Ontem recebi um email desesperado de A. Eu ainda não sei se A, que me mandou os emails, é que foi estuprada, ou se foi uma amiga dela. Mas não importa, o desespero e o desamparo são iguais. Tenho recebido vários emails deste tipo recentemente. Acompanhem e digam como podemos ajudar.
A: Uma das piadas dele durante a viagem foi relacionada a um post na internet de um assunto que envolvia estupro.
Ele tentou me agarrar uma vez no começo da noite, mas não correspondi, fiquei dura e me afastei. Mantive um certo nível de consciência a noite toda, somente perdi a noção quando estava voltando pra casa, no carro dele. Ele me ofereceu bebidas a noite toda.
Acordei com a pior dor que já senti, dentro do carro dele, mas ainda assim não consegui distinguir exatamente o que estava acontecendo, há quanto tempo ele estava ali. Lembro que saí do carro com tudo e que tive um ataque dos nervos em casa. Atirei todas as minhas coisas no chão, andei em círculos, chorei, gritei.
Após acordar no domingo, não conseguia entender ainda o que estava acontecendo. Sentia perfeitamente que havia sido abusada, mas me mantive na cama quase o dia todo. Com dores por todo o corpo, especialmente no ânus.
No dia seguinte ainda não sabia o que devia fazer, me esforcei para fazer o que tinha que fazer, mas passei o dia todo com muita dor por todo o corpo, principalmente para andar. Tive crises de raiva e de choro, enjoo e vômito. Mas ainda não havia me tocado o que realmente poderia ser essa situação.
Passei todo esse tempo sentindo culpa. Qualquer pessoa que eu dividisse isso consideraria que a culpada da situação sou eu, que bebi. Tive hoje um dia de muita dor e humilhação, sofrimento solitário que eu tenho certeza que pode durar pra sempre. Agora percebi que ele pode ter feito tudo isso de propósito, que já havia premeditado que se aproveitaria de mim. Ele praticamente me obrigou a sair com ele, disse que passaria em casa e ficou me rondando para ver se eu estava me arrumando. A princípio eu não tinha a intenção de sair, tentei desconversar, mas ele insistiu. Já conversávamos a um tempo pela internet, porém nunca havíamos saído, tínhamos amigos e eu não tinha planos. Acabei cedendo.
Estou desesperada, passei o dia de hoje me esforçando a fazer minhas coisas. Esta semana era uma semana crucial para minha vida profissional. Apesar de todas as crises que tive e dor, eu tentei de alguma forma não perder o foco. Sentia que isso não ia dar em nada e botaria tudo a perder se me rendesse. Sou alguém que sofre de depressão e de certa forma já está acostumada a viver em meio a dias cinzentos. Mas conforme o dia ia passando a dor só ia piorando. Tudo que vejo agora é que perdi o dia útil seguinte ao abuso e com isso se foram provas e tempo. Como vou conseguir resolver qualquer coisa no feriado?
Só preciso saber se eu posso ter razão. Não estou conseguindo me comunicar com ninguém no momento. Passei o dia fingindo estar cansada, doente, sumida, quieta. Só sei que de uma forma ou de outra estou entrando em profunda depressão. Tenho renda para cobrir um advogad@, preciso de ajuda.
Escrevo em meio a lágrimas.
Eu respondi: Não conheço muitos advogad@s, muito menos que lidem com estupro. Mas posso perguntar. Em que cidade do Brasil isso aconteceu? Acho que seria melhor ter um advogado da mesma cidade.
Não sei se esse relato aconteceu contigo, mas é importantíssimo que a vítima faça um exame de corpo de delito e denuncie. Não deixe o caso "pra lá". O estuprador precisa ser criminalizado e punido. Já recebi vários emails com relatos quase idênticos e em todos as vítimas não denunciaram, por estarem com medo e não terem certeza do que aconteceu. E em todo os casos o estuprador entrou em contato com elas pouco depois para dizer que não sabe o que aconteceu, o que deu nele... Parece que é mais pra checar mesmo se a vítima vai ou não denunciá-lo, porque o cara SABE que foi estupro. Isso daí vale como prova também. Portanto, se ele entrar em contato por email, msm ou telefone (ao vivo é perigoso), a vítima pode tentar fazer perguntas, tirar mais informações, para que ele chegue perto de uma confissão. Grave a conversa, que ela pode ajudar no processo.
É importante também que a vítima não culpe a si mesma. Isso podia ter acontecido -- e acontece -- com qualquer mulher. Aliás, este tipo de estupro, cometido por conhecidos da vítima, é muito mais comum do que o clichê do estupro que todas somos ensinadas a temer (o estuprador desconhecido numa rua escura e deserta). E é também o tipo de estupro que raramente é denunciado, porque a mulher se sente culpada e com medo, já que conhece o estuprador. Esse tipo de estuprador não costuma estuprar apenas uma conhecida ou amiga, mas várias. Vou publicar um artigo na semana que vem que fala desse tipo de estuprador.
Toda força a você ou sua amiga.
Ela continuou: Ele entrou em contato, tentou ligar uma vez, mas não foi atendido. Tirando isso enviou várias msms, mesmo sem eu responder. Não sei se é possível realizar exame de corpo e delito mais. Até ontem tinham algumas marcas claras, mas nenhum procedimento foi realizado, as marcas já melhoraram.
O caso é de São Paulo.
[Mais tarde]. Foi realizado o exame de corpo e delito, assim como a denúncia. Espero que eu possa te ajudar com esse texto, sinta-se livre para usar meus relatos.
Ainda houve a dificuldade de ser um feriado, as Delegacias da Mulher de São Paulo estavam todas fechadas. Liguei e fui aconselhada a ir numa DP. Chegando lá a falta de um delegado fez com que eles simplesmente me mandassem voltar para casa. Fiquei um tempo na frente da DP, com um amigo, decidindo o que eu deveria fazer. Desespero, medo de não dar em nada, mais a preocupação com a vida cotidiana, se deveria interrompê-la por conta de um caso que nem sei se seria levado a sério.
Felizmente, a escrivã teve empatia, entrou em contato com o delegado contando o que eu já havia relatado. Ele autorizou o BO e ela me chamou novamente para dentro da DP. Feito o BO fui encaminhada para o Hospital Pérola Byington - Centro de Referência da Saúde da Mulher, e fui atendida pelo Projeto Bem Querer Mulher. Realizei o exame sexológico (corpo de delito) e recebi todo o coquetel de retrovirais, algo que irá ocupar minha vida ainda durante meses. Ainda tive de ouvir de uma enfermeira que se fosse filha dela ia tomar uma injeção de um lado e um tapa de um outro (se referindo ao fato de eu estar bêbada durante o abuso).
Aguardo agora quando for chamada novamente para prestar depoimento, além do laudo dos exames. Procuro ainda por um advogad@, pois acho que será necessário futuramente. Mesmo uma mulher que tem informação não sabe como se comportar diante de uma situação dessas. O medo e o julgamento da sociedade é o que primeiramente nos vem a cabeça, sentimos o peso da impunidade antes mesmo que ela aconteça.
A internet pouco ajuda na informação para a mulher nesses casos. São tópicos confusos e notícias aleatórias. Espero que possamos fazer um guia para instruir outras fiquem desnorteadas em meio a essas situações.
Eu de novo: Nos outros pedidos de ajuda que recebi por email, entrei em contato com uma promotora de Brasília. Mas tanto eu quanto ela sentimos falta de um blog ou site na internet que responda dúvidas e oriente vítimas em casos de estupro. Cursos de Direito, mobilizem-se! Que tal algumas universidades entrarem com um projeto de extensão para poderem oferecer este importante serviço? E vamos criar uma lista de advogad@s que tenham experiência em condenações de casos de estupro? Podemos ver claramente que vivemos numa cultura de estupro quando é mais fácil encontrar filmes pornô simulando estupro e piadas de estupro e anúncios estimulando o estupro do que ajuda a vítimas reais de estupro. Até quando?
A: Uma das piadas dele durante a viagem foi relacionada a um post na internet de um assunto que envolvia estupro.
Ele tentou me agarrar uma vez no começo da noite, mas não correspondi, fiquei dura e me afastei. Mantive um certo nível de consciência a noite toda, somente perdi a noção quando estava voltando pra casa, no carro dele. Ele me ofereceu bebidas a noite toda.
Acordei com a pior dor que já senti, dentro do carro dele, mas ainda assim não consegui distinguir exatamente o que estava acontecendo, há quanto tempo ele estava ali. Lembro que saí do carro com tudo e que tive um ataque dos nervos em casa. Atirei todas as minhas coisas no chão, andei em círculos, chorei, gritei.
Após acordar no domingo, não conseguia entender ainda o que estava acontecendo. Sentia perfeitamente que havia sido abusada, mas me mantive na cama quase o dia todo. Com dores por todo o corpo, especialmente no ânus.
No dia seguinte ainda não sabia o que devia fazer, me esforcei para fazer o que tinha que fazer, mas passei o dia todo com muita dor por todo o corpo, principalmente para andar. Tive crises de raiva e de choro, enjoo e vômito. Mas ainda não havia me tocado o que realmente poderia ser essa situação.
Passei todo esse tempo sentindo culpa. Qualquer pessoa que eu dividisse isso consideraria que a culpada da situação sou eu, que bebi. Tive hoje um dia de muita dor e humilhação, sofrimento solitário que eu tenho certeza que pode durar pra sempre. Agora percebi que ele pode ter feito tudo isso de propósito, que já havia premeditado que se aproveitaria de mim. Ele praticamente me obrigou a sair com ele, disse que passaria em casa e ficou me rondando para ver se eu estava me arrumando. A princípio eu não tinha a intenção de sair, tentei desconversar, mas ele insistiu. Já conversávamos a um tempo pela internet, porém nunca havíamos saído, tínhamos amigos e eu não tinha planos. Acabei cedendo.
Estou desesperada, passei o dia de hoje me esforçando a fazer minhas coisas. Esta semana era uma semana crucial para minha vida profissional. Apesar de todas as crises que tive e dor, eu tentei de alguma forma não perder o foco. Sentia que isso não ia dar em nada e botaria tudo a perder se me rendesse. Sou alguém que sofre de depressão e de certa forma já está acostumada a viver em meio a dias cinzentos. Mas conforme o dia ia passando a dor só ia piorando. Tudo que vejo agora é que perdi o dia útil seguinte ao abuso e com isso se foram provas e tempo. Como vou conseguir resolver qualquer coisa no feriado?
Só preciso saber se eu posso ter razão. Não estou conseguindo me comunicar com ninguém no momento. Passei o dia fingindo estar cansada, doente, sumida, quieta. Só sei que de uma forma ou de outra estou entrando em profunda depressão. Tenho renda para cobrir um advogad@, preciso de ajuda.
Escrevo em meio a lágrimas.
Eu respondi: Não conheço muitos advogad@s, muito menos que lidem com estupro. Mas posso perguntar. Em que cidade do Brasil isso aconteceu? Acho que seria melhor ter um advogado da mesma cidade.
Não sei se esse relato aconteceu contigo, mas é importantíssimo que a vítima faça um exame de corpo de delito e denuncie. Não deixe o caso "pra lá". O estuprador precisa ser criminalizado e punido. Já recebi vários emails com relatos quase idênticos e em todos as vítimas não denunciaram, por estarem com medo e não terem certeza do que aconteceu. E em todo os casos o estuprador entrou em contato com elas pouco depois para dizer que não sabe o que aconteceu, o que deu nele... Parece que é mais pra checar mesmo se a vítima vai ou não denunciá-lo, porque o cara SABE que foi estupro. Isso daí vale como prova também. Portanto, se ele entrar em contato por email, msm ou telefone (ao vivo é perigoso), a vítima pode tentar fazer perguntas, tirar mais informações, para que ele chegue perto de uma confissão. Grave a conversa, que ela pode ajudar no processo.
É importante também que a vítima não culpe a si mesma. Isso podia ter acontecido -- e acontece -- com qualquer mulher. Aliás, este tipo de estupro, cometido por conhecidos da vítima, é muito mais comum do que o clichê do estupro que todas somos ensinadas a temer (o estuprador desconhecido numa rua escura e deserta). E é também o tipo de estupro que raramente é denunciado, porque a mulher se sente culpada e com medo, já que conhece o estuprador. Esse tipo de estuprador não costuma estuprar apenas uma conhecida ou amiga, mas várias. Vou publicar um artigo na semana que vem que fala desse tipo de estuprador.
Toda força a você ou sua amiga.
Ela continuou: Ele entrou em contato, tentou ligar uma vez, mas não foi atendido. Tirando isso enviou várias msms, mesmo sem eu responder. Não sei se é possível realizar exame de corpo e delito mais. Até ontem tinham algumas marcas claras, mas nenhum procedimento foi realizado, as marcas já melhoraram.
O caso é de São Paulo.
[Mais tarde]. Foi realizado o exame de corpo e delito, assim como a denúncia. Espero que eu possa te ajudar com esse texto, sinta-se livre para usar meus relatos.
Ainda houve a dificuldade de ser um feriado, as Delegacias da Mulher de São Paulo estavam todas fechadas. Liguei e fui aconselhada a ir numa DP. Chegando lá a falta de um delegado fez com que eles simplesmente me mandassem voltar para casa. Fiquei um tempo na frente da DP, com um amigo, decidindo o que eu deveria fazer. Desespero, medo de não dar em nada, mais a preocupação com a vida cotidiana, se deveria interrompê-la por conta de um caso que nem sei se seria levado a sério.
Felizmente, a escrivã teve empatia, entrou em contato com o delegado contando o que eu já havia relatado. Ele autorizou o BO e ela me chamou novamente para dentro da DP. Feito o BO fui encaminhada para o Hospital Pérola Byington - Centro de Referência da Saúde da Mulher, e fui atendida pelo Projeto Bem Querer Mulher. Realizei o exame sexológico (corpo de delito) e recebi todo o coquetel de retrovirais, algo que irá ocupar minha vida ainda durante meses. Ainda tive de ouvir de uma enfermeira que se fosse filha dela ia tomar uma injeção de um lado e um tapa de um outro (se referindo ao fato de eu estar bêbada durante o abuso).
Aguardo agora quando for chamada novamente para prestar depoimento, além do laudo dos exames. Procuro ainda por um advogad@, pois acho que será necessário futuramente. Mesmo uma mulher que tem informação não sabe como se comportar diante de uma situação dessas. O medo e o julgamento da sociedade é o que primeiramente nos vem a cabeça, sentimos o peso da impunidade antes mesmo que ela aconteça.
A internet pouco ajuda na informação para a mulher nesses casos. São tópicos confusos e notícias aleatórias. Espero que possamos fazer um guia para instruir outras fiquem desnorteadas em meio a essas situações.
Eu de novo: Nos outros pedidos de ajuda que recebi por email, entrei em contato com uma promotora de Brasília. Mas tanto eu quanto ela sentimos falta de um blog ou site na internet que responda dúvidas e oriente vítimas em casos de estupro. Cursos de Direito, mobilizem-se! Que tal algumas universidades entrarem com um projeto de extensão para poderem oferecer este importante serviço? E vamos criar uma lista de advogad@s que tenham experiência em condenações de casos de estupro? Podemos ver claramente que vivemos numa cultura de estupro quando é mais fácil encontrar filmes pornô simulando estupro e piadas de estupro e anúncios estimulando o estupro do que ajuda a vítimas reais de estupro. Até quando?
Recapitulando...
