Talvez muit@s de vocês já tenham visto este ótimo vídeo da National Geographic sobre a população mundial estar chegando aos 7 bilhões. Como ainda não vi legendas em português, decidi colaborar (tradução em itálico). E, claro, acrescentar meus humildes comentários.
No final de 2011 seremos 7 bilhões.
Levaria 200 anos só pra contar até 7 bilhões em voz alta. Então, quando eu vejo um número desses, penso na estupidez que é existirem bilionários no planeta. Quem precisa de tanto dinheiro?
7 bilhões de passos te levariam ao redor da Terra 133 vezes. Vai indo que eu já vou.
Em 1800, éramos 1 bi. Em 1930, 2 bi. 1960, 3 bi. 1974, 4 bi. 1987, 5 bi. 1999, 6 bi. E agora este ano seremos 7. Eu adoro esses números! E depois eu digo que nada mundialmente relevante (Olimpíadas, Copa do Mundo) acontece em anos ímpares...
Em 2045 poderemos ser 9 bi. Talvez eu ainda seja uma dessas. Talvez.
A cada segundo nascem cinco pessoas, e duas morrem. No tempo que vc viu o vídeo, nossa população aumentou em 167pessoas. Felizmente eu ainda estou aqui.
E em praticamente todo lugar estamos vivendo mais. Em 2010 uma pessoa viveu, em média, 69 anos. Em 1960 eram apenas 53 anos. Mesmo 69 anos já parece uma vida curta pra mim.
Em 2008, pela primeira vez na história humana, mais de nós vivemos em cidades que em áreas rurais.
Em 1975 havia só três megalópoles (cidades com mais de 10 milhões de habitantes): Cidade do México, Tóquio e Nova York. Hoje já há 21.
Até 2050, 70% de nós estaremos vivendo em áreas urbanas.
Mas não ocupamos tanto espaço quanto se pensa. Ficando ombro a ombro, todos os 7 bi encheriam a cidade de Los Angeles. Maldita hora em que passei esse dado pro maridão. Agora ele só diz coisas como: “Este supermercado não tá cheio. Você precisa ver como é em Los Angeles...”. O lado bom é que essa estatística comprova outra que vi num documentário e que me deixou passada: que tem tanto shopping centers nos EUA que neles caberiam todas as pessoas do mundo. Impressionante, não?
Então não é espaço que precisamos. É equilíbrio.
5% de nós consumimos 23% da energia do mundo. 13% não têm água potável. 38% não tem saneamento apropriado. Pense nisso quando for escovar os dentes ou lavar louça. A água não é um recurso infinito. Pode acabar. Lembre-se dos seus netos e bisnetos e no mundo que você quer deixar pra eles.
7 bilhões de pessoas falando mais de 7 mil línguas, vivendo em 194 países. E tem gente que pensa que só se fala inglês no mundo...
7 bilhões de motivos para pensar em 7 bilhões de pessoas.
Toda santa vez que falamos em população aparece uma turma elitista dizendo que pobres deveriam ser esterilizados. É, porque pra eles o problema da superpopulação (que, como diz o vídeo, não é assim tão super) do mundo é culpa dos pobres. No Brasil, dizem eles, é especificamente dos nordestinos, essa gente que faz dez filhos. Claro que há um lapso de no mínimo trinta anos nessa argumentação, já que o índice de crescimento da população brasileira só cai. Isso é da Veja: “A queda nas taxas de natalidade no Brasil é contínua desde os anos 60, quando se acelerou a migração do campo para a cidade. Dos 5,8 filhos por mulher em 1970 chegou-se hoje a 2,4 filhos na média. É um número próximo da taxa de reposição populacional, que é de dois filhos por mulher. Menos que isso, a população diminui”.
E uma população menor não é necessariamente algo positivo. Parte do poder que o Brasil tem no mundo, e vai ter cada vez mais, deve-se a ser a quinta maior população.
Portanto, vamos parar de achar que o problema é o tamanho da população. O problema, como deixa claro o vídeo, é a falta de equilíbrio. A péssima distribuição de renda. Em outras palavras, o problema não é pobre ter filhos. É que tanto da riqueza do nosso país, e do nosso planeta, não chegue a esses pobres. Porque, se a gente for pensar em termos de recursos naturais, ricos consomem muito mais que pobres.
Só um dado: um quinto da população mundial, correspondente à fatia mais rica, consome 58% da energia total. Os mais pobres consomem menos de 4%. Quando um reaça como Luiz Carlos Prates (até que enfim demitido da RBS!) reclama dos miseráveis que têm carro, ele não está sendo apenas classista – está sendo também ignorante. Não sabe que os 20% mais ricos da população mundial possuem 87% dos veículos, e que os mais pobres têm menos de 1%. Proibir esse 1% de ter carro não vai mudar em nada o trânsito das cidades. Agora, investir em transporte público de qualidade pode melhorar a vida de todos, ricos e pobres. Isso é equilíbrio. É disso que precisamos.
Levaria 200 anos só pra contar até 7 bilhões em voz alta. Então, quando eu vejo um número desses, penso na estupidez que é existirem bilionários no planeta. Quem precisa de tanto dinheiro?
7 bilhões de passos te levariam ao redor da Terra 133 vezes. Vai indo que eu já vou.
Em 1800, éramos 1 bi. Em 1930, 2 bi. 1960, 3 bi. 1974, 4 bi. 1987, 5 bi. 1999, 6 bi. E agora este ano seremos 7. Eu adoro esses números! E depois eu digo que nada mundialmente relevante (Olimpíadas, Copa do Mundo) acontece em anos ímpares...
Em 2045 poderemos ser 9 bi. Talvez eu ainda seja uma dessas. Talvez.
A cada segundo nascem cinco pessoas, e duas morrem. No tempo que vc viu o vídeo, nossa população aumentou em 167pessoas. Felizmente eu ainda estou aqui.
