um dos maiores grupos cristãos que fazia esse tipo de "tratamento" fechou as portas e escreveu uma carta aberta pedindo desculpas:
http://www.buzzfeed.com/chrisgeidner/head-of-group-that-had-aims-to-change-gays-issues-apology
1 - O argumento "é só pra quem quiser deixar de ser gay" é absurdo. As mesmas pessoas que descriminam, oprimem e violentam gays, depois dizem, com ar de felicidade: "Nossa, mas ele não quer ser gay", como se fosse super espontâneo. O único motivo para muita gente querer ser hétero é o preconceito e a opressão em níveis absurdos.
ResponderExcluir2 - Se eu quiser aprender a voar, é certo alguém dizer que é possível e cobrar por isso? A ciência afirma que não há como mudar a orientação sexual de alguém. Os coitados que afirmam que mudaram de orientação sexual em uma tentativa desesperada de se integrar a um grupo social não servem de prova, são vítimas.
Dito isso, qualquer argumento a favor desse absurdo é puro preconceito criminoso.
Fico imaginando certas famílias levando adolescentes gays para serem "curados" por psicólogos, traumatizando e constrangendo jovens que já passam por tantos maus momentos por causa do preconceito em nossa sociedade.
ResponderExcluirLola, já que você abraça o pluralismo, deveria chamar alguém para explicar todas as mentiras que aparecem no link que você citou sobre o Ato Médico.
ResponderExcluirSou médica e acompanho o blog há anos. Que decepção vê-la adotando uma postura tão simplória, sem nenhum embasamento formal, apenas achismos.
Sugiro que você leia atentamente o PL antes de incitar @s leitor@s a assinar qualquer tipo de nonsense falacioso.
Ai, esse assunto da "cura" gay é tão absurdo... Gente, como é que se curaria algo que não é doença? E tem mais: não só não é doença como também não é algo que a pessoa escolhe! Não dá pra decidir que a partir de um determinado momento não se será mais homossexual. Tem gente que discorda? Tem, assim como tem gente que acredita em...unicórnios. Agora, nem cura gay e nem a existência de unicórnios têm comprovação científica. Na verdade, existem inúmeros trabalhos e pesquisas científicas que comprovam que homossexualidade não é doença e nem é algo que se escolhe. Tratar pacientes homossexuais sempre foi uma possibilidade. Suponho que, como eu, outros profissionais também já tenham recebido pacientes homossexuais que chegam com conflitos enormes, grandes sofrimentos e até mesmo desejando deixar de ser homossexuais. Agora, também recebemos pacientes que não desejam ter a estatura que têm, a idade que têm, etc, e nem por isso trabalhamos para mudar-lhes a estatura e a idade! Muitos pacientes seguem a vida relativamente frustrados com características pessoais... outros (a maioria, diga-se de passagem), conseguem encontrar formas mais saudáveis e leves de lidar com suas questões, com os preconceitos da sociedade, com as expectativas, etc.
ResponderExcluirO que é possível é fingir que não se é gay e levar uma vida exteriormente heterossexual. Em países onde há a possibilidade de tentar mudar a orientação sexual das pessoas através de "tratamentos", os supostos ex-gays são pessoas que mantém relacionamentos heterossexuais, muitas vezes se casando e tendo filhos. A grande maioria dessas pessoas leva uma vida dupla ou após anos de muita infelicidade, decide expressar sua sexualidade sem censuras, voltando a se relacionar com pessoas do mesmo sexo. Outras na verdade são bissexuais e somente se apaixonaram por uma pessoa do sexo oposto com quem se relacionam atualmente, negando muitas vezes para a sociedade e para si mesmas o fato de também se sentirem atraídas por pessoas do mesmo sexo. Pode-se agir como quiser, o que não quer dizer que nossas ações expressam o que realmente somos ou sentimos. A "cura" gay nada mais é do que pressionar uma pessoa (ou se auto pressionar) para agir de uma forma completamente oposta ao que a pessoa realmente é e sente. Voltando aos exemplos anteriores: não é porque eu decido andar toda a minha vida encurvada para parecer mais baixa ou na ponta dos pés para parecer mais alta que a minha estatura passa a ser outra; mentir a minha idade não me fará mais velha ou mais nova. Com a homossexualidade acontece o mesmo...
