Alunos da USP de São Carlos agridem manifestante feminista
Ano passado, na Faculdade de Direito da USP de Ribeirão Preto, os trotes foram notícia. Um grupo de calouras foi proibido de sair da "Festa de Coroação" por não querer participar da "Bixete pega o disquete", em que tem de se abaixar. As calouras também devem prestar um juramento de que serão apenas dos veteranos. O juramento começa com "Eu, bixete vagabunda..."
Dezenas de alunos e professores assinaram um comunicado contra a violência moral daquele trote. Agora para este ano, começando amanhã, a ADUSP e coletivos estudantis organizaram palestras sobre trotes culturais e políticas de cotas. Eu me sinto muito honrada por ter sido convidada a ser uma das palestrantes. Estarei lá na terça, às 19 horas, num evento aberto ao público.
No meio da semana recebi um vídeo que mostra um pouco o início de um confronto na USP de São Carlos. E anteontem o ocorrido virou notícia nos principais jornais do país: um coletivo feminista esteve no campus para protestar pacificamente contra o Miss Bixete. As manifestantes foram agredidas verbalmente por um bando de misóginos.
Eu pedi para que o coletivo falasse sobre o que aconteceu. Publico aqui, com exclusividade, o relato assinado pela Frente Feminista de São Carlos e Grupo de Mulheres CAASO e Federal. Estou indignada, e claro que falarei disso na palestra de terça.
Meus parabéns a quem protestou, e meu repúdio a quem insiste em fazer de uma universidade pública sua sala de estar de preconceitos.
É muito comum pensarmos que a universidade é um ambiente esclarecido, com espaço para a discussão de diferentes visões de mundo. E sim, esses espaços existem, mas à custa de muita luta diária de pequenos grupos resistentes.
Eventos como o “Miss Bixete” deixam claro que repensar a ordem social não é prioridade para muitos que compõe a dita “elite intelectual” do país. O Miss Bixete é uma (péssima) tradição de cerca de quinze anos que acontece na semana de recepção dos calouros da unidade da USP na cidade de São Carlos, interior de SP. Sabemos que esse evento não é uma exclusividade da USP São Carlos, e que ocorre em várias outras instituições. Durante essa semana são realizadas diversas atividades de “recepção” e a terça-feira é marcada historicamente pela realização da “apelidação” e do tal concurso de miss. Na última terça, dia 26, a tradição foi honrada.
Para a realização do Miss Bixete, uma passarela e uma estrutura de som são montadas no interior do Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira (CAASO), espaço de convivência sempre aberto, que abriga o Restaurante Universitário, banheiros, lanchonete e papelaria. Entretanto, o evento não é organizado pela diretoria do CAASO que, aliás, posiciona-se contrária à sua realização, tendo inclusive integrado uma atividade paralela, uma gincana de integração, em conjunto com várias Secretarias Acadêmicas.
O Miss Bixete é organizado pelo GAP – Grupo de Apoio à Putaria, e as calouras recém-chegadas, após o trote da apelidação, são convidadas a participar do desfile. Algumas veteranas sobem nas passarelas para incentivar as calouras, assim como é comum contratarem profissionais do sexo também para incentivá-las. O ambiente é indescritivelmente opressor, só estando lá para sentir o clima de "Queremos carne nova!", bem à la homem das cavernas mesmo. Interessante notar como os próprios rapazes não se dão conta de que todo aquele contexto reduz a eles mesmos, que se comportam como animais sedentos e irracionais.
Um dos “argumentos” mais comuns dos defensores do Miss Bixete é que nenhuma menina é obrigada a participar. E, de fato, ninguém arrasta, puxa cabelos ou aponta armas carregadas para as calouras. Mas a obrigação se dá apenas fisicamente? Acreditamos que não. A caloura, em inegável situação vulnerável (assim como todos os calouros, mas com a particularidade da opressão por gênero), sofrerá a pressão psicológica e social de centenas de pessoas que compõem o grupo do qual ela fará parte e pelo qual ela quer ser aceita.
Para a realização do Miss Bixete, uma passarela e uma estrutura de som são montadas no interior do Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira (CAASO), espaço de convivência sempre aberto, que abriga o Restaurante Universitário, banheiros, lanchonete e papelaria. Entretanto, o evento não é organizado pela diretoria do CAASO que, aliás, posiciona-se contrária à sua realização, tendo inclusive integrado uma atividade paralela, uma gincana de integração, em conjunto com várias Secretarias Acadêmicas.
O Miss Bixete é organizado pelo GAP – Grupo de Apoio à Putaria, e as calouras recém-chegadas, após o trote da apelidação, são convidadas a participar do desfile. Algumas veteranas sobem nas passarelas para incentivar as calouras, assim como é comum contratarem profissionais do sexo também para incentivá-las. O ambiente é indescritivelmente opressor, só estando lá para sentir o clima de "Queremos carne nova!", bem à la homem das cavernas mesmo. Interessante notar como os próprios rapazes não se dão conta de que todo aquele contexto reduz a eles mesmos, que se comportam como animais sedentos e irracionais.
Um dos “argumentos” mais comuns dos defensores do Miss Bixete é que nenhuma menina é obrigada a participar. E, de fato, ninguém arrasta, puxa cabelos ou aponta armas carregadas para as calouras. Mas a obrigação se dá apenas fisicamente? Acreditamos que não. A caloura, em inegável situação vulnerável (assim como todos os calouros, mas com a particularidade da opressão por gênero), sofrerá a pressão psicológica e social de centenas de pessoas que compõem o grupo do qual ela fará parte e pelo qual ela quer ser aceita.
Não é difícil encontrar relatos de calouros e calouras que, para serem aceitos e não serem taxados como anti-sociais e chatos, se submetem a situações que vão contra sua própria vontade. É isso que a intervenção organizada pelo Coletivo de Mulheres do CAASO/UFSCar, em conjunto com a Frente Feminista de São Carlos, da qual o Coletivo faz parte, quis impedir. Assim, algumas meninas do coletivo se posicionaram ao lado da passarela, explicando para as calouras que elas não precisavam fazer o que não quisessem e oferecendo segurança para que elas saíssem de lá.
O Coletivo de Mulheres do Caaso e Federal surgiu da ideia de contrapor o machismo no meio universitário, entre eles o Miss Bixete, e hoje é um grupo de mulheres que realiza formações, debates e intervenções que contribuam para a transformação dessa realidade opressora e exploradora. O coletivo foi formado em 2007 e integra a Marcha Mundial de Mulheres desde 2012.
Jamais quisemos julgar ou impedir as meninas que queriam participar do evento. Aliás, o julgamento vem dos próprios entusiastas, que não hesitam em taxá-las de vagabundas. A liberdade sexual feminina, nesse contexto, só tem utilidade quando convém ao interesse masculino.
Paralelamente ao Miss Bixete, do lado de fora do CAASO, outrxs manifestantes realizavam uma batucada, com algumas pausas para falas e intervenções cênicas. Cantávamos para que todos e todas soubessem que ali existe quem não concorda com a reprodução do machismo e com a objetivação da mulher. Intervenções semelhantes são organizadas desde 2005, mas, neste ano, foi composta por cerca de 50 manifestantes, número maior que nos anos anteriores.
Alguns estudantes ficaram sentados, apenas nos assistindo. Algumas calouras disseram sentir-se aliviadas por ver ali quem não concordasse com o evento. Já outrxs estudantes dançavam debochando de nossas músicas, cantavam com ironia nossas letras, passavam por entre nós distribuindo panfletos que diziam: “50 golpes de Cinta: a cura para o fogo no rabo dessa mulherada mal comida", sob a justificativa mais velha e batida do “é só uma piada”.
Como resposta a nossa faixa que continha os dizeres "Somos mulheres, não bonecas infláveis, temos ideias, não somos manipuláveis", alguns simularam sexo e violência com uma boneca inflável. Chegaram a incentivar que um cachorro a mordesse.
Mas continuávamos cantando, continuávamos sorrindo. Ao passar do tempo o repúdio a nossa manifestação tornou-se mais intenso. Nossas faixas foram rasgadas e vestidas por alguns rapazes; alguns tentaram agarrar muitas das manifestantes, outros mostravam a bunda e, em certo momento, o pênis, tendo em vista a correção desse “bando de viados e sapatões”.
O Coletivo de Mulheres do Caaso e Federal surgiu da ideia de contrapor o machismo no meio universitário, entre eles o Miss Bixete, e hoje é um grupo de mulheres que realiza formações, debates e intervenções que contribuam para a transformação dessa realidade opressora e exploradora. O coletivo foi formado em 2007 e integra a Marcha Mundial de Mulheres desde 2012.
Jamais quisemos julgar ou impedir as meninas que queriam participar do evento. Aliás, o julgamento vem dos próprios entusiastas, que não hesitam em taxá-las de vagabundas. A liberdade sexual feminina, nesse contexto, só tem utilidade quando convém ao interesse masculino.
Paralelamente ao Miss Bixete, do lado de fora do CAASO, outrxs manifestantes realizavam uma batucada, com algumas pausas para falas e intervenções cênicas. Cantávamos para que todos e todas soubessem que ali existe quem não concorda com a reprodução do machismo e com a objetivação da mulher. Intervenções semelhantes são organizadas desde 2005, mas, neste ano, foi composta por cerca de 50 manifestantes, número maior que nos anos anteriores.
Alguns estudantes ficaram sentados, apenas nos assistindo. Algumas calouras disseram sentir-se aliviadas por ver ali quem não concordasse com o evento. Já outrxs estudantes dançavam debochando de nossas músicas, cantavam com ironia nossas letras, passavam por entre nós distribuindo panfletos que diziam: “50 golpes de Cinta: a cura para o fogo no rabo dessa mulherada mal comida", sob a justificativa mais velha e batida do “é só uma piada”.
Como resposta a nossa faixa que continha os dizeres "Somos mulheres, não bonecas infláveis, temos ideias, não somos manipuláveis", alguns simularam sexo e violência com uma boneca inflável. Chegaram a incentivar que um cachorro a mordesse.
Mas continuávamos cantando, continuávamos sorrindo. Ao passar do tempo o repúdio a nossa manifestação tornou-se mais intenso. Nossas faixas foram rasgadas e vestidas por alguns rapazes; alguns tentaram agarrar muitas das manifestantes, outros mostravam a bunda e, em certo momento, o pênis, tendo em vista a correção desse “bando de viados e sapatões”.
Quando o Miss Bixete terminou, aqueles que estavam dentro do CAASO, assistindo ao evento, saíram para onde estávamos e se somaram aos demais. Eram muitas pessoas nos cercando, gritando, gesticulando, jogando cerveja. Em certo momento ouvimos uma bomba/rojão, vimos fumaça. Foi ali perto, mas não atingiu ninguém. Começamos a ir embora ao som de “Feminista, vai tomar no cu!”. Uma segunda bomba estourou, um grupo de rapazes cobrindo os rostos com suas camisetas nos seguiu e ameaçou com um pedaço de madeira.
O evento e a intervenção tomaram proporções que não imaginávamos, afinal, ele ocorre, intocável, há vários anos. Identificamos que por parte da mídia há certo interesse sensacionalista nos estudantes que ficaram pelados, mas esse não é o ponto mais crítico. Acreditamos que a nudez em si não necessariamente tem que ser um problema ou um ato agressivo. O problema, neste caso, foi toda a violência envolta na ação de mostrar o pênis, pois o fizeram dizendo que isso seria para nos mostrar "o que é bom", o fizeram nos xingando, ao mesmo tempo que seus amigos tentavam nos agarrar logo depois de terem distribuído os panfletos dos “50 golpes de cinta”, e enquanto outros deles batiam e simulavam estupro com uma boneca inflável.
Estando em São Carlos e fazendo parte das universidades (USP e UFSCar), estamos acompanhando como a própria comunidade acadêmica reage ao ocorrido. Recebemos muito apoio e, claro, muitas críticas. As críticas infundadas de sempre, repetidas à exaustão: “nenhuma caloura é obrigada a participar, estavam apenas brincando, as mulheres também ficam nuas em protesto, estão exagerando e fazendo uma tempestade em copo d’água” etc. Mas, apesar disso, todo mundo está falando sobre feminismo! E, tão perto do Dia Internacional de Luta das Mulheres, estamos em debate.
Precisamos de muita energia para continuar desconstruindo as ideias infundadas e explicando quais são as nossas reais intenções com a manifestação realizada. Dando continuidade às ações da Frente Feminista de São Carlos, criada em 2011 com o objetivo inicial de unir diversas pessoas, partidos, entidades e coletivos da cidade para a organização da Marcha das Vadias, e, posteriormente, de manter esta unidade para construir outras ações visando a luta pela igualdade de gênero, realizaremos no próximo dia 7 uma marcha em referência ao Dia Internacional de Luta da Mulher (8 de março), com concentração na Praça Santa Cruz, às 16h30. Esperamos a presença de todxs.
Queremos continuar nossa luta contra o machismo e a objetificação da mulher! Queremos continuar nos apropriando dos espaços da universidade e da cidade, ampliando o debate a todxs. Queremos -- e iremos -- continuar lutando pela nossa liberdade e pela igualdade de direitos.
Queremos continuar nossa luta contra o machismo e a objetificação da mulher! Queremos continuar nos apropriando dos espaços da universidade e da cidade, ampliando o debate a todxs. Queremos -- e iremos -- continuar lutando pela nossa liberdade e pela igualdade de direitos.
Enquanto estudantes machistas distribuíam folhetos com reprodução desta imagem tirada de uma página de ódio na internet...
...este é o material que as feministas distribuem. Dá pra entender a diferença? Qual tem lugar numa universidade?
UPDATE: Airton, um dos autores das imagens, dá sua opinião sobre o que aconteceu.
Um dos organizadores do Miss Bixete soltou esta pérola: "Se fosse minha namorada, não deixaria desfilar".
Leitoras denunciam trotes do Poli USP: além do famigerado Miss Bixete, tem caloura lavando carro com camiseta branca molhada, e gravação de vídeos inspirados em "dick in a box" e "cumshot surprise".
Enquanto isso, aquele trote da Medicina da USP que resultou no afogamento e morte de um calouro está prestes a completar 14 anos. Sem que ninguém tenha sido responsabilizado.
Leitoras denunciam trotes do Poli USP: além do famigerado Miss Bixete, tem caloura lavando carro com camiseta branca molhada, e gravação de vídeos inspirados em "dick in a box" e "cumshot surprise".
Enquanto isso, aquele trote da Medicina da USP que resultou no afogamento e morte de um calouro está prestes a completar 14 anos. Sem que ninguém tenha sido responsabilizado.
Os organizadores estavam usando uma camisa com varios nomes de "apoio cultural". Quem sao os patrocinadores dessa barbarie? Talvez seja bom cobrar explicacao deles tambem!
ResponderExcluirNão tem nem o que comentar na diferença de planfetos!
ResponderExcluirSempre fico na mesma dúvida: por que "mal comida" é o adjetivo preferido dessa galera?
Esses universiotários têm que ser severamente punidos pela universidade.
ResponderExcluirComo sempre as feministas querendo empurrar goela abaixo sua visão de mundo. Tudo é opressão pra elas. As feministas tem que entenderem de uma vez por todas que ninguém é obrigado a compactuar com sua visão deturpada de mundo. Teve mulher que participou por vontade própria e aí? vão fazer o quê?
ResponderExcluirUau, que linda essa resistência. Parabéns ao movimento feminista! Adorei ver rapazes no grupo. O confronto exolica-se: quantos deles não estavam bêbados, já que portam copos de cerveja na mão?! Eu me arrepiei aqui, gente!
ResponderExcluirTodas as faculdades fazem essa festa de inicio de curso, muitas vezes ocorrem excessos, ja ouvi noticias até de mortes nessas festas.
ResponderExcluirMas apesar de tudo acho q pode ser um momento bom pra se conhecer melhor a faculdade e os colegas, até que se façam brincadeiras como lambuzar (x)estudante de tinta, vá la, mas brincadeiras humilhantes, como ja ouvi falar que fazem em cursos de veterinaria e medicina são chocantes demais.
Não sou contra essas festas desde q não se humilhe ninguem, a questão é, o q me humilha pode não humilhar vc e vice versa.
Ai Lola sei que é errado, mas só de ler coisas como essas, eu fico mais violenta sabe?! Tipo vontade de meter a mão nesses caras ridículos, as meninas estão unidas apenas para falar do que acreditam e claro dar apoio as demais mulheres, e os caras fazem isso, ai eu me pergunto CADÊ A SEGURANÇA NO CAMPUS???? porque o que eu li foi um relato forte sobre coação violência muito assustador, mas não tem problema sei que elas não vão parar.
ResponderExcluirEu fiquei muito chocada com tudo isso que aconteceu. Já tive problemas com manifestações de machismo vindas de homens dentro do ME "de lutas" na USP, mas afinal, se denominar de esquerda não isenta ninguém de ser machista. Mas nunca vi, nesses anos na USP, nada tão explícito e nem tão generalizado. Isso foi bom, por um lado, por escancarar as violências a que estamos expostas dentro da universidade. Tão rolando debates intensos por toda a USP, e tenho acompanhado na minha unidade (FFLCH) o papo, principalmente em relação às calouras.
ResponderExcluirGostaria muito de poder ir até São Carlos, mas infelizmente, estudo no campus da Capital. Mas fica minha torcida para que os debates e reuniões ai sirvam pra abrir a cabeça de muita gente, para que percebam o quanto o feminismo é sim extremamente necessário.
Os mascus estão por toda parte, triste saber que estes são o futuro da nação.
ResponderExcluirRidículo... Não há outra palavra para esses homens retardados. Sou homem e m chamo Lucas e pelo amor de Deus esses pratos acham mesmo que são homens? O machismo se torna cada vez mais um ato de nojo e ofensas as mulheres e homosexuais e em uma universidade onde devemos ir para aprender e seguir uma carreira nos faz pensar se são seres racionais. E tem gente que fala que é uma brincadeira, tempestade em copo de água... Falam isso porque não é com eles e nem suas filhas, esposas ou namoradas. A faculdade devia intervir rigorosamente e punir esses babacas e punir severamente. Se querem fazer isso então vão pro inferno e lá fiquem. Depois fala que não arruma namorada, se acha excluído e tal. Devemos continuar com nossa luta e buscar igualdade e acabar de vez com essas violências contras as mulheres... Afinal mulher não é e nunca será comida.
ResponderExcluirAcho tao estranho como coisas assim acontecem em universidades publicas e quase nunca nas particulares. Seria pela provavel punicao? A sensacao de que pode tudo num espaco publico prevalece? Na UFMG sempre teve aquela ideia de que eh permitido usar drogas, transar em publico, abandonar animais (varias pessoas deixam seus animais de estimacao la depois que se cansaram deles). Falta de policiamento talvez. Apesar de ser contra a humilhacao que os calouros sofrem, fico com um questionamento: ninguem eh obrigado a ir na primeira semana, todos sabem o que acontecem e sei de muitas pessoas que querem mesmo se sujeitar a tais "brincadeiras". Se a pessoa nao quer, nao va. Eu nao fui em nenhuma das palestras, festas de recepcao, etc, na epoca que a UFMG ainda tinha trotes bastante violentos e nao fez diferenca nenhuma na minha vida social durante o curso. A primeira semana de aula eh tao inutil que deveria ser cancela. Sugiro isso: um boicote total a semana de calouros. Se ninguem for, nao tem quem humilhar.
ResponderExcluirEntrarei para o curso de Medicina esse ano em uma universidade federal, e apesar de ter ouvido dos meus amigos que eu definitivamente "faço tempestade em copo d'água", estou com medo. Não falo do medo em começar algo novo dentro de um ambiente novo, mas medo do machismo e do preconceito... medo de me revoltar e ser rechaçada. Eu não acredito que as brincadeiras estão longe do "fazer político" e, portanto, sinto-me desolada em pensar que sou umas das poucas que problematiza algo tão comum nas universidades, como essa recepção aos calouros.
ResponderExcluirEnfim, os trotes machistas e preconceituosos destoam daquilo que a universidade constrói, principalmente nos cursos de medicina, onde o respeito pelo ser humano, independente do gênero, deveria prevalecer.
