Sei que o assunto está um tiquinho datado (é da semana retrasada), mas queria só deixar registradas as minhas muitas dúvidas. Estou falando sobre o primeiro colocado no Enem deste ano, o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro. O colégio sempre fica nas primeiras posições, mas só este ano a mídia deu tanto destaque ao fato que ele só aceita meninos. Eu, pelo menos, desconhecia esse dado. Lógico que os machistóides de plantão adoraram isso. Pra eles, foi a prova definitiva que 1) homens são mais inteligentes que mulheres, e 2) mulheres só atrapalham os pobres homens de progredirem na vida.
Há muitos outros fatores que foram mais ou menos ignorados: a escola é de elite, cobra uma mensalidade de 2 mil reais, em média (ou seja, os pais dos alunos têm nível universitário, o que já é um indicativo de notas melhores), tem uma taxa alta de professores com mestrado e doutorado, e é em tempo integral ― os alunos estudam lá de segunda à sexta, das 7:30 às 16:30, com aulas também aos sábados de manhã.
Pelo pouco que sei, imagino que o Enem seja bem mais interessante que aquela decoreba que era (e continua sendo em muitos lugares, como a USP) o vestibular. Vários professores da área de Exatas consideram o vestibular uma excelente ferramenta de avaliação, e juram que o Enem colocará toda a meritocracia a perder. Eu conheci alguns colégios que tinham como única meta fazer o aluno ingressar numa boa faculdade, e nunca entendi o porquê de se estudar onze anos (porque eles garantem preparo pro vestibular desde a primeira série) para se passar numa única prova de algumas horas. Parece que o Enem dificulta um pouco essa obsessão de preparo-durante-onze-anos-pra-se-passar-numa-prova. Por outro lado, tenho certeza que os alunos do São Bento conseguem ir bem tanto no vestibular quanto no Enem. E claro que é importante tirar boas notas, garantir ingresso na universidade desejada e tal, mas só isso (sucesso numa prova) não me parece critério suficiente para se medir uma boa escola, ou um bom aluno.
Ainda que eu tivesse um pimpolho e pudesse arcar com uma mensalidade dessas, eu não colocaria filho meu pra estudar numa escola que tem um brasão tão parecido com o da Tradição, Família e Propriedade. Eu iria preferir que a criança estudasse com uma grande diversidade de alunos. Não é só que os alunos do São Bento ficam longe das meninas. A julgar pelas fotos, eles também ficam longe de negros. Segregação total. E olha o final da notinha que a escola divulgou em junho, quando um aluno de 14 agrediu um de 6: o colégio São Bento “continuará empenhado com a verdade e dedicação em formar homens de bem”. Verdade? Homens de bem? Bolsonaro não poderia resumir melhor.
Porém, não estou tão certa que só o fato da escola só aceitar meninos seja algo necessariamente negativo. Quero dizer, quando penso em escolas só pra um sexo, penso sempre em Sociedade dos Poetas Mortos (filme tocante que mostra uma escola hiper tradicional que insiste na disciplinargh), e na felicidade da menina lésbica em Eleição ao saber que será mandada para um colégio só de meninas (o que ela mais quer na vida é virar amigona da Madonna).
Vinte e poucos anos atrás, quando terminei o segundo grau, quase fui estudar numa universidade em Minneapolis, EUA, chamada St. Catherine... que era só pra mulheres. Não fui por uma série de motivos, entre os quais porque não me agradava a ideia da segregação, mas, pra ser franca, porque eu não queria viver longe do Brasil, do meu pai e do cachorrinho que eu tinha acabado de ganhar. Porém, o pouco que ouço sobre escolas e universidades só pra mulheres é que o ambiente é positivo porque, na falta de meninos, as alunas podem se vestir como quiserem, e existe menos competição entre elas. Dizem que há um clima de camaradagem maior, de sisterhood. Eu não sei, e não pagaria pra ver.
Até porque me parece que toda escola/universidade pra um só sexo tem nome de santo, certo? É tudo escola religiosa. E só esse já seria um ótimo motivo pra não estudar numa escola dessas, ou pra colocar meu filho imaginário em uma. E você, o que acha?
Pelo pouco que sei, imagino que o Enem seja bem mais interessante que aquela decoreba que era (e continua sendo em muitos lugares, como a USP) o vestibular. Vários professores da área de Exatas consideram o vestibular uma excelente ferramenta de avaliação, e juram que o Enem colocará toda a meritocracia a perder. Eu conheci alguns colégios que tinham como única meta fazer o aluno ingressar numa boa faculdade, e nunca entendi o porquê de se estudar onze anos (porque eles garantem preparo pro vestibular desde a primeira série) para se passar numa única prova de algumas horas. Parece que o Enem dificulta um pouco essa obsessão de preparo-durante-onze-anos-pra-se-passar-numa-prova. Por outro lado, tenho certeza que os alunos do São Bento conseguem ir bem tanto no vestibular quanto no Enem. E claro que é importante tirar boas notas, garantir ingresso na universidade desejada e tal, mas só isso (sucesso numa prova) não me parece critério suficiente para se medir uma boa escola, ou um bom aluno.
Ainda que eu tivesse um pimpolho e pudesse arcar com uma mensalidade dessas, eu não colocaria filho meu pra estudar numa escola que tem um brasão tão parecido com o da Tradição, Família e Propriedade. Eu iria preferir que a criança estudasse com uma grande diversidade de alunos. Não é só que os alunos do São Bento ficam longe das meninas. A julgar pelas fotos, eles também ficam longe de negros. Segregação total. E olha o final da notinha que a escola divulgou em junho, quando um aluno de 14 agrediu um de 6: o colégio São Bento “continuará empenhado com a verdade e dedicação em formar homens de bem”. Verdade? Homens de bem? Bolsonaro não poderia resumir melhor.
Porém, não estou tão certa que só o fato da escola só aceitar meninos seja algo necessariamente negativo. Quero dizer, quando penso em escolas só pra um sexo, penso sempre em Sociedade dos Poetas Mortos (filme tocante que mostra uma escola hiper tradicional que insiste na disciplinargh), e na felicidade da menina lésbica em Eleição ao saber que será mandada para um colégio só de meninas (o que ela mais quer na vida é virar amigona da Madonna).
Vinte e poucos anos atrás, quando terminei o segundo grau, quase fui estudar numa universidade em Minneapolis, EUA, chamada St. Catherine... que era só pra mulheres. Não fui por uma série de motivos, entre os quais porque não me agradava a ideia da segregação, mas, pra ser franca, porque eu não queria viver longe do Brasil, do meu pai e do cachorrinho que eu tinha acabado de ganhar. Porém, o pouco que ouço sobre escolas e universidades só pra mulheres é que o ambiente é positivo porque, na falta de meninos, as alunas podem se vestir como quiserem, e existe menos competição entre elas. Dizem que há um clima de camaradagem maior, de sisterhood. Eu não sei, e não pagaria pra ver.
Até porque me parece que toda escola/universidade pra um só sexo tem nome de santo, certo? É tudo escola religiosa. E só esse já seria um ótimo motivo pra não estudar numa escola dessas, ou pra colocar meu filho imaginário em uma. E você, o que acha?
Fico perdida nesse assunto. Sou bem nerd e a bagunça que os meninos faziam na aula me atrapalhando a estudar chateava. Por outro lado fofoca de menina também é um saco e no fim, ou na época da adolescência conversava mais era com os meninos mesmo. Saindo deste desvaneio. Acho que qualquer escola com alunos realmente estudando em tempo integral e de maneira empenhada conseguiria bons resultados no Enem ou no Vestibular. O problema esta justamento no que você falou a segregação, isso distorce a realidade de maneira que talvez incapacite esses indivíduos a terem compaixão, não por maldade mas sim por não conseguir ver o outro. Afinal mesmo misturados como somos na maioria temos dificuldades em realmente nos colocar no lugar do outro. Imagina se só conhecermos outros iguais? Simplesmente ficaremos cegos para os "diferentes". Por isso acho muito importante a convivência com pessoas de todos os jeitos, não só no credo, como nos valores quanto mais opções maiores as chances de escolher bem nossas verdades.
ResponderExcluirAcho q qto mais cedo aprendemos a conviver com a diversidade, melhor. E a escola é pra isso tbm, não é? pra formar pessoas e não vestibulandos.
ResponderExcluirUm meio termo deste modelo séria interessante, como salas separadas e nos intervalos ficarem juntos e promover outras interações as vezes.
ExcluirEu estudei da (antiga) quinta a oitava numa escola só de meninas. E sim, era uma escola católica, mas com mensalidades populares (eramos os primos pobres das escolas salesianas da cidade).
ResponderExcluirE confesso que adorei! Cheguei a escola com raiva de ter mudado de cidade, ainda mais no meio do ano. Mas depois, fiquei muito triste de ter que mudar na época do ensino médio (a escola nao oferecia).
E amei a experiência de estudar numa esola só de meninas porque realmente nesse período de mudanças tao confusas estar cercada de meninas foi muito acolhedor. Eu me lembro dos meus primeiros dias de aula na escola mista e de como foi assustador o jeito que os meninos olhavam e de como as meninas se portavam a frente deles... De como até as aulas funcionavam diferente.
Pode ser que tudo isso tenha me marcado muito porque voltei para escola mista exatamente com 14 pra 15 anos, auge da puberdade. Mas eu sei que era muito bom estar só com meninas e de os meninos entrerem na nossa conversa só como possíveis namoradinhos, implicancias, etc. Nao precisavamos, e nem queríamos, eles por perto naquelas horas...
Mas, mesmo assim, eu nao sei se colocaria um filh@ imaginário numa escola só pra meninas ou meninos. Só sei que a minha experiência foi muuuito boa!
Ah!! O comentário já está enorme, mas me lembro de ter dado aula para oitavo e nono anos em escolas mistas e nesses dois anos específicos eu suplicaria para todas as escolas do universo serem segregadas, porque é impossível obter a atençao deles enquanto os meninos engrossam as vozes e as meninas ganham corpo... É terrível!! ;)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu pai foi do SB e ele não colocou nenhum dos filhos lá NENHUM. Porque tem um fator que eu não sei se você sabe, mas essa parada de "preparamos para o vestibular e blablabla" faz com que eles "convidem a se retirar" qualquer aluno que repita de ano. (Esse é mais um dos fatores do por quê o colégio São Bento fica sempre em primeiro, porque eles não dão a mínima para os alunos que não correspondam ao seu ideal de perfeição)
ResponderExcluiresse ano meu filho mudou de escola, foi para uma maior e, dizem, melhor (pelo menos é mais carakkkkkkk).
ResponderExcluirNa véspera da primeira aula dele eu tive um pesadelo no qual descobria q a escola era só para meninos. fiquei p da vida...queria tirar ele de lá, mas não podia mais, ele estava (no pesadelo) juridicamente obrigado a estudar naquela escola até ir para a faculdade. Quando acordei foi um alívio.
A escola é bem legal, na verdade estou gostando. é de elite mas tem uma certa diversidade pq eles dão muitas bolsas de estudo. Outra coisa que adoro é que não tem nenhuma ligação com qq religião (embora, como em tudo no brasil, tenha uma certa tendência católica). Eu não tenho condições de lidar com escola de religião alguma.
Mas bom, voltando ao tema, eu considerei pesadelo porque acho horrível essa segregação de meninos e meninas.
Aqui onde moro tem um padre franciscano (taí, desse eu gosto, mas acho q o papa não ia gostar dele se soubesse q ele existe...) que faz um lindo trabalho com adolescentes em conflito com a lei. Há uns anos ele decidiu que a casa de acolhimento que ele coordena ia ser mista. O povo caiu de pau encima dele. Como assim? o senhor quer promover suruba??? E ele, na maior calma:
- sexo vai rolar de qq jeito. Se botar só menino, vão transar, se botar só menina, vão transar. Prefiro dar liberdade de escolha! PAF
E deu super certo. É o melhor índice de reinserção de adolescentes na sociedade. Eu adoro ir lá. Apesar de todo o sofrimento q eles passam, lá eles se sentem livres (apesar de não serem - tem várias restrições de liberdade já que cometeram crimes.)
bom, me alonguei, sorry.
Primeira vez que vou comentar nesse blog, normalmente eu não comento em blog algum, apenas leio. Mas, de certa forma deu vontade de falar hoje.
ResponderExcluirPenso que não deveriam existir escolas assim, o período de nossas vidas que passamos em uma escola é curto, porém é o mais importante. Pois, estamos na escola nas fases de desenvolvimento, você entra como criança e sai como adulto. É uma fase de aprendizado sem fim, não só em questão escolar, mas em questão de cidadania também.
