O chato de acompanhar uma novela é que a gente fica meio escrava da TV, precisa ver quase todo dia. E o chato de ver uma novela que não é da Globo é que você fica sem todo o aparato “jornalístico” que te conta tudo o que está acontecendo e vai acontecer, que cria o hype. Mas, enfim, venho assistindo Amor e Revolução, no SBT, há meses. Desde abril. E não sei quando vai acabar. Janeiro? A emissora já anuncia a próxima novela -– que não vou ver, lógico. Só vi esta (e acho que A&R e O Aprendiz foram os únicos programas que vi na TV este ano) por causa do tema. Afinal, vi a minissérie da Globo Anos Rebeldes, em 1992 (mantenho que sem ela não teria acontecido os caras pintadas, e sem eles, não teria acontecido o impeachment do Collor). Se A&R fosse feita e transmitida pela Globo, todo mundo estaria falando nela. A gente estaria exigindo a punição dos militares torturadores, fazendo estardalhaço pela Comissão da Verdade... Esse pessoal impune tem muita sorte da novela nunca ter passado dos 5% de ibope.
De minha parte, amei a novela. Podem falar o que quiserem, que alguns atores deixaram a desejar, que os diálogos eram fracos, que as cenas de ação eram de quinta... É novela, pô! Pra mim tanto faz se é novela da Globo, do SBT ou da Record. Não espero realismo nem de novela, nem de filme de Hollywood. Eu “suspend my disbelief” e vou fundo. E a história de A&R foi mais ou menos verdadeira. Quero dizer, houve uma ditadura militar sanguinária no Brasil (não uma ditabranda, como quis reescrever um jornal). Houve tortura. Houve guerrilheiros que lutaram contra ela. Certo, esses guerrilheiros certamente não estavam lutando em abril de 1964, ao contrário do que a novela mostrou. Mas A&R foi totalmente de esquerda. Os vilões foram os militares e torturadores do Dops.Como sempre, vilão é o papel mais suculento das tramas, e em A&R quem brilhou foi o Nico Puig, como o Major Filinto. Aliás, gostei também de seu pai, o general Guerra (Reinaldo Gonzaga). Só não me perdoo por ter passado a novela inteira achando que quem fazia a mãe do major e também do mocinho bobalhão da história era a Nívea Maria (não era, era a Glauce Graieb). A novela teve várias crises longe das câmeras, nos bastidores mesmo. Primeiro cometeu-se a besteira extraordinária de picotar os depoimentos de personagens reais no final de cada capítulo. Mais pra frente, simplesmente tiraram esses depoimentos, que eram fenomenais. Alegaram terem tirado porque só gente de esquerda aceitou depor. O pessoal de direita não teve coragem de dar as caras e defender suas atrocidades. Olha, dane-se. Se eles foram convidados a gravar depoimentos e se recusaram, problema deles. Não tem que haver equilíbrio ideológico em obra nenhuma, ainda mais quando falamos de uma ditadura militar.Depois a novela ficou mais light, menos política. Parece que muita gente reclamou das cenas de tortura (definitivamente exageradas, mas realistas) nas primeiras semanas de novela. Aí o autor Tiago Santiago decidiu cortar todas as cenas de tortura, até chegar ao final ridículo em que os investigadores do Dops giravam a vítima de um lado pro outro. Havia outros momentos absurdos, como o fato de todo mundo em fuga se esconder da polícia sempre nos mesmos lugares: na igreja, na cantina, no teatro, e no apartamento da família Paixão (um lugar um tanto estranho, considerando que a filha, mocinha da novela, era uma militante política, e o pai, um jornalista contra o regime). Também não é segredo pra ninguém que o maior sucesso da novela foi ter protagonizado o primeiro beijo lésbico. O autor se entusiasmou com a audiência, disse que haveria também um beijo gay (entre o diretor de teatro e o carcerário, que chegaram a formar um par, com direito a algumas discussões interessantes partindo do filho carcerário, pedindo pro seu pai militar aceitá-lo como ele é). Aconteceu alguma coisa que não saberemos (ordens de cima, do dono do emissora? Censura da grossa? Rejeição do público?), mas de repente toda essa subtrama gay foi relegada a segundo