Esta quarta estive em SP rapidamente para um encontro sobre Criança e Consumo. Gostei muito, e foi ótimo conhecer mães blogueiras de várias partes do país, que também tinham sido convidadas. Claro que falou-se muito em educação, e lá pelas tantas uma jornalista carioca disse algo com que concordo totalmente: não é apenas a educação pública do nosso país que é péssima; a particular também é. Porque a gente fala tanto das escolas públicas que se esquece que as particulares estão longe de ser um modelo. Depois do evento, e antes de pegar o voo pra voltar pra Fortaleza, corri pra ver meu irmão e minha cunhada, e meu primeiro e único sobrinho até agora, o encantador Yuri, de dois meses de idade (e corpitcho de seis). Eles já estão pensando em que escola o fofo vai estudar daqui a um tempo. E as mensalidades das particulares que eles estão considerando custam (glupt) 3 mil reais. E mesmo pagando um valor tão alto, eles duvidam que conseguirão uma escola da qualidade que gostariam.
Esses dias chegou o desabafo da Renata, uma professora em SP, que pinta um quadro bastante desabonador de como profissionais qualificados são tratados.
Gostaria de relatar experiências de uma professora que sonhava em trabalhar numa instituição onde, dizem, a educação e o bem estar de alunos e professores são prioridades. Essa professora, no caso, sou eu.
Há alguns anos no serviço público, eis que surgiu a possibilidade de trabalhar em uma escola particular tida como referência de ensino em minha cidade. Desejando passar por essa experiência e iludida com aquela escola lindíssima, cheia de recursos tecnológicos, cópias à disposição e outras vantagens não encontradas na escola pública, lá fui eu, feliz e saltitante, iniciar minha jornada na escola particular.
Qual não foi a minha surpresa quando, somente depois de assinarem minha carteira de trabalho, deparei-me com salas de aula sem mesa e cadeira para os professores! Essa configuração acontece em todas as salas de aula do colégio e deixa subentendido que é proibido sentar. Isso mesmo! O professor chega, acomoda o pouco material que consegue levar para as classes em um móvel minúsculo, em cima do qual não consegue colocar mais do que alguns cadernos ou pastas empilhados. Caso precise fazer anotações, o jeito é apoiar-me numa pasta ou algo assim.
Vocês conseguem imaginar o caos que é recolher trabalhos de alunos? Você pega tudo e acomoda onde? No chão, é claro! Ao lado de sua bolsa e do seu casaco, que também ficam lá, jogados num canto qualquer da sala de aula.
Fiquei boba com essa situação e não pude deixar de conversar com outros professores a respeito disso. Todos me disseram que é isso mesmo, não se pode sentar. Percebe-se, portanto, que a escola não deseja para seu corpo docente pessoas com dificuldades de locomoção, pessoas de mais idade, mulheres grávidas, obesos ou, simplesmente, professores que se desdobram em mais de um turno e acham importante ter, ao menos, um local para apoiar o material, bolsa, trabalhos. E -- por que não? -– a própria “buzanfa” e o corpo cansado. (Afinal, professor deveria ter mais trabalho intelectual do que trabalho braçal, não?)
Questionei a direção da escola a respeito disso e fui informada de que nenhum dos professores se considerava explorado por não ter onde sentar e as aulas deles eram tão dinâmicas que eles sequer conseguiriam se sentar, caso desejassem. Ou seja, o problema era comigo mesmo, pois não ter cadeiras e mesas é algo "super legal" e eu, preguiçosa que sou, estava achando estranho à toa. Não me contive e mencionei que uma coisa é o professor não reclamar e que outra bem diferente é ele achar legal. Principalmente numa instituição em que ir contra as regras instituídas de cima para baixo pode fazer cabeças rolarem.
Conversando com outros professores sobre tais abusos pelos quais estava passando, descobri outras unidades escolares que trabalham dessa forma. A prefeitura de Barueri, por exemplo, tem uma escola considerada ótima, na qual há inspetores que cronometram o tempo que o professor fica sentado. O professor que passar mais de cinco minutos por aula sentado leva advertência.
Posso mencionar diversos outros absurdos com os quais me deparei, mas vou me deter em apenas alguns. Há mais de uma unidade do referido colégio em minha cidade e nós temos, obrigatoriamente, que nos deslocar entre elas. A exigência de locomoção para outras unidades não obedece ao tempo de deslocamento mínimo de uma hora, como ocorre em instituições do Estado e da Prefeitura. Todos os professores têm que se deslocar, em veículo próprio, durante o intervalo.
Mais um desabafo: todo e qualquer dia eles colocam alguém da instituição para assistir às minhas aulas e depois questionar tudo o que eu faço. Se entrassem apenas a supervisora ou a coordenadora da escola, até teria algum motivo, vá lá. No entanto, já entraram em sala de aula inclusive secretárias e inspetores para analisar o que eu faço. Aqui é válido lembrar que me ligaram numa segunda-feira de manhã pedindo que eu fosse lá na hora seguinte para iniciar as aulas. Nunca marcaram um horário para me dizer o que pode e o que não pode ser feito. Além disso, esse povo não é pedagogo nem licenciado em nenhuma disciplina. Eu sou formada pela USP e fiz meu mestrado em Educação lá também. Caso eu faça algo "inconcebível" para a escola (inconcebível só lá e puramente aceitável em qualquer estabelecimento normal, claro) lá vem a coordenadora me "descascar", sem o menor pudor.
Um dia, fui acusada de gritar com os alunos e dar berros ouvidos na escola inteira quando tentava interceder numa briga travada entre dois alunos. E eu que não conhecia esse alcance da minha voz! Talvez eu devesse ser tenor de ópera... ou então poderia me inscrever no “Se vira nos trinta” do Faustão e quebrar o maior número de vidraças em 30 segundos. Seria um “estouro” (ah, essas palavras que podem ser entendidas literalmente e metaforicamente...)
A cada dia, uma nova ponderação absolutamente descabida a meu respeito era feita. Logo eu, que sempre me orgulhei de ser uma boa professora, estava passando por aquela situação. Saía da escola emocionalmente abalada e levei duas semanas para conseguir dizer tudo o que estava entalado em minha garganta. Nesse pequeno período, já estava começando a ceder ao assédio moral e havia momentos em que colocava em dúvida minha postura como educadora. Questiono-me acerca das razões que me levaram a aguentar ficar calada por 15 dias. E a cada dia, a cada aula, a cada manifestação equivocada que fizeram a meu respeito e jogaram na minha cara, eu perdia um pouco de minha dignidade. De onde tais instituições tiram essas ideais "geniais” para colocar em prática? Qual é a pedagogia de boteco que embasa tudo isso? Por que alguns professores se submetem a tal exploração?
Agora que já avisei que não continuarei com as turmas, preciso que encontrem alguém para me substituir. E se não encontrarem tão cedo, eu preciso me desgastar num colégio que não valoriza o corpo docente por mais quantos dias?
As empresas (é isso que essa instituição é) juram que nos três meses de experiência elas é quem estão nos avaliando. Esquecem-se de que nós, trabalhadores, também estamos avaliando se essas empresas servem para nossa vida.
Para o leitor que se pergunta qual é o mega salário que essa instituição oferece, aí vai: 12 reais a hora/aula para os novos contratados. Talvez isso justifique o assédio moral que nos impingem, pois só um professor convencido de sua falta de valor e de mérito pode aceitar trabalhar nessas condições.
Gostaria de relatar experiências de uma professora que sonhava em trabalhar numa instituição onde, dizem, a educação e o bem estar de alunos e professores são prioridades. Essa professora, no caso, sou eu.
Há alguns anos no serviço público, eis que surgiu a possibilidade de trabalhar em uma escola particular tida como referência de ensino em minha cidade. Desejando passar por essa experiência e iludida com aquela escola lindíssima, cheia de recursos tecnológicos, cópias à disposição e outras vantagens não encontradas na escola pública, lá fui eu, feliz e saltitante, iniciar minha jornada na escola particular.
Qual não foi a minha surpresa quando, somente depois de assinarem minha carteira de trabalho, deparei-me com salas de aula sem mesa e cadeira para os professores! Essa configuração acontece em todas as salas de aula do colégio e deixa subentendido que é proibido sentar. Isso mesmo! O professor chega, acomoda o pouco material que consegue levar para as classes em um móvel minúsculo, em cima do qual não consegue colocar mais do que alguns cadernos ou pastas empilhados. Caso precise fazer anotações, o jeito é apoiar-me numa pasta ou algo assim.
Vocês conseguem imaginar o caos que é recolher trabalhos de alunos? Você pega tudo e acomoda onde? No chão, é claro! Ao lado de sua bolsa e do seu casaco, que também ficam lá, jogados num canto qualquer da sala de aula.
Fiquei boba com essa situação e não pude deixar de conversar com outros professores a respeito disso. Todos me disseram que é isso mesmo, não se pode sentar. Percebe-se, portanto, que a escola não deseja para seu corpo docente pessoas com dificuldades de locomoção, pessoas de mais idade, mulheres grávidas, obesos ou, simplesmente, professores que se desdobram em mais de um turno e acham importante ter, ao menos, um local para apoiar o material, bolsa, trabalhos. E -- por que não? -– a própria “buzanfa” e o corpo cansado. (Afinal, professor deveria ter mais trabalho intelectual do que trabalho braçal, não?)
Questionei a direção da escola a respeito disso e fui informada de que nenhum dos professores se considerava explorado por não ter onde sentar e as aulas deles eram tão dinâmicas que eles sequer conseguiriam se sentar, caso desejassem. Ou seja, o problema era comigo mesmo, pois não ter cadeiras e mesas é algo "super legal" e eu, preguiçosa que sou, estava achando estranho à toa. Não me contive e mencionei que uma coisa é o professor não reclamar e que outra bem diferente é ele achar legal. Principalmente numa instituição em que ir contra as regras instituídas de cima para baixo pode fazer cabeças rolarem.
Conversando com outros professores sobre tais abusos pelos quais estava passando, descobri outras unidades escolares que trabalham dessa forma. A prefeitura de Barueri, por exemplo, tem uma escola considerada ótima, na qual há inspetores que cronometram o tempo que o professor fica sentado. O professor que passar mais de cinco minutos por aula sentado leva advertência.
Posso mencionar diversos outros absurdos com os quais me deparei, mas vou me deter em apenas alguns. Há mais de uma unidade do referido colégio em minha cidade e nós temos, obrigatoriamente, que nos deslocar entre elas. A exigência de locomoção para outras unidades não obedece ao tempo de deslocamento mínimo de uma hora, como ocorre em instituições do Estado e da Prefeitura. Todos os professores têm que se deslocar, em veículo próprio, durante o intervalo.
Mais um desabafo: todo e qualquer dia eles colocam alguém da instituição para assistir às minhas aulas e depois questionar tudo o que eu faço. Se entrassem apenas a supervisora ou a coordenadora da escola, até teria algum motivo, vá lá. No entanto, já entraram em sala de aula inclusive secretárias e inspetores para analisar o que eu faço. Aqui é válido lembrar que me ligaram numa segunda-feira de manhã pedindo que eu fosse lá na hora seguinte para iniciar as aulas. Nunca marcaram um horário para me dizer o que pode e o que não pode ser feito. Além disso, esse povo não é pedagogo nem licenciado em nenhuma disciplina. Eu sou formada pela USP e fiz meu mestrado em Educação lá também. Caso eu faça algo "inconcebível" para a escola (inconcebível só lá e puramente aceitável em qualquer estabelecimento normal, claro) lá vem a coordenadora me "descascar", sem o menor pudor.
Um dia, fui acusada de gritar com os alunos e dar berros ouvidos na escola inteira quando tentava interceder numa briga travada entre dois alunos. E eu que não conhecia esse alcance da minha voz! Talvez eu devesse ser tenor de ópera... ou então poderia me inscrever no “Se vira nos trinta” do Faustão e quebrar o maior número de vidraças em 30 segundos. Seria um “estouro” (ah, essas palavras que podem ser entendidas literalmente e metaforicamente...)