E em praticamente todo lugar estamos vivendo mais. Em 2010 uma pessoa viveu, em média, 69 anos. Em 1960 eram apenas 53 anos. Mesmo 69 anos já parece uma vida curta pra mim.
Em 2008, pela primeira vez na história humana, mais de nós vivemos em cidades que em áreas rurais.
Em 1975 havia só três megalópoles (cidades com mais de 10 milhões de habitantes): Cidade do México, Tóquio e Nova York. Hoje já há 21.
Até 2050, 70% de nós estaremos vivendo em áreas urbanas.
Mas não ocupamos tanto espaço quanto se pensa. Ficando ombro a ombro, todos os 7 bi encheriam a cidade de Los Angeles. Maldita hora em que passei esse dado pro maridão. Agora ele só diz coisas como: “Este supermercado não tá cheio. Você precisa ver como é em Los Angeles...”. O lado bom é que essa estatística comprova outra que vi num documentário e que me deixou passada: que tem tanto shopping centers nos EUA que neles caberiam todas as pessoas do mundo. Impressionante, não?
Então não é espaço que precisamos. É equilíbrio.
5% de nós consumimos 23% da energia do mundo. 13% não têm água potável. 38% não tem saneamento apropriado. Pense nisso quando for escovar os dentes ou lavar louça. A água não é um recurso infinito. Pode acabar. Lembre-se dos seus netos e bisnetos e no mundo que você quer deixar pra eles.
7 bilhões de pessoas falando mais de 7 mil línguas, vivendo em 194 países. E tem gente que pensa que só se fala inglês no mundo...
7 bilhões de motivos para pensar em 7 bilhões de pessoas.
Toda santa vez que falamos em população aparece uma turma elitista dizendo que pobres deveriam ser esterilizados. É, porque pra eles o problema da superpopulação (que, como diz o vídeo, não é assim tão super) do mundo é culpa dos pobres. No Brasil, dizem eles, é especificamente dos nordestinos, essa gente que faz dez filhos. Claro que há um lapso de no mínimo trinta anos nessa argumentação, já que o índice de crescimento da população brasileira só cai. Isso é da Veja: “A queda nas taxas de natalidade no Brasil é contínua desde os anos 60, quando se acelerou a migração do campo para a cidade. Dos 5,8 filhos por mulher em 1970 chegou-se hoje a 2,4 filhos na média. É um número próximo da taxa de reposição populacional, que é de dois filhos por mulher. Menos que isso, a população diminui”.
E uma população menor não é necessariamente algo positivo. Parte do poder que o Brasil tem no mundo, e vai ter cada vez mais, deve-se a ser a quinta maior população.
Portanto, vamos parar de achar que o problema é o tamanho da população. O problema, como deixa claro o vídeo, é a falta de equilíbrio. A péssima distribuição de renda. Em outras palavras, o problema não é pobre ter filhos. É que tanto da riqueza do nosso país, e do nosso planeta, não chegue a esses pobres. Porque, se a gente for pensar em termos de recursos naturais, ricos consomem muito mais que pobres.
Só um dado: um quinto da população mundial, correspondente à fatia mais rica, consome 58% da energia total. Os mais pobres consomem menos de 4%. Quando um reaça como Luiz Carlos Prates (até que enfim demitido da RBS!) reclama dos miseráveis que têm carro, ele não está sendo apenas classista – está sendo também ignorante. Não sabe que os 20% mais ricos da população mundial possuem 87% dos veículos, e que os mais pobres têm menos de 1%. Proibir esse 1% de ter carro não vai mudar em nada o trânsito das cidades. Agora, investir em transporte público de qualidade pode melhorar a vida de todos, ricos e pobres. Isso é equilíbrio. É disso que precisamos.
que texto maravilhoso, Lola! que aula! você tem muita didática, parabéns!
ResponderExcluirsem tempo pra tecer grandes comentários, ainda bem que o texto está irretocável!
Sim, eu tinha visto o vídeo e achei incrível. E acho que a questão do equilíbrio não está apenas na questão da melhor distribuição de renda (que é fundamental), mas também na distribuição espacial. É preciso "desinchar" os grandes centros e povoar melhor, com qualidade de vida, serviços públicos etc as regiões interioranas. No caso do Brasil isso representa, prioritariamente, o combate ao latifúndio e tão falada( e nunca feita) reforma urbana. Ou seja, temos um looongo caminho pela frente antes de pudermos, por exemplo, deixar de lamentar tantos mortos como estamos fazendo agora.
ResponderExcluirExcelente texto, Lola!
ResponderExcluirEu tambem adoro estatisticas mundiais. E trabalho muito com elas.
Um dado interessante. Em 2060 o Brasil deixara de crescer populacionalmente. A partir dai enfrentaremos os mesmos problemas da Europa atual.
Caramba.
ResponderExcluirtem certeza que 7 bilhões de pessoas caberiam em Los Angeles???
Eu nem consigo imaginar essa quantia de pessoas num unico lugar.
acho que contando com as construçoes verticais, pode ate caber 7 bi em los angeles, mas so talvez, puro chute.
ResponderExcluirEu já havia assistido a esse vídeo.
ResponderExcluirComo me preocupo também com o meio ambiente, devo dizer que o fim desse vídeo me decepcionou um bocado. Não falou-se dos animais que estão sendo extintos por causa do crescimento da população, não falou-se dos obstáculos que criamos nas rotas migratórias dos animais (algo que um documentário da National Geographic chamado Grandes Migrações menciona)...
Enfim, eu sou totalmente a favor do controle populacional. Uma das razões pelas quais eu optei por não ter filhos é justamente porque não quero sobrecarregar esse planeta ainda mais com seres humanos. Lembrando que apesar de achar que nós devemos sim reduzir o número de pessoas que nascem, eu sou contra esterilização forçada de pobres, pois como foi mencionado, ricos consomem muito mais.
