Meu leitor antigo Allan Patrick (veja o blog dele aqui), que tive o prazer de conhecer quando ele me convidou para dar uma palestra sobre o Dia Internacional da Mulher, na Receita Federal (onde ele era delegado) em Mossoró, RN, me enviou este relato muito interessante sobre um parque inglês. Eu estava mesmo pensando nisso esses dias: de como, em vários sentidos, esses "oradores públicos" nas praças e parques encontraram espaço na internet. Não é um pouco isso que eu faço como blogueira? Lembro quando, em 89, eu gostava de passar na Praça Ramos, ao lado do Mappin, para discutir política. Lá, além das pessoas conversando, havia o pessoal discursando. Claro que sempre tem muito louco anunciando que o fim do mundo está próximo, mas também tem quem fale coisas minimamente coerentes. E o Patrick tem razão: raramente havia mulheres que falavam em público (ele tem razão também sobre banheiros públicos para mulheres viverem lotados; vi isso na Europa). Acho que a internet está aos poucos dando voz às mulheres. Um espaço, afinal, tão público como uma praça. Fiquem com o post do Patrick (as fotos são dele também).
Lola, estou concluindo um período de três meses na Inglaterra, para onde vim estudar inglês. Desde que comecei a frequentar seu blogue, em fevereiro de 2009, minhas ideias não mudaram. Sempre pensei parecido com o que você defende aqui. Mas tudo ficou mais claro e sistematizado na minha mente. Consigo enxergar e perceber melhor as coisas. Até num passeio dominical no Hyde Park, em Londres, eu observei detalhes que há alguns anos teriam passado batidos.
Comecei meu passeio pelo Speaker's Corner (na tradução, algo como a "Esquina dos Oradores"), localizado, justamente, numa das esquinas do parque e que congrega todo tipo de gente desejosa de discursar para o público. E, claro, também junta muita gente interessada nesses discursos. A primeira vez que eu ouvi falar no Speaker's Corner foi através de uma professora de espanhol, na 7ª série. Desde então eu tinha curiosidade de ir lá conferir.
O primeiro orador que encontrei -- e o que tinha a maior platéia -- fazia um discurso acirrado contra a presença do Reino Unido na aliança que invadiu o Afeganistão e o Iraque. Outro, acompanhado infelizmente por apenas três ou quatro ouvintes, propunha a abolição do dinheiro.
Mas o segundo e o terceiro oradores com maior público estavam falando, adivinhe só Lola, da vida das mulheres. Um era um clérigo muçulmano defendendo que o estilo de vida ocidental oprime as mulheres. Até concordo com o diagnóstico dele, mas a "solução" proposta, até onde pude perceber, era a velha história da mulher voltar a ser dona-de-casa. O outro era um cristão de extrema-direita com ideias muito parecidas às do assassino e terrorista noruguês Breivik. Na cara-de-pau, tinha um cartaz no seu palanque dizendo "Por que não há mulheres profetas no Alcorão", "Alá e seu Deus sexista?" Como se a bíblia cristã fosse um exemplo de empoderamento feminino, né? E repetia o mesmo rol de bizarrices machistas do Breivik, culpando a revolução feminista e a religião muçulmana por oprimirem as mulheres.
Também não pude deixar de notar que não havia sequer uma mulher discursando naquele domingo no final de julho em todo o Speaker's Corner.
Mas aí eu continuei meu passeio pelo parque e fui procurar um banheiro público. Encontrei. Mas um fato me chamou muito a atenção. Não havia fila no lado masculino, mas no lado feminino ela era enorme. Fiquei refletindo sobre isso: puxa, até na arquitetura dos espaços públicos somos machistas. Porque, evidentemente, quem projetou esse banheiro público dividiu isonomicamente o espaço em dois. Mas essa é uma falsa isonomia, uma igualdade apenas no papel, pois para uma quantidade semelhante de usuárias e usuários, as filas eram muito maiores no banheiro feminino. Para termos uma igualdade real, não é o número de metros quadrados de área dos banheiros que deve ser igual, mas a capacidade de pessoas que cada um pode atender simultaneamente. É um fato tão simples e corriqueiro mas que eu não enxergava, até que comecei a ficar mais atento a essas situações a partir da leitura do seu blogue!
Lola, estou concluindo um período de três meses na Inglaterra, para onde vim estudar inglês. Desde que comecei a frequentar seu blogue, em fevereiro de 2009, minhas ideias não mudaram. Sempre pensei parecido com o que você defende aqui. Mas tudo ficou mais claro e sistematizado na minha mente. Consigo enxergar e perceber melhor as coisas. Até num passeio dominical no Hyde Park, em Londres, eu observei detalhes que há alguns anos teriam passado batidos.