plano. O produtor de teatro praticamente sumiu. Seu beijo nunca foi mostrado. E todo o desenvolvimento do casal lésbico foi só falado, nunca mais exposto. O autor chegou a anunciar um segundo beijo lésbico, que pelo jeito foi gravado -- e nunca foi ao ar. Como muitas tramas na novela (principalmente a dos padres), a da advogada Marcela (Luciana Vendramini), lésbica assumida, precisando fingir pros seus pais que ela iria se casar com um homem também virou mote cômico. Até aí ainda vai. O problema foi quando ela decidiu transar com um jornalista, partindo o coração de sua paixão, Marina (que demorou um tempão pra aceitar que estava apaixonada por uma mulher).O que eu vi nesta semana e na última foi um total retrocesso: Marcela se deixando seduzir por Mário, que a vê como virgem (porque ela nunca foi pra cama com um homem!); ela fora da personagem, frágil e insegura. Só aí que eu me toquei: a noite de sexo entre Marcela e Mário servirá para que ela engravide. O final feliz obviamente será entre ela e Marina, a dona do jornal (e a atriz mais bonita da novela, Giselle Tigre), que juntas criarão um bebê.Ótimo, legal, mas convenhamos: havia mil e uma formas de obter o mesmo resultado (uma gravidez) sem toda essa ladainha de “você não fez sexo até transar com um homem, mocinha”. E eu tô chutando tudo isso. Li também que é o público que vai decidir com quem Marcela vai ficar. Putz, um autor de novela não tem que ser democrático! Ele criou esse universo ficcional; cabe a ele decidir o que será do casal lésbico. Deixar a decisão pros espectadores é como fazer plebiscito pra maioria decidir se vai ou não conceder os mesmos direitos constitucionais a uma minoria. Toda essa confusão de Marcela, lésbica durante toda sua vida, apaixonada por Marina desde o início da novela, de repente querer transar com um pamonha feito o Mário foi um belo derrapão na última fase, sem dúvida. Porém, o saldo geral é extremamente positivo. Foi uma novela feminista e de esquerda. Muitas mulheres fortes e decididas na trama, a começar pela heroína, que fez treinamento de guerrilha em Cuba e é anos-luz mais inteligente e preparada pra luta que seu par romântico.Lúcia Veríssimo foi outra que interpretou uma guerrilheira, com direito a uma coluna feminista num jornal! Um rapaz lindo com metade da sua idade se apaixona por ela, e ela trai seu marido, o também guerrilheiro Batistelli (Licurgo Spinola), que é comunista mas machista, explicando-lhe: “Meu corpo não é de ninguém. Ou melhor, ele é meu. Só meu”.Outra adepta do amor livre é a atriz Stela (Joana Limaverde), que vive brigando com o namorado por não aceitar ser só dele. Lá no meio da trama ela faz um aborto, que rende inúmeros bons debates, e surprise surprise, sua personagem não é punida por isso! E, ainda no primeiro semestre, uma estudante (que logo também entraria pra luta armada) é beijada à força por um rapaz. Contrariando todos os clichês de que a donzela será domada, ela morde a língua dele e lhe diz: “Assim você aprende a nunca mais tentar calar minha boca com um beijo”. E por aí vai. Amor e Revolução é uma prova de que a televisão pode influenciar corações e mentes de forma positiva. Eu ficarei com saudades. Mas, por favor, não permitam que a novela tenha um final tão infeliz, esse da lésbica assumida ficar com um homem só porque é isso que a sociedade espera das lésbicas -- que sejam salvas.
Eu acompanhei Amor & revolução até a parte do aborto da Estela. Eu gostava muito da novela, achava ousada. O que me desencantou foi justamente a falta de ousadia que a trama foi ganhando com o tempo. O lance da Marina e da Marcela, a falta de coragem com o destino do padre Bento (pra mim era óbvio que ele era gay, principalmehte quando ficava de olho em Batistele) e a grande parte de personagens chatos. Basicamente eu só via pelas cenas da Jandira e Batistele (podia ser machista, mas era um machista fofo e gostoso XD), padre Bento, Marcela, Guerra e Feliciana. A retirada dos depoimentos decretou o fim pra mim. Uma pena.