E é nessa fase que você precisa ter diversidade, para saber lidar com ela na vida. Para que você aprenda a respeitar as pessoas, e saiba que branco/negro, homem/mulher, hetero/homo são todos iguais...
Uma escola assim pode ter o melhor ensino em questão educacional (levando em consideração que normalmente são escolas particulares), mas, em questão social ela deixa o aluno um alien para seguir na vida, achando que o mundo só tem pessoas iguais a que ele conviveu, ou seja, totalmente despreparado para lidar com as diferenças que irão surgir.
Se for analisar a fundo, diretamente ou indiretamente é esse tipo de escola que aumenta ainda mais o preconceito que existe no mundo.
Em uma olhada superficial você nota que os alunos dessa escola provavelmente, além do sexo masculino é claro, eles devem ser também: católicos, brancos e heteros. Olha que lavagem cerebral um aluno desses sofre... Não estou dizendo que a intenção da escola seja de promover o preconceito, mas que ela acaba fazendo isso de um jeito ou de outro.
Aprendi uma coisa na minha vida: quanto mais dividimos as pessoas, mais preconceito nós geramos.
Lola, saiu uma matéria na CartaCapital (de umas duas semanas atrás) sobre uma escola de Educação Infantil de Curitiba (de elite também) que separa os alunos por gênero com uma cerca.
ResponderExcluirA princípio, eu sou contra (para minhas filhas), mas isso me parece tão longe da minha realidade que confesso que nunca tinha pensado no assunto até ver a matéria.
Coloquei a minha filha de 4 anos na escola pública este ano justamente para que ela possa conviver com a diversidade, então esta separação não faria sentido para mim. Mas, ao ler estas experiências positivas de quem estudou em uma, fico pensando se não tem suas vantagens para as próprias meninas.
Eu sempre estudei em escolas mistas, tinha grupos de amigos de ambos os sexos, mas sempre fizemos nossos clubinhos femininos também, o que, para ser sincera, eu acho ótimo até hoje.
Beijos
'Vários professores da área de Exatas consideram o vestibular uma excelente ferramenta de avaliação, e juram que o Enem colocará toda a meritocracia a perder. '
ResponderExcluirVocê tem algum problema com o pessoal da exatas.Eu já cansei de ver tanto o pessoal das exatas como os filósofos das humanas, tanto esculhambando quanto elogiando o enem.
Eu concordo com o argumento de que as crianças e adolescentes precisam aprender a conviver com a diversidade, e a escola é o principal local de socialização para a maioria delas.
ResponderExcluirPor isso, acho que não colocaria meu/minha filh@ imaginário em uma escola segregada.
A maioria deve se sentir mais à vontade numa escola segregada - é mais "confortável" não conviver com quem é diferente de nós, não é?
Mas o mundo não é assim...
Tem um filme que tem tudo a ver com o assunto, chamado Só Para Mulheres (em inglês "All I Wanna Do" ou "Strike").
Mostra um grupo de garotas americanas nos anos 60 que estudam numa escola de elite só para mulheres.
Elas descobrem que a escola irá se juntar com uma escola para garotos no ano letivo seguinte e se tornar uma escola mista. A maioria detesta a idéia, e elas fazem de tudo para impedir que a união aconteça, inclusive greves e manifestações.
Parece que é baseado numa história real.
Eu achei o filme ótimo, acho que você iria gostar, Lola! Gostaria que você falasse sobre ele aqui no blog.
Nós torcemos para que elas tenham sucesso e os garotos idiotas fiquem longe.
Mas temos que levar em conta a época histórica. O movimento feminista estava começando a obter algumas conquistas, mas as garotas sentiam que seriam discriminadas e a qualidade de sua educação cairia se a escola fosse mista...
Lola,
ResponderExcluirTenho uma sobrinha inglesa, que estuda lá num colégio só para meninas. Não tem nome de santo no nome do colégio, mas é algo detestável, ao meu ver. As meninas usam farda e não se pode nem pintar a unha, mas ainda assim, existe MUITA competição. Desde quem tá com o cabelo mais bonito até a quem conseguiu levantar a saia mais um milímetro sem que a inspetora notasse. Fora que minha sobrinha tem 15 anos e acha que nunca vai arranjar um namorado na vida, porque ela não conhece menino algum. Tudo bem que eu, vc e todo mundo sabe aqui que essa preocupação é boba. Mas o que eu quero dizer é que ela não sabe se comportar perante meninos em geral, imagina o que uma cabeça adolescente pode fazer quando encontrar um menino qualquer que encante ela, e ela passe a achar que aquele menino é o único que ela encontrará na vida? Pois é.
Já mandei minha irmã tirar ela de lá, mas os melhores colégios da região são assim. Meu sobrinho, de lá, também estudou em colégios só para meninos e devo dizer que, muito embora ele seja um menino adorável em outros aspectos, o machismo dele ultrapassa meus limites de aceitável. Uma lástima.
Essa parte aí do Bolsonaro ficou bem exagerada, Lola. xD
ResponderExcluirMas minha opinião é por aí. Eu também não sei o que pensar, rs.
@Maria
ResponderExcluirAcho que todos os colégios no topo do ranking do enem (e outros vestibulares) selecionam alunos. Se não é "convidando a se retirar" é com vestibulinho para entrar.
Aliás sempre que eu penso nisso me vem a cabeça o Ioschpe e o Dimenstein martelando que a culpa da educação falida é do professor e nunca do aluno (e nunca dos baixos salários), como forma de rebater a idéia de que procedência do aluno faz uma baita diferênça.
Amei esse padre, Aiaiai! HSAUSAHSAUHSASAHASUHAS
ResponderExcluirMeu maior problema com esse tipo de escola é a falta de diversidade. Provavelmente todos os alunos têm uma vida muito parecida, os pais têm dinheiro, eles vão e voltam de carro, não convivem com negros, pobres, meninas, isso não tem como ser coisa boa...
ResponderExcluirBem, eu acho que qualquer esforço em transformar as meninas não em inimigas entre si, mas fazendo-as conviver amigavelmente, acho muito válido. E, claro, um ambiente mais confortável para garotas... Eu estudei em escola mista de rico-wannabe (Típica classe média baixa que acredita MESMO que se passar no vestibular vai ganhar carro, manja?), só que tivemos uma turma segregada no segundo ano.
ResponderExcluirResultado: Meninos jogaram uma cadeira pela janela, invadiam a sala das meninas pra fazer tumulto... Não digo que a sala das meninas era o paraíso, até porque eu era A LÉSBICA, segregada por mim mesma; e era uma falação muito grande, mas eu acho que me sentia mais confortável lá que em sala mista (E até cheguei a criar mais contatos/amizades! Olha que eu era EXTREMAMENTE anti-social naquela época). Terminou que, no terceiro ano, voltou a ser mista, já que agora seríamos orientados por dois professores de cursinho e essa coisa pomposa toda.
Meu ensino médio todo foi uma merda, então não sei se posso falar algo. =p Mas achei a experiência interessante. A turma segregada foi recebida com MUITOS protestos e má-vontade (As meninas até queriam ir um dia pro colégio de roupa de menino e bigode falso, pra protestar) então acredito que essa coisa "de repente" atrapalhou um pouco a experiência.
Aliás, eu tenho/tinha um amigo que estuda no Santo Agostinho. Minha nossa, como eu já briguei com ele por tudo. O cara era filho de militar, super cultfascistinha, super "estudo numa escola melhor que você, logo, sou mais inteligente". Quando eu lembrei a ele o fato que eu sempre fui adiantada no colégio e que passei pra famosa Universidade Federal "O-GOverno-Vai-Fechar-As-Barcas-Para-Não-Deixar-Os-Alunos-Protestarem-Em-Meio-À-Ditaura" Fluminense de boa na lagoa, passei na UFRJ e tive outros pseudo-méritos acadêmicos, ele disse que foi porque minha escola era fácil demais e por isso me deixava passar, e a Universidade não disse nada, mas imagino que ele pense que História é um treco babaca.
Eu reparei que até em algumas escolas medianas isso acontece, convida a se retirar e as provas de admissão.
ResponderExcluirUma escola perto da minha casa inclusive chamou a mãe de um aluno, que repetiu de ano, no canto insinuando que o menino tinha dificuldades de aprendizado e que outra escola estaria mais apta para lidar com as necessidades dele. O garoto foi avaliado e não tem nada demais com ele. O problema era a metodologia da escola, muito decora-pro-vestibular, aí inventam TDAH e etc nas crianças para disfaçarem uma limitação que na verdade é da própria escola, que viram empresas preocupadas com ranking e metas. Já escutei falar de outros casos assim. Muitas dessas são as "de elite".
Se fechar em grupinhos pode ser mesmo mais "confortável" e tenho minhas dúvidas sobre até onde é válido estudar do Jardim de Infância ao Ensino Médio num ambiente segregado. Infância e juventude são períodos muito importantes para a socialização. Para segurar a barra da limitação social, a família teria que ser muito competente para incutir valores nessas crianças e a maioria não é.
Notas beneditinas:
ResponderExcluir1) O alto desempenho do S. Bento tem tudo a ver com seleção de alunos e nada a ver com seleção sexual.
2) Por peculiaridades genéticas, em qualquer traço psicológico/comportamental (e.g. inteligência, tendências oligofrênicas ou talento pra fazer bolo de aipim) as mulheres costumam ocupar o centro da curva de Gauss, com maioria de homens em ambas as pontas (da curva).
3) Homens de bem é ultrapassado mesmo. Melhor se comprometer com homens de bens.
4) O deputado Bolsonaro é ótimo representante de seus eleitores (eleitores dele).
5) A TFP também não aceita mulheres.
Obrigado.
Eu, apesar de celebrar a diferença, não vejo problemas em escolas só para garotos e só para garotas. Sei lá, ainda não consegui me convencer de que realmente é algo ruim. Fora da escola já existe muito contato, não é como se fosse num mundo em que meninos e meninas vivam separados o tempo inteiro.
ResponderExcluirQuanto ao São Bento, eu tive boas supresas conversando com vários homens cujas opiniões já tenderam ao machismo certas vezes: nenhum achava que o fato de o São Bento ser bom era só haver meninos lá. Bobo quem vai nessa ideia e acredita piamente nisso.
Ele foi bom no Enem porque preparou os alunos desde cedo para esta prova, inclusive, como apontaram alguns, selecionando os que não estavam "à altura".
Um aluno entra no começo do EM e não se pode entrar mais nenhum depois disso. O planejamento é a formação do menino durante os 3 anos de EM, ou nada. E, segundo uma das reportagens, a ênfase em humanidades nas discussões também ajuda.
ntw,
eu também não gosto dessa divisão entra humanas e exatas, já que me considero das duas áreas. E confesso que já ouvi gente de TODAS as áreas reclamando do Enem. Principalmente professores de cursinho, ameaçados pelo estilo da prova.
Uma outra coisa de que se reclama muito é o fato de um aluno de outra região poder passar em vestibular de outro local, distante. Eu acho isso ótimo e algo que realmente vai promover diversidade, se a mobilidade acontecer.
Mas você podia comentar o resto do texto, não só essa parte, né?!
Há, lembrei de "O Ateneu".
ResponderExcluir***
Yo soy altamente suspeita pra opinar neste aspecto.
Imagina só eu numa faculdade japonesa só pra mulheres na pós graduação?
Meo deos! Já imagino a sisterhood toda indo assistir ao Takarazuka no final de semana! *¬*
Não vejo problema tb em escolas só para meninos ou meninas, desde que não se ensine as crianças qualquer espécie de sexismo por conta desta opção. (pode ocorrer isso?não sei..)
ResponderExcluirMas para meninas eu acho que seja benéfico tb, quando estamos em um ambiente so com mulheres, de fato não há tantas regras de convivencia né? Os homens se incomodam muito com nossa natureza, e infelizmente o mundo é fálico centrista.
Mas o que me incomoda msm na questão destas escolas caras, é que se estimula muito essa coisa do vencedorXperdedor, focam muito nessa coisa de "vencer" para ser "lider".
Os diretores destas escolaram preparam seus alunos para conseguirem conquistar seus objetivos, não importa como, estimulam que sejam pessoas que não tenham receios de mandar, explorar outras pessoas.
(sei que estou generalizando, mas digo isso por experiencia, sempre estudei em escolas "elitistas" onde se prezava muito essa coisa de vencer, vencer, a qualquer custo)
O vestibular é somente para eles a prova de fogo que vc começou sua vida "bem sucedida e vitoriosa" no caminho certo, é quase um rito de maturidade.