Acho que cada um deve ter o direito de participar do que quiser! Se as pessoas querem fazer um concurso de beleza, que façam! Errado pra mim é quem vai lá encher o saco dos outros. Há muita hipocrisia nesse movimento feminista. Se fosse um concurso de homens musculosos, de sunga, queria ver alguma feminista (que luta pela igualdade) ir lá protestar. Ao contrário, estariam lá curtindo os corpos sarados. Um belo exemplo disso foi a questão da propaganda da gilete sobre depilação masculina. Quando é depilação feminina, é opressão, machismo... quando a empresa incentivou depilação masculina, várias, inúmeras mulheres que se dizem feministas postaram apoiando, que tinha que ser daquele jeito mesmo, etc. Ou seja, isso só confirma que o feminismo e as feministas não buscam igualdade.. elas buscam sim a inversão dos papéis. Querem ser o sexo predominante, e que os homens sejam rebaixados. Por isso há tanta revolta contra o feminismo, e cada vez mais os homens se antipatizam com esse movimento.
ResponderExcluirIncrivel como voce fala do feminismo, mostrando claramente que nada sabe dele, e que veio pra trollar. Ninguem tava impondo nada ali, e nao se pode negar que EXISTE SIM uma pressão para participar desse tipo de coisa. Existem faculdades onde a comissao de trote é capaz de banir o aluno de TODOS OS EVENTOS SOCIAIS porque ele nao quis participar do trote ( a minha faculdade é assim).
ExcluirObs: incrível voce falar sobre " sexo dominante " ( incluindo o que esse tipo de coisa implica) e repudiar a imposicao de alguma coisa.
Obs: o numero de homens aderindo ao movimento esta crescendo.
Esses mesmos babacas são os que enchem a boca pra falar que os ateus não têm valores morais, os gays não têm valores morais, mulher usando saia curta é "pouca vergonha"... bando de pivetes covardes! Só seguem fazendo isso ano após ano porque as Universidades são BANANAS e não punem exemplarmente, só seguem fazendo isso porque tem gente aplaudindo e achando graça dessa podridão toda... tem que colocar policiamento nesses trotes! Colocou o pau pra fora, jogou cerveja em alguém, tem que levar uma cacetada pra quebrar os dentes, quero ver se faz de novo!
ResponderExcluirGente, voces querem proibir concurso de beleza? Faça-me o favor... isso é um trote, é descontração.. tem gente que GOSTA de participar. Voces querem impor uma visaõ de mundo às pessoas.
ResponderExcluirAninha às 12:52,
ResponderExcluirsimples, ué. Porque eles acreditam piamente que a solução para TODA e QUALQUER insatisfação feminina reside nos seus preciosíssimos caralhos de ouro.
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Anônimo da 13:00,
eu duvido MESMO que alguém tenha decidido por vontade própria fazer um juramento que começasse por "eu, bixete vagabunda".
Vai catar coquinho. Ninguém quer você aqui. Desinfeta.
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Lola, eu sugiro humildemente não aprovar trollagens neste post específico. Sei lá, as manifestantes já foram trolladas o suficiente. Se alguma delas vem aqui e dá de cara com MAIS idiotas, pode acabar se afastando da discussão e isso seria uma pena. Fica a sugestão.
Infelizmente, essa é a realidade de muitas universidades brasileiras. Quando eu entrei na faculdade, não queria participar de porcaria de trote nenhum, mas na hora, cercado de gente, não tinha como recusar. Foi nesse dia que eu descobri que sou alérgico a um tipo de tinta, e passei o dia com coçeira e inflamação na pele. Foi horrível.
ResponderExcluirHá quem considere isso um rito de passagem, para mim é só alegria de ver a humilhação dos outros. Nunca participei dos trotes nos calouros, mesmo que alguns me vissem como antipático por não me juntar a eles.
Fz tempo que leio o seu blog, mas esse post eu tive que comentar. Eu tenho 18 anos e no ano que vem farei parte desse mundo universitário, e me decepciona e preocupa que será com esse tipo de gente que terei de lidar durante 5 anos. É incrível pensar que a elite intelectual do país é formada por esse tipo de gente. Eu não sou feminista, mas achei repudiável a ação e reação dos estudantes que arrancaram suas roupas e daqueles que tentaram bater nas mulheres que protestavam contra o miss bixete. Temos em uma só festa não so uma demonstração descarada de machismo, ignorância mas também de opressão, concerteza. Acho ótimo que existam grupos que são contra esse tipo de coisa. Nossos estudantes deveriam estar mais preocupados em elevar o conhecimento no Brasil do que nas festas que frequentarão na faculdade.
ResponderExcluirbarradosno-baile.blogspot.com
Anônimo das 13:00,
ResponderExcluirVamos lá, vamos debater como duas pessoas civilizadas. É verdade, ninguém é obrigado a compactuar com a visão de ninguém. Mas onde fica o respeito ao próximo? Onde estava o respeito às manifestantes?
O cara abaixar as calças e se masturbar em público, outro cara jogar cerveja nas mulheres e começar a agarra-las, isso é respeito? Xingar um gênero inteiro como putas e "mal-comidas", isso é respeito?
Porque os tais marmanjos do Miss Bixete não se limitaram a gritar frases de ordem do tipo "ei, feminista, ninguém é obrigado a compactuar com sua visão deturpada de mundo!" ou então "ei, feminista, tudo é opressão para vocês!"?
Porque eles tinham que agir com desrespeito e xingar todas de "putas mal-comidas"? Como eles estão na universidade e não sabem manifestar as próprias ideias sem usar palavrões?
E qual a "visão de mundo deturpada" das feministas, para você?
Priscila, eu não estou aceitando os comentários mais trollentos e agressivos. Mas tem vários que representam o senso comum, e acho que devem ser rebatidos. Nas notícias nos grandes jornais, os comentários são de dar nojo. E pouca gente rebate lá. Isso que o neandertal anônimo das 13:55 disse (sobre proibir concurso de beleza -- ele acha que Miss Bixete é concurso de beleza!) é repetido aos montes e não é contestado. Eu tenho fé que aqui será contestado.
ResponderExcluirEspero que os únicos que se afsastem das discussões sejam os trolls. Esses nem leem os posts mesmo.
Anônimo das 13:55, sua trollagem tem nome: derailing, que é mudar de assunto. O comercial da Gilette não tem NADA a ver com o assunto do post. E muitas feministas se posicionaram contra a campanha. Eu, por exemplo. O juramento das bixetes mulheres vale pra homens, só que é diferente. Aí os calouros têm que prometer não usar seus pênis, já que as bixetes mulheres "pertencem" todas aos veteranos. Por que os movimentos masculinistas pró-homens (DEVE existir algum movimento assim) não protestam contra essa opressão contra os calouros? Realizada, aliás, por outros homens?
As feministas protestam, sabe...
O estudante que dá entrevista pro G1, Rafael Camparini, deixou vários comentários no vídeo no youtube defendendo o indefensável.
ResponderExcluirAdivinha qual curso o otário faz? ciências da computação
pre.vi.sí.vel
ps: Alguém tem esse manual em pdf??
Posta aqui, por favor.
Não entendi o preconceito com pessoas que fazem o curso de ciências da computação. São todos otários?
ExcluirFalarei por mim: não somos livres nesse caso. Durante uma semana ou mais, os trotes de Medicina, por exemplo, acontecem. Ou seja, durante uma semana seus colegas vão se conhecer, os veteranos vão conhecer seu colegas e, possivelmente, construir laços. Você, obviamente, não vai querer ficar de fora e passar um ano ou mais sem fazer amizade com alguém.
ResponderExcluirAnônimo das 13:51,
ResponderExcluirQuanto a propaganda ridícula da Gilette, fique sabendo que as feministas se manifestaram sim CONTRA a propaganda, a própria autora desse blog inclusibve. Segue o link: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2013/02/barriga-tanquinho-sem-pelos-camisa-de.html
Procure se informar antes de falar besteira!
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Anônimo das 13:51,
Ninguém está querendo impor nada a ninguém, você nem leu todo o post, né? Vou te ajudar:
"[...]É isso que a intervenção organizada pelo Coletivo de Mulheres do CAASO/UFSCar, em conjunto com a Frente Feminista de São Carlos, da qual o Coletivo faz parte, quis impedir. Assim, algumas meninas do coletivo se posicionaram ao lado da passarela, explicando para as calouras que elas não precisavam fazer o que não quisessem e oferecendo segurança para que elas saíssem de lá.[...]"
"[...]Jamais quisemos julgar ou impedir as meninas que queriam participar do evento. Aliás, o julgamento vem dos próprios entusiastas, que não hesitam em taxá-las de vagabundas. A liberdade sexual feminina, nesse contexto, só tem utilidade quando convém ao interesse masculino."
Não entendo como as universidades não se posicionam contra a violência e a misoginia. Brincadeira é uma coisa, nesse relato o que vejo é violência e misoginia descaradas. Temos que exigir que as universidades se posicionem. Como podem ser permitidas tais atitudes em espaço público?? É inaceitável, ridículo, patético. Esses "meninos" não tem noção do papel grotesco que desempenham. E se alguma menina gosta de violência e humilhação e ainda chama isso de "brincadeira", é porque há algo muito errado com a visão que ela tem das mulheres. Que pena. É lamentável.
ResponderExcluirE outra coisa, para quem insiste em dizer "ah, é só um CONCURSO DE BELEZA", deem uma lida nessa matéria aqui: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2013/03/01/alunos-da-usp-ficam-pelados-em-trote-para-hostilizar-feministas-em-sao-carlos.jhtm
ResponderExcluir"[...]As estudantes, membros da Frente Feminista de São Carlos, reclamam da forma como as novatas são tratadas. Segundo elas, os veteranos obrigam as calouras a desfilar e mostrar os seios. Haveria também uma prova em que as estudantes competem para ver quem chupa primeiro um picolé, simulando sexo oral.[...]"
Será que no Miss Universo tem desfile de seios e prova de chupar picolé??
Por a policiamento em trotes?
ResponderExcluirMas nõa foram os próprios fefeleches que quiseram a policia fora do campus ?
Estão colhendo o que plantaram esquerdistas, espaço publico sem lei, território da ilegalidade. Cada um tem sua própria versão do chamado " pensamento livre"
Estudos baseados na minha experiencia sexual (e de amigas) demonstram que homens que usam o termo 'mulher mal comida' são os que menos sabem comer mulher. Talvez por terem menos chances de praticar.
ResponderExcluirNessas horas eu fico tão feliz de ter passado numa particular XD.Realmente,essas coisas não acontecem lá.Quem não quiser participar pode se refugiar no campus e não há nenhuma especie de exclusão depois.Pelo menos comigo foi assim.
ResponderExcluir"Os mascus estão por toda parte, triste saber que estes são o futuro da nação."
ResponderExcluirNão, esses mascus são um grupo pequeno de fanáticos, mas idéias que eles apoiam realmente estão por toda parte. Duvido que esse seja o "futuro da nação", de qualquer forma. Machistas são criaturas do passado, eles mesmos deixam isso claro, sempre louvando épocas como a Idade Média ou os Anos 40/50. Eles serão apagados com o tempo, é o que eu acho. A sociedade está mudando depressa demais para eles.
Pessoal que pergunta por que a segurança da universidade não fez nada: se todas forem como a da universidade onde eu trabalho, elas lavam as mãos dizendo que fazem segurança do patrimônio da universidade, não das pessoas. Se os alunos quebrarem mesas e cadeiras, eles vão até eles para impedir. Agora, se alunos e funcionários os procurarem para dar queixa de agressão, assalto e até tentativa de estupro, eles sempre repetem que só fazem segurança de patrimônio. A culpa não é dos guardas. É o caso das reitorias tomarem providências para garantir a segurança das pessoas.
ResponderExcluirPessoal que está dizendo que estas coisas não acontecem na particular, de onde vcs tiraram isso? E o caso da Geise? Talvez nas públicas aconteçam mais isto de trote, pois nas faculdades particulares há menor convivência extra-classe no campus..;(, e isso é uma coisa triste.
ResponderExcluirO machismo tá em todo lugar, na pública, particular, na sociedade minha gente!
Lola,escreva tbm sobre o fato do PT estar passando a comissão dos direitos humanos para o Pastor Feliciano.
ResponderExcluirPior que o "ninguém é obrigado a participar" (e quem diz isso parece que ou não leu o post ou não sabe nada sobre o ser humano, ou essas duas opções) é o "se fosse concurso de homem musculoso de sunga duvido feminista ir lá protestar" (em outras palavras, resumidas, uma das asneiras que o anônimo das 13h51m comentou).
ResponderExcluirA Lola já falou sobre isso num post; por que vocês, homens que falam isso, nunca fazem nada além de exigir que terceiros lutem pelos seus direitos? As mulheres estão lutando pelos delas, e nós, homens (em geral)?
É muito fácil ficar sentado esperando, e reclamando, o mundo a nossa volta mudar, e ainda mais mudanças que só nos beneficia (como se no mundo só houvesse homens e desigualdades e injustiças a eles).
Além do mais, as feministas não são cegas, e lutam por um mundo justo, elas apoiam que nós, homens, comecemos a nos organizar para lutar pelo fim das pouquíssimas (comparadas às das mulheres e de diversos outros grupos discriminados) injustiças que nós "sofremos". Mas querer que as mulheres lutem pelos nossos direitos enquanto a gente fica parado já é demais, né?
(Acho também que não preciso nem responder a parte falando que as feministas querem que o sexo feminino seja o sexo "predominante", né? Afinal, nem existe mais machismo e misoginia na nossa cultura, não é mesmo? Nossa sociedade e cultura são perfeitas, onde preconceitos já são coisas passadas, e, obviamente, não precisam mais ser combatidos. Coisas como preconceito são de, tipo, milhares de anos atrás, mais ou menos da época em que as mulheres surgiram, inferiores como são e, claro, da nossa costela.)
Lola, agora em dezembro mais ou menos fiquei sabendo que um absurdo como esse queria ser iniciado na Unesp de Assis, onde fiz minha graduação e agora faço o mestrado. No grupo de boas vindas aos bixos de HISTÓRIA alguns veteranos deram a ideia de fazer concurso miss bixo, com características bem parecidas com essas da USP, além do concurso gata molhada (?) e um desfile no qual os garotos se vestiriam de mulher. É claro que esse pessoal foi totalmente reprimido e decidiu-se por não fazer este tipo de trote. Mesmo porque o trote em Assis, na História foi sempre tranquilo com o objetivo mesmo de integrar e arrecadar dinheiro pra tomar cerveja no bar depois.
ResponderExcluirPensei que era uma coisa isolada, achei ridículo, mas quando vi essa notícia percebi que os babacas estão em todos os lugares....
Minha experiência pessoal, não tive problemas no trote (5 anos atrás) apesar de ter ficado num grupo unica e exclusivamente masculino.
ResponderExcluirO único problema que eu tive foi nas caloríadas (pra quem não sabe, evento de competição esportiva com times formados por bixos). Quando o nosso time foi jogar contra o time de um pessoal do ifch (instituto de filosofia e ciências humanas da unicamp - pra querida que disse que era óbvio um tal sujeito escroto ser de ciência da computação, bom nem tão óbvio assim, né? Gente escrota tem em todos os cursos...), no começo estava "tudo bem", apenas com xingamentos relacionados ao curso (o tal esteriótipo da engenheira machona e bigoduda). Depois que o jogo começou, os queridos do ifch que estavam assistindo ao jogo começaram com xingamentos pessoais às meninas do nosso time (uma menina que era mais gordinha ficaram chamando de gorda, ronaldinha etc, eu que sou magra de magricela, pernas tortas, menina de 12 anos etc, outra menina ficaram chamando de cabelo encebado etcç enfim, não lembro de todos os xingamentos) durante todo o jogo. Não, não escolhemos ser xingadas daquele jeito, só queriamos nos divertir jogando futebol.
Parece que nesses inícios de ano um certo pessoal toma licença pra ser escroto, por isso não me surpeendo em um pouco com o comportamento desses caras. Só não entendo de onde vem tanta agressividade e entendo menos ainda porque tem tanta gente que aceita isso tçao facilmente. Não acho saudavel bixos terem que se isolar no começo do curso só pra alguns engraçadinhos poderem estravasar sua podridão (ainda mais levando em consideração pessoas que tem dificuldades em se enturmar, que podiam aproveitar essas situações pra conhecer o pessoal,mas que acabam sendo afastados por uma dúzia de escrotos).
Olha só... Não sei bem o que rolou. Falo à distância. Mas, pelo que garante a Constituição... Toda manifestação pública é permitida DESDE QUE informe o poder público e que NÃO atrapalhe uma outra anteriormente organizada. Essa tal "miss bixete" - coisa mais ridícula e de cunho machista, SIM - ocorre há 15 anos e pelo visto não obriga ninguém a participar...
ResponderExcluirMUITAS são coagidas a participar pq querem ser aceitas? POR QUE RAIOS ESSAS MULHERES QUEREM SER ACEITAS POR ESSE BANDO DE IMBECIL? Sério...
As mulheres que participam disso tem culpa de que isso permaneça. Colaboram pra que que isso continue, por uma lógica simples: sem mulher pra desfilar adeus desfile de "bixete". E elas são livres pra participar disso, SIM. E são por isso responsáveis, so sorry.
O que eu acredito que pudesse ser mais saudável fazer... seria uma campanha anterior ao evento para apontar e conscientizar as garotas que se submetem a esse tipo de evento. Explicar o porquê do machismo, da degradação da imagem da mulher e o quanto são responsáveis para perpetuar esse tipo de visão que a sociedade como um todo ainda tem da mulher. E então, fazer um plantão no dia pra apoiar quem não quisesse participar, talvez com placas, mas, sem atrapalhar o evento, apenas estando ali pra apoiar quem não quer sofrer bullyng ou retaliação debochada...
Agora, a reação deles ao manifesto foi claramente violenta e criminosa e é preciso fazer algo a respeito. Também considero positivo que o feminismo volte a ganhar visibilidade e talvez sem o confronto isso não tivesse ocorrido...
Mas, enfim. Sou completamente contra jornada dupla de trabalho pra mulher, mas, como convencê-las de que não precisam lavar as cuecas do marido se ele também não colabora com a manutenção doméstica da casa? Gritando e batendo panela em frente ao portão deles? Acho que não.
Eu tava falando de particular Top,não de uniesquina.
ResponderExcluirEu nunca tive trote convencional (só trote cultural, um projeto da minha ex-universidade).
ResponderExcluirEu até gostaria de ter tido, porque o trote do meu curso (psicologia) é bem light. Claro que me incomodava um pouco porque ainda restava machismo demais em alguns momentos, mas na maior parte do tempo, era light para homens e mulheres.
Mas outros cursos...PQP!
E eu sempre ouvi falar mal do trote na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Falam em bukake, simulação de sexo oral, etc...
Jamais me submeteria a este tipo de coisa, mas entendo que o "não-obrigatório" não funciona bem assim.
"Parece que nesses inícios de ano um certo pessoal toma licença pra ser escroto, por isso não me surpeendo em um pouco com o comportamento desses caras. Só não entendo de onde vem tanta agressividade e entendo menos ainda porque tem tanta gente que aceita isso tçao facilmente."
ResponderExcluirEu acho que isso vem de uma espécie de ciclo vicioso: a maioria das pessoas que passa por um trote vai querer dar trote em alguém no futuro, acho que como um tipo de vingança, não sei.
Lilian: acho que você está muito equivocada. O relato está claro em dizer que não tentou impedir ou atrapalhou o "concurso".
ResponderExcluirConcurso este que, a meu ver, por si só incorre em assédio moral.
O que elas fizeram de "tão grave" e que provocou a retaliação violenta foi incentivar as calouras a não participarem, dizendo a elas que elas não são obrigadas a participar daquilo.
O trote em universidades é "opcional" entre muitas aspas. Em cursos light como era o meu, não participar só fazia com que o aluno perdesse a oportunidade de confraternizar com os demais alunos do curso.
Por outro lado, trotes violentos nunca são experimentados como realmente facultativos. Existe uma coerção bem forte no sentido de tornar a participação obrigatória sim!
Muitos não fazem ideia de que não pode dizer não.
Já ouviu falar em estupro marital? Sabe como ele acontece muitas vezes? Simplesmente a mulher não sabe que pode dizer não!
Boa parte da opressão que experimentamos no dia-a-dia consiste justamente em coerção de forma que o oprimido sequer se dê conta de que pode dizer não àquilo.
