Uma leitora, a Camila, descobriu o que muita gente já havia percebido: que "Every Breath You Take", do Police, é a canção de um stalker (ouça e leia a tradução). Parece óbvio, né? O cara diz que a cada coisa que “seu amor” fizer (cada passo, cada sorriso, cada promessa, cada movimento, cada noite), ele estará observando. Desde que ela o deixou, ele mal consegue dormir, só chora. E, pra completar: “Você pertence a mim”.
Dizem as más línguas que Sting escreveu a música pensando na ex-mulher, se bem que ele nunca foi um stalker. Não há dúvida que a canção foi um sucesso imediato, uma das mais ouvidas de 1983 e 84, talvez a mais famosa do Police. É a número 84 na lista da Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos, e número 25 na Billboard Hot 100. Sting diz: “Parece uma canção de amor. Não notei como ela é sinistra. Acho que estava pensando em Big Brother [que na década de 80 ainda estava longe de ser um reality show, e era "apenas" um personagem de 1984, clássico de George Orwell], vigilância e controle”.
Mais pra frente, Sting, que é um ativista de direitos humanos muito respeitado, se revelou chocado por tanta gente pensar que a música é positiva. “Um casal me disse que amava a canção, e que seria a principal a ser tocada no casamento deles. Eu pensei, 'Bom, boa sorte'”. Ele também afirmou que soa zangado ao cantar a canção porque “ela é muito, muito sinistra e horrível, e as pessoas a interpretam como sendo uma linda canção de amor”.
Pois é, não se trata de uma canção romântica de um sujeito apaixonado, e é um erro lê-la dessa forma. É uma mensagem ameaçadora (ele está falando com a ex) de um cara doente e obcecado que não consegue aceitar que a ex não o quer mais e está refazendo a vida sem ele.
E a gente sabe como muitos desses enredos terminam, certo?
Com o cara matando a ex, e muitas vezes se suicidando em seguida. Entre dez a doze mulheres no Brasil são mortas todo dia, quase sempre pelo companheiro (que percebe que ela quer sair de uma relação abusiva), ou pelo ex-companheiro, que não aceita a separação. É uma das formas de feminicídio mais comuns que existem, e é claro que acontece em todo lugar, inclusive em países ricos como a Inglaterra. Em 2009 101 britânicas foram mortas pelo marido, namorado ou ex.
O que muitas vezes parece romântico pode ser uma obsessão. Por exemplo, o comportamento de Edward no primeiro Crepúsculo não é uma gracinha. Ele passa a seguir Bella por todo canto e entra no seu quarto, sem que ela perceba, para zelar pelo seu sono. O que soa como uma postura protetora (quem protege Bella dele?) pode se transformar rapidamente num boyfriend-from-hell (a namorada ou ex obcecada também existe, mas ela raramente será violenta com seu objeto de desejo. É mais comum que ela se mate, em vez de matar alguém).
Por isso que é importante ficar com os dois pés atrás ao notar que o namorado é ciumento e possessivo. Esses não são sintomas de amor, mas de comportamento obsessivo, de gente que não aceita um não como resposta, que vai querer controlar o relacionamento, e que quase certamente não aceitará com tranquilidade o fim da paixão.
Na década de 80 eu era uma adolescente, e escutava rádio. Deve ter sido a única década da minha vida em que eu acompanhava as mais tocadas. Portanto, eu adorava Police e “Every Breath You Take” (e continuo adorando). Mas é impressionante como nem eu nem ninguém nos dávamos conta de que essa era a narração de um stalker.
A gente realmente achava que era só um carinha apaixonado declarando como não para de pensar no seu amor! E lógico que já existiam stalkers e homens ciumentos que cometiam o que na época (e ainda hoje) era chamado de crime passional. Inclusive, naqueles tempos muitos nem eram condenados por “lavar a honra”. Foi quando feministas brasileiras tiveram que sair às ruas para gritar o óbvio: quem ama não mata.
Mas por que essa miopia coletiva que fazia ver "Every Breath" como uma canção de amor? É estranho, porque em 1983 o mundo já estava muito bem servido de stalkers. Um grande filme de Martin Scorsese, O Rei da Comédia, é bem desse ano, e é sobre como Robert De Niro e Sandra Bernhard perseguem (a ponto de sequestrar) Jerry Lewis, num raro papel sério. Este drama perturbador mostra como amor e admiração viram ódio rapidinho.
Por falar em Scorsese e De Niro, em 76 eles já haviam feito o magnífico Taxi Driver, em que um veterano do Vietnã, Travis Bickle, fica obcecado por uma mulher (Cybill Shepherd), e depois por uma menina (Jodie Foster), uma prostituta que ele tenta “salvar” do mundo degenerado que o cerca (aliás, esta também é uma boa dica pra evitar psicopatas: fuja de paladinos da honra e da justiça que acreditam que o mundo está perdido).
E, lógico, muito cuidado em se relacionar com alguém que encare Travis Bickle como herói! Foi o caso de John Hinckley Jr, que viu o filme dezesseis vezes seguidas e se apaixonou por Jodie Foster, que tinha apenas 14 anos na época. Em 1980, Jodie interrompeu sua brilhante carreira de atriz para estudar em Yale, e Hinckley a seguiu. Ele era um típico “I'll be watching you”, com a diferença que Jodie não tinha absolutamente nada com ele. Mas ele lhe mandava poemas e cartas, tentava frequentar as mesmas aulas, escutava por trás da porta do dormitório da atriz.
Esta é a carta que Hinckley enviou a Jodie no mesmo dia em que ele se tornou uma celebridade.
Era março de 1981 e, baseando-se no seu herói Travis Bickle, Hinckley tentou matar o presidente Ronald Reagan. Ele acabou ferindo o presidente, dois de seus guarda-costas, e um secretário. E fez tudo isso pra chamar a atenção de Jodie. Hinckley foi absolvido por insanidade, e permanece internado num asilo psiquiátrico. Permanece também obcecado por Jodie, tadinha (tadinha nada. Jodie, provavelmente a atriz-mirim -- ela atua desde os 3 anos -- mais bem sucedida de todos os tempos, ontem comoveu a todos com seu discurso no Globo de Ouro, quando recebeu seu 44o prêmio. Não cabe neste espaço minha admiração por Jodie).
Esse famoso atentado cometido por um stalker aconteceu dois anos antes do lançamento de “Every Breath You Take”, e ainda assim a gente viu a canção como uma declaração de amor! Hoje em dia imagino que muitxs de nós interpretariam a música como o que ela é -– uma ameaça de um stalker. Mas o que mudou de lá pra cá pra que nossa interpretação mudasse?
Não sei ao certo. Acho que a palavra stalker, apesar de, tal como bullying, ainda não ter tradução pro português (como se esses problemas não fizessem parte do nosso cotidiano!), está muito presente atualmente. A internet popularizou e intensificou os stalkers, já que não há nada mais fácil que seguir obsessivamente o blog, a página no FB, o twitter da ex, ou mesmo daquela pessoa que mal sabe que o stalker existe, mas que transformou-se em alvo da loucura alheia. O “cada suspiro que você der” pode ser acompanhado em tempo real, e não deixa de ser perigoso.
Mas não é amor. Quem ama respeita a decisão da pessoa de não iniciar uma relação, ou de terminá-la. Quem ama não mata. Quem ama não destrói. Em suma: quem ama não stalkeia.
Dizem as más línguas que Sting escreveu a música pensando na ex-mulher, se bem que ele nunca foi um stalker. Não há dúvida que a canção foi um sucesso imediato, uma das mais ouvidas de 1983 e 84, talvez a mais famosa do Police. É a número 84 na lista da Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos, e número 25 na Billboard Hot 100. Sting diz: “Parece uma canção de amor. Não notei como ela é sinistra. Acho que estava pensando em Big Brother [que na década de 80 ainda estava longe de ser um reality show, e era "apenas" um personagem de 1984, clássico de George Orwell], vigilância e controle”.
Mais pra frente, Sting, que é um ativista de direitos humanos muito respeitado, se revelou chocado por tanta gente pensar que a música é positiva. “Um casal me disse que amava a canção, e que seria a principal a ser tocada no casamento deles. Eu pensei, 'Bom, boa sorte'”. Ele também afirmou que soa zangado ao cantar a canção porque “ela é muito, muito sinistra e horrível, e as pessoas a interpretam como sendo uma linda canção de amor”.
Pois é, não se trata de uma canção romântica de um sujeito apaixonado, e é um erro lê-la dessa forma. É uma mensagem ameaçadora (ele está falando com a ex) de um cara doente e obcecado que não consegue aceitar que a ex não o quer mais e está refazendo a vida sem ele.
E a gente sabe como muitos desses enredos terminam, certo?
Com o cara matando a ex, e muitas vezes se suicidando em seguida. Entre dez a doze mulheres no Brasil são mortas todo dia, quase sempre pelo companheiro (que percebe que ela quer sair de uma relação abusiva), ou pelo ex-companheiro, que não aceita a separação. É uma das formas de feminicídio mais comuns que existem, e é claro que acontece em todo lugar, inclusive em países ricos como a Inglaterra. Em 2009 101 britânicas foram mortas pelo marido, namorado ou ex.
O que muitas vezes parece romântico pode ser uma obsessão. Por exemplo, o comportamento de Edward no primeiro Crepúsculo não é uma gracinha. Ele passa a seguir Bella por todo canto e entra no seu quarto, sem que ela perceba, para zelar pelo seu sono. O que soa como uma postura protetora (quem protege Bella dele?) pode se transformar rapidamente num boyfriend-from-hell (a namorada ou ex obcecada também existe, mas ela raramente será violenta com seu objeto de desejo. É mais comum que ela se mate, em vez de matar alguém).
Por isso que é importante ficar com os dois pés atrás ao notar que o namorado é ciumento e possessivo. Esses não são sintomas de amor, mas de comportamento obsessivo, de gente que não aceita um não como resposta, que vai querer controlar o relacionamento, e que quase certamente não aceitará com tranquilidade o fim da paixão.
Na década de 80 eu era uma adolescente, e escutava rádio. Deve ter sido a única década da minha vida em que eu acompanhava as mais tocadas. Portanto, eu adorava Police e “Every Breath You Take” (e continuo adorando). Mas é impressionante como nem eu nem ninguém nos dávamos conta de que essa era a narração de um stalker.