Comecei meu passeio pelo Speaker's Corner (na tradução, algo como a "Esquina dos Oradores"), localizado, justamente, numa das esquinas do parque e que congrega todo tipo de gente desejosa de discursar para o público. E, claro, também junta muita gente interessada nesses discursos. A primeira vez que eu ouvi falar no Speaker's Corner foi através de uma professora de espanhol, na 7ª série. Desde então eu tinha curiosidade de ir lá conferir.
O primeiro orador que encontrei -- e o que tinha a maior platéia -- fazia um discurso acirrado contra a presença do Reino Unido na aliança que invadiu o Afeganistão e o Iraque. Outro, acompanhado infelizmente por apenas três ou quatro ouvintes, propunha a abolição do dinheiro.
Mas o segundo e o terceiro oradores com maior público estavam falando, adivinhe só Lola, da vida das mulheres. Um era um clérigo muçulmano defendendo que o estilo de vida ocidental oprime as mulheres. Até concordo com o diagnóstico dele, mas a "solução" proposta, até onde pude perceber, era a velha história da mulher voltar a ser dona-de-casa. O outro era um cristão de extrema-direita com ideias muito parecidas às do assassino e terrorista noruguês Breivik. Na cara-de-pau, tinha um cartaz no seu palanque dizendo "Por que não há mulheres profetas no Alcorão", "Alá e seu Deus sexista?" Como se a bíblia cristã fosse um exemplo de empoderamento feminino, né? E repetia o mesmo rol de bizarrices machistas do Breivik, culpando a revolução feminista e a religião muçulmana por oprimirem as mulheres.
Também não pude deixar de notar que não havia sequer uma mulher discursando naquele domingo no final de julho em todo o Speaker's Corner.
Mas aí eu continuei meu passeio pelo parque e fui procurar um banheiro público. Encontrei. Mas um fato me chamou muito a atenção. Não havia fila no lado masculino, mas no lado feminino ela era enorme. Fiquei refletindo sobre isso: puxa, até na arquitetura dos espaços públicos somos machistas. Porque, evidentemente, quem projetou esse banheiro público dividiu isonomicamente o espaço em dois. Mas essa é uma falsa isonomia, uma igualdade apenas no papel, pois para uma quantidade semelhante de usuárias e usuários, as filas eram muito maiores no banheiro feminino. Para termos uma igualdade real, não é o número de metros quadrados de área dos banheiros que deve ser igual, mas a capacidade de pessoas que cada um pode atender simultaneamente. É um fato tão simples e corriqueiro mas que eu não enxergava, até que comecei a ficar mais atento a essas situações a partir da leitura do seu blogue!
Allan Patricia
ResponderExcluirVc ta aprendendo a ficar cri cri igual a dona desse "blogue"
LOLA E O SEU ADESTRAMENTO DE FAREJAMENTO DE FATOS QUE NÃO EXISTEM
tá indo bem! tá indo MUITO bem!
Qe coisa linda, céus! A gente se informando, se formando juntos... Eu fico encantada.
ResponderExcluirAbração aos dois.
Se o mundo tivesse mais pessoas "cri cri"... o mundo seria melhor! :P
ResponderExcluirLola, continue o "adestramento"! lol
Esse final sobre os banheiros me lembrou a frase do Boaventura "temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza".
(claro que não se trata de ser inferior no uso dos banheiros, mas eu acho que dá pra entender o sentido:) )
Mulheres discursando, tendo um espaço significativo no espaço público, ainda causa estranhamento e certo preconceito.
ResponderExcluirNa minha cidade, a presidente do sindicato é uma moça muito inteligente, competente e muito jovem.
Ela é muito conhecida e admirada porque várias conquistas foram obtidas porque ela tomou a frente, mas por ser mulher, por ser jovem e por ser de uma família simples, não ter parentes políticos, ela tem muita dificuldade pra iniciar uma carreira política, se lançar como candidata ainda que para vereadora. O nome dela sempre é cogitado, mas no fim das contas indicam algum homem, geralmente mais velho e com alguma tradição política que não tem metade do carisma e da competência dela.
Aahhh, meu filho, os banheiros femininos são superlotados porque nós somos umas chatas, colocar papel higiênico na tampa do vaso, mais papel no chão para deixar a bolsa, tirar a meia-calça, a calcinha, fazer xixi, usar o lencinho umedecido... Quer comparar? Vocês só precisam de uma árvore mais reservada.