No trote a violência é naturalizada como se não fosse nada e a sociedade só começou a se voltar contra isso depois que deu merda. Que tipo de merda? Calouros morrendo e calouras sendo coagidas a fazer sexo oral em veteranos...
Enfim, pela sua fala a impressão que fica é que está tudo bem cometer assédio moral, agressões físicas, violência simbólica, etc etc etc
Mas protestar contra isso...Ah, isso não pode!
O problema é que tambem estao usando um espaço PUBLICO pra destilar machismo,mesmo mulher querendo participar.Se for um ambiente privado tudo bem se menina querer.
ResponderExcluir"O estudante que dá entrevista pro G1, Rafael Camparini, deixou vários comentários no vídeo no youtube defendendo o indefensável.
ResponderExcluirAdivinha qual curso o otário faz? ciências da computação
pre.vi.sí.vel"
Por que previsível???
"Rob disse...
ResponderExcluirEu tava falando de particular Top,não de uniesquina."
Rob, não sabia que "particular top" era único lugar isento no mundo de machismo..pelo jeito, isento do preconceito (igual ao seu) não tá.
Para as pessoas que estão reclamando que a univerdidade deveria fazer algo..
ResponderExcluirMas claro que "deveria" fazer algo, e é para isso que o moviemnto estudantil trabalha.
Mas é ingenuidade nossa achar que a "universidade" entidade quase que supeior não seja um reflexo da sociedade machista/capitalista/ e excludente. O 'poder" da burocracia Universitária opera com mentalidades, muitas vezes, contrárias ao pensamento progressita.
Ou seja, se não batalharmos para que o poder da universidade faça algo, de mão beijada que não conseguiremos nada.
Gente, sei que vou ser apedrejada... mas sobre esse "50 golpes de cinta", vamos lá. Que eu saiba, a mulher apanha pra caramba nesse livro, e mesmo assim a mulherada adorou. Não seria contraditório agora dizer que a frase sobre 50 golpes incentiva a violência, e a história do livro em si, não??? Acho que a própria história já é totalmente reprovável quanto a questão da violência, e não apenas esse trocadilho machista que fizeram agora.
ResponderExcluirviu isso, Lola? http://www.techtudo.com.br/curiosidades/noticia/2013/03/conheca-cinco-propagandas-acusadas-de-fazer-uso-machista-do-photoshop.html
ResponderExcluirAnônimo 16:01
ResponderExcluirA história do livro trata sobre o BDSM, se você pesquisar pelo menos um pouco sobre essa prática vai ver que o que você falou (escreveu) não tem lógica nenhuma.
Todo anos são as mesmas palhaçadas. Calouros humilhados, machucados e de vez em quando até de forma grave.
ResponderExcluirTrote devia ser proibido por lei.
o pior é que nada vai acontecer contra esses projetos de estupradores!
ResponderExcluirJu,
ResponderExcluiro tal de Camparini é um misógino nojento, não quer dizer que todo aluno de ciência da computação seja imbecil como ele. Mediocridade e machismo você pode encontrar em qualquer lugar e em qualquer curso. Caras como este, quando chegam ao mercado de trabalho costumam ser isolados pelos próprios colegas.
Que eu saiba, a mulher apanha pra caramba nesse livro, e mesmo assim a mulherada adorou. Não seria contraditório agora dizer que a frase sobre 50 golpes incentiva a violência, e a história do livro em si, não???
ResponderExcluir___________________
tenho pena de vc! não sabe distinguir ficção de realidade.
a as várias vezes que stalone morre, apanha? será tudo verdade???
todo mundo mata e morre por causa de filmes de ação?
se todos fizessem exatamente como nos filmes, a humanidade tinha acabado!
Esses universiotários têm que ser severamente punidos pela universidade.
ResponderExcluir___________
a universidade fará o que sempre fez.....
NADA!
Gente, voces querem proibir concurso de beleza? Faça-me o favor... isso é um trote, é descontração.. tem gente que GOSTA de participar. Voces querem impor uma visaõ de mundo às pessoas.
ResponderExcluir_____________
não seja imbecil.
foi feito um protesto pacifico e o que se viu foi um ato de barbárie misogina e apologia ao estupro.
se informe antes de defecar!
O pessoal quem branda pela liberdade de expressão para pseudo-piadistas e afins de repente SE ESQUECE da tal liberdade de expressão quando outros a usam.
ResponderExcluirProtestar contra esses trotes sem noção é liberdade de expressão, tá gente BURRA?! Entenderam?
Outra coisa, o pessoal do coletivo feminista não estava querendo proibir o trote. O pessoal estava APENAS esclarecendo para as calouras que elas NÃO ERAM OBRIGADAS a participar do trote SE NÃO QUISESSEM. Entenderam, ô gente BURRA?
Mordred Paganini disse...
ResponderExcluir"Lilian: acho que você está muito equivocada. O relato está claro em dizer que não tentou impedir ou atrapalhou o "concurso".
Concurso este que, a meu ver, por si só incorre em assédio moral".
Concordo que o concurso incorreria em assédio moral se acaso as calouras e veteranas não quisessem participar. O que ficou claro é que muitas queriam participar dessa "festa".
"O que elas fizeram de "tão grave" e que provocou a retaliação violenta foi incentivar as calouras a não participarem, dizendo a elas que elas não são obrigadas a participar daquilo".
Pelo que entendi houve TAMBÉM uma manifestação com músicas e batucadas visando chamar a atenção e, objetivamente, atrapalhou o evento.
"Por outro lado, trotes violentos nunca são experimentados como realmente facultativos. Existe uma coerção bem forte no sentido de tornar a participação obrigatória sim!"
Olha só... Eu avisei que estava comentando a distância e com base no relato do guest-post. E pelo relato do próprio movimento feminista é possível perceber que era uma participação facultativa, embora a autora do texto relativize o que possa ser isso.
Mas, o fato é que gritos pra incentivar o desfile numa festa feita com essa finalidade, programada há dias, e que ocorre há 15 anos... Bem.. Pra que as meninas tenham sido coagidas por apenas isso... Cada pessoa afetada é que teria que pronunciar como se sentiu em relação a isso.
Ou seja, incentivar as garotas a irem não é imposição. Do mesmo modo, se alguém deseja ser aceito por um bando de imbecil é porque DESEJA fazer parte desse grupo de imbecil. Sad but true.
"Muitos não fazem ideia de que não pode dizer não".
Nenhum adulto pode alegar para si inimputabilidade, a menos que seja um deficiente mental. Claro que as pessoas sabem que não são obrigadas a pular num poço. De todo o modo, eu sugeri uma campanha anterior de conscientização para compreender mais criticamente o evento.
"Já ouviu falar em estupro marital? Sabe como ele acontece muitas vezes? Simplesmente a mulher não sabe que pode dizer não!"
E muitas vezes o homem também não sabe que a esposa pode dizer não. A mesma educação machista que educa mulheres educa homens também. Mas, não devemos por isso isentar as pessoas adultas de sua responsabilidade de pensar critica e racionalmente, não é mesmo? Ou devemos passar a mão na cabeça do marido e dizer: 'tadinho, ele foi educado assim'.
"Boa parte da opressão que experimentamos no dia-a-dia consiste justamente em coerção de forma que o oprimido sequer se dê conta de que pode dizer não àquilo".
Boa parte do feminismo não percebe o quão machista é não perceber que a mulher também é sujeito histórico que produz a própria a história bem como a da sua cultura como um todo, assim como os homens também, no seu dia a dia. Mulheres não são um mero objeto que apenas sobre a ação do meio e dos homens malvados, frágeis e indefesas que são... eternas vítimas das circunstâncias. Se quisermos que as mulheres realmente deixem de serem vitimadas devemos ser as primeiras a conscientizar de que elas não são meras vítimas e que contribuem E MUITO para a manutenção do machismo.
"Enfim, pela sua fala a impressão que fica é que está tudo bem cometer assédio moral, agressões físicas, violência simbólica, etc etc etc"
Eu realmente sinto muito se você entendeu errado. Mas, acredito que fui bem clara em meu posicionamento.
"Mas protestar contra isso...Ah, isso não pode!"
Claro que pode e deve. Não desestimulei protesto algum. Apenas apontei o que EU considero mais eficaz e coerente.
Desculpa mas não é à toa que os cursos de exatas são mais hostis a mulheres. É por causa da presença de caras como esse aí.
ResponderExcluirE anon, esse folheto sobre 50 tons de cinza é indefensável. A pessoa imprime e sai distribuindo, numa festa universitária, um folheto que faz apologia a violência contra a mulher. Deviam caçar e encarcerar o animal que teve essa ideia.
Ei Lola,
ResponderExcluirVocê passou por trote na sua época? Pergunto pois somos mais ou menos da mesma idade e eu não passei e na época ninguém no meu curso passou. Fiz biologia na UnB e o máximo que aconteceu foi os veteranos nos levarem, calouros e calouras, em um passeio pelo campus mostrando onde tudo ficava. Só. Ficou pensando se as coisas andaram piorando nos últimos anos...
"Adivinha qual curso o otário faz? ciências da computação
ResponderExcluirpre.vi.sí.vel"
Eu tenho vários amigos nessa área, e são todos boas pessoas. Você só está sendo preconceituosa.
nossa,fiquei com nojo desses homens,deviam proibir todos os trotes,já que eles não conseguem se comportar como seres racionais.
ResponderExcluirmas eu concordo que a mulher tb tem um pouco de culpa nisso,pelo que ela falou foram agredidas até por mulheres.
eu tenho 26 anos e n fiz faculdade e se um dia eu fizer ,eu prefiro mil vezes ser excluida depois ,do que ficar aguentando esses nojentos.
por que alguém vai querer amizade com esses animais( agora ofendi os bichos,eles são melhores que esses lixos que se dizem homens)?????????
E se supõe que esses "seres" serão os futuros advogados, juízes e quem sabe ate delegados do nosso pais. Meu deus!
ResponderExcluirEu entendo a pressão psicológica para o trote, tem que ter muita auto estima e nao se importar por ser anti social, quando eu aprovei o vestibular para biologia o trote foi o de que todas as meninas tínhamos que estar de 4 e simular uma chupada num pênis de plástico. Eu simplesmente peguei minhas coisas e fui embora. Me xingaram, gritaram nao quiseram me deixar ir embora. Foi violento. Mas nao participei, o que eles fariam? Bateriam em mim? Aí isso iria ora policia. Nao me importei de ter ficado os seguintes anos na faculdade conhecida como a antisocial frigida. Eu estava lá para estudar e me socializar com seres humanos (tive 2 amigos)
No meu tempo o povo não era retardado a esse nível.
ResponderExcluirFaz exatamente 20 anos (1993) que comecei na faculdade. Naquela época já havia trotes violentos, constrangedores, e coisa do gênero. Não se veiculava – e nem havia internet fácil – questões ligadas ao sexismo, mas uma amiga que entrou em uma faculdade particular no mesmo ano (*sim, há trote em faculdade particular!*), comentou que por lá havia casos de estupro em anos anteriores e que rolava impunidade a depender de quem era o criminoso. Pois bem, o que acabava, pelo menos na UFRJ, determinando o perfil do trote era o tipo de curso.
ResponderExcluirEm História, meu curso, tivemos uma aula trote e preenchemos (*sem saber*), no dia da matrícula, uma ficha de seleção para uma bolsa que não existia. A tal ficha pedia que marcássemos os autores que já tínhamos lido. Eu não marquei nenhum, os meninos da mesa ficaram pasmos, fizeram cara de dó, eu me senti uma porta. Mais tarde, depois da aula trote, veio o resultado da bolsa. Todos os nomes da lista eram de alunos (*acho que só homens*), colegas veteranos, e jogadores de futebol. A aula trote foi divertida – depois de revelado o segredo – e a tal ficha serviu para ensinar humildade para algumas pessoas. Dois anos depois, mudou o pessoal do CA e o trote passou a ser o ridículo pintar e ir para o sinal. Quando comecei a cursar letras, também na UFRJ, em 1998, não havia trote.
Quando fui para a minha primeira faculdade, com 17 anos, estava morta de medo do trote, fui me angustiando sobre recusar ou não recusar a depender do que fosse. Só quem nunca foi adolescente, ou tímido, para achar que não rola pressão, ou medo ou coisas do gênero. Não sei se teria coragem de recusar. Na época da Letras, recusaria com certeza. E cheguei a me estranhar com um veterano que veio tentando nos aterrorizar. Coitado dele, em UFRJ eu era muito mais antiga que o cidadão. Agora, quando o meu irmão, que entrou na faculdade em 1995, com míseros 16 anos, ele enfrentou um trote de duas ou três semanas, com várias gincanas e pedir dinheiro no sinal. Chegava em casa passando mal (*tem problemas de coluna*), mas não houve o que eu falasse para ele que o convencesse a não aceitar. Sempre que tenho a chance, falo para meus alunos e alunas em sala que trote ninguém precisa passar, que há coisa que não é brincadeira, e que ninguém fica marcado se for bom aluno. Com o tipo de marginal – porque, para mim, são marginais MESMO – que freqüentam alguns cursos hoje, já nem sei se isso é válido...
Puxa, que bando de porcos esses alunos da USP São Carlos. Olha, a USP sempre recebe muita gente rica, conservadora e de direita. Como o vestibular é concorrido, quem tem mais dinheiro pra pagar cursinho acaba entrando. Eu nunca participo de trote porque considero um ritual opressivo que reitera a hierarquia dentro da universidade. Os docentes compactuam porque isso fixa o lugar deles.
ResponderExcluirOs professores Oriowaldo Queda e Antônio Almeida escreveram alguns livros legais sobre isso. Fizeram palestras por muito tempo contra o trote, não sei se ainda fazem. Vale a pena entrar em contato com eles. O link pra comprar um dos livros: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/2228199/universidade-preconceitos-trote
Ju, você faz um curso de exatas?
ResponderExcluirEu fiz, numa proporção de 90 caras para 10 meninas.
E, sério mesmo, nunca passei por uma situação constrangedora, nem minhas amigas. Ao contrário, nossos colegas sempre nos trataram com muito respeito e muitos deles são feministas acirrados.
Essa visão de que homem de exatas é babaca tá mais que ultrapassada.
Oi Lola tudo bem. Sou universitária da Federal em São Carlos e no dia eu fui com um amigo para ver o trote. Ja no início, um dos rapazes falou no microfone "Meninas nós sabemos q vcs tem cérebro, msm assim a gente quer ver (começa um coro) 'Peitão..". As bixetes não são obrigadas a partcipar? São sim! olhando a plateia TODAS AS MENINAS ESTÃO COM CARA DE MEDO. Tanto que tem um momento que eles fazem o "cajuzinho", e colocaram uma menina, e visivelmente ela não sabia oq ia acontecer com ela, dentro de um balde e fizeram os bixos colocar no mínimo umas dez garrafas de pinga... jogando pinga até no rosto dela. Fui embora logo após isto e não presenciei a discussão. Aqui conhecemos a USP como "Caaso" e acho BEM DIFICIL eles falarem que "O miss bixete não é com eles", pq o msm menino que falou também no microfone que o Caaso tem diversos grupos incluindo o GAP EEEEE... também falou "tem um grupo que não é bom ficar divulgando mas vcs sabem qual é né.... o (vem um coro) 'Violência Amarela". O que vem a ser? Não sei também. Todos por aqui TAMBÉM ESTÃO REVOLTADOS, e estamos chateados por sermos considerados como iguais nesse meio, ja que a cidade de São Carlos não é muito amistosa com os estudantes. Nós os alunos da Federal não temos esse tipo de tradição. Também não digo que são todos os alunos do Caaso que são assim.
ResponderExcluirOlha a música que tive que aprender a cantar no meu trote:
ResponderExcluirO caralho é da NOME FACUL
Da NOME FACUL
Trouxemos o caralho pra enfiar no cu das minas
Das mina arrombada
Que dão a buceta mesmo tando menstruada
Pistola na sua bunda!
Benga na buçanha!
Trouxemos o caralho pra enfiar nas suas entranhas
Entranhas da sua mãe, da sua avó, da sua tia
Comemos sua bunda dia e noite, noite e dia
A nossa tribo é foda!
É foda pra chuchu!
Marcou com o cu pra cima
Eu enterro meu perú!
E foram as próprias meninas que ensinavam para as bixetes. Eu leio as reportagens da mídia falando sobre trote violento como se fosse uma exceção, mas isso é ROTINA. É rotina ter esses concursos, é rotina ter que fazer sexo oral em uma linguiça, contar histórias pornos, pegar cerveja pros veteranos, ganhar apelidos pornos, ter que contar histórias pornos, ser xingada de vadia, puta... É tudo rotina dentro da vida um calouro, e isso é feito por veteranos e veteranas. Os homens recebem a violência, e o trote de conotação sexual é todo para as mulheres. E não é só no primeiro dia na faculdade, em cada festa que você vai, as vezes dentro da facul, durante todo seu primeiro ano, esse tipo de coisa acontece. E qual foi seu grande pecado? PASSAR NO VESTIBULAR. E ser mulher.
Só fico triste que eles vão se formar e vão ser automaticamente considerados advogados excelentes por terem se formado na USP.
ResponderExcluirPorque eu queria mais é que eles morressem.
Relembrando:
ResponderExcluirhttp://virgula.uol.com.br/ver/noticia/nacola/2009/04/09/121092-na-cola-morte-de-calouro-da-usp-completa-10-anos-sem-nenhum-culpado
Claro, trote violento é a regra, não a exceção. Quando eu me recusei a participar, fui perseguida nas redes sociais. Disseram que eu seria "excluída de todas as atividades". Eu não estava nem aí pq nunca fui na primeira semana mesmo. Na minha opinião, esse tipo de gente não merece minha amizade. Eu é que não quero me misturar com eles. Claro que para as mulheres é pior. O calouro é considerado inferior, a caloura é mais inferior ainda. É uma questão muito delicada porque a instituição é trotista. É muito difícil mexer nisso porque os docentes responsáveis no máximo advertem. Abrir um processo administrativo é mega difícil, jubilar um aluno da USP então é um parto. A USP cuida muito bem dos seus, principalmente dos reacionários conservadores. Recorrer à justiça comum é o dilema que já conhecemos. Esses alunos trotistas costumam ser os mais ricos, não é questão de preconceito. Os pais pagam excelentes advogados, é preciso juntar provas... É deprimente.
ResponderExcluirNenhum trote em faculdade nenhuma do pais se compara ao que acontece nas republicas de Ouro Preto. La os ex-alunos (que estao sempre por la) humilham os veteranos, que por sua vez humilham os calouros e por ai vai. No ano passado dois rapazes morreram por uso excessivo de alcool. Existe uma pressao enorme para fazer parte da turma, brincadeiras que deixam os alunos embriagados e nem todo mundo aguenta. Todo final de semana tem festa e quando chega um ex-aluno os atuais sao obrigados a ceder ao quarto para ele e para seus convidados (ja fui a festas assim). Os calouros sao praticamente empregados, fazendo tudo o que os veteranos pedem. E nao tem ninguem que queira mudar a situacao, os alunos gostam disso. O MP esta investigando a morte dos alunos e alguns abusos foram proibidos mas as republicas sao privadas entao nao ha muito o que fazer. Mas fico pensando no que essa juventude esta fazendo. Nao ha explicacao.
ResponderExcluirMaria Lia.
nao sei por que, mas nada disso me espanta.
ResponderExcluira usp é um lugar preconceituoso, machista, patriarcalista, discriminatorio. em suma: o microcosmo do brasil elitista.
e o pior é que até o povinho que se diz de esquerda é assim.
duvido que mude
érica
Lembrei algo... Vi no Facebook de um amigo hj sobre o trote na universidade que ele estuda... Um texto com rimas sobre as calouras... Algo como se os meninos do curso fossem "pegar" todas as calouras de todos os cursos... Não gostei do que li... Até pq, apesar de algumas coisas, achava ele um cara legal... Na universidade que estudei, o trote é proibido hoje... Quando entrei não era, mas foi uma brincadeira bem leve e sem ofensas...