Um comentario bobo:
ResponderExcluirSe os shoppings do EUA forem tão capazes em contenção de gente como a galeria Pagé em SP com toda certeza caberia a população do mundo inteira lá!
Mas falando sério...os números comprovam mesmo o que a Lola diz, aqui no Brasil mesmo com a preocupação que o governo federal tem dado em melhorar a distribuição de renda, a vida das pessoas menos favorecidas melhorou muito.
Como consequencia, vários outros numeros melhoraram, como aumento na expectativa de vida...a diminuição da taxa de criminalidade...
E tem gente que não vai enxergar isso nem quando chegarmos a 9 bi de pessoas!
Quanto aos 7 bilhões em LA podemos fazer uma aproximaçao.
ResponderExcluirEstima-se que tínhamos 2 milhões de pessoas na praia de Copacabana no Reveillon.
Se a praia de Copa for equivalente a 1/3300 da área do municípo do Rio, também podemos colocar 7 milhões no Rio.
Considerando que a Praia de Copacabana tem em torno de 4 km de extensão e uma faixa de areia de uns 100m, temos uma área de 0,4km quadrados.
A área do Rio é de 1182,296 km². O que dá 2955 vezes a área da praia. Portanto podemos colocar quase 6 bilhões no município do RJ.
Lola, interessante. E, só pra constar, destes 7 bilhões, 2,5 bilhões vivem em apenas dois países: China e Índia. Agora imagina a China consumindo igual aos EUA...
ResponderExcluiradoro noticias como essa =D mto legal o post!
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluircaso não tenhas lido, acho que irias gostar do post,
http://www.truthdig.com/report/item/2011_a_brave_new_dystopia_20101227/
Beijãozinho.
Você disse tudo o que tento ensinar em classes de ensino médio para escolas particulares. Ainda há os "apocalípticos" que acham que o "fim do mundo" acontecerá por excesso de gente. Fazer o quê? Mentes desatualizadas ou retrógradas existem aos montes por aí...é real a situação de que muitos acreditam que a "culpa é dos pobres". O Brasil está é ENVELHECENDO rápidamente. Previdência social é um problema muito maior do que taxa de natalidade ou fecundidade.
ResponderExcluirA conta sobre Los Angeles é simples.
ResponderExcluirEm cada metro quadrado caberia 3 ou 4 pessoas. Eu prefiro usar 3 como base.
Assim, em cada quilometro quadrado (1000 X 1000 = 1.000.000) caberiam 3 milhões de pessoas.
Como Los Angeles tem 1300 quilometros quadrados caberiam 3,9 bilhões. Se contar a região metropolitana deve caber os tais 7 bilhões.
Em São Paulo caberiam 750 bilhões.
Caro geógrafo,
ResponderExcluirEm partes a culpa é de leituras descolados como Stephen Hawking que usa uma estatística bem assombrosa em um de seus livros.
impressionante esse dado de que em 1800 eramos 1 bilhão.
ResponderExcluirdiferente ler sobre o assunto sem o toque "apocalíptico" pelo excesso de gente, mas tenho uma dúvida, se alguem mais entendido no assunto puder responder: só foi falado que não é bem assim na questão de espaço, mas e quanto aos recursos? pelo que dizem, não há como ter recursos para tanta gente, será que se houvesse esse balanço isso não seria problema? quanto há ter um limite de pessoas que a terra suporta, isso é uma idéia ultrapassada?
Se a China, por exemplo, consumisse igual aos EUA os recursos acabariam em menos de uma década.
ResponderExcluirO Brasil joga fora algo próximo de 30% do alimento que produz. Isso daria para alimentar tranquilamente o resto da América Latina.
O mundo tem que ser repensado antes que estes outros dois bilhões de pessoas cheguem.
Esses esquerdistas são mesmo espertos.
ResponderExcluirA Lola nesse texto reclama da "elite" que quer esterilizar os pobres pra reduzir a população.(Sergio Cabral, o progressista do Rio, disse que se deve liberar o aborto, pra evitar nascimento de pobres, sobre Sérgio cabral a Lola não diz nada)
E ela diz que o problema do mundo não é a superpopulação.
Mas ela esquece que são os esquerdistas que querem legalizar o aborto pra reduzir o numero de nascimentos.
Pra quem duvida disso basta ler as declarações de esquerdistas como Hillary Clinton e a maior organização esquerdista do mundo: a planned parenthood.
Antes de vir me criticar pesquisem na internet.
A Lola deve se decidir, se ela é esquerdista ou não.
Pois uma hora ela fala uma coisa outra hora ela defende outra coisa.
Quanta besteira, hein, Conservador? Eu não tenho nada pra falar do Sergio Cabral. Não gosto dele, não voto no Rio, e se votasse não votaria nele. Não sei se alguém fora vc considera Sergio Cabral de esquerda. Segundo, esquerdistas não querem legalizar o aborto pra reduzir o número de nascimentos. Eu nem nenhuma feminista vemos aborto como um método anticoncepcional ou como uma forma de controle de natalidade. Defendemos a legalização do aborto por ser um direito da mulher decidir sobre o seu corpo. Pelo mesmo motivo somos contra a esterilização em massa – porque estão mexendo no corpo de uma mulher e nos seus direitos reprodutivos sem que ela saiba. Além do mais, o aborto existe, só que é ilegal. Para quem quer reduzir a população do mundo, aborto ilegal é o melhor negócio que tem. Afinal, muitas mulheres morrem vítimas de procedimentos errados. Morre a mulher e o feto. No aborto legalizado, morre apenas o feto.
ResponderExcluirE Hillary Clinton também é de esquerda? Uau, deve ser da mesma esquerda a qual pertence Sergio Cabral.