ResponderExcluirQuanto a mulheres discursando, é uma tortura escolher a roupa para combinar com a hora do dia, o local, o tema do discurso...
tanta coisa importante pra se preocupar, né?tipo cor de roupa e mimimi. pra que se preocupar com os argumentos, não é mesmo minha gente?
ResponderExcluir(tsc tsc)
Vera, te recomendo fortemente a leitura diária do blog da Lola. Vc, aluna curso de Filosofia, ficará encantada ao desvendar, peça por peça, a engrenagem que nos inferioriza, sufoca e nos torna tão "complicadas". Como mulher, será libertador descobrir que não somos "chatas" por natureza.
ResponderExcluirBeijo pra Mariana e pra Rosângela, disseram tudo!
ResponderExcluirVera, sério, dá uma lida no blog. Você vai encontrar muitas coisas boas e vai desmistificar essas ideias de que somos "chatas" naturalmente.
Eu já havia escutado falar no Speaker's Corner. Não sou de prestar atenção em pessoas discursando na rua. Lembro de uma mulher que falava sobre o aumento das passagens de ônibus, havia um pequeno grupo com ela, e alguns homens que passavam ficavam dizendo coisas como "amorzinho, volta para cozinha", "isso é falta de roupa pra lavar", assoviando, passando cantada. Assim que eles começaram com isso, as poucas mulheres que estavam escutando, ficaram constrangidas com as grosserias e foram embora e alguns outros ficaram rindo.
ResponderExcluirhahaha, Mariana, acaso não leste O Pequeno Príncipe? O astrônomo que descobriu o B 612 só teve crédito quando se vestiu à moda européia.
ResponderExcluirAllan, seu lindo!
ResponderExcluirVera: qual o propósito dos seus comentários? Ser engraçadinha? Fazer pouco caso de uma preocupação real expressada nesse texto?
ResponderExcluir-
Em tempo, sobre mulheres discursando e liderando massas: http://www.guardian.co.uk/world/2011/aug/24/chile-student-leader-camila-vallejo - Leiam sobre a líder estudantil chilena Camila Vallejo. :)
E lembrem-se da Rosa Luxemburg, da Pagu, Claire Zetkim, entre outras.
Não tem mulheres na Speaker's Corner porque as mulheres que participam politicamente estão envolvidas com assuntos sérios, em militância de verdade, ao invés de ficar pregando besteiras aleatórias. Esses caras aí que o autor do texto citou são um bando de "attention whores".
ResponderExcluira sociedade ocidental oprime a mulher.... parece piada saindo da boca de quem sai.
ResponderExcluirsolução?voltar a ser dona de casa...
ha ha ha.... conta agora a do portugues.... esses caras perderam a noção.
Vera, higiene nunca é demais, não gosto de sentar minhas coxas em vaso sujo e contaminado. já sentou assim em banheiro de rodoviária? esses banheiros públicos deve ser a mesma coisa.
ResponderExcluiressa Speaker's Corner deve ser um antro de mascus ressentidos...
ResponderExcluirNunca, Yulia. Aliás, sempre levo na bolsa o álcool em gel, para higienizar as mãos após usar o sanitário.
ResponderExcluirOh, gatinho A.H.B., eu sei! Patrícia acabou com o casamento de Oswald e depois o abandonou, a ele e ao filho. Rosa casou-se com Lübeck tão somente para obter cidadania alemã (interesseira...). Camila é bonita, os homens fingem que a escutam (só aquele piercing no nariz que é horroroso). Dentre outras.
ResponderExcluirGatinho, deixe as preocupações reais conosco e volte para o seu novelo de lã.
Vera, primeiro que eu sou uma mulher também. Segundo, você é machista e só fala merda achando que é intelectual.
ResponderExcluirOi Lola,
ResponderExcluirtudo bem?
encontrei um video que talvez te interesse!
https://www.facebook.com/photo.php?v=2349117563337
Abraços
Para sua informação, que parece só se importar com fatos pessoais estúpidos, Pagu era militante contra o Estado Novo. Rosa Luxemburg era uma teórica marxista, filosofa, economista, além de ter militado e líderado partidos de esquerda na Polônia e na Alemanha. A Claire Zetkin era ativista política e militante feminista. A Camila Vallejo mobilizou a atual greve estudantil chilena por reformas na educação.
ResponderExcluirAcorda mulher, deixa de se preocupar com roupinha e vai pra rua já!
Nãoooo, mas a coisa mais importante de todas é que uso meu gato de estimação como avatar!!!!
ResponderExcluirVera, se você não consegue diferenciar comentários de trolls e leitor@s, puxa vida, hein?
Noffa!