O que este post gerou, além de vários comentários cheios de ódio
de mascutrolls, já deletados: Duas advogadas de SP me passaram seus
emails, que eu passei pra A. Tamara, uma estudante de Direito da
Universidade Federal do Pará, se pôs à disposição para, em seu blog, orientar vítimas de violência sexual. Dandara, o coletivo
feminista de Direito da USP, informou que mulheres da região de SP
podem procurar a União de Mulheres ou a SOF (Sempreviva Organização Feminista). A Su passou um guia de assistência a mulheres e adolescentes das regiões metropolitanas de SP, Recife e Porto Alegre. Virginia criou um blog
e um grupo de apoio no Google para que sobreviventes de qualquer tipo
de violência possam ajudar umas às outras. Conceição, Amanda e
outras blogueiras já tinham iniciado um blog de suporte. E isto é
só o começo. Espero, de coração, que as mulheres desesperadas que
venham à internet saber o que fazer em casos de estupro tenham um
pouco mais de apoio. Porque isso é o mínimo que se pode esperar de
um mundo que se diz igualitário e humano.
PQP, ainda tem gente que culpa a mulher pq bebeu e foi estuprada!
ResponderExcluirAposto que se fosse com homem que tivesse ocorrido falariam que o dito foi estuprado e que ele é vítima.
Nojo e ódio neste momento é o que eu sinto.
revolta com essa covardia,da odio mesmo.
ResponderExcluire quase o mesmo odio pra qualquer babaca, homem ou mulher que vier falar merda e culpar a vitima
A, força para vc.
Na boa, vontade de mandar a enfermeira tomar no cu. Perdão pelo palavrão, mas me dá ÓDIO ver que uma pessoa acha que tem o direito de impor seu julgamento a alguém que ela deveria amparar. Completamente anti ético e sem um pingo de profissionalismo.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir2 de maio de 2012 10:59
Eu novamente.
Este relato me lembra o personagem Lipe de Chamas da Vida mas que neste caso era um pedófilo, mas a abordagem de uma certa forma foi igual.
E eu assustada, percebi que escapei de um qd tinha a mesma idade que a Vivi, personagem vítima dele.
No meu caso, eu passava em frente a oficina em que a figura trabalhava todos os dias depois que voltava do colégio. Como meus pais me educaram para ser educada com os vizinhos dava um boa tarde para ele que ficava na porta. Conforme o tempo foi passando ele começou a me esperar na porta da oficina, depois na esquina da rua e por último no ponto de ônibus. No final, já pegava uns dois ônibus depois (naquele ponto só passava uma linha de ônibus) e ia para casa pela rua de trás. Acabei que comentei com o meu pai e como conhecia o dono da oficina e que ia tb para o mesmo bar que o meu pai frequentava, acabou acho que falando sobre o assunto e depois o cara sumiu (ainda bem que não veio atrás de mim), mas tenho a convicção que era um pedófilo (era bem mais velho que eu) e que se eu não tivesse falado com a minha família o pior teria acontecido comigo.
Que ódio dessa enfermeira também.
ResponderExcluirEntão é assim, ela iria bater na filha se ela fosse estuprada?
E tem gente que ainda não entende o receio que mulheres tem de denunciar abusos...
Um ponto que achei bem relevante foi que o estuprador tinha feito padas de estupro antes. Pra ver, né, como uma piada nunca é só uma piada.
Blogger Rodrigo disse...
ResponderExcluirNa boa, vontade de mandar a enfermeira tomar no cu. Perdão pelo palavrão, mas me dá ÓDIO ver que uma pessoa acha que tem o direito de impor seu julgamento a alguém que ela deveria amparar. Completamente anti ético e sem um pingo de profissionalismo.
2 de maio de 2012 11:11
Rodrigo, infelizmente muita gente pensa assim, mas ainda bem que tem gente que não:
http://lu-bau.blogspot.com.br/2011/06/giovanna-lancellotti-estar-bebada-nao.html
Mais comentários revoltados com a enfermeira do que com o "amigo" estuprador.
ResponderExcluirAinda bem que a A. fez a denúncia! Se todas as mulheres tivessem essa coragem (e realmente é preciso de muita coragem e força) para denunciar, certamente o estupro não seria tão impune.
Inclusive, a medida que fui lendo o relato, percebi como a gente não tem idéia de como proceder depois de uma violência dessas. Exemplo: até quanto tempo depois é possível fazer o corpo de delito?
Jac, é pra ficar revoltado sim, ainda mais sendo mulher e enfermeira.
ResponderExcluirEste tipo de comportamento, é que dificulta ainda mais a vítima a denunciar, pq acha que a culpa é da vítima e não do estuprador. Isto faz parte da cultura do estupro
O caso da enfermeira merece ser denunciado para o setor de ouvidoria do lugar onde ela trabalha. Isso vai ajudar num eventual processo posterior. A situação de ser estuprada é traumática, imagino. Mas a situação de lutar e manter-se ativa, comprar a briga, vai te ajudar a superar isso tudo e, aos poucos, reverter o mal em bem. Força. (Isabel)
ResponderExcluirNossa, que raiva ao ler esse texto!
ResponderExcluirBom, 'A', primeiramente a culpa NÃO foi sua!Não importa se vc estava bêbada, trêbada, drogada ou qualquer coisa..
"Segundamente", manda essa enfermeira tomar no c* e apodrecer com o preconceito ridículo e falta de sensibilidade...Essa pessoa não deveria ser enfermeira, nunca lidar com pessoas!
No mais, acredito q vc deva se afastar totalmente desse monstro q fez isso com vc e se concentrar em tentar processar td o q aconteceu.
Não me preocuparia em perder dias úteis para tentar me reconstruir..sua única preocupação deve ser vc agora!
Força, vc tem o poder de se reconstruir!
"Ainda tive de ouvir de uma enfermeira que se fosse filha dela ia tomar uma injeção de um lado e um tapa de um outro..." PQP! Isso que ela foi atendida em um centro especializado, que deve atender esse tipo de caso todos os dias. Se até os profissionais são despreparados vamos esperar o quê do resto?
ResponderExcluirDe verdade, não aguento mais essa impunidade...
ResponderExcluirLola, vou fazer um blog para vítimas de violência doméstica e sexual. Você me dá apoio (pra divulgar, por exemplo?)
Hoje à noite mesmo eu faço isso!
Beijos
Lola, faltou citar a importância de acompanhamento psicológico pra essa moça depois de tamanha violência. Claro que a denúncia é essencial, mas é preciso cuidar dessa vivência e dessa dor com ajuda profissional.
ResponderExcluirÉ bem lamentavel receber isso de alguem que consideravamos um "amigo", mas infelizmente vc não é a única e nem sera a última.
ResponderExcluirDeve haver uma verdadeira legião de mulheres que tem que passar por isso todos os dias, e nada é feito, ainda mais nesse caso por se tratar de um conhecido ou amigo, eu mesma não tomei as providencias que deveria ter tomado contra meu agressor, por ser uma pessoa acima de qualquer suspeita e tb por estar muito envolvida com a familia dele e seus filhos, não tive coragem.
Espero que vc tenha a coragem q eu não tive, e que as sugestões que vc deu , algum dia sejam ouvidas.
Mas ainda acho que a educação dos homens no sentido de NÃO ESTUPRAR, é necessária, e mais ainda explicar a eles o que é um ESTUPRO, porque ao que parece muitos não sabem, e agem como se fosse perfeitamente normal o abuso de uma mulher que não tenha condições de se defender.
Quanto ao comentário que cita mais revolta com a enfermeira do que com o estuprador, digo que é uma questão de expectativa ao ler o texto. Na leitura já temos o vilão óbvio mas choca ler que a pessoa que deveria estar ali para te ajudar é a primeira de muitas que vão te julgar!
ResponderExcluirAcho que o ódio maior pela enfermeira do que pelo estuprador, vem do fato do estuprador gerar a raiva central dentro da história. Mas essa raiva central já é um sentimento de repúdio tão generalizado e conhecido, estamos acostumados a sentir raiva de algo assim (e é tão óbvio que nossa reação seja essa ao ler um relato desses). Daí acaba que os pequenos detalhes irritam muito, muito mais. Porque a situação já é tensa, e aí você soma essas pequenas coisas, mas que, pelo que a vítima passa na hora, deve parecer como se um caminhão passasse por cima dela cada vez que alguém solta um comentário desses. É pra ter raiva, não?
ResponderExcluirCarolina expressou melhor o que eu queria dizer hahaha
ResponderExcluirQuando vamos começar a pensar em fazer uma defesa pessoal ou arte marcial, para arrebentar esses caras?
ResponderExcluirQuando vamos pensar em fazer justiça com as próprias mãos, já que a lei não serve para porra nenhuma?
Cara, tô tremendo de ódio aqui...
meu fígado inclusive tá pilado e doendo...
pego um vagabundo desses e ele não fica de pé...
desculpa, pelo desabafo, mas é uma covardia e um crime sem tamanho...
ResponderExcluirUm filha da puta desses, eu parto para cima com o que tiver na mão...
ResponderExcluirNem posso imaginar o quanto é difícil passar por essa situação e ainda ter que brigar com o mundo para garantir direitos básicos. Essa enfermeira deve ser denunciada ao Coren-SP pois sua conduta não foi nada profissional e ela pode e deve sofrer penalidades pelo seu ato. Os médicos devem ter orientado a tomar a pílula do dia seguinte, que é muito importante tb para evitar uma gravidez indesejada. E será que A estava mesmo bêbada? Ela pode ter sido dopada, muitos fazem isso, usam drogas na bebida para derrubar a mulher, imagino que deva ser um agravante ao crime. No mais, desejo que ela possa superar e se reerguer.
ResponderExcluirUma enfermeira que atende num centro especializado em violência contra a mulher nunca poderia dizer uma frase como essa.
ResponderExcluirOs hospitais deveriam ser mais rigorosos ao selecionar os membros de sua equipe de trabalho.
E se fosse eu que tivesse ouvido isso da enfermeira, faria uma queixa na hora pra que se instaurasse processo administrativo contra a infeliz.
Muito obrigada a todo mundo que comentou!
ResponderExcluirRealmente, revelei esse caso da enfermeira pois achei um pouco absurdo, mas de forma alguma ela é a vilã. É uma pessoa simples, treinada para pensar dessa forma. E no Brasil existe essa deficiência em profissionais de qualquer nível, ninguém leva feminismo e a posição da mulher a sério. Somos um país onde estudos de gênero são considerados piada, infelizmente. Uma pessoa simples como ela dificilmente consegue outro tipo de informação, não merce perder seu emprego por isso.
Quando ela começou a me pressionar nesse sentido foi uma hora um pouco tensa ainda, cheguei a desmaiar por segundos, ouvindo tanto moralismo. Fiquei nervosa, ela falava enquanto aplicava as injeções em mim. Mas entendo um pouco, não esperava encontrar algum tratamento melhor que esse...
Tive que interromper minha rotina por conta dos retrovirais. São remédios pesados, senti todo tipo de enjôo, diarréia, sentia sono, mas acordava de uma em uma hora. Fiquei com medo de ter um desses revertérios que tive durante a noite no meu trabalho. Tive que contar para eles a minha situação. Ainda bem que foram compreensivos, que remarcariam meus compromissos, mas imaginem o meu medo. Consegui 14 dias de dispensa, mas vou me esforçar para voltar logo para a rotina.
Nada ajuda tanto meu psicológico quanto o apoio de vocês. A consulta psicológica junto ao governo só conseguiu ser marcada para 14 dias depois, isso é para se ter noção do quanto ainda precisa evoluir esses tratamentos. Porém, acho que devem ser mais especialistas nesses casos do que um psicólogo particular, portanto irei esperar para ser diagnosticada lá. Já chorei muito, ainda lendo os comentários agora, mas já não é mais o medo do julgamento. Me sinto muito mais forte após a denúncia.
Consegui contar para dois amigos (antes da denúncia) e só após consegui falar com meu namorado e com a minha mãe. É algo muito duro, só me senti segura para contar depois que tive coragem para começar o processo.
Obrigada pela força!
Eu espero que essa moça se recupere e que o criminoso seja preso. Desejo tudo de bom pra ela.
ResponderExcluirLola, você tocou num assunto muito importante - a cultura do estupro.
Estava vendo aquela propaganda de cerveja, em que um grupo de homens pensa como seria virar invisível. Com a visão um pouco mais crítica da vida que adquiri lendo o seu blog, vi que o comercial passa longe de ser inocente. Não quero cair em exageros, mas se vê claramente que eles molestam as moças, arrancam os bustiês, elas saem correndo gritando...
Claro que, no caso do Brasil, é um comercial divertido, sem nada de mais. No entanto, em países europeus, por exemplo, isso seria visto com muita surpresa e indignação. Li um comentário de uma leitora brasileira que mora por lá, segundo ela, esse tipo de brincadeira lá é quase inexistente, pois lá seria considerado absurdo...
Temos ainda muito o que fazer por esse Brasil...
O comentário acima é de Bruna C.!
ResponderExcluirUm abraço, Lola!
=)
ERRATA: "sem nada *demais"
ResponderExcluirEscrevi errado :)
Bruna C.
Amiga A., desejo muita força! Vai dar tudo certo, tenho certeza!
ResponderExcluirUm grande abraço!
Bruna C.
Além da questão legal, eu como psicóloga não consigo não pensar que você também deve procurar um apoio psicoterápico também. Sofrer sozinha é terrível, acredito que quanto antes você buscar um@ psicólog@, melhor, irá te fortalecer tanto para lidar com o ocorrido quanto para seguir com as medidas necessárias para punir o estuprador. Acredito que um apoio psicológico lhe fará bem.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, A,
ResponderExcluirainda bem que você denunciou e percebeu que NÃO, a culpa NÃO É de forma alguma, sua. Você saiu e bebeu. Bebeu demais? Não é crime. Estupro, é.
Em segundo lugar, sugiro que procure os centros de atendimento das universidades. Mas como você disse que tem como bancar um advogado, procure a delegacia da mulher, quando abrir, e peça indicação. Ou a OAB do seu município.
Por fim: sério MESMO que uma enfermeira de um centro especializado falou essa idiotice? É outra que merece, sim, denúncia. Você ainda soube se manter com essa pressão psicológica toda. E outras mulheres, que podem desistir justamente por isso? E mais, se fosse filha dela? Não é. Ainda bem pra você.
A.,sou farmacêutica e digo como profissional da área da saúde, essa enfermeira sabe muito bem que não pode fazer qualquer juízo de valor a respeito do paciente, em hipótese alguma. Mesmo se ela estivesse atendendo um estuprador que acabou apanhando, por exemplo.
ResponderExcluirPode ter certeza q ela aprendeu isso na faculdade, se não aprendeu, deveria ter aprendido.
Errou e errou feio!
Mas enfim, essa pessoa não importa msm..Só importa q vc se recupere do trauma!
Fica bem e força!
A.
ResponderExcluirQue tudo dê certo nessa jornada. O importante é continuar e estar certa de que nada do que ocorreu foi sua culpa.
Força! o/
Espero que os responsáveis pelo crime sejam penalizados, que a justiça seja feita.
ResponderExcluirE também que este tipo de crime, seja cada vez mais visto pela sociedade como injustificável.
Melhoras para a autora, que esteja melhor e que este evento terrível seja superado.
Recebi essa frase no FB, convocando para a "marcha das vadias" que será dia 03/06/12 na Paulista aqui em S.Paulo.
ResponderExcluirA sociedade ensina "Não seja estuprada" ao invés de ensinar "Não estupre".
É hora de mudar essa mentalidade.
Sara escreveu:
ResponderExcluirA sociedade ensina "Não seja estuprada" ao invés de ensinar "Não estupre".
É hora de mudar essa mentalidade.
Realmente... Algo a se pensar.
A., querida, muita força pra você! Você NÃO é, sob hipótese ALGUMA, culpada pelo o que aconteceu! O cara era um monstro, fez uma coisa que não se justifica JAMAIS, fico aqui torcendo pra que ele pague pelo que fez!
ResponderExcluirOs cuidados médicos daqui pra frente vão ser barra pesada, mas eu espero que você fiquei bem. Força!