ResponderExcluirPS:Morri com sua confusão com a atriz que interpretava a mãe do José hahahahahha!
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ResponderExcluirRealmente, as cenas de tortura foram deixando a desejar... não acompanhei a novela pois estava em ano de vestibular, mas, numa das 'vez ou outra' em que assisti, vi um erro gravíssimo. Teve uma cena em que a Joana Limaverde se declarava pro namorado antes de uma sessão de tortura, e, comovidos, os torturadores decidiram não cometer nenhuma violência logo após aquele momento emocionante. Aquilo para mim mostrou bem para quê a novela foi feita: explicar que os torturadores não eram tão maus e que a ditadura foi uma boa maneira de impedir os comunistas de chegar ao poder. Isso também ficou claro quando o Sílvio Santos falou, em seu programa, para a Maísa que, se nós vivessemos no socialismo, ela teria que dividir o apartamento com outras 20 pessoas. Acho que, por mais que eu tenha gostado das poucas cenas de ativismo de esquerda que assisti, a novela ajudou muito pouco quanto a influenciar as pessoas de forma positiva, já que, logo nos primeiros meses, a parte didática da novela se perdeu, ou foi cortada por uma força maior que a do autor.
ResponderExcluirEu assisti apenas a cena do beijo entre as duas (lindas, lindas) atrizes, no You Tube. Paciência pra tv, principalmente pra novela, é algo que me falta muito. Não sei, acho todas mto iguais, todas meio ridículas... Apesar de agora você me dizer que essa não é assim tão igual às outras. Mas também, o SBT pega muito mal na minha TV (coisa de pobre que só tem aquelas anteninhas que ficam acopladas na TV, sabe?? haha).
ResponderExcluirMas, por um lado, acho até bom não ter visto, agora que você nos deixou por dentro de como a trama do casal de mulheres desgringolou total. Isso me dá uma preguiiiça da humanidade, sério. Isso de que lésbicas precisam de conserto, que uma mulher só é lésbica até achar um cara que a "ensine" como deve ser; que sexo só é sexo se houver penetração, de preferência se for de um pênis... Enfim. Todo esse senso comum preconceituoso me dá preguiça, e eu, muito provavelmente, ficaria chateada com essa reviravolta da história e me recusaria a assistir o resto. Fico aqui torcendo MUITO pras duas personagens voltarem às boas no final e que o autor não estrague, pelo menos, esse plot. Essa da gravidez foi forçada, mas vou levar em consideração que a história se passa na década de 60, né isso?? Não existia inseminação artifical, e se hoje ainda é difícil pra gente adotar, imagina na época?? Impossível. Então, vá lá...
No mais, adoraria que uma novela como essa fosse produzida pela Rede Globo, que mais gente assistisse, mas a gente sabe que isso é quase impossível de acontecer.
Palavras do autor quanto ao final de Marcela e Marina: @tiagoxsantiago Recado às lésbicas que ficaram decepcionadas com Marcela: ela teve UMA experiência com Mario e depois concluiu que ela quer Marcela!
ResponderExcluirErrata: Marcela teve uma experiência com Mario e descobriu que quer mesmo a MARINA!
Dá muito o que falar...
não sei se vc sabe, pelo menos não mencionou no texto, mas a atriz Glauce Graieb é irmã da Nívea Maria,e são muito parecidas; daí ser natural fazer a confusão
ResponderExcluirbjs
não assisto a novela mas tô de acordo qd vc fala sobre o desfecho gay.. retrocesso
Não assisti a novela, apenas alguns capítulos. Mas gostei do pouco que vi. Infelizmente vc tem razão, se fosse a rede Bobo, tudo seria diferente.
ResponderExcluirDetesto a SBT, tanto quanto a tv Bobo. Creio que foi algo de extraordinária qualidade para o nível da emissora, gente, o que é aquele Silvio Santos, pela mor!!!! que lixo.