ResponderExcluirAchei que a Mariana tinha chegado solando com os dois pés nos peitos da Vera que não tinha tido uma intenção maldosa, só tinha sido sem noção.
Mas dai eu vi que ela ta trollando...
Sério mesmo que ela acha que a gente só consegue alguma coisa através da aparência? E que todos esses nossos cuidados nos tornam umas "chatas" pq gostamos disso? Não tem nada imposto?
Acorda mulher, deixa de se preocupar com roupinha e vai pra rua já![2]
:)
Alto lá, Nyemi: eu tenho seios, não peitos. Feminilidade não é imposição e eu adoro esses cuidadinhos. Falei "chatas" porque somos assim mesmo e é por isso que os homens se apaixonam por nós.
ResponderExcluirRosângela, não sou complicada nem inferiorizada, tampouco sufocada. Não aqui no Ocidente. Obrigada pela recomendação, estou a ler os demais posts.
"Falei "chatas" porque somos assim mesmo e é por isso que os homens se apaixonam por nós."
ResponderExcluirNão podia estar mais errada. Esses papéis de gênero - regras comportamentais - não são leis da natureza. Ao longo da sua vida, você aprende que deve se comportar de determinada forma e gostar de determinadas coisas, isso baseado em suposições pré-concebidas sobre gênero, raça, sexualidade, etc.
Não acreditados mais que negros são melhores para trabalhos manuais ou que asiáticos são naturalmente melhores em matemática. Isso são mitos racistas construídos a partir de pré-conceitos ocidentais.
Da mesma forma, não a mais razão em que mulheres tenham uma natureza mais vaidosa e os homens uma natureza mais agressiva.
Tem toneladas de literatura sobre isso, mas um começo seria ler "Sexo e Temperamento" da Margaret Mead.
"Feminilidade não é imposição e eu adoro esses cuidadinhos."
ResponderExcluirParei aqui. For reals, pessoal. Sério.
Aoi Ito: verdade, né? Eu evito comentar para não alimentar o troll e olha só...! Pois é, a moça que se informe sozinha.
ResponderExcluirSobre os banheiros: além de mulheres, vale lembrar das crianças (outra categoria que começou a ser considerada gente não faz muito). Especialmente as meninas, vão aos banheiros e dificilmente contam com um vaso sanitário infantil e pias baixas que permitam a elas lavarem as mãos sozinhas. A discriminação começa cedo.
ResponderExcluirSei lá, A.H.B., eu penso que um troll só é um troll quando é claramente um troll (?). Eu geralmente tento postar para explicar, para caso não seja um troll, para caso outras pessoas queiram ler... Mas tem coisa que não rola. Falar que feminilidade não é imposta é praticamente dizer que o feminismo não tem mais utilidade - Se não temos mais papéis de gênero (Feminilidade imposta para humanos do sexo feminino) e não temos mais tudo que vem com eles (Idéia de que a mulher é inferior, de que ela é fútil, de que ela é ao mesmo tempo santa e puta, blablablá whiskas e sachê), contra o que lutaremos? Acredito que, num mundo sem gênero, aí sim estaremos próximas de um mundo perfeito, já que não forçaremos nada a nenhuma pessoa baseada no que ela tem entre as pernas, mas aí vem alguém dizendo que gênero não existe e que é totally natural que as mulheres ajam assim ou assado, contrariando eras de teoria não apenas feminista, mas também antropologista e sociologista.
ResponderExcluirAí não dá. Aí não rola. Aí não tem como argumentar, se a pessoa não acredita nem ao menos que é forçar feminilidade sim que uma mulher seja torcida a ser "mulher" socialmente desde o nascimento, usando coisinhas rosa, vendo Barbie e ganhando cozinhas de brinquedo enquanto homens usam coisinhas azuis, ganham Max Steel e ganham arminhas de plástico. É uma clara divisão por sexo, são claros papéis de gênero, mas se uma pessoa acha que uma mulher adulta simplesmente um dia pisca e decide não ser mais influenciada pelo mundo todo ao redor dela, que ela não é influenciada por nada ou ninguém a usar saltos que machucam os pés e a coluna, que ela não é forçada a passar horas se maquiando para parecer socialmente aceitável, que é realmente, realmente da natureza da mulher ser "chata" e "fresca", que homens na verdade são de Marte e mulheres são de Vênus (Posso ser de Plutão? É o planeta mais legal) a coisa fica muito complicada de se argumentar.
rsrs o remendo saiu pior que o soneto. comecei a rir lá no "resumo" da vida de rosa luxemburg. peraí, não, foi na roupa combinando com o discurso.