Realmente, o comentário da enfermeira é revoltante, mas sabe qual a pior parte? Saber que ela provavelmente não é má pessoa. Deve ter achado que era um comentário inofensivo, porque é essa a cultura que se propaga por aí.
Depois que me eduquei pra enxergar o machismo perdi a conta de quantas vezes me vi numa roda de conversa completamente aterrorizada - porque muitas vezes não se salva um, nem homem nem mulher, nem jovem nem adulto. Comportamentos sexistas, piadas sobre estupro, objetificação descarada da mulher, isso é coisa corriqueira. A conversa vai descambando, as risadas vão aumentando... e você cada vez mais assustada, percebendo que os seus amigos podem muito bem ser monstros.
A cultura geral é de que estupro não é "grande coisa", "nem dói tanto assim", é frescura, ou às vezes até um golpe. E claro, é sempre culpa da mulher. Não é visto como algo abominável, como o crime horrendo que realmente é. Se fosse, não teríamos absurdos como esse da enfermeira.
E ainda tem a parcela que acha que estupro é horrível, mas acredita que mudar essa cultura é impossível e que "as coisas são assim". Então ao invés de lutar, optam por tirar a liberdade das mulheres, porque acham que é a única opção. Se convencem de que estão Protegendo suas filhas quando usam a lógica de que a vítima é a culpada. "Não faça isso ou aquilo e você não vai ser estuprada". "Fulana foi estuprada, mas quem mandou fazer isso ou aquilo?".
Muita gente acha que isso é muito mais eficaz do que tentar fazer a gurizada entender o que é sexo consensual (Eu acho que além tudo, dizer "as coisas são assim" é subestimar, e até ofender, os homens. Porque propõe que eles não têm empatia ou controle algum, o que é um absurdo tremendo).
Esse conformismo, essa covardia, essa apatia frente a essa coisa abominável é extremamente nociva e tem grande participação no problema, porque dá espaço pra cultura de culpabilização da vítima e tira o foco do real problema - o estuprador, que às vezes nem se acha um cara ruim, porque o sistema vigente ainda se encarrega de tirar o peso das costas dele e pôr nas costas de mulheres como a A.
Desculpem o comentário longo, mas essas coisas estão me assombrando há tanto tempo...
A., fico MUITO feliz que você esteja fazendo o que é preciso para denunciar o cara.
ResponderExcluirEstupro é crime, e pronto.
Quanto à enfermeira, é revoltante mesmo. Mas você não tem que se culpar ainda por isso: por não ter respondido ou reagido ao que ela disse (eu, na sua situação, ficaria dias me torturando por não ter dito algo a ela). A situação q vc viveu foi violenta em si, não se culpe mais.
Acho que agora você deve estar muito impactada por tudo o que aconteceu, mas considere, em breve, fazer um acompanhamento psicológico. Veja como será a consulta que foi marcada pra você, peça indicações para um tratamento mais frequente. Acho muito importante.
Fico feliz também que você tenha contado para a família, amigos e namorado. São as pessoas que amamos as que nos dão forças para seguir em frente. Não podemos silenciar diante de situações como esta.
Força!
um abraço
Deixo aqui minha solidariedade e muita força para A.
ResponderExcluirA iniciativa de criar um blog de apoio e orientação em casos sobre esse é uma excelente ideia, e fundamental.
Anônimo de 13:41: "e invasores de terra"? O que a Reforma Agrária tem a ver com estupro, meirmão?
ResponderExcluirNo mais, A., espero que você supere tudo isso, viva seu luto por um tempo e transforme-o em luta, tornando-se uma mulher mais consciente, forte e bela.
Conhece esse tumblr: http://projectunbreakable.tumblr.com/ ? Talvez seja catártico para você.
Fica bem.
Abraços de uma companheira de luta,
Maria
Minha mãe sempre faz questão de dizer o quanto ela acredita que a sociedade americana é doente, o quanto lá acontece muito mais estupros do que aqui no Brasil, por exemplo. Eu digo pra ela, que duvido muito, MUITO que isso seja verdade. Acredito que, no mínimo, os números sejam iguais, se duvidar, aqui é pior. O que acontece é que aqui no Brasil as mulheres são denunciam.
ResponderExcluirPelo menos, nos Estados Unidos, eles tem o mínimo de programas de incentivo e conscientização pra incentivar denúncias... mas, aqui? A gente nunca vai ter noção da real frequência com que mulheres são estopradas. Numa cultura em que a vítima é depositada a culpa, a vergonha, e alvo de piadas, quem vai denunciar?
Isso me dá tanto ódio quanto o estupro em si, saber que não existe um lugar para as vítimas procurarem ajuda, e que a maioria vai acabar sofrendo sozinha.
E que nunca vamos saber.
Sou advogado. Parece-me que, tecnicamente, neste caso, não ocorreu o crime de estupro (art. 213 CP), mas sim o crime de violação sexual mediante fraude (art. 215 CP). Estupro requer o uso de violência física ou moral. E o emprego ardiloso de bebida alcóolica para diminuir a resistência da vítima, se realmente ocorreu, precisa ser comprovado. É necessário provar ou que a ingestão de bebida alcoólica foi involuntária - o que não me parece ser o caso - ou que a bebida foi oferecida com a intenção específica de obter o favorecimento sexual. O exame de corpo de delito, se não detectar marcas de violência sobre outros lugares do corpo, pode provar apenas que ocorreu conjunção carnal, mas não que a relação não tenha sido consensual. Ninguém pode ser condenado sem provas.
ResponderExcluirGostaria de alertar os leitores para a impropriedade se de se assumir como verdadeiro o relato da acusação sem sequer ouvir a versão do acusado. Antes de tomar partido a favor de pessoas que desconhecemos completamente, sugiro ao menos uma visita ao blog indicado abaixo, que se destina a compilar histórias de homens que tiveram suas vidas destruídas por falsas acusações de estupro:
http://falserapesociety.blogspot.com.br/
Art. 215 Código Penal. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos
A.
ResponderExcluirestou aqui manifestando todo meu apoio à você. Você está sendo muito corajosa e não está fazendo nada mais do que defender seu direito, que é o de não ser estuprada. E como consolo,ainda que seja bem pouco, te afirmo que o pior passa. Experiência própria, bebi demais e um conhecido fez o mesmo comigo. Na época, pra piorar, eu namorava e o sentimento de culpa era ainda maior, afinal bebi longe do meu namorado e se contasse pra alguém ficaria ainda com o estigma de traidora. Hoje eu sei como errei em não ter feito nada, em ter guardado pra mim, em ter corrido todos os riscos de doenças, afinal eu não tomei nenhum dos remédios, tudo por medo do que pensariam de mim se soubessem. Ainda mais eu sendo gorda,quem iria acreditar em mim? - eu pensava.
Mas hoje, depois de tratamento psicológico, coragem de contar para pessoas queridas, como meus familiares (meu agora ex namorado nem imagina que isso tenha acontecido)hoje consegui superar, entender que a culpa não foi minha. E se eu voltasse no tempo faria tudo o que você está fazendo, porque esse tipo de gente merece pagar pelo sofrimento que nos fazem passar.
Boa sorte nessa cruzada.
R.
Esse tipo de coisa pode acontecer a qualquer mulher, bêbada ou não.Fui violentada por meu chefe durante uma viagem de trabalho.Ele é um homem educado,pai de 3 meninas,ministro na igreja...Bateu no meu quarto pedindo um comprimido pra dor de cabeça e eu o deixei entrar, ele simplesmente me agarrou e por mais que eu lutasse contra ele era mais forte... Longe de casa,solteira,unica mulher em uma equipe com 12 homens me calei e pedi demissão...Tempos depois descobri que a menina que trabalhava la antes de mim havia passado pela mesma situação e também não denunciou a policia, mas contou a todos os conhecidos e NINGUÉM acreditou nela,ouvi meu próprio pai dizer que aquele senhor jamais faria algo assim e se ele mexeu com ela deve ter sido provocado... Como eu poderia ter denunciado sabendo que até meu próprio pai culpa as mulheres em situação assim?
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=mKvt4YVNHlQ
ResponderExcluirMas como é a 'cultura' da favela, ninguém fala nada.
Viva o multiculturalismo, né Paula
Anônimo 14:29
ResponderExcluirNinguém aqui está querendo uma acusação sem julgamento. Se você ler os comentários, verá que a denúncia é incentivada.
Para verificar se ocorreu estupro ou não, só através de um processo. A solução não deve ser nunca o silêncio.
Sobre artigos: acredito que o 217-A, §1º (estupro de incapaz), seria o mais adequado.
A, vc é um exemplo.
ResponderExcluirObrigada por ter denunciado!
Espero que vc se recupere bem.
Apóio totalmente o que Sara escreveu:
"A sociedade ensina "Não seja estuprada" ao invés de ensinar "Não estupre".
É hora de mudar essa mentalidade."
Isso é uma verdade que precisa mudar.
Seu relato me lembrou algumas coisas...
Uma vez fui entregar os trabalhos na turma na casa de uma professora. Bairro tradicional de uma classe média não tão mais alta... mas que reúne pessoas com alguma insturção e posses... bem como alguns vícios.
Eu lembro muito bem desse dia, estava de calça clara, bege, nada colada (nunca gostei de roua apertada), uma blusinha com elástico no colo, bem soltinha e de trança, segurando a pilha de papéis no braço.
No meio do caminho, vejo um carro parando, provavelmente alguém voltando de para casa. Qnd o louco sai, ele sai mostrando o pinto, se masturbando, perguntando qnt era, me chamando de vadia. Eu fiquei revoltada, com muita raiva, mas segui meu caminho o mais rápido possível sem correr, sem olhar.
Eu lembro da cara do cara, eu lembro da placa, eu lembro do meu medo, pois o cara ficou rondando a rua com o carro.
Fui da casa da professora até a minha a pé tamanha minha raiva, muita raiva.
Cheguei em casa, chorei, contei o relato aos meus pais, minha irmã, queria denunciar. NINGUÉM me apoiou. Disseram que o cara era um babaca, que era perigoso, que depois ele ia ficar sabendo quem eu era, onde eu morava...
Pior que esse foi só mais um caso dos que já aconteceram. Nunca chegaram a abusar fisicamente de mim (pelo menos não que eu lembre), mas desde pequena sofro esse tipo de abuso. Graças a Deus que depois que eu comecei a namorar meu marido senti que esse tipo de coisa parou.
Por isso (e não só por isso), eu te agradeço por ter tido coragem.
Essa história toda me lembrou o conto 'Preciosidade', de Clarice Lispector, em que ela relata o caso de uma jovem que é estuprada e como ela reage. Sem fazer nem contar nada. Para mim, esse conto é de uma delicadeza sem tamanha e mostra bem um retrato da sociedade e do que se espera que uma mulher faça (ficar caladinha e se esconder).
Força, A.!
Esse anônimo das 14:43 deveria amarrar uma roda de caminhão no tornozelo e se atirar da ponte mais alta que conheça.
ResponderExcluirLeia o texto, sua anta, e veja que ela repetiu 'N' vezes que NÃO CONSENTIU COM NADA.
(Sorry Lolinha, mas não consigo aturar a falta de empatia, respeito e vergonha na cara desse povo.)
Querida "A", muita força pra você. Espero que você encontre a justiça e a paz no final dessa luta. Agradeço todos os dias por existirem mulheres que, como você, têm a coragem necessária para denunciar e lutar contra esse tipo de monstruosidade. Que você se recupere e fique bem.
Grande abraço, com toda a minha admiração e respeito.
Bruna Fagherazzi.
Anônimo 14:43
ResponderExcluirNão há como consentir se está inconsciente. Pelo relato, dá para entender que não houve consenso.
Entenda que somos a favor do Estado Democrático de Direito, e que obviamente deve haver processo, sem condenações antes disso.
Não estamos na posição de juiz, mas duvidar ou desqualificar um desabafo desses é falta de empatia.
O apoio e saber ouvir é fundamental nessas horas, pois é esse julgamento moral e essa descrença que fazem com que muitas mulheres se calem perante a situações de abusos (sexual, físico, verbal).
errata: a palavra consentimento seria melhor ali na primeira frase.
ResponderExcluirA., eu chorei lendo seu relato. Quando eu tinha doze anos, fui forçada por alguém bem mais velho a fazer sexo oral. Nunca contei pra ninguém, tinha medo, nojo, vergonha. Comigo não aconteceu o pior porque eu, quando me dei conta do que estava acontecendo e de que iria piorar (ele dizia o tempo todo "que sempre sonhou em arrombar uma virgem"), tomei coragem, mordi e sai correndo.
ResponderExcluirLevei muitos anos pra conseguir me relacionar de forma saudável com alguém, mas agora, quase duas décadas depois, estou começando a me recuperar. Isso só aconteceu quando tive coragem de contar pra uma amiga, choramos juntas, e ela me ajudou a colocar a cabeça no lugar.
Força na sua luta, e eu torço para que você se recupere e que esse desgraçado pague pelo que te fez.
anônimo 14:29
ResponderExcluirclaramente você faltou a classe sobre crime de estupro na universidade. TODOS sabemos que não é necessária a violência para configurar estupro.
no mais antes de pedir cautela com relação aos comentários acusatórios nesse espaço, que tal não emitir uma acusação nada sutil sobre as vitimas?o fato de existirem sim falsas denuncias de estupro não implica em que não existam estupros reais, vitimas reais.
Anônimo disse...
ResponderExcluirCalma, gente, calma. Pelo relato da moça, podemos ter certeza apenas de que ela se arrependeu de ter tido a relação sexual, mas não que não tenha consentido com ela. O fato de ter arrependido não significa que ela foi violentada. Não se esqueçam que há outras vidas em jogo, além da dela.
2 de maio de 2012 14:43
Sugiro que vc leia isto:
http://lu-bau.blogspot.com.br/2011/06/giovanna-lancellotti-estar-bebada-nao.html
PQP, EU FICO FULAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA DA VIDA COM GENTE ASSIM QUE FALA QUE A MULHER SE ARREPENDEU, PORRA, ELA PRECISA DESENHAR, TIRAR FOTOS, POSTAR VÍDEOS PARA PROVAR QUE AQUILO QUE ELA SOFREU FOI ESTUPRO???????????????????
Nossa, que história terrível! E só de saber que ela é comum e os estupradores muitas vezes acabam impunes, torna a história mais terrível ainda...
ResponderExcluirA., você foi muito corajosa! Força para vc, espero que consiga superar tudo isso. Eu e todo mundo aqui estamos na torcida para esse bandido pagar pela violência que fez com você.
Lola, adorei a sua ideia sobre uma página que informe vítimas, pena que eu não sou do curso do Direito da UFC. Mas conheço uma amiga que estuda lá, e vou dar essa ideia. Quem sabe não tenham feministas por lá que se mobilizem também nessa luta.
Roxy Carmichael
ResponderExcluirAssino embaixo. Direito não se restringe a letra da lei, e para configurar estupro basta o não-consentimento da vítima, o que já significa uma forma de violência.
Uma coisa que nunca entendi em relação aos que reclamam de falsas acusações de estupro: qual seria a solução? Mulheres pararem de denunciar estupros? Piada, né?
Anônimo das 15:02
ResponderExcluirTu é um animal,tu é lixo.Um retardado que não entende nada, o único sentido da tua vida inútil é servir pra confirmar tudo de ruim que as feministas falam dos 'mascus'
Tava demorando para aparecer pessoal com o velho discurso de que não foi estupro e a vitima esta mentindo...
ResponderExcluirPra quem não entendeu, fap fap é o som do imbecil se excitando e batendo p****** com a história da mulher estuprada.
ResponderExcluirAté um traficante é superior a um cara desses.Chega na cadeia, estuprador morre.
estuprador=lixo social
ResponderExcluir@carolinapaiva falou tudo. Esse caso provavelmente se enquadra em estupro de incapaz. A posse sexual mediante fraude é um tipo penal muito específico.