A cada dia, uma nova ponderação absolutamente descabida a meu respeito era feita. Logo eu, que sempre me orgulhei de ser uma boa professora, estava passando por aquela situação. Saía da escola emocionalmente abalada e levei duas semanas para conseguir dizer tudo o que estava entalado em minha garganta. Nesse pequeno período, já estava começando a ceder ao assédio moral e havia momentos em que colocava em dúvida minha postura como educadora. Questiono-me acerca das razões que me levaram a aguentar ficar calada por 15 dias. E a cada dia, a cada aula, a cada manifestação equivocada que fizeram a meu respeito e jogaram na minha cara, eu perdia um pouco de minha dignidade. De onde tais instituições tiram essas ideais "geniais” para colocar em prática? Qual é a pedagogia de boteco que embasa tudo isso? Por que alguns professores se submetem a tal exploração?
Agora que já avisei que não continuarei com as turmas, preciso que encontrem alguém para me substituir. E se não encontrarem tão cedo, eu preciso me desgastar num colégio que não valoriza o corpo docente por mais quantos dias?
As empresas (é isso que essa instituição é) juram que nos três meses de experiência elas é quem estão nos avaliando. Esquecem-se de que nós, trabalhadores, também estamos avaliando se essas empresas servem para nossa vida.
Para o leitor que se pergunta qual é o mega salário que essa instituição oferece, aí vai: 12 reais a hora/aula para os novos contratados. Talvez isso justifique o assédio moral que nos impingem, pois só um professor convencido de sua falta de valor e de mérito pode aceitar trabalhar nessas condições.
Estudei a vida toda em escola pública e depois lecionei por um tempo em escola pública tbm. Falta tudo. Até a limpeza da escola é questionável. Mas apesar de ser uma situação mto complicada, uma escola com bem mais problemas do q a escola q eu estudei, eu era uma professora. Fui tratada como professora, pelos funcionários, pela direção, pelos pais. Na minha curta experiência em escola particular tive q aguentar coisas parecidas com o q vc contou.
ResponderExcluirLola, sou professora de escola particular e confesso que há problemas, mas não chega ao nível dessa aí!
ResponderExcluirUma das minhas maiores reclamações é que as decisões sobre educação partem de pessoas que não têm nenhuma formação como educadores nem, muitas vezes, o mínimo de bom senso.
Isso cria cada distorção que só sofrendo mesmo.
E o ensino voltado para vestibular? Mais de dez anos depois de PCN e anda só querem que a gente ensine pra vestibular.
Complicado.
Depois ainda há quem me pergunte porque não pego aula em escolas particulares. Por isso claro! E fora todo esse tipo de constrangimento a que algumas instituições nos submetem muitas vezes ainda temos que suportar gracinhas de alunos!!!! Não, obrigada, prefiro encarar instituições públicas.
ResponderExcluirUau!
ResponderExcluirDeparo-me com cenas como esta todos os dias. Amigas contanto que sofrem com esse tipo de instituição. O post está tão bem escrito que chega a ser chocante a carga de realidade. ;)
Estudei tanto em escola pública quanto particular.
ResponderExcluirA pública tem os problemas que todos sabem. Além dos problemas materiais, como prédios sem condições, material depredado, higiene e tantos outros, há ainda um modelo de educação que não atinge os alunos, principalmente os de baixa renda. Isso somado à falta de perspectiva deles gera todos os problemas de relação com a instituição e com o professor que já sabemos.
Além, é claro, de professores mal pagos e desmotivados que também desistem da "luta".
Já na particular, há a questão do ensino mecânico voltado para o mercado e o vestibular, onde não se ensina a pensar ou ter senso crítico.
Estudei numa escola religiosa razoavelmente tradicional, mas até bem liberal.
E há ainda agora a "escola-empresa", onde o "cliente" tem sempre razão e o único objetivo é fazê-los passar no vestibular. Se o aluno não tem educação de casa ou controle, a culpa é do professor. É ensino "por produção".
Essa coisa de medir quanto tempo o professor ficar sentado me lembra o Taylorismo.
Paulo Freire deve estar se revirando no túmulo =/
Eu tb estudei a vida toda em escola publica. Apesar de eventuais problemas de estrutura, sempre foi agraciado com otimos professores.
ResponderExcluirÉ triste ver como ser professor se tornou uma profissão de riscos. Não apenas são desvalorizados, mas tb tem que enfrentar a má educação que alguns alunos trazem de casa.
Acontece nas escolas publicas tb, mas nas particulares parecem ser mais frequentes os jovens que encaram os professores como empregados pessoais (meus pais estão pagando, virou desculpa para todo tipo de pessimo comportamento) ao inves de educadores.
Basta ver a quantia de noticias sobre professores agredidos e até mesmo mortos, por alunos e pais que que se revoltam com uma nota baixa ou mesmo com uma chamada de atenção.
É necessario toda uma mudança, cultura inclusive para que a educação seja valorizada como se deve.
Putz, que indignante isso. Meus parabéns por ter aguentado calada 15 dias!
ResponderExcluirAcho a maior besteira essa de professor ficar em pé o tempo todo. Quer dizer, como aluna, isso sempre me angustiou, como professora também. Parece atitude de quem quer controlar tudo! Não suporto isso!
Não sei o que te dizer, apenas que compartilho da tua indignação e decepção. Isso tudo é realmente triste pra pessoas que gostam de ensinar e confiam em seu trabalho, é lamentável ver instituições destruindo o ato de educar.
Escolas particulares são empresas MESMO. A escola púbica é muito detratada pela mídia, mas quem trabalha com educação SABE que é lá onde o trabalho pedagógico pode ser, de fato, realizado. Apesar de todos os pesares.
ResponderExcluirLamentável! A escola virou uma empresa, onde o foco é o lucro e nada mais importa!
ResponderExcluirLola, e o que os outros professores falaram para você, quando os perguntou sobre o que achavam de trabalhar em pé, sem ao menos ter um lugar para apoiar os materiais?
Isso é na sala de aula e em empresas de todo tipo.
ResponderExcluirQuem contrata acha que é seu dono, que pode te explorar de várias maneiras e menosprezar seu conteúdo.
(Um exemplo BEM besta: eu sou aux. adm. e antes, aqui tinha um caderno de ponto. Eu escrevia as horas como 8h ou 12h não 8:00 sabe? E ai um gerente se achou no direito de falar que eu DEVERIA escrever com os dois pontos e não com o H, sendo que o correto é com o H. Eu dei uma risadinha e continuei com meu H).
Enfim...
Eu acho mesmo que o que eu gostaria de fazer é pedagogia (sou graduada em Secretariado) porque seria algo que eu me imagino fazendo e que eu iria gostar, mas confesso que saber das condições dos professores, me faz pensar MUITO, mil vezes.
Ontem, estava conversando com uma amiga, que faz Direito e está no último ano, ela me disse o que muitos quase recém-formados falam "faculdade é uma ilusão" porque nós entramos achando que será algo tão bom, que poderemos exercer uma carreira que gostamos e encontramos esse tipo de coisa no caminho.
E de fato, mta gente que eu conheço, que fez pedagogia, diz que escola particular não é aquele mar de rosas não, que professor tem que ficar de mãos atadas e sempre tem um para cobrar: seja o diretor, o inspetor, a secretária ou os pais...é um bombardeio de cobranças e mtas delas, sem cabimento.
Ainda tem aquela imagem que "é só professor" como se o profissional tivesse chegado ali com facilidade, não tivesse estudado e fosse pura obrigação de seguir tudo "da forma que tem que ser".
Juliana, concordo completamente com vc: "...é lá onde o trabalho pedagógico pode ser, de fato, realizado. Apesar de todos os pesares"
ResponderExcluirFalando de educação, uma matéria interessante sobre mudanças no ensino médio no RS. Me pareceu uma iniciativa interessante:
ResponderExcluirhttp://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/rio-grande-do-sul-vai-mudar-ensino-medio/n1597263040987.html
E pra todo mundo que foi estudar alguma das áreas ligadas com a docência, quem nunca ouviu a célebre indagação: "Mas... você vai ser professor?" [insira aqui a expressão de desprezo]
Depoimento importantíssimo, estou repassando. E parabéns à professora. Se todos resistissem ao assédio moral, esses exploradores da educação já teriam falido.
ResponderExcluirNunca é demais lembrar: educação não rima com lucro.
Não estou dizendo que essas denúncias não são válidas, nem querendo fazer uma competição de desgraça pra ver quem se ferra mais; mas, mesmo com tudo isso, é claro que uma professora ainda terá condições de trabalho MUITO melhores numa escola particular média do que numa pública média.
ResponderExcluirMas, sobre escolas particulares, tem uma coisa que tslvez não tenha acontecido com essa professora, mas aconteceu com a minha mãe quando ela deu aula numa escolinha particular, que tem a ver com o fato da escola ser (ou agir como) uma empresa: alguns alunos (e pais dos mesmos) que tratam as professoras como subordinadas a eles, pelo fato deles pagarem uma mensalidade.
No caso da minha mãe, ela não teve esse problema com pais ou mães de alunos, mas ela contou uma vez que um aluno (da quarta série) jogou um livro ou caderno no chão e mandou minha mãe pegá-lo pra ele, já que "o pai dele paga ela".
Lucas é verdade mesmo o que você disse. No começo do ano, prestei vestibular para Letras. Minha turma foi fechada por falta de alunos e a faculdade tentou a todo custo me convencer a mudar de curso.
ResponderExcluirFui procurar outras universidades e 90% ou não ofereciam ou não tinham conseguido "formar" a turma de Letras, nem para as outras graduações relacionadas a docência.
Infelizmente foi mais um motivo para eu desistir e mudar a carreira!
Se a desvalorização continuar nesse ritmo, daqui a pouco não teremos mais nenhum bom professor!
Alberto, acho que a escola particular, se diferencia da pública, pois um aluno que agride um professor na pública pode até ir parar no conselho tutelar, mas a professora às vezes fica com medo de denunciar e ter a gangue do aluno atrás delas, enquanto na particular, se um aluno agredir um professor, ele ou o pai vão a julgamento, e a coisa é aparentemente um pouco mais civilizada... Mas lembre-se que esse aluno terá um advogado particular! E a professora ainda poderá sair como culpada!
ResponderExcluirMas a desvalorização acontece em ambas!
Enquanto eu estudava, vi coisas muito piores do que o aluno mandar a professora pegar um livro ou um caderno do chão.
Já vi aluno tentando subornar professor na frente de toda a sala... Coisa do tipo: "Tó vintão ae fêssora! Num vai aumentar minha nota? P*RR@ , meu pai já te paga, vai miguelá, qué quanto? Trintão, cinquentão?"
Ou aluno que ameaçou professor de morte e disse que ia sair ileso, pois seu pai podia pagar o melhor advogado!
Em fim... Lamentável!
Uma reclamação que já ouvi de professores de línguas que ilustra bem a mentalidade de educação como mercadoria é o famoso "eu paguei mas não aprendi". Que praticamente sempre vem de alunos que faltam, não estudam, só falam português na sala de aula, etc.
ResponderExcluirE um professor meu de francês contou pra classe uma história de dois alunos seus da época dele de aliança francesa que ligaram pra coordenação da escola pra reclamar que foram reprovados. A coordenadora passou eles de nível, contrariando o professor. Segundo ele, eles estavam no intermediário e ainda não sabiam se apresentar direito (tipo nome, idade, nacionalidade, essas coisas).
Tem muita gente que acha que pagou, aprendeu, e se esquecem de estudar. Aposto que existem pais que tratam a educação dos filhos da mesma forma.
Assim que comecei a faculdade de Letras, fui dar aula em um curso de inglês. Logo de cara, me deram 6 turmas e, no decorrer do semestre, tive que assumir algumas outras, pois vários professores novatos não aguentavam a pressão e pediam demissão. Aconteceu uma vez de me informarem, na sexta à noite, que deveria assumir uma turma no sábado pela manhã.