Guilherme, não sei, eu vi as cenas de tortura (menos fortes) com Stela e João e elas me pareceram bem aterrorizantes, inclusive porque todos os policiais lá ficavam falando como ela era bonita e como gostariam de “interrogá-la”. A ameaça de estupro estava mais do que na cara. Do meio pro fim da novela é que as cenas de tortura foram se atenuando (o que ficou estranho, já que foi em 1968, com o AI-5, que a repressão piorou mesmo). Mas as do primeiro mês foram fortíssimas. Tanto que vários presos políticos disseram que desistiram de ver a novela porque as cenas de tortura eram terríveis demais e traziam péssimas lembranças. Não acho que a novela mostrou sem sombra de dúvida que os militares e policiais torturadores eram psicopatas. A opinião do Silvio Santos não apareceu na novela, que foi claramente de esquerda.
ResponderExcluirSério, Ana Lucia? Que bom saber que Nívea Maria e Glauce Graieb são irmãs! Eu as acho super parecidas mesmo! Quer dizer que meu engano não foi totalmente sem justificativa...
Adorei a novela e também vou sentir saudades, Lola.
ResponderExcluirUma pena o SBT colocá-la cada dia em um horário diferente!
Creio que Amor & Revolução foi um sopro de inteligência em meio à novelas tão vazias como as que passam atualmente!
Infelizmente os depoimentos e as cenas de tortura do início foram retiradas.. apesar de serem muito fortes, mostrava a realidade para pessoas de uma geração que, como eu, não passou pela ditadura militar. Uma geração que hoje eu ouço dizer 'mas meu pai diz que na época da ditadura as escolas públicas eram boas, a saúde era melhor', enfim, toda essa ladainha.
E foi uma novela feminista! Muito feminista! Mulheres fortes, todas! Algumas frases que deu gosto de ouvir, a última ontem, quando José e Maria planejavam o futuro e a Maria fez questão de exclamar: 'mas eu vou trabalhar'. Me deixa tão feliz, já que as mocinhas das novelas são sempre tão fúteis e vazias...
Enfim, está valendo acompanhar a novela.
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ResponderExcluirOh deusa, Lola você é incrível.
ResponderExcluirMe fez ter vontade de assitir a uma novela, tantos anos depois de ter deixado-as de lado.
O tema é realmente instigante.
E eu gostei muito de ver o beijo das duas gurias pelo youtube. Ainda não entendo como isso pode ser um tabu, sabe?! Me irrita. É um beijo, como o que qualquer casal dá!
Parabéns pelo post fabuloso.
Dois beijos.
Eu li recentemente um texto de um blogueiro dizendo que essa novela foi ruim e que ela pecou por mostrar somente os comunistas como bonzinhos e os militares como vilões.
ResponderExcluirPode Lola?
Obs: Não assisti A&R
Lola, sabe que é engraçado? Eu acompanhei a novela, um pouco, quando ainda estava no Brasil, principalmente por causa da história do beijo lésbico.
ResponderExcluirBom, faz um tempo, comecei a assistir uma série inglesa de FC chamada Doctor Who. É uma série voltada pra família, até infantil em alguns pontos. No fim da primeira temporada, sem mais nem menos, nem romance envolvido, rola um beijo homossexual. Assim, como se não fosse grande coisa. PORQUE NÃO É grande coisa! E pensar nesse tabu todo nas novelas me deu uma grande vergonha na hora.
Também estou acompanhando a novela. Não a assisti na TV porque não tinha televisor em casa até esta semana (o primeiro capítulo que eu vi na telinha foi o de ontem). Vi todos os outros no You Tube. Foi melhor assim, pois eu pude vê-los na hora que eu quis, e não na hora em que o SBT queria que eu visse.
ResponderExcluirAssim como você, Lola, eu também fiquei indignado com o fato de Marcela, lésbica convicta e declarada, ter transado com um homem, mais ainda com o papinho do personagem Mário ao dizer que ela era virgem porque nunca havia transado com um homem. É justamente esse o falso argumento usado para justificar o estupro corretivo contra as lésbicas - "você não gosta de homem porque nunca provou um. Quando você provar..."