ResponderExcluirHá impossibilidade de defesa da vítima por qualquer motivo - álcool, drogas, armas, medo possível de dano físico ou moral - é ESTUPRO sim.
Hoje a tarde um coleguinha de trabalho me disse, respondendo-me de uma frase em que disse que existem, ainda, muito estupros femininos: "Os homens também são estuprados"
ResponderExcluirO que digo ao meu colega?
Por exemplo,
"Tem razão, colega, para diminuir as estatisticas dos estupros masculinos, que tal aumentar as estatisticas dos estupros femininos, para haver um "equilibrio"?", "Tipo, então, você sugere que mais mulheres sejam estupradas, para que não haja "tanto hom em estuprado"" " Por exemplo, sua irmã, sua mãe?"
Esta seria uma resposta estúpida minha, mas existem homens, como meu colega, que quando cito que existem estupros femininos, eles respondem que existem estupros masculinos
Por acaso, rapazes, a violência que um genero( masculino/feminino) sofre JUSTIFICA que o outro genero( Feminino/Masculino) tambem sofra violencia?
A.te desejo força.Muita força.
ResponderExcluirPois vai ser uma longa jornada. Acredito que muitas mulheres, que como eu, ao lerem isso não estão te julgando e sim desejando que tudo corra bem e que você consiga punir o criminoso.Que você consiga superar isso, que não tenha raiva de si, vergonha ou entre em depressão.
Não se sinta culpada, não é sua culpa e não importa o quanto as pessoas querem te levar a acreditar. Ele premeditou tudo e quis fazer isso, ele cometeu um crime e precisa ser punido por isso.
Cara, que relato absurdo. É muito triste, mesmo. Fico feliz que a A. denunciou. Com certeza isso dá força a nós mulheres denunciarmos caso isso venha a acontecer conosco.
ResponderExcluirPessoal que entende de direito, uma dúvida. A lei diz que estupro é só mediante violência ou grave ameaça, certo? O entendimento de que não é necessária a violência para configurar estupro é jurisprudencial? Com base estrita na lei, o caso dela (e de muitas outras) realmente seria enquadrado como violação sexual mediante fraude?
E realmente existe alguém que acha que a 'falsa acusação' de estupro é a regra, e não a exceção? Como uma outra menina perguntou aqui, qual seria a solução, então? Não denunciar?
Se a A. tivesse dado nome aos bois e nós estivéssemos colando cartazes com a cara dele pelas ruas, eu entenderia tamanho protesto do sr. Advogado ali em cima. Mas não é o caso, né? Nem ter empatia e se indignar com um problema que está longe de ser isolado na nossa sociedade nós podemos ter?
Ana Clara
ResponderExcluir"A lei diz que estupro é só mediante violência ou grave ameaça, certo? O entendimento de que não é necessária a violência para configurar estupro é jurisprudencial?"
Nem sempre a letra da lei é clara, ou suficiente, para caracterizar o crime. Apesar disso, não se pode acusar alguém de um crime sem verificar o verbo nuclear do tipo, que seria o verbo de ação descrita na lei.
Exemplo:
"Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso"
As palavras "constranger", "praticar" ou "permitir" são os verbos nucleares do tipo penal de estupro, o que significa que quem fizer isso estará cometendo estupro.
Constranger, praticar ou permitir (no caso de terceiros), seriam condutas do crime de estupro.
A violência pode ser interpretada de forma ampla, não somente física.
O fato de ser qualquer contato sexual SEM consentimento implica o emprego de violência, seja ela qual for.
"Com base estrita na lei, o caso dela (e de muitas outras) realmente seria enquadrado como violação sexual mediante fraude?"
Em todo caso, deve-se verificar se a conduta do agente está de acordo com o tipo penal. Neste caso, o estuprador deve usar algum meio proposital que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
Se o cara se aproveitou de uma mulher bêbada, sem, no entanto, ter contribuído para a embriaguez dela, não responderia por este artigo.
É aí que entra o Estupro de Vulnerável:
"Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência."
Sobre sexo (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos, se configura como estupro, mesmo se for consensual, pois a violência é presumida. O mesmo vale para o parágrafo 1º, só que em relação a quem, por qualquer motivo (enfermidade, deficiência, etc), não pode oferecer resistência.
Analisando os artigos, percebe-se que há estupro mesmo sem violência física, no caso dos artigos 215 (da fraude) e 217-A (vulnerável). O que se considera para a verificação desses crimes é que não houve consentimento da vítima, e a violência presume-se daí. A conclusão final é: privar a pessoa de consentimento é uma forma de violência.
Obs.: se estiver errada em alguma coisa, por favor corrijam-me.
Quem é entendido do assunto me tirem uma dúvida que mais pessoas tb tiveram:
ResponderExcluirNa novela Chamas da Vida. No caso em questão, fica a dúvida se enquadram o Lipe como pedófilo tb ou só estuprador. Tb fiquei com esta dúvida.
http://www.youtube.com/watch?v=MTHxG1JH7NU
Anônimo 16:31
ResponderExcluirPrimeiro: há diversas formas de coagir alguém, não somente com armas.
Segundo: grande exemplo de empatia e respeito com o desabafo alheio hein?
E se fosse alguém de sua família contando uma história de violência, você agiria assim também, com deboche, fazendo pouco caso com seu sofrimento?
Mais tato, menos mesquinharia.
"Ele praticamente me obrigou a sair com ele, disse que passaria em casa e ficou me rondando para ver se eu estava me arrumando."
ResponderExcluirele apontou um revólver enqto vc estava se arrumando?
2 de maio de 2012 16:31
E precisa apontar uma arma para se sentir coagida?
Que falta de sensibilidade e empatia a sua anonimo 14.29, ja tão poucas mulheres tem a coragem de denunciar esse crime perverso, e vc se preocupando em preservar os direitos de canalhas que praticam essas barbaridades, com certeza vc deve ser um homem sem empatia nenhuma por mulheres que sofrem esse tipo de violencia, porque se não fosse saberia que é muito dificil para uma mulher fazer esse tipo de denuncia.
ResponderExcluirE que se acontece muito raramente de uma denuncia como esta ser falsa, nem motivo para sua preocupação deveria ser.
Tem gente que acha que coação só se faz com uma arma apontada na cabeça.
ResponderExcluirAnônimo 16:48
ResponderExcluirEu queria entender a motivação dessas pessoas. Ficar provocando quem desabafa uma situação de violência, de estupro.
Estamos rondadas por sádicos.
Muito Rafinha Bastos e afins faz mal pra cabeça.
Eu me sinto impotente,assim como ela deve ter se sentido. Sinto nojo desse ser que foi capaz de tanta atrocidade!
ResponderExcluirConcordo contigo,Lola!
Acho que deveria sim ser criado um blog ou site mesmo com informações auxiliando a vítima sobre o que fazer etc.
Anônimotroll
ResponderExcluirClaro, estupros não existem, nem coação, imagiiina. Tudo fruto da nossa cabeça.
O que vale mesmo é culpar a mulher pelo estupro né? Apontar o dedo na cara e xingar bastante. Isso sim é bom, é coisa de gente de bem, né?
Debochar de quem desabafa de situações de violência idem.
Fazer pouco caso com o sofrimento alheio então, super coerente com coisinhas chamadas respeito e bom senso.
Outra coisa: NADA justifica estupro.
ResponderExcluirEla saiu com o cara? E DAÍ? Isso dá a ele direito de abusar dela enquanto ela estava vulnerável?
É mentalidade de gente como tu que inibe mulheres estupradas de denunciar seus agressores.
Ocorre q para os mascus, as mulheres tem fantasias em ser estupradas. Vejam o q diz o administrador do tal do Fórum do Búfalo. Primeiro aparece um leitor citando uma pesquisa segundo à qual "uma boa porcentagem de mulheres diziam que se fossem estupradas por homens bonitos nao denunciariam. e então, o administrador do Fórum mascu responde:
ResponderExcluir"Eu não duvidaria, dado q mtas mulheres tem até fantasias em ser estupradas."
http://forum.bufalo.info/showthread.php?tid=804&pid=10540#pid10540
Ou seja, para os mascus (e ñ estou falando de qqr leitor, estou citando opiniao do ADMINISTRADOR DO FÓRUM MASCU: estupro, q é uma agressão, um crime contra a mulher, um medo q assombra as mulheres, é uma "fantasia".
Se bem q ñ posso culpar mto os mascus brasileiros, esta ñ é uma opinião q se reduz apenas aos mascus. O apresentador de TV americano, Dr. Drew Pinsky, comentando sobre o “50 Shades of Grey” (uma história de uma jovem e ingênua que é seduzida por um rico e poderoso empresário q persuade-a a a assinar um contrato que o autoriza a ter o total controle sobre a vida dela, tanto dentro quanto fora da casa dele) chamou o livro de “fantasia de estupro” em seu programa. Vejam o artigo da Fox News.
SAIR E BEBER NÃO É CRIME
ResponderExcluirESTUPRAR É CRIME
QUANDO ISSO VAI SER ENTENDIDO ???
que espécie de burrice, falta de senso, mbecilidade, faz uma pessoa REALMENTE ACHAR que alguém é culpada da violência que sofreu ??
NÃO EXISTEM MEIOS DE IDENTIFICAR UM ESTUPRADOR.
ele pode ser QUALQUER UM.
é claro que vcs, imbecis moralistas, acham que existe alguma espécie de PLACA ACIMA DA CABEÇA DO HOMEM ESCIRTO "cuidado, não beba com esse homem, é ÓBVIO QUE SE VC BEBER COM ELE ELE VAI ABUSAR DE VC".
sinto muito, mas tal placa não existe. o que vcs sugerem então?
que uma mulher NUNCA BEBA?
que uma mulher NUNCA SAIA SOZINHA?
que uma mulher NUNCA SAIA COM UM HOMEM QUE LHE INTERESSE?
ou é nossa culpa porque não procuramos um "HOMEM DE FAMÍLIA" com carta de referência de ex namoradas dizendo "OLHA, ELE NUNCA ME ESTUPROU/BATEU/ABUSOU, BELEZA, PODE SAIR COM ELE!!"
NÃO EXISTE ISSO!
NÃO É NOSSA CULPA!
A CULPA É DO ESTUPRADOR.
vc, do alto do seu moralismo machista infeliz pode achar que uma mulher beber é "errado" - claro, só os homens podem exercer esse tipo de atividade, nós mulheres devemos estar em casa, comportadas, com nossos pais e irmãos, até um pretendente pedir nossa mão.
MAS SUA OPINIÃO IMBECIL SOBRE COMPORTAMENTO FEMININO NÃO APAGA O FATO DE QUE ESTUPRO É CRIME, BEBER NÃO.
ESTUPRO É CRIME, SAIR DE CASA NÃO.
ESTUPRO É CRIME, ROUPA CURTA NÃO.
ESTUPRO É CRIME, FLERTAR/FICAR/BEIJAR NÃO.
o homem não é uma maquina incontrolável de sexo.
o homem não é dono do corpo da mulher.
cadeia nos estupradores
cadeia em quem perpetua a lógica que propicia o estupro.
MASCUS: COMENTEM PALHAÇADAS O QUANTO QUISEREM, NINGUÉM AQUI LEVA A SÉRIO. VCS SÃO AS CRIANCINHAS INTERROMPENDO O ASSUNTO DOS ADULTOS FALANDO MERDA. ANTES DE CHEGAR NUM NÍVEL QUE INCOMODE ALGUÉM AQUI, VCS AINDA TEM QUE TER MUITA AULA DE PORTUGUÊS, E APRENDER A MINIMAMENTE MANTER UMA ARGUMENTAÇÃO.
um bando de menininho pertubado mentalmente. é nojento.
Carla falou tudo.
ResponderExcluirperfeita
Oi, carolinapaiva
ResponderExcluirObrigada pela explicação, cara. Uma coisa que fiquei em dúvida e que você respondeu era se já não configurava 'violência' o simples fato de ter sido um ato sem consentimento, aproveitando-se do estado da vítima. Eu acreditava que sim, e pelo que entendi, estou certa, não? Ou entendi meio errado?
As vítimas precisam ter acesso a essas informações, como bem falou a Lola. Mas TODOS deveríamos, inclusive os potenciais estupradores, para que se deem conta de que se aproveitar de uma menina bêbada numa festa (o que não me pareceu o caso dela, tive a impressão de que ela foi dopada ou então induzida a perder a consciência) não é normal.
Mulheres, parem de beber. A cachaça destroi vidas. Igualar-se aos homens até na bebedeira?
ResponderExcluirmulheres BEBEM, get over it.
ResponderExcluirmulheres BEBEM
mulheres FODEM
mulheres TRABALHAM
mulheres VIVEM
mulheres fazem TUDO QUE OS HOMENS FAZEM.
GET OVER IT.
até quando vamos viver em um mundo em que pessoas mesquinhas PUNEM (quer seja através da violência em si, ou do apoio á violência, ou culpando as vítimas)
AS MULHERES POR FAZEREM ATIVIDADES PRETENSAMENTE MASCULINAS?
se uma uma mulher estiver em casa, lavando roupa, e um maníaco entrar em sua casa e a estuprar, NINGUÉM VAI COGITAR CULPAR A MULHER. claro, ela estava em seu LUGAR, protegida. o homem que é um maníaco. (claro que antes vão conferir se ela não estava de roupa curta perto da janela, sabe como é, se a mulher apareceu de roupa curta perto da visão de um homem, é CLARO QUE PEDIU PRA SER ESTUPRADA.)
já disse anter - vc, com sua burrice (burrice não é crime, infelizmente) - pode até achar que "bebedeira é falta de vergonha na cara"
MAS "FALTA DE VERGONHA NA CARA" MESMO ASSIM NÃO JUSTIFICARIA UM ESTUPRO.
"FALTA DE VERGONHA NA CARA" NÃO É CRIME. É UM JUIZO DE VALOR SEU.
eu, por exemplo, acho que falta de vergonha na cara é CULPAR VÍTIMAS PELA VIOLÊNCIA SOFRIDA. vc ja cogitou perguntar pruma pessoa assaltada se ela PROVOCOU O LADRÃO, ANDANDO COM SEU CELULAR CARO POR AÍ?
vc já cogitou perguntar a uma pessoa atropelada se ela PROVOCOU O MOTORISTA, ANDANDO ATRATIVAMENTE PELA RUA COM CARA DE QUEM QUER SER ATROPELADO?
isso de justificar a violência pelo comportamento da vítima é papo de quem quer mulheres submissas, comportadas, em seu "devido lugar", de cabeça baixa, acatando ordem.
NÃO SOMOS ASSIM.
NÃO FOMOS FEITAS PRA ISSO.
TEMOS OS MESMOS DIREITOS.
e isso não significa só "direito de trabalhar", significa TAMBÉM
DIREITO DE SAIR DE CASA SEM SERMOS ASSEDIADAS
DIREITO DE BEBER
DIREITO DE FAZERMOS QUALQUER ATIVIDADE QUE SEU CÉREBRO MACHISTA DETERMINOU QUE É "MASCULINA".
MULHERES BEBEM, ACEITE ISSO.
isso mesmo, mulheres feministas ou não, bebam e bebam muito que a indústria alcoólica agradece o lucro que vocês dão aos seus cofres e continuem bebendo até ficar de cara cheia afinal vamos acabar com essa falácia de que quem bebe é homimachão
ResponderExcluirLola, pelo bem psicológico dessa moça, delete esses comentários de mascus debochando da vítima. Isso é terrível.
ResponderExcluirA., se eu entendesse de Direito, fosse formada e tal, teria criado hoje mesmo o blog. Força pra ti, guria! Fique bem!! Abraço forte.
Cris.
