É a Verinha do Feminismo sem Demagogia na foto, gente!
Só pra registrar: algumas imagens dos protestos contra o Estatuto do Nascituro, que aconteceram ontem em várias cidades do Brasil.
Ninguém me enviou nenhum relato (chuif), então vou só colocar as fotos e os links pras notícias que encontrei.
Muita gente na Praça da Sé, em SP. De novo, religiosos tentaram "proteger" a igreja.
Ainda SP. Gostei do cartaz "Salve um feto, mate uma mulher". Se bem que o feto também morre.
Em Copacabana, Rio.
Em Recife.
Em Jaraguá do Sul, SC. Pelo que vi nas fotos, foi na chuva.
Em Porto Alegre. Linda galeria de fotos da Ci Rigotto.
Fortaleza está com ato marcado para sábado, dia 22/6, às 15 h. Eu e outras pessoas estamos tentando organizar uma mesa redonda para falar sobre o Estatuto e a importância da legalização do aborto no Brasil. Será na sexta à noite ou no sábado de manhã. Assim que tivermos algo, eu aviso e peço pra vcs comparecerem e divulgarem.
Em Joinville, também embaixo de muita chuva.
Sexta haverá Marcha das Vadias (que certamente se manifestará contra o Estatuto) em Natal. Concentração às 15 h na Praça Vermelha.
E amanhã haverá protestos contra o aumento de tarifas em várias cidades. Muitas feministas participarão em SP (aqui a convocação). E adorei o tutorial de como se proteger da violência policial nos protestos.
Phillipe e Ju no protesto contra o Estatuto em SP, ontem. Ele me disse no twitter, "Agora é hora de mudar o país!".
Teve a de Joinville, também debaixo de muita chuva!
ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=622722644412160&set=oa.154024164783667&type=1&theater
Como a MdV Guarulhos, o ato foi apenas marcado no marco zero; nada a ver com a igreja. Mas sempre aparecem uns fieis pra fazer uma repressãozinha. Só que na Sé ontem tinha bastante gente, então não deu pra eles fazerem barulho. Fora que a Sé já está acostumada com manifestações, hoje mesmo teve o ato pela liberdade de imprensa.
ResponderExcluirEm Guarulhos, é preciso criar cultura de protestos de rua e juntar mais gente na próxima Marcha. Dia 28/06 às 16h00 na Praça Getúlio Vargas haverá manifestação contra o aumento das passagens. Elas foram para R$3,30, sendo que as linhas de Guarulhos são mais curtas que as de Sampa. Quem quiser/puder ir, pode ser legal pra aumentar a multidão.
Fui na de Porto Alegre, foi sensacional. Lindo, lindo, lindo de se ver.
ResponderExcluirEu estava no de São Paulo e foi um grande orgulho ver tantas pessoas mobilizadas! Famílias, homens, mulheres, transsexuais/travestis/transgêneros numa causa só!
ResponderExcluirEu tive impressão de ter visto uma leitora sua lá, Lola, que se não me engano chama-se Sara.
A organização das meninas do Machismo Nosso de Cada Dia foi exemplar. Parabéns à todas e todos!
E por que a tarifa de transporte nao pode aumentar? voces querem tudo de graça ne seus cambadas de vagabundos maconheiros.
ResponderExcluirAi, anônimo (16 de junho de 2013 22:35), só tu não percebeu que as manifestações vão muito além do aumento da passagem. O transporte não só pode aumentar, como tem aumentado ABSURDAMENTE mais que a inflação desde 94. Cara, o transporte pode aumentar, se isso for justo. O problema é que não está sendo, os aumentos acontecem sem respeitar qualquer planilha de orçamento. Aqui em poa, a planilha previa um valor de 2,60, quando o preço era de 2,85, aí a gestão resolve aprovar um aumento para 3,05. Mas deveria ser reduzido, não aumentado. Sério que você não percebe que esses manifestos extrapolam as catracas? Que é movido por uma série de provocações que fomos aguentando? Que é um gripo de ressaca, de revolta, de cansaço?
ResponderExcluirÉ isso aí, anon 22:35. Qual o problema de enriquecer mais um pouquinho a máfia dos transportes enquanto temos um serviço de transporte medíocre? Com engarrafamentos quilométricos e metrôs superlotados?