Tenho alguma experiência nesta área: estudei num colégio católico misto, mas que no ensino médio virava exclusivo para meninas porque só oferecia o curso de formação de professores (não sei o que aconteceria se um menino quizesse fazer o curso...)No início detestei a idéia ,especialmente por causa do curso, mas depois, o fato de estudar só com meninas acabou sendo muito legal! E não tem esta de menina é mais quietinha, vai ser mais tranquilo... Acho que principalmente por não ter meninos este estereótipo não colava e a gente fazia muita bagunça, até coisas que seriam consideradas mais de menino, por exemplo, o boliche humano: a escola tinha longos corredores enceradíssimos, se um grupinho estivesse conversando distraído, vinha uma amiga correndo e se jogava no chão derrubando as outras!! Divertidíssimo e perigoso. Não imagino meninas fazendo isto num colégio misto, acho que os adolescentes acabam vigiando mais a maneira como se comportam por existir possivelmente um interesse em algum colega. Enfim, pra mim foi ótimo e tenho grandes amizades feitas nesta fase, me lembro com muito carinho das amigas desta época, mas mesmo assim, como só se vive uma vez, não sei como teria sido ter uma experiência diferente...
ResponderExcluirAcho que pro meu filho imaginário eu não abriria mão de um colégio com diversidade de classe sociais, tem muitos colégios que dão muitas bolsas e conseguem criar um clima mais diverso (o meu era assim). Já segregação por sexo acho que pode ser positiva para alguns e negativa para outros, dependendo da personalidade de cada um.
Este seu texto me remeteu a lembranças de escola que gostaria de compartilhar.
ResponderExcluirEu estudei em escola católica só para meninas, até a terceira série, e acho que é balela a conversa de que há menos competição e mais camaradagem.
Existe muita sacanagem, o que hoje andam chamando de bullying, e há uma característica ainda mais perversa: ensino [implícito] de uma moral à qual as mulheres devem se adequar, seja em comportamento, roupa, conduta sexual etc. O ensino era meio idiotizante, do tipo decoreba, preencher lacunas em um texto IDÊNTICO ao do livro. Perfeito para criar futuras donas de casa, pois nem para passar numa prova de vestibular aquilo devia servir.
Não que fosse um método exclusivo para as meninas, pois vizinha a esta escola havia outra, só para meninos, utilizando o mesmo método de "ensino". A esta altura, quem conhece já deve ter sacado de qual escola estou falando...
Mas sou muito sortuda e vou contar porquê: mudei de escola exatamente na quarta série, para outra escola religiosa, porém mista, e muito mais focada em um ensino humano, ensinar a pensar, a pesquisar, a aprender por si mesmo, e isto décadas antes do advento do fenômeno google de pesquisa, copia aqui, cola ali... tinha que caçar em livros mesmo. TINHA que ler.
Quando fiz o teste para admissão, fiquei simplesmente petrificada, pois tratava-se de ler um texto e sublinhar o mais importante, e para ter uma idéia do meu estágio
de aprendizado, eu não tinha a menor idéia de como fazer isto. Penei um pouco no primeiro ano, pois havia trabalhos, seminários,
mas foi o melhor que me aconteceu. Graças a Deus - sim, eu acredito em Deus [não um Deus homem, velhinho e punitivo - para esta questão, vide Paramahansa Yogananda, Autobiografia de um Iogue].
Continuando a falar na escola mista em que ingressei, tive a sorte de ter tido aula com a MA-RA-VI-LHO-SA professora Záira Barbosa Alves, na sétima e oitava séries, que ensinou não Português, mas Comunicação e Expressão Verbal em Língua Portuguesa, ou seja, desde análise literária até leitura crítica de jornais. Isso me valeu pela vida, e sou eternamente grata a meus pais pelo sacrifício de pagar aquela escola.
O ensino religioso era mais voltado para a moral, não para leituras evangélicas ou papéis sociais em que se enquadrar. Vimos até a Teologia da Libertação...
Outra sorte foi que a primeira comunhão, no colégio anterior, acontecia na quarta série, enquanto no colégio para onde mudei já tinha ocorrido, na terceira série. Com uma hábil enrolada nas freiras - elas são umas canadenses mercenárias e moderninhas - fiquei liberada de cumprir esta função católica, que não fez a menor falta na minha vida.
Já aprender a raciocinar, buscar informações, aprender, isso sim, não tem preço.
Lola, eu preciso te dizer que escolas que dividem alunos por gênero e com nome de santo nem são o pior...
ResponderExcluirAqui em Natal temos uma escola tradicional, só para meninas, com o sugestivo nome de "Escola Doméstica". Com esse sugestivo nome, imagina qual o foco da escola? Ensinar as alunas a cozinhar, lavar, passar, arrumar uma mesa (seguindo a etiqueta correta), cuidar de crianças.
Quem estiver achando que eu estou fazendo graça e que uma coisa dessas não existiria, em pleno século XXI, pode ler a matéria "A mulher será sempre dona de casa": http://tribunadonorte.com.br/noticia/a-mulher-sera-sempre-dona-de-casa/176751
Obviamente, com esse foco, o nível acadêmico da escola sempre esteve abaixo de outras escolas da cidade, pois estudar não era o mais importante, afinal de contas.
Flávia, que beleza de escola, heim...
ResponderExcluirAssunto complicado. Se tivesse um filho, ia querer colocá-lo em um colégio que tivesse bons resultados em Enem, vestibulares, whatever, mas jamais o colocaria em um colégio que fizesse qualquer tipo de segregação.
ResponderExcluirJá vivemos em uma sociedade machista, elitista. Se nossas crianças e nossos jovens se acostumam em um ambiente onde só existem pessoas do mesmo sexo, da mesma etnia, da mesma classe social, isso não o prejudica futuramente na hora de se deparar com quem não é seu "igual"?
Esses rapazes que vivem em um ambiente onde só existem outros rapazes não vivem em um mundo só de rapazes, então acaba me parecendo, que na hora de irem para o "mundo real" vai ser mais difícil lidarem com garotas no mundo profissional e até mesmo afetivo e sexual, terem empatia em relação a mulheres, enfim.
Mesma opinião em relação a lugares só para mulheres. Acho que jovens devem conviver o máximo possível com pessoas que não são totalmente iguais a eles.
Primeiro que a maioria das escolas que promovem segregação são de elite, o que é mal sinal, falando de porque já estamos falando de pessoas que não conhecem o "mundo real" em geral.
ResponderExcluirSegundo, acredito que a utilidade da escola não deveria ser formar robôs super bons em álgebra, mas pessoas capazes de conviver com outras, a aprender que existem pessoas diferentes e o mundo não gira ao redor do individuo. Logo, escolas separatistas são completamente inúteis no aspecto de formar alguma sociabilidade em seus alunos.
Além disso, sou contra escolas religiosas e gostaria que só houvessem escolas públicas e laicas - se quer ensinar religião pro filho, faça em casa.
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Lola: faz muito sentido agora, com essa informação sobre o São Bento, o fato da POLI ser um bastião fascista aqui na USP.
Para que conhecer sobre o assunto antes de comentar a respeito dele, não é mesmo?
ResponderExcluirVocê nem mora no Rio de Janeiro, não conhece nossa realidade social, como pode criticar uma escola que vem mostrando bons resultados há décadas? O motivo pelo qual o Colégio São Bento voltou às manchetes foi a sua ausência no topo dos resultados de qualquer vestibular, causada por um desinteresse dos alunos no resultado do ENEM do ano retrasado, por não ser aproveitado no vestibular da melhor faculdade do estado, a UFRJ.
E daí que a escola cobra 2 mil reais de mensalidade e oferecem aulas em tempo integral? Diversas outras escolas seguem este mesmo padrão (algumas são até mais intensas), sem alcançar os mesmos resultados.
E não, os alunos não ficam "alienados" por estudarem lá, pois a rotina do colégio incentiva a formação de laços sociais muito fortes. Os alunos do São Bento permanecem amigos mesmo depois de décadas. Com quantos amigos da escola secundária você tem contato mesmo, Lola?
Existem muitos valores que o São Bento prega e eu não compartilho, mas é inegável a qualidade do ensino, do seu corpo docente e, sobretudo, dos cidadãos lá formados.
E, só para deixar claro: não sou nem nunca fui aluno do Colégio São Bento. Estudei em escola pública e fui muito feliz nos anos que passei por lá.
ResponderExcluirTambém estudei em tempo integral e não me arrependo nem um pouco da experiência. Pode parecer estranho, mas alguns adolescentes ambicionam muito mais do que se tornarem professores universitários e "mamarem nas tetas" do Estado com seus contratos de estabilidade profissional.
Aronovich sua invejosa!
ResponderExcluirA força do teu olho gordo é que move o sucesso dos alunos da São Bento!
Xora com essa! Quem pode pode quem nao pode se sacode!
Ráaaaaaaaaaaaa falei !
Fatality !
Não concordo com esse tipo de escola. Segregar assim os estudantes parece ser muito prejudicial. Em alguns dos comentários acima as autoras dizem ter gostado desse método porque as meninas supostamente poderiam ser elas mesmas, não haveria pressão para que elas agissem conforme fosse esperado. Essa ideia me parece um infeliz engano. Nenhuma pessoa, independentemente de seu sexo, deveria ter de se importar com estereótipos. E para aprender a agir dessa forma, livre de pressões sociais desnecessárias, é preciso conviver com as diferenças.
ResponderExcluirSr. Dig Din, filhotinho do Flasht Jackson, adoraria saber como vc se saiu no Enem. Conta pra gente a sua nota? É que, sei lá, vc escreve “chora” com x, e acha que seu argumento (eu tenho inveja dos alunos do São Bento?) são “fatality”. Pelo que andam dizendo aqui nos comentários — que todas as escolas com notas altas no Enem e nos vestibulares fazem pré-seleção e não aceitam alunos abaixo da média —, imagino que vc nunca estudou no São Bento, certo? OWNED! FATALITY PLUS!
ResponderExcluirEstou adorando os comentários aqui. Claro que aparece gente ridícula como o flhotinho e o Ramon... Ramon, “como posso criticar” algo que não conheço? Não sei, como vc pode defender com unhas e dentes algo que vc também desconhece? Bom, eu morei no Rio durante 6 anos. Estudei na Escola Parque. Faz muito tempo, mas acho que conheço a realidade social do Rio e do Brasil. Eu mal estou criticando o São Bento. Estou colocando dúvidas sobre estudar numa escola só pra meninos. Eu estudei numa escola de elite em SP que também era integral. As aulas começavam às 8 e iam até as 15 horas, mas quase sempre ficávamos pra atividades extras até às 16:30. E a escola era católica também. Como acontece em toda escola de elite, a diversidade era mínima. A minha escola pelo menos era internacional, então era comum estudar com gente de várias nacionalidades. Mas, claro, quase não havia negros. E sim, tenho muitos alunos dessa escola ainda hoje. Cinco anos atrás fizemos o nosso Twenty Year Reunion (pois nos graduamos em 1986), e foi ótimo rever o pessoal.
Sobre o São Bento, acho meio assustador ter um brasão tão parecido com o da TFP. Mas certamente pra vc e pra essa escola valores como tradição, honra e disciplina são as coisas mais importantes da vida. Pra mim realmente não são.
E sobre mamar nas tetas do Estado, vai pastar, Ramon. Quando eu era adolescente, meu sonho nunca foi ser professora. Tanto que trabalhei com Propaganda. Fiz metade de uma faculdade de Propaganda. Mas muito tempo depois, mais madura, tive o privilégio de poder fazer mestrado e doutorado numa universidade federal de ótima qualidade. Ser professora de uma universidade pública é uma forma de devolver o investimento. Acho que, com as minhas qualificações, eu poderia ser professora em qualquer escola ou universidade particular que eu quisesse. Mas as particulares pagam mal, não investem em pesquisa, e, aliás, mal contratam doutores — preferem contratar mestres pra poder pagar menos. A estabilidade profissional (que eu ainda não tenho; só a partir de 2013, quando acabar o estágio probatório, se eu passar) é o que menos me interessa. Devido a minha capacidade, eu sempre tive plena estabilidade profissional onde trabalhei — e foi sempre em instituições privadas.
Aronovich sua fanfarrona!
ResponderExcluirSe acha que vo me meter em escola que so tem cueca? Se liga!! Estudei sempre em otimas escolas! Nao so filhinho de papai não, consigo tudo com meu merito, mas parece que vc nao gosta de merito!