Sempre vejo comentaristas reclamando de gente que não consegue interpretar texto, mas às vezes, acho que o problema nem é esse, é muita maldade mesmo. Quem aqui está defendendo o uso exagerado de bebida ou qualquer outra droga? Ninguém vai dizer para uma amiga encher a cara, seja mulher ou homem. A questão não é essa e vcs que ficam tumultuando o debate com essa falácia sabem muito bem disso, tenho certeza. Só querem mesmo é causar. Algumas pessoas (homens em mulheres) bebem. Às vezes bebem demais. Quem se aproveita disso para comentar uma atrocidade como estupro é criminoso, não importa se a VITIMA bebeu ou não, do mesmo jeito que não importa onde ela estava, que roupa usava ou qualquer outra coisa. A única coisa que importa é que ela disse NÃO, ou não tinha condição de dizer.
ResponderExcluir(homens e mulheres)
ResponderExcluirEssa 'enfermeira' aí devia ser processada e capacitada para atender dignamente, para ñ envergonhar sua classe profissional e a qalqer pessoa qe saiba o qe é respeito.
ResponderExcluirTodo o mei apoio.
Carla está com razão que beber não é crime e a mulher tem todo o direito de encher a cara até ficar de fogo afinal homem vive enchendo a cara a mulher pode sim ter o direito de beber até empatar com a bebedeira do mó beberão pq ela tem esse direito simplesmente pq mulher tem o mesmo direito de homem e homem que estupra mulher bêbada é um cafageste que merece ficar na cadeia até aprender que não é correto sair estuprando mulher bêbada e nem estuprar mulher nenhuma e agora vou tomar uns copos de mé porque concordo com a Carla
ResponderExcluirBruni
escrevi cafageste pq já estou meio na bebedeira e qdo passar a bebedeira eu volto aqui e corrijo o G que ficou no lugar do J do cafageste que estupra mulher bêbada que pode beber à vontade qdo ela quiser beber e se ela aceitou o cara pagar a bebida dela ela não deveria fazer isso e pagar sua própria bebida mesmo estando bêbada
anônimo das 18:37:
ResponderExcluirUm pouco de aula de interpretação de texto te faria bem, hein?
releia o relato e compreenda: A. não disse que ele "obrigou" ela a sair, nesse sentido. ela disse: "Agora percebi que ele pode ter feito tudo isso de propósito, que já havia premeditado que se aproveitaria de mim. Ele praticamente me obrigou a sair com ele, disse que passaria em casa e ficou me rondando para ver se eu estava me arrumando. A princípio eu não tinha a intenção de sair, tentei desconversar, mas ele insistiu."
o que ela quis dizer com isso?
que apenas DEPOIS DO OCORRIDO percebeu que talvez a excessiva insistência dele ("praticamente me obrigou") a fez pensar se ele não estava ansioso/nervoso para cometer o crime que já havia premeditado. foi apenas um pensamento que ela compartilhou em meio ao relato. acho que todo mundo entende o uso de "praticamente me obrigou" em um contexto como esse, não? em nenhum momento ela disse que ele a raptou. e caso você não saiba, COERÇÃO nem sempre é feita de modo violento. essa inclusive é a principal arma dos estupradores espertos.
porque, enquanto gente burra como você continua achando que estupro SEMPRE é igual a = grande violência física/luta/uso de arma/força física/ameaças explicitas/homem suspeito em beco meia noite, os estupradores espertos agem silenciosamente, com OUTRAS FORMAS DE COERÇÃO, se aproveitando de baixa-estima, de confiança, de ameaças sutis, do medo, do PARENTESCO, das relações de poder, das relações sociais, da CULPA DA VÍTIMA, da FALTA DE EMPATIA DAS PESSOAS COM A VÍTIMA.
ou seja, sinto lhe informar, mas vc é uma das FERRAMENTAS DO ESTUPRO.
que legal, né?
enfim. meus "gritos" foram um desabafo. porque é MUITO complicado, em pleno século 21, perceber que ainda existem pessoas que pensam assim.
que são tão BURRAS e ALIENADAS que não conseguem fazer uma relação simples. só sabem vomitar e repetir velhos conceitos criatalizados, que nunca foram verdade, ainda mais hoje em dia.
(burrice que nada tem a ver com educação formal, um adendo. estupradores e burros/preconceituosos residem TODAS as classes, TODOS os gêneros, TODOS os locais.)
peço ENCARECIDAMENTE:
se vc é uma dessas pessoas com OPINIÕES QUE SÃO RESPONSÁVEIS POR PERPETUAR O ÓDIO, O ESTUPRO E A CULPABILIDADE DAS VÍTIMAS,
NÃO COMENTE AQUI.
tenha um MÍNIMO DE EMPATIA E DE BOM SENSO.
não use o post DESABAFO de uma mulher pedindo AJUDA pra destilar seu VENENO PRECONCEITUOSO E NOCIVO.
e outra coisa:
ResponderExcluirquase todas as mulheres já sofreram histórias de terror em suas vidas.
estupro, quase estupro, abuso, passada de mão, abuso verbal, violência em vários níveis e formas.
todas as mulheres.
que bebem ou não.
que andam sozinhas ou não.
que flertam ou não.
que são casadas ou não.
sério mesmo que tem gente que ainda consegue achar que o problema é "a bebida"?
Esseanônimo que se disse advogado está redondamente enganado. Primeiro pq a lei penal mudou e não émais necessária a conjução carnal (pênis-vagina) para configurar estupro, segundo porque se a vítima não estava em condições de dar um consentimento (desacordada por conta do álcool) ela pode ser considerada vulnerável, conforme bem explicou outro comentarista aí em cima. Terceiro que nenhum direito do suposto agrssor foi violado, já que não form divulgados quaisquer dados dele.
ResponderExcluirE, "A" , espero que vc consiga superar isso aí menina, lembrando que a vítima aqui foi você.
Que raiva ler esse tipo de coisa. Claro que a culpa não é da vítima,mulher nenhuma sai com alguém pensando que pode ser estuprada.
ResponderExcluir(Oi, Lola. Sou Conceição, q falou ctg hj no CH. :D)
ResponderExcluirAmanda, eu, outras blogueiras, ensaiamos um blog para vítimas de estupro:
http://mulherespresentes.wordpress.com/
Quem quiser seguir com a ideia fala com a gente.
Se bem q eu acho q esse blog é um ótimo espaço para se falar disso, pela visibilidade q já tem.
......
A., queria te transmitir força pra q vc continue acreditando na vida e nas pessoas.
Eu realmente desejo q vc supere e alcance a paz com essa história (e a justiça).
Pro machão (que só é machão no anonimato, mas não é machão olhando pro cano de uma arma) que não quer que mulher beba...
ResponderExcluirPERDEU!
Vamos continuar bebendo.
Não gosta?
A porta do bar é a serventia da casa.
fiz o blog
ResponderExcluirsobrevivendoaviolencia.com
Ainda estou brigando com o wordpress, mas acho que vai ficar legal.
A idéia do blog é muito boa, um lugar que explicasse passo a passo...Quem procurar, o que vai acontecer em seguida (BO, quais exames, remédios), como segue o processo. Como funciona se a mulher só denuncia depois de um tempo...
ResponderExcluirE outra coisa, existe grupo de apoio para quem sofre violência sexual ?
Eu realmente não sei mais da metade dessas coisas...
M, o que estou buscando fazer é justamente isso... Um grupo de apoio. Vou tentar ver quais são os procedimentos para a mulher denunciar o abuso e o que se segue (exame de corpo de delito, remédios, etc).
ResponderExcluirEssa violência tem que acabar.
O texto da A. não apenas suscinto como tão bem escrito até poderia ser submetido para publicação em alguma revista... Cláudia.. Ana Maria... Nova... TPM...
ResponderExcluirVeja
Lola, e pessoal:
ResponderExcluirVocês já ouviram falar do http://survivorstories.tumblr.com ? é só mais um entre vários sites/blogs para desabafos de experiências de violência sexual sofridas, tanto por mulheres quanto por homens. Cheguei lá por indicação da fotógrafa do lindo projeto http://projectunbreakable.tumblr.com (vejam, vale a pena.)
Enfim, um desses desabafos me tocou e eu achei importante compartilhar. Livre tradução minha. Fala sobre aquela estatística americada, de que apenas 1 em cada 4 mulheres nunca sofreu nenhum tipo de abuso/violência sexual:
"Eu sou a 1 que foi em uma festa, ficou com alguém, e nunca foi pressionada a ir mais longe.
Eu sou a 1 que disse não para um namorado quando pressionada para fazer sexo, e foi largada ao invés de forçada.
Eu sou a 1 que teve um parceiro que aceitou não como resposta.
Eu sou a 1 que dormiu na cama de um amigo, e não foi atacada.
Eu sou a 1 que ficou bêbada com amigos e com estranhos, e acordou vestida.
Eu sou a 1 que teve amigos dos pais como babás, e eles me leram histórias infantis ao invés de arruinar minha infância.
Eu sou a 1 que brincou de médico quando criança, e isso significou apenas receitar suco e ouvir batimentos cardíacos.
Eu sou a 1 que saiu para caminhar de noite na vizinhança, e voltou para casa segura.
Eu sou a 1 que disse "tô com dor de cabeça" ou "tô cansada" e foi dormir tranquila.
Eu sou A 1 que foi ignorada pelos amigos do meu irmão mais velho, porque eu era criança demais.
EU sou a 1 que teve suas primeiras experiências sexuais consensuais.
Eu sou a 1 que teve todos os seus encontros sexuais consensuais também.
Mas mesmo assim...
Eu sou alguém que já ouviu "se vc realmente me ama..." e "pare de ser tão chata!"
Eu sou alguém que já ouviu propostas de sexo por $5, vindas de adolescentes de 16 anos, quando estava voltando pra casa 10 da noite.
Eu sou alguém que já ficou machucada e em lágrimas depois de sexo sem lubrificação.
Eu sou alguém que já acordou com amigos pegando na minha bunda.
Eu sou alguém que já ouviu um ex dizendo que ia se matar se eu não continuasse com ele.
Eu sou alguém que teve um primo que tentou "experimentar" comigo quando eu era criança, mas parou porque nossos pais chegaram em casa.
Eu sou alguém que foi coagida a mostrar partes do meu corpo para diversão de outros.
Eu sou alguém que teve a bunda e os seios apertados em bares.
Eu sou alguém que já ouviu inúmeras vezes que "homens fazem isso mesmo, normal" e "isso é um elogio!"
Eu sou alguém que está cansada de ouvir que sou paranóica, me preocupo demais e deveria relaxar.
Eu sou alguém que está exausta de ouvir sempre as mesmas "piadas" sobre meu corpo, minhas emoções, e meus direitos - e das outras - de autonomia corporal.
Estupro não é uma piada e sexo não é um jogo.
3 em cada 4 mulheres são sobreviventes de abuso sexual. Eu sou a 1 que senta aqui enquanto amigas discutem suas experiências, silenciosa e lidando com a culpa por ser tão sortuda. Eu nunca fui penetrada contra a minha vontade. E mesmo assim, quando eu olho pra trás na minha vida, eu percebo que sou alguém que teve experiências onde a penetração não ocorreu, mas ainda sim me senti horrivelmente violentada e envergonhada.
E eu estou aterrorizada em perceber que essa 1 não está tão longe das outras 3 quanto eu queria imaginar."
Carla essa 1 não diz que bebeu à vontade, diz?
ResponderExcluirAi Carla, muito verdade tudo isso. Que tristeza.
ResponderExcluirCarla, Lola e outros,
ResponderExcluirEu sou uma das que sofreu violência física e psicológica do próprio pai desde os 2 (DOIS) anos de idade.
Eu sou uma das que foi molestada na escola, por um assistente do professor, aos 10 anos.
Eu sou uma das que foi molestada, aos 19, pelo pai de uma das melhores amigas.
Eu sou uma das que sofreu calada, sem coragem de denunciar, pois achava que a culpa era minha.
Eu sou mais uma sobrevivente que quer lutar por um mundo mais digno, mais justo.
Eu sou mais uma das que acha que violência tira a dignidade da pessoa.
Eu sou mais uma. Apenas mais uma.
Creio que nesse caso, o melhor a se fazer é procurar ajuda. Principalmente ajuda especializada.
ResponderExcluirProcurar uma assistente social do serviço social da sua região ou algum lugar que ajude mulheres que passaram por algum tipo de violência.
São pessoas que podem te ajudar em todos os aspectos, físico, emocional e na questão da denúncia.
Anônimo das 20:49:
ResponderExcluirClaro, tem razão. é ÓBVIO que uma mulher jamais poderia escrever um relato sucinto e claro sobre uma violência que sofreu. somos todas são emocionais, lamuriosas, choronas, que está além de nossas habilidades sentar e redigir algo competentemente.
- o machismo e o pré-conceito tem tantas formas de se manifestar que eu quase entendo porque tantas pessoas - homens e mulheres - acham mais fácil continuar reproduzindo frases feitas e discursos antigos do que ABRIR OS OLHOS e pensar por conta própria.
TODAS NÓS MULHERES em algum momento de nossa vida, após qualquer tipo de violência, já tivemos que seguir com nossas vidas, nos preocupar com nossas carreiras profissionais, não nos lamuriar, nos manter racionais, fortes, coerentes, INTEIRAS. vc quer desqualificar um relato sincero baseado em SUA CONCEPÇÃO de como uma vítima deveria agir ??
além de julgar o comportamento que a mulher deve ter para NÃO ser estuprada, vc ainda quer julgar o comportamento que a mulher deve ter APÓS O ESTUPRO??
só pode ser piada isso.
@vbfri :
ResponderExcluirsomos todas "apenas mais uma", junto com a A. ! que bom ter esse espaço para nos conhecermos e compartilharmos experiências, amizade, apoio e empatia!
e Lola:
será você um homem? óbvio ! seus textos são coesos e claros.. e uma mulher jamais conseguiria largar suas lamúrias e escrever algo inteligível ! já saquei a sua ! você é um homem nos enganando e tirando onda com nossa cara! haha.
Uau! Que genial!
ResponderExcluir"Quem for @ advogad@ a ajudar, tome cuidado, antes: investigue antes quem é essa mulher (no mínimo, peça todos os documentos necessários antes do primeiro contato ao vivo). Meu receio é que seja um troll que vá na verdade ameaçar ou mesmo estuprar a advogada."
Sério que vc sabe que será uma advogada no caso?!
Sério que esse tipo de relato só pode vir de um troll?!
Desculpa... mas seria vc "apenas mais uma"?
(@vbfri, vc é uma sobrevivente e um exemplo de força!)
Ana Clara: sim, o não-consentimento é uma forma de violência. É lesão contra a dignidade sexual.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirSou advogada em SP. Tenho experiência na área criminal. A moça vai precisar entrar com uma queixa crime contra o sujeito. Eu sigeriria tb ação cível de indenização, em conjunto. O caso é estupro. Ponto. Dê meu contato à ela querida. Um beijo grande.
Lola, sou advogada criminalista em SP. Passe meu contato à moça. Um beijo grande.
ResponderExcluirA empatia reina... Impressionante.
ResponderExcluirO estupro de uma pessoa em coma, desacordada, embriagada, etc, é equivalente ao estupro de incapaz (art. 217-A, par. 1o), já que a pessoa NÃO PODE CONSENTIR.
Se a pessoa não pode dizer SIM ou NÃO, é NÃO.
Difícil entender, né?
Senhor "ADEVOGADO" (já que não merece o título de advogado), você seria um ótimo defensor público. Já pensou em seguir carreira? Milhares de estupradores pra você defender.
Falta de empatia do caramba, nossa.
Para quem passa por QUALQUER tipo de violência, eis o passo a passo:
1) vá à delegacia mais próxima (ou da mulher) e faça a ocorrência. NÃO ACEITE UM NÃO COMO RESPOSTA. Brigue, se preciso for. Lute pelos SEUS direitos.
2) de lá você será encaminhad@ ao IML, onde fará o exame de corpo de delito.