ResponderExcluirRevoltante as "manifestações" misóginas e agressivas que as manifestantes enfrentaram. É triste ver que a universidade, que teoricamente é um espaço de crítica à estupidez generalizada da sociedade, não raro reproduz os atos mais abomináveis. Acompanhei por fora a semana de trote na FFLCH onde faço pós-graduação e felizmente lá, ao menos até onde vi, não teve nenhum trote desrespeitoso ou preconceituoso. Enfim, deixo aqui registrada minha solidariedade às pessoas corajosas que enfrentaram essa tradição infame da "miss bixete". Parabéns, meninas!
ResponderExcluirEu vi alguém dizendo que o livro cinquenta tons incentiva a violência. Olha, eu sei que o livro é ruim, por que eu já li, e ele é mal escrito, cheio de clichês, machistas, conservadores, etc, mas ele fala de um fetiche, que é CONSENTIDO e não tem nada haver com violência.
ResponderExcluirPode parecer para quem não conhece ou para quem apenas leu o livro sem pesquisar mais nada sobre BDSM que é pura violência, mas não é. É a busca do prazer a dois ou mais.
Eu sou feminista e curto BDSM, acho um fetiche muito libertador, pois você deixa bem claro o que te agrada, o que não te agrada e quem pratica está ali consciente. É libertador pois é livre de preconceito. Ser vagabunda, puta, vadia, no BDSM é sinal de coisa boa, é sinal de que você não tem medo de procurar prazer.
Quanto ao trote eu sempre fui contra, inclusive não fui nas duas vezes que iniciei em faculdade, uma particular e outra pública.
Desculpem falar mais do livro e do BDSM que do assunto do texto. Esse assunto realmente me deixa um pouco irritada, o livro só ajudou a passar a imagem que quem pratica BDSM é doente, tem algum problema, etc.
bjs
Ah Lola, mais um caso de femicídio (detalhe que meu corretor ortográfico nem reconhece a palavra), e nesse até mesmo um homem morreu na confusão!!
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2013/03/homem-mata-varias-pessoas-da-mesma-familia-em-macabu-rj.html
Gente, esse manual da caloura tá lindo quero copiar... rola de disponibilizar o pdf?
ResponderExcluirLuisa
Prova máxima de que é possível um trote divertido, respeitoso e memorável: o meu.
ResponderExcluirQuando eu entrei na faculdade, no primeiro dia de uma determinada matéria, que correspondeu ao 3º dia de aula, um grupo grande de veteranos estava em nossa turma junto com uma professora com cara de poucos amigos.
Imediatamente nos esclareceu que aqueles veteranos havia sido reprovados e que com ela não teria moleza.
Depois de mais de meia hora passando lista de livros e trabalhos que faríamos no semestre, foi revelado que era tudo brincadeira, sequer a professora era a original daquela disciplina, a verdadeira entrou e os veteranos jogaram confetes na gente com uma faixa de boas vindas.
Depois fomos todos levados ao centro de convivência, onde reecebemos duas bolachas e a ordem de colocar as duas na boca sem engolir. A missão era cantar o hino nacional com as duas bolachas na boca, e foi muito, mas MUITO engraçado.
Nos divertimos, rimos, nos sentimentos bem-vindos e nos integramos.
Esse trote valeu muito a pena.
Eu fui do Caaso, a pressão que os veteranos fazem é perfeitamente enfrentável. Pessoas mais suscetíveis podem acabar fazendo besteira, mas como esperar ponderação de um monte de gente bêbada?
ResponderExcluirEu estava na Unesp na semana em que começaram as discussões sobre o "rodeio das gordas". Demorou, mas os caras foram punidos. Fico contente que a Lola seja chamada p/ participar das palestras. Esses alunos têm boas condições financeiras. Moram bem, muitos têm carro, não precisaram nunca na vida lutar por justiça ou pela melhora de suas vidas. São um bando de filho da puta mesmo (me desculpem as putas, é que o xingamento é um maldito costume). Que ódio. Ragusa
ResponderExcluirEstá aqui o (lindo) Manual da Caloura USP 2013: http://frentefeministausp.files.wordpress.com/2013/02/manual-da-caloura-versc3a3o-online-final.pdf
ResponderExcluirA caloura, em inegável situação vulnerável (assim como todos os calouros, mas com a particularidade da opressão por gênero), sofrerá a pressão psicológica e social de centenas de pessoas que compõem o grupo do qual ela fará parte e pelo qual ela quer ser aceita.
ResponderExcluirNão é difícil encontrar relatos de calouros e calouras que, para serem aceitos e não serem taxados como anti-sociais e chatos, se submetem a situações que vão contra sua própria vontade.
Vai gente, continua passando a mão na cabeça dessas "oprimidas". Que conversa... se fosse uma criança de 10 anos eu concordo mas gente adulta, que passou em faculdade ser tratado igual deficiente mental, por favor.
Se ainda resta alguma duvida se a USP Sao Carlos eh um ambiente extremamente machista, confiram o hino do Caaso (centro academico):
ResponderExcluir"Nós somos lá de São Carlos
Viemos aqui pra zonear
No esporte nós somos bosta
Nosso negócio é a chachaça
E mesmo que nós não ganhe
Que nós apanhe vamos brindar
A comida da diarréia
E as mulheres dão gonorréia
A pinga queremos com limão
Mulheres com muito mais tesão
Porém se a USP amada
Precisar da macacada
Puta merda que cagada
Como é legal calcular a integral
Mesmo sem grafite calculamos o limite
Amor de graça peloa cachaça
Não há quem possa
Com a turma nossa
(nome do curso) U-S-P CAASO CAASO
Botando pra fudê"
Quem fala "ninguém é obrigad@ a aceitar" certamente nunca esbarrou com esse ritual animalesco chamado trote. Já vi casos onde roubavam ou pertences dos calouros pra forçar a participar, já vi tirarem calouros de sala de aula pelo braço. Houve época que cortavam os cabelos na marra. Alguns veteranos inclusive conhecem os horários dos alunos para ficarem perseguindo. As pessoas acabam indo por medo, poucas são as que realmente acham graça nessa imbecilidade toda.
ResponderExcluirSem falar de que sempre tem aquele cretino pra dizer "mas aí você não vai conhecer ninguém, fazer amigos, etc etc", os quais sempre respondia: estou aqui pra estudar, não pra "fazer amigos", até porque amigos assim dispenso (e olhem só, não morri de "solidão" na faculdade! fica a dica pra galera).
Reparei que esse stress de trote é mais comum em cursos diurnos (pelo menos aqui no Rio)... normalmente cursos noturnos são mais tranquilos, acho que pelo perfil dos alunos, que geralmente são mais velhos, já trabalham, alguns inclusive já tem família. Não sei se esse perfil é comum em todas as faculdades.
ResponderExcluirEu não entendo várias coisas nessa história e se alguém se dispuser a explicá-las, sou 100% ouvidos:
ResponderExcluir1. Se essa é uma tradição que já dura 15 anos, por que a polícia não é chamada para monitorar o evento?
2. Se a polícia não der ouvidos à causa, por que não chamar a Corregedoria ou mesmo envolver os pais dos alunos na questão?
3. Se as bixetes não são coagidas fisicamente a participarem, se a coação é "moral", então por que continuam participando?
4. Todas as bixetes odeiam o evento ou será que elas gostam de desfilar e fazer a algazarra com os veteranos, para no ano que vem estarem humilhando as calouras também?
5. Por que os grupos opositores ao trote violento não buscam o Ministério Público, já que pelo visto a instituição de ensino em si está pouco ligando para a coisa (relembrando que a tal tradição logo logo está fazendo maioridade).
6. Por que a Frente Feminista não registrou boletim de ocorrência por ato obsceno da parte dos trogloditas que ficavam mostrando o pênis para as manifestantes? Ter uma condenação criminal nas costas é uma maneira de efetivamente ferrar a vida de uma pessoa e pouca coisa é mais pedagógica que cidadão não poder prestar um concurso público ou procurar um emprego por ter a ficha suja.
7. Idem para a coisa do panfleto apologético à violência, perfeitamente enquadrável como crime também.
8. Até quando gente adulta, que conseguiu passar em um dos vestibulares mais concorridos do país continuará a ser tratada como criancinhas de 5 anos incapazes de decidirem por si só? Quando chegou a minha vez de participar desses trotes infelizes, eu simplesmente não participei. Aliás ninguém viu minha cara até as aulas efetivamente começarem. É o que muitas pessoas fazem até hoje. Acho errado vitimizar pessoas que têm plenas condições de optarem por conduta diversa, isso é tirar deles e delas o papel ativo que têm na manutenção da opressão, do machismo e da misoginia.
9. Se essa história toda não der em nada, ano que vem vai ter trote e Miss Bixete de novo e os calouros humilhados de hoje serão os veteranos e veteranas opressoras de amanhã?
10. E as mulheres que participaram voluntariamente do Miss Bixete, elas serão punidas de alguma forma também ou só os homens opressores que o serão?
11. "Para a realização do Miss Bixete, uma passarela e uma estrutura de som são montadas no interior do Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira (CAASO)". São contra, mas permitem que a passarela seja instalada lá. Não é contraditório isso?
Agradeço a paciência de quem me responder.
Muito lindo o Manual da Caloura USP 2013...muito obrigada!!!
ResponderExcluirJaci
O fato de apenas cinquenta manifestantes, veteranas eu suponho, estarem se opondo à tal da tradição me parece bastante emblemático e ao mesmo tempo, revelador, bem como o de a tradição já perdurar por década e meia sem intervenção da justiça e da polícia. Isso me faz ter menos pena ainda das "bixetes" que dali a um tempo estarão humilhando e incentivando as calouras a se humilhares também, perpetuando o ciclo de merecimento que elas mesmas poderiam quebrar simplesmente não cedendo aos misóginos e lutando ferozmente pela própria dignidade ao invés de aceitarem tudo em prol de um benefício praticamente imaginário.
ResponderExcluirVi o update agora e essa matéria me deu vontade de vomitar.
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/1240052-se-fosse-minha-namorada-nao-deixaria-desfilar-diz-organizador-de-trote.shtml
Esse "anônimo" que além de covarde e machista, é mau caráter diz que as calouras que participam do desfile "querem se mostrar" mas que se fosse a namorada dele ele não deixava.
E se ela quisesse se mostrar também? O que o machinho ia fazer pra impedir?
Bater nela com uma cinta talvez? Porco.
Obrigada pelo manual. Tá massa!
ResponderExcluirNa faculdade de Direito em que me formei, trote = expulsão, ainda que o trote fosse aplicado fora das instalações da instituição de ensino. Fica a dica e o exemplo.
ResponderExcluir"Falarei por mim: não somos livres nesse caso. Durante uma semana ou mais, os trotes de Medicina, por exemplo, acontecem. Ou seja, durante uma semana seus colegas vão se conhecer, os veteranos vão conhecer seu colegas e, possivelmente, construir laços. Você, obviamente, não vai querer ficar de fora e passar um ano ou mais sem fazer amizade com alguém."
ResponderExcluirSe existe gente capaz de acreditar em entidades imaginárias deístas, não me espanta que ainda exista alguém capaz de acreditar numa besteira como essa de "mimimi se eu não tiver pasta de dente enfiada no ânus, beber urina e mostrar meus seios não serei amigo de ninguém na facul", POR FAVOR NÉ GENTE.
MUITAS são coagidas a participar pq querem ser aceitas? POR QUE RAIOS ESSAS MULHERES QUEREM SER ACEITAS POR ESSE BANDO DE IMBECIL? Sério...
ResponderExcluirAs mulheres que participam disso tem culpa de que isso permaneça. Colaboram pra que que isso continue, por uma lógica simples: sem mulher pra desfilar adeus desfile de "bixete". E elas são livres pra participar disso, SIM. E são por isso responsáveis, so sorry.
Exatamente meu ponto de vista.
Eu NÃO TENHO PENA de mulher que valida o patriarcado. Se ela aceita ser humilhada, se ela aceita ficar de quatro na frente dos machinhos de rabo erguido com uma placa de "me aceitem", então ela vai ter tudo o que merece. Porque tentou obter um benefício, se aliando aos misóginos. E ano que vem vai estar lá de mangueira na mão, molhando a camiseta das bichetes.
O que eu acredito que pudesse ser mais saudável fazer... seria uma campanha anterior ao evento para apontar e conscientizar as garotas que se submetem a esse tipo de evento. Explicar o porquê do machismo, da degradação da imagem da mulher e o quanto são responsáveis para perpetuar esse tipo de visão que a sociedade como um todo ainda tem da mulher.
Concordo com isso também e que fosse bastante enfatizado que a mulher-vítima genérica pode também estar sendo um agente propagador do machismo, cabendo a ela, e não a outros, empoderar-se e quebrar a corrente. Chega de tratar mulher como criança, gente! Até chamar de "menina" eu sou contra, isso é infantilização.
Em outro comentário, da mesma comentarista:
Ou seja, incentivar as garotas a irem não é imposição. Do mesmo modo, se alguém deseja ser aceito por um bando de imbecil é porque DESEJA fazer parte desse grupo de imbecil. Sad but true.
Em suma, é isso. Parabéns pela clareza de suas idéias.
temos um trote incrivelmente machista e desrespeitoso na UFPR, as calouras são obrigadas a colocar preservativo num pepino usando a boca, alem de inúmeras outras coisas do tipo, fora o assedio sexual por parte de alguns professores que todos no curso consideram "normal".
ResponderExcluirAcho q está mais do q na hora de proibirem os trotes. Todo mundo sabe q esse tipo de "iniciação" não passa de jumilhação e tortura disfarçada. Pessoas (homens e mulheres ) já foram até mortas por tamanha ignorancia.
ResponderExcluirTb já está na hora das faculdades assumirem suas resposnsabilidades qto a essa situação. Elas parecem simplesmente ignorar essas atrocidades.
Lembro q em meu primeiro dia de faculdade o prof de cálculo saiu de sala antes de terminar a aula pra ceder o restante de seu horário para os veteranos fazerem suas gracinhas. Ou seja, total omissão e até conivencia do funcionários das faculdades.
Qdo fiz faculdade, nos anos 90, o cenário era o mesmo de hj, ou seja, o ambiente academico não evoluiu em nada em tantos anos. Tinhamos de desfilar, destruir bexigas de ar ao sentar nos colos do veteranos e mostrar o umbigo.
O povo q diz q as calouras são livres pra fazerem o que querem, é pq nunca passaram por esse tipo de trote, q geralmente ocorre nas áreas de exatas e medicina, onde a maioria são homes imaturos.
Há tratamentos ofensivos, ameaças e truculencia, como no meu caso em q fui puchada pelos cabelos ate a "passarela". Na mesma época em q eu passava por isso, todos os jornais do Rio expuseram o caso de uma menina da Gama Fiho ou Veiga de almeida ( já não me lembro qual ) q se recusou a participar de trote e foi espancada.
Onde está a liberdade de escolha nisso? Não existe liberdade qdo suas opções são ou a humilhação ou agressão física.
Tá, mulheres que aceitam participar dessa palhaçada são idiotas? São
ResponderExcluirMas não é pra elas que as nossas miras têm que estar apontadas...
ResponderExcluirimpressiona q esse tipo de coisa aconteça em uma universidade. impressiona q pessoas planejem situações de humilhação. impressiona q pessoas defendam situações de humilhação. impressiona q pessoas se submetam a situações de humilhação. impressiona q JOVENS ainda pensem assim. qdo as coisas serão diferentes?
tudo muito lamentável e triste nesses trotes, pois quem acha brincadeira humilhar e oprimir, o faz com qq pessoa, em qq situação e ao longo da vida. quem humilha um, humilha todos.
lamentável q quem se permite humilhar este ano, o faça na expectativa de humilhar outros no ano seguinte.
triste é imaginar como deviam ser as reuniões de planejamento desses trotes, já q ninguém levanta a mão e pondera q talvez, assim só talvez, esse tipo de coisa não fosse adequado.
saudades de qdo trote era apenas uma aula maluca e aterrorizante em q o falso professor pedia coisas impossíveis, inventava conceitos inacreditáveis e absurdos, e fazia terrorismo. depois galera td se reunia pra se divertir fazendo coisas idiotas e inofensivas.
tenho a impressão q os trotes estão sim, mais agressivos em relação à mulher (apesar de q violência e humilhação sempre estiveram presentes, para ambos os sexos). pode ser só a maior visibilidade, mas esse concurso da usp são carlos acontece há 15 anos. é bastante tempo, mas não é tempo para ser considerado tradicional. dá apenas 4 gerações de estudantes. começou às vésperas do séc. xxi!! tradição é raspar o cabelo e pintar o rosto. sem contar q ser tradição não implica ser eterno. as coisas mudam (ou será q não?).
essas demonstrações de misoginia explícita nas universidades são “novidades” q assustam justamente por partirem de jovens informados. a misoginia e o machismo, ao invés de desaparecerem, ficam mais violentos. homens q humilham e mulheres q, muitas vezes, não só aceitam como entendem essa situação como brincadeira. não é e está muito longe de ser apenas brincadeira.
(sintomático q o machinho organizador se ache no direito de “proibir” a namorada de participar. ué, não é só brincadeira? as garotas não participam pq querem? e se a namorada quiser? ela não pode? ele não “permite”? um jovem dizendo isso? nem meu pai diria uma estultice dessas!!)
brincadeira é cantar o hino nacional com bolacha na boca, como disse a Maya.
e foi ótimo q as feministas tenham apoiado as garotas q não queriam se sujeitar àquela humilhação. a reação dos homens universitários confirmou q nada ali era brincadeira. td era apenas afirmação de falso poder do homem sobre a mulher (e a aceitação ou validação desse falso poder pela mulher). se haviam dúvidas sobre o significado do trote, a reação da rapaziada dissipou-as todas.
assinaram o atestado de boçalidade. resta à galera consciente condenar os babacas ao ostracismo.
mas seria lindo se, de fato, os calouros todos se juntassem às feministas contra a humilhação. mas o processo de deseducação é longo. aprende-se a aceitar as humilhações sexistas diárias. pior, aprende-se a entendê-las como piadas inofensivas. até a gente desaprender isso... sempre acho q seria rápido, mas os milênios de doutrinação indicam q não.
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andré,
a ponderação esperada era anterior ao evento. a ponderação esperada é dos organizadores. espera-se q jovens universitários sejam menos boçais e pensem formas de integrar calouros sem humilhação.
mas, considero o evento educativo. claríssimo para tds quem são os boçais da usp são carlos, da usp ribeirão, de ouro preto, da puc e assim, em cada universidade ou faculdade em q humilhações são consideradas formas legítimas de integração.
da mesma forma q postagens e compartilhamentos no facebook tb são ótimos identificadores de boçais.
imagina como é bacana ficar sabendo, no primeiro dia de aula, quem são os boçais babacas do seu curso?
NUNCA PARTICIPEI DE TROTE DE FACULDADE, SEMPRE ACHEI ISSO UMA BABAQUICE, NINGUEM NUNCA TENTOU ME FORÇAR, TALVEZ POR EU SER GRANDE, SIMPLESMENTE CAÍA FORA.
ResponderExcluirTROTE DE FACULDADE DEVERIA SER PROIBIDO.
Anônimo das 00:32,
ResponderExcluirmas era justamente isso que as manifestantes estavam tentando dizer às calouras.
Só que de forma só um pouquinho mais solidária.
Em primeiro lugar, minha solidariedade à frente feminista que vocalizou contra o Miss Bixete e sofreu as consequências da brutalidade machista. Lamento que apenas cinquenta pessoas fizeram contraponto à barbárie e lamento por todas as mulheres que apoiaram os atos de misoginia contra seu próprio gênero, participando ou incentivando outras pessoas a participarem do tal "concurso", bem como da agressividade contra o protesto pacífico.
ResponderExcluirA última vez que fui caloura na vida foi em 1999, faz muito tempo né! E lá o trote era pacífico, não eram permitidas pinturas corporais ou mandar calouros para semáforos, tudo acontecia dentro da faculdade e com a supervisão presencial do diretor, que participava das brincadeiras também. Era uma gincana na verdade, com provas desde a velha e boa "corrida no saco" até arrecadação de alimentos e a equipe vencedora não pagava nada no dia do churrasco de confraternização. Simples e singelo, zero mortes, zero violência e que eu saiba lá é assim até hoje.
Na primeira vez que fui caloura, em 1994, a coisa não era bem assim. Advertida do fato notório que os trotes eram sim muito violentos, simplesmente deixei de ir na semana das tais "brincadeiras" e vejam vocês, não fui perseguida, hostilizada, não tive cabelos cortados à força, não mostrei os peitos e nem por isso deixei de ter amigos ou me formar e nem me senti no direito de humilhar calouros quando eu própria era veterana, jamais endossei tais atividades.