Nelson, o Brasil joga fora 30% do alimento que produz? Esse é um dado alarmante.
"Defendemos a legalização do aborto por ser um direito da mulher decidir sobre o seu corpo."
ResponderExcluirSério, eu ri.
É direito da mulher irresponsável engravidar e depois matar o feto?
Se não tem condições de criar, era melhor ter pensado nisso antes. Que entregue a criança as autoridades e dê para doção, assim ao menos terá dado uma chance pra criança.
E se a mulher tem como criar e mesmo assim quer MATAR um ser inocente, ela não passa de uma vagabunda ASSASSINA. Simples.
Vocês feministas me enojam.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGiovani,
ResponderExcluirHá casos onde a mulher é estuprada e engravida. Não são poucas as que entram em depressão profunda.
Há casos onde a criança não tem chances de sobreviver. E conviver com esta certeza durante nove meses é uma tortura psicológica terrível.
Há casos onde é preciso escolher entre a mãe e o feto.
E hoje o número de abortos clandestinos é de um milhão (isso num estudo da Unicamp). O aborto no Brasil existe e é praticado nos piores lugares e nas piores formas.
O debate sobre o tema é bem mais complexoo que sonha sua vã filosofia.
Lola, são números antigos que eu tenho.
ResponderExcluirBoa parte se perde no trasnporte, no armazenamento e no desperdício de restaurantes.
Giovani deve ser mais um desses machões que enchem a boca pra defender o feto, mas que quando a amantezinha/namorada engravida ele muda de idéia rapidinho!!!!
ResponderExcluirHaja HIPOCRISIA!!!!
@nelsonalvespinto
ResponderExcluirE onde eu citei casos de estupro ou fetos com defiências graves? Inclusive, nesses casos o aborto é amparado legalmente.
O que estou dizendo é que acho ridícula essa idéia de que a mulher pode fazer o que quiser com o feto só porque ela o carrega.
O aborto existe? Ele é realizado nos piores lugares possíveis e imagináveis? Puxa vida, que surpresa.
1 milhão de abortos ilegais? É realmente uma pena, e mostra como o povo não tem o menor senso de humanidade. Aliás, se ao invés de estimular o aborto as pessoas - e o governo principalmente - oferecessem apoio as adolescentes gravidas e as mães sem condições, talvez nós tivessemos mais jovens aqui no Brasil.
Acho que o texto cita algo sobre o envelhecimento da população, não? =)
@Iseedeadpeople
Ataque o argumento, e não o argumentador. Aliás, isso é tipíco de feministas. Não tem argumentos e partem para a agressão. Tudo bem, não vou me rebaixar a esse nível.
Só queria dizer que, ao contrário do seu comentário, diferentemente de muitos cafajestes e vagabundas por aí eu tenho uma coisa chamada RESPONSABILIDADE. E mesmo que eu engravidasse alguém, eu assumiria os meus atos e daria todo o apoio possível para a criança.
Agora, se você acha que as pessoas podem fazer todo o tipo de besteira que quiserem e depois quem tem que "pagar o pato" é o coitado do feto que não tem nada a ver com a história, é uma pena.
Como eu disse anteriormente, acho que as pessoas devem ao menos dar uma chance ao feto. Olha só quanta gente saiu de situações extremamente desfavoráveis e venceu na vida. Sério, privar alguém MESMO QUE SEJA UM FETO do direito à vida é uma atrocidade sem tamanho.
Giovani, você pode até me xingar de vagabunda assassina, mas eu defendo até a minha morte o direito da mulher decidir sobre seu próprio corpo.
ResponderExcluirSou vagabunda assassina, sim, se isso significa ser a favor da descriminalização do aborto, em qualquer caso.
Não é seu corpo que está lá envolvido, nem de nenhum outro homem. E gravidez não é coisa de VAGABUNDA ASSASSINA como você diz. Engravidar pressupõe a presença de duas pessoas no processo. Logo, não é só a vagabunda que está matando uma criança, mas é só a vagabunda que tem o corpo envolvido no processo.
Mas isso não é exatamente o tema do post, né?!
p.s.: leia mais sobre feminismo antes de xingar as feministas. Ele vai além de matar criancinhas inocentes como você diz.
Giovani,
ResponderExcluirno meu caso particular, engravidei aos 21 anos, enqto estava na faculdade, o pai sumiu mas eu tive o filho, q hj tem 14 anos. EU NÃO FIZ E NÃO FARIA ABORTO. Mas tenho o bom senso mais do que suficiente de não querer impor minhas convicções à ninguém. A minha situação é MUITO diferente da de milhares de brasileiras, sem educação, sem uma família que as ampare, sem trabalho, sem dinheiro.
Claro que sou a favor de mais educação, todo esse blá blá blá, do que de mulheres abortando a torto e a direito. Mas é muita inocência achar que pode-se fazer isso já, de uma hora pra outra, enquanto milhares de mães pobres morrem em verdadeiros "açougues". É apenas uma questão URGENTE de Saúde Pública (falo com experiência de causa pq sou médica).]]
Ao invés de vc chamar essas mulheres de putas e vagabundas,que tal fazer algo pra diminuir essa triste estatística dos abortos? Que tal ir nas escolas ensinar educação sexual (como já cansei de fazer)? Que tal fazer uma campanha pela PATERNIDADE RESPONSÁVEL?
Não seria muito mais humano do que chamar uma gestante em situação de desespero de "vagabunda"?
@Marilia
ResponderExcluirNão vou te xingar. Só, POR FAVOR, me explique o porque de você ser a favor do aborto em QUALQUER caso. E leia meus posts anteriores com mais atenção, não estou tirando a culpa de nenhum homem.
Falando o português bem claro, porque já estou com sono, você acha justo uma "piriguete" de balada sair liberando geral e depois ter o "direito" de abortar?