ResponderExcluirEsses maconheiros são uns alienados..
o q tem de mais aumentar a passagem enquanto o serviço piora cada vez mais? nada...
ResponderExcluirdaqui a pouco pegar um onibus vai custar uns 10 reais e a gente ainda vai ter que empurrar para ele andar.
Lolinha eu to me sentindo um verdadeiro papagaio de pirata, sai na foto de novo, na primeira q vc colocou no post da sua amiga Verinha, se é essa moça loira, segurando junto com outras um cartaz falando da Dilma, até falei um pouco com ela no Ato contra o Estatudo do nascituro aqui em São Paulo.
ResponderExcluirEu dei uma palhinha de como foi , mas no outro post q vc fez.
Tinha muita gente, mas é difícil precisar qto, mas com TODA certeza não eram só 200 como a policia militar afirmou, algumas reportagens alegaram 1.500, pelas fotos e filmes da p ver q era uma massa grande de gente, carregando cartazes incríveis, o q eu mais gostei foi de uma moça q escreveu-
MEU CORPO É UM CAMPO DE BATALHA, E ESTOU ARMADA ATÉ OS DENTES.
Meu cartaz dizia - ESTATUTO DA INFÂMIA, e fiz uns desenhos aludindo o fato de q um ovo não é uma galinha, nem tão pouco um ser humano é uma célula começando a se dividir.
Minhas filhas e fieis escudeiras estavam la comigo, inclusive a q saiu nessa foto q vc colocou, teve q fazer uma viajem do interior de São Paulo, para estar presente no ato.
Minhas sobrinhas que tb iriam me acompanhar são menores de idade (acho q as estou levando para o mau caminho) acabaram não vindo, talvez por medo de repressão policial, q não aconteceu, foi tudo muito pacifico, com exceção dos gatos pingados católicos q apareceram com cara de poucos amigos e ficaram guardando a porta da catedral, como se alguma de nós tivesse a menor intenção de invadi-la.
Lola, eu tentei postar um comentário no post anterior mas pelo visto não deu certo.Bom eu quero avisar quem é de Curtiba que vai acontecer um protesto amanhã(terça,18) contra a audiência pública da Deputada Mara Lima, que vai falar sobe a pílula do dia seguinte e outros métodos abortivos. Segundo ela essa audiência será em favor da vida e contra o aborto.Vai ser no
ResponderExcluirPlenarinho da Assembleia Legislativa - Praça Nossa Senhora de Salete s/n. Centro Cívico. a pagina do evento no facebook é essa:https://www.facebook.com/events/139471072921732/.Por favor quem é daqui e pode vir venha!
Em Belo Horizonte foi bem interessante. Foi a primeira vez que fui em qualquer tipo de manifestação. Acho que tinha umas duzentas pessoas inicialmente. Mulheres de várias idades, muitos homens.
ResponderExcluirDepois a manifestação se uniu com outras e formou uma multidão de 8 mil pessoas. Mesmo com a liminar que prpoibe manifestações no Estado, tudo aconteceu de forma pacífica.
Detalhe que quem é responsavel pelo policiamento da cidade é uma mulher: a Coronel Claudia Romualdo.
Em vez de balas de borracha e gás lacrimogeneo, a PM só acompanhou a manifestação, mesmo quando a multidão resolveu mudar o trajeto. Hoje tem de novo. Não sei como será, mas nop sábado foi tudo pacífico.
Nós de Jaraguá estávamos combinando ontem de te enviar um relato. Ainda vamos enviar!. Foi lindo, mesmo com pouca gente e tempo feio (:
ResponderExcluir“Uma bomba-relógio muito difícil de desarmar
ResponderExcluirO comportamento das multidões só começou a interessar aos cientistas no final do século 19, particularmente em Paris, onde movimentos populares preocupavam os cidadãos que viam-nos frequentemente descambar para violência. Um dos primeiros teóricos a arriscar algumas explicações para a dinâmica das massas foi Gustave Le Bon, no seu clássico Psicologia das Multidões, de 1895. Le Bon acreditava que na reunião das pessoas surgia uma alma coletiva, minando a individualidade dos sujeitos. …
Inicialmente acreditava-se que a violência das massas era quase como um subproduto do comportamento irracional que surgia dessa perda dos freios individuais. O próprio Freud, ainda no começo do século 20 escreveu, inspirado por tais ideias, Psicologia das Massas e Análise do Eu, teorizando que a identificação com os líderes de grandes movimentos suprimiria a capacidade de autocrítica uma vez que o líder faria as vezes do superego, na terminologia psicanalítica, e a partir daí seria possível comportar-se de maneira antes inimaginável.