O ideal é que essas merdas não existissem, que as pessoas não tolerassem isso. Mas passa ano e ano e tudo continua a mesma coisa, se não pior! Então pergunto: por que as pessoas aceitam participar disso? Por que elas simplesmente não deixam de ir, não entram com representações judiciais contra as universidades que toleram as práticas, não entram com ações cíveis e criminais contra esses torturadores maiores de idade e perfeitamente imputáveis?
"O Direito não socorre a quem dorme", frase que se aprende no primeiro dia de aula do curso.
O fato, pra mim, é que as pessoas aceitam participar disso porque querem e para terem o direito de fazer o mesmo nos anos seguintes.
Assim, bem medido e bem pesado, machistas e bixetes cooperativas estão no mesmo saco e propagando os mesmos ideais. A culpa é de quem organiza, de quem participa e de todo mundo que se omite. Por isso que nada muda e nem vai mudar.
Seria legal que houvesse um trabalho de conscientização e que esses mesmos jovens que se engajam tão facilmente quando um cachorrinho apanha de uma psicopata também parassem de aceitar qualquer porcaria, esperando que o mundo mude. Tá na hora dessa gente CRESCER e parar de acreditar em mentiras. Mas se acreditam e a defendem, lamento, minha solidariedade com essas pessoas é nula.
No endereço abaixo, mais informações sobre essa violência machista, profundamente condenável.
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/96502-usp-apura-hostilidade-a-feministas-em-trote.shtml
É preguiça mental ou burrice mesmo essa coisa de achar que se vc não é amarrada e empurrada para participar de algo, então só pode ter participado por livre e espontânea vontade?
ResponderExcluir"Ah, mas é estupidez querer ser aceita por um grupo de imbecis!". Faltou colocar um "bem feito" ali no final pra completar o raciocínio.
Parabéns se quem está dizendo isso nunca foi adolescente, nunca foi ingênuo, tímido, sempre soube se impor em todas as situações possíveis e imagináveis e nunca precisou se submeter a nada que não quisesse fazer por medo do que a recusa em uma situação desconhecida e claramente hierárquica e impositiva poderia causar. Clap clap. Vcs são fodas.
Tão fodas que não hesitam em apontar o dedo na cara dos pobres mortais, fragilizados e retardados, que cometem cúmulo de se deixar humilhar, e por isso são culpadas pelo que lhes aconteceu (e que por isso, suponho, não podem reclamar depois).
É preguiça mental ou burrice mesmo essa coisa de achar que se vc não é amarrada e empurrada para participar de algo, então só pode ter participado por livre e espontânea vontade?
"Ah, mas é estupidez querer ser aceita por um grupo de imbecis!". É, parece que faltou colocar um "bem feito para quem se submete a isso" ali no final pra completar o raciocínio.
Parabéns se quem está dizendo isso nunca foi adolescente, nunca foi ingênuo, tímido, sempre soube se impor em todas as situações possíveis e imagináveis e nunca precisou se submeter a nada que não quisesse fazer por medo do que a recusa em uma situação desconhecida e claramente hierárquica e impositiva poderia causar. Clap, clap. Vcs são fodas. Dignos de inveja.
Tão fodas que não hesitam em apontar o dedo na cara dos pobres mortais, fragilizados, infantilizados e retardados, que cometem cúmulo de se deixar humilhar, e por isso são também culpados pelo que lhes aconteceu (e que por isso, suponho, também não podem reclamar depois).
Não, eu não passei por trote humilhante. Só fui pintada, nem dinheiro no sinal pedi. A coisa mais "forte" que vi no meu trote foram umas calouras saindo do banheiro com o sutiã por cima da blusa e sendo escoltadas pelos veteranos para o elefantinho que já se formava do lado de fora. Aí eu rapei fora, porque já não tinha paciência pra esse tipo de coisa. E eu sou meio autista, então perder oportunidades de socialização nunca foi exatamente uma preocupação para mim.
Mas eu já fui adolescente, sabe? E não tive uma educação de super heroína. Como virtualmente todas as mulheres, fui educada para não responder, para não incomodar, para sentar de perninha fechada, me comportar como mocinha. E isso meio que te tira a capacidade de enfrentamento. Porque enfrentar não é coisa mocinha. Mocinha ouve calada, no máximo discorda baixinho, se esforçando ao máximo para não ofender. E por mais que a mocinha seja revoltada, como a exemplar aqui sempre foi, ela precisa aprender sozinha a enfrentar. Que ela pode dizer não. Que ela não está agindo como macho (insulto supremo numa cultura homo/transfóbica de feminino versus masculino) se discorda enfaticamente de algo. Que ela pode se recusar a fazer algo. E esse aprendizado demora, geralmente só surge na vida adulta, frequentemente DEPOIS que vc passa pela faculdade.
Então, meus parabéns de novo se vcs nunca tiveram problemas com isso. Especialmente às mulheres. E parabéns aos seus pais também se te ensinaram o oposto do que geralmente ensinam às filhas. A maioria precisa aprender isso tudo sozinha, depois de passar por muitas e boas. É por isso que esclareço que, daí da sua fodice de quem nunca precisou passar por isso, é muito mais efetivo participar da conscientização de que ninguém tem que se submeter a isso, do que ficar apontando o dedo para quem passa/passou. Tenho certeza que vcs são tão fodas que não terão dificuldade de entender isso.
Off-topic, Lola, mas já ouviu de uma página no facebook chamada "Metendo a Real"? Toda sorte de coisa bizonha por lá, desde propaganda de grupo dos guerreiros de um real até postagens falando do feminismo como o inimigo a ser combatido... e pra piorar tem mais de 35.000 curtidas. Vi porque um conhecido meu compartilhou uma imagem da página. Coisa tensa.
ResponderExcluirVocês estão sendo duras demais com as calouras. Elas são apenas vítimas de um sistema.
ResponderExcluirAté a palavra "trote" já implica algo como uma pegadinha. Já existe uma corrente que prefere chamar de "recepção", e eu estou nela. Também não uso as palavras "calouro(a)", "bixo/ete", "veterano(a)", etc. Todas elas são profundamente conativas e exprimem valores preconceituosos.
ResponderExcluirGostaria de mencionar que a aluna que mais me agrediu em minha recepção foi candidata a vereadora pelo PSC nas últimas eleições. Eu tenho uma tese de que trotistas tendem a ser conservadores de direita. =P
estou passada. inacreditável imaginar uma situação dessas dentro de uma universidade. lola, leve um pouco de esclarecimento à essa juventude. eles estão precisando urgentemente.
ResponderExcluirLola, passei pela experiência de ter estudado em uma particular (não essas de esquina como comentaram aí em cima) e agora estudo em uma federal, e sinceramente? Na federal vejo coisas das quais se acontecessem 1/3 delas na antiga instituição em que me formei, os responsáveis seriam expulsos na hora!
ResponderExcluirNo meu "trote" da graduação (a qual fiz na particular) os veteranos se limitaram a colocar um pouco de tinta na nossa cara e nos levarem a um bar. Todos se divertiram, não houve humilhações e nem pressão para que ngm participasse. Ninguém que não foi ao trote foi boicotado das festas e confraternizações. Nada de concurso miss bixete, pedir dinheiro em sinal, banho de água de peixe, sumiço de nossos pertences... NADA! Só bebemos, nos divertimos e conhecemos os veteranos.
Desde quando entrei na federal presencio trotes que me fazem ter vergonha alheia. E os cursos que organizam esses trotes violentos sempre são agronomia, veterinária, engenharia... Um dos casos foi conhecido, que vc até fez um post aqui, cujo os veteranos coagiram as calouras a chuparem uma linguiça ao coro de "putaaa, vai até o talooooo". Em outro trote eles pintaram um porco e fizeram piada com a gripe suína. Claro que os protetores dos animais ficaram putos - e com razão! Homofobia, misoginia e preconceito tb são bem comuns nesses trotes.
Mas vc como professora universitária sabe que os excessos nas federais não se limitam ao começo de semestre. Onde eu estudo bebidas alcoolicas são vendidas nos CA's, e nem preciso dizer que o uso de drogas dentro da instituição é comum (não no matagal gente, nos corredores mesmo). Esse ano o CA de direito foi pichado com mensagens homofóbicas e antifeministas. Há algumas semanas atrás uma estudante foi agredida no estacionamento por ser lésbica. Várias meninas são estupradas a caminho do ponto de ônibus pq não há policiamento, afinal, a universidade é um local de "livre pensamento" e a polícia não é bem vinda lá. Não teria problema se a segurança do campus fizesse esse serviço, mas não faz.
O problema é maior do que os atos de discriminação em situações isoladas. Os autores dessas ações fazem parte da minúscula elite intelectual do país. Utilizando esses fatores como parâmetros, da para afirmar que a academia brasileira é bem medíocre. Eu que quero seguir carreira acadêmica fico muito desanimada com esse horizonte.
Namá... você é novx no blog, né? :)
ResponderExcluirSeja bem-vindx!
Poderiam ter filmado o protesto e o contraprotesto.
ResponderExcluirPois é, entrei em 2010 na UFRGS em Ciência da Computação. Não participei do trote e virei pária. Fazer o que, é a verdade. Virei a guria que não socializava, que não tinha tomado banho de peixe podre nem tinha passado a mão no saco escrotal alheio ao fazer o elefantinho.
ResponderExcluirMas olha, 2 anos depois eu simplesmente desisti daquela gente. E agora, trabalhando na área da tecnologia, desenvolvendo softwares que nunca foram desenvolvidos no mundo eu sou tratada como ignorante, me tratam como se eu fosse criança e burra. Me parece que a área da tecnologia é minada dessa visão imbecil, uma das razões pela qual larguei o curso. E agora estou largando a área. Não é possível passar 40 horas por semana sendo humilhada por não ter um pênis.
E os mesmos que me isolaram, são pessoas que defendem que todos os animais que vivem no campus do vale sejam mortos, que as cotas sejam proibidas, que dizem que o DA defende só quem votou nele, quem votou contra que se dane. Eles não entendem NADA de democaria ou igualdade. São reacionários. Não posso dizer que são todos. Existe uma resistência que engloba uns 20 alunos de todo o instituto de informática (mais ou menos 600 alunos), que apóia as manifestações populares, a igualdade, o direito dos alunos trabalharem, a adoção responsável dos animais que vivem o campus. Eu não consegui conviver.
Isso porque pelo visto vcs nunca foram em botucatu neh?
ResponderExcluirali sim precisa de defensor de tudo q é tipo, não só das mulheres.
Acho louvável esse tipo de iniciativa, realmente tem universidade que pega MUITO pesado. Mas só pq não se impõe um limite, por isso esta intervenção se faz necessaria.
Já vi trotes da UNESP de guaratingueta e USPde Pirassununga e dá vontade de participar. Tem sus brincadeiras q pra mim são bem bestas, mas não existe essa pressão toda. Muito pelo contrário, as brincadeiras existem mas se as bixetes não quiserem participar, seus veteranos vão em sua defesa e encontram brincadeiras paralelas.
Enfim, bravo!
Li todos os comentários e concordo com todos que disseram que ficar passando a mão na cabeça de gente que valida o patriarcado não é a melhor coisa do mundo.
ResponderExcluirAgora o que eu queria saber é: o que efetivamente pode ser feito para impedir a violência no trote, além de faltar na primeira semana?
Eu posso chamar a polícia, por exemplo? Tem alguma forma dos alunos e alunas se protegerem dessa barbárie?
Obrigada pelas respostas, caso venham.
Tanto o trote que eu levei e o que eu dei foram ótimos! Sim: tinta, cola, farinha, café, etc foram jogados! Tinha bebida, mas bebia quem queria! Eu, por exemplo, não bebi pinga, mas após o pedágio, fui comemorar no bar! =)
ResponderExcluirNão concordo com a proibição dos trotes. Talvez por conta da minha experiência positiva, pois me diverti muito, conheci pessoas, enfim, foi BOM! Não sei se um trote legal é a exceção, ou a regra.
Vídeo do trote: https://www.youtube.com/watch?v=fXtPn922Axg
Talvez eu esteja errada, mas tenho que concordar em partes do "faz quem quer", pois não fui obrigada e nem coagida a fazer algo que não queria!
Dêem uma olhada no que será o trote da Poli-USP desse ano...
ResponderExcluirAcho que a diversão deles é ficar no limite entre a "liberdade de expressão" e o crime...
Detalhe: muitas dessas pessoas (que estão na foto) são velhos conhecidos de Assembléia Gerail (dos estaudantes da USP) que fazem tumulto e pregam o fim do ME, e o retorno de uma USP gloriosa e elitista, e muitas vezes são a favor do retorno dos militares no poder...
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=308257445943999&set=a.200338116735933.27653.187490008020744&type=1&theater
OBS: Presenciei em 2008 um tipo desse de trote, estava na FFLCH e um grupo de politécnicos (todos homens, estavam com camisetas e carro com adesivo), entraram com o carro no saguão da faculdade (onde estavam vários alunos) e roubaram os cartazes das mobilizações estudantis que estavam ocorrendo... Isso me disse duas coisas na época: 1) não são a favor da democracia ou da liberdade de expressão, pois invadir com o carro outro instituto para retirar cartazes e querer pregar o silêncio, e uma grande provocação política. 2) os atos que são incentivados na semana de integração dos bichos, beiram à criminalidade, desde que não sejam pegos, vale tudo.
Minha semana de bixo na ECA teve o Miss/Mr Bixete/Bixo, no qual uma menina saiu chorando. Mesmo com toda a felicidade de ter passado, achei aquilo o cúmulo da tosquice. O fato de não me curvar aos veteranos para nada também me fez ganhar a fama de MAL COMIDA/SAPATÃO, pq né, se vc não é submissa, só pode ser um dos dois.
ResponderExcluirNa minha matrícula da FFLCH nem pintada eu fui, tamanho o respeito de quem estava lá. Fui super bem orientada pelos veteranos. Não fui na semana dos bixos, mas recebi um panfleto com diversas atividades (incluindo debates, o fundamental de uma Universidade).
Agora, sobre a Poli... conheci muito Politreco legal (inclusive fazia um estudo com alguns professores e alunos de lá), mas chega a ser triste. Muita gente tenta transformar aquilo num "clube do Bolinha", como se fosse crime mulheres conseguir uma vaga lá - e quando consegue, corre o risco do assédio em espaços públicos.
A USP tem ciência desses trotes, só que, para variar, enfrenta com campanhas falhas (não as campanhas em si, cujos alunos de Publicidade fazer gratuitamente e muitas vezes tem que satisfazer a mentalidade atrasada das pró-reitorias), mas com cronogramas que falem com os veteranos e explicite as punições para esse tipo de atitude.
Eu dou risada da tolerância que as "feministas" têm com mulheres machistas. Queria saber se um homem praticasse atos absurdos e viesse com o discurso de "eu não sabia, não era empoderado, acreditei na mentira, tadinho de mim tão oprimido pelo sistema" se haveria essa passação de mão na cabeça toda. DUVIDOOOOOO.
ResponderExcluirMas vamos continuar tratando mulheres adultas, maiores de 18 anos, que passaram em um processo seletivo dos mais difíceis como criancinhas de 3 anos com Down! É super bom para a causa isso, tirar a responsabilidade de PESSOAS ADULTAS e jogar no sistema! Pelo visto, o fenômeno da adolescência tardia, aquela que se prolonga até os 30 anos e além não é totalmente sem causa.
Tadinhas das bixetes oprimidas que levantaram os seios na passarela em troca de não pagar nas festas dessa turminha do barulho que apronta todas na sua telinha! Tadinhas das veteranas desempoderadas que molham as bixetes, carregam-nas pelo braço e coagem as calouras a se humilharem para os machos! Morro de pena mesmo! Ô gente sofrida viu!
Por isso que mulher é tratada como lixo na sociedade. Quando querem fazer MERDA, aí é liberdade e empoderamento, aí quando DÁ MERDA, tadinha de mim, eu sou mulher, relevem minha condição de gênero!
Caricatura de feminismo, isso sim.
Uma "caloura" foi estuprada na "festa de recepção" em Juiz de Fora.
ResponderExcluirhttp://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-04-17/policia-investiga-denuncia-de-estupro-na-federal-de-juiz-de-fora.html
NOJO desse mundo.
"Mas vamos continuar tratando mulheres adultas, maiores de 18 anos, que passaram em um processo seletivo dos mais difíceis como criancinhas de 3 anos com Down! É super bom para a causa isso, tirar a responsabilidade de PESSOAS ADULTAS e jogar no sistema! Pelo visto, o fenômeno da adolescência tardia, aquela que se prolonga até os 30 anos e além não é totalmente sem causa."
ResponderExcluirOpa, claro, matéria decoreba de vestibular seleciona mesmo! E também não podemos esquecer de meninas de 17 anos participando disso.
Caro, leia sobre a espiral do silêncio. De boa.
Gente que acha que pra conhecer veteranos tem que ir em trote.
ResponderExcluirEstou no terceiro semestre de veterinária na UFLA e conheço praticamente TODOS os alunos do 5º semestre pra baixo e inúmeros veteranos de todos os períodos superiores e nunca fui em uma calourada ou trote de qualquer curso que seja. Há quem pense que sou do CA :D
Na ufla não tem trotes como esse de São Carlos, mas o encontro de veterinária, que reune cursos de todo o Brasil, COPAVET, tem um concurso chamado 'peitinho de ouro' onde as meninas mostram os peitos e são julgadas...
Pode-se dizer que ninguém as obriga a isso, mas a simples existência de um concurso como esse é algo a se pensar. Quem o criou, mulheres ou homens? A que propósitos ele serve? Satisfazer homens, de certo. Se isso não é uma cultura machista o que mais pode ser?
livia pinheiro,pq é tão difícil para o ser humano assumir que tem responsabilidade pelos seus atos?
ResponderExcluirvc tá parecendo alguns crentes,que dizem q se alguém fez algo errado,como roubar,trair,a culpa n é dele,foram influências do demõnio e se faz algo bom,tb n tem a ver com isso,foi deus.
independente das pressões,se eu aceito ficar num lugar que sei que vou ser humilhada,como eu n tenho nem 1% de culpa nisso??
e quem decide ir embora e n aguentar o trote,a decisão tb n foi da pessoa?
então esses nojentos,n devem se responsabilizados por nada,a culpa de se comportarem como doentes mentais é toda da sociedade machista,eles são vítimas,pobres coitados!
eles n tem culpa de achar q as mulheres devem enfiar uma linguiça na boca,para simularem sexo oral,só pq eles querem!
Nessas horas, em que acabo obrigada a ver o quanto a universidade não é, ainda, um espaço aberto às mulheres, todo o orgulho que eu geralmente sinto por ser formada, da graduação ao doutorado, em uma universidade que é tida como a melhor do país e uma das melhores do mundo desce pelo ralo.
ResponderExcluirReforço a pergunta que foi feita sobre o que dá pra gnt fazer pra se proteger de abusos nos trotes, tb quero saber.
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ResponderExcluirCultura machista endossada e validada por mulheres que precisavam urgentemente serem conscientizadas disso e chamadas à responsabilidade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"então esses nojentos,n devem se responsabilizados por nada,a culpa de se comportarem como doentes mentais é toda da sociedade machista,eles são vítimas,pobres coitados!
ResponderExcluireles n tem culpa de achar q as mulheres devem enfiar uma linguiça na boca,para simularem sexo oral,só pq eles querem!"
fora que basta pedirem e elas enfiam a porcaria da linguiça na boca, levantam a blusa, desfilam para veteranos a troco de cerveja....
mas coitadas, elas são oprimidas e não podem ser responsabilizadas por isso
da mesma forma que homens crescem com a idéia q seus privilégios são direitos adquiridos de nascença também não podem, eles foram educados assim desde o berço, coitados!
engraçado como essa tal igualdade de gênero vale mais pra direitos que pra deveres na visão de alguns.
É pessoal, as contradições estão gritantes.
ResponderExcluirNo post sobre os tarados de onibus: tem q berrar, fazer escandalo, dar agulhada. Eu mesma disse isso. Detalhe: os tarados visam as mais novinhas e mais vulneráveis, contam com a certeza q vão ficar paralisadas. Então quem pode berrar mais alto são as pessoas mais experientes e solidárias. Algum homem honrado voluntário?