Bem, só mesmo tendo muita paciência pra tentar explicar isso mais uma vez (essa semana falei tanto sobre isso que já estou cansada!). Aos "colegas" psicólogos que acreditam na "cura" gay e a justificam dizendo que a homossexualidade é uma opção ou comportamento aprendido, etc. sugiro que dirijam também seus esforços para criar uma "cura" hétero, pois é possível que recebam pacientes com essa demanda, uma vez que a diversidade humana é imensa e tantas singularidades comportam também essa questão. Eu já recebi uma paciente com essa demanda... Como sou péssima profissional, ela nunca se curou... :(
Anônimo disse…
ResponderExcluir1- Onde no meu comentário eu me referi a “cura”?
2- Eu coloquei OPÇÃO entre aspas justamente porque esta palavra não é a mais adequada, porém foi a que eu encontrei na hora. ORIENTAÇÃO acho que também não é adequada. Entretanto, não posso culpá-lo(a) por não entender a metalinguagem que usei.
3- E se uma pessoa não quiser aceitar sua própria “opção” sexual, quem vai obrigar? Você?
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de fato, não me culpe.. Sua mensagem foi tão profunda q uma mente limitada como a minha não entendeu!
Vc disse: Eu aceito numa boa, mas eu ainda acho que se a pessoa quiser procurar um profissional para ajudar a mudar algum aspecto de seu corpo ou mente ele tem esse direito e esse serviço tem que existir. Porém, com o veto do Conselho fica difícil no caso de homossexuais que querem tentar mudar sua “opção”.
Estava se referindo ao q então?
E onde q eu coloquei q a pessoa é obrigada? Ngm é obrigado a ir no psicólogo, ngm pode ser arrastado.
Se a pessoa não quer se aceitar, se ainda não está pronta para isso ou para pedir ajuda, paciência. Talvez um dia isso mude.
Mas o podemos fazer enquanto sociedade é o q? Ajudar a pessoa repudiando qualquer ato homofóbico ou dizendo q beleza existirem centros q prometem curar a homossexualidade, dizendo q são a solução pra quem não se aceita?
E isso ainda por cima vindo de uma CDH, não tem explicação
Hoje em dia promessas de ''cura'' não podem estar em questão, não podem existir.. Veja o caso da Exodus International, o maior e mais antigo centro do tipo fechou as portas esses dias, com seu presidente pedindo desculpas pelo sofrimento, trauma e dor q causou e olha, dizendo q ele, o presidente do maior centro de ''cura gay'', não aceitava ser ele mesmo homossexual
http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2013/06/20/apos-37-anos-organizacao-de-cura-gay-encerra-suas-atividades-500657.asp
Mas enfim, quer ser ''mente aberta'' defendendo ajuda para pessoas ''mudarem de opção'' se quiserem (o q seria uma vontade mt rara nessa nossa sociedade tolerante) e não para elas se aceitarem, se não repudia essas propostas totalmente preconceituosas, o q fazer..
Guilherme Coutinho, você me fez tremer e me envergonhar por "estar no armário".
ResponderExcluirTremor que significa que vivi 25 anos da minha vida, mas na verdade não os vivi, simplesmente me fechei no armário e joguei a chave fora, tento encontrá-la mas está difícil.
Difícil por achar que minha mãe, no seu micromundo religioso, não saberá lidar com a situação. Difícil por achar que alguns dos meus irmãos irão virar a cara quando ver o irmão gay. Difícil por saber que o mundo é demasiadamente ignorante ao ponto de hostilizar homossexuais em vias públicas com "Ô viadu" ao passar de carro (já presenciei isso com um gay que passava do meu lado e é horrível, é humilhante, CAUSA MEDO).
Mas, pelo menos, já me aceitei há alguns anos depois de sofrer, internamente, bem mais que hoje, se aceitar é difícil, diferente de você, pra mim foi muito difícil, por ter uma "formação cristã" apelava para deus e todos os santos me "curar", a cura não veio óbvio, comecei a me informar, ler sobre o assunto, hoje lido comigo mesmo tranquilamente, mas ainda não penso em lidar com outrem sobre algo que é tão íntimo.
A importância que os outros dão à vida sexual do outro é surreal, um surrealismo com uma sólida base religiosa.
Lola, seu blog é uma maravilha, é um alentador pra mim e, certamente, pra muitas outras pessoas. Seu trabalho aqui não pode parar. Muita saúde e força pra você, linda conterrânea nordestina.