Outra coisa que me deixou pasmo foi essa brincadeira de pega-pega entre os policiais do DOPS e o pessoal da luta armada. Em vários momentos, tive a impressão de que não estava vendo uma novela sobre a ditadura, mas um desenho animado de Coiote e Papa-Léguas. Foi ridículo ver, em vários momentos, os agentes do delegado Aranha deixarem escapar o pessoal da guerrilha após terem-nos cercado e dominado. Como já foi dito aqui, o objetivo foi justamente o de mostrar que as forças de repressão não foram tão cruéis como dizem por aí. Afinal de contas, os brutos também amam.
Na cena em que o Movimento Revolucionário invadiu o galpão de torturas para resgatar Odete Fiel (Gabriela Alves), eu fiquei puto em frente ao computador ao ver que os guerrilheiros, ao invés de matar os policiais, deixaram que estes recuperassem as armas e trocassem tiros com aqueles. Isso me deixou nervoso na cadeira!!!
Eu me recuso a acreditar que o pessoal que pegou em armas contra a ditadura era tão imbecil quanto esses guerrilheiros e guerrilheiras retratadas na novela. Se eram, está explicado por que eles e elas não conseguiram derrubar os generais e implantar o socialismo por essas bandas.
P.S.: por mais que se diga o contrário, houve depoimentos do pessoal da direitaça em capítulos finais da novela. Foram só dois: um do general Jarbas Passarinho, que serviu como ministro a todos os presidentes-generais, e outro do major Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, comandante da repressão à guerrilha do Araguaia.
Isso o que a Arlequina falou de Doctor Who me lembrou uma coisa que vi esses dias.
ResponderExcluirParece que o desenho animado Adventure Time - esse sim, infantil, pelo o que li - teve um episódio que deixou implícita relações entre duas personagens femininas. Quem quiser ler sobre: http://www.autostraddle.com/adventure-time-censored-for-exploring-lesbian-subtext-112941/
É claro que essa relação apresentada no subtexto nunca vai "sair do armário". Mas é incrível pensar que, pela primeira vez, houve homossexualidade - mesmo que pouca e disfarçada de uma (não tão) inocente amizade - em um desenho animado direcionado para crianças.
Eu teria, além dos motivos históricos (culpa de Marcelo Rubens Paiva e seu livro Feliz Ano Velho, na qual o trecho que fala do Desaparecimento de seu pai constava em um livro de Educação Moral e Cívica e fiquei louca para ler o livro inteiro achando que teria só ditadura), tem o motivo do meu muso Cláudio Lins estar atuando, que é pelo fato dele ser tão atencioso comigo e para isto preciso explicar o motivo deste carinho que tenho por ele, que não é gratuito só porque ele é bonito.
ResponderExcluirBom, o meu carinho com o Cláudio começa em julho do ano passado, quando do show dele no Tom Jazz. Não fui por questões financeiras mas principalmente pelo fato do meu pai, na época, estar internado. Dias antes do show, ele twitta perguntando quem iria no show e respondo que eu não iria pelos motivos citados anteriormente. No dia do show, ele me manda uma DM dizendo: “Que pena Lú, melhoras pro seu Pai. Bjs Lins”. Só descobri isto uma semana depois porque fui aprender a mexer no twitter. Óbvio que fiquei chocada, porque naquela época, eu quase não twitava para ele e ele nem me conhecia (acho que fui uma das primeiras a receber resposta dele, pois é ele que twitta, a produção só linka infos via face no twitter). Depois teve o show no Anália Franco e ele me reconhece do twitter (relato do show aqui: http://lu-bau.blogspot.com/2010/10/meu-relato-sobre-o-show-de-claudiolins_31.html ). Em fevereiro ele vai como convidado especial no show do Carlos Careqa (autor de uma música que o Cláudio Canta http://www.youtube.com/watch?v=13vf62L-IXM ) e mesmo não sendo show dele, ele avisa antes para que as fãs possam ir e prestigiar e eu e mais algumas fomos e ele nos atende mesmo assim depois do show, apesar de megaaaaaaaaaa cansado após um dia de gravação de A&R (disse que tinha feito uma cena pesada. Deduzimos que podia ter sido a cena da briga entre irmãos) em mais de 