Admita que vc gostaria de estura numa escola so de mulher! há!
FAtality plus?Larga de ser ridicula!
VC NAO AGUENTA 10 MINUITOS DE BATALHA MENTAL COMIGO!
meus argumentos fazem tu cai no chão tremendo que nem vara verde!
Mas tu paga de pomposa, mas sabe que a real é que essas escolas vão ser sempre o que vc nao pode ter, HONRA E VERDADE!
XORA COM MAIS ESSA! fueeeeeeein
No RJ esses R$2 mil aí não é um valor astronômico de mensalidade para as escolas que são consideradas boas, Lola. E o povo paga, sabe se lá como, para mais de um filho porque tudo é esse preço mesmo. O que não significa que os professores serão maravilhosamente remunerados, né?. Não estudei no SB, claro, pois sou mulher, mas o colégio católico que estudei, misto, era quase como se fosse só masculino, tamanho era o atraso da situação das mulheres. Tinha aula de "artes", marcenaria para os meninos e bordado para as meninas e não podia trocar. Minha avó nunca consegui me ensinar nada nessa seara, eu odiava, colava a roupa das bonecas com superbond e tive que fazer obrigada esse nojo de bordado. Preferiria mil vezes a marcenaria.
ResponderExcluirSou do Rio, conheço o São Bento...
ResponderExcluirTenho até amigos que estudaram lá, mas (quase) todos os alunos de lá são estranhos...
São daquele estilo nerd ruim (não que não sejam inteligentes, mas são do tipo perdidos no mundo, alienados, alheios ao que está ao seu redor). A maioria deles também é tímida, do tipo introvertido, e não sabe lidar com uma mulher (talvez porque passam quase o dia inteiro numa escola, cercados de garotos).
Uma parcela considerável deles é homossexual (ou é uma questão casual, ou é porque acabaram dando um jeito de lidar com os hormônios, quem sabe?)
Dispenso o São Bento.
E a homossexualidade lá é tabu, porque o colégio é Católico, então a sexualidade dos alunos passa a ser problema, não característica...
ResponderExcluirLola, vc é um sucesso né...acabou de postar é já há uma infinidade de comentários...lendo alguns fico pensando: somos todos cheios de achismos, achamos isso, achamos aquilo...
ResponderExcluirEnfim, eu tive um amigo, ainda seria meu amigo, mas ele que se afastou...foi estudante no São Bento. Bem informado sobre diferentes ciências. Esolheu Ciências Sociais para pós-graduação, na época não acompanhei, mas ele teve uma "pancada" (de reflexoes e sacações), mas depois se reorganizou mentalmente, ou coisa assim.
Ele foi uma importante experiência na minha vida, éramos muito diferentes, acho que por isso não se tornou mesmo meu amigo. Lendo seu post hj, o que mais me trouxe foi a lembrança dele e nossos momentos ímpares.
Enfim, eu com uma vida toda em escola mista, ele a vida toda em escola somente para meninos - nos encontramos, fomos tão incompletos, capazes, incapazes, felizes e tristes, mesmo sendo ele um rapaz e eu uma moça (à época).
Às vezes, estar viva e viver este mundo me arranca toda a esperança, noutro dia um por-do-sol já é suficiente pra achar a vida bela. abraço querida, bem forte. Ale.
Escola só pra meninos...não sei, nunca estudei em uma, mas parece que no Japão também é assim e tem dado certo
ResponderExcluirCom crise, terremoto, furacão, sem terra, sem nada, o povo japones fez uma ilhazinha insignificante a segunda economia do mundo por muito tempo, só veio perder pra china agora
Agora, eu acho injusto criticar esse colégio por selecionar os alunos, porque colégio militar, do governo, também seleciona, tem uma prova muito rigorosa pra entrar e ( coincidência ?) é uma das poucas coisas públicas com bons resultados tanto no enem quanto no vestibular antigo
Sobre o enem, a intenção pode ser boa, mas eles ainda não acertaram.Todo ano tem uma palhaçada diferente.
Mas tinha que mudar, o vest antigo estava ficando ridículo, cobrando questões dos livros americano de nível superior, questoes planejadas pro aluno resolver usando calculadora, ou resolver CONSULTANDO tabelas que os coitados daqui tem que decorar...
É bom que professor de cursinho que vivia disso se lasque mesmo.Tinha um aqui em fortaleza que ensinava, dizia ele, o jeito certo de escrever uma questão da segunda fase pra AGRADAR o fiscal.
Isso não é educação, não é ciência, não é nada, é só palhaçada.
@Sr ding ling:
ResponderExcluir'VC NAO AGUENTA 10 MINUITOS DE BATALHA MENTAL COMIGO!'
que diabo é um minuito?
Poxa, 2000 é astronômico sim. Escola cara aqui no Rio é entre 500 e 700/800. Mais do que isso já é muito mais caro do que o padrão de escola classe média.
ResponderExcluirAcho natural os pais que podem pagar procurarem as escolas mais capacitadas (nesse caso como você já colocou com professores e estrutura que deve ser superior a muitas faculdades).
ResponderExcluirTristeza é saber que por parte da população mais pobre não vemos o mesmo empenho na preocupação com educação (saúde e segurança). E por parte da UNE muito menos em pressionar governo por investimento.
Não sou educador, então fica difícil opinar entre escolas mistas ou separadas.
Quem afirma que homens são mais inteligentes que mulheres sabe que existem exceções então é inútil comentar sobre isso.
Meu pai estudou no São Bento - era bolsista. Não tem nada a ver com a TFP, não. Os beneditinos são muuuuito mais antigos. Eles são tradicionalistas, mas não chegam a ser reacionários.
ResponderExcluirO Colégio São Bento paga multa anual, por não aceitar meninas, o que vai contra a legislação - até o Colégio Militar é misto, hoje em dia.
Não sei se a ordem ainda dá bolsas. O ensino é de primeira. É elitista, sim, nem tanto pela mensalidade, mas por procurar somente a excelência intelectual. Vai de encontro à educação inclusiva, paradigma mais atual e progressista.
Os beneditinos formam a primeira ordem monástica católica, têm uma tradição intelectual muito forte e costumam acolher as vocações tardias. Mas bom mesmo é assistir à missa das 10 da manhã de domingo, toda em canto gregoriano. É um programão, mesmo para quem, como eu, não tem fé.
Eu dou aulas em um colégio público “de elite”, o Colégio Militar de Brasília. Fomos a melhor escola pública do DF no ENEM, no entanto, poucos de nossos alunos e alunas tentaram a tal prova. Motivo? A UnB não considera o exame para a seleção. Os poucos que tentaram ou queriam universidades públicas fora do DF, ou queriam alguma faculdade particular específica ou o PROUNI. Sim, porque no caso de Brasília o conjunto dos nossos mais de três mil alunos e alunas é muito plural: há filhos de civis que entram por concurso, filhos de altos oficiais do exército, filhos de praças. E, para quem falou em prova, os filhos de militares não precisam fazer prova em muitos casos, ou seja, a seleção não é para todo mundo. O Colégio Militar do Exército tem função assistência desde a sua origem e deve acolher órfãos e filhos de militares em alguns casos. Daí, temos desde o aluno classe média alta até alguns que são realmente muito pobres. Este é um dos motivos que me agrada estar no CMB: a diversidade. Gente de todo o Brasil (*e até de outros países*), gente de todas as classes sociais e, sim, meninas e meninos. Infelizmente, há outras escolas militares que ainda excluem as meninas, mas é o sistema Colégio Militar que tem o maior número de instituições e alunos no Brasil. Não é a segregação que garante boas notas, o segundo colocado no ENEM não ficou atrás do São Bento por mais que meia dúzia de pontos e é so-educacional. Eu acho muito complicado que o são Bento do Rio continue excluindo as meninas, quando os beneditinos em outros estados, como São Paulo, já tornaram seus colégios co-educacionais.
ResponderExcluirEu fiz parte do meu ensino médio em um colégio muito tradicional de Nova Iguaçu (RJ) onde, no início dos anos 1990, as turmas de ginásio ainda eram separadas por sexo. Um absurdo no final do século XX e mais absurdo ainda um São Bento, ou outra escola qualquer, fazer isso quando já entramos na segunda década do século XXI. Mas, voltando ao ENEM, aqueles que só se importam com ranking não gostaram dos resultados do CMB, afinal, fomo somente o 11º colocado no DF. Mas por qual motivo nossos alunos tentariam a prova? Pelo jeito, ano que vem, devem discutir um incentivo. Aliás, muitas escolas remuneram alunos excepcionais para fazer tais provas. Enfim, o objetivo da educação não deveria ser “passar no vestibular”, ninguém deveria ser adestrado para isso. Educação deveria ser um processo muito mais amplo e humanístico. Só que, infelizmente, não é assim que funciona... Triste mesmo.
Desculpa, mas eu ri. Imaginei Lola e o menino que se esconde no avatar, devidamente sentados em uma mesa, como se fossem disputar uma queda de braço, se encarando:
ResponderExcluirLola diz: Mostre-me seus argumentos, pacóvio.
Menino atrás do avatar diz: Elogios não me farão ter dó de você.
Olhe, cuidado se não ele manda a real em vc
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSó passei pra dizer que esse novo troll é hilário. huahuahau
ResponderExcluirmalditos trolls! mal posso ver seus movimentos! uhauhahuahuahuhuahuahua
ResponderExcluirA coleção de trolls da Lola é algo fantástico. Tem cada espécime.
ResponderExcluirEu concordo com a Lola. A idéia de escolas por sexo não me agrada, e não sei dizer exatamente o porquê.
Independente, uma escola voltada ao vestibular/ENEM não é o que desejo para meus filhos (não imaginários). Meus valores são outros.
Mas não é porque a escola é separatista que é machista, ou elitista, ou simplesmente ruim de valores. Não precisa disso, e não é isso que define.
Mas HOJE as crianças não tem mais quase irmãos, poucos primos. O contato com outras crianças fora da escola é quase nulo. Não dá mais pra brincar na rua, quase não se brinca mais com vizinhos. Uma escola separatista e integral é quase uma garantia que essa criança quase nunca irá brincar com o sexo oposto.
Escolas só para meninos ou só para meninas são um despropósito, assim como escolas elitistas... Acho essencial à construção do caráter o contato com a diversidade. Eu sempre tive contato com gente de todas as classes sociais, gente de ambos o sexos e de variadas orientações sexuais, isso tudo sempre foi muito construtivo: me fez ver que é verdade e sentir que nós precisamos exercer e tal da tolerância 24/7 (24h por dia, 7 dias na semana) porque, no mundo, somos todos diferentes.
ResponderExcluirA escola é uma simulação da vida, um estágio; se as crianças não forem à simulação mais adequada, como elas vão se virar quando for pra valer?
Eu não acredito que meninos sejam mais inteligentes que meninas e também não acredito que o resultado do SB no ENEM prove isso. Agora, que mulheres atrapalham o desempenho acadêmico dos homens principalmente nessa idade do ENEM eu tenho certeza absoluta, até porque sou homem e já tive essa idade. Só quem é homem pode dizer como é você ter dezessete anos e ter que dividir a atenção entre a aula de física e uma biscate que fica te dando mole no fundo da classe. Só quem é homem sabe como é ser um moleque nessa idade, ter uma infinade de hormônios explodindo no seu corpo, ter uma ereção a cada 10 minutos, ter toda a força e energia do mundo mas ter que reprimí-las, ter todo tipo de besteira passando na sua cabeça mas ao mesmo tempo ter que ser sério para que as pessoas percebam que você cresceu e parem de te tratar como criança. Só quem é homem pode falar sobre isso. Vocês não sabem o que é ser homem nem nessa e nem em qualquer outra idade e deveriam resumir seus comentários ao universo de vocês.
ResponderExcluirAi Lola me desculpe mas achei o filhotinho do flasht uma gracinha , e que esperto ele é aprendeu direitinho com o papai kkkkk.
ResponderExcluirMas ja li alguns materias falando que colegios que separam os sexos tem desempenhos melhores com os alunos, justamente pelo que vc citou, que os jovens gastam muita energia tentando chamar a atenção dos colegas do sexo oposto, e desconcentram dos estudos, e li tambem que os meninos são mais prejudicados nesse aspecto do que as meninas.
Então se é por uma melhor qualidade do ensino talvez fosse bom fazer experiências nesse sentido.
denise: Esse "desconforto" ocorre justamente porque existe sexismo na sociedade. Claramente a opção sexista, que é a segregação de alunos por gênero, vai sempre piorar os resultados a longo prazo, no sentido que vai contra à ideia de eliminação das desigualdades.