3) tome os remédios necessários
4) estupro é uma ação
5) a ação penal é pública, condicionada à representação, ou seja, infelizmente, tem que ir atrás. Se for o caso, contrate um advogado ou procure a defensoria pública ou, mesmo, a promotoria de justiça da sua cidade.
Vai ter que repetir a história à exaustão. O caminho é árduo e nem sempre você vai achar que vale a pena, mas contar a sua história é o primeiro passo para curar a ENORME ferida que fica aberta no seu peito.
a pergunta que me veio à mente, é: quem paga as enfermeiras para dar palpites?!
ResponderExcluirA., junto-me aos vários votos de solidariedade. Você fez bem em ter denunciado esse crime horrendo.
ResponderExcluirE, Lola, gostei do cartaz em inglês sobre o homem que respeitou a amiga. Uma campanha de conscientização dessas seria bem-vinda por aqui.
Lamentavelmente esses casos são comuns, tod@s sabemos disso. É revoltante. Penso que devemos colocar na nossa cabeça que o estupro não é apenas um crime contra uma pessoa! Quando um canalha violenta uma mulher ele violenta todas nós! O machismo e a misoginia são os combustíveis inegáveis desse crime infame, e machismo e misoginia são assuntos que dizem respeito a todas as pessoas, homens e mulheres.
ResponderExcluirA vítima nunca, NUNCA é culpada. Ela não foi estuprada porque bebeu, ou estava com roupas "insinuantes", ou qualquer outro motivo idiota que dão para tentar justificar isso. Se assim fosse o caso, no Afeganistão, onde as mulheres são obrigadas a viver em cárcere em suas casas e sob as burcas, esses crimes não aconteceriam... e vejam, acontecem lá, e muito! O Afeganistão é considerado o pior lugar para as mulheres do mundo! Será que alguém ainda duvida que nossas roupas, nosso comportamento, o fato de bebermos ou não, não tem absolutamente nada a ver com o estupro? Pessoas são estupradas porque há vermes que estupram.
Não deixe isso passar em branco, jamais! Denuncie! Há muitas pessoas prontas para te ajudar e fazer o possível e o impossível para que esse calhorda vá para o lugar que merece: a cadeia, e por muito tempo!
isso mesmo,a Maria Octavia tem razão pois enfermeira não é para dar palpite coisa nenhuma apenas fazer o serviço
ResponderExcluir"O medo e o julgamento da sociedade é o que primeiramente nos vem a cabeça, sentimos o peso da impunidade antes mesmo que ela aconteça."
ResponderExcluirEscritor técnico profissional elaborou o texto, apenas se esqueceu de uma crase (nos vem à cabeça) ou pode ser tradutor habituado a traduzir textos do inglês americano (frases claras e curtas).
Tornar-se advogada.
ResponderExcluirNão tem muito tempo que absolvi um homicida. A primeira absolvição? Um estuprador. Sim, o temor de toda menina na faculdade. Foi inevitável pensar: Meu Deus, o que eu estou fazendo? E eu chorei. Eu sempre choro.
Advogada Chorona
Lola, entrei em contato com um grupo de mulheres do qual faço parte. Logo elas se manifestarão. Espero que alguma das advogadas do grupo tenha tempo hábil ou quem indicar para ajudar a moça. Assim que tiver retorno, aviso. Anônima Beócia
ResponderExcluirOi, Lola! Sou de um coletivo feminista do Direito-USP chamado Dandara e temos um projeto de extensão que se propõe a dar noções gerais sobre direitos para mulheres, com recorte de gênero. São vários temas como Direitos humanos das mulheres, violência doméstica, estupro, aborto... e uma das aulas é sobre direito processual penal. O curso se chama Promotoras legais populares (http://www.promotoraslegaispopulares.org.br/promotoraslegaispopulares/). Se você receber relatos de mulheres nessa situação, principalmente na região de SP, pode encaminhar também para a União de Mulheres (http://www.uniaodemulheres.org.br/home.php) ou para a SOF (http://www.sof.org.br/).
ResponderExcluir@vbfr
ResponderExcluirAcho ótimo que alguém esteja elaborando algo assim.
O grupo de apoio é mais necessário ainda, pois a maioria das mulheres não denunciam, muitas só tomam consciência de que foram vítimas de um crime anos depois.
Se o texto foi realmente redigido por um homem ou por uma mulher fazendo-se de esperta, querendo zoar com a turma, o tiro saiu pela culatra porque agora as mulheres estão se unindo e formando e informando sobre grupos de apoio. De qq forma o assunto está resultando em algo positivo. Vitória!
ResponderExcluirhttp://tamarafigueiredo.blogspot.com.br/2012/05/violencia-sexual-como-lidar.html
ResponderExcluirPara as meninas que precisarem de alguma ajuda, sou estudante de Direito. Escrevi um pouco neste post do meu blog, mas qualquer coisa...
Toda minha solidariedade à vítima A. Em um momento como esse, não saberia o que dizer, mas o que posso dizer é que quando leio relato semelhante, automaticamente entendo que estamos todas conectadas, unidas pela injustiça de nossa sociedade, unidas contra o sentimento de impotência que nos é imposto diante da impunidade, unidas pela dor de ter, não muito distante de nós ou em nós mesmas, exemplos de como a misoginia pode ser brutal, unidas também pela vontade de contestar nossa posição de impotência. Que a sua e a nossa "impotência" possa ser convertida na mais pura potência de vida. Você sobreviveu, muitas de nós sobreviveu e o que podemos oferecer ao mundo senão mais alguns passos na direção de um mundo mais seguro para tod@s?
ResponderExcluirNão te digo que sejas heroína, a menos que por heroína se entenda alguém que faz o que é preciso quando a vida exige. Saiba que apesar de toda a crueldade que o mundo pode te oferecer, somos muitas, você não está só. Siga em frente e nos deixe acompanhar o desenrolar dessa história.
Por que vcs ñ criam formas de proteção e autodefesa como isso:
ResponderExcluirPreservativo feminino anti-violação
Ver artigo principal: Preservativo feminino anti-violação
Em 2005, o inventor Sonette Ehlers introduziu o Rapex, um preservativo feminino anti-violação que pode ser inserido no canal vaginal, tal como um diafragma. Este produto apresenta minúsculas farpas que atacam o penis do violador, e que tem de ser cirurgicamente removido. Num artigo sobre o Rapex, Ehlers comentou que foi inspirada a inventar o aparelho depois de um encontro com uma vítima que lhe disse, "Se eu tivesse dentes aqui em baixo....".[4]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vagina_dentata#Preservativo_feminino_anti-viola.C3.A7.C3.A3o
Durante a Copa na África do Sul em 2008 essas camisinhas femininas estavam sendo distribuídas pq já se previa que estupros correriam à solta por lá. Já pensou se a A. tivesse se precavido assim e agora estaríamos lendo um post de algum machão metendo um processo na dentata dela e queria ver uma nurseWOMAN fazendo gracinha com o machão.
ResponderExcluireu sofri abuso sexual do meu padrasto durante dois anos... começou quando eu tinha 8 anos, até os 10. ele me tratava muito bem, todo mundo confiava nele, um dia estávamos só nós dois em casa e ele quis ficar me abraçando, mas de um jeito diferente... queria ficar me encoxando (na época eu não sabia o que era isso), passando a mão por baixo do meu vestido (lembro que eu usava aqueles vestidinhos bem de menininha, de lacinhos) beijando meu pescoço... eu não gostei, fiquei assustada, não entendi o que era aquilo, e ele segurou meu braço com força e disse que se eu contasse pra alguém ele me matava... e que nem adiantava contar pq ninguém ia acreditar em mim, que menina boazinha não ficava se oferecendo pra homens. me fazia todo tipo de ameaça, dizia que se eu contasse pra alguém ele ia machucar minha irmã tb, matar meus gatinhos, destruir minha família... me chamava de prostituta infantil, coisas assim, que eu nem entendia o que eram na época.
ResponderExcluirele nunca me estuprou pq dizia que eu era muito "fechadinha" e ia me "arrombar" que eu ia sentir dor pra sentar e outras pessoas iam perceber. então ele enfiava os dedos, que doía MUITOOOO, e sangrava as vezes... lembro direitinho da primeira vez que ele fez isso, tirou meu vestido, me encostou na parede gelada do meu quarto e colocou os dedos. eu ficava olhando pros lados, apertando as mãos e me segurando pra não chorar (ele dizia que se eu ficasse chorando ia ser pior). depois falou pra eu me vestir e ficar bem quietinha...
eu era totalmente inocente, não sabia nada de sexo, nada mesmo... só pensava na escola, no ballet e nas minhas bonecas. depois disso minha vida acabou... nunca mais fui a mesma.
minha mãe soube o que aconteceu (contei pra ela quando tinha 12 anos), mas não ligou muito, disse que eu tinha que esquecer aquilo e perdoar ele, que todo mundo comete erros...
hoje to tentando me recuperar, tive e tenho muitos problemas devido a isso... tomo antidepressivo e faço terapia. casei nova com o primeiro namorado, e grávida rs, com 18 anos. hoje tenho uma filha linda que tá com 5 aninhos... sou muito preocupada com ela pq logo ela vai pra escola e eu não sei como alertar sobre perigos, acho que se acontece alguma coisa com minha princesa, EU MORRO... quando é muito pequenininho a gente fica em cima o tempo todo, mas lá com 5, 6 aninhos já estão mais independentes, fazendo amizades etc. a minha é esperta mas muito inocente, não sei ainda o que fazer...
'sou muito preocupada com ela pq logo ela vai pra escola e eu não sei como alertar sobre perigos'
ResponderExcluirNinguém sabe...mas é necessário, muito triste esse mundo...
Pergunta: por que esses anônim@s não mostram as caras, os links para os blogs, os endereços de email?
ResponderExcluirSério? Culpar a vítima? Falar para ela sair com camisinha dentada? Que ela tinha que se proteger?
Olha, culpar a vítima não é novidade não, viu?
Por que ao invés disso vocês não dão apoio? Podia ser sua filha, sua irmã, SUA MÃE!
Aliás, quero saber qual é a "culpa" de uma criança de oito anos cujo caso acompanhei. Ela foi estuprada e MORTA, com 32 (trinta e duas) facadas pelo padrasto.
Era a roupa que ela usava? Só pode, né?
A maior parte dos estupros ocorre DENTRO de casa, por pessoas CONHECIDAS.
E a culpa é da vítima?
NÃO. A culpa do estupro é DO ESTUPRADOR!
Por que a culpa é do estuprador continuaremos a agir como cordeiros no meio de lobos? jura?
ResponderExcluirQuem colocou o energúmeno do padrasto assassino e estuprador dentro de casa?
A maior parte dos estupros ocorre DENTRO de casa, por pessoas CONHECIDAS.
ResponderExcluirConhecer significa o que? saber o nome completo? Em quanto tempo se conhece uma pessoa? Vale pôr um detetive atrás pra saber o que faz nas horas vagas? Muleque que a a gente adiciona como amigo na net é conhecido? ah tá.
Anônimo 12:09
ResponderExcluirGeralmente parentes, como pai, tio, avô, irmão, primo... Só pesquisar.
Anônimo das 11:58 e 12:09
ResponderExcluir"Quem colocou o energúmeno do padrasto assassino e estuprador dentro de casa?"
Então a culpa agora é da mulher, seu merda?
Na boa, a internet deveria ser proibida pra gente da tua laia.
Passar bem!
carolinapaiva
ResponderExcluirNem te incomoda em desenhar pra essa anta. Há dois dias nós estamos explicando que o culpado é o agressor, o estuprador, o raio que o parta e ele continua se fazendo de desentendido.
coitadinhos dos homens... tão injustiçados...
ResponderExcluire a mulher pagando o pato desde Eva...
Lola,
ResponderExcluirAcabo de mudar minha filha de escola (tem 11 anos e está no 7º ano do ensino fundamental). Ela vinha sofrendo, para usar a palavra da moda, bulling, acredite, da diretora da escola.
É loira e tem um cabelão bem denso que fica bem armado quando solto. Frequentemente ela é chamada de bruxa pelos meninos.
Pois a diretora teve a coragem de dizer que ela chega na escola com o cabelo preso, comportadinha, mas durante a aula ela solta o cabelo, PROVOCANDO a reação dos meninos.
Isso mesmo. Tivemos que ouvir isso (na verdade não disse a nós, mas à psicóloga que acompanha minha filha. Se dissesse isso a mim, não sei o que faria) de uma MULHER que é a DIRETORA da escola.
Foi a gota d'água que me fez mudá-la de instituição.
Só escrevo isso para mostrar que há mulheres MUITO MAIS MACHISTAS que muitos homens por aí.
Ainda estudo a possibilidade de processá-la.
Anônimo,
ResponderExcluirdeixa de ser COVARDE e MOSTRA A SUA CARA.
Você não tem mãe, né?
Eu sou servidora pública concursada, ex-advogada (tive que cancelar a OAB para tomar posse no órgão público), formada em direito por uma das faculdades mais prestigiadas do DF.
ResponderExcluirFiz estágio no Ministério Público do Distrito Federal e na Defensoria Pública do Distrito Federal.
Estudo, ainda, violência doméstica e sexual.
E você? É o que?
Além de covarde, claro.
@vbfri é o meu nick no twitter e coloquei link para o blog que criei.
Você é quem, mesmo?? Mostra a sua cara!
seu merda
ResponderExcluirÉ claro, a mulher SEMPRE sabe que está lidando com um bandido/estuprador/agressor. Porque todas nós possuímos uma bola de cristal que desvenda os mais pérfidos desejos que passam pela cabeça do bocó.
A culpa é da mãe da menina, óbvio. Como é que eu não percebi isso antes?
Tsc, tsc...
Anônomo 14:57
ResponderExcluirOra vejam só... então devemos ver todos os homens como potenciais estupradores, né? Beleza, mas não são vocês que vivem reclamando que feministas odeiam homens, que vemos homens como vilões e o escambau?
Coerência e lógica mandam abraços do além, moço.
Outra: não sei se você sabe, mas se tivesse um modo de prevenir TODOS os crimes, não seriam necessários códigos penais, muito menos mecanismos estatais como prisões, né?
Exigir que todos adivinhem quem são estupradores só pode ser piada.
Seguindo essa mesma lógica torta, se um dia você for assaltado, atropelado, agredido, etc, a culpa será sua por não ter previstas as intenções na mente do agente.
Boa sorte com a telepatia, champs.
Jana,
ResponderExcluirÉ essa mentalidade que tem que mudar.
Você pode estar de saia, de biquíni, de short, sem calcinha. Não importa.
Não é NÃO.
Se você não quer transar, você tem o DIREITO de dizer "não". Não tem essa de "vacilo".
Será que a menina ali que foi estuprada dos 8 aos 10 "vacilou"?
E a menina que morava em bairro nobre de Brasília (Lago Sul) e foi estuprada pelo pai aos 8 anos (também?)? Pai esse que estava fazendo a tese de doutorado e, por isso, passava UMA HORA por dia com a filha, sem acompanhamento.
E as três meninas (9, 11 e 13 anos), cujo caso acompanhei, que foram estupradas durante dois anos pelo pai, PASTOR DE IGREJA, enquanto a mãe estava doente?
Elas vacilaram?
A culpa do estupro é DO ESTUPRADOR. Ponto final.
Jana
ResponderExcluirPor a culpa em ti igualmente? Ou seja, cumprir a mesma pena que o estuprador? Não denunciar um crime por ter "vacilado"?
Beber demais ao ponto de perder a consciência equivale a estuprar alguém?
Eu é que não entendo esse posicionamento de culpar a vítima pela agressão sofrida.
É claro, a mulher SEMPRE sabe que está lidando com um bandido/estuprador/agressor. Porque todas nós possuímos uma bola de cristal que desvenda os mais pérfidos desejos que passam pela cabeça do bocó.
ResponderExcluirA culpa é da mãe da menina, óbvio. Como é que eu não percebi isso antes?