ResponderExcluirAlém de vááários outros abusos, um que considero o mais "engraçado" (porque é rir pra não chorar) é que havia na escola um grupo voluntário de preparação de aulas, que, ao longo do tempo, percebi que o voluntário era somente para que eles não pagassem extra aos professores, porque os que, porventura, não participassem eram penalizados de outras maneiras.
Em tempo: sou formada em Letras com habilitação em Tradução (bacharelado), do que decorre 2 fatos - 1) sempre que dizia que cursava Letras, vinha a fatídica pergunta com cara de dó "E vai ser professora?"; 2) eu e minha irmã somos muito parecidas fisicamente e tenho uma vizinha que, toda vez que me encontra no elevador, pergunta se sou a que estuda Direito. Quando dizia que estudava Letras, seu comentário se resumia a um simples "Ah..."
E esse é o valor da educação no pais!
Assedio moral! Acontece demais e acho que muito mais com mulheres! Posso dizer que tenho quase certeza!
ResponderExcluirJá sofri bastante com esse crime e sinceramente hoje em dia sinto muita dificuldade de voltar a trabalhar por causa disso. Mas, vou aprender a me defender melhor disto e superar!
Infelizmente nenhum profissional ou trabalhador esta livre de sofrer assédio moral, de cinco lugares em que trabalhei passei por isso em dois...
ResponderExcluirNo caso da comparação entre o ensino da escola pública X escola particular, posso dizer que estudei em ambas e sim a diferença da qualidade de ensino é gigantesca (ao menos na escola onde estudei, São Vicente de Paula...)em todos os sentidos.
Não à toa os professores tem padecido cada vez mais de depressão, estresse e fobia social.
ResponderExcluirSaudades, Lolinha!
ResponderExcluirAqui posso falar como aluna de escola particular.
ResponderExcluirEstudei em escolas de vários perfis. Da 1ª até a 5ª série, em uma escola católica. Tinha várias professoras (no início, só uma - a tia - que dava aula de todas as diciplinas, exceto inglês) e apesar de o colégio ser grande e tradicional, era algo bem familiar. Era uma criança na época, de modo que não posso avaliar a satisfação das profissionais.
Depois, fui para uma escola cujos donos eram os próprios professores. Era uma cooperativa de professores sabe? Foi uma das minhas escolas preferidas e alguns desses professores ganharam minha admiração e foram importantíssimos na minha formação. Sou muito grata. O ambiente era democrático, o coordenador conhecia cada um dos alunos pelo nome (nome do pai, da mãe, sabia as dificuldades de cada um.. incrível mesmo. e a escola nem era tão pequena assim, havia pelo menos 4 turmas por série, do pré até o ensino médio). O que eu gostava também eram os trabalhos voluntários. O aluno que era punido por algo, não ficava suspenso, e sim ia numa cheche carente, ou no hospital do cancer, fazer algo "útil". Eu achava bacana. Os professores se esforçavam para nos incutir criticidade, iniciativa... e muitos alunos correspondiam a isso.
No ensino médio, porém, precisei sair de lá. Não era uma escola muito voltada para a aprovação no vestibular e fui para uma escola grande, cujos alunos (turmas enormes, de 80 aprox) usavam apostila e não livro e os professores não tinham mesa (a aula durava 1h20min). Eles eram "pop stars" famosos pelo alto índice de aprovação e mensalidade igualmente alta. DETESTEI, e nem foi por conta da dificuldade. Não tive nenhuma, na verdade era a melhor aluna da classe. Meus colegas tratavam os professores como empregados (ali, foi a primeira vez que vi esse comportamento. era algo novo pra mim. nunca tinha imaginado um professor como meu subalterno). Ninguém sabia seu nome (a não ser uns poucos. havia bons professores ali, realmente preocupados em fazer aluno aprender, e não mostrar que é fodão).
Na mesma escola, havia ainda turmas de elite formada por poucos alunos. No mesmo semestre mudei pra lá (mais caro ainda) na tentativa de salvar o ano. Melhorou, mas não o suficiente. Esses professores ganhavam bem (não sei quanto, nem sei se 12R$ por hora é muito ou pouco) só sei que eles andavam com carro de luxo (tipo corolla do ano e viajavam para o nordeste todo ano nas férias).
No útlimo ano do EM, em 2006, os professores mais sérios e mais competentes dessa escola que citei foram para uma outra (filial de uma famosa escola do paraná, maxi) que abriu na cidade. Eu fui também e foi a melhor coisa que fiz. A escola era linda, as aulas eram excelentes (embora não tivesse mesa, mas havia 15 minutos de intervalo entre cada aula de 50 min, de modo que o professor não precisasse sair correndo de uma sala pra outra). Era fácil notar que todos estavam satisfeitos e empenhados em fazer a coisa dar certo. A escola não era grande também, era só EM e cursinho, poucas turmas, mensalidade cara, mas valia a pena. Deu certo, o índice de aprovação foi incrível, mas não só isso. Eles se preocupavam com o aluno: tinha psicologo a disposição, orientação vocacional, livros de literatura disponíveis, jornais e revistas, salas arejadas... enfim. Um ambiente legal impossível de se ecnontrar em escola pública.
Eu sou professora da rede pública, porém, leciono nos CELs como professora de francês, logo, a minha realidade não é como a dos professores que lecionam matérias da grade obrigatória (minha sala tem 12 alunos!). Levando em consideração a precariedade do prédio, dispomos de diversos recursos tecnológicos e, bom, eu tenho uma mesa e uma cadeira. Meus alunos são interessados e muito estudiosos, me considero uma pessoa de sorte nesse sentido.
ResponderExcluirLembro-me de uma entrevista que fiz em uma escola particular na qual a PRIMEIRA pergunta que a suposta coordenadora me fez foi "Você fuma?" e, como se isso não bastasse, ela não tinha lido meu currículo e me perguntou se eu tinha cursado faculdade de FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS. Juro!
Agora, mesmo sendo feliz em meu ambiente de trabalho, o salário é extremamente desmotivador e, há pouco, fiquei sabendo que vou ser nomeada em um concurso do Tribunal de Justiça que prestei há quatro anos... e com dor no coração de deixar meus alunos e o ensino, vou acabar me rendendo. Triste.
gente, meu comentário ficou quilométrico, rs.
ResponderExcluirO fato é que PROFESSOR é uma profissão injsutamente desvalorizada (exceto os professores de curisinho/ensino médio que servem ao mercado movido pelo vestibular).
E esses aluninhos que tratam professor como empregado, nossa, o que será que eles ouvem em casa pra agir assim na rua?! :/
Mariana, na escola q eu estudei não tinha psicologo a disposição e orientação vocacional só no último ano do EM, em um dia só pra isso, se perdesse já era. Mas tinha uma biblioteca bem completa, salas arejadas, auditório, refeitório, quadras e vários aparelhos esportivos, projetos bem bacanas (teatro, xadrez, canto, feiras de ciência), professores admiráveis. É possível sim encontrar bons ambientes em escolas públicas, embora a midia insista q isso é impossível. Claro q a gente sabe, principalmente quem estudou ou lecionou lá, q os problemas são tantos q às vezes até a gente não consegue acreditar q vai melhorar. Mas em muitas escolas, muitas mesmo, falta estrutura, falta investimento do governo, falta tudo, mas existe um ppp sério, focado no que há de mais elaborado teoricamente, q prioriza a construção do conhecimento e isso não pode ser ignorado, pq senão há o risco das escolas públicas tentarem melhorar se adequando a um modelo de escola q prioriza transmissão de conteúdo, q é o modelo de escola particular q a maioria conhece ( e acredita) e q não é nada parecido com esse modelo q vc estudou, até pq quase ninguém nesse país poderia pagar essa mensalidade q seus pais pagavam.
ResponderExcluirA questão da escola pública é muito complexa.
ResponderExcluirE a maioria esmagadora dos relatos que já ouvi de uma pedagogia diferente, inclusão dos alunos, trabalhos com a comunidade, saiu exclusivamente de um esforço dos professores e da diretoria.
As mudanças tem que partir de baixo pra cima, e isso é muito complicado por causa da burocracia, e ainda mais quando os superiores (burocratas e ultrapassados) vão contra qualquer idéia de inovação.
Já na particular, é aquela coisa... não necessariamente uma pedagogia moderna vai servir muito bem ao modelo do vestibular, então pra eles pode afetar o lucro. E sem lucro, nada faz sentido numa empresa.
Ola Lola, meu primeiro comentário nesse blog, olha, muito bom vc tá de parabéns.
ResponderExcluirSobre o texto, eu como educadora tb fico revoltada com a forma com que somos tratados como babás! Coisas, não temos um pingo de dignidade, dentro e fora da sala de aula.
Os pais hoje em dia só querem botar um filho no mundo para cumprir uma meta do que se espera de uma pessoa "normal", casar-procriar, depois o que vai acontecer com este rebento não será problema deles mas de algum profissional otário.
Para esses pais desnaturados somos isso mesmo, uns otarios!
Eu peguei afastamento, estou gravida e não vou ficar me sujeitando a trabalhar assim de pé! Felizmente no meu caso, não estou necessitada a esse ponto, mas eu choro por colegas, pessoas maravilhosas que não tem a mesma possibilidade do que eu, tudo isso me revolta
abraços Lola e demais comentaristas
PS: leu meu email Lola? não to te cobrando uma resposta so gostaria de saber se leu...abçs
Bruna,
ResponderExcluirRealmente foi equivocado eu falar que um ambiente tão propício ao aprendizado formal e também a formação e crescimento como pessoa é simplemente impossível de se encontrar em escola pública.
Claro que não é. Existem excessões (na verdade, até a minha escola é uma raridade, a maioria das particulares não é assim).
Mas eu vou falar algo aqui que acredito que vá gerar polêmica. Eu não vou eximir o governo que deixa de investir o que deveria em educação, infraestrutura e tudo mais. Mas uma parcela de culpa é também do profissional que está lá, lidando direta e diaramente com o aluno. ORAS, por que algumas escolas públicas funcionam e outras não, se o investimento é deficitário em todas?!
Outro dia o fantástico fez uma reportagem interessante. Mostrou em várias cidades a melhor e a pior escola púbica. Geralmente, ambas eram de periferia e recebiam poucos recursos. A diferença estava na atitude dos professores e dos pais. O "fator humano" conta muito.
A grande desculpa desses pais é: "eu trabalho o dia todo, não tenho tempo pra olhar caderno e tals". ORAS, meus pais também trabalhavam o dia todo. Não é porque estudei em escolas caras que meus pais são ricos que não precisam trabalhar (as vezes as pessoas tem essa imagem absurda, né?). Eles também ficavam fora e tinham obrigações em casa depois do expediente!
Tinha uma moça que trabalhou aqui na minha casa por um tempo, como doméstica, e ela tinha um filho. E eu vi que o fato dela ser pobre não impedia dela se importar com a educação do filho. Ela olhava caderno, pagava aula particular (não tinha celular nem bolsa bonitinha).
E lá em casa também: pra pagar mensalidade cara, meus pais abriram mão de muita coisa. Não viajávamos, naõ almoçavamos fora, não comprávamos nada caro (eu era a pobre do meu colégio. As pessoas da mesma classe social que eu não estudavam nas escolas que eu estudava, os pais preferiram gastar o dinheiro com viagem e essas coisas).
E OS PROFESSORES, a mesma coisa. Falta atitude também. Uma unica vez na vida, tive que estudar um semestre numa escola pública. O plano era ficar o ano todo, mas minha mãe já estava em desespero pela falta de tarefas (estava na quinta série). Professores faltavam muito, muito mesmo! Era coisa absurda. Acabei mudando no meio do ano para a cooperativa de professores, e foi um alívio.