ResponderExcluir-
Novamente, citamos que países que fazem menos distinção - por exemplo, a Suécia - têm resultados melhores.
Não precisa ser muito bom em interpretação de texto para perceber como a Lola deixou claro que esse tipo de separação nas escolas é resultado de uma sociedade tão desigual.
Fico fantasiano o que eles ensinam de tão bom nestas escolas que cobram uma mensalidade de 2 mil. O elixir da longa vida? Deve ser algo muito valioso mesmo, pois com mt menos de 2 mil eu já vi pobre fazendo milagre. Por mais que o tempo passe a dicotomia entre quem nasce para governar e quem nasce para obedecer é perpetuada sob o consentimento coletivo. Vejo que nas escolas públicas pouco fala-se em vestibular, fala-se mais em 'O que o mercado de trabalho quer', 'o que ele quer de você', 'como você deve se portar'. Lembro-me que quando estava no Ensino Médio eu não gostava de participar das aulas de Ed.Física, sempre dava um jeito de não fazer. Até que um dia a professora, em uma reunião de pais, falou em alto e bom tom na presença de minha mãe, que fazer atividades físicas é extremamente importante para arranjar um bom emprego e que as empresas querem pessoas 'ativas' para trabalhar. Em nenhum momento ela resaltou a importância de ter uma boa saúde, tanto física como emocional. Minha mãe, que sempre trabalhou em cargos de operários em diversas empresas, sem exitar, concordou com a professora. "Ta pensando que as empresas querem gente mole para trabalhar?" Lembro-me com nítidez. Na hora me senti à venda em um mercado de escravos, "Ta pensando que o sinhô quer escrava preguiçosa para servi-lo?".
ResponderExcluirDo mesmo modo que tais escolas preparam o aluno 11 anos para passar em uma prova de algumas horas, escolas públicas preparam o aluno por 11 anos para trabalhar para quem passar na prova. E é claro que para perpetuar essa dicotomia é preciso segregá-la. E para isso vale tudo, separação por gênero, classes e até mesmo etinias. Sem segregação não haveria um governo que age por coerção, mas sim por respeito. Perai! Forma de governo e obediência sem coerção? Baseado no respeito? Infelizmente, para mim, é utopia...
Não li os demais comentários mas gostei do seu texto... não gosto da Escola S. Bento e nunca consegui travar amizade com nenhum ex aluno... todos os que eu conheci eram arrogantes e tratavam as pessoas que não faziam parte da "seita" como inferiores... não acho esse um bom valor para alunos de uma escola adquirirem.
ResponderExcluirNão sei se você lembra, mas foi nessa escola que um menino de 9 anos bateu, violentamente, num menino de 6, a ponto do menor ter que ser levado para uma emergência por conta das pancadas na cabeça. Nenhum adulto viu, ouviu, ou tomou conhecimento, até que os amiguinhos do menor, que foram segurados pelos amigos do agressor durante a agressão, foram pedir ajuda. A escola tentou encobrir, primeiro dos pais da vítima, depois do mundo. Defendia que cabia apenas à escola lidar com o assunto. E a escola sugeria apenas a suspensão, por um dia, do agressor.
Acho uma escola com valores equivocados. Mesmo que custasse R$100 por mês, não teria minha clientela.
Em tempo, parece ridículo, mas mensalidade de R$2000 para o horário chamado de americano (até 4.30 da tarde), é a média nas escolas da Zona Sul carioca. O S. Bento é elitista mais por selecionar quem estuda lá, do que pelo preço!
Eu discordo desse tipo de escola segregacionista. Como disseram, a convivência na diversidade é fundamental para construção do conhecimento e para vida em sociedade.
ResponderExcluirMeus filhos estudaram a vida toda em escolas públicas aqui em São Paulo.Penso ser mesmo o lugar onde devam estar. A luta pela melhoria da educação pública é coletiva por aqui.
Soube da divulgação do ranking através do meu caçula. Ele estava contente, aliás, pq a ETESP, onde estuda, ficou em 37º no nacional (média total de 706,66), e em 1º em SP.
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/enem/escolas-privadas-dominam-ranking-das-melhores-do-enem/n1597205420811.html
Qto ao meu mais velho, ele estuda da USP.
PS.:O São Bento com todos seus blablablas teve 761,7 na média total.
Estudei a vida toda no Santo Agostinho, o 3o da lista dos melhores... essas listas sempre foram esfregadas na nossa cara, e a comparação com o São Bento era óbvia.
ResponderExcluirNão acho legal uma escola unisex, mas entendo o seu apelo. Mas não colocaria meu filho lá. Acho que conviver com as diferenças é peça fundamental na formação do caráter. Fora que e a criança fosse gay sofreria bully a vida inteira!
Dito isso, tenho certeza que o ensino da escola vai muito além do vestibular. No Santo Agostinho aprendi a pensar, entre muitas outras coisas. Não é qualquer escola que ensina isso, e vale pra tudo o que eu faço na minha vida.
Minha crítica sempre foi ao pensamento de classe média, coisa que eu só pude perceber quando ingressei na UFRJ e comecei a conviver com outras classes sociais...
Isso só comprova a superioridade intelectual masculina, prova disso é que nunca vi um colégio só de meninas entre os primeiros colocados do ENEM. Vai ver é porque no ENEM não se cobram questões sobre cosméticos, vestimentas, e coisas afins.
ResponderExcluirKier, não é apenas a nota no Enem (como outras pessoas já apontaram, o São Bento teve apenas alguns pontos a mais que outras escolas bem colocadas) que prova a superioridade intelectual masculina. Os comentários dos trolls aqui, como o Flasht e o Mr. Dig Din, também. E se a gente for comparar o nível intectual das comentaristas aqui do blog com os comentaristas do fórum mascu de onde vc veio, nooooosssssaaaa... Olha, sem comparação! Vcs realmente são de uma inteligência à toda prova. Nota-se, inclusive, pela facilidade que vcs têm pra escrever em língua portuguesa. Parabéns!Imagino que vcs façam essa dancinha da vitória várias vezes por dia.
ResponderExcluirSe eu dissesse no meu blog:
ResponderExcluir"É tudo escola homossexual. E só esse já seria um ótimo motivo pra não estudar numa escola dessas, ou pra colocar meu filho imaginário."
Eu seria a homofóbica da vez, né?
Achei que vc era mais imparcial, Lola.
"Lobo Mau", você tem razão em um ponto - nós não sabemos mesmo o que é ser homem. Do mesmo modo que você não sabe o que é ser mulher... certo?
ResponderExcluirComo sabe, então, que nós não sentimos as mesmas coisas?
Mulheres também têm hormônios... provavelmente, a "biscate" que te dava mole no fundo da sala também estava tendo certa dificuldade de controlar os dela, assim como você.
Se concentrar nos estudos durante a adolescência é tão difícil pras meninas quanto para os meninos - as meninas sofrem pressão para serem aceitas e desejadas, enquanto os meninos fazem listas com notas para a beleza de cada uma. E é claro que é difícil se concentrar na aula com o menino de quem você gosta (não vou chamá-lo de algum equivalente masculino para o termo "biscate" - primeiro, porque não quero; e, segundo, porque a palavra não existe) olhando pra você.
E eu ainda acho que essa "desconcentração" é muito mais importante do que qualquer matéria que possa ser aprendida em sala de aula e testada pelo ENEM, mas enfim... aí já é outro assunto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAhn, Sara, se vc acha que eu sou imparcial, ou que a imparcialidade sequer existe, acho que vc não está lendo este blog com muita atenção. Sua comparação não é muito boa, porque não existe escola homossexual, que eu saiba. Não existe uma ideologia homossexual que exige que a homossexualidade seja exercida nos espaços públicos. Mas existem religiões que não permitem um estado laico. Existem, e tem todo o direito de existir, escolas particulares que pregam uma religião. Assim como eu tenho todo o direito de não querer que meu filho imaginário estude numa escola dessas. Porque eu sou ateia, então não vou fazer meu filho seguir uma religião, a menos que ele queira. Mas, ficando no seu exemplo hipotético, se existisse uma escola homossexual, e vc não colocasse seu filho pra estudar numa escola homossexual, isso não te faria homofóbica. Você tem o direito de matricular seu filho onde quiser, ué, baseado nas suas convicções. Mas o seu exemplo é tão exagerado que fica difícil argumentar, sinceramente.
ResponderExcluirO ATENEU
ResponderExcluir'Há tantos quadros na parede
ResponderExcluirhá tantas formas de se ver o mesmo quadro
há tanta gente pelas ruas
há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há palavras que nunca são ditas
há muitas vozes repetindo a mesma frase
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
todos iguais, todos iguais
mas uns mais iguais que os outros.'
Humberto Gessinger.
Essa era a música do meu tempo.
Agora a música de hoje:
CHÃO CHÃO CHÃO CHÃO CHÃO CHÃO
Não entendi toda essa publicidade da mídia em torno do São Bento. O primeiro colocado do ano passado não era só para meninos e não ganhou tanta atenção pelo feito. Porque será?
ResponderExcluirO colégio Dom Barreto do Piauí há anos aparece entre os primeiros lugares do país. O colégio vai contra a ideia de que não existe boas escolas fora das regiões mais ricas do país e nunca foi alvo de matérias interessadas por parte da mídia nacional.
Minha sobrinha estudou em um escola que dividia os gêneros em turmas distintas. Ela odiava. Pessoalmente, odeio a ideia de dividir as pessoas por sexo, cor etc. A ideia de que as pessoas possam ter suas personalidades determinadas biologicamente é simplesmente idiota. Outro dia, li um texto do Gilberto Freyre em que ele afirma que discordar da ideia de que existem diferenças de personalidade inatas entre brancos e negros era tão estúpido quanto negar que elas existem entre homens e mulheres. Eram as ideias em voga na época e muita gente defende o mesmo até hoje. O pior é quando tentam explicar cientificamente quais características inatas cada um deve ter de acordo com sua cor e sexo.
Mas existem outras divisões que acontecem mesmo em escolas mistas.
ResponderExcluirUma amiga minha, que tem 20 e poucos anos, estudou em uma escola de São Paulo que dividia os nomes por sexo na chamada. Primeiro, vinha os nomes de todos os meninos e depois os das meninas. No ensino médio melhorou. Era por letra. Primeiro, os meninos com A, depois as meninas com A e assim por diante. O motivo? Ninguém nunca explicou!
O pior é que a escola não era a única. Muitas escolas paulistas faziam o mesmo. Ela ficou chocada quando eu disse que nunca passei por isso e olha que eu sou do interior do Ceará.
Já contei em outro canto http://chopinhofeminino.blogspot.com/2011/07/hoje-no-corecon-rj-sobre-lei-maria-da.html que minha avó botou os filhos em escola batista (sendo católica) porque era a única para meninos e meninas no Recife, na época.
ResponderExcluirMas minha opinião sobre isso é que depende da época e do lugar: se o habitual é escolas separadas, pode ser ok. Mas hoje em dia, no Rio, não faz sentido. E meu problema com o São Bento é outro: uma escola de elite para formar "o poder" futuro. Sem mulheres, claro. Essa história escabrosa do espancamento do colega menor é a que vazou. Certamente há outras,e o comportamento da escola foi deprimente. Os pais ficaram revoltados, porque parecia que o filho deles é que era culpado: culpado de expor os podres do São Bento.
Uma boa reflexão para este post tão pertinente, Lola querida. Com a palavra, nossa PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF:
ResponderExcluirSenhor presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser,
Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,
Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,
Senhoras e senhores,
Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.
É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.
Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.
Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirO mundo vive um momento extremamente delicado e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade histórica. Enfrentamos uma crise econômica que, se não debelada, pode se transformar em uma grave ruptura política e social. Uma ruptura sem precedentes, capaz de provocar sérios desequilíbrios na convivência entre as pessoas e as nações.
Mais que nunca, o destino do mundo está nas mãos de todos os seus governantes, sem exceção. Ou nos unimos todos e saímos, juntos, vencedores ou sairemos todos derrotados.
Agora, menos importante é saber quais foram os causadores da situação que enfrentamos, até porque isto já está suficientemente claro. Importa, sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras.
Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior na condução do processo, mas como todos os países sofrem as conseqüências da crise, todos têm o direito de participar das soluções.
Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É, permitam-me dizer, por falta de recursos políticos e algumas vezes, de clareza de ideias.