Agora nestes trotes merdotes, as participantes não tem 9, 14 aninhos. Dei uma olhada no YouTube: tão lá se divertindo pra caramba! Disseram q depois até correram atrás do grupo feminista pra xingar e bater.
Já disse q cada um faça com o próprio corpo/mente o q bem entender, só não obrigue o outro a fazer igual e/ou servir de suporte/objeto. Ai, esse feminismo madre teresa...
Bem para além da discussão da autonomia privada das pessoas que participavam do evento de caráter evidentemente misógino, há mais o que se considerar...
ResponderExcluirHá, em primeiro lugar, uma manifestação social pacífica (talvez barulhenta e próxima, mas FORA do local em que ocorria o evento) que foi dissipada através de ameaças verbais e físicas (o que é notável nos vídeos divulgados, pelo que se pode ouvir, pela própria postura corporal daqueles que se acercaram das pessoas - que manifestavam a uma distância física considerável - e pela apropriação indevida de materiais que eram de propriedade dos manifestantes), atitudes (estas sim!), que nem em uma democracia meramente formal podem se sustentar
Há, em segundo lugar, o mais importante a meu ver em toda a discussão: a indisponibilidade da dignidade humana. Este não é o terreno de discussão da autonomia privada, nem tão pouco vitimização ou paternalismo: a dignidade humana é um bem jurídico indisponível e sua tutela é dada independentemente da vontade do indivíduo...
É por isso que (para citar um caso emblemático), na França, uma prática conhecida como “lançamento de anões” (“dwarf tossing”) foi proibida, apesar de os anões alegarem que delas participavam de espontânea vontade, inclusive ganhando dinheiro com a prática.
No Brasil, alguns programas televisivos tiveram sua exibição suspensa nesses mesmos termos...
No meu entendimento, o movimento feminista manifestava-se exatamente contra a disposição de um bem jurídico que é indisponível, e isso vai além da esfera de autonomia e ação privadas.
Da mesma maneira, entendo que a manifestação não se dirigia somente contra os homens presentes no evento misógino, mas também às mulheres que participavam e o apoiavam o evento e, preponderantemente, contra o caráter do mesmo...
Bom, só resolvi comentar por dois motivos
ResponderExcluir1: Lamentar o comentário d@ infeliz que falou que era previsível a pessoa ser de ciência da computação. Concordo que as pessoas da área de informática tem o estereótipos de não serem politizadas e machistas, mas generalizar assim também nao dá né? Babaca tem em qualquer curso. Eu como alguém que cursa ciência da computação fiquei chateado com o comentário. É o mesmo que ver alguém barbeiro no trânsito, ver que o motorista é mulher e falar "Olha só, é mulher, que previsível"
2: Quando a Lola falou de derailing me lembrei do livro "Derailing for Dummies". Na verdade nao é bem um livro, é curtinho e mostra os argumentos que pessoas privilegiadas usam para irritar/ ridicularizar e invalidar o discurso de uma pessoa marginalizada em uma discussao. É em inglês, mas o tom irônico do livro é demais! Seria até legal se a Lola fizesse um post sobre o livro, pra mostrar quão falha e pobre é a argumentação dos mascus de plantão.
Quando eu passei em Medicina na UFMG, em 2010, estava MORRENDO de medo do trote, mas ele foi mto tranquilo! Inclusive os veteranos avisaram o dia em q iria ser, pra quem nao quisesse ir.. e falaram q tudo bem não ir, q nao tinha nada disso de depois ser excluído e tal.. E realmente, quem não foi foi bem acolhido depois de todo jeito! Quando a minha turma aplicou o trote tbm foi assim. Inclusive 2 meninas quiseram ir embora antes do final e nós as acompanhamos até o DA para q elas pudessem pegar seus pertences (eles ficam guardados numa sala). Enfim, pra mim foi mto legal e foi um momento de integração mesmo.. É uma pena q ainda existam mtos trotes violentos por aí, ridículo! Um momento que era pra ser ótimo acaba se tornando um pesadelo.
ResponderExcluirTbm acho q a gente não pode julgar as meninas por terem "aceitado" participar. Tudo bem, algumas podem realmente querer e achar tudo super legal (nao entendo como), mas com certeza VÁRIAS participam por pressão!! Infelizmente, nem todo mundo tem força suficiente, com 17, 18 anos, pra se posicionar contra todo um sistema e contra todo um grupo. Nem por isso elas devem ser julgadas.
E por que é tão difícil entender o significado das palavras coação, coerção, "forçação" de barra, importunação, assédio, pressão do grupo? E que somos diferencialmente expostos a isso, de acordo com gênero? E que as consequências de sermos expostos a isso são, em geral, opostas, também de acordo com gênero? E que por isso é argumentativamente ridículo e moralmente asqueroso tentar atribuir a mesma carga de culpa a quem o faz e a quem o sofre?
ResponderExcluirReconhecer que estas coisas exercem sim influência sobre as nossas decisões está a anos-luz de distância de abdicar de qualquer responsabilidade que temos pelos nossos atos.
Parece-me que, na ânsia de culpabilizar as garotas por terem "de livre e espontânea vontade" se submetido a simular sexo oral numa linguiça, muita gente aqui não percebe que vc NÃO tem como saber como o trote vai ser, a não ser que conheça previamente o trote da universidade na qual está entrando - o que muitas vezes não é o caso. Tem um monte de gente falando que o trote na faculdade x ou y não foi nada demais, que foi até legal. E eu acho que a moça média de 17 anos dificilmente vai imaginar que é algo assim que a espera.
E que, por se tratar de algo do nível assédio sexual, a gente fica sem reação. E sem uma reação que parte de nós, a reação esperada do grupo é a que predomina. E eles ficam incitando. E elas fazem.
Agora, se o buraco for mais embaixo e a falta de bom senso for do nível "vítimas de assédio também são culpadas por não reagirem", desculpe, mas eu não me rebaixo a ponto de discutir com gente dessa laia.
Parece-me que, na ânsia de culpabilizar as garotas por terem "de livre e espontânea vontade" se submetido a simular sexo oral numa linguiça, muita gente aqui não percebe que vc NÃO tem como saber como o trote vai ser, a não ser que conheça previamente o trote da universidade na qual está entrando - o que muitas vezes não é o caso.
ResponderExcluirColega, existe uma coisa sensacional chamada Google. Fazendo uma pesquisa de cinco minutos nele, peguei matérias veiculadas na mídia desde 2007 (porque fiquei com preguiça de olhar os milhares de resultados anteriores) que praticamente falam A MESMA COISA sobre trotes dos lugares que determinei até os dias de hoje, 2013. Então é extremamente fácil e rápido saber, sim, como serão os trotes de qualquer lugar que você desejar. Pare de tratar mulher como retardada mental. Você não está ajudando em nada com esse maldito patronizing.
Sempre fui contra o trote, e isso independe de ser machista, homofóbico ou o que seja. Minha análise é mais visceral. Acredito que o trote, mais do que instrumento de opressão da mulher ou de agressão contra orientações sexuais diferentes, é um instrumento odioso do reacionarismo. Quando o vemos por esse lado, uma camada abaixo, fica visível uma explicação mais universal.
ResponderExcluirOs trotes descendem das cerimônias iniciáticas das antigas religiões. Os gregos, por exemplo, tinham rituais que envolviam embebedar os neófitos, fazer as mulheres se acasalarem com animais (sátiros), surrar os homens, sodomizar garotos etc. A submissão dos jovens aos seus “mestres” (efebofilia) era proverbial.
A Igreja Católica aboliu os antigos cultos apenas gradual e nominalmente. No fundo, foram adaptados em festivais e continuaram existindo humilhações (como a raspagem do cabelo das noviças e os jejuns). De certa forma, era como se a vida religiosa fosse um trote para entrar na universidade de Deus.
Os alunos das primeiras universidades criaram suas iniciações para testar se os novos alunos eram “dignos” dos diplomas que ostentariam. Isso envolvia exigir atos de coragem, desafiando até as leis. Em muitas faculdades de direito os calouros devem comer em um restaurante e não pagar a conta (Dia da Pindura), mas já ouvi falar de trotes (não especificamente falando de Direito) envolvendo pequenos furtos em lojas, pichações, roubo de carros (com ou sem devolução posterior) e até mesmo estupros.
Em países como a Grã Bretanha e os EUA o aluno deveria ser membro de uma fraternidade. Pertencer a uma significava usufruir futuramente da influência de seus membros mais poderosos na hora de fazer carreira. Falhar em entrar para uma delas era até recentemente uma sentença de morte acadêmica: o aluno teria dificuldades até mesmo em realizar as tarefas quotidianas (roubo de exercícios, sabotagem de experimentos) e se um dia se formasse, aos trancos e barrancos, provavelmente com péssimo histórico disciplinar, sua carreira não seria gloriosa.
Desta forma, o trote era um instrumento de poder através do qual as classes dominantes selecionavam os membros das classes abaixo que ela aceitaria consigo. Por que será que os trotes quase sempre envolvem “submissão” do calouro ao veterano? Para filhos dos milionários, o trote era mais benigno, muitas vezes substituído por “dar festas” (ou seja, pagar em dinheiro pelo privilégio de levar apenas um ovo na cara ou beber um garrafão de vinho). A submissão é essencial, porque somente o submisso pode ter acesso a profissões de prestígio.
No Brasil, que costuma exarcebar o que outras culturas têm de ruim, o trote virou uma instituição, que choca a sociedade como um todo, em vez de ser só um segredo podre dentro dos portões das universidades. Aliás, nem poderia ser de outra forma, pois a maioria de nossas instituições de ensino mais antigas não goza da privacidade das americanas e nem de sua autonomia política.
O que vocês enxergam como “machismo” reflete uma estrutura mais profunda de perpetuação da luta de classes (e a luta pela emancipação da mulher é parte desta luta), sintoma de um sistema mais amplo de “controle” da ascensão social, que envolve não só a opressão horizontal (feminismo e homofobia), mas também a opressão vertical (dita luta de classes). Em outras épocas e países os trotes foram usados também em questões nacionalistas. Estudantes galeses, por exemplo, seriam surrados impunemente se fossem pilhados conversando em galês dentro das universidades britânicas. E isso foi parte importante na supressão da cultura galesa.
ResponderExcluirExibir os genitais é uma tentativa bizarra e infantil de mostrar “eu tenho e você não tem”, usando o pênis como um símbolo de poder. Alguém associará esse ato com as concepções arquetípicas de Jung, que nos lembram que tais símbolos são fálicos: lanças, espadas, vara, cetros, báculos, batutas, cassetetes. Não é à toa que existem palavras como “varão”.
Esses atos, porém, não ocorrem de forma totalmente espontânea: eles são alimentados pela mídia manipuladora. Dia desses, em um bate papo informal, dei-me conta de algo estranho, que certamente não é casual: vocês já repararam que desde o início das restrições à publicidade de bebidas alcoólicas a baixa música popular passou a investir no álcool como tema? A música sertaneja, por exemplo, nunca cessou, de 2006 para cá, de ter um sucesso mencionando cachaça. Houve casos mais escrotos que chegaram a mencionar marcas comerciais, como a música que Seu Jorge fez para a cachaça Sagatiba e um recente sucesso de funk-sertanejo mencionando a vodca Absolut.
Dito isto a respeito do álcool, me digam o que tem achado da música popular de 2000 para cá quanto aos papeis sexuais? Qual é o principal tema dos funks, sertanejos e outros? Nada é mais semelhante do que a figura troglodita de um machinho idiota balançando o pinto em cima de um trio elétrico do que as letras de nossa música. E quem aqui acredita que a música popular é assim porque simplesmente os artistas e o povo “querem assim”?
E por que é tão difícil entender o significado das palavras coação, coerção, "forçação" de barra, importunação, assédio, pressão do grupo?
ResponderExcluiralguma das bixetes foi arrancada de dentro de casa, arrastada pelos cabelos até a universidade, despida e obrigada a desfilar?
não?
então vai lá quem quer, minha filha.....
"E que, por se tratar de algo do nível assédio sexual, a gente fica sem reação. E sem uma reação que parte de nós, a reação esperada do grupo é a que predomina. E eles ficam incitando. E elas fazem."
ResponderExcluirImagino que é esse o raciocínio para eles contratarem garotas de programa pra incentivar as calouras a participar. Imagino que elas não saibam que são garotas de programa, achem que são calouras também..
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Rodrigo, eu te chateei, me desculpe.
Mas não estava falando de ciências da computação especificamente, mas da áera de exatas. Cursos dessa área são ambientes mais hostis para mulheres por causa do machismo, sim. Um dos motivos de não ter mais mulheres na área.
Estudei em uma faculdade particular que não tinha trote e passei no vestibular da federal do meu estado esse ano, mas já estou preocupada com o trote.Ainda não decidi se vou participar ou não, pois nunca gostei muito dessas brincadeirinhas, principalmente de tiver cunho machista ou agressivo.No entanto, o meu curso é pedagogia, onde a maioria dos alunos são mulheres e já ouvi dizer que o pessoal do curso não tenha esse "senso de humor" do pessoal que faz esses trotes ofensivos.Assim espero.
ResponderExcluirLUCA
Uma dúvida aqui....
ResponderExcluirSe alguém ficar nu em público, não resulta em processo por atentado ao pudor?
Essa lei não vale para o campus?
Pq as pessoas que não estavam concordando com aquilo não ligaram para o 190?
Eu não sei falar politicamente, embora saiba que todos somos cidadãos e políticos dentro da sociedade em que vivemos. Ler o post me fez lembrar de quando entrei na faculdade. Eu era bem jovem, bastante inexperiente e eu fiquei deslumbrada com o novo universo que aparentemente surgiu pra mim: vários assuntos dos quais eu nunca tinha ouvido falar, vários autores que eu desconhecia, várias pessoas de diversos lugares do Brasil e do mundo, de muitas classes sociais... Enfim, eu queria conhecer as pessoas, queria me sentir fazendo parte daquele universo. Mudei o paradigma do que eu pensava que era se relacionar passionalmente com alguém (homem ou mulher). Já que o post me fez pensar muito nisso, é nesse tipo de assunto que vou deter o meu comentário. Conheci homens e mulheres com os quais me relacionei passionalmente e, em geral, tive relacionamentos bastante abusivos com os homens. Lembro que nessa época eu lia um blog que ensinava como a mulher tinha que agir para ser respeitada pelos homens, blog escrito por homens (felizmente não está mais ativo), homens misóginos, machistas, enfim... Eu lia aquilo e achava que eu não era respeitada pela maneira que eu me comportava. Eu já tinha certa alma feminista, sabe. Algumas convenções nunca me fizeram a cabeça antes de entrar na faculdade e durante ela conheci muitas pessoas também que se sentiam deslocadas como eu em alguns aspectos e que buscavam serem mais fiéis ao que sentiam que era certo... Bom, não sei se estou conseguindo me expressar, mas tentando ser mais clara e breve, eu já me senti um lixo, um pinico de esperma ao me relacionar com caras como esses que vi no vídeo que a Lola postou. Já cheguei a pensar que eu era a inadequada, mas percebi que não, que esses escrotos existem aos montes por aí, mas que eu não devo admitir que eles sejam escrotos e opressivos comigo e com meus pares, com aqueles que compõem minha rede de relações. Enfim, hoje eu não admito piadas misóginas e homofóbicas perto de mim e tento orientar, com o pouco que conheço, outras mulheres a não se deixarem oprimir ou serem agredidas fisicamente ou de outra forma. Por isso, muitos homens e mulheres se afastaram de mim, sou hostilizada no trabalho por alguns, mas há o outro lado, daqueles que concordam em não pactuar com pessoas como essas que hostilizaram o ato feminista em São Carlos, pessoas que também acham que certos tipos de atitude em relação às mulheres (e não somente em relação às mulheres) não pode continuar, não pode ter eco, não pode se propagar. Daí, o melhor é não rir de certas piadas, não ser platéia desse tipo de evento como o Miss Bixete, não aguentar calada.
ResponderExcluirJu, concordo que exatas pode ser uma area hostil pra mulheres, mas as vezes esse estigma vem mais de quem eh de fora do que de alguem de dentro. Pelo menos na minha faculdade nunca vi desrespeito nenhum com as mulheres, e la tem de todo o tipo, gordinhas magrinhas, lesbicas, evangelicas, e ate onde eu sei todas sao respeitadas, mas nao duvido que seja diferente em outras regioes.
ResponderExcluirPor sinal, uma das coisas que mais me orgulha na computacao eh o fato de importantes contribuicoes a area terem sido feitas por uma mulher (Ada Lovelace) e um gay (Alan Turing). Coisa linda isso <3
Esperando respostas às questões q o anonim@ das 00:10 bem colocou...
ResponderExcluirDe novo paira no ar a
impunidade
O que me choca é saber que meninas aceitam participar de algo que as diminua tanto... Como em sã consciencia uma mulher aceita ser chamada de "vagabunda", assim numa boa? Existe uma grande inversão de valores ai...
ResponderExcluirVamos lá galera! Teste surpresa!
ResponderExcluirAssinale com um X a alternativa compatível com a ideologia feminista:
a) Culpar a vítima ( )
b) Fazer slutshaming ( )
c) Recriminar uma manifestação feminista ( )
d) Negar a violência simbólica ( )
e) Promover ações e discursos no sentido de criar e manter uma rede de apoio mútuo que vise o combate à opressão através do empoderamento das mulheres ( )
A maioria aqui pelo visto não passa no teste.
Elas aceitam porque são condicionadas pela cultura pop e pelo contexto todo a uma posição de submissão. Por exemplo: no tempo em que a mulher era oprimida, a música pop a colocava como rainha. Hoje que ela é liberada, a música pop quer amarrar de novo.
ResponderExcluirEu fiz Psicologia na PUC Minas e lá tinha trote todo ano. Em alguns anos o trote era mais pesado e em outros mais tranquilo. No ano em que eu entrei me recusei a faltar a primeira semana, porque acho meio absurdo perder uma semana de aula pra evitar um trote. E o trote não veio, pelo menos não naquela primeira semana. Os veteranos esperaram exatos 32 dias para fazer o trote porque queriam "pegar os calouros de surpresa". Importante dizer que na Psicologia a maioria dos alunos é composta por mulheres.
ResponderExcluirNo 32º dia os veteranos e veteranas foram até a nossa sala e pediram para a professora sair mais cedo (e ela, super "solícita", topou parar a aula no meio só pra deixar que o trote acontecesse). A porta da nossa sala foi fechada logo após a saída da professora e os veteranos disseram que teríamos que entregar nossos sapatos e bolsas/mochilas e sair em fila. Na minha sala havia mais ou menos 45 alunos naquele dia e só 3 eram homens. TODAS as meninas ficaram apavoradas por não saber que tipo de trote seria aquele, quais seriam as brincadeiras, etc. Algumas riam, mas era uma risada nervosa e tensa. Eu fui até a porta e falei que queria sair, que não queria participar e que o trote era ilegal, pelo menos dentro do campus. Os veteranos me ridicularizaram um pouco, mas foi só um dos poucos homens falar "ah, deixa de ser chatinha" que uma das veteranas falou bem alto que só ia participar quem quisesse, que tudo ali era dentro da lei. Eu olhei pra ela e perguntei "Como é que vocês que estudam Psicologia podem achar que só vai participar quem quer, quem está à vontade com o trote?, que ninguém aqui vai acabar indo e se sentindo super mal, constrangido e coagido?" e ela fingiu que não ouviu.
Resultado: eu e mais duas meninas (sim, eu era menor de idade e, portanto, uma menina) fomos embora e não participamos do trote. Os demais calouros e calouras foram em fila indiana, descalços e sem os pertences, até a pracinha do Coréu (famoso reduto de barzinhos) e lá aconteceu o trote, que envolveu jogar spray de água no cabelo das meninas que faziam chapinhas, molhar os dedos de todos em uma solução de violeta genciana, pintar o rosto e pedir dinheiro pra depois pagar as cervejas pra todo mundo participando do trote, calouros e veteranos. Nada muito violento, mas udo muito desagradável, na minha opinião pessoal.