Vou te contar uma história, tenho um colega que tem um filho. E ele engravidou a mulher em uma orgia junto com seis outros caras. Haha, imagina como ele não se sentiu por ser "o sorteado"? Imagina como a mulher não se sentiu por ter "estragado" a vida fazendo qualquer besteira.
É óbvio que em casos de estupro ou deformidades graves que colocam a vida da mulher em risco o aborto é necessário.
Mas você realmente acha que a mulher tem o direito de tirar uma vida devido a uma besteira que ela fez?
Vamos fazer assim então, se o homem não quiser ser pai ele pode espancar a mulher até ela abortar. Não dá na mesma? Não quer ser mãe, tira o filho. Não quer ser pai, tira o filho também. Ou o pai não pode? Isso sim que é hipocrisia.
@Iseedeadpeople
Me desculpe, mas hoje em dia não existe desculpa de falta de informação. O que existe é falta de vergonha na cara.
Que adolescente com mais de 12/13 anos não sabe a respeito de preservativos?
E como você é Médica, sabe que os postos de saúde distribuem preservativos gratuitamente.
No passado eu até entendo, hoje em dia com campanhas nacionais em todos os tipos de meio de comunicação, fica meio difícil engolir essa desculpa.
Ah, e a "gestante em desespero" (na maioria das vezes) não foi parar nessa situação forçadamente. Acho que é uma questão de arcar com as consequências.
No mais, por mais triste que seja, o orfanato ainda é melhor do que a morte.
Gente, por favor, ignorem o Giovani. Eu deveria ter deletado o primeiro comentário dele assim que o li. My bad. É um troll típico. Chama as mulheres de vagabundas, diz "vcs feministas me enojam" - isso num blog feminista -, e a gente ainda dá atenção prum lixo humano desses? Ele agora está todo feliz com a atenção que conseguiu: duas mulheres inteligentes e educadas respondendo a alguém que não merece nem um "oi", e a dona do blog dando-lhe atenção suficiente pra mandá-lo passear. A gente tem que saber escolher com quem vale a pena dialogar. Esse não vale.
ResponderExcluirMeu blog tem sido alvo de vários blogs e comunidades do orkut ultramachistas. Caras que chamam mulheres de "depósito de esperma", esse nível. E aí escrevem posts como "Olhem o que essa feminazi disse". É gente da pior espécie, reaças em todos os sentidos. É melhor ignorar. Eu vou passar a deletar, pq não quero ver meu blog infestado por esse tipo de gente.
Nossa que texto elucidador... parabéns por ter se dado ao trabalho de trazê-lo até nós...
ResponderExcluirÉ realmente algo a se pensar...
Boa proposta tem esse seu blog, parabéns, o descobri hoje, e pretendo voltar...
Aliás, a nível de curiosidade, eu vivo em Los Angeles, e é engraçado de se pensar que a população mundial caberia aqui... :)
Abraços!
Adorei o texto e estou amando o Blog, parabéns Lola!
ResponderExcluire sobre os comentários acima: zzzZZZZ
aborto é um dos assuntos que tem que debater com profundidade, em comentários.. não vai chegar a lugar algum.
Eu sou absolutamente contra o aborto. Sempre fui, sempre serei. Salvo os casos já citados aqui sobre estupro e risco e vida para a mãe, como é o caso de mães muito jovens ou com alguma doença grave. Não acho q mulher (q não merece ser chamada de mãe) sofra mais do q o bêbe q é brutalmente assassinado. Não sou eu quem estou dizendo, há muitos vídeos q mostram isso. Se pode ou não quer ter um filho? Previna-se. A rede´pública oferece camisinha e anticoncepcional de graça. Só engravida quem quer. Mesmo as pessoas mais pobres, dos locais mais isolados tem acesso à informação hj em dia. O aborto não é uma questão religiosa ou de machismo. Aborto é uma questão de caráter, de consciência, de respeito à vida. Já ouvi muitas mulheres dizer q fizeram aborto mais de uma vez como se fosse a coisa mais normal do mundo.
ResponderExcluir@lola aronovich
ResponderExcluirOk. É mais fácil me ofender de hipócrita, adúltero, "reaça", gente da pior espécie, e por aí vai.
Eu argumento, e você? Sim, eu que sou o "troll" da história né. Até agora o melhor argumento das feministas foi "Temos o direito de abortar porque carregamos o feto".
Realmente, temos que saber com quem argumentar. Infelizmente, com [a maioria de] vocês não vale a pena.
@Graziela
É isso aí.
@Sammy
É doloroso sim. A verdade dói.
___________________
No mais, podem deixar, já que vocês não tem a capacidade de discutir racionalmente COM ARGUMENTOS eu não vou mais postar aqui.
Vocês feministas além de me inojar, também me fazem rir.
Giovani, eu sou obrigado a te sustentar? Um ser humano é obrigado a manter vivo outro ser humano? Por quê?
ResponderExcluirEngraçado que conservadores são contra Estado de bem-estar social, mas querem impor um estado de bem-estar social da mãe em relação ao feto.
Em relação ao que escreveu o tal de "conservador" o que esperar dessa gente? Se diz conservador mas é pior do que medieval. Deixa pra lá. É isso aí Lola! "xinelada' neles!
ResponderExcluirLola, ótimo texto, entretanto o que eu gostei foi saber que o Prates ganhou um chute da RBS, que notícia maravilhosa!! Menos um conservador preconceituoso para falar bobagens na televisão! abraços
ResponderExcluirEu não acredito na honestidade intelectual de uma pessoa que duvide que o problema é de "gestão" e não de tamanho populacional.
ResponderExcluirMas como eu também não acredito na humanidade só consigo ver neste mundo cada vez mais povoado e populoso mais um motivo para nunca ter filhos. Fora os outros trezentos, que né, nem cabe falar aqui.