Quer dizer, todo mundo tem o direito de pedir aumento, não questiono isso. Professor precisa ser valorizado. MAS quando você é contratado ou presta um concurso pra dar aula em escola pública, voce já sabe quanto vai ganhar né?! E já sabe que fez um compromisso COM SEUS ALUNOS, eles precisam de vc. Eu ficava indignada... eu queria aprender e professor faltava, enrolava... isso é postura de gente desonesta.
Desculpem por esse comentário à parte, mas votem na Tainá Fuzáro para o concurso de modelo Plus Size, ela merece ganhar e nós merecemos quebrar o padrão de magreza imposto. Incentivar esses concursos tem tudo a ver com o blog...
ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=223475364383549&set=a.223475334383552.60822.173503696047383&type=3&theater
ResponderExcluirMariana, pode ser q vc seja criticada pelo q escreveu, mas eu não vou te criticar pq entendo perfeitamente o q vc está dizendo. Tem mtas questões não resolvidas nesse assunto, o sistema público de ensino no Brasil é gigantesco e o número de problemas maior ainda. Como em qualquer lugar, existem profissionais bons e ruins. Como saber se a pessoa é desonesta ou se teve uma péssima formação também? É complicado. Da mesma forma, há pais e pais, os q não tem responsabilidade e os q tem problemas...
ResponderExcluirEu não leciono mais, pretendo voltar um dia, mas tenho duvidas. Por exemplo, como melhorar a educação, nivelar por cima a qualidade das escolas, sem tirar a liberdade q o educador precisa ter dentro da sala de aula. Uma vez, dando aula em uma escola particular, o coordenador pedagógico me entregou um plano de aula pra eu aplicar. Imagina, aplicar um plano pronto, elaborado por outra pessoa, com os valores dela, com os objetivos dela. Então, como melhorar todas as escolas sem ser injusta com professores q ficaram abandonados a vida toda, sem tirar a liberdade dos professores na sala de aula e continuar focando na construção do conhecimento? Acho q é por isso e a questão do salário (q é a maior prova da valorização de um profissional0 é a primeira coisa a ser lembrada, pq não dá pra cobrar de um profissional q é desvalorizado por todos.
"Lamentável! A escola virou uma empresa, onde o foco é o lucro e nada mais importa!"
ResponderExcluirEscolas particulares são assim. Faculdades particulares são assim.
O professor não pode sentar por que precisa ser produtivo e etc. Todo esse conceito aplicado à proletários desde sei lá quando.
Olha um amigo me contou que passava por isso. Na escola que ele lecionava tinha mesa e cadeira, mas ele era vigiado o tempo todo se estava muito tempo sentado ou não. Ele falava que pra escrever no diário de classe e corrigir as lições dos alunos era horrível pq ele tinha que fazer tudo em pé.
ResponderExcluirJá onde eu leciono, em escolas municipais de Santos, tem até mais de uma cadeira e a mesa é enorme, dá pra colocar o nosso material e os trabalho que os alunos entregam. A escola é super tranquila, tem os alunos fracos e os alfabetizados e a gente tem liberdade para falar alto (qdo precisa), de ficar sentado, em pé. Eu manero muito, nem fico muito sentada e nem muito em pé. Quando eles estão fazendo alguma atividade que exije um tempo a mais, eu dou passadas pelas carteiras e sento pra aproveitar e escrver algo no diário ou corrigir atividades. Sempre levanto qdo algum aluno me chama e dou atenção necessária, caso o aluno venha até mim.
Eu não me arrependo de não trabalhar em escola particular. Com todos os problemas da escola pública, amo o que eu faço, adoro meus aluninhos e não troco uma escola toda quebrada pública, por uma particular toda bonitinha.
=)
Tem um bocado de escolas particulares que estão virando meras empresas. Eu estudei em algumas e era tudo focado no vestibular e só, fora que éramos cobrados para tirarmos boas notas no vestibular para que a escola ficasse bem na foto. Uma vez as turmas levaram esporro porque a escola caiu umas 3 colocações num ranking, aí choveram simulados, revisões, aulas aos sábados. Esse tipo de ambiente não favorece alunos nem professores.
ResponderExcluirAs escolas públicas são um caso à parte. Perto da minha casa tem duas, uma era razoável, a outra já foi referência de ótimo ensino, foi, não é mais, passou anos sucateada, o governo veio implementou algumas melhorias, mas não oferece nenhuma grande oportunidade aos alunos. Péssimo pois para a maioria é só isso que está ao alcance.
Um adendo, aqui tinha uma grande biblioteca pública que vivia lotada, alunos de diversas escolas faziam pesquisas, era interessante pois dava para fazer amizades e eram quase os mesmos que encontrávamos nos eventos esportivos entre escolas, muitas crianças ficavam lá no "cantinho da leitura", tinha roda de leituras, interpretações, autores convidados e por aí vai. Não sei o que aconteceu, os últimos governos não se interessaram em manter os projetos, minguaram e hoje a biblioteca é uma salinha com livros rasgados e desatualizados. Uma pena.
Lembrei de uma amiga que leciona em colégio particular. Ela nunca reclamou de nada no nível das coisas do post, mas ela sempre diz: a escola particular se preocupa, acima de qualquer coisa, com o bem estar do aluno e com a satisfação dos pais. O resto (saúde psicológica e social dos alunos, conteúdo útil para a vida, coerência na linha pedagógica) é supérfluo.
ResponderExcluirÉ um pensamento amargo mas, como ex-estudante de colégio particular, acredito que seja 100% verdade...
Lola :
ResponderExcluirPassei dois dias sem ler seu blog e só hoje vi o post sobre objetificaçao do homem. Sei que não é o momento mais mesmo assim :
1) Finalmente uma propaganda mostrando que a mulher curte sim o corpo masculino e sexo. Muitas feministas ficam chateadas quando dizem que mulher não gosta de sexo. Se essa questão fosse julgada através das propagandas da mídia não poderíamos negar. Essa propaganda já é um começo.
2) O que vcs chamam de objetificaçao do homem e da mulher é, simplesmente, o uso do desejo pelo corpo, pelo belo para "fins" sexuais. Gente qual o problema ? O problema é o sexo? O problema é a curtição do corpo do outro? Não pode? Sexo só pra curtir o corpo do outro não pode ? Sinceramente eu não entendo.
3) O que gera problema não é a " objetificaçao" do outro, seja homem ou mulher. O problema é quando só um é objetificado, no caso a mulher. Aí sim vc gera um estereótipo. Se só a mulher é objetificada fica subentendido que a função dela é ser objeto pro homem. Tipo assim: se homens e mulheres fazem xixi isso não serve para falar de diferenças. Mas o fato de um fazer deitado e o outro em pé sim. Parece bobo mas o que eu quero dizer é que a partir do momento em que homens e mulheres curtirem o corpo um do outro em pé de igualdade não vai mais haver sentido misturar desejo sexual com profissão, capacidade, etc. Acho que esta propaganda deu o primeiro passo.
4) Acho que a propaganda é bem pertinente. O câncer de mama afeta também a autoestima da mulher afetando sua vida sexual. E é ótimo apelar para isso pra chamar a atenção das mulheres. E se fossem mulheres chamando a atenção dos homens seria ótimo também. Poderia lembrar que o tratamento do câncer de próstata em estágio avançado pode levar a impotência e assim eles deixariam de fazer algo de que gostam muito, e, a julgar por esta propaganda, agora posso dizer que as mulheres também .
Adorei seus últimos post(s) sobre os educadores. Fantásticos.
Dito pela Mariana: "ORAS, por que algumas escolas públicas funcionam e outras não, se o investimento é deficitário em todas?!"
ResponderExcluirPorque, como disse Rubem Alves, educação não se faz com dinheiro, se faz com inteligência. E eu complemento: com inteligência, com vontade, com comprometimento, com responsabilidade, e acima de tudo, lembrando Paulo Freire, com amor.
Precisa de dinheiro? Precisa. Mas, mesmo que você tenha todo o dinheiro do mundo, sem aqueles ingredientes você não faz educação.
Bom, é simples: não é uma escola, é uma fábrica.
ResponderExcluirOs pais acreditam estar comprando uma vaga em uma universidade pública em suaves parcelas (de 132 à 204 vezes, depende da idade que a criança entra na escola). Visto como um produto (o ensino), é obrigatório que seja o melhor no menor tempo possível para a maior quantidade de pessoas. E claro, se o filho falhar, PROCOM na escola/professor. Idéia corroborada por quando entrei na USP - tive que ouvir disparates do tipo "ah, cota para escola pública... e meu pai que SOFREU tanto PAGANDO escola por todos esses anos" - entre outras pérolitas (quando o tal bônus de escola pública apenas permitiu que eu passasse numa colocação melhor do que estaria se não o tivesse).
É engraçado essa visão "fordista" do ensino, como se fosse algo colhido, envasado e repassado.
O professor é o ator principal. Tem que ser assim. É preciso um suporte, uma estrutura razoável para que se monte uma aula que consiga realizar seu devir. É preciso, no mínimo do mínimo, uma cadeira, uma mesa. Mas se ele senta, descansa. E se descansa, não produz. Se não produz, não trabalha. Aí que "time is money", né? Se vira, cambada.
Escolhi para mim a vida acadêmica, mas não de sentar a busanfa e fazer carreira como pesquisador profissional, mas de ensinar. Não é possível não se comover quando se dá aquele momento que aquele a quem você ensina aprende, quando a conexão é realizada. Aquela alegria e satisfação... sei que é "pollyânico", mas é no que tento me agarrar depois de ler as coisas escritas aqui. Preciso pensar que o amanhã, de alguma forma, vai ser melhor.
Elisa Maia disse uma verdade. Aqui mesmo em Santos tem escolas maravilhosas, que os alunos participam de todas as atividades, os pais são participativos. Depende muito da administração da escola. Tem gete que toma a direção de uma escola e faz milagre com ela. Por mais dinheiro que se tenha, se não tem inteligência, nada se resolve. Ruben Alves sempre com a palvra certa, adoro ele.
ResponderExcluirE por falar em dinheiro, eu penso que não é só com aumento de salário que a situação do professor se resolve. Não adianta eu ganhar bem e chegar na escola toda deteriorada, com reboco e luminária caindo na cabeça das crianças, um ensino deficitário, indisciplina, carência de alguns alunos e todos os problemas educacionais que a gente tá careca de saber.
=)
Olha, eu sinto discordar, mas educação se faz com dinheiro, sim. Por que tudo o mais se faz com dinheiro e só educação tem que funcionar na base do milagre e da boa vontade?
ResponderExcluirExiste uma rede pública de ensino de ótima qualidade no Brasil. Estaria classificada em 7º lugar mundial no exame PISA, à frente de França, Estados Unidos, Canadá, Suécio e Noruega.
É a rede pública federal, na qual eu estudei durante o ensino médio.
Não há milagre, não há free lunch. O orçamento médio de um Instituto Federal, por aluno, é 3,5 vezes maior do que o das escolas públicas tradicionais. No Rio Grande do Norte, um estado pobre, o IFRN investe 8 (oito) vezes mais por aluno do que a rede pública estadual.
P.S.: eu já postei sobre isso no meu blogue, Educação de qualidade custa caro.
"MAS quando você é contratado ou presta um concurso pra dar aula em escola pública, voce já sabe quanto vai ganhar né?!"
ResponderExcluirMariana, se for seguir essa lógica, logo não teremos mais professores. =)
Quanto ao que você falou da família não se importar, é o estigma de que educação não vale a pena que é perpetuado - como o machismo, por exemplo - geração após geração. Não vale dizer que agora estamos estudando mais; isso ocorreu porque veio cobrança de fora para que aumentássemos nossa capacitação. No que resultou? Ensinos técnicos travestidos de diploma superior. Educação continua subestimada.
Patrick, ninguém disse que dinheiro naõ é necessário. Claro que é, e muito.
