sábado, 26 de março de 2011

SOBREVIVENDO À DENGUE

Escrevi um post imenso que prometi pra duas leitoras do Twitter mas vou deixar pra publicá-lo na segunda, se não se incomodam. Enquanto isso, vou falar da minha saúde, ou falta de. Ontem à tarde, depois de todas as aulas e tal, fui ao médico. O exame sorológico comprovando se eu e o maridão estamos com dengue não deu outra: estamos mesmo. Ou melhor, estávamos. Agora estamos chegando na terceira semana e quase todos os sintomas já desapareceram. O médico nos deu alta, o que me pareceu um tanto estranho porque nem eu nem o maridão ficamos de licença, paramos de trabalhar ou qualquer coisa assim. Comparado aos relatos de dengue que derrubam (a pessoa fica de cama sem força pra nada), até que sobrevivemos bem. Mas faltou avisar o meu fígado, que ainda está doentinho. Sei disso porque muita coisa que como me faz passar mal. Na realidade, a única coisa que não me faz passar mal é sopinha de legumes. E existe um limite pra quanta sopa um ser humano pode aguentar. Mafalda, te homenageio! Anseio por um churrasco. Pra piorar, ontem, no hospital, o maridão desandou a falar de pavê, e eu fiquei morrendo de vontade de preparar um pavê super achocolatado. Vai ter que esperar, eu sei.
Mas só mesmo dependendo das reações do meu corpo pra saber como anda meu fígado, já que a Unimed se recusou a fazer (pela segunda vez) outro exame laboratorial de fígado antes de completar um mês. O médico pediu, o plano de saúde negou, e eu fiquei esperando uma hora no laboratório pra ver se alguém convencia a droga do plano que, sabe, eu tô com dengue, e o primeiro exame revelou problemas no fígado, então talvez um outro exame possa ser importante pra ver se meu fígado tá se recuperando? Finalmente, não aguentei mais e perguntei: “Quanto é esse exame se eu tiver que pagar por conta própria?”. Na realidade eram dois exames além do de sangue que o médico havia pedido, e a Unimed só topava fazer o de sangue. Sabe quanto custavam os outros dois? 26 reais! Era essa miséria que a porcaria do meu plano de saúde se recusou a pagar. Imagina se algum dia eu precisar de um transplante, uma cirurgia... A iniciativa privada é tão boa pra humanidade.
Aí fui fazer o exame de sangue. Foi o quinto desde que começou a suspeita da dengue. Só os primeiros dois não doeram. E nenhum pôde ser feito no meu braço direito porque, aparentemente, eu não tenho veias lá. Ontem não deu certo me furar no braço esquerdo (não que não tentaram), então a enfermeira decidiu tirar sangue da minha mão! Da minha mão, gente! (mas doeu menos que no braço). A enfermeira querida ainda disse que é bom eu nunca precisar de internação hospitalar, porque se eu depender das minhas veias, eu tô perdida. Eu sabia que existia uma boa explicação pra eu nunca me viciar em drogas injetáveis. (Não que eu não teria dificuldade pra me viciar em qualquer tipo de droga, eu que não sei fumar, não sei engolir comprimido, e passei boa parte da minha vida com nariz entupido. Agora que vivo em Fortaleza meu nariz funciona esplendidamente).
O maridão estava de bom humor e se pôs a comparar nossos exames de sangue. Era um tal de “E leucócitos, você tem algum? O quê?! Só 4200? Não sei como alguém pode viver com tão poucos leucócitos. Eu tenho 6 mil”. Aí ele via algum número que eu ganhava dele (como nas plaquetas: agora as minhas estão em 289 mil, contra 221 mil dele), e dizia que aquele troço não devia ser muito importante.
Enfim, estamos ficando bem. Mas esses dias eu li alguma coisa falando de carnaval e pensei: ué, o carnaval já passou? Aí lembrei que passamos o carnaval meio de cama (não no bom sentido).
Mas, como disse a Aiaiai, tenho que estar plenamente recuperada pra páscoa.

11 comentários:

  1. Afe, era dengue mesmo??
    Melhoras, Lolinha!!
    Desejo que fique boa bem antes da páscoa.

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  2. Que bom que você está melhorando, Lola! Principalmente porque a páscoa está aí, e ninguém merece estar doente, né? Hahaha Tomara que você fique boa de vez logo.

    E, desculpa o off-topic, mas tenho uma amiga da PUC que me passou o vídeo que a frente feminista de lá fez pras bixetes, e eu achei muito legal. Se você quiser dar uma olhada: http://www.youtube.com/watch?v=AH3KUwoq3ww

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  3. Er, mandei o comentário antes de terminar de escrever. Eu sou aquela menina que te mandou o e-mail, do grupo feminista de São Carlos, sabe? Então, vários pedaços de cena que o vídeo mostra aconteceram no meu campus, numa das festas mais opressoras que tentamos combater. São as cenas de mulheres mostrando os seios ou se beijando no meio de um monte de homens.
    Enfim, não vou entrar em detalhes. Só achei interessante te mostrar.

    Beijo!

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  4. Melhoras pra você e seu marido logo Lola! E fuja daquela médica que disse que não era dengue e que você não precisava emagrecer.

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  5. Hahahah amei o Super Trunfo do exame de sangue!

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  6. Lola, desculpa fugir do assunto do post mas eu tinha q falar isso, sobre aquele assunto de q mulheres nao tem o habito de formar grupo e praticar alguma atividade fisica esportiva, eu achei um, o Roller Derby, um esporte feminino com patins. eu to querendo montar um time na minha cidade mas ta dificil
    de qualquer forma se vc pudesse divulgar seria legal pras pessoas conhecerem melhor o esporte http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI194523-15375,00-ROLLER+DERBY+AS+LULUZINHAS+SOBRE+RODAS+ASSISTA.html

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  7. toma um cházinho de boldo do chile pro figado ficar mais feliz! só não pode tomar demais..
    Melhoras!

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  8. Oi, Lolinha,
    Realmente, já ouvi alguns relatos de que a dengue costuma impactar nos orgãos internos, atrapalhando seu funcionamento. Prive-se mais um pouquinho pra não ter recaídas, logo você estará boa de novo.
    beijos e melhoras,
    Dai

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