40 minutos. E em julho tem um show dele no Projeto Piano na Praça da Prefeitura de São Paulo. Eu fui mas queria ter chegado cedo para entregar um presentinho, mas perco o mapinha que tinha feito em casa e chego quase na hora do primeiro show (naquele dia teve 2. O dele foi o segundo) e com isto não consegui falar com ele. Ao final do show encontro a produtora Érica Breno que já me conhecia via twitter (não lembrava de mim no show do Anália Franco) e peço para ela entregar o meu presente para ele e que não teria nenhum problema em ele não me atender que eu entenderia o lado dele. Ela me manda esperar porque ela iria pedir para ele me atender. Com isto, se organiza uma fila para o Cláudio atender os fãs e eu acabo sendo segunda da fila. Ele atende a primeira da fila e logo me reconhece me dando um oi e quando ele termina de atender a outra fã ele vem em minha direção, esticando os braços e dizendo Luciana Bautistaaaaaaaaaaaa, me dando uma abraço super gostoso e um beijo no rosto. entrego o presentinho e ele adora (um chaveiro com o símbolo da profissão de músico). Conversamos um pouco, onde dei a sugestão de um teatro para show e peça de teatro (ele estava fazendo a peça Usufruto junto com Lúcia Veríssimo) e brinco inclusive com ele que eu levaria para ele uma torta que é direita de boa que a minha faz. Ele brinca comigo e depois ele atende outros fãs. E confesso que não esperava esta reação dele, pois na minha cabeça deveria ser ao contrário, eu tomar a iniciativa, mas foi ele que tomou e me tratou como uma pessoa especial.
Agora sobre a novela em si. Logo que começou os boatos sobre esta que seria a nova novela do Tiago Santiago (TS), fiquei preocupada, pois ele já tinha detonado o remake de Uma Rosa com Amor (crítica minha http://lu-bau.blogspot.com/2010/08/opiniao-quando-arrogancia-e-o-ego-matam.html ) e minha preocupação era como ele iria tratar este tema que é bem forte. Depois quando fiquei sabendo que o protagonista masculino seria o Cláudio me veio a preocupação da atriz a contracenar com ele, pois teria que ser uma pessoa que desse química e que teria força suficiente para e logo de cara, pelas fotos promocionais a Grazi não me agradou, pois eu não senti a química entre eles (crítica minha http://lu-bau.blogspot.com/2011/01/novela-quando-primeira-impressao-e-pior.html ). Porém nas chamadas, a novela chegou a me empolgar até pelo fato de eu perceber que ela não giraria somente em torno dos protagonistas, mas de outros personagens em si e isto me animou um pouco (http://lu-bau.blogspot.com/2011/03/o-nome-amor-e-revolucao-nao-e-so-para.html ). Vi acho que os primeiros vinte capítulos da novela e logo em seguida, por causa da internação da minha mãe, fico sem ver a novela. Quando retorno tento ver os capítulos perdidos e simplesmente me decepciono a tal ponto que desisto da novela mesmo tendo o Claudio no elenco (http://lu-bau.blogspot.com/2011/07/minha-decepcao-com-amor-e-revolucao.html ). O pouco que eu vi do Cláudio depois disto me fez ficar triste porque sinto que ele até o final não fica confortável na interpretação. Teve uma cena dia desses (a cena em que ele chega chorando pela prisão da Maria) que me deu raiva. Ele tava péssimo. Ele parecia que não estava conseguindo chorar, que forçava aquele choro. Tenho que concordar com você Lola, o pouco que eu vejo quando zapeio pelos canais é que quem tá roubando as cenas são as mulheres, mas principalmente o Filinto (homenagem ao verdadeiro Filinto da Ditadura Vargas?). O Nico tá dando show.
ResponderExcluirNão vi a novela, mas acho que ela deveria ter mostrado as atrocidades cometidas pelos guerrilheiros esquerdistas, que tinham como objetivo implementar uma ditadura dos moldes da que existe hj em Cuba.
ResponderExcluirSobre o beijo gay, segundo alguns estudiosos da tv, o primeiro beijo gay da TV foi protagonizado pelas atrizes Georgia Gomide e Vida Alves na TV Tupi e o segundo beijo gay, mas primeiro inter-racial foi na extinta TV Manchete na série Mãe de Santo http://www.youtube.com/watch?v=XZg0IG7V1gw.