ResponderExcluirO que trouxe para o debate foi: porque duas escolas igualmente preteridas (com pouco investimento) possuem resultados tão diferentes? AS PESSOAS FAZEM A DIFERENÇA.
Então, dinheiro é sim necessário, mas não é o único fator que faz de uma escola uma BOA escola.
GÊNEROS TEXTUAIS,
meu primo é médico e atende tanto em hospitais públicos quanto particulares. No segundo, ele recebe mais e outro dia tivemos uma discussão por ele ter falado que se dedica mais nas consultas particulares, já que ele ganha mal no setor público. ORAS, alguém está obrigando ele a trabalhar por uma quantia que ele julga baixa?! não! Ele tem o DEVER de fazer um bom trabalho lá também. PODE PEDIR AUMENTO? SIM. Os professores também. MAS DENTRO DE SALA DE AULA a peteca não pode cair. ELE tem que dar o seu melhor, sempre.
Lola e a sua doutrinação marxista!!!
ResponderExcluirAs empresa tudo ta ai fazendo esse lance de trabalhar de pé, pq tem estudos que dizem que é bom pra saude, sedentarismo ta com nada!!
LARGUEM MÃOS DE SER PREGUIÇOSOS!
saiu até link de matéria se num me engano no Estadão!!!
vão se informar!!!
Mariana, é inquestionável que qualquer profissional deve fazer seu melhor sempre. (Estendamos isso ao ser humano, quem sabe?)
ResponderExcluirQue professor deve pedir aumento, sem dúvida. Infelizmente nem "amor" nem "comprometimento" enchem barriga. O que é gritante é a necessidade de uma reforma educacional. O Estado, em vez de pagar os salarinhos lindinhos de políticos (por mim quem toma a vida pública NÃO deveria receber NADA - aí sim queria ver se a corja que está empossada agora continuaria), deveria investir maciçamente em salário de professor - atraindo talentos para a rede pública.
Enquanto professor for tratado como sub-emprego, não dá para exigir este nível de comprometimento, motivação e nem acusá-lo de lutar por condições mais favoráveis naquilo que, mesmo sabendo ao prestar concurso, ele resolveu/precisou entrar.
Pra mim o pior da escola-empresa (claro, eu como aluna e, quem sabe, futura mãe) é o foc oexagerado no vestibular.
ResponderExcluirEstudei em uma escola construtivista (isso nem é bom hoje em dia mais, é?) e recebi valores de verdadeiros educadores, que auxiliaram meus pais na minha formação.
Não passei no vestibular da federal. Estudei em uma particular que me deu toda a base pra hoje ser mestra e vislumbrar o doutorado antes mesmo dos 30 anos.
Se eu preferiria passar no vestibular? Não. O que aprendi na minha escola - em que professores sentavam, e tinham o direito até de patrocinar campeonatos de gamão (a turma era viciada, foi uma estratégia completamente válida pra que assistíssemos às aulas sem cabular pra jogar)... não tem preço. Faz parte de mim como pessoa, como cidadã.
Parabéns pelo texto, Renata. E parabéns pela excelente escolha do guest post, Lola.
Feliz dia dos professores pra nós todos.
Beijos.
Ser proibido de sentar durante a aula? E se o professor der umas cambalhotas e saltos, como a Dayane dos Santos, será que os alunos vão aprender mais?
ResponderExcluirEssas escolas particulares são tirânicas e não só com os professores. Os alunos também aprendem péssimas lições de falta de respeito e estupidez. O pior é que a maioria dos país nem percebe. Estão cegos pela ideia de que uma boa educação é a que transmite o maior número de informações no menor tempo possível.
Estudei no ensino particular e público. A escola pública em que estudei, como as universidades públicas, selecionava seus alunos e os admitia para um ensino em que os alunos quase nunca são ouvidos. O professor tem todo o poder. Se ele falta, avalia mal ou extrapola o limite do respeitável, a direção apenas dirá: ele é um servidor público. Só podemos falar com ele ou abrir uma sindicância, mais isso não é bom para nenhum de nós!
Quando era aluna do ensino particular, fui obrigada a pedir desculpa por uma redação em que critiquei a religião. Péssima ideia numa escola mantida por religiosos, mas eu só tinha 11 anos e não sabia como as coisas funcionam. Nunca soube se eles eram ruins com os professores, mas imagino que sim, dado o clima que havia na escola.
Na escola pública em que estudei, uma professora xingou a aluna de vagabunda e, como esta a repreendeu, saiu de sala e se recusou a dar aula até que a aluna pedisse desculpas a ela na frente da turma. Uma outra professora fez um escândalo porque um casal de alunas estava se abraçando no pátio. Considerou um desrespeito, comunicou a direção e os pais das alunas foram chamados para saberem que (oh, horror!) suas filhas menores estavam se abraçando no corredor. Os alunos que protestaram contra a situação foram repreendidos pela direção e os cartazes pela liberdade de abraçar quem se ama, feito pelos alunos, foram arrancados, rasgados e jogados no lixo!
Os pais pagam escola particular para evitar que os filhos não tenham aula e convivam com delinquentes. Não dá para esperar muito mais do que isso com mensalidades entre 300 e 600 reais.
ResponderExcluirPara o problema da educação não há uma única solução, senão o problema já estaria resolvido.
ResponderExcluirEu só tenho umas considerações:
Concordo com a Mariana, mais humanidade na educação é fundamental. A Bruna perguntou como melhorar a educação sem tirar a liberdade do professor. Pra mim, não existe essa questão, porque para melhorar a educação o professor TEM que ter mais liberdade. Para adaptar seu ensino à realidade do local onde leciona, e das pessoas para quem leciona.
Laboratórios e quadras esportivas são recursos bons. Claro que acrescenta muito ter isso disponível. Mas indispensável mesmo são uma boa biblioteca e professores realmente preocupados com os alunos, e com quem os alunos sabem que podem contar.
Milena, foi uma pergunta retórica. Uma forma de dizer q o modelo da maioria das particulares não deve ser aplicado nas públicas e justificar a importância da valorização do professor.
ResponderExcluirAndre
ResponderExcluirquer dizer que não tem deliquente em escola particular???
Depois desse post passei a achar a escola dos meus filhos um paraíso, fiquei abismada com o post, parece coisa de outro mundo...filme de terror sabe, e daqueles bem trash...cruzes.
ResponderExcluirSobre o comentário de Gêneros Textuais, sobre professor e subemprego:
ResponderExcluirUm colega professor contou que, certo dia, conversando com um aluno, este perguntou se ele também trabalhava ou se só dava aula.
"gangue", "delinquentes"? preconceituoso isso
ResponderExcluirEu estudei numa mesma escola particular durante 15 anos.
ResponderExcluirEra uma escola que tinha o o termo experimental no nome e uma proposta mais humanizada.
Apesar de eu e quase todos os meus amigos mais próximos terem passado nos vestibulares que pretendiam, a escola tinha ficado estigmatizada na cidade por ser frouxa e não preparar para o vestibular.
A grande diferença em termos de "sucesso" no vestibular era que começávamos e terminávamos o ensino médio com o mesmo número de turmas, quanto concorrentes terminavam com menos da metade.
Minha primeira vez comentando aqui e, se me permite, vou fugir do assunto, Lola. Aliás, gostaria de sugerir um assunto que está repercutindo muito aqui em Porto Alegre e gostaria muito que fizesse um post sobre ele. Trata-se de um agente de trânsito que, após abordar uma moça em uma blitz, mandou uma msg pra ela, com o numero que ela deixou na ocorrência, pedindo contatos de orkut, facebook, msn e etc.
ResponderExcluirSegue o link da notícia:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3525728.xml
Abraços
Lord Anderson,
ResponderExcluirMuitos pais acreditam que não.
@Caroline
ResponderExcluirAh, minha mãe também dá aulas em Santos. E, olha, nas escolas particulares que ela trabalhou... bom, você tá certa de não trocar a carreira pública por isso. Minha mãe nunca foi tão feliz quanto a época em que trabalhou numa escola lá no morro (queria muito me lembrar o nome! Acho que era Terezinha, algo assim.)
Minha mãe trabalhava numa escola que se dizia construtivista... mas que, depois de um tempo, só quis ser mais uma focada no vestibular. Triste.
Eu acho que existe inversão de valores. Isso sim.
ResponderExcluirProfessor hj é "empregado de aluno".
Trabalhei na secretaria de uma escola. Vi isso: as orientadoras e diretoras seguiam a cartilha: se o aluno reclama e o professor tbm, vale o que o aluno diz, pq tadinho né? como explicar a evasão no relatório do final do ano?
Tbm era vetado um número grande de alunos reprovados e os professores eram orientados a dar uma chance na recuperação. Triste.
ps.: Luana, vc não é minha irmã? rsrs
Vivo uma situação semelhante: tbm tenho uma irmã formada em letras/inglês, mas eu sou a formada em Direito, somos parecidas fisicamente e sempre vejo a diferença de tratamento. Eu, sinceramente acho a profissão dela tão mais bonita...
na escola "vestibularista" que estudei no 1º e 2º anos do EM, tanto professores quanto alunos (existem excessões) precisavam aprender a ser gente.
ResponderExcluirMe lembro que fiz uma redação razoável, era uma dissertação nos moldes que a federal daqui costuma cobrar no vestibular. Não era brilhante nem ruim, mas não importa. Só me lembro da professora mais sem noção que tudo (que tipo de ser humano tira o sapato na aula e passa base na unha do pé enquanto os alunos escrevem?) pegando o meu texto e riscando parágrafos sem nem ao menos explicar o por que, ou o que eu tinha que melhorar. Como sempre fui bocuda, perguntei. Ela ficou vermelha e depois passou a dar mais atenção às minhas dúvidas, começou a ser séria. Mas não muito.
Lembro também que muitos professores idiotas adoravam puxar o saco dos alunos ricos "ahh vc e fulano de tal (insira um sobrenome importante: filho do prefeito, do governador, do desembargador)? E puxavam conversa com eles a aula toda. Mas esses eram os babacas né?
tinha também um idiota que lecionava história. Que sempre foi minha matéria preferida e que até então eu tinha tido a sorte de ter os melhores professores: pessoas críticas, humanizadas e comprometidas. Esse aí chegou dizendo que ninguém tirava mais de 7 da prova dele. Eu, sempre acostumada a tirar dez, me assustei e estudei dobrado né? Mas nem precisava. Tirei 9,5 numa prova objetiva com 20 questões. Errei uma só. Aí ele quis saber meu nome. Detesto professor arrogante. mas gosto de desafios.
ResponderExcluirOi Lolinha!!
ResponderExcluirNão comento aqui há tempos,mas dessa vez tive que opinar.Sou professora de uma escola estadual no RJ,e já passei por diversas situações absurdas e humilhantes em escola particular,como disse a colega.Identifiquei-me,e muito,com o relato.Incrível,mas antes de lecionar,trabalhei numa empresa aérea,e era tratada com muito mais respeito e dignidade pelos colegas e superiores do que na referida escola.Terrível.Também faço minhas as palavras de quem disse que o lugar do verdadeiro fazer pedagógico é a esola pública.
Bjos a todos!
depois do conar liberar a famigerada propaganda da langerie de quinta... só falta a band reintegrar aquele psicopata do rafa bastos a sua bancada....
ResponderExcluirassim vamos mal, muito mal.
3 mil reais uma escola???? Em que país? Na Suécia?
ResponderExcluirCom uma grana dessa, você contrata babá, diarista e professor particular pra criança.
Coisa de maluco.
Quanto à situação relatada pela professora, só tenho a lamentar. Colégios de prestígio costumam dar pouquíssimo valor para professores, e preferem os do tipo "showman" que conseguem entreter (ninguém falou em educar) uns 40 a 50 alunos por sala durante 50 minutos. Por isso não podem sentar. Tem que cantar, dançar, rebolar e agitar a arquibancada.