Uma parte do mundo não encontrou ainda o equilíbrio entre ajustes fiscais apropriados e estímulos fiscais corretos e precisos para a demanda e o crescimento. Ficam presos na armadilha que não separa interesses partidários daqueles interesses legítimos da sociedade.
O desafio colocado pela crise é substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo. Enquanto muitos governos se encolhem, a face mais amarga da crise – a do desemprego – se amplia. Já temos 205 milhões de desempregados no mundo. 44 milhões na Europa. 14 milhões nos Estados Unidos. É vital combater essa praga e impedir que se alastre para outras regiões do Planeta.
ResponderExcluirNós, mulheres, sabemos, mais que ninguém, que o desemprego não é apenas uma estatística. Golpeia as famílias, nossos filhos e nossos maridos. Tira a esperança e deixa a violência e a dor.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirÉ significativo que seja a presidenta de um país emergente, um país que vive praticamente um ambiente de pleno emprego, que venha falar, aqui, hoje, com cores tão vívidas, dessa tragédia que assola, em especial, os países desenvolvidos.
Como outros países emergentes, o Brasil tem sido, até agora, menos afetado pela crise mundial. Mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos – e podemos – ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda.
Um novo tipo de cooperação, entre países emergentes e países desenvolvidos, é a oportunidade histórica para redefinir, de forma solidária e responsável, os compromissos que regem as relações internacionais.
O mundo se defronta com uma crise que é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política.
Não haverá a retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e as demais instituições multilaterais, como o G-20, o Fundo Monetário, o Banco Mundial e outros organismos. A ONU e essas organizações precisam emitir, com a máxima urgência, sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica.
As políticas fiscais e monetárias, por exemplo, devem ser objeto de avaliação mútua, de forma a impedir efeitos indesejáveis sobre os outros países, evitando reações defensivas que, por sua vez, levam a um círculo vicioso.
Já a solução do problema da dívida deve ser combinada com o crescimento econômico. Há sinais evidentes de que várias economias avançadas se encontram no limiar da recessão, o que dificultará, sobremaneira, a resolução dos problemas fiscais.
Está claro que a prioridade da economia mundial, neste momento, deve ser solucionar o problema dos países em crise de dívida soberana e reverter o presente quadro recessivo. Os países mais desenvolvidos precisam praticar políticas coordenadas de estímulo às economias extremamente debilitadas pela crise. Os países emergentes podem ajudar.
ResponderExcluirPaíses altamente superavitários devem estimular seus mercados internos e, quando for o caso, flexibilizar suas políticas cambiais, de maneira a cooperar para o reequilíbrio da demanda global.
Urge aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade. É preciso impor controles à guerra cambial, com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se, senhoras e senhores, de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetárias excessivamente expansionistas como pelo artifício do câmbio fixo.
A reforma das instituições financeiras multilaterais deve, sem sombra de dúvida, prosseguir, aumentando a participação dos países emergentes, principais responsáveis pelo crescimento da economia mundial.
O protecionismo e todas as formas de manipulação comercial devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira espúria e fraudulenta.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirO Brasil está fazendo a sua parte. Com sacrifício, mas com discernimento, mantemos os gastos do governo sob rigoroso controle, a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas, sem que isso comprometa o êxito das políticas sociais, nem nosso ritmo de investimento e de crescimento.
Estamos tomando precauções adicionais para reforçar nossa capacidade de resistência à crise, fortalecendo nosso mercado interno com políticas de distribuição de renda e inovação tecnológica.
Há pelo menos três anos, senhor Presidente, o Brasil repete, nesta mesma tribuna, que é preciso combater as causas, e não só as consequências da instabilidade global.
Temos insistido na interrelação entre desenvolvimento, paz e segurança; e que as políticas de desenvolvimento sejam, cada vez mais, associadas às estratégias do Conselho de Segurança na busca por uma paz sustentável.
É assim que agimos em nosso compromisso com o Haiti e com a Guiné-Bissau. Na liderança da Minustah, temos promovido, desde 2004, no Haiti, projetos humanitários, que integram segurança e desenvolvimento. Com profundo respeito à soberania haitiana, o Brasil tem o orgulho de cooperar para a consolidação da democracia naquele país.
Estamos aptos a prestar também uma contribuição solidária, aos países irmãos do mundo em desenvolvimento, em matéria de segurança alimentar, tecnologia agrícola, geração de energia limpa e renovável e no combate à pobreza e à fome.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirDesde o final de 2010, assistimos a uma sucessão de manifestações populares que se convencionou denominar “Primavera Árabe”. O Brasil é pátria de adoção de muitos imigrantes daquela parte do mundo. Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade.
É preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reforma, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo.
Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso à força deve ser sempre a última alternativa. A busca da paz e da segurança no mundo não pode limitar-se a intervenções em situações extremas.
Apoiamos o Secretário-Geral no seu esforço de engajar as Nações Unidas na prevenção de conflitos, por meio do exercício incansável da democracia e da promoção do desenvolvimento.
O mundo sofre, hoje, as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos, possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando os números de vítimas civis.
Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. São conceitos que precisamos amadurecer juntos. Para isso, a atuação do Conselho de Segurança é essencial, e ela será tão mais acertada quanto mais legítimas forem suas decisões. E a legitimidade do próprio Conselho depende, cada dia mais, de sua reforma.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirA cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia. O ex-presidente Joseph Deiss recordou-me um fato impressionante: o debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º ano. Não é possível, senhor Presidente, protelar mais.
O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento.
O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de 140 anos. Temos promovido com eles bem-sucedidos processos de integração e de cooperação. Abdicamos, por compromisso constitucional, do uso da energia nuclear para fins que não sejam pacíficos. Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um vetor de paz, estabilidade e prosperidade em sua região, e até mesmo fora dela.
No Conselho de Direitos Humanos, atuamos inspirados por nossa própria história de superação. Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos.
O autoritarismo, a xenofobia, a miséria, a pena capital, a discriminação, todos são algozes dos direitos humanos. Há violações em todos os países, sem exceção. Reconheçamos esta realidade e aceitemos, todos, as críticas. Devemos nos beneficiar delas e criticar, sem meias-palavras, os casos flagrantes de violação, onde quer que ocorram.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirQuero estender ao Sudão do Sul as boas vindas à nossa família de nações. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para seu desenvolvimento soberano.
Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.
O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.
Venho de um país onde descendentes de árabes e judeus são compatriotas e convivem em harmonia – como deve ser.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirO Brasil defende um acordo global, abrangente e ambicioso para combater a mudança do clima no marco das Nações Unidas. Para tanto, é preciso que os países assumam as responsabilidades que lhes cabem.
Apresentamos uma proposta concreta, voluntária e significativa de redução [de emissões], durante a Cúpula de Copenhague, em 2009. Esperamos poder avançar já na reunião de Durban, apoiando os países em desenvolvimento nos seus esforços de redução de emissões e garantindo que os países desenvolvidos cumprirão suas obrigações, com novas metas no Protocolo de Quioto, para além de 2012.
Teremos a honra de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano que vem. Juntamente com o Secretário-Geral Ban Ki-moon, reitero aqui o convite para que todos os Chefes de Estado e de Governo compareçam.
Senhor Presidente e minhas companheiras mulheres de todo mundo,
ResponderExcluirO Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. E que uma verdadeira política de direitos humanos tem por base a diminuição da desigualdade e da discriminação entre as pessoas, entre as regiões e entre os gêneros.
O Brasil avançou política, econômica e socialmente sem comprometer sequer uma das liberdades democráticas. Cumprimos quase todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, antes 2015. Saíram da pobreza e ascenderam para a classe média no meu país quase 40 milhões de brasileiras e brasileiros. Tenho plena convicção de que cumpriremos nossa meta de, até o final do meu governo, erradicar a pobreza extrema no Brasil.
No meu país, a mulher tem sido fundamental na superação das desigualdades sociais. Nossos programas de distribuição de renda têm nas mães a figura central. São elas que cuidam dos recursos que permitem às famílias investir na saúde e na educação de seus filhos.
Mas o meu país, como todos os países do mundo, ainda precisa fazer muito mais pela valorização e afirmação da mulher. Ao falar disso, cumprimento o secretário-geral Ban Ki-moon pela prioridade que tem conferido às mulheres em sua gestão à frente das Nações Unidas.
Saúdo, em especial, a criação da ONU Mulher e sua diretora-executiva, Michelle Bachelet.
Senhor Presidente,
ResponderExcluirAlém do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras.
Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje.
Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.
E é com a esperança de que estes valores continuem inspirando o trabalho desta Casa das Nações que tenho a honra de iniciar o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU.
Muito obrigada.
Ela é meu orgulho!
ResponderExcluirMinhas sobrinhas,as filhas dos meus primos e nossa futura filha ( caso seja uma menina), terá, sem dúvida, mais orgulho do sujeito do feminino!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAlgumas pessoas aqui estão criticando o São Bento, dizendo que o colégio não é isso tudo, que ficou poucos pontos à frente dos outros etc. Provavelmente, não são do Rio, porque quem é daqui sabe que o São Bento tem um nível educacional muito, muito, muito superior ao de qualquer outra escola do país, o próprio conteúdo que eles dão lá é diferente, vai muito além do que o MEC exige. Tenho muitos colegas de faculdade que estudaram no São Bento e posso dizer que ficava bastante admirada com o nível cultural deles no primeiro ano da faculdade (e olha que eu tbm vim de um bom colégio). É realmente um colégio diferente. Agora, é óbvio que isso não tem nada a ver com o fato de lá só haver meninos. Tem a ver com a disciplina, c/ o conteúdo ensinado, com a educação em período integral etc. Aliás, dizem, já faz alguns anos que eles vêm discutindo a possibilidade de aceitar meninas, mas isso depende muito da visão de cada "reitor" que entra por lá. Enfim, não acho que isso seja motivo para ficar atacando o colégio sem nem conhecê-lo, só porque o mídia tenta associar seus resultado ao fato este de só aceitar homens.
ResponderExcluirFrancisca, seu exemplo é muito bom. Aqui no Rio Grande do Norte acontece algo parecido. Uma escola pública, o Instituto Federal do RN, costuma ocupar o primeiro lugar no ENEM quase todos os anos. Não é notícia. Sai publicado numa notinha perdida no jornal. Este ano uma particular ficou em primeiro lugar. Preciso dizer que essa escola foi notícia de destaque em vários meios de comunicação?
ResponderExcluirPatrick,
ResponderExcluirNão duvido!
Aronovich sua hipocrita!
ResponderExcluirSe acha que eu uso o X pq não sei escrever?
SE TOCA BALOFA!!!
Vc publica um guest post de merda defendendo que as pessoas escrevam errado, defendendo o MEC e a sua mania esquerdista de ver beleza na burrice! Dai usa um X pra argumento! porra!
ARGUMENTAR: VC ESTA FAZENDO ISSO ERRADO!
O "minuito" foi bonus pra vc!
CONSIDERE AQUILO SEUS 10 SEGUNDOS PRA SAIR CORRENDO! CORRENDO PARA OS BRAÇOS DA SUA MÃE!
XORAAAAAAAAAAAAAAAAAA COM MAIS ESSA!
Há, moralista de merda!!!
Falei!
Libu, mas a discussão aqui é se a convivência com o sexo feminino atrapalha o desempenho acadêmico dos meninos ou não, e isso só quem é homem pode dizer, porque vocês não sabem o que é ser um garoto nessa idade, e nunca saberão.
ResponderExcluirTWO OF US preaching to the choir.
ResponderExcluirLobo Mau,
ResponderExcluirO desempenho acadêmico dos meninos é, sim, prejudicado pelo convívio com meninas e as "distrações" que elas podem trazer. Concordamos neste ponto.
Só não é verdade que não saberíamos dizer como é passar por isso, porque passamos exatamente pela mesma coisa! As consequências no comportamento podem ser diferentes, mas a dificuldade é a mesma: tentar conciliar o início do desejo sexual com o desenvolvimento acadêmico. Quem nunca viu o clássico da menina que é boa aluna até os 12 anos de idade e, depois, perde o interesse e passa a se dedicar só à aparência para ser aceita pelos meninos? Eu conheço algumas.
Só este ponto, por si só, já nos qualifica a debater o assunto - acredite, sabemos do que você está falando. Mas ele não é o único: o fato de existir um colégio sem diversidade de gênero (pra não dizer sem diversidade de nada...) que tem um excelente desempenho acadêmico traz diversas discussões à tona que afetam A TODOS diretamente:
1. O desenvolvimento intelectual é mais importante do que o exercício prático de convívio com a diversidade?
2. Não é o próprio exercício da diversidade que leva ao desenvolvimento de outros tipos de inteligência, como a emocional, que é cada vez mais necessária nas empresas?