A mulher tem que saber que pode estar lidando com um bandido/estuprador/agressor EM POTENCIAL. Qual é o grande problema nisso? Não custa nada checar, ficar de olho até no mais puro e confiável príncipe adorável até prova em contrário. O bandido não anda de crachá, bela.
carolinapaiva
ResponderExcluirTambém não entendo.
É a mesma coisa que culpar a pessoa por ter sido atropelada, afinal a rua é dos carros (porque ninguém é, em certo momento, pedestre, né?), ou culpar alguém por ser assaltado.
O dia em que chegarem com a arma na cabeça da pessoa eu quero ver.
Não sei se é porque eu estagiei muitos anos em áreas criminais, mas já vi cada coisa... Inclusive uma pessoa que foi assaltada dentro do estacionamento coberto de um shopping lotado na época de Natal.
Deve ter vacilado também, né? Afinal quem manda parar num estacionamento COBERTO, FECHADO, COM VÁRIAS CÂMERAS E SEGURANÇAS??
Deveria ter ficado em casa, né?
Ô raiva.
Agora, dá licença, que vou ali vomitar um pouquinho!
Será que a menina ali que foi estuprada dos 8 aos 10 "vacilou"?
ResponderExcluirEla não vacilou mas um/s adulto/s responsável/s por ela que a deixou vulnerável e acessível a um homem da familia, como pesquisou a carolinapaiva.
Lola, a moça ainda precisa de advogad@s? Anônima Beócia
ResponderExcluirseu merda
ResponderExcluirEngraçado que quando, há algum tempo, alguém falou sobre tratar todos os homens como agressores em potencial choveram acusações de misandria pra cima das srtas. precavidas.
E pode me poupar da sua ironia de meia tigela, guarde-a para os seus coleguinhas mascus.
Quando fores assaltado, roubado, agredido, faça o favor de vir aqui e contar, para que eu possa esfregar a culpa em vossa fuça.
Passar bem!
Por a culpa em ti igualmente? Ou seja, cumprir a mesma pena que o estuprador? Não denunciar um crime por ter "vacilado"?
ResponderExcluirBeber demais ao ponto de perder a consciência equivale a estuprar alguém?
Eu é que não entendo esse posicionamento de culpar a vítima pela agressão sofrida.
Você acha que eu me refiro a culpa tipificada no CP quando digo que eu tenho culpa pelo meu vacilo? não acredito.
Olha, Jana, vou te contar um segredo...
ResponderExcluirNem todo homem é estuprador. Nem todo homem é canalha.
E não existe bola de cristal.
E outra, mulheres têm que trabalhar. Às vezes o pai busca a criança na escola, às vezes leva. Às vezes a mãe vai fazer compras. E daí?
E quando é um irmão? E quando é o pai? E quando é O PADRE??
E quando é A BABÁ??
Vai fazer o que? Não ter filhos? (até agora é essa a minha opção)
@vbfri
ResponderExcluirDetalhe, que o estupro sempre é erro da mulher, né? O povo se esquece que o estupro não ocorre pela saia curta, ou pela bebida, ou por andar na rua, ou por confiar em amigos e parentes. O estupro ocorre porque o estuprador vê a mulher como objeto.
Já foi dito aqui, mas vale repetir: se essas "dicas" de não vacilar, de usar roupas conservadoras, de não beber, de não ficar sair sozinha na rua, de não "provocar" os homens, etc. funcionasse, não existiriam estupros nos países islâmicos.
A solução lógica é ensinar a todos (meninos e meninas) que não é não, que mulher não é objeto, que homem não precisa provar sua masculinidade para ninguém, etc.
'Quando fores assaltado, roubado, agredido, faça o favor de vir aqui e contar, para que eu possa esfregar a culpa em vossa fuça.'
ResponderExcluirse for pra passear na favela de rolex a culpa é dele mesmo.
Jana
ResponderExcluirNão sei oras, perguntei pra ti, já que tu obviamente iguala o teu vacilo com o estupro. Para você, devem ser coisas iguais, não? (/ironia, caso não tenha ficado claro antes)
Detalhe, que o estupro sempre é erro da mulher, né? O povo se esquece que o estupro não ocorre pela saia curta, ou pela bebida, ou por andar na rua, ou por confiar em amigos e parentes. O estupro ocorre porque o estuprador vê a mulher como objeto.
ResponderExcluirENTÃO PASSE A VER O HOMEM COMO UM ESTUPRADOR, ORA.
Anônimo disse...
ResponderExcluir"se for pra passear na favela de rolex a culpa é dele mesmo."
Tava demorando pro festival de preconceito começar...
Continue, qual é a próxima asneira? Vais dizer que a culpa toda é dos negros? Ou melhor, das mulheres negras? Diga que o problema são as mulheres negras que vieram do nordeste brasileiro, diga.
Haaa, e não esqueça de jogar um pouco da culpa nos homos também, like a Bolsonaro.
Lola, minha admiração cresce tanto quando vejo o que tens que aguentar todo santo dia...
Já foi dito aqui, mas vale repetir: se essas "dicas" de não vacilar, de usar roupas conservadoras, de não beber, de não ficar sair sozinha na rua, de não "provocar" os homens, etc. funcionasse, não existiriam estupros nos países islâmicos.
ResponderExcluirO vacilo é dar oportunidade ao estuprador. Posso andar até nua em certas ocasiões que não vai acontecer nada.
Anônimo 15:29
ResponderExcluirOlha a super lógica mascu aí, gente!
Bora ver homens como estupradores, e depois sermos chamadas de misândricas por isso (por gente como tu), né?
Novamente: coerência e lógica passam loooonge de ti, caro "estuprador".
"Detalhe, que o estupro sempre é erro da mulher, né?"
ResponderExcluirnem sempre. pode ser um erro de um homem, do pai, do irmão, do tio, do avô que não percebeu o abuso do outro parente ou amigo da família inclusive o PADRE. Quem deixa criança sozinha com padre é ruim da cabeça no último.
É horrível esse mundo em que contamos com a violência e a contrapartida que a garante, a impunidade. Mas diante da realidade eu, mulher, faço de tudo pensando que EU prefiro tentar me esquivar a ataques e abusos e ter que ir à delegacia depois. eu ajo nas duas frentes, de mulher que afirma que a culpa é sempre do estuprador, mas que tenta se acautelar. então: faço aulas de defesa pessoal; ando sempre com algo que pode ser arma na mão quando passo por uma rua mais escura (chave, caneta, cigarro aceso); só confio no meu pai e no meu irmão (são trinta anos de convivência, já vi que rola EU confiar) quando bebo muito. É o suficiente pra se manter segura? NÃO - porque existe o estuprador fdp, mas é algo. Anônima Beócia
ResponderExcluirNão entendo muito bem essas analogias com "rolex na favela". O que quer dizer isso? Eu rolex, vc favela? Sério? A mulher é um Rolex, o homem que não consegue se controlar é uma favela? E A GENTE QUE É MISÂNDRICA?!
ResponderExcluirA Carolina Paiva falou tudo: não devemos desconfiar de todos os homens, mas... devemos desconfiar de todos os homens! É essa a lógica mascu? Devemos desconfiar de nossos pais, irmãos, amigos, tios, etc etc porque eles são homens? Não fazemos isso. ISSO É SEXISMO. É chato uma feminista ter que explicar isso pra vcs. Pega mal, mascus!
Jana
ResponderExcluirO problema é que, de acordo com vocês, dar oportunidade para o estuprador é tudo: andar na rua, beber, confiar no próprio pai ou marido, ficar em casa, dormir, responder a pergunta de alguém, entrar no elevador (e alguém entrar depois).
Enfim, vocês colocam o estupro totalmente nas mãos da mulher, que deverá viver 24/7 só preocupada em não ser estuprada, ou seja, não sair de casa, não ficar em casa quando tem alguém do sexo masculino, não falar com ninguém do sexo masculino, não se relacionar com alguém do sexo masculino enfim, tudo.
:P
Bora ver homens como estupradores, e depois sermos chamadas de misândricas por isso (por gente como tu), né?
ResponderExcluirte garanto que você nem seus tutelados serão abusados. Não dê ocasião ao ladrão (que não anda de crachá tampouco).
"nem sempre. pode ser um erro de um homem, do pai, do irmão, do tio, do avô que não percebeu o abuso do outro parente ou amigo"
ResponderExcluirOu seja, o estupro não é culpa do estuprador, só da vítima e dos que não adivinharam o crime antes de ocorrer. Obrigada por deixar sua posição tão clara.
Lola, desculpe por comentar tanto, essa é a última (até pq tenho que estudar urgentemente para uma prova e alguns comentários estão me dando nos nervos), mas eu não resisti ao apontar esse absurdo aqui.
Ok, anônimo das 15:41
ResponderExcluir(agora vamos parar de falar com vc, vai que seja um estuprador... )
O problema é que, de acordo com vocês, dar oportunidade para o estuprador é tudo: andar na rua, beber, confiar no próprio pai ou marido, ficar em casa, dormir, responder a pergunta de alguém, entrar no elevador (e alguém entrar depois).
ResponderExcluirAposto que nem andar na rua você sabe. Não sabe quem vem nem quem vai.
Se eu fosse católica (não sou) e acreditasse na importância da primeira comunhão (o que não acredito) e somente padres dessem aulas de catequese, eu não deveria confiar o/a meu/minha filho/a a ele? Sendo que ele, teoricamente, representa Deus?
ResponderExcluirAí se eu falar que só deixaria meu filho com uma freira (ou professora de catequese) eu seria preconceituosa, misândrica, etc?
Então, tá, então...
Continuo firme na ideia de não ter filhos.
Hoje, depois de ter sofrido alguns abusos a minha vida toda por parte até de gente da minha família, eu vejo todos os homens como ESTUPRADORES EM POTENCIAL. Ando com um estilete no bolso sempre. E estou fazendo Muai Tai. Um dia desses numa balada, um carinha se meteu a besta comigo, me segurou e me agarrou num canto à força. Eu disse que não queria ficar com ele, que ele me soltasse, mas ele me segurou com mais força ainda, eu pensei "tá certo, amor, vou te dar o que vc quer", fingi que estava gostando, abri o ziper dele e comecei a alisar o bilau dele, quando ele menos esperou finquei minhas unhas gigantes nas bolas deles com a maior força que eu tenho em mim, e apertei com tudo, ele caiu no chão de tanta dor, e ficou lá imóvel, peguei o estilete e disse pra ele "não é não, seu filho do cabrunco". Todo mundo lá ao redor dele sem entender nada, peguei minha amiga e eu fui embora numa boa.
ResponderExcluirA Traiçoeira
Aí se eu falar que só deixaria meu filho com uma freira (ou professora de catequese) eu seria preconceituosa, misândrica, etc?
ResponderExcluirpra que falar? faça o que acha prudente e fique em paz.
traiçoeira, é isso aí. pena que não cortou o bilau do bacana.
ResponderExcluirparece que algumas pessoas são propensas a certas situações recorrentes. Uma prima foi assaltada várias vezes onde morávamos e eu nunca. Mais tarde teve a casa assaltada com todo mundo dentro. Ela teria que fazer que nem você.
Anônima Beócia,
ResponderExcluiré o suficiente. Apenas de você estar alerta, já afasta os possíveis molestadores que contam com o fator surpresa. Eu desconfio de tudo e de todos, mas nunca deixei transparecer. Dou uma desculpa qualquer e pronto.
Tá meio tarde pra comentar, mas gostaria de esclarecer que NÃO É NECESSÁRIO ADVOGADO em caso de crimes contra os costumes. Nesses casos, como determina o art. 225 do Código Penal, a ação é PÚBLICA, ou seja, movida pelo Ministério Público do Estado. Só é imprescindível a representação da vítima, o que se faz direto na Delegacia ou, se preferir, na Promotoria de Justiça. Ressalte-se que, se a vítima foi menor de 18 anos ou vulnerável, nem é preciso representação, o MP age de ofício, desde que tenha conhecimento dos fatos. O importante é produzir prova o mais rápido possível, com a realização de exame de corpo de delito (que é feito com encaminhamento de uma Delegacia), ou mesmo através de exame particular por médico, ou atestado lavrado no atendimento hospitalar. O importante é procurar ajuda o mais cedo possível para preservar a prova, até porque a presença de fluido seminal é prova cabal que houve a relação sexual, e várias lesões podem ser facilmente identificadas na hora, mas vão desaparecendo com o tempo. Resumindo: procure uma Delegacia da Mulher ou, se tiver alguma dificuldade, o Ministério Público (o Promotor de Justiça). A representação pode ser feita até seis meses após os fatos, mas o melhor é agir logo, para não perder a prova.
ResponderExcluirNossa, o caso Madeleine McCain não sai da mídia. O que vocês acham desta triste história? De quem foi a culpa pelo sumiço da pequena Madeleine? Vocês deixariam seus filhos sozinhos num quarto de hotel com a porta destrancada e se mandado pro restaurante perto dali?
ResponderExcluirFoto das lesões não fazem prova?
ResponderExcluirOlá. Só acho que você não deveria ter apagado os posts de pessoas que culpam a mulher. A sociedade, grande parte dela, pensa assim, infelizmente. E, ao apagar esses posts, você pode dar a impressão contrária. Não se pode esconder o que as pessoas pensam! Mesmo quando expressam isso de maneira preconceituosa e agressiva. O nome disso é liberdade de expressão (para o bem ou para o mal).
ResponderExcluirÉ claro que a mulher do post foi uma vítima e merece todo o apoio. Foi um crime e o estuprador merece pagar por ele. Mas não me venha dizer que ela não teve NENHUMA parcela de culpa nessa história. Afinal, ela se sujeitou a isso.
Ela não é uma criança indefesa, não é um ser ingênuo.
Lamentável... Lamentável que exista esses dois tipos de gente andando por aí... Gostaria de poder contribuir com a criação e o desenvolvimento do blog de apoio. É possível da gente formar um grupo daqui e ir dividindo as tarefas?
ResponderExcluirEssas histórias, esses relatos me deixam desamparada e sem chão... é como se a gente tivesse de estar gritando e lutando o tempo todo por respeito, sem trégua, sem sossego, sem que o/a outro/a entenda que nós também somos o/a outro/a...
Força, mulherada! E aos homens companheiros de verdade - irmãos de coração e de luta - força também!
"É claro que a mulher do post foi uma vítima e merece todo o apoio. Foi um crime e o estuprador merece pagar por ele. Mas não me venha dizer que ela não teve NENHUMA parcela de culpa nessa história. Afinal, ela se sujeitou a isso.
ResponderExcluirEla não é uma criança indefesa, não é um ser ingênuo."
Pela milesima vez: a CULPA é que quem erra. E quem errou é o estuprador!!!!
E quando ela se "sujeitou" a isso? Quando saiu com ele? Quando bebeu? OU Quando quando um@ idiot@ como você acha que ela se "sujeitou"?
Bebidas e caronas não tem como efeito colateral estupro!!!
Sinceramente, o mundo estaria melhor SEM pessoas como você.
Continuando o comentário acima. Hoje um colega meu do trabalho estava achando ABSURDO o comportamento de uma prima que evitou uma carona do namorado de pouco tempo. E sei que ele é boa pessoa e tudo mais. Isso só mostra os desencontros, tem que critique por pegar carona, tem que critique por não pegar. Precisamos é que critique por ESTUPRAR!
ResponderExcluirDi
Bebidas e caronas não tem como efeito colateral estupro!!!
ResponderExcluiracho que você não leu o guestpost.
Ela não pegou carona nenhuma. Eles tiveram um encontro. isso se chama
data rape. Acorda, muié.
date rape*
ResponderExcluirSinceramente, o mundo estaria melhor SEM pessoas como você [2]
ResponderExcluirDevemos desconfiar de nossos pais, irmãos, amigos, tios, etc etc porque eles são homens?