ResponderExcluirAoi Ito: pois é. mas é realmente chocante quando uma mulher - e que se diz intelectual - chega rejeitando uma quantidade enorme de produção sociológica e antropológica e proclamando "a verdade universal".
ResponderExcluirPara mim, fica parecendo coisa de troll metido a engraçadinho. No mínimo é complexo de pombo enxadrista.
Pelo menos a Vera prova sem querer um ponto:
ResponderExcluirO feminismo tem muito, mas muuuuito o que lutar contra a ignorancia e a conformidade das pessoas
Aoi e A.H.B vc's são minhas idolas! rs
:)
Aliás, correção: "Da mesma forma, não há mais razão em acreditar que mulheres tenham uma natureza mais vaidosa e os homens uma natureza mais agressiva." - Complementa com o comentário da Aoi Ito, que teve mais paciência de explicar direitinho tal sentença.
ResponderExcluirLiana: yep. Eu também não sabia se ria ou se chorava com essa. A Rosa Luxemburgo estava lá tão por sorte e porque era uma mulher interesseira, que não tem relevância nenhuma o fato que ela foi assassinada por uma milícia nazista. Nem que ela se correspondia com o Lênin e ele acreditava que ela seria a líder da revolução alemã.
@Aoi:
ResponderExcluirPlutão não é mais planeta. =(
@Vera:
Vale a pena ler os posts da Lola, você talvez mude de opinião sobre esses conceitos.
@Todos:
Não tem uma outra moça coordenando o movimento do Ocupem Wall Street? E era uma Camila também, se não me engano. Posso estar enganada, vou me informar.
Banheiros femininos: tava na hora deles arrumarem isso, viu. =)
Vera cuidado!!!
ResponderExcluirNÃO CAIA NA LAVAGEM CEREBRAL FEMINAZI!!!
vc é uma mulher estudada (ok que é na área de humanas, nao serve pra nada, mas tudo bem), não deixe essas desempregadas, estudantes e imigrantes comerem teu cerebro!
vc sabe muito bem do papel da mulher, nãp se seduza pelas artimanhas militantes de esquerda deste exercito de lesbicas!
ou vc vai começar a cultivar buço em casa!
CUIDADO! DICA DE UM AMIGO!
"Se não temos mais papéis de gênero (Feminilidade imposta para humanos do sexo feminino) e não temos mais tudo que vem com eles (Idéia de que a mulher é inferior, de que ela é fútil, de que ela é ao mesmo tempo santa e puta, blablablá whiskas e sachê), contra o que lutaremos? "
ResponderExcluirQuando vc's descobrirem que não tem nada pra lutar que é tudo pelo em ovo que estão procurando talvez voltem pra pilha de louça que esta esperando vc's.
ora!
@Arlequina: certamente não é a Camila vallejo. xD
ResponderExcluirMas sei qual é essa da foto condenando o "ocupe wall street" - me pareceu propaganda corporativa, ou do governo americano mesmo, contra as manifestações. Tenho acompanhado bastante, o movimento lá está sendo sabotado por todo mundo. Tem republicanos se infiltrando, tem democratas tentando mudar o foco do negócio pra reeleição do Obama, tem empresa distribuindo sorvete e fazendo marketing...
Falei "chatas" porque somos assim mesmo ...
ResponderExcluir_______
fale por você dona Vera, vc não foi nomeada a falar por todas as mulheres.
(ok que é na área de humanas, nao serve pra nada, mas tudo bem)
ResponderExcluir__________
serve sim. advogado é da área de humanas, vc futuramente pode precisar de um caso vc um dia queira imitar o atirador de realengo.
vc dig din é a pérola do cortiço.kkkkkkkkkk
ResponderExcluirLuiz Felipe Pondé está fazendo escola. Disse o filósofo em um dos seus artigos, publicado na FSP:
ResponderExcluir"(...) Não há nada no mundo que me dê mais sono do que uma feminista. Principalmente quando o assunto é a tal crítica do patriarcalismo (o “poder masculino”)".