A gente realmente achava que era só um carinha apaixonado declarando como não para de pensar no seu amor! E lógico que já existiam stalkers e homens ciumentos que cometiam o que na época (e ainda hoje) era chamado de crime passional. Inclusive, naqueles tempos muitos nem eram condenados por “lavar a honra”. Foi quando feministas brasileiras tiveram que sair às ruas para gritar o óbvio: quem ama não mata.
Mas por que essa miopia coletiva que fazia ver "Every Breath" como uma canção de amor? É estranho, porque em 1983 o mundo já estava muito bem servido de stalkers. Um grande filme de Martin Scorsese, O Rei da Comédia, é bem desse ano, e é sobre como Robert De Niro e Sandra Bernhard perseguem (a ponto de sequestrar) Jerry Lewis, num raro papel sério. Este drama perturbador mostra como amor e admiração viram ódio rapidinho.
Por falar em Scorsese e De Niro, em 76 eles já haviam feito o magnífico Taxi Driver, em que um veterano do Vietnã, Travis Bickle, fica obcecado por uma mulher (Cybill Shepherd), e depois por uma menina (Jodie Foster), uma prostituta que ele tenta “salvar” do mundo degenerado que o cerca (aliás, esta também é uma boa dica pra evitar psicopatas: fuja de paladinos da honra e da justiça que acreditam que o mundo está perdido).
E, lógico, muito cuidado em se relacionar com alguém que encare Travis Bickle como herói! Foi o caso de John Hinckley Jr, que viu o filme dezesseis vezes seguidas e se apaixonou por Jodie Foster, que tinha apenas 14 anos na época. Em 1980, Jodie interrompeu sua brilhante carreira de atriz para estudar em Yale, e Hinckley a seguiu. Ele era um típico “I'll be watching you”, com a diferença que Jodie não tinha absolutamente nada com ele. Mas ele lhe mandava poemas e cartas, tentava frequentar as mesmas aulas, escutava por trás da porta do dormitório da atriz.
Esta é a carta que Hinckley enviou a Jodie no mesmo dia em que ele se tornou uma celebridade.
Era março de 1981 e, baseando-se no seu herói Travis Bickle, Hinckley tentou matar o presidente Ronald Reagan. Ele acabou ferindo o presidente, dois de seus guarda-costas, e um secretário. E fez tudo isso pra chamar a atenção de Jodie. Hinckley foi absolvido por insanidade, e permanece internado num asilo psiquiátrico. Permanece também obcecado por Jodie, tadinha (tadinha nada. Jodie, provavelmente a atriz-mirim -- ela atua desde os 3 anos -- mais bem sucedida de todos os tempos, ontem comoveu a todos com seu discurso no Globo de Ouro, quando recebeu seu 44o prêmio. Não cabe neste espaço minha admiração por Jodie).
Esse famoso atentado cometido por um stalker aconteceu dois anos antes do lançamento de “Every Breath You Take”, e ainda assim a gente viu a canção como uma declaração de amor! Hoje em dia imagino que muitxs de nós interpretariam a música como o que ela é -– uma ameaça de um stalker. Mas o que mudou de lá pra cá pra que nossa interpretação mudasse?
Não sei ao certo. Acho que a palavra stalker, apesar de, tal como bullying, ainda não ter tradução pro português (como se esses problemas não fizessem parte do nosso cotidiano!), está muito presente atualmente. A internet popularizou e intensificou os stalkers, já que não há nada mais fácil que seguir obsessivamente o blog, a página no FB, o twitter da ex, ou mesmo daquela pessoa que mal sabe que o stalker existe, mas que transformou-se em alvo da loucura alheia. O “cada suspiro que você der” pode ser acompanhado em tempo real, e não deixa de ser perigoso.
Mas não é amor. Quem ama respeita a decisão da pessoa de não iniciar uma relação, ou de terminá-la. Quem ama não mata. Quem ama não destrói. Em suma: quem ama não stalkeia.
eu gostava dessa música pra chorar as pitangas qdo eu tava apaixonada ou algo assim... qdo eu me toquei da letra -- pq eu acho que muitas vezes a gente ouve, acha bonitinho e não para pra pensar -- fiquei assustada. pq, pra mim, era só música de ficar deitada chorando na cama. meu nível de stalkice nunca chegou a tanto. nunca chegou ao ponto de eu fazer alguma coisa. era mais no esquema de pensar onde a pessoa tava, se ela pensava em mim. depois que me falaram que era a música do stalker, nossa, morreu pra mim. pq eu já fui perseguida e sei como é horrível. ficou a lição pra mim, pelo menos, de prestar mais atenção ao que é dito.
ResponderExcluirEu também não pensava na gravidade do significado desta música, e achava que era romântica, mas lembro de achar a parte do "I'll be watching you" bem estranha. Não entendia como isso poderia ser algo bom, ficar observando tudo o que uma pessoa faz. E depois eu ficava pensando o que a mulher em questão pensaria disso e se ela ficaria confortável com essa vigilância intensiva sobre seus atos, eu sabia que eu não gostaria. Mas mesmo assim, na época, achei que fosse romântica. Ainda bem que as coisas mudam.
ResponderExcluirLola, já comentei algo bem parecido aqui em casa com minha irma, fã do Police e do Sting. Nunca consegui entender como muita gente via e vê "Every Breath You Take" como uma canção de amor fofinha. Por outro lado, Sting escreveu "If You Love Somebody Set Them Free", sobre a não possessão em relacionamentos.
ResponderExcluirAliás, você falou no Edward e na Bella de Crepúsculo. Lembrei que o Sting escreveu o que considero uma das "melhores canções sobre vampiros", Moon Over Bourbon Street. Aqui vai ela!
http://www.youtube.com/watch?v=5i_0PkOqLKA
Adorei o texto.
ResponderExcluirEngraçado, sempre tive arrepios com essa música, e nunca foram arrepios bons!!
Sinceramente, ri demais com "quem ama não stalkeia"! Gostei muito =]
Já tive/tenho um cidadão me "stalkiando" (rs), é BEM bizarro, chega a ser sinistro. Dá um medo.
Enfim, adorei o post =]
Ouçam essa música como se a morte estivesse cantando para você, e sintam o terror.
ResponderExcluirLola
ResponderExcluirA palavra BULIR em português,apesar de não ter a mesma força que o "bullying" ganhou aqui no brasil, não tem o mesmo significado?
Outra coisa, de fato os comportamentos violentos obsessivos de mulheres são muito menores (ou com consequências menos nefastas), mas os psicológicos são em igual intensidade, ou não? Nunca li nada sobre isso...
Apesar de falar bem inglês, demorei pra me dar conta sobre essa música também... Tem uma da Alanis (acho que chama house) que ela "escondeu" no jagged little pill que e de uma stalker também..
Acho que a música do Roberto Carlos - esse cara sou eu - tb vai por essa linha, de obsessivo, controlador. Eu só conheci a música por causa dos memes n no Facebook, mas ó, dá medo tb. Afinal, que cara liga no meio da noite pra dizer que ama? Ele tá é controlando se a garota está em casa...
ResponderExcluirOra, muita gente pode conseguir interpretar "Every Breath You Take" como a perspectiva de um stalker, mas a grande maioria parece cega para "Esse Cara Sou Eu". Aquela música chega me dá arrepios, e as pessoas acham lindo.
ResponderExcluirE contra isto que nos masculinistas/realistas lutamos tanto, a reeducação emocional masculina, o desapego amoroso, salva vidas, de homens e também de mulheres, que são mortas por homens profundamente apegados e sofrendo da doença que e a paixão.
ResponderExcluirVeja este caso Lola.
http://www.94fmdourados.com.br/noticias/policial/antes-de-cometer-suicidio-jovem-fez-um-video-para-a-namorada-confira
outro exemplo disto, nacional, e "Uns dias " dos paralamas do sucesso.
ResponderExcluirEu chorava de amor
"E não porque sofria
Mas você chegou já era dia
E não estava sozinha
Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar"
http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/47964/
versão feminina do stalker no filme "Minha Super Ex Namorada", cm a Uma Thurman. O filme vira comédia porque ela tem super poderes, mas deixa claro o quanto a vida do sujeito pode virar um inferno!
ResponderExcluirmuito fofo o mascu ai dizendo que "luta pela vida das mulheres" só que não, vocês doentes misóginos lutam e pelo direito de nos calar, de podar nossos sonhos, em uma sociedade machista, vocês são uns coitados, fracassados totais.
ResponderExcluirQuanto ao seu link, sinto pela família do rapaz, mas pelo menos ele se matou, pior se tivesse matado a menina, só por ela ter direito de escolha.
Sempre achei (até quando era adolescente) a letra dessa música estranha, uma coisa possessiva demais, mas gosto do baixo ritmado.
ResponderExcluirMinha música favorita do The Police é Every Little Thing She Does is Magic. :)
Eu e minha amiga, sempre que conversávamos sobre os livros/filmes da saga crepúsculo comentávamos como o Edward era um stalker.
ResponderExcluirA gente dizia que ele tinha um Q de Lindenberg. Claro que é um exagero (talvez). Mas ele vigiava Bella enquanto ela dormia, tomava decisões por ela, não queria que ela visse determinados amigos e ainda por cima queria saber o que ela pensava, essa ultima para mim é de matar.
Até nos pensamentos dela ele quer estar? até isso ele quer saber?
Claro que a 5 anos eu não pensava exatamente assim, achava estranho mas tentava ver o lado romântico da coisa. só que não demorou muito para perceber as atitudes duvidosas do personagem.
Quanto a musica do the police, eu nunca tinha ouvido, dei uma olhada agora e ela parece bastante sombria.
obs: sei que não tem nada haver mas já que também estamos falando de musica
tem uma musica do Roberto Carlos, na novela, que esta fazendo bastante sucesso chama-se: "esse cara sou eu".Não sei o que o pessoal do blog esta achando desse "cara" mas eu acho ele um saco.
Quando eu ouço só me vem a cabeça queles caras grudentos que sufocam e são metidos a protetores, realmente um saco.