Estudei a maior parte da vida em escola pública. Já questionei professores meus sobre esse assunto, se eles preferiam lecionar em colégio público ou particular. Todos que eu lembro disseram que preferiam o público.
ResponderExcluirDentre as reclamações: falta de liberdade na hora de lecionar, abuso de poder de alunos e pais, entre outros.
Fiquei chocada quando uma professora me contou que já proibiram que ela reprovasse aluno "x" porque o pai dele é poderoso ou alunos que falavam coisas como "eu posso fazer o que quiser, porque estou pagando".
Tanto público quanto particular têm seus defeitos. Mas se EU fosse professora, preferiria sofrer com falta de estrutura e me desdobrar pra contornar isso do que ouvir nhénhénhé de playboyzinho.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMAURICIO concordo contigo, moro em Santa Catariana, meus três filhos estudam em colégio particular, em SC as escolas estaduais são em sua maioria ruins,eu não gasto R$ 1.000,00 /mês na escola deles, e é a melhor da cidade.
ResponderExcluirPois bem, acredito que existe escola/empresa porque muitos pais se dispõem a pagar valores absurdos, uma coisa é vc querer educação de qualidade outra coisa é alimentar esse tipo de negócio, desta forma jamais consiguiremos educação pública de qualidade.
Com relação a escola relatada no post, eu jamais ouvi tamanho absurdo, não consigo crer que isso aconteça e ninguém reclame, é revoltante.
Estudei numa escola super tradicional na minha cidade, uma das melhores, era particular, e jamais presenciei algo parecido, inclusive tive professores muito bons, que lecionavam tanto na minha escola quanto em escolas públicas.
Por isso quanto a falta de senso crítico, acredito que seja algo generalizado, mais cultural que qualquer outra coisa, dependendo muito mais do professor e de sua didática mais crítica ou não, do que necessariamente da instituição, seja ela pública ou privada, pois tenho inúmeros amigos e conhecidos que estudam e estudaram em escolas públicas, assim como outros que tiveram uma educação em escolas particulares, e em ambos os casos muitos deles não possuem capacidade para tecer críticas e enxergar absolutamente NADA que não esteja totalmente escancarado.
Todo mundo quer escola boa
ResponderExcluirMAS TODO MUNDO AQUI VOTA NOS PETRALHAS
INCOERÊNCIA A GENTE VÊ POR AQUI
Mariana
ResponderExcluirLi o que você falou sobre os profissionais que seriam desonestos. Ó, é bem verdade. Pode ser falta de preparo em alguns casos, mas eu acredito que na maioria das vezes tem duas possíveis explicações:
1- o profissional já está tão cansado de dar murro em ponta de faca que desiste. Às vezes por ter que lidar com a falta de estrutura, às vezes por ter que lidar com alunos complicados.
2 - ou é preguiça e falta de vergonha na cara mesmo.
Tive professores que passavam os 50 MINUTOS coçando o saco, sentadinhos em suas carteiras, esperando só o tempo passar. Faziam a chamada pra dizer que trabalharam e deixavam os alunos lá conversando.
Sem falar que existe uma mentalidade de algumas pessoas que eu acho ridícula, que se você é concursado não precisa trabalhar.
Ouço muita gente falando que quer passar em concurso pra ganhar sem precisar trabalhar muito. Gente mediana né.
Tem uma conhecida minha que passou em concurso da prefeitura que TIRA COCHILO no trabalho, sério.
Olá. Adorei seu texto, concordo contigo. Tenho amigas professoras e duas estão com depressão e é relacionada ao estress.Professores hoje estão se vendo em situação dificil, porque as famílias confundem educação formal, com educação para ser um ser humano educado. Professores estão para educar e não ensinar aos filhos dos outros a terem respeito, agir de uma forma sadia. Alunos não respeitam os professores, não agem com civilidade, se comportam mal. Os professores ficam acoados, porque buscam apoio nos pais, mas estes preferem acreditar nos filhos. Hoje ser professor é muito dificil e não sei como será o futuro, porque muitas pessoas que estão para fazer o vestibular não desejam a carreira. A educação merecia mais apoio. Amei teu blog. Eu tenho um, mas não é como o seu, é mais minha terapia. O dia que estou vudu, saem morcegos. Continue escrevendo assim, amei. Beijão
ResponderExcluirEstudei sempre em escola particular, foi uma das prioridades que meus pais tiveram sempre... e mesmo assim, vi muitos problemas dentro delas.
ResponderExcluirA escola onde fiquei mais tempo era muito boa quando entrei, mas também era nova. Os professores eram respeitados, os alunos eram punidos quando mereciam e os alunos que não se emendavam era punidos e até convidados a se retirar da escola. Conforme lá foi crescendo, adotando sistema de apostilas de escola "careira", o perfil da escola mudou muito... o professor começou a perder autoridade, alunos faziam de um tudo lá dentro, desrespeitavam os professores... era realmente péssimo e isso refletia diretamente no nível do ensino. Acabei saindo de lá, consegui bolsa de estudos em uma escola boa... mas do pessoal daquela turma, ninguém passou na pública sem cursinho e muita gente sequer foi pra faculdade. Acho que o respeito que a escola tem e o apoio que dá pro professor reflete muito no ensino e quando o dinheiro entra em cena, as escolas são na grande maioria, bem mercenárias.
Sei la Lola talvez eu esteja sendo saudosista barata, mas tudo era tão diferente no ensino.
ResponderExcluirHoje todos os que podem fogem do ensino público, buscam no privado uma qualidade que como vc disse no post nem sempre encontram.
Eu estudei até a oitava serie em escolas públicas, só depois disso que fui para escolas particulares, mas não era muito fácil entrar nas melhores, havia um mini vestibular, os piores alunos acabavam estudando em escolas particulares, era um orgulho dizer que estudava em escolas públicas.
Eu estudei em uma que era considerada uma das melhores na região onde eu morava, havia um laboratório completo de química, outro de ciências e biologia até com espécimes conservados em vidros para estudos, infelizmente fazia se muita dissecação de cobaias havia também uma biblioteca enorme, varias quadras esportivas, quadras cobertas e até campo de futebol, nos banheiros das quadras tinham chuveiros elétricos, armários, tinha também um auditório com arquibancadas.
Sem contar um bosque cheio de arvores onde passávamos o recreio.
Não me lembro de faltar nada naquele colégio, as professoras e professores eram tão respeitados.
Tínhamos que aguardá-los em pé em posição de sentido, entre uma aula e outra.
Posso dizer que eles trabalhavam com muita dedicação, pois cansei de ser pega no meio da rua e levada pra escola no próprio carro da professora quando estava tentando cabular as aulas, eu sempre fui bem levada.
Eles nos davam uma atenção que já não se vê por ai, mesmo para nos repreender, era raríssimo um pai questionar um professor.
Éramos incentivados a ir ao teatro, principalmente ao Teatro Municipal, ter contacto com a musica erudita, ganhávamos notas se levássemos os libretos das óperas.
Na hora da merenda eu sentia inveja dos alunos mais pobres, porque todo o mês era feito um rateio entre os pais para o custo do lanche desses alunos, que, diga-se de passagem, era muito melhor do que o que eu levava, que geralmente era Q.Suco e pão com manteiga, já os garotos da caixa como eram chamados os que recebiam os lanches comiam pão com mortadela ou presunto, rosbife, tomavam leite com Nescau também.
Era um tempo tão diferente.
Hoje procurei dar para minhas filhas a melhor escola na região onde moro, mas apesar de terem prédios bonitos e modernos não tem toda a aparelhagem que as escolas antigas tinham muito menos o espaço.
O que se vê hoje é que as melhores escolas são aquelas que preparam os alunos para entrarem nas melhores faculdades, estas sim as melhores ainda são as públicas.
Mas parece que esse é o único objetivo, mas pra mim isso é pouco em vista do que eu tive.
Pelo andar da carruagem muito em breve nem as faculdades públicas que ainda tem um certo prestigio, vão pro mesmo caminho das escolas publicas de formação básica.
Minha filha fez engenharia na poli e pude acompanhar a decadência das instalações e recursos dessa, que supostamente seria uma das melhores escolas de engenharia do nosso pais.
Outro dia encontrei minha professora do terceiro ano do ensino fundamental, mas na minha época era chamado terceiro ano primário mesmo rrrsss, fiz questão de ir dar um grande abraço nela, e pude apresentar minha filha mais velha.
ResponderExcluirLembro com muito carinho de todos os meus professores, com exceção do padre professor de OSPB, por motivos que já falei em outro comentário.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLola, sei q tá um pouco fora de contexto neste post, mas enfim. Já soube da ação de danos morais q Wanessa, Marcos Buaiz E O NASCITURO estão movendo contra Rafinha Bastos?
ResponderExcluireu achei a íntegra da petição inicial da ação, e penso que a argumentação está muito pertinente, e inclusive o advogado citou as outras babaquices vomitadas pelo Rafinha, inclusive a história sobre o estupro.
aqui, ó: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI143154,71043-Polemica+entre+Wanessa+Camargo+e+Rafinha+bastos+vai+parar+na+Justica
e sobre o tema do post... bem, estudei 15 anos numa escola particular confessional (batista), lá os professores tinham suas mesas e cadeiras, podiam sentar, e nem por isso eram maus professores. pelo contrário, acho q o ensino lá sempre foi bom.
e eles se preocupavam bastante com a formação moral dos alunos. tá, tinha direcionamento religioso também, claro, mas nunca vi nenhuma manifestação de desrespeito a outras religiões lá, tanto q havia muitos alunos católicos, alguns espíritas e ateus (eu mesma virei atéia, e falei isso numa aula de ensino religioso, e nenhum professor me repreendeu).
no último ano do ensino médio é q eu fui pra uma escola mais voltada pro vestibular, e de fato, pelo menos na sala do terceiro ano, não havia cadeira para o professor sentar (apenas uma mesa pra apoiar os trecos). eu estranhei bastante kkkkkk
enfim. em nenhuma das duas escolas eu presenciei algum aluno falando q "paga o salário do professor". teve um que uma vez reclamou q alguém de outra turma disse isso a ele, ao q respondeu: "você paga a mensalidade da escola. e é a escola que paga o meu salário. eu sou empregado da escola, não SEU. e sou empregado pra te ENSINAR, não pra ser seu capacho". tomooouu kkkkkk
Oi! É a primeira vez que eu comento aqui, apesar de acompanhar o blog há algum tempo...acho que a minha opinião talvez ajude a esclarecer um pouco sobre esse assunto. Do ensino fundamental ao ensino médio eu estudei em 9 colégios diferentes, três da rede pública e os outros todos particulares. Meus pais sempre estiveram presentes na minha educação e sempre conversamos muito sobre o respeito aos professores, a importância da leitura e da dedicação integral. Estudei em ótimo colégio estadual, no entanto, os outros dois foram uma decepção total. Meu irmão chegou a ter uma professora no ensino fundamental que falou pra minha mãe que ela não lia um livro há 15 anos, pois era uma mulner muito ocupada. Tive muitas aulas dispensadas pela falta de professores sem justificativa e muitos professores desmotivados em aula, às vezes até com uma certa raiva. Penso que o brasil chegou em um nível de desrespeito e desvalorização do professor. De todos os meus colegas que tiravam notas ótimas, nenhum dos quais eu mantive contato quis seguir para a pedagogia, todos foram atrás de carreiras atualmente mais respeitadas, como medicina, por exemplo. Tive experiência de ouvir professor falando errado. As escolas particulares também não foram ótimas, mas um pouquinho melhor, em relação aos professores, posso dizer que sim. E quanto ao respeito dos aulos aos professores, tanto na particular como na pública vi exemplos de desrespeito. Enfim, não considero que tenha tanta diferença entre pública e privada. Mas o que eu noto é que às vezes a cobrança dos professores surte um efeito melhor. Não estou falando em assédio moral, claro, mas em incentivos financeiros, em cursos de atualização, reuniōes semanais, e também a exigência de aula. Na rede pública o que eu mais tive foram atividades com um xerox de um livro, em trabalhos em grupos para responder perguntinhas fáceis, enquanto os professores ou corrigiam provas de outras turmas, ou liam revistas, ou simplesmente saiam tomar um café. Isso é muito errado e dá uma péssima impressão à classe dos professores. Para um aluno que não quer estudar, isso é um prato cheio. Enfim, adoro o blog, e acho a profissão de professor linda.