"Agora imagina a China consumindo igual aos EUA..." (2)
Não dá para acreditar, nem no momento mais Poliana, que as pessoas até hj privadas das "maravilhas do consumo" vão deixar de consumir em um futuro próximo pensando nas gerações futuras.
Ai, só mais uma coisa:
ResponderExcluirGiovani: talk to the hand!
Gente, reaça bom é reaça ignorado! Não tem nada pior pra uma pessoa que não sabe conversar sem julgar os outros (vagabundas, assassinas, cadê a fogueira?) do que ignorar suas opiniões e seu ego altamente inflamado.
A pobreza do argumento do "Conservador" não dá nem pra ser considerada...
Já eu acho que quem é contra o aborto e ainda por cima vem tentar dar lição de moral, ou tenta controlar a vida alheia, um cretino babaca e ignorante.
ResponderExcluirLaura
Graziela, antes de falar besteira, se informe. Em todo lugar em que o aborto é legalizado HÁ UM LIMITE de semanas. O aborto não é legalizado quando o embrião já passou para a fase fetal. O aborto é liberado até antes do desenvolvimento neural do embrião. Então, o legalização evitaria que bebês quase já formados fossem abortados. Deixe de sensacionalismo barato.
ResponderExcluir"É doloroso sim. A verdade dói.""
ResponderExcluirHahahaha, você é que nos faz rir!
Eu quero saber é se esse digníssimo, que se importa tanto com um embrião vai ajudar a cuidar dele depois que ele nascer. Essa é a maior hipocrisia dos pró-vida, defendem com unhas e dentes embriões que nem cérebro formado tem ainda, mas depois que as crianças nascem? Somem. O que vai ser dessas crianças? Foda-se, né? Não é comigo. Meu negócio é achar que todas as mulheres deveriam ser obrigadas a terem os filhos. Não importanto em que circunstâncias.
ResponderExcluirTambém sou contrária ao aborto a não ser nos casos já previstos na legislação brasileira por tratarem-se de situações extremas.
ResponderExcluirSei que no início o embrião é somente um monte de células em desenvolvimento, mas acho difícil que seja possível definir-se um limite seguro em que ele deixe de ser considerado assim e passe a ser considerado 'humano'. Num ultrassom de 12 semanas é possível ver o feto todo formado, e esse costuma ser o limiar para o aborto legalizado.
Não sei se a consciência de um feto é tão diferente da de um recém-nascido, no entanto este, por estar 'do lado de fora' tem todos os direitos assegurados.
Embora eu seja considerada feminista por todo mundo e eu realmente defenda estes valores, que a mulher tem e deve sempre ter poder sobre seu corpo, não acredito que o feto faça parte do corpo dela, pois ele é um ser distinto, embora esteja ali dentro. E se está ali, afora os casos de estupro e raros casos em que os métodos anticoncepcionais não funcionaram, está porque ela assim permitiu, ainda que por descuido.
Eu acredito na responsabilidade das pessoas sejam elas homens ou mulheres, acima de tudo. Por pior que fosse a situação eu sei que seria capaz de dar um jeito de assumir minha responsabilidade sem ceder ao caminho mais fácil, em se tratando de um assunto tão sério. Acho que essa força de vontade as pessoas deveriam buscar dentro de si e não acredito que nem a pobreza seja uma justificativa para o aborto pois tantas mães são capazes de criar filhos nestas condições. Aliás, isso deveria ser uma justificativa sim para o controle prévio de natalidade.
Não que eu deva dizer às pessoas como agirem ou pensarem, mas acredito que a lei deva proteger os seres humanos mesmo que eles ainda estejam dentro da barriga da mãe, tal qual protegem os direitos de um recém-nascido.
Atena,
ResponderExcluirPrimeiro, ninguém é a favor de aborto;
os casos previstos na legislação brasileira não se concretizam porque raramente a justiça é rápida o suficiente para permitir o aborto antes dos 3 meses;
vc não quer fazer aborto não faça, mas não repita a balela machista de que a liberação do aborto faria o número de abortos aumentar. Em todos os países onde foi liberado, a taxa foi reduzida, exatamente porque a legislação foi acompanhada de maior conscientização;
e, finalmente, se você defende a vida, deveria também defender a vida de milhares de mulheres que morrem no desespero. Nós da classe média, simplesmente vamos a boas clínicas clandestinas. O problema é social, não religioso.
aiaiai, eu sou a favor do aborto. Sou a favor da mulher ser a única a ter escolha e proteção enquanto o ser dentro dela não tiver condições de vida própria.
ResponderExcluirNo entanto, eu sei que a maioria das mulheres fazem o aborto num ato de desespero, como última alternativa. Eu desejaria que não fosse assim, que elas pudessem encarar isso numa boa.
E eu sei que a minha visão é futurista demais, mas já ficaria muito contente se a mulher pudesse ao menos abortar o embrião sem ser xingada nem criminalizada.
Outra: me incomoda demais esse negócio de responsabilidade no discurso anti-aborto.
ResponderExcluirMuita gente, que nem o cara ali em cima, vem e fala que quem aborta é vagabunda. Dizem que é adolescente irresponsável ou mulher que saiu abrindo as pernas dando por aí. Aí você mostra a pesquisa do Ministério da Saúde que fala que a maioria das mulheres que abortam tem entre 20 e 29 anos e estão em relacionamento estável. Aí o discurso muda de figura. A pessoa vem com argumentos mais comedidos, para de falar de vagabunda e irresponsável, vem falar de mais campanhas de conscientização.