Obrigada, pensava que era so eu que odiava caras grudentos, sufocantes, metidos a protetores e metidos a romanticos
ExcluirEu lembro de um episódio de Supernatural em que os rapazes estão num caso e uma das meninas tem fotos de um vampiro adolescente na parede. É claramente alusão a Crepúsculo, mas o nome do personagem foi trocado. Tem uma cena deles lendo as coisas sobre o livro e Dean (um dos dois personagens principais) diz o seguinte "assistindo ela dormir? como isso não é comportamento de estuprador?'
ResponderExcluirDesde que traduzi essa música - láááá atrás - eu acho que é um caso de perseguição, mesmo que na época eu nem soubesse desse termo.
E cara, eu achava que nunca encontraria um stalker, mas no meu último emprego tinha um cara que começou a dedicar atenção demais a mim. E eu soube que ele fazia isso com todas as funcionárias novas, não com os novos funcionários. Nem sei se já comentei aqui... o caso é que em menos de uma semana eu tava sem saber o que fazer e pedi a ele que parasse. Ele ainda ficou magoado, dizendo que eu interpretei mal...
Contando ninguém acredita. eu mesma não acreditaria na falta de noção da pessoa.
Puxa vida Lola, eu tenho esta música no meu celular!
ResponderExcluirDesde sempre a achei linda, acho que estar apaixonada é o principal para se gostar da música.
Faz tempo que não a ouço, mas realmente, ela é de um Stalker.
Vou tomar mais cuidado com o que ouço!
by. Bia
Que ignorância a minha, já tinha ouvido Every Breath You Take só não tinha visto a tradução.
ResponderExcluirNão quis colocar no comentário acima mas como já disseram antes de mim, O cara do Roberto Carlos parece bastante controlador também me assusta esse negocio de ligar no meio da noite.
Eu durmo que nem pedra, não acordo com telefone de jeito nenhum, e ai o que eu faço.
Desde de q fiquei sabendo qual o significado dessa letra ha muito tempo atraz, ja não gostava dela, infelizmente sei muito bem o q é acordar de manhã , sair pras ruas p trabalhar e dar de cara com quem esta ali só te esperando sair, e vc ficar confusa sem saber se o cara dormiu la na sua porta ou se ele ja sabe todos os seus horários.
ResponderExcluirNão é nada facil fugir de um cara assim, eu sei disso muito bem.
E tb existiu um filme que fazia parte de uma série, que usava essa musica como tema, e se tratava de um método infalível para quem quisesse parar de fumar, se a pessoa aceitasse fazer parte desse método, ela não podia voltar atraz, e era vigiada 24 hrs por dia, e se tivesse recaidas e desse uma tragada q fosse, sofria as piores consequencias, como receber o dedo da esposa cortado em um presente, era um terror mesmo.
Gostei muito do texto. E me fez lembrar de uma discussão que tive com uma amiga minha recentemente sobre o livro 50 Tons de Cinza.
ResponderExcluirEla leu e ficou encantada com o personagem principal Cristian Grey, suspira dizendo que ele é isso, aquilo, que ela queria um cara assim.
Mas quando li o livro me assustei.
Ele é sufocante, controlador, possessivo, ciumento, genioso, a mocinha fala dele deixando transparecer o medo que tem das suas reações, mas a história se desenvolve de tal forma que todo mundo, não, mas muitas mulheres, acham que aquela tortura toda é demonstração de amor, que ele faz isso porque é apaixonado, ou porque é o "jeito dele".
E isso foi o que mais me incomodou no livro, mais que a história clichê, mal escrita, repetitiva, enfim, foi florear algo que é terrível e que as mulheres deveriam cada vez mais tentar se afastar. É lamentável!
Noooossa... Eu me livrei dum cara assim recentemente. Nossa relação acabou porque ele mora no litoral e só podíamos nos ver no fds. Ele ficava insano com a possibilidade de eu ficar com outro aqui na capital durante a semana... Pois é, loucura. Mas eu vi que tinha algo muito errado e pulei fora. #ufa
ResponderExcluirA música "Esse cara sou eu" do R. Carlos também é um exemplo disso: o cara é um stalker e está sendo visto como personificação do romantismo. Muitos programas de TV saem às ruas para perguntar às mulheres se existe "esse cara" e muitas respondem que "gostariam que existisse".
ResponderExcluir"O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você"
Além do mais, não tem nada mais blergh do que dizer que um cara possessivo assim é "o herói esperado por toda mulher", como consta na música.
Ao ler o titulo da postagem pensei na musica e foi a primeira vez que notei esse lado sinistro! Continuo gostando dela mas agora ela possui todo um novo significado. Passei recentemente por uma situacao stalker em que um ex namorado (imagine de 10 anos atras) comecou a me ligar, mandar msgs ameacadoras. O menino descobriu meu celular e nao parou mais. Fiquei mto assustada bloquei ele de tudo e nao respondi mais seus contatos, por seguranca avisei minha familia, meus amigos e o seguranca da rua e parei de andar sozinha... Tive sorte porque depois de um tempo ele parou (ao que parece).
ResponderExcluirAcho que a melodia ajuda a confundir, né? Mesmo que a letra seja sinistra, o som é meloso, romântico mesmo. Se a melodia fosse algo parecido com "Psycho Killer" talvez o sinistro ficasse mais evidente. E concordo com quem mencionou "Esse cara sou eu" - no Facebook até rolou uma interpretação das patologias do cara a partir da letra, rs. Há uma canção da Clarice Falcão, chamada "Macaé" que parece romanticazinha no começo, até ficar claro que é sobre uma stalker. Mas a canção, além de deixar isso evidente, é feita pra gente rir.
ResponderExcluirhunf, como se alguma feminista soubesse o que e paixão, nunca sentiram isto na vida, como podem querer saber como lidar.
ResponderExcluirEu achava que era romântica pq eu não entendia inglês, dai qdo eu aprendi e vi a letra descobri q era mesmo assustadora.
ResponderExcluirLola, nada a ver , mas ontem no Fantástico mostraram uma matéria sobre mulheres delegadas, e sobre como elas trazem "charme e feminilidade" às delegacias, claro que começaram a falar em roupas e salto alto incentivadas pela repórter. Todas loiras e lindas. A matéria seguinte era sobre maus tratos a idosos, e mostrou alguma delegadAs de delegacias de idosos, e nenhuma delas padrão de beleza Marie Claire. Essas nao apareceram na reportagem anterior, sobre aumento de mulheres como delegadas no Brasil. Engraçado, nao?
ResponderExcluirEssa música do The Police é uma chatice só. Mas a do Roberto Carlos é pior, muito pior, é o hino do homem possessivo.
ResponderExcluirSó fui descobrir o real significado da "Every Breath" há pouco tempo, vendo um documentário no qual o baterista do The Police falava que "o Sting tinha feito uma canção de obcessão, e as pessoas a interpretam como uma canção de amor". Só aí fui notar que é realmente assim mesmo. Mas continuo gostando dela até hoje. E a "Esse Cara Sou Eu" só ouvi no rádio uma vez, e nem prestei atenção nela. Vou fazer isso na próxima vez que escutar.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido a música, Lola, e por isso gosto tanto do teu blog - a gente sempre encontra a realidade por um outro aspecto e expande o pensamento.
ResponderExcluirSó não concordo com o trecho "a namorada ou ex obcecada também existe, mas ela raramente será violenta com seu objeto de desejo. É mais comum que ela se mate, em vez de matar alguém". Mulheres são mais pacientes e planejam mais antes de agir, mas não acredito que desistam de uma vingança. Ou de provar seu ponto de vista.
Lola,
ResponderExcluirHoje abri o blog na esperança de que você tivesse escrito sobre a Jodie Foster e o discurso dela no Golden Globes...
Sem querer moderar o blog, mas já pedindo:
Escreve vai! Não seja má, por favor... ;-)))
Abraços!!
E eu pensava que era true stalker dangerous from hell por dar meia duzia de googladas e olhar por cima o histórico das duas últimas semanas no facebook. o_o
ResponderExcluirOu sou? huehua
Me lembrei agora de uma historinha da Tina no gibi da Mônica que eu li quando era criança e não entendi direito era assim: A tina arranjava um namorado e eles iam sair, dai ele ficava protegendo ela, primeiro chovia e ele emprestava o casaco dele, ela achava ok, dai eles caminhavam na rua ele ficava encarando as pessoas e ela começou a não gostar,ele fica dizendo q ela é uma moça frágil e o mundo é perigoso, dai eles foram numa banquinha de cachorro quente e ele gritou com o vendedor e disse à Tina que os homens são muito folgados e não sabem respeitar uma moça algo assim, dai ele limpa a boca dela, ela fica indignada, atira o casaco dele pra cima e sai correndo na chuva e gritando QUE DELICIA DE MUNDO PERIGOSO.
ResponderExcluirDificilmente se encontra mulheres asediadoras, pois não e natural as mulheres terem iniciativa em relacionamentos hétero.
ResponderExcluirSomente na serie do Charlie Сheen rsrs
Lola, é muito comum as pessoas romantizarem esse tipo de comportamento. Esses homens ao invés de serem vistos como são (uns psicopatas!), passam por Romeus. Um espécie de Werther que foi longe demais.
ResponderExcluir(Na verdade, injustiça minha citar o Werther, do Goethe. Ele se mata mas não machuca a Charlotte)
Lembra daquele post seu sobre o caso Eloá? Aquele psicólogo, ou sei lá o que ele era, não disse em rede nacional que a parada ia terminar em casamento?
É triste, Lola, mas as pessoas tendem a ver esses abestados como heróis românticos.
Acho que a bela melodia da música do Police ajuda a criar a confusão na cabeça.
ResponderExcluirAcho que acaba funcionando como boa parte dos casos de atitudes possessivas em relacionamentos que se aproximam como pessoas dedicadas, carinhosas, que qeurem "proteger" o outro e que escondem uma pessoa assustadora.
Acho que a bela música esconde a personalidade assustadora do eu lírico.
Na boa, achei essa discussão fortemente exagerada. O término de um relacionamento é como um luto, muitas vezes ainda pior, segundo a Psicologia, e cada um lida com isso de uma maneira diferente. Ser "obcecado" não significa ser um psicopata em potencial. É óbvio que amor adicionado a um comportamento violento e sentimento de possessão não resultam em boa coisa, mas poucas são as pessoas que nunca sentiram algo parecido e tiveram um grande problema em esquecer um antigo amor. Sobre a letra de "Esse Cara Sou Eu", é ainda mais absurdo comparar o amor romântico descrito a um ato de psicopatia. "Amar demais" não necessariamente significa que alguém planeja matar a mulher/o marido, a não ser que a pessoa tenha problemas mais graves.