Paralelamente a esse trote extra-oficial da Psicologia a PUC tinha um "trote social" que basicamente consistia nas turmas de calouros de todos os cursos arrecadarem alimentos não perecíveis e roupas para serem doados a instituições de caridade. O curso que arrecadasse mais doações ganhava o trote solidário. Não me lembro se tinha algum prêmio, mas a Psicologia não ganhou no ano que eu entrei e a adesão dos calouros e veteranos a esse trote foi pálida.
Quando passei para o segundo período eu quis participar da organização do trote para os calouros. Gosto da ideia de alguma brincadeira e de um momento de confraternização e queria fazer algo mais agradável, mais humano. O que nós organizamos foi o seguinte: um dos alunos do 8º período que parecia ser um pouco mais velho e se vestia de uma forma mais adulta (calça jeans, blazer, óculos, pasta de couro, etc.)entrou na turma do primeiro período fingindo ser professor e deu uma "aula" engraçadíssima com textos de livros de auto ajuda no estilo "Quem mexeu no meu queijo?" e passou uma lista de livros de referência para as "provas semanais surpresa" que incluíam a obra completa do Dostoiévski E Sarte. Completa. Ao fim dessa "aula" o "professor" disse que a próxima aula tinha sido alterada e que o módulo de anatomia começaria naquele dia, dando instruções (erradas) aos alunos sobre como chegar ao laboratório de anatomia, que fica do outro lado do campus. Os alunos acabaram na alameda das casuarinas, onde fica a clínica de Psicologia. Lá a gente esperou o pessoal e tudo que fizemos foi rir um bocado com os calouros e mostrar todo o campus, nos apresentar, etc. Nas semanas subsequentes incentivamos bastante o "trote solidário" e aquela turma da Psicologia foi a que mais arrecadou alimentos de todo o campus. Tenho bons amigos que fiz entre os participantes desse "trote"!
ResponderExcluirExiste um povo q comenta sem ler o texto, só pode.. Não é todo mundo q aos 17, 18, 19 anos (ou até mais) tem tamanha coragem de ir contra a corrente.. Como já disseram mais de mil vezes, não precisa arrastar alguém pelos cabelos e a pessoa não precisa tá lá chorando para ter sido forçada.. Parece q ngm aqui foi jovem e não sabe como essa pressão de grupo funciona.
ResponderExcluirE enfim, mesmo q tenham meninas q queiram participar, tem claramente muitas q não querem participar de trotes de caráter sexual e estão no direito de protestar, mas pelo jeito nem isso pode. E pelamor né, vim aqui dizer q as calouras são tão culpadas quanto os organizadores é o cúmulo..
Elas aceitam porque são condicionadas pela cultura pop e pelo contexto todo a uma posição de submissão. Por exemplo: no tempo em que a mulher era oprimida, a música pop a colocava como rainha. Hoje que ela é liberada, a música pop quer amarrar de novo.
ResponderExcluir______________
perfeito!!!
O trote social também tem de ser abolido, embora não no primeiro momento, porque ele serve como cortina de fumaça para o trote tradicional. A coação, que é o cerne do trote, é inaceitável na sociedade atual, mas sem ela o trote não existe.
ResponderExcluirReelaborei meus comentários e postei no meu blogue: http://arapucas-libertarias.blogspot.com/2013/03/o-trote-como-uma-expressao-do.html, vejam lá.
Não entendo como pode ter gente aqui fazendo slut shaming. O miss bixete parece ser opressor mesmo, mas e daí se alguma menina gosta de ser chamada de "vagabunda" ou coisas semelhantes?
ResponderExcluirTeve uma comentarista que perguntou onde estava segurança do Campus. Essa pergunta é óbvia: a segurança do Campus estava protegendo o patrimônio do campus e fazendo alguma atividade particular a mando do coordenador do Campus.
Desde quando as polícias/seguranças existem para proteger pessoas? Elas existem para proteger o dinheiro!
E olha que dentro do campus da USP de São Carlos tem PM, hein? A base da PM, aliás, fica a menos de 100 metros de onde ocorreu isso.
mas seria lindo se, de fato, os calouros todos se juntassem às feministas contra a humilhação. mas o processo de deseducação é longo. aprende-se a aceitar as humilhações sexistas diárias. pior, aprende-se a entendê-las como piadas inofensivas. até a gente desaprender isso... sempre acho q seria rápido, mas os milênios de doutrinação indicam q não.
ResponderExcluir[2]
vcs feministas são de um vitimismo brabo hein.
ResponderExcluirtá bem claro q os doentes são os caras que organizam esses trotes mas dizer q quem aceita isso foi simplesmente coagido,sem culpa de nada é ridiculo.
hj tenho 21 anos e eu fumei maconha com 17 anos e foi a unica vez,pra minha sorte n gostei do efeito e sofri pressão de "amigos" para experimentar.
e ja q apesar deles me encherem o saco,dizendo q era legal,me zuando pq eu n fumava,nenhum deles enfiou a maconha na minha boca, a culpa foi minha ,a decisão idiota foi minha,qual é o problema de reconhecer isso?
fui burro,errei e pronto!fumei mesmo sabendo dos riscos,só pra parecer legal com os outros maconheiros,depois disso me afastei deles.
outros sofreram a mesma pressão mas cagaram e andaram,ja eu cedi.
cansei de ouvir mães reclamando dos filhos,que fumavam,dizendo q era culpa das más companhias,quer dizer,o filho era um completo imbecil,sem capacidade de pensar por conta própria.
é isso que vcs dizem,quando afirmam que adolescente n tem maturidade pra nada,n sabe o que faz.
por isso muitos matam e roubam mas n são punidos como os adultos,pq apesar tudo isso,eles n tem a minima idéia do que fizeram,nem sabem onde estão!!
Aos imbecis que AINDA estão dizendo "vai lá quem quer":
ResponderExcluirNão passa pela cabeça de vocês se perguntar POR QUE essxs calourxs "querem" ir lá??????? Tudo isso é PREGUIÇA de pensar numa resposta minimamente mais elaborada a essa pergunta? Vão ficar a vida inteira no slut shaming? "Ain, se vai é porque gosta, mimimimimimimiiimimizzzzzzzzzzz"???
Que falta de empatia desgraçada. VSF.
E pelamor né, vim aqui dizer q as calouras são tão culpadas quanto os organizadores é o cúmulo..
ResponderExcluir=======================
Mulheres são educadas a serem quietas, caladas, decorativas, submissas e colaborativas com o patriarcado.
Homens são educados a serem vocais, agressivos, dominantes, "fortes" e a reforçarem o patriarcado.
Por que só mulheres são vítimas e os homens, algozes, se os 2 agem de acordo com o mesmo sistema?
Por que a bixete que mostra os seios em troca de cerveja é a oprimida e os homens que ficam lá uivando para glândulas mamárias, os opressores, se homens e mulheres naquele momento agem em perfeita comunhão de interesses?
A garota que de livre e espontânea vontade foi lá desfilar e depois correu atrás xingando as manifestantes feministas (procurem os vídeos no YT e vejam quanta "opressão") não me parece nada diferente do babaca que ficou lá mostrando a mixaria para as manifestantes. Mas só porque é mulher, a gente tem que passar a mão na cabeça?
Eu me considero feminista desde o berço, porque tive a felicidade de nascer em um lar esclarecido. Só que tanto pai e mãe me ensinaram uma coisa: que a gente tem sim, responsabilidades, seja consigo ou com o próximo ou próxima.
Tanto faz um homem ou uma mulher validando o machismo. Os dois são machistas. Nessa hora algoz e agoniado são praticamente a mesma coisa e as duas deveriam ser inadmissíveis ou, ao menos, receber igual condescendência já que são fruto da mesma situação.
Por tudo que li aqui, parece que essa visão não é compartilhada por todos. Respeito, é claro. E nem por isso deixo de manifestar meu profundo descontentamento ao que alguém chamou aí de "feminismo Madre Tereza", vocês me desculpem mas isso é verdadeiramente revoltante para mim.
Dizer que pessoas que fizeram um vestibular, que praticamente já nasceram com ferramentas de informática na mão, gente "antenada", "conectada", geração Y são uns coitadinhos que não sabem, como alguém citou, usar uma ferramenta de busca para pesquisa de informações, olha...
Aliás, retiro. Coitadinhos, não. Coitadinhas. Porque só elas merecem a tal compaixão, educação e elucidação.
Tá tudo errado nessa história para mim, porque considero brutalmente prejudicial tratar mulheres como seres intelectualmente inferiores, incapazes de tomar decisões. Aliás, quem gosta de fazer isso são os machistas, não é?
Enfim, essa é minha opinião sobre o assunto.
No mais, a coisa que mais me causou espanto não foi o sabido, ou seja, que de fato existe gente que é coagida e depois não faz porcaria nenhuma a respeito, mas sim o fato de a nudez dos rapazes terem desencadeado os processos administrativos e não a violência contra as manifestantes.
É algo para se pensar a respeito.
anônimo de 5 de março de 2013 06:08
ResponderExcluirfinalmente alguém q enxerga o óbvio.
é muita hipocrisia tirar a responsabilidade da mulher pelo que faz,dizendo q é culpa do sistema e n fazer o mesmo com os homens.
ResponderExcluir"por que esses(as) calouros(as) querem ir lá" (eu não uso o X ou @ porque prejudica imensamente a leitura de quem depende de recursos de acessibilidade)
"por que eles(a) querem ir lá"
QUEREM, sem aspas.
Querem porque querem, oras. Quem não quer fica em casa na semana do trote ou participa de outras atividades, quando existentes, tais como trotes solidários por exemplo. Quem não quer não vai subir em palquinho ou beber etanol. Se for OBRIGADO(a) a isso, trata-se de CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL e a polícia militar deve ser chamada.
Sabiam que cortar cabelo na marra é crime de lesão corporal?
Quantas vezes a PM foi chamada no Miss Bixete esse ano? Nem pelas manifestantes do protesto, que sequer fizeram BO por ato obsceno.
Por que elas não fizeram? POR QUE NÃO QUISERAM. Abriram mão do direito a que tinham voluntariamente.
O querer é o centro de toda a história, goste vocês, admitam vocês ou não.
É curioso como aos machos opressores não parece ser cabível as aspas tão mal usadas no "querer". Homens não sofrem pressão de grupo, homens sempre sabem o que estão fazendo, homens fazem tudo de propósito, são inerentemente maus.
Acordem para a responsabilidade, gente.
E uma galera aí foi reprovada no teste, tal como eu previ!
ResponderExcluirMais sorte da próxima vez!
esse povo validador que ta de mimimimi aqui enchendo o saco falando que mulher vai la porque quer... foi por que quis, porque já tem 18 anos... e bla bla bla
ResponderExcluirmais um monte de verborragia relativizando o fato, quero só lembrar algumas coisas...
na hora do trote o grupo feminista foi justamente orientar e falar para as calouras que elas não precisavam passar por aquilo.
Quando eu entrei na faculdade, teve trote, não retardado e escroto a esse nivel, mas teve... e teve um grupo que interferiu dizendo que quem não quisesse participar não participava...
alguns cairam fora , outros continuaram e morreu o assunto, o grupo de veteranos que fez o trote não reagiu de maneira violenta e bizarra como ocorreu na usp
O que aconteceu ESPECIFICAMENTE na usp são carlos foi que depois da interferencia do grupo feminista houve uma GROTESCA e selvagem reação do grupo de calouros. Se elas estavam la de livre expontanea vontade como afirmam.... porque essa reação irracional do grupo? medo de que então? de não ter mais caloura para humilhar todas elas se recusarem e ir embora?
quando eu entrei na faculdade, acho que todo mundo aqui já foi calouro vc fica meio perdido sem ter o que fazer, se não sabe se vai ou volta, no fim das contas, foi um trote inofensivo sem maiores consequencias, MAS poderia não ter sido... e se tivesse descambado pra humilhação? ai já era tarde demais e se fosse pra humilhação? ai vem o argumento facil do fui porque quis??? quem quer ser humilhada dessa maneira conscientemente?
Mas como já disseram muito bem, mulher é doutrinada a aceitar humilhação e naturalizar , de uma maneira tal que ainda tem gente que vem aqui defender isso e falar bla bla bla foi porque quis...mimimimi.
sem comentários, é muito reducionismo pro meu gosto!
O que aconteceu ESPECIFICAMENTE na usp são carlos foi que depois da interferencia do grupo feminista houve uma GROTESCA e selvagem reação do grupo de calouros.
ResponderExcluir_________________
Onde está calouros eu quis dizer, veteranos.
alguém falou em chamar a policia...
ResponderExcluira faculdade onde me formei É PROIBIDO ENTRAR POLICIA desde o fim da ditadura militar!
e aí? chama a polica pra que?
não sei se é o caso da usp são carlos.
Acho que deveriam chamar o FEMEN para manifestar durante o evento.
ResponderExcluir
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
nossa qual a pressão que esses pobres machosveteranos sofrem???
pressão pra humilhar, escrotizar e subjulgar a mulher??? pressão pra embebedar e afogar calouro na pscina?
nossa, que puta pressão! to chorando de pena já!
ah vai andar, vai!!!!
é cada merda que eu leio aqui viu!
Parece que o evento da Poli miou.... será que o ativismo de sofá funcionou mais uma vez? Espero que sim!
ResponderExcluirAcho que a parte mais difícil de debater este assunto são as pessoas que assumem que as mulheres já estão empoderadas e cientes de que podem se afirmar sozinhas, ainda mais aos 17 anos. Na boa, tem comentarista que parece só estar aguardando o momento para apontar o dedo para alguma mulher e dizer que ela está ~traindo o movimento~ e que por isso merece toda a violência que sofre.
ResponderExcluirDiga qual a diferença entre dizer que as calouras merecem ser tratadas como lixo (afinal, vocês leram os hinos?) porque escolheram ir lá e dizer que uma mulher mereceu ser estuprada porque (insira slutshaming aqui)?
No meu feminismo, que é pequenino e insignificante, mesmo que uma mulher esteja agindo como a louca validadora do patriarcado ela continuará sendo defendida pelo feminismo.
Acho triste e decepcionante ver militante feminista adotando este tipo de curso, em vez de dizer que precisamos empoderar estas moças. Já tem tanta luta contra a misoginia, ainda tem de lutar contra o preconceito dentro do feminismo?
Um povo aqui tá a um passo de dizer que mulher que apanha do marido e não vai embora merece. Empatia zero.
"O que aconteceu ESPECIFICAMENTE na usp são carlos foi que depois da interferencia do grupo feminista houve uma GROTESCA e selvagem reação do grupo de calouros. Se elas estavam la de livre expontanea vontade como afirmam.... porque essa reação irracional do grupo? medo de que então? de não ter mais caloura para humilhar todas elas se recusarem e ir embora?"
Yulia foi certeira neste comentário.
A Nádia escreveu a respeito, com um guest post.
cemhomens.com/2013/03/sexismo-universitario/
A moça diz, com todas as letras, que são contratadas prostitutas para se passarem por estudantes veteranas que desfilam, ou seja, as calouras são enganadas para que aceitem participar e vejam o desfile como algo natural.
Mas né, cês tão sabendo bem aí das coisas, continuem culpando as moças.
a faculdade onde me formei É PROIBIDO ENTRAR POLICIA desde o fim da ditadura militar!
ResponderExcluirIsso só existe na sua imaginação.
É verdade, os veteranos foram oprimidos também. Deve ter sido num momento de extrema opressão que decidiram montar um palco e assistir calouras desfilando enquanto seguravam latas de cervejas e gritavam coisas como "bundão" e "peitão".
ResponderExcluirE aqueles outros que tiveram que assistir calouras chupando linguiça?
E ainda aqueles que montavam nas gordas do rodeio das gordas?
Imagina a mente do cara que teva a ideia? Foi muito oprimido.
Vou parar senão eu choro.
É verdade, era só chamar a polícia!!!
ResponderExcluirSe a recusa a participação já pode gerar reações hostis, imagina ser conhecida como "a que chamou a polícia no trote".
"Um povo aqui tá a um passo de dizer que mulher que apanha do marido e não vai embora merece. Empatia zero."
ResponderExcluirPensei isso na hora. Tenho certeza que essa gente pensa que apanha porque quer. Se não quisesse mesmo tinha dado um jeito, né?
Inventaram até um conceito de "vítima conivente" um dia desses numa caixa de comentário aqui.
"A moça diz, com todas as letras, que são contratadas prostitutas para se passarem por estudantes veteranas que desfilam, ou seja, as calouras são enganadas para que aceitem participar e vejam o desfile como algo natural."
Por favor, Mirella, não seja leviana. Eles estavam sendo oprimidos quando tiveram essa ideia. snif
Sério, se isso não é ideia que só um canalha porco teria, eu não sei o que é.
Colega que não mostra a cara 1, só posso lamentar se a sua obtusidade é tamanha que vc acha que é obrigação das pessoas (ou só das mulheres?) procurar saber se serão coagidas a simular sexo oral numa linguiça ou coisas do gênero no momento da matrícula na universidade - que, ao que me consta, deveria ser um dos momentos mais felizes da vida de alguém, onde, portanto, não deveriam caber preocupações desta natureza. Seu intelecto é digno de pena. Você deveria agradecer à colega que não mostra a cara 2 por ter conseguido ofuscar um pouquinho a sua estupidez, com aquele comentário digno de uma ameba.
ResponderExcluirA anônima das 06:08 faz um comentário super ponderado e igualitário, e a turma distorce tudo.
ResponderExcluir'A moça diz, com todas as letras, que são contratadas prostitutas para se passarem por estudantes veteranas que desfilam, ou seja, as calouras são enganadas para que aceitem participar e vejam o desfile como algo natural."
ResponderExcluirdesculpe mas com essa eu ri muito,só confirma o que eu disse,vcs pensam q adolescentes n conseguem raciocinar.
como assim q só pq uma mulher vai ver outras desfilando vai achar super normal e vai fazer o mesmo sem pensar em nada?
e ser enganadas por prostitutas n tem relevância nenhuma.
e sim,ninguém tem como prever q a brincadeira seria chupar linguiças,mas isso tb n é desculpa,uma vez q fosse percebido a intenção da brincadeira,todo mundo tinha a opção de ir embora ou n?
vcs só usam o papo da opressão quando é conveniente para vcs,só mulher sofre condicionamento né?
homem n ensinado q é melhor q a gente,q são os fodões e q estamos aqui pra servi-los.
que homem q n pega todas é gay,que homem n chora...
apesar disso eu acho q n se deve tirar a culpa deles,pq muitos homens criados sobre o mesmo conceito,n aceitam isso e são feministas.
mas pra vcs nós somos amebas,sempre vitimas de tudo.
"Devido à notícias publicadas na grande imprensa nesta data, as quais indicam que atitudes preconceituosas estão sendo praticadas, a Diretoria da Escola Politecnica da USP, declara INTERROMPIDAS as atividades do evento INTEGRA POLI"
ResponderExcluirAtenciosamente
José Roberto Cardoso
Diretor da Escola Politécnica da USP
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Não acredito que funcionou!
é, de fato, a pressão q eles sofreram para colocar as calouras nesses trotes em q elas viram objetos sexuais e depois ainda atacar as q protestam está no mesmo nível da pressão q as meninas sofreram para participar do trote..claro, claro. Pobres veteranos oprimidos!
ResponderExcluira faculdade onde me formei É PROIBIDO ENTRAR POLICIA desde o fim da ditadura militar!
ResponderExcluirIsso só existe na sua imaginação
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otário, vc sabe qual faculdade que é?
nem sabe, procure no google...
acéfalo.
Devido à notícias publicadas na grande imprensa nesta data, as quais indicam que atitudes preconceituosas estão sendo praticadas, a Diretoria da Escola Politecnica da USP, declara INTERROMPIDAS as atividades do evento INTEGRA POLI"
ResponderExcluirAtenciosamente
José Roberto Cardoso
Diretor da Escola Politécnica da USP
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ainda tem gente com algum caráter na usp -sp!
vcs só usam o papo da opressão quando é conveniente para vcs,só mulher sofre condicionamento né?
ResponderExcluirhomem n ensinado q é melhor q a gente,q são os fodões e q estamos aqui pra servi-los.
que homem q n pega todas é gay,que homem n chora...
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cara, vc é imbecil assim mesmo ou faz força???
yulia 2 vcs claramente alegam que essas mulheres n tem culpa de aceitarem ser humilhadas pq sofrem pressões.