Tal pensamento mudou ao longo do tempo, sobretudo depois que os cientistas sociais passaram eles mesmos a se envolver em passeatas e piquetes nos anos 60, pelos direitos civis, contra a guerra do Vietnã etc. Percebeu-se então que o comportamento das multidões de fato transcende o dos indivíduos, mas não pode ser considerado irracional.
Ao contrário, existem determinantes bastante claros e identificáveis por trás da maioria dos atos violentos que ocorrem em passeatas quando a ação dos grupos passa a ser analisada em termos das relações entre os atores representados e considerando-se contextos políticos e históricos dos indivíduos envolvidos.
Isso não exclui de maneira alguma a influência que o conjunto exerce sobre o sujeito. Embora não percebamos no dia a dia, o fato de sermos seres sociais nos faz susceptíveis ao movimento de manada, e o comportamento dos outros é muito mais espelhado por nós do que imaginamos. Quando se adere a um movimento qualquer, a identificação entre as pessoas aumenta ainda mais essa reciprocidade. Nesse momento, qualquer atitude mais agressiva corre o risco de se tornar um estopim para uma escalada de violência.
Nas passeatas dos últimos dias em São Paulo há a reunião de vários fatores de risco para o comportamento do grupo se tornar violento: há uma reivindicação clara que diz respeito à mobilidade urbana; há assim uma causa comum entre os manifestantes; o tamanho do grupo que ele tem reunido confere uma grande sensação de poder às pessoas. Some-se a isso a pouca legitimidade que se confere à polícia – o que por si só aumenta a chance dos enfrentamentos – e a ação ostensiva que esta vem empreendendo. É óbvio que a atuação policial agressiva gera um antagonismo na massa, que passa a medir forças com os soldados, fomentando uma espiral crescente de violência.
É uma bomba-relógio muito difícil de desarmar, dado o conjunto de variáveis envolvidas. Há experiências bem sucedidas na Europa nas quais a redução do contingente policial em jogos de futebol reduziu os eventos violentos de hooligans, mas há que ter muita coragem, hoje em dia, para dizer que vamos resolver os problemas dessas passeatas colocando menos polícia na rua.
Por Daniel Martins de Barros
* DANIEL MARTINS DE BARROS É PSIQUIATRA DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
Fonte: Jornal Estado de São Paulo – 17/06/2013″
Lola,
ResponderExcluirvc reparou que o vídeo do Tutorial de como se proteger de ataques de policiais durante manifestações foi removido "por violar a política do YouTube que proíbe a exibição de atividades prejudiciais"?
Abraço,
Adora
Lola eu não tinha visto este post que distração a minha,ficou lindo viu?
ResponderExcluirNós contamos por alto a presença de 3000 pessoas neste ato ou mais, fui uma das primeiras a chegar e vi a praça da Sé ficar pequena para tantas mulheres.
Eu estava sendo entrevistada pelo Cazé quando a marcha mundial de mulheres chegou com seu batuque e grito de ordens, deixei o cazé falando por que foi muito emocionante,muito mesmo.
Quando eu cheguei eu ouvi os fiéis saindo da igreja e dizendo que "isso aqui vai feder hoje" até pensei que o padre havia chamado a policia para nós, mas não era isso, era apenas umas beatas e uns coroinhas junto com o padre na frente da igreja orando contra as perversas feministas (uma das coisas mais ridiculas que eu já vi,meia duzia na frente da igreja rezando pelas possuídas, ah me poupe né?).
Mas o ato foi muito bom, todas as representantes dos coletivos falaram, o microfone do carro de som ficou aberto, muitas falas super importantes.
A Katia da Feminismo sem Demagogia falou sobre a representação do feminino no pode, sobre Dilma não nos representar, e manter um silêncio morta, realmente mortal,po que enquanto ela se cala, as mulheres morrem,enquanto ela cumpre o compromisso com os religiosos as mulheres morrem, então a quem a Dilma representa?
Adorei a foto Lolinha, muito amor por vc.