ResponderExcluirTem também aquela música Camila Camila do nenhum de nós http://www.youtube.com/watch?v=AmbO2zbqKYY.
ResponderExcluirNão é exatamente uma música sobre stalker, mas ela fala sobre uma garota, a Camila, que sofre violência do companheiro. O mais bizarro é que eu conheço gente que coloca o nome da filha de Camila por causa da música. Tudo bem, o nome é bonito, mas isso é muito assustador também.
Ao contrário de "esse cara sou eu", que tem uma melodia melosa e açucarada até dizer chega, "every breath you take" tem uma melodia bem creepy, na minha opinião. Não entendo de música e notas e tal, mas a batida que embala a música inteira e o baixo muito utilizado pra mim parece uma trilha de suspense. As partes que ele canta mais baixinho e contido me soa como ameaça e nas que ele berra ele já perdeu o controle.
ResponderExcluireu descobri recentemente que essa música era hino stalker. conversando com meu namorado, falando o quanto a cultura celebra essa história do 'two become one', essa ideia de anular individualidades, que vc tem que estar com alguém porque PRECISA e não porque QUER. então eu disse o quanto curtia as canções do george harrison, que pensa o amor na chave da liberdade, assim como a belíssima canção dos doces bárbaros, essa sim, verdadeiro hino ao amor e à liberdade: "o seu amor, ame-o e deixe-o LIVRE PARA AMAR." mas a cultura de massa, seja por meio de músicas, novelas e filmes, sempre reforça essa idéia de amor enquanto dependência, de amor quase no limiar da doença, da obsessão, como aquela do bon jovi: when you breath, i wanna be the air for you (!!!!!!!!!). então nessa conversa sobre essas formas de amor doente que a cultura celebra, citei every breath you take, ao que meu namorado me disse: mas essa música não é sobre 'two become one' não (o que já seria péssimo)! é sobre um cara doente, o sting já esclareceu isso!"
ResponderExcluirAnônimo das 13:09, vc tá conhecendo pouco das mulheres né?
ResponderExcluirnão confunda iniciativa com falta de respeito, eu tomei a iniciativa em todos meu relacionamentos e mesmo assim, sempre respeitei quando recebi um não como resposta. é q os homens acham q tem q colocar a mulher num pedestal e idolatrá-la e q ela tem q corresponder pq ele está lá dando "todo esse amor" senão ela é uma ingrata.
"Oh can't yoooou seeeeee? You belong to meee..."
ResponderExcluirÉ uma senhora melodia, umas das melhores do Police. A letra é sinistra, mas continuo amarradona na música. Sou cínica? Apoio o stalking? Menos, gente. Não gosto de 50 Tons de Cinza porque acho ruim, mal escrito, repetitivo, não porque trata de uma relação abusiva. Se o raciocínio for literal assim, vou deixar de apreciar zilhões de músicas e queimar muitos livros...
Minha ex tentou tacar fogo no meu carro comigo dentro, me infernizou a vida por messes, a raiva dela se basseou em eu ter terminado comela , para ficar com uma prima da mesma, um direito de escolha meu, muiti imaturo da parte dela.
ResponderExcluirEu curto a música I Want You, dos Beatles. Um dos melhores comentários que eu li sobre essa música: quando começa tu pensa algo tipo "oh, que fofinho, olha como ele está apaixonado", e termina pensando "puta merda, que cara maníaco". E isso com apenas 5 frases.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluirhunf, como se alguma feminista soubesse o que e paixão, nunca sentiram isto na vida, como podem querer saber como lidar.
14 de janeiro de 2013 12:46
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Aaaaaaaw.
Que sensibilidade.
Se paixão é ficar assim, dispenso, obrigada. :)
Curiosamente, até a alegre música "Happy Together", dos Turtles, pode ser considerada como a manifestação de um amor obsessivo. É só ver a tradução:
ResponderExcluir"Imagine eu e você, eu imagino
Eu penso em você dia e noite
É simplesmente certo
Pensar na garota que você ama
E segurar ela bem apertado
Tão felizes juntos
Se eu devo te chamar
Invista um centavo
E me diga que pertence a mim
E acalme minha mente
Imagine como o mundo seria
Tão legal
Tão felizes juntos"
Mais tarde na mesma música o narrador fica ainda mais fora de si.
Quem diria que uma música como essa tem uma temática meio sombria? Link para a música: http://www.youtube.com/watch?v=9ZEURntrQOg
Eu sou totalmente a favor que um cara apaixonado se mate e mate a mulher, nessa ordem.
ResponderExcluirEu tinha percebido isso na música, mas crepúsculo passou batido. Acho que por ser literatura infanto juvenil.
ResponderExcluirMas isso é o ideal de amor romântico muitas vezes proferido por aí. "se eu amo, é meu".
Julgando por muitos sucessos recentes entre o público feminino, como Crepúsculo e 50 Tons de Cinza, acho que um grande número de mulheres vê esses comportamentos bizarros de controle e perseguição como românticos e desejáveis. Isso é extremamente perigoso e preocupante!
ResponderExcluirNão tenho certeza do porquê, mas existe muita gente que é atraída romanticamente por todo tipo de psicopata. Acho que devem existir homens assim, mas o comportamento parece mais evidente em mulheres. Por exemplo, o terrorista norueguês Anders Behring Breivik recebe cartas de amor na prisão, mesmo depois de ter assassinado mais de 70 pessoas. No Brasil, o caso mais notório talvez seja Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", um dos assassinos em série brasileiros mais famosos. De acordo com uma reportagem na Época:
"As enamoradas de Pereira o vêem como vítima de uma farsa armada pela polícia só para incriminá-lo. É por causa desses corações ardentes que o Maníaco do Parque se tornou um campeão de correspondência na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, localizada no interior de São Paulo. (...) Confinado numa cela individual do Piranhão - nome dado ao anexo da instituição penal em que ficam os presos mais perigosos e os jurados de morte -, Pereira recebe inúmeros presentes, de pares de meias a caixas de cerveja - estas, obviamente vetadas pela vigilância -, mas nada o delicia tanto quanto as cartas de amor. 'Não poderia imaginar que minha fama maligna resultaria nisso', afirma. O motoboy assume a condição de galã dos romances virtuais. Em dez meses de cárcere, o departamento de vigilância penitenciária já registrou cerca de 120 cartas inusitadas, de religiosas prometendo alento à alma do criminoso a mulheres sedentas por noites de volúpia. Época teve acesso a 30 dessas cartas.
A maioria é redigida de próprio punho. Escritas em português tosco, alinhavam declarações desconexas. As fãs evangélicas suplicam para que Pereira aceite Cristo como seu salvador. Geralmente, essas cartas têm remetente e endereço. Há mulheres que vão direto ao ponto. Confessam uma paixão sem limites e tramam situações nas quais poderiam encontrar e seduzir o motoboy. Outras romanceiam. Juram amor eterno, sentem pena e acreditam na recuperação de Pereira. Na opinião do psiquiatra forense Guido Palomba, as missivistas estão na fronteira da normalidade. 'Elas são dotadas de infantilismo psíquico. Realmente acreditam que podem recuperar esses bandidos', diz."
A reportagem pode ser conferida aqui: http://epoca.globo.com/edic/19990607/soci51.htm
Hoje em dia ser stalkeado é tipo um mérito, significa que alguém se interessa, alguém vai atrás, que a pessoa é digna de ser stalkeada. Aí TUDO vira sinônimo de stalkear: adicionar no face, mandar mensagem, dar OI na rua... ah, por favor. Vão praticar pederastia passiva, senhores. Stalkear é MUITO além. Depois da invenção do facebook, pessoal anda extremamente neurótico com isso, vendo chifre em cabeça de cavalo.
ResponderExcluirDepois da invenção do facebook, dizem que tudo é e stalkear. Adicionou, é stalker. Mandou mensagem, é stalker. Ah, mu cu assoviando o hino da Coréia. Acho que pessoal deveria refletir mais a respeito do que é realmente cruzar os limites.
ResponderExcluirEu tbem adoro essa música...e eu canto para meu filho adolescente (claro q é por piada...)
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMais comentários da Gabriela Luiza, por favor.
Uma boa ideia seria fazer análise do discurso dessas músicas consideradas românticas. Se analisarmos friamente, elas apresentam em suas letras comportamentos doentios e obsessivos. Outro dia escutei uma música sertaneja, não se de que dupla, em que o homem lamentava o abandono pela mulher. O refrão era "Eu não vou aceitar, eu não vou aceitar." Daí pra partir pra um assassinato é um pulo.
ResponderExcluirÉ sugestivo que o Big Brother é um ditador de esquerda e o objetivo do Orwell foi criticar os totalitarismos de esquerda. O Big Brother da Globo tende a ser bem visto. A emissora nem se importou com a carga negativa da expressão. Estranho.
ResponderExcluirEntão sou seu Stalker,Lola?O.O
ResponderExcluirPq eu leio seu bloguinho todo dia.Mas a culpa não é minha!Foi vc que me viciou nos seus textinhos!(chora rios).Agora tenho que ir prum Centro de Reabilitação de Textos de Lolinha para tentar me curar.
"Esse cara sou eu" é o novo hino dos stalkers.
ResponderExcluirMas falando em músicas sinistras, ainda não me recuperei totalmente de "Que cô cê foi fazer no mato Maria Chiquinha", de Sandy & Junior. Desde criança, apesar de ouvir S&J direto, eu achava essa música estranha mesmo sem entender direito pq. Mas, basicamente, é a história de um homem possessivo que vai matar a mulher e ainda sugere NECROFILIA. Credo!
"fuja de paladinos da honra e da justiça que acreditam que o mundo está perdido"
ResponderExcluirAcho que já vi sujeitos assim internet afora, mas agora não lembro bem onde...
"Inclusive, naqueles tempos muitos nem eram condenados por “lavar a honra”"
Eu tive um colega de trabalho que era ex-presidiário, ele tinha caído por tráfico e ficou dois meses guardado. Uma das coisas que ele me disse que deixaram ele espantado foi ter visto, lá dentro, homens que estavam muito tempo presos por "legítima defesa da honra", ou seja, que levaram guampa e mataram a mulher, ou o ricardão, ou ambos.