ResponderExcluirNeste ano teve outros 2 beijos Gays na série Natália na qual o Cláudio é protagonista.
http://www.youtube.com/watch?v=MEvbR9PGaB4 - Este foi beijão
http://www.youtube.com/watch?v=yzZP7DLM1ms - no 06:30 foi selinho, nem sei se conta.
E agora quero ver o filme Teus Olhos Meus que o Cláudio tb atua mas ele atua como gay tb e tb disse que deu beijo. Fora que tb trata da descoberta da opção sexual. Acho interessante que algumas fãs do Cláudio não querem ver o muso atuando como gay. Isto pra mim fica claro que mesmo entre fãs dele, algumas não conseguem superar o preconceito, pq aceitam ver outros atores fazendo papel de gay ou lésbica mas ele não.
Daniel, toda ditadura, não importa de que lado é, é péssima. E Cuba, se não se abrir como está se abrindo, vai morrer por si só. Veja China: É até engraçado falar que China é comunista, mas ela tá mais pra capitalista do que de esquerda. E Cuba, finalmente, está percebendo isto, talvez um pouco tarde demais
ResponderExcluirLu, concordo em genero, numero e grau. Toda ditadura é desprezível e idefensável. Sem exceção. Pouco importa o ''lado'' dela.
ResponderExcluirLola, tem uma novela da qual sou fã até hoje e que a personagem principal é uma mocinha forte e batalhadora. É a novela Juana La Virgen.
ResponderExcluirTeve alguns temas interessantes que a novela abordou como, como ser virgem por opção, adoção de criança na tentativa de salvar casamento, mostrar que maturidade pode não ter relação com a idade. Mulheres independentes, inseminação artificial por engano (na época pareceu um absurdo, mas depois do Dr. Roger não duvido que possa acontecer), etc. Gostei muito desta novela que te falo por tudo isto, e por ter poucos personagens e que todos de alguma forma tem ligação com os protagonistas. Não é o tipo de novela que tem 200 personagens.
No começo eu não perdia sequer um capítulo, mas acabei abandonando no segundo mês. De vez em quando ainda assisto, pra não ficar tão por fora, mas ainda acho que tem mais erros que acertos.
ResponderExcluirAcho que a sinopse da novela, a trama principal e as subtramas são muito boas, mas infelizmente o desenvolvimento deixou a desejar e algumas tramas ainda beiram o ridículo (como essa vingança da personagem da Patrícia de Sabrit, tentando se passar por uma irmã gêmea. E se a coisa já é surreal, a interpretação ainda piora tudo). Tem atores ruins em papéis bons, atores ótimos em papéis ruins ou que até seriam bons se não fossem estereotipados além da conta, atores ótimos em papéis bons, mas que não tem como segurar toda a novela nas costas.
Sei que ficção não tem que ser realista, mas acho que tem que ter verossimilhança principalmente ao tratar de um tema sério, histórico, e tão recente.
Sei que ficção não tem que ser realista, mas acho que tem que ter verossimilhança principalmente ao tratar de um tema sério, histórico, e tão recente. +2
ResponderExcluirPorque é considerado errado ser de direita?
ResponderExcluirNa região onde eu moro há um canal de TV pequeno, em português de Portugal. Todos os dias há duas novelas brasileiras: uma às 18h30 e outra às 20h30. Atualmente estão dando "Baila Comigo" com Tony Ramos no papel dos gêmeos João Vítor e Quinzinho. Uma graça ver o Tony Ramos com seus 30 aninhos... Fernanda Montenegro e Raul Cortez num par romântico. A outra novela é "Passione" tb com Tony Ramos e Fernanda Montenegro 30 anos depois.
ResponderExcluir"Passione" eu acho horrível !!! disperdiçar o talento de tantos excelentes atores e atrizes num enredo pobremente escrito e muito mal dirigido... o termo 'vadia' rola entre mulheres e tb na briga de homem com mulher... vadia, vagabunda e por aí vai... e me parece que essa moda pegou pesado no Brasil.