ResponderExcluirpelo que a carolinapaiva comentou abaixo, é isso mesmo. Caiu a ficha?
Anônimo disse...
A maior parte dos estupros ocorre DENTRO de casa, por pessoas CONHECIDAS.
Conhecer significa o que? saber o nome completo? Em quanto tempo se conhece uma pessoa? Vale pôr um detetive atrás pra saber o que faz nas horas vagas? Muleque que a a gente adiciona como amigo na net é conhecido? ah tá.
3 de maio de 2012 12:09
carolinapaiva disse...
Anônimo 12:09
Geralmente parentes, como pai, tio, avô, irmão, primo... Só pesquisar.
3 de maio de 2012 13:25
A culpa fica com o estuprador e a dor, a vergonha, o trauma ficam com a estuprada. Que vantagem maria leva?
ResponderExcluirMônica, entra no meu blog, cadastre-se no grupo de apoio que eu fiz. Vamos trocar histórias...
ResponderExcluirsobrevivendoaviolencia.com
http://groups.google.com/group/sobrevivendoaviolencia
Se quiser entrar em contato por email, está lá no blog.
Beijo.
Olha, nunca passei por nada tao terrrivel mas senti uma enorme tristeza ao ler o relato. Certa vez, indo trabalhar, ouvi uma pessoa me chamando e achei que precisava de informacao ou algo do tipo... qdo me virei, tinha um nojento do lado de fora do carro se masturbando! Nunca esqueco o panico q me deu! Nao sabia o q fazer, pra onde correr. E embora nao tenha feito nada, por um segundo achei q a culpa era minha... acho q naquele momento descobri o q a palavra ultraje significava. Eh ruim demais, mesmo nao tendo sido violada fisicamente. Portanto, toda a minha solidariedade a A. Estamos todas no mesmo barco, mas a culpa NAO eh nossa!
ResponderExcluirLola, mais uma vez, OBRIGADA por me tornar um ser humano melhor - acho q tempos atras eu pensaria como a enfermeira; hj vejo q nao, nos nao estamos erradas.
M.M.
Essa comparação com o rolex é absurda e falaciosa. Mas sim, a culpa é sempre de quem inicia a agressão. Seja estupro, assalto, assassinato ou qualquer outro tipo de violência. Não tô colocando tudo no mesmo balaio, mas a culpa é SEMPRE do agressor. Quem não entende isso ou é desonesto ou é muito burro. Eu realmente espero que seja o segundo caso.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirEu acho que entendi a analogia do rolex, seria o seguinte: se vc anda na rua, despreocupada com seus pertences, daí alguém de furta, a culpa do furto é de quem t furtou, não sua. Analogicamente, a culpa de um estupro é de quem estuprou, não da saia, da bebedeita ou de qq outro pormenor da situação.
Não, Fátima. A comparação espúria entre roubarem seu rolex e ser estuprada é a seguinte: quem usa essa analogia está dizendo que roubar em geral é errado, mas quando uma pessoa põe um rolex e vai pra favela, essa pessoa tá PEDINDO pra ser roubada, saca? Aí ela MERECE ser roubada, porque onde já se viu provocar os favelados com um relógio tão caro? Então quem fala essa besteira classista está dizendo que, EM GERAL, estuprar é errado. Mas se uma mulher sai à rua sozinha e com roupas provocantes, ela está pedindo pra ser estuprada, porque onde já se viu provocar homens sedentos por sexo e incontroláveis com um "convite" desses?
ResponderExcluirPortanto, quem faz essa analogia idiota está mesmo dizendo que mulheres são rolex, e homens são favelas. E que mulher nem deveria chegar perto de homem, porque essa é uma provocação sem tamanho.
Em outras palavras: uma analogia dessas é hiper misândrica, demonstra ódio aos homens, diz que eles (todos eles) não conseguem controlar seus impulsos sexuais e saem por aí estuprando. Mas, por incrível que pareça, são homens que odeiam feministas e nos acusam de odiar os homens que fazem essas comparações. Não são as feministas. Feminista em geral não gosta de comparar estupro com roubo, porque a violação de um corpo é algo muito mais terrível que a violação da propriedade.
diz que eles (todos eles) não conseguem controlar seus impulsos sexuais e saem por aí estuprando.
ResponderExcluirqual a parte do estuprador EM POTENCIAL que você não entendeu?
Lola,
ResponderExcluirOi. Eu entendi o que vc quis diser; espero que vc tenha percebido que não concordo com a analogia do modo como vc a descreveu (se a analogia tiver o significado que vc relatou, eu não concordo com esse significado).
Eu acho MESMO que é um verdadeiro ABSURDO colocar a culpa na vítima, que isso implica em achar que se um homem se excitar sexualmente com alguém, automaticamente terá direito a uma satisfação sexual, como se a mulher fosse 'um meio para uma finaludade'; verdadeira negação da mulher como pessoa titular de direitos e que é um fim em si mesmo.
Obrigada pela resposta.
Aí ela MERECE ser roubada, porque onde já se viu provocar os favelados com um relógio tão caro?
ResponderExcluirNé isso não. os favelados estão prestando um favor aliviando o peso de um rolex no braço d@ coitado & ajudando o ricaço a fazer caridade, que é essencial para uma vida feliz, santa e pura.
Bom, essa história é chocante e toda a minha solidariedade vai mesmo para A.
ResponderExcluirEu gostaria de deixar uma impressão que eu tive de toda essa discussão. Eu acho que todas nós concordamos que nós temos que ser atentas, que nós temos que nos prevenir e tentar fazer de tudo pra evitar a violência. Infelizmente, tudo o que a gente possa fazer não vai evitar todas as situações de perigo. Uma vez que os crimes ocorrem porque existem criminosos.
O problema de quem culpa a vítima, na minha visão, é medo. As pessoas sabem que existem monstros. E eu não to falando do cara no beco escuro, eu to falando do pai de família, do amigo que você conhece a anos, do professor. Mas as pessoas preferem acreditar que isso nunca vai acontecer com elas, porque elas estão sempre atentas. É o mecanismo que elas encontram pra tentar ser feliz nesse mundo... mas isso é puro medo. Medo porque todas nós somos vulneráveis, homens e mulheres, todas nós estamos sujeitas a situações de violência...
Mas não adianta, sabe, não adianta você dizer que isso nunca vai te acontecer, que você é mais esperta, que você saberia como se defender, que a culpa é da outra que fez isso ou fez aquilo. Isso pode te fazer dormir a noite, mas não vai evitar que amanhã ou depois você seja a vítima de qualquer crime. Só vai fazer você sofrer bem mais tentando entender onde foi que você errou.
Então, entenda, você não errou, ela não errou, todo mundo queria o melhor e fez tudo o que podia pra evitar que as coisas ruins acontecessem, mas coisas ruins acontecem o tempo todo. E elas acontecem por causa das pessoas ruins e não por nossa causa.
Gente, vi um caso do FBI na TV que a familia foi morta e os dois filhos menores raptados. Aí, quase no fim do episódio, eles me dizem que a porta estava destrancada à noite, todo mundo dormindo, quando o criminoso entrou pela cozinha. Putz, troquei de canal na msm hora. Perdi meu tempo assistindo aquela porra de caso em que nem trancar a maldita porta de casa no meio do mato o casal fez. Assim fica difícil ou fácil.
ResponderExcluirEu acho que todas nós concordamos que nós temos que ser atentas, que nós temos que nos prevenir e tentar fazer de tudo pra evitar a violência. Infelizmente, tudo o que a gente possa fazer não vai evitar todas as situações de perigo. Uma vez que os crimes ocorrem porque existem criminosos.
ResponderExcluirAcho que você entendeu o que não leu. Todo mundo aqui concorda que a culpa é do estuprador.
Anônimo das 22:51:
ResponderExcluirQuando é que vc vai entender que quem tem de evitar o estupro é o estuprador? É dele a obrigação de conter seus impulsos e nem me venha com essa de 'impulsos incontroláveis'.
Em países fundamentalistas islâmicos as mulheres saem vestidas dos pés à cabeça, nunca sozinhas e tem seus passos vigiados de perto: isso satisfaria, na tua opinião, o requisito 'prevenção'? Pois bem: lá também ocorrem estupros, o que demonstra que pouco importa o comportamento da vítima, ela SEMPRE poderá ser vitimada pq não tem nenhum controle sobre o comportamento de outrem. É muito difícil entender isso?
Oi, anônimo! Vocês são a mesma pessoa?
ResponderExcluirEu acho que não, então vou responder separadamente.
Anônimo 1: Eu não disse que a culpa era da vítima! Eu disse que, como não vivemos num mundo sem violência, a gente tem que tomar cuidado sim. Todo mundo sabe disso. Mas justamente, não adianta todo o cuidado do mundo, as coisas vão acontecer mesmo assim por causa dos criminosos.
Anônimo 2: O que eu queria que você entendesse é que se essa moça tomasse todo o cuidado do mundo, ela poderia até não ter sido a vítima, mas com certeza outra pessoa seria. Porque o cara com quem ela saiu é um estuprador e estupradores estupram. Não tem como todas as pessoas serem atentas o tempo inteiro. Uma hora ou outra, alguém vai ser a vítima. E ai? Ai a culpa vai ser dela? Porque ela piscou? A violência existe por causa das pessoas que perpetuam a violência.
Vamos fazer um experimento mental. Em um mundo que ninguém desse nenhum mole, mas existissem estupradores. Você não acha que eles iam dar um jeito de estuprar alguém? Agora em um outro mundo, em que ninguém ficasse atento a nada, só ficasse de porta destrancada, andasse em qualquer lugar a qualquer hora, relax total. Mas não existisse nenhum estuprador. Nesse outro mundo, alguém seria estuprado?
É simples... só pensar...
Viu isso, Lola? http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18901/para+arcebispo+espanhol+mulher+que+aborta+merece+ser+estuprada.shtml
ResponderExcluirAcho que perdi parte da conversa.
ResponderExcluirBom... anyway... te amo, Lola!! Mas o chico é meu, tá? hehehhehee
Anônimo 1: Eu entendi, claro. Mas eu to falando pras pessoas que culpam a vítima e não pras pessoas que entenderam. Por mais que a gente quisesse sair por ai na tranquilidade, a gente não sai, porque a gente tem medo da violência. A gente fica atento, olha pros dois lados, evita sair a noite, evita falar com estranhos. Quando a gente tem filhas, a gente passa essas coisas pra elas também. Porque a gente tem medo e isso é normal.
ResponderExcluirEu conheço muitas pessoas que culpam as vítimas e não são trolls. E o que eu penso delas não é que elas são malucas, más, etc. É só que esse é um mecanismo de defesa contra um próprio medo. Se você põe a culpa na vítima, você não se identifica com ela, você pensa que isso não vai acontecer com você porque você não vai dar esse mole.
Só que isso não é verdade. Mas também não é verdade que porque a culpa é do criminoso, então a gente pode sair por ai dando mole. Mas como eu disse, ninguém faz isso, ninguém confia sempre, porque todas nós temos medo. Só que, infelizmente, toda a nossa precaução não é suficiente.
Concordamos agora?
Bom, eu já esqueci a porta de meu apto aberta; pq, como tentou mostrar a Clarisse, somos falhos, erramos e é qse impossível ficar vigilante o tempo TODO. Só que, pelo fato de termos esquecido a porta de casa aberta, isso jamais justificaria alguém fazer mal a mim, meu marido e minha filha, de modo que pôr a culpa nos vitimados implica sim em inversão de valores.
ResponderExcluirEu já esqueci o carro da minha mãe destrancado no centro enquanto eu ia no cinema... =(
ResponderExcluir(ainda bem que ela não entra na internet, porque ela nunca ficou sabendo disso, já que nada aconteceu)
Agora eu entendi que a Lola deve estar apagando a mensagem desse anônimo ai, que deve ser troll...
ResponderExcluirDesculpa! É que como eu não sei quem são, eu to achando que é tudo o anônimo 1...
O que a moça pode fazer: numa delegacia (da mulher OU comum) fazer a denuncia de estupro. @ delegad@ que faz o andamento do inquerito arruma advogado publico.
ResponderExcluirLigue 180 que terá informação sobre o procedimento.
Li no geral e não me atenho a nenhum comentário especificamente pq concordo com aspectos que vão me trazer ataque aqui na página e tb concordo com aspectos que vão gostar que eu concordo.
ResponderExcluirRolex e favela... taí algo que não se aplica para comparar um caso de estupro. Aliás eu nem sei pq a pessoa precisa usar relógio tão caro... acho algo besta, mas essa sou eu que nem aliança usa e nem meu marido usa. Marido não compra relógio que custa mais de 20 dólares e fim de conversa... pode comprar um que valha mais, mas paga apenas 20 pela e-bay.
Estupro... há casos em que bastaria a mulher ter se cuidado com quem anda e por onde anda e como se veste e há casos que não haveria escapatória. Sim, a mulher tem que se cuidar em como se veste e para onde vai qdo se veste como se veste e aqui faço uma analogia. -- Qdo estamos por detrás de um volante temos de cuidar de nós mesm@s e tb com @ motorista do outro carro, pois qdo houver um acidente mesmo que a culpa seja do outro lado e eu pudesse ter evitado, ainda assim sofrerei as consqueências do acidentes, seja lá quais forem as consequências... graves ou um quase nada. Bem, seja lá como quer que tenha ocorrido o estupro, acho que o estuprador tem de pagar pelo seu vil ato... e acho que a mulher deve se cuidar o melhor possível... o melhor possível não é nada mais e nada menos do que o melhor possível.
Agora, em outra pauta... das profundezas... De Profundis, de Oscar Wilde. Acabei de ler, com comentários trocados com uma amiga virtual do Rio... além de finalmente ler a carta em si (o texto é uma carta), descobri tb outros casos de amor homossexual entre os grandes da letras francesas... Verlaine e Rimbaud. Bem, estou trazendo isso à baila, à custa de passar por pedante, mas me autoperdoo pq afinal estou lidando com o intelecto de Oscar Wilde, o pedantismo personificado... bem, foi graças a este espaço aqui que finalmente ataquei a lista de "livros a serem lidos". Obrigada, LoLa. Obrigada Dri Caldeira.
'Eu já esqueci o carro da minha mãe destrancado no centro enquanto eu ia no cinema... =('
ResponderExcluirTa vendo, só essa carinha de tristeza no fim mostra que vc entendeu muito mais do que a maioria aqui.
Se alguém roubasse ia ser errado, óbvio, mas vc ficou triste por saber que aumentou as chances disso.
http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=25982
ResponderExcluirOlha essa matéria, Lola! que absurdo! não sei se vc já escreveu sobre o tema, mas que é recorrente, é! na minha cidade existem várias denúncias nesse sentido e nem sempre são colhidas provas suficientes para a condenação. A pessoa se aproveitar da sua condição de médico para fazer isso com outra é muito torpe, viu!
Bruxinha,
ResponderExcluirpena que o nojento do médico teve sua pena de reclusão substituída por prestação de serviço comunitário e multa. Deveria é ter ficado preso esse canalha!!
O médico brasileiro, Paulo do Santos Dutra, 52 anos, exerce a profissão em Caxias do Sul, RS, foi acusado de enganar uma paciente em seu consultório médico para aproveitar-se da mulher e manter relação sexual durante uma consulta. O médico não teve o diploma cassado e nem sequer ficou preso por falta de advogada feminista competente e capacitada e eficaz; por falta de promotora feminista competente capacitada e eficaz; por falta de juiza feminista competente capacitada e eficaz. A escassez de tais profissionais no mercado de trabalho brasileiro dificulta e até mesmo impossibilita o cumprimento da lei.
ResponderExcluirVidente
Condenação Penal de Médico por Enganar Paciente para Ter Relação Íntima
11.11.11, Jornal "O Pioneiro"
http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=25982
Enganar como?
ResponderExcluir