Me espantou ver alguém jovem, em pleno século 21, acreditando nesse tipo de coisa. Isso me mostrou o quanto muitas mudanças ainda são superficiais e muita coisa ainda precisa ser mudada, porque não posso acreditar que ele seja o único, provavelmente ainda tá cheio de homens por aí que se consideram donos da companheira, e que achariam legítimo matar em caso de traição ou fim da relação.
Se esse tipo de coisa é o que se considera "honra", cada vez mais entendo o que quer dizer o anti-herói dos quadrinhos Nikolai Dante, que tem por lema a frase "Dane-se a honra!"
"Gabriel disse...
Essa música do The Police é uma chatice só. Mas a do Roberto Carlos é pior, muito pior, é o hino do homem possessivo."
Também acho que a do Roberto Carlos é muito pior. Pelo simples fato de ser em português. Muita gente pode ouvir essa música do The Police a vida inteira e nunca saber do que se trata, nunca absorver o conteúdo dela. Eu mesmo nem imaginava que a letra fosse sobre isso, até ler esse post.
Além disso, o RC já tem no repertório música que tenta mostrar obsessão e possessividade num relacionamento como algo romântico e fofo: http://letras.mus.br/roberto-carlos/182204/
Pessoas queridas, recebi uma mensagem no Twitter, e vi alguns (poucos) comentários aqui que vão nessa direção: "Lola, adoro vc, mas já acho isso um exagero. Música é arte, não é vida real. Se todas fossem politicamente corretas seria um saco!"
ResponderExcluirEntão só pra esclarecer. Eu adorava a música antes e continuei adorando a música depois que percebi que ela é sobre um stalker. Aliás, acho que isso tá no post. Não tem a menor sugestão no texto dizendo que eu quero censurar a canção ou boicotá-la ou sei lá o quê. Não é porque a música é sobre um stalker que ela deixa de ser ótima, ué! Dá pra fazer um filme sobre um jovem misógino que sai à noite causando acidentes na estrada, brigando com gangues e estuprando mulheres, e ainda assim fazer um grande filme. Laranja Mecânica, sabe? É um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Eu amo Poderoso Chefão, mas é um filme conservador sobre personagens conservadores (machistas mesmo). Dá pra fazer um livro sobre um pedófilo que se casa com uma mulher que ele detesta só pra poder ficar perto da filha dela de 12 anos, de quem ele pretende abusar. O tema é detestável, mas Lolita, do Nabokov, é uma obra prima. E por aí vai.
E dá pra criticar um filme/livro/música/pintura/blog/qualquer coisa e ainda continuar amando o troço...
Então aqui não tem ninguém querendo transformar Laranja Mecânica, O Poderoso Chefão, Lolita ou "Every Breath You Take" em algo politicamente correto. O post em nenhum momento diz que não se deve gostar da música. Apenas que é estranho que tanta gente não perceba que a canção não é sobre um carinha romântico, e sim sobre um stalker. E, de fato, concordo com o Sting: adotar essa canção prum casamento é creepy mesmo!
O post é menos sobre a música em si do que sobre a interpretação que fazemos da música.
E olha só outra interpretação: talvez o narrador da música, o que tá cantando "I'll be watching you", não saiba que ele é um stalker. Talvez ele mesmo pense que é um carinha romântico e apaixonado! Interessante, né?
E amo a melodia da música. Não acho o som romântico. É repetitivo, algo que não muda, que vai continuar pra sempre... Combina perfeitamente com a letra.
Mas o "Esse Cara" eu ainda não escutei.
Coincidência tudo isso! Escrevi este post na semana passada, aí recebi o guest post da Juliana sobre a novela Lado a Lado, que falava do "Esse Cara". E ontem teve o super lindo discurso de agradecimento da Jodie Foster. Eu nem sabia que ela iria receber um prêmio. O universo está todo interligado.
Acho que é aceitável fazer obras com personagens assim,com uma historia pra contar,mas blogs machistas/misoginos nao vejo lucidez em amar isso.
ResponderExcluirNossa sempre achei essa música estranha por causa disso mesmo, até tinha comentado com minha irmã que se um cara tocasse isso para mim eu desconfiaria! ahahahaha
ResponderExcluirMas é The Police né, a voz do Sting é uma delícia. Você tem toda razão sobre gostar de algo mas ele não ser perfeito com o que acreditamos na "vida real". Arte nos mexe de maneiras estranhas!
Morri de rir com muitos comentários aqui, concordo com vários deles. Quando eu era mais nova não costumava ouvir esta música do The Police, nunca liguei, mas ultimamente tenho ouvido com frequência no rádio e sempre me vem "Cinquenta tons de cinza" à mente. Apesar disto continuo gostando da música, serve para chamar a atenção da gente para certos comportamentos culturais. Agora, falando em Roberto Carlos (e depois de ter uma lavagem cerebral no final do ano), não é só "Aquele cara" que tem uma letra estranha, não, agradeço, Lolinha, pela oportunidade de desabafar! Tem uma outra música do Roberto que diz ((esperem aí que preciso "googlear":
ResponderExcluir"Onde ela vai eu vou
Onde ela está eu estou
E cada dia mais doido por ela eu sou []Às vezes não quero sair, mas eu saio
Do que é meu eu cuido e não me distraio
Aquela maravilha andando sozinha
Tem um aviso pra dizer que ela é minha"
E pela minha cabeça só passava: "quando é que vão apelidar esta música de melô do ciumento?"
Tem mais, eu sou fã de Bossa Nova, mas e "Minha namorada"?
"Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
[]E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque"
Ou
"Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza,
Qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora,
Qualquer coisa que sente saudade.
Um molejo de amor machucado,
Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher,
Feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor
E para ser só perdão."
Ai, o Vinícius perdeu muitas oportunidades de ficar calado...
Outra interpretaçao: lá com meus dez aninhos começando a aprender palavras em ingles eu achei que o eu lirico dessa cançao tinha morrido! Ahahaha. Sabe aquela coisa que "onde quer que fulano esteja ele estará olhando pra mim"? Pois é. Pra mim nao era uma cançao de amor, mas a canção de uma saudade.
ResponderExcluirÉ... Viajar na maionese, quem nunca?
pra mim o pior sempre foi o 'every move you make, every breath you take' antes do i'll be watching you. sempre que chega nessa parte me causa uma sensação de claustrofobia... e concordo plenamente com a Marina Oliveira, porque é caso de internar aquele cara: "O cara que pensa em você toda hora / Que conta os segundos se você demora / Que está todo o tempo querendo te ver / Porque já não sabe ficar sem você". é muita música estranha que tem por aí, viu? as vezes o melhor é ignorar a letra e ficar só com o ritmo mesmo!
ResponderExcluirO bom é concordar com a plena liberdade de expressão dos artistas no mundo da música e dos filmes e meter o pau no Rafinha Bastos, que também faz um tipo de arte.
ResponderExcluirEssas músicas são realmente assustadoras.
ResponderExcluirSobre Crepúsculo: embora o personagem Edward tenha sim muitas características típicas do stalker, ele tem uma vantagem que nenhum stalker tem: ser capaz de ficar longe pelo bem da pessoa que persegue, e ser capaz de ficar longe se tomar um pé na bunda.
Bom, Lola e leitores.
ResponderExcluirEu tenho mania de fazer listas musicais, top # disso, top # daquilo e tenho também meu top-stalker. Não lembro ao certo quantas músicas tem neste "top", mas vamos as principais:
Walking after you, do Foo Fighters: é semelhante a letra da musica citada no post, uma vigilância medonha.
One way or another, Blondie: parece que é um encontro forçado, ou proposital o que se tem na letra desta música.
E a melhor...
Don't you want me, do Human League:
O melhor desta música é que é um dueto onde a moça explica pro cara que não foi ele que tirou ela da "merda", e sim o esforço dela.
Povo tudo lembrando do Roberto Carlos. E o seu Jorge, minha gente?
ResponderExcluirEu mando um beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada (!!!!)
A mina nem aí pra ele e é "namorada" dele. Sem contar o comportamento de quem tá sempre em cima, mesmo com a mulher deixando mais do que claro que não tá a fim.
Acho que a principal questão é que as pessoas não sabem inglês mesmo. Eu cantei muito essa música achando baladinha antes de prestar atenção na letra.
ResponderExcluirE discordo dessa sua frase: "a namorada ou ex obcecada também existe, mas ela raramente será violenta com seu objeto de desejo". Existem diversos casos de mulheres ensandecidas que quebraram coisas ou atacaram homens. Loucura não escolhe sexo. A única diferença é que ninguém diz que é romântico, dizem que são doidas mesmo. Agora o irmão da minha cunhada matou a menina e tentou se matar e teve gente dizendo que era romântico.
Gente doida, óbvio. Romance envolve beijos, chocolates, sexo... Facadas e tiros não têm nenhum romantismo.
Ah, e respondendo ao comentário do Paulo Magno:
ResponderExcluirA maior fantasia de poder feminina é a fantasia de "corrigir". Não sei de onde vem isso. De uma instinto de educar, talvez? De um excesso de telenovela e filmes com mensagem de que "o amor é maior que tudo"?
Sei lá. Sei que é uma fantasia de poder, isso é fato, nasce do desejo de controlar o outro. E é a coisa mais perigosa que existe pra uma mulher. Porque faz com que ela se meta com todo tipo de psicopata na esperança de que ele vai mudar pelo poder do amor dela.
Então dá-lhe namorado bêbado, violento, preguiçoso, grosseiro, passivo-agressivo, controlador...
Outra música de stalker:
ResponderExcluirShe will be loved do Maroon5
Um trecho:
I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay a while
And she will be loved - 4X
Há uma música que trata de maneira cômica o stalker. A música stalker do Goldfinger em que o cantor diz: I wanna marry my stalker.
Florentina, Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me amas, pra que tu me seduz ?!
ResponderExcluirE tem outra coisa engraçada sobre como a música faz a gente sentir. Quando mais nova eu não compreendia a letra de diversas canções - tipo Camila, mesmo, que eu demorei pra me tocar do que estava falando - e ia no que a música transmitia. Camila me angustiava, mesmo que eu não tivesse me dado conta do tema.