O que elas não entendem é que a mulher que aborta não quer seguir com a gravidez. Ela não quer estar grávida. Nem é questão de poder ou não sustentar a criança. É não querer estar grávida. É o corpo dela. Toda pessoa tem direito de ter autonomia sobre o seu próprio corpo. Tanto faz se é vagabunda, se é prostituta, se é irresponsável ou se é mãe de família. O corpo é dela. Então tem um ser dentro dela que não é mais do que um parasita. Porque esse ser não tem vida própria sabe? Se tirar ele do corpo hospedeiro, ele morre. Logo a vida dele não é dele, é a vida dela. Por que defender um ser que não tem vida própria? Aí vem os argumentos, que o ser sente, tem mãozinha, coração formado etc. Tem. Mesmo assim, a mulher não quer ele dentro dela. O corpo que tá sofrendo mudanças é o dela. A vida que está em jogo é a dela, a dele não pode ser porque ele não tem vida própria!
Enfim, o que eu mais detesto no argumento antiaborto é isso, de umas mulheres terem direito de escolha assegurado, se foi estupro, se é anecefalia. O resultado do estupro e da anecefalia também tem vida. Também tem mãozinha e coração. Mas o que importa no caso é que a mulher foi uma mulher "direita". Seguiu as regras, não foi vadia, não saiu abrindo pernas pra qualquer um. Então ela merece dispôr do próprio corpo. Já as outras não. Como se alguém tivesse esse direito, de decidir até que ponto os outros tem direito. De dominar o corpo do outro, forçar a manter uma gravidez indesejada. Na verdade, a vida do feto pouco importa, o que importa é que a mulher não faça determinadas coisas. Se fizer, vai ser punida com a gravidez pela sua "irresponsabilidade".
'Atena, vc não quer fazer aborto não faça, mas não repita a balela machista de que a liberação do aborto faria o número de abortos aumentar.'
ResponderExcluirEm que momento eu disse isso? O que eu disse é que a legislação deveria defender o feto tanto quanto defende o recém-nascido.
'e, finalmente, se você defende a vida, deveria também defender a vida de milhares de mulheres que morrem no desespero. '
Eu não estou deixando de defender a vida de ninguém ao ser contra o aborto. Só estou dando valor igual à vida da mãe quanto à do filho.
'O problema é social, não religioso.'
eu não sou religiosa.
Fico vendo em países como China a questão do aborto seletivo (lá se abortam mais fetos femininos que masculinos por razões culturais e sociais) e fico imaginando se ninguém considera isso uma violência contra o sexo feminino só porque 'aquilo' não passa de um monte de células, ou seja, não é mulher ainda, não é 'nada'. Aí não tem problema? Aí pode?
ResponderExcluirSó gostaria de dizer também que não acho que ser a favor dos casos de aborto previstos em lei seja como 'premiar' a mulher 'direita' com o domínio do seu corpo. É que estupro é algo tão terrível, tão monstruoso, que não vejo como obrigar uma pessoa a carregar uma criança fruto de uma violência como essa. Neste caso, sim, eu penso na mãe antes como uma vítima das circunstâncias. No caso de uma criança sem cérebro, quanto sofrimento para a mãe quanto para a criança, sem expectativa alguma de futuro, sem qualquer chance de sobrevivência.
Agora querer comparar estes casos com situações contornáveis, controláveis, não é justo.
Mas eu estive pensando e acho que talvez fosse sim melhor permitir quem se sente 'punida' com uma gravidez e não possui responsabilidade suficiente para se assumir diant das conseqüências de seus autos que realize o aborto, pois deve ser horrível ter de nascer numa condição dessas, depender de uma pessoa com este pensamento.
Só sei que se as pessoas assumissem mais a responsabilidade pelos seus atos tenho certeza de que esse seria um mundo bem melhor e mais digno.
Então olha só
ResponderExcluirhttp://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/aborto/20anos_ab.pdf
A maioria das mulheres que abortaram usam métodos anticoncepcionais. E engravidaram mesmo assim. A pesquisa chega a conclusão que elas não sabiam usar o anticoncepcional direito. Porque é mais simples explicar que é complicado demais pra mulher entender que tem que engolir uma pílula por dia do que admitir que os métodos anticoncepcionais não são assim tão infalíveis como pregam. Quem não conhece uma mulher que engravidou mesmo tomando a pílula? E aonde fica a tal falta de responsabilidade nessa história?
Uma em cada cinco mulheres de até 40 anos de idade já fez aborto. Assim, podemos concluir então que 20% da população feminina é irresponsável.
Quem toma a pílula do dia seguinte é irresponsável também?
Vou ler o material, Laura. Mas já adianto que como eu disse antes (mesmo desconhecendo os números) não acho que seja culpa da mulher quando o método anticoncepcional falha tenso sido usado corretamente, e não defendo que ela deva ser obrigada a assumir uma responsabilidade para a vida toda pela qual não teve culpa nenhuma. Por outro lado também penso que tem de haver um limite muito bem estudado para a intervenção para que não haja sofrimento nenhum do feto e não sei se 3 meses é um prazo confiável para isso.
ResponderExcluirEu só sei que nesta história toda existem 3 elementos, a mãe, o pai e a criança, e gostaria de dizer que nem todo mundo que é contra o aborto faz isso por ser reacionário ou machista ou religioso e sim por também levar em conta a parte mais inocente e que entrou de 'gaiato' na história, que é o feto e que não pode se manifestar nem atuar, apenas dependendo da decisão de outros quanto a ele.
Mas se é possível definir um limite em que se distingua bem o 'projeto de bebê' de um bebê propriamente dito, de modo que seja possível escolher sem fazer dele uma vítima, então eu sou a favor do aborto dentro desse limite e pensando principalmente no bem-estar desse possível bebê.
Laura,
ResponderExcluirQuando eu disse que ninguém é a favor do aborto estava querendo pontuar que quem se diz a favor do aborto é na verdade a favor da descriminalização do aborto. Porque muitas pessoas acham que a gente é a favor de usar o aborto como método anticoncepcional, o que é um absurdo. Anticoncepcional é algo que se faz antes da concepção, para que esta não ocorra. Por isso, repito: não sou a favor do aborto, sou a favor de sua descriminalização, de sua aplicação como um procedimento médico realizado sempre que a mulher - seja pelo motivo que for - quiser. E que o estado proporcione esse procedimento para todas as mulheres.