E o autor segue criticando as mulheres chatas, mal amadas e, acima de tudo, equivocadas, por enxergarem questões políticas em meras verdades biológicas, como vomitar de medo ou ter pressão arterial mais baixa ou mais alta. Posso entender a fascinação que esse pretenso transgressor exerça sobre pessoas à procura de autoafirmação, ávidas por se destacar no mundo. Isso é humano, demasiado humano. Sim, conheço as diferenças entre macho e fêmea, mas também sei que menstruar ou passar por alterações hormonais não me torna menos capaz como pessoa ou dependente de nenhum macho alfa. Não há mal em se fazer desejável aos olhos do seu amado ou da sua amada - e o desejo é multifacetado, é diverso. Mas sei que esse doce jogo da sedução entre mulheres e homens, tal como proposto pelo naturalista/anarquista Pondé, só tem graça enquanto eu for bem jovem e puder me enquadrar nos padrões de beleza em vigor. E, como mulher, filha e mãe, desejo que cada vez mais um número maior de meninas e mulheres ocupem espaços variados, que saibam se reinventar, que lutem por seus desejos e que não caiam na armadilha de atrelar a sua vontade exclusivamente à vontade do outro.
nooooooosssaaaa dig din magoei kkkkkkkkkk
ResponderExcluirvc é da área de humanas? me fale mais sobre as suas fraquesas.
ResponderExcluir_________
nunca diga dessa água não beberei.
sou formanda em direito e se um dia precisar de meus serviços estou á disposição, acima de tudo sou profissional e minha missão é defender meus clientes por mais malucos e psicóticos que eles sejam.
yulia
ResponderExcluirentao vc defenderia um estuprador se o cara pedisse "seus serviços"
ahn?
a lola apagou meu comentario mas naos descansareia te ter essa resposta
Arlequina,
ResponderExcluirA Naomi Klein fez um discurso no movimento em Wall Street. Não é dela que você está falando?
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18653
SILENCIO!
ResponderExcluir@Carol e Arlequina: desculpem, eu li errado o texto da Arlequina. Não sei como vi "criticando" ao invés de "coordenando".
ResponderExcluirCarol, obrigada pelo link. :)
Sério que tem aluna de Filosofia que pensa desse jeito?
ResponderExcluirNossa, a Vera causando muita hipertensão nesse post, hahaha.
ResponderExcluirVou lá tomar meu chá de camomila.
O Pondé é o típico burguês cientificista. Não me admira se ele entrasse numa de Psicologia Evolucionista.
ResponderExcluirdepende , se ele foi falsamente acusado de estupro,sim. agora se ele realmente estuprou, aí não.
ResponderExcluirmas não faltará quem o defenda. nem todos os criminosos o advogado é obrigado a defender.
Vera, vc é chata mesmo, mas nós não somos, ok?
ResponderExcluirO occupy wall street pode ateh vingar em alguma coisa mas não subestimem o adversário!
ResponderExcluirQuanto ao exemplo dos banheiros me lembra o comentário de um BBB ( que era advogado, O Alex) Justiça não eh tratamento igual para todos e sim tratamento diferente na medida das diferenças!
http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=acusado-de-agredir-jovem-em-boate-ja-responde-processo-04020C9A3766E0892326&mediaId=12183750
ResponderExcluirEssa estória de mulher ter que se 'enfeitar' para que os homens se apaixonem me deixou de queixo caído. Pior que mulheres assim não conseguem ver os homens pela essência e só aceitam o tipico 'cara bombado de academia'. Esses estereótipos que acabam com o mundo!
ResponderExcluirE tem mais, para elas se o cara não for o machão (machista) ele é gay ou otário.
Este rapaz que quebrou o braço da moça jura inocência, mesmo que as imagens mostrem o momento do ocorrido. O advogado alega que ELA que atacou ele! Como sempre a culpa é do mais fraco! Espero que esse idiota pegue cana para aprender a respeitar um NÃO.
ResponderExcluiresse vagabundo já tem passado violento, vai ser difícil ele escapar da cadeia dessa vez.
ResponderExcluirACHEI a matéria, finalmente. O problema de acompanhar vinte jornais diferentes é que você não lembra ONDE leu a desgraça da informação que tá procurando.
ResponderExcluir^http://www1.folha.uol.com.br/mundo/991161-indignados-dos-eua-evitam-desocupacao-de-parque-em-nova-york.shtml
No fim da notinha dessa matéria, dizem que a organizadora do movimento Ocupem Wall Street é uma moça, Camille Raneen. Não estou devidamente informada sobre o movimento, mas sei qeu ele é aparentemente sem líderes, mas se a matéria citou como organizadora, ela, no mínimo, é porta-voz de alguma coisa. O que já me deixa feliz. =)
Queria saber a opinião da Lola (e de vocês) sobre o Movimento do Ocupem Wall Street e os Indignados mundo afora.