ResponderExcluirE não acho que a baladinha dessa música do post seja assim romântica ou feliz ou o que seja. Me fazia pensar em alguém caminhando. E depois que compreendi a letra, acho que encaixava direitinho na perspectiva.
Fallman stalkeando Mustang na última imagem♥!!!
ResponderExcluirMais um voto para "Esse cara sou eu", romanticamente possessiva, além de ser chata demais!
O problema dos stalkers é que as pessoas só levam a sério quando o pior acontece...
Quase esquecendo...não acho que a mulher raramente seja violenta quando é uma stalker. As mulheres ameaçam qualquer um que esteja perto do seu objeto de desejo, então supostas rivais ou filhos estão passíveis a qualquer tipo de violencia ou vingança, é mais comum do que se pensa. Pode acontecer com homens tbm, mas não é raro ser a mulher que revira meio mundo para achar a "outra", homens costumam revirar tudo, porém atrás de seu objeto de desejo.
De certa forma, ambos os casos são formas de violência, e a mulher sempre perde mais, vide as estatísticas.
A jodie foster também finalmente assumiu publicamente sua homossexualidade. Não que ninguém soubesse, não era exatamente um mistério, mas foi a primeira vez que ela realmente declarou-se lésbica. Tá em todas as noticias americanas
ResponderExcluirhttp://www.guardian.co.uk/film/2013/jan/14/jodie-foster-gay-golden-globes
Daniel Benedetti,
ResponderExcluirDe fato, soa bastante contraditório considerar Laranja Mecânica como uma obra prima e as piadas do Rafinha Bastos como criminosas.
Gente! Eu não me lembrava como o Sting era lindo e sexy. Na realidade, quando eu era adolescente, eu só adorava Police pelas músicas, mas não via nada de mais neles. Mas agora, vendo esse vídeo, meu deus... Prestem atenção no sorrisinho maroto do Sting em 3:11. Tentem ver o sorriso, porque acontece na mesma hora que ele tira a camisa, aí tem um pouco de excesso de informações. Mas aqueles sorriso.... Eu quero um Sting pra mim! (maridão não lê meu blog mesmo, então fica entre nós).
ResponderExcluirAh, a nível de piada, sempre lembro daquela música do Gustavo Lima, Refém:"Eu respiro você,
ResponderExcluirSó você não sabe o quanto eu te quero bem,
Vou te fazer a minha vitima,
Minha refém,
Você está sempre presente na memória,
Quero eternizar você na minha história."
kkkk sempre que aparecia a propaganda na tv eu dava uma zuada com a letra kkkk
A nível de coisa nojenta é a música "I love the way you lie" do Eminen e Rihanna (e eu esperava o quê???), gostava quando ouvia na rádio, mas quando fui ver a letra, bateu a repulsa, só um trechinho: "Estou cansado dos jogos
Eu só quero ela de volta
Eu sei que eu sou um mentiroso
Se ela tentar me deixar de novo
Eu vou amarrá-la na cama
E colocar fogo nessa casa"
E eu burra, cantando com a Rihanna: " Só vai ficar aí me assistindo queimar
Tudo bem, porque eu gosto da maneira que dói
Só vai ficar aí me ouvindo chorar
Tudo bem, porque eu adoro o jeito que você mente"
Agora não canto mais xp
Eu SEMPRE achei q essa música falava de um stalker e sempre cantava ela quando ficava sabendo de alguma história de cara insistente.
ResponderExcluirE também sempre cantei ela pra gente fofoqueira. HAHAHAHA
É, já tinha reparado na letra há muito tempo. Mas não tem jeito, é um classicão, sempre entra nas 500+ da Kiss. Eu, particularmente, ouvi tanto que enjoei.
ResponderExcluirAgora, eu sei que vou levar pedrada, mas vou fazer um comentário sobre Crepúsculo.
O que eu acho horrível no Edward é a mania de entrar no quarto da Bella e ficar vendo ela dormir. Péssimo, péssimo, péssimo. Só de pensar me dá arrepios.
Mas ele não é um stalker-doido-se-ela-não-for-minha-não-serã-de-mais-ninguém.
Ele se sente mal o tempo todo por não poder ser humano e oferecer o que um homem humano pode à Bella. Até que ela se machuca fisicamente e ele vai embora, esperando devolver a ela a chance de levar uma vida normal. "Se você a ama, deixe-a livre"? Pois é. E eles só ficam juntos de novo porque ela o salva.
E quando a Bella descobre que também ama o Jacob, ele diz que vai sair da vida dela se ela não o quiser mais.
Pra finalizar, não existe reação mais digna do que a dele quando vê a mulher que ele ama beijando outro. Em nenhum momento ele a culpa.
Meus centavos sobre o Edward.
"É sugestivo que o Big Brother é um ditador de esquerda e o objetivo do Orwell foi criticar os totalitarismos de esquerda. O Big Brother da Globo tende a ser bem visto. A emissora nem se importou com a carga negativa da expressão. Estranho."
ResponderExcluirAnônimo, George Orwell era de esquerda. Ele simpatizava com a proposta anarquista, e talvez por isso ele não tolerava governos autoritários. De qualquer forma, seus textos podem ser vistos como crítica a qualquer tipo de totalitarismo, seja de extrema-esquerda (stalinismo) ou extrema-direita (nazismo, fascismo). A única exceção é "A Revolução dos Bichos", que é claramente uma paródia da URSS, e não pode ser aplicada tão bem a outros governos.
Gente, já que o assunto se trata de violência, eis aqui um raio de esperança para nós. É possivel, sim, uma sociedade sem estupro:
ResponderExcluirhttp://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/12/31/estupro-uma-violencia-que-a-cultura-indigena-desconhecia-e-custa-aceitar/
Tem quem ache este comportamento muito romantico até acontecer isto na família.
ResponderExcluirGabriele, fui ver a letra de Maria Chiquinha e estou CHO.CA.DA.
ResponderExcluirAcho que nunca tinha essa música toda.. meu deus. Duas crianças que cantavam ainda por cima.
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O Rei tem várias músicas dessas desde a Jovem Guarda, "Esse cara sou eu" é só mais uma delas..
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Anon 19:52, bem lembro de "Minha namorada". Acho que em português essa é a pior. Ele chama a mulher de "coisinha", fala de chorar de novo (parece que gosta de ver mulher chorando, né?) e diz que ela tem que ser dele até morrer.
E essa é considerada uma música de amor!! É a melodia que nos engana, por que é linda demais!
Acho que a palavra "stalker" está sendo completamente banalizada, o que é triste de ver em um blog tão crítico como o seu, Lola.
ResponderExcluirStalker não é qualquer pessoa que não consegue tirar outra do pensamento e gosta de buscar informações sobre sua vida, sobretudo em uma era em que essas informações podem ser achadas com apenas alguns clicks... "Stalker", no sentido pejorativo do termo (há um sentido neutro), relaciona-se a condutas extremas de perseguição, com ameaças e cerceamento da liberdade da pessoa stalkeada. Não basta estar viciadinho em alguém e ficar bisbilhotando a vida da pessoa para tornar-se um stalker. Há casos em que há apenas uma forma doentia de paixão ou uma inaptidão para desapegar-se logo dos ex-parceiros, mas creio que hoje, na era facebook, quando podemos ter inúmeras informações até de estranhos com grande facilidade, a maioria de nós pode manifestar algumas condutas associadas erroneamente a atitudes de stalkers, como olhar com frequência a página de determinada pessoa por quem temos alguma atração, por exemplo.
O apego e as fantasias fazem parte, em maior ou menor grau, da vida de qualquer ser humano e nem sempre redundam em ataques à liberdade do outro.
"luana disse...
ResponderExcluirE tem outra coisa engraçada sobre como a música faz a gente sentir. Quando mais nova eu não compreendia a letra de diversas canções - tipo Camila, mesmo, que eu demorei pra me tocar do que estava falando - e ia no que a música transmitia. Camila me angustiava, mesmo que eu não tivesse me dado conta do tema.
"
luana, por favor, me conte a sua interpretação de camila,porque eu nunca entendi mas tambem acho bem angustiante
pra quem se interessar: há várias teses e dissertações analisando as letras da musica popular sob a otica da analise do discurso, é so procurar
ResponderExcluirIsrael, pode até ser nessa tribo especificamente, porque há o estupro coletivo que a índia Kamayurá sofreu como punição por ter se envolvido com Leonardo Villas-Bôas.
ResponderExcluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Villas-B%C3%B4as
Não entendo nada de cultura indígena, mas lendo a matéria que você linkou me lembrei disso.
Eu era adolescente e stalkeava os autores que amava. Faço isso com muito menos frequência hoje em dia, e vivo em um relacionamento tão pleno que as desconfianças são aquelas que vem acompanhadas de risinhos e da palavra "duvido". Temos uma confiança significativa. E respeito acima de tudo. Porque quem ama respeita, cresce com o outro. E conquista a cada dia que passa. Matar, além de ser um atentado, só prova a nossa fraqueza. Matar por amor, então... algo injustificável e absurdo.
ResponderExcluirEssa é a primeira vez que comento aqui, Lola. Apesar de visitar sempre que o tempo me permite. Aprendo cada vez mais a ser uma pessoa melhor à partir dos teus escritos. Te devo muito. E quero envelhecer linda e talentosa feito a Jodie Foster, hahaha.
Abraços.
Lola, amigos e amigas do bem, leiam esta notícia. Apesar da pouca vergonha do New Hit estar fazendo shows, estão havendo VÁRIOS protestos em Macéio contra este grupo de ESTUPRADORES!
ResponderExcluirhttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/14/anuncio-de-show-de-banda-acusada-de-estupro-na-ba-gera-protestos-em-maceio.htm
Sawl
Essa deveria ser um hino masculinista rsrs.
ResponderExcluirMeu Erro
Os Paralamas do Sucesso
Eu quis dizer
Você não quis escutar
♫Agora não peça
Não me faça promessas...♪
♪Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente♪
Que tudo mudou...♫
Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
♫Que estar ao seu lado
Bastaria!♪
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
♫Não me abandone...♪
♪Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
♫Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo♪
♫Ainda somos iguais
Então não me chame♫
Não olhe pra trás...♪
Em letras de musica de stalker tem tb a do Morrissey(ex The Smiths):"THE MORE YOU IGNORE ME, THE CLOSER I GET",o titulo é autoexplicativo.letra do stalker assumido.