ResponderExcluirque absurdo! não sabia q o problema chegava a esse nível.
ResponderExcluireu estudei em escola particular e estava longe de ser boa,mas pelo menos os professores podiam se sentar.
lá n tinha segurança,qualquer um entrava, uma vez uma louca entra e taca umas coisas nos alunos.
na outra entra um cara armado e por sorte n deu merda;conseguiram tirar dele.
Só pra gastar minha cota!
ResponderExcluirLOLA BALOFA
fui
Lola, ve isso ai, o video ta no you tube.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/10/estudante-tem-braco-quebrado-apos-recusar-beijo-de-rapaz-em-boate-no-rn.html
E tem mais uma coisa que quero dizer também.
ResponderExcluirQual o papel da escola e do professor? quer dizer, na minha cabeça, a principal função deles é fornecer educação formal de qualidade. Não é a única: um professor pode ser realmente marcante na vida de um aluno, incutir-lhe criticidade e ensiná-lo valores humanistas. MAS não é bem esse o papel dele. Isso é papel dos PAIS. Um professor que meramente passe o conteúdo da matéria com uma qualidade boa, já está fazendo o que deve. Poderia fazer mais? Sim, se quisesse. Mas as pessoas precisam separar as coisas e não eximir os pais da responsabilidade de educar e formar o caráter dos filhos. A escola apenas auxilia nesse processo.
Quanto aos preços das mensalidades, também acho 3mil altíssimo, mas para os padrões da minha cidade. Quase sempre estudei nas escolas mais caras daqui (não porque estava sobrando dinheiro, mas porque meus pais colocaram isso como prioridade) e o preço girava em torno de 800 reais numa escola integral.
Mas sei lá, em são paulo as coisas são diferentes. Me lembro de alguns amigos que fizeram cursinho lá e 800 reais não era nada. Não ouvi nada perto de 3000 também, mas suponho que essas escolas bilingues e que tem um monte de atividade extra pra criança não seja muito distante disso não viu?
OFF TOPIC:
ResponderExcluirvocê viu esse caso, lola? que horror
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/estudante-tem-braco-quebrado-apos-recusar-beijo-de-rapaz-em-boate-no-rn/
Bom, eu tenho uma hipótese sobre isso. Trabalhei como plantonista em uma escola particular líder do ENEM na minha cidade. Os procedimentos deles sao todos baseados no que os clientes (os pais) consideram que é bom.
ResponderExcluirEntao, eles fizeram uma pesquisa e perceberam que os clientes consideravam uma boa escola aquela em que os alunos faziam muitos deveres. Entao, os professores têm metas de deveres de casa por mês! Aí, eles enchem os alunos de deveres idiotas para os pais os verem estudando.
Outra coisa que os clientes acreditam é que uma boa escola é aquela que vai bem no ENEM. Entao, no Ensino Médio, os alunos passam três anos fazendo somente questoes de vestibulares. Eles nao precisam entender teorias ou relacionar diversos tipos de conhecimento. Eles sao "treinados" na base do macete...eles nao precisam entender nada da realidade à volta deles, desde que facam boas notas nos vestibulares.E por aí vai...
Minha mãe foi professora por 32 anos. Começou aos 18. Naquela época, as professoras eram formadas no Curso Normal e os alunos as tratavam por Dona. Nunca a impediram de sentar. Ela e as amigas choram de saudade dos bons tempos! Nem vou contar a elas que agora os professores devem dar aula o tempo inteiro em pé!
ResponderExcluirHoje, muitos professores trabalham em escolas públicas perigosas e em condições terríveis. É ruim ganhar pouco mais de 2 mil reais, o que paga a Prefeitura de Fortaleza para o professor sem especialização, para trabalhar 40 horas por semana nessas condições? Sem dúvida! A maioria das pessoas não iria. Pode-se ganhar o mesmo ou mais como servidor público nas áreas administrativas.
Todavia, é fato que os professores só fazem greve para protestar contra os baixos salários! Há muitas coisas contra as quais eles também devem protestar. A insegurança dentro e fora das escolas, as péssimas instalações e a resistência do governo em criar escolas de tempo integral, por exemplo. Nem vou falar da situação dos alunos. Já ouvi relatos de alunos que sofrem em sala porque nunca foram ao oftalmologista ou ao dentista ou estão com vermes, piolhos, sarnas etc. Há os pais que abusam dos filhos e os que usam o dinheiro do governo para comprar drogas. Tem ainda aluno que jogou o sapato na cara da professora e outro que disse que o tio traficante ia matá-la. Tem até história de crianças que cometeram suicídio dentro da escola. Enfim, o caos! Todos esses problemas ocorrem pela omissão do poder público, mas os professores estão sofrendo com tudo isso e não protestam!
Esse cenário explica porque tantos professores estão adoecendo, mas a profissão em si já é bastante desgastante. Minha mãe diz que os alunos, o marido e as filhas acabamos com a paciência dela e que nenhum professor se aposenta totalmente são. Rsrs!
Como hoje é o dia dessa turma, vou aproveitar para deixar um abraço a todos vocês que ensinam como profissionais!
Lola, minha mãe foi professora em escola particular a vida toda, e te digo que é um sistema de escravidão. A carga de trabalho nunca foi 40 horas ou 20 horas meio período, como deveria ser. O tempo computado era apenas o de dar aulas. Todo o resto, como preparar aulas, corrigir provas e cadernos, não entrava na conta, era tempo extra. Fora perto das datas comemorativas (TODAS, carnaval, dia do índio, das mães, dos pais, das crianças, a lista interminável), as professoras sempre tinham que recortar e preparar mil e uma coisas para as crianças fazerem trabalhos pra agradar aos pais. Fora que em muitas datas, tipo dia do estudante e da criança, as professoras eram OBRIGADAS a dar um presente para cada aluno, tirando do próprio bolso. A vida toda me lembro da minha mãe constantemente passando noites e noites em claro para corrigir tudo, recortar tudo, fazer tudo que era requerido. Ela ganhou muitos problemas de saúde ao longo da vida como professora, que culminou com a perda de um rim devido a repetidas infecções.
ResponderExcluirAí vem a melhor parte. Nos últimos anos minha mãe trabalho na melhor escola da cidade, cara de doer, famosa de amargar. O salário além de ser ridículo por si só, era pago em 2 jeitos: um na carteira e outro por baixo do pano, no caixa 2. Com isso, minha mãe teve anos a fio um salário menor que de uma faxineira (sem desmerecer, mas as qualificações de uma professora pós-graduada são outras) de R$ 400 reais na carteira. Sabe o resultado disso? Agora que ela se aposentou isso influenciou no valor da aposentadoria dela, que não vai mudar nunca. Hoje ela recebe quase metade do que seria justo (pro resto da vida!) por causa do "esquema" da escola. Inúmeras vezes já implorei pra minha mãe pra denunciarmos, não apenas pra Justiça do Trabalho, mas para a Receita Federal, pois eles também sonegam impostos ao fazer esse caixa 2. Mas ela se recusa, um misto de síndrome de Estocolmo e uma gratidão que eu não entendo com culpa, pois ela diz que ela aceitou ser paga daquela maneira por anos (como se houvesse outra opção).
Enfim, apenas para compartilhar minha opinião, que pelo menos nas escolas públicas, "what you see is what you get", e nas particulares não. Os pais que pagam rios de dinheiro nem sonham com a semi-escravidão que as professoras vivem e escondem atrás de sorrisos pra eles, os clientes.
Patrick,
ResponderExcluirTambém estudei em um dos Institutos Federais. O nível lá é realmente muito bom. Encontrei lá a pessoa mais inteligente que já conheci. Uma aluna de apenas 15 anos!
Mas acho que isso está mais relacionado à concorrida seleção dos alunos que ao valor do salário pago aos professores.
Se uma escola selecionar apenas pessoas estudiosas e com um boa base, certamente terá melhores chances de obter bons resultados. Como diz um professor meu da faculdade: tenho um trabalho bem fácil aqui, muitos de vocês sabem mais do que seus professores!
Quero deixar aqui meus PARABENS aos professores e professoras, esta é uma profissão que eu muito admiro, e minha admiração aumenta ao saber que hoje apesar de ser uma classe que não tem recebido sua justa valorização, que tem que lutar com todas as adversidades para exercer sua profissão, ainda assim estão La tentando fazer o melhor que podem.
ResponderExcluirAdoro quando pessoas que não são professores vêm falar de papel do professor.
ResponderExcluirMinha grande revolta com a educação e com a língua (acho que gosto de viver revoltada, porque escolhi essas áreas) é que todo mundo acha que sabe mais que aqueles que estudaram só para isso.
Bem, para mim, os salários destinados a professores e a médicos nos concursos já deixam muito claro que nível de importância se dá à educação. E não me venha dizer que médico tem papel infinitamente mais importante. São necessidades do homem, as duas.
Quanto a professores ruins, que fazem nada no sistema público, só enganam, olha, profissional ruim existe em todas as áreas, infelizmente. Professores deveriam ser melhor vistos pela sociedade, mas como não são, quem acaba caindo em cursos de licenciatura não se esforça para ser um profissional melhor. Triste isso.
Eu escolhi ser professora e não curto muito quando as pessoas SÓ veem o lado ruim dessa profissão. Ela não é só coisas ruins. Ela tem lado bom. Infelizmente é desvalorizada e maltratada pelo governo. E quando professores fazem greve querendo algo melhor, ainda escutam e leem que eles sabiam qual era o salário que iriam receber, quem mandou escolher essa profissão.
Eu estudei boa parte da vida em escola pública.Mas a última escola particular em que estudei era quase uma pública no que se refere a recursos. Um prédio feio, biblioteca pequena, zero de conforto...Mas era um escola pequena (no máximo 2 classes em algumas turmas), todo mundo se conhecia e o ensino era muito bom. Todo trimestre havia uma atividade extra-curricular (feira de ciências,festival de inglês, festival de poesia e festival de artes). Meu irmão caçula estudou lá até se formar e passou direto (sem cursinho) na UFMG para arquitetura (assim como vários colegas dele). O diferencial nessa escola é o fator humano, os alunos não eram números,a coordenação, a direção e os professores nos conheciam e se comunicavam conosco. Não era uma escola de filhinhos de papai (com muita boa vontade uma escola direcionada a classe média baixa), mas todo professor agressivo (o de ed.física do primeiro ano que estudei lá, dava boladas em alunos que o irritassem, e a de inglês gostava de humilhar os alunos) eram afastados sem muito "mimimi".
ResponderExcluirA minha impressão é que quanto maior a escola, maior a chance do aluno ser tratado como produto em série e o professor " responsável pela produção".
Eu trabalhei tanto em escolas públicas quanto em escolas particulares, mas faz muito tempo e quando tenho que dar minha opinião sempre me pergunto se não ando meio desinformada de tanto que as pessoas defendem hoje o particular. A julgar pelo post dessa professora as coisas não mudaram muito do meu tempo pra cá. Eu achava um horror, eu era muito nova e era muito estressante, e aquilo não tinha nada a ver com educação propriamente dita como aprendemos na faculdade, era um bando de empresários ditando as regras mais estapafúrdias. E não conseguia entender pq os pais pagavam tanto para deixar os filhos num ambiente daquele, uma das escolas, bem cara, mal oferecia uma biblioteca...e os pais pareciam não se importar com o que a escola oferecia ou não, era muitofácil para a escola.