3. As "distrações" provocadas pelo sexo oposto não são algo muito mais importante de ser trabalhado na adolescência do que o intelecto? Não é uma das grandes conquistas da adolescência aprender a lidar com o próprio desejo em sociedade?
Bom, estes são apenas alguns dos pontos tocados pelo tema e que justificam este post...
Ih, a Lola perdeu os argumentos e começou a ofender os leitores! hahahahaha
ResponderExcluirFrancamente, esperava mais de alguém com a sua "capacidade". Vou fingir que acredito que você só pensa em "devolver o investimento" e a estabilidade profissional e o salário muito acima da média foram só uma mera e feliz coincidência. Assim eu não firo o seu orgulho, está bem?
Enjoy.
Considero interessante que o colégio tenha um bom desempenho acadêmico e que, ao que tudo indica, ensine as matérias estabelecidas pelo Ministério da Educação com qualidade, porém eu não colocaria meus filhos (se os tivesse) lá.
ResponderExcluirComo já falado, também acredito que o convívio com a diversidade (de gênero, de classe socioeconômica, de orientação sexual, de credo/religião, de etnia e, principalmente, acadêmica) seja fundamental para a formação de um cidadão comprometido com o desenvolvimento de sua sociedade.
Aprender a respeitar as diferenças é essencial, e, em uma escola masculina e com uma mensalidade tão alta, o convívio com meninas/mulheres e pessoas de outras classes socioeconômicas (e, portanto, de outras etnias/raças) ficaria prejudicado.
Também estudei em uma escola particular e considerada pelos habitantes da cidade como "de elite" (embora eu discorde da concepção de "elite" que a classe média queira projetar, para mim a minha escola era classe média mesmo) e fui, durante boa parte da minha vida escolar, impelido pelo convívio com os demais alunos a pensar de uma determinada maneira acerca das diferenças da nossa sociedade e do que seria "bom" para o futuro do nosso país.
Os professores, é verdade, tentavam mostrar um mundo mais amplo e nos ensinar os valores de cidadania e respeito, mas a pressão do grupo costumava ser mais forte até os meus 15 anos, quando passei a perceber que as "minhas verdades" não eram tão absolutas assim.
Alguém comentou que os pais são peças-chave na educação dos filhos, e eu concordo inteiramente, mas seria inocente ignorar que o círculo social escolar também é responsável pela formação do caráter dos indivíduos.
Tenho certeza de que meus filhos, ainda que não estudassem no colégio com a maior pontuação no ENEM, poderiam ser excelentes alunos em um colégio mais progressista e integrador - e que, com isso, dariam um passo adiante na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
a escola é peça essencial pra desconstruir certos valores errados trazidos de casa, inclusive o machismo. pode até haver um aluno ou outro cujos pais tenham uma cabeça melhor, mas a maioria segue o pensamento padrão, foi criado vendo uma tv machista, num ambiente machista e tudo mais. então estar num ambiente só de meninos por anos, justamente os anos q constroem nosso caráter, é altamente pernicioso pq ninguém vai parar pra refletir qd está entre iguais, vão só reproduzir mais do mesmo. n ter a chance de aprender como lidar com meninas direito.
ResponderExcluiro pessoal disse q o contato externo com pessoas do sexo oposto já é suficiente. me desculpem, mas eu n acho. quase todas as pessoas com qm tive contato até hoje, estudaram comigo. vizinhos, colegas do clube, da praia, etc. são pessoas com quem você não convive diariamente, n bastam.
minha experiência pessoal: todos os garotos q eu já conheci q estudaram no são bento eram extremamente arrogantes, racistas e machistas. eles eram da minha turma na faculdade e já entraram se achando o máximo por terem passado num vestibular concorrido. eles zoavam bastante entre eles, são até inconvenientes com as brincadeiras, mas o comportamento com pessoas de fora é ruim, n sei se é antipatia ou introversão.
agora, acho q o melhor é realmente estudar num lugar de diversidade, mas se n houver um acompanhamento dos professores, pedagogos e psicólogos, vira bagunça tb. já é melhor do que um ambiente homogêneo, mas tb não é suficiente. assim como o mercado n se regula sozinho, as relações humanas muitas vezes precisam de intervenção. pq os vícios da sociedade vão estar lá representados, mas se n forem corrigidos, pra que escola?
ah, nunca havia pensado na questão focando numa escola só de meninas. embora, inicialmente, pareça mais confortável, pq meninos são sempre os q começam as agressões nas escolas mistas, nada garante q os laços entre essas mulheres seriam saudáveis. eu lembro do sorriso de monalisa e no qt aquelas garotas eram preconceituosas e venenosas entre si. tb nada impede q os valores da escola sejam machistas, mulheres machistas, ainda mais se for escola católica!
se fosse uma escola feminista, aí sim eu diria ser bacana. melhor ainda se for aberta a ambos os sexos. :)
sobre as escolas serem elitistas, eu ainda acho q esse é o pior problema. pq tá super atrelado com o racismo tb. eu acho q se tivesse um filho, ia querer q ele estudasse no cap-UFRJ ou cap-Uerj, que são públicos, bons e têm alunos de todos os tipos.
eu n conheço escolas de métodos não-tradicionais (construtivistas, waldorf, freirianas, democráticas, montessorianas, etc), n sei a diferença entre eles e teria q ver a prática em sala de aula, pois ler as descrições soa muito vago pra mim.
mas confesso q a ideia de turmas menores q interagem mais em sala de aula me agrada muito. eu sempre tive facilidade pra socializar em grupos pequenos, mas ficava introvertida num grupo grande. e um grupo pequeno q dura tempo suficiente (pelo menos um ano, né) acaba forçando todo mundo a falar com todo mundo, n tem essa coisa de vc entrar e sair da escola sem ter dirigido a palavra a algumas pessoas.
ah, sim. o marmanjo q bateu no menino de 6 anos tinha 14!!! 8 anos de diferença e a escola tratou desse episódio de violência como uma briga normal entre alunos.
ResponderExcluir"E claro que é importante tirar boas notas, garantir ingresso na universidade desejada e tal, mas só isso (sucesso numa prova) não me parece critério suficiente para se medir uma boa escola, ou um bom aluno."
ResponderExcluirIsto é, mais importante que o aluno aprenda a resolver problemas matemáticos ou saiba qual a capital do Peru é que ele seja um cidadâo "consciente" e "tolerante"... Por essa lógica que a educação brasileira é um horror e o Brasil nunca conseguirá competir com outro países que, pasmém!, aprender o conteúdo é mais importante do que "formar cidadãos"...
Isto é, mais importante que o aluno aprenda a resolver problemas matemáticos ou saiba qual a capital do Peru é que ele seja um cidadâo "consciente" e "tolerante"... Por essa lógica que a educação brasileira é um horror e o Brasil nunca conseguirá competir com outro países que, pasmém!, aprender o conteúdo é mais importante do que "formar cidadãos"...
ResponderExcluirA educação no Brasil é um horror por "n" motivos, que vão desde a infraestrutura física de má qualidade à ausência de pré-escola, passando por uma péssima remuneração que não atrai para a carreira do magistério nem permite aos profissionais que estão na área fazerem um investimento na sua qualificação permanente. De forma alguma é possível afirmar que a formação cidadã tem culpa de alguma coisa.
Sou muito grato aos meus professores e professoras no período em que estudei numa escola católica, que nos anos 1980 era fortemente influenciada pela Teologia da Libertação, e numa Escola Técnica Federal. Sempre me ensinaram a pensar e não a decorebar. Hoje em dia me considero um profissional e, mais do que isso, um cidadão bem realizado.
Eu nunca colocaria meu filho numa escolha como essa. Não mesmo. Escola de elite como essa é uma beleza pra enfiar pensamentos de direita na cabeça de qualquer um. E esse São Bento, pelo que eu li, prega idéias machistas e elitistas descaradamente. No way!
ResponderExcluirEu acho que crianças e adolescentes têm que conviver com a diversidade e aprenderem a respeitar diferenças. Agora, isso só é possível se você conviver com a diferença, né?
Quanto à felicidade mascu, que lixo, porque várias meninas já ficaram no 1o lugar geral do vestibular. affe
E quanto aos professores de exatas: bem, se articular conhecimento é decorar fórmulas, então uma calculadora é um gênio, né? affe 2
Eu não discuto com o que os trolls chamam de argumento.
ResponderExcluirEstudei numa escola católica e fiz o Curso Normal (Magistério). Sou católica, e defendo que a escola confessional não é boa para os jovens. Assim como no curso, que tinha apenas um menino na turma, senti muito bem como a separação é agresiva para o estudante.
Não sei se terei filhos, mas se os tiver, não colocarei nesse tipo de escola. Até por acreditar que o pai que busca uma escola pela seu desempenho no vestibular, é não levar em consideração o potencial do filho. Escola cara não é sinônimo de qualidade de ensino. É necessário acreditar no ensino público e, o mais importante pe a participação da comuninade na escola, e isso sim, é garantia de ensino de qualidade.
Baita post Lola, como sempre, de parabéns!
Lola, acho que a questão nem é saber se a escola é boa mesmo sendo segregacionista. A questão é que eles precisam dizer por que é tão importante para o processo educacional deles manter essa divisão. Nós não temos que dizer que é errado. Eles precisam defender que é certo. Por que é tão importante para a educação dos meninos ser educado numa escola sem meninas? Até agora os argumentos deles não me convenceram. Se a ausência de mulheres faz tão bem ao desempenho dos homens, por que não expulsá-las das universidades ou das empresas também? Será que unir homens e mulheres no mesmo ambiente é um erro? Queria que eles respondessem essa pergunta.
ResponderExcluirEu tive duas opções: colocar meus dois filhos em uma tradicional escola católica, mista. Mas, extremamente conservadora, burguesa e competitiva ou colocá-los em um centro público de formação de professores com muita tradição. Porém, que incorpora alunos de toda a região, classes sociais e descendências (étnicas). Eu, aluna de escola pública ruim e meu marido, aluno de escola particular católica, optamos pela segunda opção. Pois, não queríamos dois merdinhas reacionários como resultado de uma educação conservadora e exclusivista. Bingo! Hoje,os dois têm ótima formação escolar e extra-escolar.Cabeças frescas e bom caráter. Quando chegam em casa trazendo os amigos, a gente encontra branco, judeu,alemão, negro, gay menino,gay menina, filho de mãe solteira, filho de pai solteiro. E todos vivemos namaior felicidade com tantos contrastes! Viva a diversidade !
ResponderExcluirHá poucos dias saiu um estudo na revista Science sobre escolas que só aceitam meninos, ou meninas, e as conclusões são bem interessantes. Em primeiro lugar parece não haver aumento na eficiência dos estudantes, e em segundo tende a aumentar a discriminação baseada em critérios sexuais. Nada novo para quem já pensou um pouco no assunto, mas agora corroborado pela revista científica mais influente do mundo.
ResponderExcluirDeixo aqui os links caso queiram conferir.
http://www.sciencemag.org/content/333/6050/1706.summary
http://www.sciencedaily.com/releases/2011/09/110922141902.htm
Lola, vou falar especificamente sobre o São Bento. Já conheci garotos que estudavam lá e já ouvi professores que davam aula lá. Ouvi até um boato de que por não aceitar meninas eles pagam uma multa milionária para o governo.
ResponderExcluirDos professores que lecionam no São Bento ouvi todo tipo de queixa sobre os alunos, não querem nada com a vida, são filhinhos de papai que ganham tudo na mão, tem tudo que querem, não respeitam ninguém e é dos colégios com mais bullying que eles já viram.
Os alunos de lá, não gosto de me relacionar com pessoas desse tipo. São preconceituosos que tem uma visão de mundo resumida e ignorante.
A única coisa que faz com que eles tirem as melhores notas: os professores são os melhores e eles sofrem pressão dos pais que pagam os olhos da cara pros filhinhos irem bem no vestibular. De resto, pessoas terríveis, caráter zero.
Encaremos os fatos, os meninos se dão melhor sem as meninas para atrapalhar, mas ninguém disse que a recíproca não é verdadeira.
ResponderExcluirFofoca de menina atrapalha demais, mas não é esse o maior problema. Sem namoradinha(o) para ficar pensando, a molecada vai longe.
E não é o caso de não namorar, mas estar com a(o) namorada(o) na hora de estudar, atrapalha sim.