ResponderExcluir"The more you ignore me
The closer I get
You're wasting your time"
Agora,outra letra que cai na categoria de Every Breath You Take,musica fofinha sem entender a tradução,é Losing My Religion ein.
to até lendo a letra aqui pra refletir.parece aquela coisa do stalker de fim de namoro.Acho que o Michael Stipe já comparou a musica com EBYT.
Não li todos os comentários, então posso estar repisando em algum argumento, mas acho que é preciso tomar um pouco de cuidado com a interpretação de uma música... Imagina, tem gente aqui até pedindo desculpas por gostar da canção! Não é o que a Lola quis dizer com o texto, eu sei, mas nós precisamos parar um pouco com a paranoia de achar que tem alguém pronto a cassar a carteirinha de feminista de todo mundo que "ousar" assistir, ouvir, ler, etc., alguma manifestação artística que roce no machismo. Quer dizer, esse tipo de música mostra muito bem aspectos bem sinistros das relações românticas na nossa sociedade, especialmente incentivados quando partem do homem. Mas não é uma das funções mais importantes da música pop e das obras de ficção em geral justamente ajudar-nos a lidar com esses sentimentos que não são nada legais, que a maioria de nós não expressará? Por favor, como se ninguém aqui tivesse ouvido zilhões de vezes a mesma música trancadx no quarto, obcecadx com pensamentos que não confessaria nem para o cachorro... E depois de um tempo a maioria de nós sai do quarto e vai viver suas vidas normalmente, sem stalkear ninguém. Também não dá para querermos purgar até a nossa alma de qualquer suspiro que possa lembrar vagamente o patriarcado, até porque assim esquecemos que não é um problema individual, é a estrutura por trás de tudo e não estamos livres.
ResponderExcluirHá muitas outras músicas legais que são bem stalker, por exemplo, "Walking after you", do Foo Fighters: http://www.vagalume.com.br/foo-fighters/walking-after-you.html
E tem também "I Don't Want To Know (If You Don't Want Me)", das Donnas, essa é escancarada (e, espero, imaginando um personagem bem exagerado, não uma música confessional): http://letras.mus.br/the-donnas/200565/
Agora, a letra do Turtles que o Ronaldo citou tem um final que, pelo menos, descarta uma relação abusiva ou stalker muito ativo, pois após tudo aquilo há o verso "and how is the weather", que é a verdadeira relação entre eles, conhecidos que se cumprimentam. Quer dizer, está tudo na cabeça do eu-poético. Agora, eles têm outra música que pinta um homem bem orgulhoso de que sua garota "não voa, embora ela possa", isso porque ele é bonzinho e gentil: http://www.lyricstime.com/the-turtles-she-d-rather-be-with-me-lyrics.html
off topic Lola, feministas do femen protestando contra a sharia.
ResponderExcluirhttp://www.tvi24.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/13768092
Mulheres sempre são vítimas. É como se nunca, nenhum homem fosse vítima de violência e até assassinato da esposa, namorada ou ex-namorada.
ResponderExcluirLolavc já viu essa campanha contra o machismo do equador que legal? Acho que vc vai gostar!
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=NTxUWQ2IE6s&feature=player_embedded
Anna
ResponderExcluir'Camila, Camila', depois que eu parei pra pensar na letra, me faz pensar no que alguém aí mais acima já comentou, numa história de agressão. Alguém que está refém de um@ parceiro@ que agride. Chorar e esperar amanhecer, 'a vergonha (...) daquelas marcas'. Pelo menos é isso que a música me faz pensar, agora.
Lola, acompanho seu blog há um bom tempo, porém acho que nunca comentei... Respeito suas opiniões e concordo com 99% delas.
ResponderExcluirSting compôs a música descrevendo um cara doentio... Mas há algo que deve ser levado em consideração: assim que ele lançou a música ao público, ele se livrou de todos os direitos de interpretação (o mesmo que acontece com muitos livros, quando cada leitor tem uma visão e preferência por seus personagens). Ou seja, ele a deixou livre para outros a interpretarem, olharem-na com seus próprios olhos, o que causou o romantismo da música para muitos. Sou feminista, um pouco autossuficiente e não gosto de ter alguém sempre me observando ou me seguindo (Deus me livre deste!)
Talvez, a carência que a sociedade sempre passou seja a principal responsável por dizerem que alguém doentio acaba por ser romântico. Edward de Crepúsculo, por exemplo. Eu li os quatro livros e percebi a característica possessiva dele, mas há quem ache tudo isso romântico. A única diferença entre ele e um stalker da vida real é que o stalker te mata; Edward Cullen não.
Confesso que nunca prestei atenção na música Every Breath you Take. E fazia eras que não a ouvia. Mas é compreensível sim a romantização da música, mesmo com Sting ou quem quer que seja ficando chocado.
"O bom é concordar com a plena liberdade de expressão dos artistas no mundo da música e dos filmes e meter o pau no Rafinha Bastos, que também faz um tipo de arte."
ResponderExcluirComparar Sting com Rafael Bastos...
ohh my.
A pequena diferença é que o Sting se disse chocado de as pessoas acharem que é uma música de amor. Enquanto Bastos acha um absurdo não rirem das piadas de estupro dele. É, igualzinho.
Interpretação de texto, por que foi embora?
Oi, Lola!
ResponderExcluireu acho q stalker tem sim tradução pro portugues, é perseguidor. Na verdade, até acho q o tero em pt era bem usado antigamente e só mais recentemente q passou a ser usado em ingles...
"Agora, a letra do Turtles que o Ronaldo citou tem um final que, pelo menos, descarta uma relação abusiva ou stalker muito ativo, pois após tudo aquilo há o verso "and how is the weather", que é a verdadeira relação entre eles, conhecidos que se cumprimentam. Quer dizer, está tudo na cabeça do eu-poético. Agora, eles têm outra música que pinta um homem bem orgulhoso de que sua garota "não voa, embora ela possa", isso porque ele é bonzinho e gentil: http://www.lyricstime.com/the-turtles-she-d-rather-be-with-me-lyrics.html"
ResponderExcluir---------------------------------------------
Na verdade, Ariadne, eu acho que isso só torna a situação pior. Isso dá a entender que ele mal conhece a mulher, e ainda assim é romanticamente obcecado por ela! Mesmo que ele talvez não manifeste isso, ainda é um tanto preocupante.
Aliás, eu achei uma versão mais sombria da mesma música, por outra banda: http://www.youtube.com/watch?v=Xgi0IpZTvYo
Lola, que coincidência!Estou lendo um livro e fiquei pensando quando vc faria um post apropriado para que eu pudesse comentá-lo. Chama-se Amores que matama, a escritora é a psicóloga Patrícia Faur. Ele fala sobre cm o que a cultura colocou cm amor, romantismo, paixões ardentes e amantes desejados cm Chirstain Grey, Edward Cullen, aquela paixão que vc sofre, chora, morre de ciúmes, segue os passos da pessoa, na verdade não é amor, é uma doença, uma obcessão e o quanto isso é extremamente nocivo, não são relações saudáveis. Ela fala sobre vários perfis nesse ntipo de relacionamento e eu, infelizmente, me senti identificada com o perfil do codependente, a pessoa que é dependente da outra cm uma droga,que tenta salvá-la, que se coloca no pápel de mãe. Segundo a autora, esse papel é muito mais assumido por mulheres, já que fomos criadas desde crianças a sermos maternais e nos sentirmos respon´saveis pelo andamento de um relacionamento amoroso, além de garotas que não tiveram um apoio familiar quando criança e aprenderam a tomar conta de si mesmas sozinhas, elas crescem sedentas desse amor,desse cuidado, dessa pessoa que olhará para ela e a cuidará cm não foi cuidada na infância pelos pais, por isso se torna dependente do amor e atenção do outro. Pois é, me identifico com td esse perfil. Vale a pena a leitutra, eu achei um livro,de certa forma, empoderador e feminista.
ResponderExcluirEu concordo com o comentário da Ariadne. Gente, é preciso ter um pouco de crítica tbm, e menos paranóia!A arte é uma livre expressão!O cara ter feito essa música não quer dizer que apoia o comportamento, cm o Sting já deixou claro muitas vezes que nao apoia. Já pararm pra pensar que esse pode ser o sentimento, o ponto de vista do Stalker?Sua expressão?Que devemos olhar pra essa música e pensarmos "Caraca, olha cm um stalker pensa!" e nao "essa musica é uma apologia ao machismo",ela pode ser usada cm uma arma contra o machismo, cm uma música para refletirmos cm NAO DEVE SER uma relação!
ResponderExcluirLembro-me quando li Lolita e tbm fiquei boba cm muitas pessoas acham esse livro sexy, sedutor, excitante, quando fica bem claro o tempo td que o livro é sobre a mente doente de um pedófilo!O negócio é ler e ficar pensando "Cm esse cara pode sentir td isso por uma crinaça?Olha cm ele é manipulador, olha cm ele está doente..." e não ficar achando q o autor quis fazer uma apologia a a pedofilia.
Só para contribuir:
ResponderExcluirhttp://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2011/04/analisando-letra-musica-camilacamila.html
E para relembrar: Quem se lembra de Atração fatal?
E para relembrar: Quem se lembra de Atração fatal?
ResponderExcluir------------------------------------------------------------
Um dos meus filmes preferidos! A Alex é a personificação de um amor doentio.
Geral tá pirando, querendo PAUTAR o conceito de romantismo dos outros. Tem uma dos Smiths que diz "To die by your side, such a heavenly way to die" e acho lindo, lindo, lindo. E não tem nada a ver com curtir relacionamentos abusivos, destrutivos... ou será que curtir um lance byroniano agora é crime? Afff!
ResponderExcluirE a quem disse que o que o Rafinha Bastos faz é "um tipo de arte", só uma coisa: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
A música do Roberto já foi apelidada, apropriadamente, de "Esse MALA sou eu".
ResponderExcluirMesmo depois de saber que a música foi escrita sob a perspectiva de um stalker, também não deixei de gostar de "Every Breath You Take" em nenhum momento.
ResponderExcluirUma canção não é só letra, gente! Como já falaram anteriomente, tem também a melodia que está inclusa no pacote. Mas outra coisa que eu não vi sendo mencionada é questão da memória afetiva, que pode continuar positiva mesmo depois da pessoa ter descoberto o significado medonho da letra.