ResponderExcluirQuanto à escola pública, minha irmã dirige uma de mais de mil alunos numa periferia difícil, mas ela faz um excelente trabalho, a escola vai muito bem, é muito bem vista, inclusive hoje em dia ela disse que nem pode dizer que falte dinheiro, o que ela diz que poderia melhorar em muito a situação da população dos arredores seria o ensino em período integral. A escola já está funcionando assim para muitas atividades, mas poderia ser realmente integral porque, de acordo com ela, muitos daqueles alunos preferem a vida na escola, não têm muito em casa, vivem com as avós, às vezes o pai ou mãe estão na prisão. É uma situação muito difícil para algumas crianças e adolescentes e a escola (a sociedade) poderia ajudar muito, eles NÃO vão ter ajuda em casa, em família pq estão completamente desestruturados. Muita gente prefere julgar aqueles adolescentes como um caso perdido, não são um caso perdido, precisam de oportunidade...bem, acho que fugi do assunto, mas o caso é que o brasileiro (a elite) prefere enfiar os filhos numa escola particular a lutar por uma melhor educação pública. Minha irmã tem uma filha que estuda na escola que ela dirige, se é boa para aquela população ali, é boa para a filha dela também. Meu sobrinho que hoje tem 23 anos também estudou lá.
Abraços
Lembrei de outra história impressionante que já contei aqui sobre uma amiga que trabalhava em escolas particulares, que ela é gordinha e um dia foi chamada para uma reunião para a qual só os gordinhos (lembrando que hoje não precisa muito para ser conisderado gordinho) foram convidados e que a diretora disse que uma pessoa que não conseguia controlar o próprio corpo não podia controlar uma sala de aula...Imaginem a mentalidade! Que conceito uma escola dessas vai passar? E é considerada uma boa escola na cidade.
ResponderExcluirSempre temas relevantes e historias abismantes!
ResponderExcluirPensando bem... Em varias escolas onde estudei os professores realmente nao tinham mesa nem cadeira... que coisa...
Ah.. acabei de trocar meus filhos de escola pq onde estavam (um grupo escolar com unidades em todos os estados brasileiros), eles não prestavam (eles, os meus filhos)... Mudei de escola e.. surpresa! eles aprendem, sim, o que qualquer outra criança aprende!
Eh.. vivendo a aprendendo... bjs.
Que absurdo! Mensalidades muito caras , mas mesmo assim pagam uma miséria aos professores! Fico chocada com isso!
ResponderExcluirMarilia
ResponderExcluirse o seu último comentário foi uma indireta para mim, que mencionei médicos e falei de professores que enrolam na hora de dar aula, saiba que sua capacidade de interpretar texto me faz pensar que realmente o nível dos professores nesse país é péssimo.
Mariana, minha querida, você precisa de professores de educação, porque você é mal-educada e intrometida.
ResponderExcluirSe meu comentário fosse para você, seu nome estaria ali. Quando me dirijo a alguém especificamente, coloco o nome do meu destinatário.
Meu comentário foi geral.
E não fale de algo antes de saber o contexto. Eu sou professora, leio e interpreto muito bem, melhor que você, que já interpretou coisas aqui no blog, como um comentário da aiaiai, de maneira completamente torta.
Tenho um irmão médico. Estudamos o mesmo tanto, nos dedicamos da mesma forma e ele ganha mais, trabalhando a mesma coisa que eu. E agora, meu bem, você ainda acha que é para você o que eu disse antes?
Você poderia ser mais educada, tudo bem? Sou professora de português, mas se você quiser, posso ensinar um pouco de polidez, porque não é a distância e o fato de a comunicação ser assíncrona que permitem que você responda de forma tão grosseira a um comentário que nem foi destinado a você.
Podemos fazer o seguinte: você me esquece e eu te esqueço e passamos adiante dessa sua falta de educação tremenda e ponto. Nunca aconteceu nada. Para mim não vai mudar muita coisa, porque normalmente não leio o que você escreve.
Briga de feminazis que bonito de ver!
ResponderExcluirO blog da Lola ta virando UFC
só aqui pra professor botar moral!
uahuahuahuahuahuhuehue
EU RI ALTO PRA CARALHO
mas esse dig din não sai daqui, hein? kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirisso é carência, fofo?
Pq feminazi lia?
ResponderExcluirTA se OFERECENU PRA MIM!?!?
não achei meu pau no lixo não?
vlw?
XORA COM ESSA!
o dig praticamente mora no blog.
ResponderExcluirFrancisca,
ResponderExcluirDe fato, há seleção para o Instituto Federal do RN, o que qualifica o corpo de alunos. Mas, por outro lado, no IFRN 50% das vagas são reservadas para alunos da rede pública estadual e municipal (que infelizmente são das piores do Brasil). Além disso, a maioria dos campi da instituição, graças à expansão desta última década, está localizada em cidades em que sequer o ensino na rede particular é digno de nota.
Mesmo assim, em apenas 3 anos de ensino médio, o Instituto promove uma revolução na vida desses alun@s e suas unidades disputam consistentemente as primeiras posições no ranking do ENEM no RN.
Ensino público de qualidade é possível, desde que nós (sociedade) estejamos dispostos a pagar por ele.
Marilia,
ResponderExcluirseu comentário só mostra novamente que de fato você não compreendeu o que eu disse.
Quanto ao que eu disse em outros post (que você não costuma ler mas parece estar inteiradíssima sobre o conteúdo), sinceramente, não vou inundar a caixa de comentário com assuntos que não são pertinentes, até porque não tem como eu me defender de uma acusação tão vaga.
FIM.
Liga não Marilia essa bruaca implica com todo mundo, comigo tambem ela não perde a chance de esculachar, mas pelo menos ela é democratica ja vi ela fazer isso até mesmo com a Lola, então releva e não contraria rrsssss.......
ResponderExcluirDenise,
ResponderExcluirdesculpe, esqueci que não podia discordar da Lola.
Imperio da Lola!!!
ResponderExcluirviu como aqui o maxismo comunsita é forte? as cãos brigam entre elas mesmas!!!
NÃO PODE DUVIDAR DA PALAVRA DA SOBERANA LOLA BALOFA
quem ousa discordar queima o filme no rodinha!!!!kkkkk
isso, bonito viu!!!
mostrem pra toda internet como ´[e um regime de esquerda!
os proprios companheiros patrulhando e cercando a liberdade dos proprios companheiros!!!
viva a A ONDA da Balofa!
Sr Dig Din Reload,
ResponderExcluirfaz um favor pra gente? some.
lola, feliz dia dos mestres! ;)
ResponderExcluirAcho que já comentei em um outro post o meu estranhamento em relação a situação dos professores, mas vou morrer sem entender.
ResponderExcluirA maioria das pessoas que tem curso superior fica 4, 5 anos em uma faculdade.
Aí você se forma e passa em um concurso público. Assistente social, psicólogos, nutricionistas, trabalham cerca de quatro horas e ganham por volta de dois mil reais aqui em Minas. Professores trabalham cerca de quatro horas e meia, mais o serviço que levam pra casa com correção de provas, preparação de aulas e ganham metade do que os outros ganham.
E isso porque comparei com profissões consideradas tradicionalmente femininas que já são menos remuneradas que as consideradas tradicionalmente masculinas...
E sobre as escolas particulares é por aí mesmo. Pagam pouco a mais que um funcionário público receberia e por causa disso acham que podem abusar e o professor não tem direito a reclamar, já que pagam uma miséria a mais.
ResponderExcluirE isso sem falar na contratação de estagiários pra fazer serviço de monitoria nos colégios particulares aqui em Minas.
O estagiário não tem nenhum acompanhamento, ganha uma miséria e rapidinho passa a assumir responsabilidades que ainda não poderia.
Rapidinho a gente percebe que não é estágio, é contratação de mão de obra barata e com péssimas condições.
Nossa! Cada vez pior... É muito triste saber que as escolas particulares estão cada vez menos educacionais e mais empresariais... Muito triste mesmo!
ResponderExcluirEu respeito muito todos os professores e fico chateado quando os mesmos não sofrem um tratamento digno, seja por alunos, pais ou instituição. Desejo a vocês, guerreiros e guerreiras, sorte na batalha de vocês. E saibam que tem pessoas que são gratas e torcem pelo trabalho de vocês!
ResponderExcluirGente, eu estudei em escola publica e particular e parando para lembrar acho que na particular não tinha mesa mesmo! Mas não tenho certeza.
ResponderExcluirSou professora e na escola que Dou aulas os professores não podem sentar durante as aulas, só se for pra sentar do lado do aluno pra ajudar em alguma coisa. Juro que nunca pensei que isso fosse errado...
Sou professora e fiquei super indignada com o que li. Trabalho em duas instituições particulares e uma pública e já presenciei algumas cenas estranhas. Nada tão grave como o relato da colega, mas mesmo assim dão o que pensar.
ResponderExcluirO fato é que a desvalorização do professor é muito grande.
É horrível você ter que optar entre seu trabalho e sua dignidade como profissional.
Patrick,
ResponderExcluirEsses alunos do Ensino Público, admitidos por esse sistema de "cotas", são muito acima da média.
Em Fortaleza, o IFCE tem um programa assim, mas apenas com as escolas da Prefeitura. Meus colegas de classe que entraram por esse programa tinham nível igual ou superior aos outros, selecionados pelo sistema tradicional. Isso porque apenas os melhores alunos da rede municipal eram selecionados para o programa. Este consistia num preparatório de um ano, com aulas cinco vezes por semana, e provas bimestrais de todas as disciplinas. No fim, apenas os alunos que obtinham boas notas nessas provas eram aceitos pelo IFCE. Uma forma de manter o excelente nível do corpo discente da instituição.
Na minha sala do ensino médio, metade entrou por esse programa. Nós fizemos comparações e concluímos que muitos teriam entrado nos primeiros lugares pela seleção tradicional. Hoje, a maioria já está formada. Há médicos, advogados, professores, engenheiros etc. Um dos meus melhores amigos fez esse programa. Quando o conheci, no primeiro ano, disse a ele para fazer medicina. Ele ama essa área e tinha toda capacidade para entrar na faculdade. Mas ele rejeitou a ideia. Achava que não podia competir com os alunos das melhores escolas de Fortaleza. Começou outro curso na área de saúde, mas há 2 anos largou tudo e partiu do zero no curso de Medicina da UFC. Tenho certeza que ele será um profissional extraordinário porque ele é extremamente inteligente e tem uma determinação enorme.
Não nego os méritos do ensino dessas instituições. Na minha época faltavam laboratórios e livros na biblioteca, mas muitos professores eram excelentes. Porém, é diferente ensinar lá ou ensinar numa escola estadual de nível médio. Nesta última, os alunos têm os mais diferentes níveis e muitas vezes o professor precisa ensinar termos básicos de radiciação a uma turma a quem deveria ensinar função. Quanto você tem alunos que não sabem sequer fazer corretamente as quatro operações, não adianta tentar ensinar álgebra! Os melhores professores que conheci assumiam isso e ensinavam aritmética básica a seus alunos do ensino médio, mesmo prejudicando o programa da disciplina. Eles não aprendiam álgebra e não passavam no vestibular, mas aprendiam aritmética. Tenho certeza de que isso fez toda a diferença na vida deles!
Abraços
Adorei seu comentário: os trabalhadores também avaliam as empresas! Muito bom mesmo!! Espero que seu exemplo seja seguido.
ResponderExcluirJá trabalhei em escola particular e hoje trabalho em escola pública. Toda moeda tem seus dois lados, mas eu pensaria muito antes de voltar para a escola particular...
ResponderExcluirEu entendo a realidade desta professora... Principalmente quanto a ilusão de trabalhar em uma escola referencia na cidade. Hoje eu me pergunto muito: "o que garante a qualidade desta escola?" "porque ela é considerada referencia?"
Que valores estamos passando para as crianças, afinal as crianças aprendem com o que vem. Esse ciclo só tende a se repetir.
O que podemos fazer para sermos valorizados quanto professores e os alunos terem uma educação de qualidade?