ResponderExcluir[não estou tentando pautar seu blog, Lolíssima, só estou curiosa mesmo e não queria desvirtuar o pobre guest post]
Arlequina, pode pedir minha o opinião! Isso não é "pautar o blog". E, mesmo que fosse, não me incomodo nem um pouco que leitoras e leitores queridos deem sugestões. O que não gosto é de desafetos ditando o que devo escrever, e interpretando meus silêncios (se eu não falo sobre a situação da mulher no Irã é porque eu apoio o presidente do Irã, por exemplo). Então, tô pra escrever um post sobre o movimento Ocupe Wall Street, só preciso encontrar um gancho. Sou totalmente a favor. Acho o máximo. Estamos vivendo numa época de grandes protestos e grandes mudanças. Eu acho que é um privilégio dos jovens poder viver num tempo de tantas reivindicações importantes. Vamos às ruas!
ResponderExcluirDigdin, indiretinhas minhas no Twitter? Eu sempre te falei na cara o que eu acho de vc. Vc é um loser completo. Não gosto desses binarismos winner/loser, mas não consigo pensar em outra palavra pra descrever um cara que gasta tanto tempo num blog que odeia (pô, vc passa mais tempo aqui do que eu!). E pior: vc acha que as suas linhas semi-analfabetas conseguem mudar o pensamento de alguém. Sinceramente, acho que até um mascu mirim como vc consegue encontrar alguma coisa pra fazer na vida. Os fóruns mascus não te dão atenção, ó Batatinha Viril?
@lola e arlequina - tenho acompanhado pelo reddit e conversando com um pessoal que está participando de ocupações em outras cidades. Parece que está indo bem, mas o que acontece é que tem tanto militantes de esquerda bem informados, quanto gente que está incomodada com a crise econômica, mas sem muita experiência política, então já vi comentários do tipo "tem corporações boazinhas que vão nos ajudar", assim como tem um monte de democrata querendo usar o movimento para fazer campanha do Obama. Os caras do tea Party e alguns libertários tem tentado participar, mas em geral eles não são muito bem vindos. Também tem gente de sindicato. Pessoalmente acho que justamente está faltando algum tipo de organização/ orientação ideológica. Eu gostaria de ver o OWS evoluindo para manifestações trabalhistas, com mais envolvimento sindical. E também que conseguisse radicalizar mais pessoas, porque muitos americanos são simplesmente mal informados e acham que a única esfera política possível é republicanos versus democratas.
ResponderExcluirConcordo contigo, AHB. Por enquanto o Ocupe Wall Street parece mais um saco de gatos, com o perdão da expressão hedionda. Tem muita gente de muitas vertentes, inclusive antagônicas. Mas acho que as esquerdas ainda estão um pouco mais no comando do(s) movimento(s). Também li em vários lugares que muitos dos líderes, se é que há líderes, são mulheres. Me parece algo bem espontâneo, meio como a Marcha das Vadias, levando em conta as devidas proporções. As marchas das vadias também reuniram pessoas de muitas vertentes, tinha até mulher anti-feminista, e depois quem foi tomando o leme mesmo foi o pessoal mais politizado, mais militante, que são as feministas. Acredito que o mesmo vai acontecer com esses movimentos dos indignados. Ou pelo menos espero!
ResponderExcluirjá que falaram do pondé,se ainda estiverem interessadas,vejam esse texto que ele escreveu sobre como não ver em uma mulher um objeto,e,como elas gostam disso : http://www.paulopes.com.br/2011/07/como-achar-uma-mulher-gostosa-sem.html
ResponderExcluirtem esse tb,se tiverem estomago :
ResponderExcluirhttp://www.paulopes.com.br/2009/12/fracassados-nao-pegam-ninguem-ou-so-as.html
"tem corporações boazinhas que vão nos ajudar"
ResponderExcluirAi, ai, quanta ilusão.
Este post me lembrou um filme que vi no Carnaval, chamado "Maria, mãe de Jesus". É uma produção iraniana, baseada no Alcorão, que retrata Maria como um messias, capaz de realizar os mesmos prodígios de Jesus. Por uma circunstância do destino, ela cresceu no principal templo judeu da época, onde só homens podiam entrar. Ou seja, era uma revolucionária desde o berço. O interessante é que o nascimento dela havia sido profetizado, mas, como ela era mulher, acharam absurda a ideia de ela ser um messias e a deixaram em paz (se a tivessem assassinado, como teria acontecido se ela fosse homem, Jesus não teria nascido e a história local e da humanidade inteira teria tomado outro rumo). Maria e, por consequência, Jesus, foram salvos pelo machismo, vejam só. Deus realmente escreve certo por linhas tortas. O filme é iraniano, baseado no Alcorão, como eu falei. Acho que só no oriente um filme desses seria produzido, porque por lá eles não têm os mesmos preconceitos que temos por aqui, pelo menos com relação a Maria de Nazaré. Quem quiser ver o filme, está à venda na Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=5085997&sid=899016069131017327065325246 . Engraçado haver um orador falando sobre a abolição do dinheiro. Talvez seja utopia minha, mas acho que esse é o futuro da humanidade. Um dia, num futuro distante, o amor pelo conhecimento, o amor pelas artes, o altruísmo e outros sentimentos mais nobres substituirão o dinheiro como móvel da humanidade. Vai demorar, mas vai acontecer. Um dia a humanidade vai perceber que a monetarização é um entrave/limitação ao desenvolvimento humano, inclusive material. Então o dinheiro será substituído por motivações mais nobres e inteligentes, que permitam à humanidade ir além das possibilidade do dinheiro, que são finitas.