Acho que só quem pode falar do CSB é quem tem filho estudando lá,o que não é o seu caso.E quanto ao fato de não existir negros,é mentira!!!Existem crianças e adolescentes de diferentes classes socias,religião,sexo,etc...
ResponderExcluirDá um pulinho lá pra ver....
Oi!!! Bom... já tem tempo que isso foi postado, mas gostaria de responder, porque quem tem filho pode dizer melhor. Bom... dou um duro danado para pagar esse colégio para meu filho. Acho que educação e personalidade se moldam em casa. Em vez de ficar comprando coisas fúteis e desnecessárias, economizo para pagar o colégio de meu filho, porque este é o maior bem que posso dar e ninguém tira. Tem gente que gasta dinheiro comprando carrão e eu prefiro comprar bons livros e dar bom estudo. Carro desvaloriza, estudo nunca desvaloriza. Enfim, experiência minha. Meu esposo é médico, estudou em federal, mas estudou a vida toda em colégio público (na época dele não tinha cota não... isso em 1979) e nessa época os colégios públicos eram bons. Hoje é difícil!!! Eu já estudei em colégio particular, porém bolsa de estudo, nunca paguei, meus pais não tinham condições. Fiz uma faculdade particular. Vim de uma família humilde, meu pai só estudou até a 7º ano do ensino fundamental I e minha mãe o ensino médio completo. Meu pai é peão em uma fazenda e minha mãe era professora de 1º a 4º série do EFI, enfim, hoje ela nem trabalha mais devido ao câncer de mama que a deixou inválida.
ResponderExcluirLogo, nem todos que estão lá são de famílias riquíssimas. Por coincidência, pais que tem nível superior, mesmo que em faculdade particular, quer que seu filho também chegue lá. Acaba dando valor mais ainda ao estudo. Lá não a segregação. Eu sou a mais simples das mães e sou tratada normalmente, meu filho esta no 2º ano fundamental I... hoje foi seu primeiro dia de aula. A educação que dei foi de uma pessoa humilde e educada. Sempre ensino a ele dar bom dia, boa tarde e boa noite quando esta em um elevador. E por ele estudar lá, tem que dar o exemplo. Saber ser educado, humilde, prestativo, atencioso, solidário e inteligente. Uma criança amorosa. Eu preso por esses valores. Meu filho tem uma oportunidade que eu não tive e quero que ele dê valor a isso. E enquanto eu puder dar um bom estudo e uma boa educação vou dar. Exemplo: " eu tenho uma moça que me ajuda nas tarefas de casa! E ela come na mesa com a gente, é um membro da família e ele respeita!"
Esse que é a diferença de alguém que tem um bom colégio... dar exemplo. Meu filho fala que vai ser médico para ajudar o próximo que nem o pai. Meu marido a consulta dele não é que nem médicos aí por R$ 200,00 reais não, ele lida com pessoas humildes e pratica a medicina com amor, claro aliada ao valor financeiro mínimo para nossa subsistência. Uma consulta dele mais cara são R$ 50,00 e a mais barata R$ 25,00 e nem por isso ele trata os pacientes humildes diferente... todos são iguais. Graças a Deus o meu filho estudar lá não mudou nossos valores. Pelo contrário ajudou a melhorar cada vez mais como seres humanos. E o que pesou para escolher o Colégio de São Bento... são os valores Deus, já que somos católicos. O amor ao próximo. Gostei do seu comentário e obrigada por ceder o espaço para eu comentar a minha experiência nesse colégio. Estou feliz com meu filho lá. Um abraço e fique com Deus.
Minha família é de classe média e foi penoso bancar minha formação no Colégio de São Bento. Agradeço todos os dias pela oportunidade. Passei no vestibular sim. Mas só estudando lá pra entender que isso é o acessório. O nível de formação que eles colocam ao seu dispor é impressionante, ao ponto de eu querer voltar no tempo e prestar em cada minuto de todas as aulas que tive, principalmente as que eu considerava inúteis, como Cultura Clássica. Existe o mito que o São Bento exclui os menos capazes. Mentira. Ele convida a se retirar os que não se esforçam. Eu era mediano na maioria das matérias e péssimo em matemática, química. Lá, se os professores enxergam o seu esforço, fazem de tudo pra você continuar e te ajudam de todas as formas pra você alcançar a turma. Um amigo meu que tinha todas as medias acima de 7 (coisa EXTREMAMENTE dificil lá dentro) foi convidado a se retirar porque destratou um servente. Esse é o tipo de pessoa que não queremos lá. Agora, que o Colégio peneira a entrada, é fato, mas não pra fazer bonito no vestibular, mas porque não adianta deixar entrar alguém que não vai conseguir acompanhar a turma ou o ensino do colégio. Se você estuda, você entra e se você se esforça, continua. Que há de errado nisso? O diferencial do São Bento é que ele pouco se importa com o dinheiro e pouco se importa com os resultados, porque estes são apenas consequencia do ensino lá dentro e porque o Colégio é uma Instituição de Ensino, não uma empresa cujo fim é somente o lucro.
ResponderExcluirPerfeito !
ExcluirResumiu muito bem !
Agora esse povo falando que o colégio é de direita , cada uma viu.
Em Natal a unica escola que é de elite e de segregaçao de genero é o Domestica.Já viu a que genero se refere ne?
ResponderExcluirUma das materias de aula:Atividades domesticas.
Bom, eu queria dar meus dois tostões sobre o assunto.
ResponderExcluirAcredito que os resultados do São Bento tenham mais a ver com o fato de ser um horário integral. Eu sou a favor disso – apesar de saber se eu passasse por isso na infância e adolescência, teria vontade de me matar. Eu era bom aluno e tinha boas notas (bom, pelo menos tive até chegar mais ou menos aos quinze ou dezesseis anos e descobrir outros interesses na vida, que acabaram minando a atenção que eu dava à escola, mas...). Mas tem coisas que valem a pena pontuar.
Acredito que há vantagens e desvantagens nas duas abordagens, tanto a mista quanto a de sexos separados. Entenda: eu era o gordinho sem jeito, esse era o estereótipo em que fui enfiado na adolescência. Então me interessar por uma menina da sala de aula era simplesmente o inferno na terra. Uma tentativa fracassada era a garantia de se tornar alvo de piadas – e essa menina estaria lá, todo o ano, para lembrar a todos disso (por essas coisas, eu evitava dar a entender que estava interessado em alguma garota da escola. Claro que eu era um adolescente com hormônios e isso volta e meia viria a acontecer comigo outras vezes – sempre de forma desastrosa – mas eu passei a tomar cuidado de não dar bandeira para evitar virar assunto). Em uma escola para garotos, eu não teria esse problema: se eu não me integrasse com os colegas, sempre teria a opção de mergulhar nos estudos.
O fato é que quando estamos com neuras emocionais, não conseguimos ficar com a cabeça no lugar. E muitas vezes o sexo oposto vira (ou é usado como) pivô dessas neuras. Por outro lado, se eu fosse vítima, digamos, de bullying, duvido que fizesse diferença estar em uma escola para meninas ou para meninos. Já tive meu mau momento nesse sentido e foi muito antes de ser adolescente, durante um breve período que morei no Estado de São Paulo (mais especificamente, na cidade de Cruzeiro. Era uma cidade bonitinha e tranquila, quando eu morava lá; mas posso dizer que todas as minhas boas lembranças de lá são relacionadas a minha casa e minha família). Nunca conheci bullying tão feroz quanto o de lá, e garanto que não fazia diferença: as meninas iam para seu lado no recreio, os meninos no outro. Era quase como não existissem um para o outro, acreditem.
Na verdade, as meninas podiam ser tão indiferentes ao que acontecia quanto os meninos.
Então não acho que o problema seja manter uma escola só de garotas ou de garotos em si. Tem gente aqui que está defendendo o modelo – não falo dos trolls, esses tem que ser sacaneados até a morte mesmo – mas uma coisa que estou reparando é que as defesas de modo geral vem de quem teve boas experiências de escola. Se você esteve numa escola de garotos, fez amigos, curtiu, encontrou apoio, e não se tornou um babaca, nem andava com gente babaca, é claro que para você o modelo funcionou. Se por outro lado você encontrou só gente idiota pegando no seu pé, é claro que você vai atacar o modelo. Mas não acho que seja a separação de sexos que realmente faça a diferença aqui.
Algo me diz que o buraco é mais embaixo. Sei que parece que estou tangenciando respostas ao colocar a coisa dessa forma, mas é que eu realmente não vejo respostas claras. Tem algum problema maior do que isso a ser identificado. E algo me diz que essa separação pode servir de celeiro tanto de coisas boas quanto de coisas ruins... da mesma forma que a integração total também pode servir de celeiro para outras coisas boas e outras coisas ruins. Ou vocês mulheres gostam de ser amoladas pelos rapazes nos intervalos da sala de aula?
Parece que a escolha se limita a aquilo que você escolhe ganhar ou o que escolhe perder. Nos dois casos. :\
Li seu post e concordo com algumas coisas e com outras não. Uma delas é sobre a segregação de raça e classe social. Meu filho estuda no São Bento há 4 anos e lá tem sim alunos negros, mulatos, orientais,...e não tem somente alunos da elite da sociedade. Existem famílias, assim como a minha, que se esforça bastante para que o filho estude numa escola que oferece estudo de qualidade, lazer, acesso a cultura de um modo geral. Sim...eles tbm se divertem lá. Não é só estudo das 07:30 mas 16:30. Eles tem passeios culturais, passeios a áreas de lazer, sessão de vídeo, apresentações de teatro, esportes,...tudo dentro da área do colégio. Se meu filho estudasse numa escola de meio-período e fizesse todas as atividades que faz dentro do São Bento em lugares distintos eu gastaria mais do que os 2 mil reais que pagamos todos os meses.
ResponderExcluirlola, como vc pode falar de uma coisa que vc nao conhece heim????
ResponderExcluirmesmo com todos os seus estudos vc nao conseguiria trabalhar no sao bento. porque os professores passam por um processo de seleçao mais rigido que o dos alunos, nao basta sair bem na entrevista tem que ter indicação interna e pode ter certeza que sua vida sera investigada. com um blog mei boca desses vc nunca entraria lá. e outra coisa que vc comentou ¨ate porque as particulars nao pagam bem¨, muito errado o que disse, os professors do sao bento ganham muito bem, dirigem carroes e tem coberturas. te garanto com certeza que la tem negro, chines, japones, amarelo, branco, de tudo. o colegio tem uitos programas para ajudar pessoas carentes, eles ajudam idoso e jovens, fazem execelentes doaçoes como por exemplo a creche recano feliz. no predio ele abrigam o progeto ismart que sao os profs do sao bento que dao aula para jovens com nessecidades financeiras que nao tem condiçoes de pagar o colegio, dependendo do desempenho eles poderao cursar o ensino medio do colegio. ja o fato de ser convidado a se retirar é mais uma mensagem para os pais que acham que é so pagar que ta tudo certo, o que da ainda mais enfase a elite do colegio, eles nao querem o dinheiro, e sim bons resultados, ate pq odinheiro que ele ganham sao bem gastos na estrutura que o colegio oferece como todas as salas te ar condicionado, quadras de cimento, campos de areia e ginasios, mais de mil funcionarios, lembrando que os profs ganham bem. e o que resta sustenta o mosteiro quenao é nada barato de se manter.
agora antes de falar da uma pesquisada, tipo so no google vc acha bastante coisa e dpois da uma entradinha no site da escola pra ler o que ta la e nao so pra tiras as imagens, oura coisa: conselho: tira as fotos do colegio do seu blog pois elas sao patrimonio privado e eu acho que vc nao pagou ou pediu permissao para coloca-las aki. antes que vc venha falar do jeito como eu escrevo, deixo constado que nao é do meu interesse uma escrita formal no seu blog.
agradeceria uma resposta, para que nao seja feita nenhuma desfeita pelo meu tempo e posta dos dedos kkkk.
esqueci de falar: antes de criticar o brasao da uma olhada na ÉPOCA em que ele foi criado, e dpois faça comparaçoes com coisas atuais
ResponderExcluirAcho que você está equivocada. Segregação? Por favor!! Sou totalmente a favor dessas escolas. O brasão lembra coisas ruins para você? Tradição é algo negativo? Algumas coisas que você escreveu eu concordo, não dá para avaliar o desempenho de um boom alumno só por uma prova, ainda mais ENEM.
ResponderExcluireuzim tuzim, melhor comentário. Realmente isto cheira a recalque. A melhor escola do Brasil é o São Bento.
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