ResponderExcluirmulher sofre mais pressão que homem sim mas isso n significa q eles n passem pela mesma coisa.
todo mundo sofre pressão e é oprimido de algum jeito mas isso n deve isentar ninguém da responsabilidade pelos próprios atos.
entendo sua raivinha,é muito mais fácil culpar os outros pelos nossos erros do que assumi-los.
mas se está tão difícil entender,depois te mando um desenho.
Ou melhor leia o q a anônima de "5 de março de 2013 06:08" escreveu,q está muito bem explicado.
ResponderExcluirAgora vi o update do post. Nossa com essa cara de babaca e os calouros ainda temem? Serio mesmo, nao entendo o das calouras de desfilarem pra cima dos veteranos (e mais com essa cara de manezao). Desculpe mas tudo bem que vc sendo jovenzinho so faz merda mas se humilhar pra um cara de manezao desses??? E sim acho que as calour sao responsáveis em parte pela miss bixete super humilhante. Enturmar-se? Com esses manezaos como os da foto? Que ridículo.
ResponderExcluir~Tá tudo errado nessa história para mim, porque considero brutalmente prejudicial tratar mulheres como seres intelectualmente inferiores, incapazes de tomar decisões. Aliás, quem gosta de fazer isso são os machistas, não é?~
ResponderExcluirMachistas e algumas *feministas* menos esclarecidas, acredito que essa postura tenha a ver com algum tipo de machismo introjetado porque só isso explica. Essas pessoas parecem que não querem a igualdade e sim time dos meninos versus o time das meninas.
No mais, gostaria de deixar uma opinião.
Faço 17 anos semana que vem. Estou acordada desde as 4 da manhã para estudar, pretendo ser Juíza de Direito como minha mãe e quero estudar na SanFran. Não resisto a dar uma passadinha nos meus blogs favoritos antes das minhas atividades diárias.
Eu me sinto profundamente ofendida com os comentários que os jovens da minha idade são incapazes de tomar decisões. Por mais que seja verdade que muitas pessoas *preferem* o status de incapacitado intelectual, a verdade está bastante longe disto.
Com 18 anos, nós atingimos a maioridade civil e penal. Podemos casar ou ser presos, comprar imóveis, realizar negócios jurídicos. Com 18 anos é a época em que geralmente entramos na faculdade e decidimos nossas carreiras, ao menos em um primeiro momento. Ganhamos o direito de dirigir.
Se as pessoas de 17-18 anos são tão incapazes assim, acho que várias providências precisariam ser tomadas. A começar pela castração química, temporária até uma idade que se ache adequada, uns 25 anos está bom para vocês? Estudo em um ótimo colégio privado e na minha turma tem duas mães da minha idade ou um pouquinho mais velhas. Como são menores mentalmente incapazes de decidir, os filhos deveriam ficar aos cuidados do Estado, os rapazes condenados por estupro de vulnerável e as mulheres, em alguma instituição para mentalmente debilitados. Porque coitadas, elas não sabiam o que estavam fazendo.
Dirigir também deveria ser um ato exclusivo aos maiores da idade que aleatoriamente determinei ou qualquer outra que a medicina e a psicologia determinar que o cérebro está plenamente amadurecido.
Não deveríamos entrar na faculdade aos 18 porque ora, somos incapazes de decidir! O ensino médio deveria ser alongado e claro, nosso professor emérito seria Barney, o Dinossauro, já que somos totalmente burrinhos e não cientes dos próprios atos!
Eu podia continuar falando aqui mas acredito que já me fiz entender.
O nome disso, carxs amigxs, é *preconceito de idade*. Ainda que esse preconceito poderia ser benéfico a nós em um primeiro momento a realidade é que não é. E por esse tratamento condecendente que vejo a minha geração agindo exatamente como se espera dela, uma geração que simplesmente não precisa ter responsabilidade porque nenhuma lhe é cobrada.
Dizer que é impossível saber como será um trote? Que não tem como se defender? Que quem aceita ser humilhadx para atrair a simpatia de veteranxs idiotas é um coitadinho? Que não sabe pesquisar informações na internet? Isso é *revoltante* para mim, como pessoa humana, como adolescente e como ser vivo do sexo feminino.
Já lido com preconceitos de gente ignorante desde que nasci, uma vez que, nas palavras do ótimo Jairo Marques, faço parte do time dos *mal-acabados* e nasci com umas customizações divinas rsrsrsrs! Não sou especial no sentido de ser mais inteligente ou mais esclarecida, acho que é justamente o contrário.
Em um espaço feminista, que supostamente seria de igualdade, de diálogo e principalmente, de razão, eu esperava encontrar algo diferente e estou bastante decepcionada pois não vejo nenhuma boa intenção na condecendência e porque não dizer, no *paternalismo*.
Porfim, concordo com as pessoas que disseram que homens e mulheres, quando agem dentro do machismo, ativa ou passivamente são igualmente responsáveis pelos seus atos e deveriam receber o mesmo tratamento *carinhoso*.
Mas como eu ainda vou fazer dezessete anos e sou deficiente, é muito provável que minha opinião não vale nada, que eu não saiba do que estou falando e que sou uma coitadinha também.
LAMENTÁVEL, só isso.
Apenas para esclarecer, já que existe um limite de caracteres, gostaria de enfatizar que o meu comentário diz respeito a todas as pessoas que disseram que nós, jovens, *somos uns coitados* e por isso não deveríamos ser responsabilizados por nossos atos voluntários, *especialmente se somos mulheres*. Sobre a agressão na USP-SCar e a manifestação da Frente Feminista, é claro que elas contam com meu total apoio e acho importante esse trabalho de concientização, que os calouros não devem se envolver em atividades degradantes por acharem que não existe escolha (francamente isso desafia o bom senso para mim, ter que explicar o óbvio para pessoas que passam na Fuvest com pontuações altíssimas e tratá-las como criancinhas mas se for necessário, que seja então).
ResponderExcluirResponsabilidade é uma palavra em desuso hoje em dia e atitude também. Triste isso. Na minha luta pessoal, procuro agir diferente.
Sou mulher, humana, adolescente, deficiente, estudante, se Deus quiser e com meu esforço, futura Juíza e exijo, exijo ser respeitada integralmente. Tratar como coitadinho não é respeitar. Ter pena não é respeitar. Achar que somos pessoas inferiores e incapazes não é respeitar. É diminuir e nisso, até aonde eu saiba, é da especialidade dos mascus e não das feministas. Ou estou enganada? Se estiver, sei que serei perdoada já que não sei do que estou falando, tadinha de moi!
Suelen, haja paciência para falar com você. Você acha que é CONVENIENTE discutir a repressão à manifestação feminista, quando jogaram cerveja nas manifestantes, acuaram as moças (em número obviamente menor). Tem nem o que falar para você, né? Ser acuada com simbologia de estupro É A COISA MAIS CONVENIENTE DO MUNDO, AI COMO SOU VITIMISTA.
ResponderExcluirÉ fogo, viu.
A gente é tão vitimista que depois da manifestação suspenderam o IntegraPoli.
ResponderExcluirEnquanto isso, vamos ver com o que os "mimimi conveniente" contribuíram com alguma coisa. Ah, é, nada.
Que dó, que dó dos veteranos oprimidos, coitados.
Tem gente que é conivente com violência, mas não sou eu.
Analu: releia os meus comentários e perceba se em algum deles eu disse que jovens de 17 anos são retardados.
ResponderExcluirAos 14 anos eu já tinha lido O Capital (2 volumes, o terceiro nunca li).
Mas entendo que aos 14 anos, colegas meus estavam apaixonadas ou tentando ser o Felipe Dylon.
Então, obviamente, eu não sou parâmetro para definir como eram/são os jovens de 14.
Como eu já disse anteriormente: parabéns a você que é empoderada! Agora que tal ajudar e empoderar mais pessoas, especialmente mulheres?
Talvez você de uma forma ou de outra tenha aprendido a agir de forma independente, não tenha sido ensinada a ser dócil e condescendente com homens. Mas você não é parâmetro.
Que seja absurdo que pessoas se submetam a este tipo de coisa é óbvio.
Mas não é para estas pessoas que nossas atenções devem estar voltadas e sim para os opressores.
O simples ato de contrapor os opressores pode dar a muitos a coragem necessária para lutar por seus direitos.
Enfim, moça: se você é feminista, que seu feminismo não seja só para você. Do contrário ele é inócuo.
Sofrer pressão de grupo não é ser fazer de vítima, ser uma pessoa mais fraca, inferior etc Ninguém está falando isso. Esse tipo de coisa pode acontecer com todo mundo, independente do sexo e da idade, no caso como era com meninAs numa faculdade, se está falando da pressão que as jovens sofrem, poxa é difícil de entender? E sinceramente se você é/já foi adolescente bem resolvido meus parabéns, mas isso não quer dizer que é assim para todo mundo.
ResponderExcluirmirella,tem q ter paciência com vcs,eu n disse em hora nenhuma q aqueles caras estão certos.
ResponderExcluirn disse q as feministas q estavam la num protesto estavam erradas.
só disse q n dá pra engulir o coitadismo,q todas as garotas que estão lá aguentando os trotes humilhantes,n tem culpa de nada,como se fossem incapazes de pensar.
leia agora o q analu escreveu,é exatamente isso q eu to dizendo,só q ela explicou muito melhor,
Então, que bom que há pessoas maduras aos 17, 18 anos. É sempre ótimo. Mas achar que isso é regra é de uma ingenuidade e um umbiguismo impressionante. Nossa, parabéns para você que é madura! Toma aqui uma estrelinha.
ResponderExcluirQue tal, em vez de sair acusando as pessoas que não tiveram a mesma sorte, tentar ajudá-las? Já que possui tanto esclarecimento, por que não ajudar a empoderar essas moças? Obviamente alguém fez isto por você, com a sua educação, ou você fez isto por si. Ninguém nasce assim, empoderada e com voz. E o fato de você ter não te torna melhor que ninguém. É, você não é melhor que ninguém por ter mais maturidade. Não, você não tá ajudando ninguém com essa postura.
Não tem diferença nenhuma entre esta argumentação e entre quem diz "bebeu e foi estuprada? mereceu", "apanhou e não se separou? mereceu". "Quer se enturmar e passaram a mão em você? te chamaram de lixo? mereceu!"
é realmente eu disse q sou melhor q todo mundo.
ResponderExcluiro q eu disse tb serve pra mim,eu n sigo esse vitimismo,na escola fui bem zuada e n fiz nada.
portanto,uma parcela do bullying foi minha culpa,pq deixei me humilharem sem falar nada.
simples né.
O fato de estarmos discutindo há algum tempo aqui sobre "a culpa das calouras de aceitarem participar do trote" já diz muito sobre o machismo de alguns.
ResponderExcluirO foco deveria ser os agressores. Deveria ser quem acha que é adequado fazer trotes em quem humilhar mulheres faça parte da diversão.
Suelen, você está dizendo que a culpa por elas serem humilhadas é delas. Ou que elas tem tanta culpa quanto quem as humilha. Isso é errado.
Param de falar sobre si mesmos. Não estou falando sobre mim aqui.
O discurso de vocês é o mesmo dos agressores. Prestem atenção.
"O discurso de vocês é o mesmo dos agressores. Prestem atenção."
ResponderExcluirPrecisamente.
E não estou me referindo a você, Suelen, estou me referindo à comentarista de 17 anos que estuda para ser juíza de Direito.
"O foco deveria ser os agressores. Deveria ser quem acha que é adequado fazer trotes em quem humilhar mulheres faça parte da diversão."
Mas não, vamos continuar falando da parcela de culpa das mulheres, claro. Igualdade é quando a gente imputa a cula nas vítimas que são mulheres, né? Aí a gente mostra como é imparcial.
Adoro falsa simetria.
Eu também acho que aqueles caras são uns nojentos.
ResponderExcluirSó não consigo entender porque sempre a mulher é vitima de tudo.
Dizer que quem aceitou a humilhação do trote tem uma parcela de culpa ,não é o mesmo que dizer que mulheres merecem ser estupradas,porque nesse caso,elas tinham a opção de se virar e ir embora.
Pelo que eu entendi tinha mulheres lá,adorando a brincadeira e até atacaram as feministas.
Eu tenho 16 anos e fico realmente chateada em ver como os adultos super inteligentes,desprezam a nossa inteligência.
E isso também acontece com os homens.
Quer dizer que quando chegar minha vez de passar pelo trote da faculdade,se tiver várias meninas mostrando os seios,eu vou olhar,achar super normal e imitar?
Fácil assim?
A pressão que eu sofro é das minhas amigas insistindo para que eu perca a virgindade,só porque elas já perderam a delas faz tempo.
Isso não signfica que eu vou sair como uma doida para um balada e transar com o primeiro que aparecer na minha frente,só porque elas estão me pressionando.
Analu,
ResponderExcluirVocê falou que médicos ou psicólogos deveriam definir qual é a idade em que o cérebro está plenamente amadurecido para poderem dirigir. Pois bem, eu não sei dos médicos, mas nós, psicólogos, operamos com uma lógica subjetiva completamente diferente da lógica que rege o Direito em diversos aspectos. Eu, como psicóloga, acho assutador que só porque as pessoas fizeram aniversário de 18 anos, elas sejam consideradas maduras para uma série de situações que você citou. Muitas dão conta, mas muitas não dão. Toda a Psicologia se apóia na noção de singularidade, de subjetividade, ou seja, a gente não tá muito a fim de definir idade de amadurecimento do cérebro de ninguém não, a gente está mais preocupado com o lugar que o sujeito ocupa na cultura, com sua história de vida, com as ferramentas a que ele teve (ou não teve) acesso para poder lidar com o mundo. E, querendo ou não, a nossa cultura ainda é machista, patriarcal, tendenciosa e preconceituosa. E imersos nessa cultura nós nos constituímos enquanto sujeitos. Nem por isso a lei deixa de valer e nem por isso as pessoas deixam de ser responsabilizadas por seus atos. Quando EU digo que jovens de 18 anos muitas vezes acabam participando de um concurso Miss Bixete sem ter vontade de participar eu não estou sugerindo que essas pessoas sejam inimputáveis ou coisa do tipo, mas sim que, culturalmente, muitas adolescentes não têm nem consciência do que está se passando e das relações de poder envolvidas numa atividade desse tipo. Os nossos esforços não para que elas sejam tratadas como vítimas, mas sim como pessoas que têm direito à informação e maior acesso ao debate sobre todos esse temas - que basicamente é o que estamos fazendo nesse blog da Lola, aqui e agora. Isso quer dizer que elas podems ser expostas a um grupo de estudantes machistas que promove um Miss Bixete mas também a um grupo de feministas que vai lá fazer cum contraponto e mostrar que nem todo mundo pensa do mesmo jeito. Só isso.
Aqui em Londrina, na UEL, ouvi falar que fazem xs calourxs chuparem uma banana e passarem um pro outro. Analisando bem esses trotes, vê-se que são passados de uma turma pra outra, do tipo, eu passei por isso agora o calouro vai passar tb! o que eu vejo nestas pessoas é que mtos podem não pensar desta forma, mas optam por pensar que na faculdade tudo é festa, enchem a cara e seguem o padrão. Podemos sim culpar estes jovens mas assim como há garotas que, mesmo não querendo, entram no jogo, esses caras que ficarem pelados e etc, estão fazendo isso tmb, entrando no jogo, desta forma são visto como os populares "da festa", que podem tudo, fazem tudo. É toda uma ilusão criada nesse período... Prefiro culpar a sociedade machista que ainda vivemos, que ainda incentiva esse tipo de atitude, pois estas pessoas são meros frutos desse patriarcado. EDUCAÇÃO minha gente... Conscientizar as pessoas... Fazer com que elas acordem... Por mais difícil e árduo que seja, acredito neste caminho.
ResponderExcluirAh li alguns comentários sobre não haver muito disso em universidade particulares... bem, sei de um curso de veterinária numa particular de arapongas-pr que os trotes são horríveis... humilhantes... degradantes...acho que vai mesmo da cultura das pessoas que iniciaram o curso, pq acaba se criando uma tradição. nesta universidade, este é o único curso que sei que ainda há este tipo de trote...
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluircomo me faz rir o travesti suelen...
quanta baboseira
Muitos erros de ortografia no meu comentário anterior, por favor relevem; escrevi com pressa e não revisei.
ResponderExcluirnossa... yulia2 agora quero saber ,como vc chegou a brilhante conclusão de que sou um travesti?
ResponderExcluirparabéns pelo preconceito,tentando usar minha suposta sexualidade para tentar me ofender.
pq n tinha necessidade nenhuma de falar disso ,já que n tem nada a ver com o assunto.
e eu que falo besteira...
""E por que é tão difícil entender o significado das palavras coação, coerção, "forçação" de barra, importunação, assédio, pressão do grupo? ""
ResponderExcluirExistem vários tipos de coerção, Lívia. Coerção não precisa ser só física e nem mesmo com violência. Eu entendo você e, o que você diz.
Quanto à mulher vítima/coitadinha :
É tipo transar com mulher bêbada. Quem mandou ela encher a cara no meio de um monte de homem. Ela não é nem pouquinho culpada? Não sabe ela que isso pode ocorrer?
É tipo o post da mulher que estuprou. Como uma mulher poderia estuprar um homem se o pau dele tá duro? Como um pai leva a própia filha de 14,15 anos para o motel e ela não fala nada? Ela é grandinha, sabe o que faz. Se uma mulher gozar enquanto está sendo estuprada, é estupro? Claro que não, ela gozou. Tanto faz se orgasmo é um reflexo puramente biológico. O que isso tem haver? Tudo! Essas são só poucas entre tantas outras coisas do nosso senso comum do dia a dia.
Também entendo que não devemos passar a mão na cabeça das mulheres, como todos dizem. Mas, nosso foco não é nelas. Espero que as fodonas daqui entendam que nossas armas são para o machismo, independente de quem vem. Mas, quem está simulando estupros e dizendo que vai bater não são as mulheres. Não me preocupo com elas, me preocupo com homens que tem mais força que eu, que podem fazer esse tipo de covardia com mulheres que deixam tanto quanto podem fazer com as mulheres que deixam.
São esses que me preocupam. Pode ter público voluntário. Ok! Mas também tem o involuntário. Nós mulheres, direta ou indiretamente, estamos ali. É o que eles pensam de nós. É o que estão fazendo com a gente. Só que nesse caso, encontraram quem não desse trabalho e quem não reagisse à agressão.
http://www.lfcc.on.ca/poder_e_controle.pdf
Lola, por favor, comenta um pouco sobre isso. Nós vamos culpar os pobres pela pobreza? Odeio quem culpa só o sistema, mas fingir que ele não existe é perpetuar o sistema.
ResponderExcluir""é muita hipocrisia tirar a responsabilidade da mulher pelo que faz,dizendo q é culpa do sistema e n fazer o mesmo com os homens.""
ResponderExcluirPode até ser verdade, mas não tem homem apanhando,sendo estuprado e humilhado por aí tanto quanto tem mulheres passando por isso. Os homens são algozes, mas mulheres são algozes e vítimas com mais força e pressão. O que demonstra mais ainda a gravidade do problema é isso. Como alguém se presta a passar por humilhação pública? Ou não enxerga a humilhação, ou tem medo, ou gosta do que vê. Tem mulher que gosta de ser chamada de vagabunda? Ok! Conheço um monte que gosta. Mas, saber que tem homem baixando calça,xingando feministas e simulando estupros é o que me choca. A superioridade que eles cospem é medonha. E vamos parar de nos justificar sobre o quanto achamos esse movimento asqueroso. Pouco me interessa se tem meninas nele que aprovam isso. E chega de falar com as fodonas daqui o quanto o fato de essas meninas irem para lá por livre e espontânea pressão não importa para a causa porque isso é justificar o machismo nosso de cada dia.
Deveríamos discutir a nojeira que é esse movimento e o quanto esses caras são machista com quem gosta e com quem não gosta de ser tratada feito lixo. Vide o que eles fizeram com as feministas. Me importa ajudar as pessoas a enxergarem os 2 lados da moeda. Educação é para os dois lados. Até porque queremos que os homens , em primeiro lugar, nos respeitem. É das mãos deles que recebemos a maior parte da hostilidade, tendo ou não uma mulher que valide. De novo, colocando a culpa do machismo (como sentimento) ou de suas ações nas mulheres.