ResponderExcluirmorque não mijam em casa , antes de sair ? porra que frescura !! até a arquitetura dos banheiros é machista ?? O que esse povo não faz pra não ter de plantar feijão ...
ResponderExcluirvot...
Enquanto isso lá na terra das Veras as mulheres mega arrumadas saem de casa com o fim específico de achar o homem ideal e um banheiro público limpo e sem filas, mas diante da perspectiva Veristica, no fim das contas toda a mulher se torna frustrada e mal amada, pois ambos os ideais jamais serão conquistados porque somos chatas demais. Acho que entendi!
ResponderExcluir@Lola, @AHB,
ResponderExcluirÉ, minha única ressalva (e é uma ressalva bem grande, pra ser honesta) com o movimento é a história dele não ter demandas um pouco mais concretas do que 'stop being greedy' e de que tem um balaio de gato muito feio entrando.
O que eu sei, é que, por exemplo, por tudo que ouvi aqui em Paris (no começo, eu fiquei tão empolgada com a história que eu queria acampar aqui...), é que o movimento daqui (o Ocupem La Défense, em apoio ao de WS) está sendo organizado por pessoas que estão indignadas com a crise econômica. Pessoas que na próxima eleição tem como candidata a Marine Le Pen, uma senhora da extrema-direita, bem no estilo de 'bem-estar-social-e-tudo-aos-franceses... mas a MINHA definição de franceses, claro, não esses 'imigrantes-disfarçados-de-franceses'.
E já vi até uma reportagem falando de um senhor nazista que fica lá no acampamento de Wall Street. Sei que isso tem MUITO da mídia também tentando sabotar e desmoralizar o movimento, mas... falta de organização leva à alguns pecados como esse.
Enfim, estou com alguns pés atrás, mas, no geral, acho que essa movimentação é realmente positiva e otimista. Sou a favor.
Obrigada pelas respostas! Adoro ouvir a opinião de vocês.
Que ótima essa observação sobre os banheiros. Nunca tinha pensado nisso. Aliás ele escreve muito bem!Beijos Lola.
ResponderExcluirSobre a critica do banheiro eu não sei bem se o problema é que existem mais mulheres para usar o banheiro do que homens.
ResponderExcluirTalvez haja o mesmo numero de homens e mulheres para usar os banheiros sim... Mas como sabemos, muitos homens dão preferência para mijar no matinho, no muro... E os banheiros deles ficam mais vazios.
Sobre os banheiros:
ResponderExcluirtem a questão prática de que homem pode só puxar pra fora e urinar, enquanto para a mulher a coisa não funciona assim;
tem a "educação", homem é em geral incentivado desde criança a fazer xixi em qualquer lugar, mulher não (além de ser perigoso, porque convenhamos se um decote já é "motivo" para estupro, imagine a calça já arriada);
tem uma coisinha chamada MENSTRUAÇÃO que exige determinados cuidados e que até onde eu sei não acontece com homens :) até a mulherada aqui esqueceu disso;
mulheres sofrem mais de incontinência urinária e outros problemas relacionados, precisam urinar mais vezes que homens;
mulheres normalmente se preocupam mais com higiene do que homens, ainda mais em banheiro público;
e tem a vaidade de umas, a frescura de outras e a chatice de umas terceiras. coisa pra caramba.
Ok, uma informação que eu não coloquei por pensar que estava subentendida no meu texto: mictórios. Um banheiro masculino com a mesma metragem de um banheiro feminino tem a capacidade de atender muito mais homens porque os mictórios ocupam pouco espaço. Normalmente, os projetos arquitetônicos destinam o mesmo espaço para o banheiro feminino e masculino, ou seja, naturalmente reservam uma maior capacidade de atendimento para os homens, pois os mictórios ocupam menos espaço. Agradeço pelos comentários e à Lola pelo espaço e espero ter esclarecido a questão.
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