Esse canal tb apresenta o Odorico Paraguaçu da série "O Bem Amado"... Os Trapalhões... e episódios de "Caso Verdade". Enfim, pra mim é sessão nostalgia por um lado e uma certa atualizada com as novelas novas...
Gostei muito da novela "Mirada de Mujer", da TV mexicana, de uns 10 anos qdo assisti em reprise... texto bem escrito e bem dirigido.
Sobre a abordagem CUBA que fizeram aqui nos comments, deu no noticiário que o governo cubano vai libertar 2.900 prisioneiros - imagine esse tantão de prisioneiros num país que há sei lá uns quase 50 anos ou até mais vive sob o mesmo regime com o mesmo manda-chuva! isso mostra a horripilância que é o regime comunista...
toda violência, seja lá o tipo que for, deve pagar pela consequência.. todo abuso de poder (político, religioso, familar) deve enfrentar a justiça e pagar pelo crime. sempre! mas a gente sabe que não é isso o que acontece...
ResponderExcluirLola, há dias queroi comentar sobre a novela com vc...decepção total com a Marcela ter ficado com o Mário, mas a jandira pra mim é tudo, a minha heroína, com ctza... Agora começo a gostar da Maria, achava ela meio devagar... Mas enfim, tb acho q a novela teve mais acertos q erros. Pra mim o pior foi terem cortado os depoimentos no final....
ResponderExcluirGostei de seu pensamento e concordo com muito do que dizes. Acho que um enredo como esses só o SBT teria a independência necessária para por no ar, a globo e record possui seus comprometimentos. Lamento o fato de hoje as novelas serem tolhidas por questões diversas, acredito que Amor e Revolução teria uma grande audiência se continuasse com a proposta do autor, sem os "cortes" mas assim é a tv. Vou ficar com saudades e continuo assistindo todos os dias.
ResponderExcluirCara Lola, foi realmente uma pena a novela ter sido feita no SBT que tem um histórico de nao ter compromisso com o telespectador. Me interessei pela Novela pela tematica da Ditadura, período da história brasileira que tenho grande interesse. Me instigou a possibilidade de ver um retrato fiel da realidade escondida nos porões da ditadura. As cenas de tortura eram chocantes, mas a sociedade precisa ser chocada pra ver se amadurece ideologicamente e politicamente. Os jovens de hoje precisam ser relembrados desses fatos para que vejam os ideais que moveram os jovens das gerações passadas e se inspirem a fazer protestos mais construtivos ao inves de ficarem se drogando e se alienando. É triste ver que os jovens de hoje nao possuem ideias. E a liberdade de expressão, pela qual a geração da Ditadura tanto lutou, dando a vida, hoje é usada pra difamar, agredir e matar aqueles que querem exercer a livre escolha da qual nos orgulhamos de ter em nossa Lei Maior.
ResponderExcluirÉ triste ver que a censura da ditadura, tão criticada por todos, ainda impera em pleno seculo XXI. A ousadia em mostrar temass polêmicos tem consequencias positivas e negativas, mas também geram reflexão e mudanças na forma de pensar. A Globo, mesmo com seus pudores, já provou que a ousadia gera crescimento. Quando o SBT anunciou que trataria da tematica homossexual e ousaria mostrando um beijo, que no restante do mundo, não é mais novidade, achei que a emissora estava dano um grande passo para seu crescimento e amadurecimento enquanto veículo de comunicação. Mas como de costume retrocedeu e perdeu uma excelente oportunidade de evoluir e se firmar no cenário da teledramaturgia. Ao inves de ser lembrada pela coragem, vai ficar marcada pela decepção. Realmente uma pena.
Realmente a novela começou muito bem, com cenas de tortura que eram fortes, mas que passavam verdade, enfim e ao final quando tinha os depoimentos estes na sua grande maioria amarravam com todas as cenas terríveis e nos faziam ver que realmente aquelas cenas chocantes não tinham nem um pouco de exagero.
ResponderExcluirFelizmente, Marina e Marcela ficaram juntas no final, como tinha de ser. Só faltou mais um beijo.
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