Pois é, isso acontece...
Talvez Sting tenha compensando "Every breath you take" com "If you love somebody (set them free)" :)
ResponderExcluirOlá, Lola!
ResponderExcluirSão tantas músicas assim, né?
Esse post me fez lembrar mais uma vez de meu primeiro namorado. Ele me stalkeou por 12 anos, entrando na minha casa, da minha família, dos meus outros namorados, conhecendo cada pessoa com quem eu convivia, me seguindo pela rua todo o tempo que podia.
Tudo pq eu não quis aceitar a proposta de casamento de um semi-empregado de 17 anos, quando eu tinha 15 e era uma estudante cheia de projetos.
Eu só soube da proporção das coisas que ele fez ao fim de 12 anos, quando acabamos namorando de novo e dessa vez eu que o stalkeei (fiz isso com outros também), esperando-o na porta de casa, pela noite toda se fosse preciso, fazendo cópia das chaves dele escondido, cercando-o no trabalho...
Esse meu ex namorado era um cara com sérios problemas de relacionamento (com qq pessoa) e eu também, acho que de certa maneira isso é uma das características pra essas pessoas obsessivas.
cara, desde que li este post que essa música não me sai da cabeça. ela está me stalqueando! :P
ResponderExcluirah acho que musica que me assustou um pouco foi Going Crazy de Song Ji Eun e Bang Yong Guk nessa musica fala sobre um perseguidor , totalmente obcecado pela moça.Uma coisa estranha e que assistindo o videoclipe sem a tradução parece que e ela que esta com o comportamento doentio ,mas quando você ver a traducao da medo porque existe cara com o comportaneto descrito na musica.
ResponderExcluirNão é amor, isso não é amor
É só a sua obsessão
Onde quer que eu esteja, o que quer que eu faça
É assustador, o você que me observa
Eu sigo sua sombra,faço uma ligação
Eu me torno animado com a sua respiração estremecida
Meu coração corre atrás de seus passos cada vez mais rápidos
Acho que vou enlouquecer, a noite longa fica mais escura
Embaixo do poste de luz da rua da sua casa
Estou te observando pela rachadura da sua janela
Até que a noite acabe, venha e me encontre
Você continua um sufocante jogo de esconde-esconde comigo, Você, você, você, você é inseparável de mim
Você ficou louco?
Porque você é desse jeito? Por favor, me deixe agora
Ver você é sufocante
Por favor, desapareça da minha frente
Você nunca vai poder fugir de mim
Você não tem ninguém para amar a não ser a mim
Tente escapar onde quer que você esteja eu posso te ver(eu não quero vê-lo)
Você sabe no fundo que você nunca poderá escapar de mim
Você não tem ninguém para amar a não ser a mim
Olhe para mim agora,
Eu não quero mais chorar
Suma, apenas desista
Eu realmente não consigo respirar
Onde quer que eu esteja, onde quer que eu vá
É assustador, o você que me observa
Milhares de vezes,dezenas de milhares de vezes, eu te liguei
Mas porque, porque eu não tenho resposta?
Você se esqueceu, já se fazem mil dias desde que a gente se encontrou
Eu preparei um presente que você gostaria
Eu sento na rua que você normalmente passa
Eu estou esperando por você, eu conheço o meu amor
Não chame isso de obsessão, você não conhece o amor
Não diga que eu enlouqueci, você não conhece o meu coraçaõ
Você, você, você, você é inseparável de mim
Você ficou louco?
Porque você é desse jeito? Por favor, me deixe agora
Ver você é sufocante
Por favor, desapareça da minha frente
Você sabe que também me quer, você sabe que me ama
Não corra de mim
Corta essa, se controle e pare com isso
Me solte agora
Isso não é certo, isso não é amor (não é)
Isso só me machuca, não seja desse jeito
Eu te amei, mas não te amo mais
Me apague da sua memória
Eu não quero mais chorar
Nao e assustador eu acho muita principalmente porque acontecem de verdade.E o pior e o comentario de que a musica e linda não ela não e linda
Nunca gostei dessa música, mas lendo o texto, me lembrei do caso de um stalker que matou a atriz que perseguia.
ResponderExcluirRebecca Schaeffer foi morta, aos 22 anos de idade, na frente de sua casa, com um tiro e depois o assassino foi tomar um café do outro lado da rua... Ele a perseguia há três anos e conseguiu o endereço da casa da atriz através de um detetive particular.
Tem também aquela baladinha ainda mais antiga que dizia assim:
ResponderExcluir"I was sent to prison
for having murdered my wife
because she was leaving me here
I lost my head and shot her"
que bombavam nas quermesses que meus pais iam. Ninguém sabia um "a" de inglês pelo menos...
Falando comportamentos obsessivos e histórias de amor, o que dizer de Romeu de Shakespeare?
ResponderExcluirAntes de se apaixonar LOUCAMENTE por Julieta, tinha febres e delírios idênticos por uma tal de Rosalina.
No começo da história, referências a essa moça feita pelos amigos, pelo próprio Romeu e pelo Frei Lourenço são ditas.
O que Romeu sente não é amor é LOUCURA desmedida. Ele não se importa com absolutamente nada. Pra mim, Shakespeare não faz nenhuma ode ao amor. Muito pelo contrário.
Essa história de stalker é uma coisa muito séria, eu mesma fui/sou vítima de um. Há mais de um ano recebo presentes de um cara com quem nunca me relacionei. Num esquema "amor platônico" ele descobriu meu nome, emprego, de onde sou, quem eu sou... enfim... me manda cartas com juras de amor, flores e presentes sem fim.
ResponderExcluirPode até parecer romântico, mas não é. Não é nem um pouco, porque eu tenho medo, não ando tranquila na rua e não sei o que esperar desse meu "perseguidor". Não o conheço, não sei quem é, do que é capaz ou até onde vai sua insanidade.
Afinal, "amar" uma pessoa que você não conhece, sonhar em ter 5 filhos ou + com ela (como em uma das cartas que recebi), mandar flores no aniversário de 1 anos da última vez que me viu, não são sintomas de uma pessoa sã.
O mais triste é não ter como se defender, a nossa polícia não entende isso como ameaça ou com qualquer coisa que possa me levar a fazer um B.O. O que podemos fazer? esperar e confiar que nada de mal vai me acontecer, enquanto as pessoas riem história.
Isso meus queridos, é viver em uma sociedade machista.
Um abraço e força na nossa luta diária.
Agora comecei a pensar num cara com quem saí uma única vez... expliquei pra ele os motivos do porque de não podermos continuar o relacionamento (ele era/é muito egoísta, não pede opinião de nada, faz apenas o que quer e vai apenas onde quer), e mesmo assim ele insistiu pra sair comigo mais uma vez. Eu disse "não" de novo pois não queria lhe dar esperanças, e até hoje não desistiu de me chamar pra sair. Passa uma, duas semanas e ele me convida.
ResponderExcluirEngraçado que ele nunca deu um sinal de que queria consertar a relação ou demonstrar ser uma pessoa melhor pra me conquistar. Ele quer sair comigo e ponto. Acho que isso tem um pouco de "stalker".
Detalhe que nunca fomos namorados, mas ele já falava em conhecer meus pais - não pediu, declarou: "Tal dia vou conhecer seus pais".
Eu hein...
Teve um outro, meu ex noivo, que queria saber detalhe de tudo que eu vestia, fazia, etc. Também não pedia nada: apenas declarava. Quando me pediu em namoro simplesmente falou: vou mudar nosso status de relacionamento no Facebook. Não pediu, só falou. Assim como quando noivamos. Falou: vamos noivar. Começou a me chamar de noiva pra todo mundo e nunca me perguntou se eu realmente queria. Acabei aceitando porque né, na cabeça da sociedade, como uma mulher não vai aceitar pedido de noivado do homem que ama? Só que não...
Como não abaixei a cabeça a ele (comecei a perceber que ele queria me fazer deixar de ter vida social, sair com meus amigos, controlar minhas roupas e até como eu usava o cabelo, etc), ele terminou do nada, sem nenhuma briga, mas com ódio, sendo grosso ainda por cima. Fiquei mal pra caramba, mas segui a vida e nunca mais o procurei nem forcei a barra. Já ele, hoje, exibe um "belo" coração com uma caveira dentro no Facebook, dizendo que nunca mais vai namorar ninguém, que é perda de tempo, que "odeia o amor". E por causa de uma coisa que ele fez, tenho certeza que ainda observa meu perfil no Facebook, talvez em frequência diária.
Aí fico pensando: poxa, nem quando é o cara termina ele deixa de ser stalker?? Rs.
Não sei, mas todo contato constante dessa forma, principalmente com ex, me parece uma forma de querer dominar a pessoa mesmo não estando com ela presencialmente.
Quote em cima da mensagem de "Não sou blasé":
ResponderExcluir"O que Romeu sente não é amor é LOUCURA desmedida. Ele não se importa com absolutamente nada. Pra mim, Shakespeare não faz nenhuma ode ao amor. Muito pelo contrário."
Nossa, pois é...!
Me lembrou muito esse meu ex noivo, que queria noivar correndo, curtir tudo que eu tinha no Face... e hoje, após ele mesmo ter terminado, ainda me observa... pois é...
O que ele tinha era total loucura, apesar de eu ter sofrido quando terminamos hoje eu vejo que foi a melhor coisa que aconteceu... já pensou se o relacionamento se aprofunda??
Acabei de ler seu post, Lola, e o mais engraçado é que eu achava que a música era mesmo romântica. Só que aí resolvi ouvir o álbum todo, Synchronicity, e senti que tava muito dissonante do espírito das demais canções - a maioria delas falam sobre obsessões ("Mother"), assassinatos ("Murder by Numbers"), crises familiares ("Synchronicity 1"), crises psicológicas ("Synchronicity 2", "King of Pain", "Tea in the Sahara"), relacionamentos problemáticos ("Wrapped Around Your Finger"), etc. Pra mim é um dos melhores álbuns do Police, mas depois que você nota essas questões, fica difícil continuar com aquela impressão do passado, você fica mais atento às letras das demais canções - soa como paranoia, mas na verdade é algo necessário, usar o raciocínio pra não cair numa armadilha discursiva, como já foi mencionado em vários posts aqui.
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