É importante mostrar a quem se diz contra a descriminalização do aborto que nós não estamos defendendo o aborto como procedimento normal. Nunca será normal para a mulher fazer um aborto.
E, mais importante ainda, os homens não podem ver o aborto como uma forma de se livrar da responsabilidade de ter concebido. Veja que em um país machista como o nosso, não podemos correr o risco de, ao descriminalizar o aborto, dar aos homens uma opção de fazer sexo sem segurança e depois exigir que a mulher aborte, como aliás acontece bastante mesmo o aborto sendo um crime.
Como método anticoncepcional não, mas como método pós-concepcional sim. Lógico que é melhor prevenir do que remediar. Mas ao mesmo tempo, pra muitas mulheres o melhor é abortar.
ResponderExcluir"Nunca será normal para a mulher fazer um aborto"
Não sei se é o melhor apoiar o aborto sempre justificando que não é bom pra mulher, que ela não se sente bem fazendo. Muitas se sentem sim. Aquela que abortou por falta de grana pode não se sentir. Mas muitas sentem alívio ao abortar, um alívio tremendo.
A discussão não deve ser, eu acho, o procedimento aborto ser ou não normal, afinal o que pra uns é normal, pra outros não é. No Japão o aborto foi liberado depois da Segunda Guerra, a pílula anticoncepcional só em 1999. O normal lá não é usar anticoncepcional, é abortar, logo no comecinho. Talvez o normal seja ambas as coisas, anti e pós-concepcional?
Normal é a mulher ter a decisão, autonomia sobre corpo dela. Talvez seja melhor argumentar não dizendo que o aborto nunca será normal, mas que obrigar uma pessoa a carregar uma gravidez indesejada é que é o grande absurdo.
Laura, é certo obrigar um ser humano a sustentar outro ser humano "com vida própria"? Por quê? Isso também não cai no caso de não se permitir que ele disponha do seu próprio corpo?
ResponderExcluirEntão você, logicamente, é a favor de desligar os aparelhos de alguém que depende deles (não "tem mais vida própria"), mesmo que ele não queira? (Ou seja, nem é o caso da eutanásia.)
Não tem como comparar desligar aparelhos com o aborto. São coisas completamente diferentes.
ResponderExcluirSou "a favor" do aborto, com o limite de tempo, que pelo que sei é usado em todos os países que legalizaram. Acho cruel abortar quando o estágio está tão avançado que o feto já sente dor. Não. Deve ser feito antes do desenvolvimento neural. Salvo casos em que a culpa da demora seja da Justiça ou algo do tipo, externo.
Não entendi o sustentar alguém que dispõe de vida própria. O que uma coisa tem a ver com a outra?
ResponderExcluirQuando você nasce e se desliga do corpo da gestante, deixa de ser objeto e passa a ser sujeito. Ninguém diz que existe desde o momento em que foi concebido e sim a partir do momento em que se tornou um ser independente do outro ser, ou seja, em que nasceu. É isso que eu quero dizer com vida própria. Não tem como comparar com alguém que vive com ajuda de aparelhos. A pessoa ainda assim tem vida própria, independente de outro ser.
Mas um bebê, por exemplo, não é um ser independente só por estar fora da barriga da mãe. Ele é completamente dependente dos cuidados de alguém e se não for continuamente assistido, morre. Nem por isso achamos que a mãe/pai/família tem o direito, depois de nascido o bebê, de escolher não cuidar dele (afinal é a vida e a liberdade deles que estão sendo deixados de lado) e deixá-lo morrer.
ResponderExcluirO fato é que toda criança merece ter qualidade de vida desde a concepção, ou seja, ser desejada, amada, querida, estimulada, cuidada. Se for para ter uma vida miserável de orfanato em orfanato ou pior, ser jogada num terreno baldio dentro de um saco plástico, melhor mesmo que a lei evite estas monstruosidades (não há desespero que justifique uma atitude desumana e cruel destas) antes mesmo que o feto possa vir a sentir algo.
Laura disse "Porque esse ser não tem vida própria sabe? Se tirar ele do corpo hospedeiro, ele morre. Logo a vida dele não é dele, é a vida dela. Por que defender um ser que não tem vida própria? "
ResponderExcluirIsso se aplica a pessoas vivendo por aparelhos.
"Não tem como comparar com alguém que vive com ajuda de aparelhos. A pessoa ainda assim tem vida própria, independente de outro ser." Não tem, se desligar, morreu. Como no caso que vc deu.
"Não entendi o sustentar alguém que dispõe de vida própria. O que uma coisa tem a ver com a outra?" Nesse caso, também se controla o corpo de um ser humano (no caso, o pagador de impostos) para sustentar outro ser humano (no caso, o beneficiário de uma programa
social), só que nesse caso o indivíduo respira, faz digestão etc por conta própria.
Como se alguém tivesse esse direito, (...) De dominar o corpo do outro Na prática, tá "dominando o corpo" do pagador de impostos, obrigado a trabalhar pra sustentar um estranho (fora a burocracia).
Lolinha, cheguei aqui tardíssimo, de férias no Brasil, e meio fora do ar internético... Bom texto, boa reflexão, mas os dados mais alarmantes são o fato de 1 bilhão de pessoas nesse planetinha passarem fome todos os dias, e outros tantos milhões nunca terem tido a chance de tomar um banho ou escovar os dentes na vida, por náo ter acesso a água. Nós, que temos tudo ao alcance dos dedos, não damos o valor devido.
ResponderExcluirO que me deixa mais p&%# é o tamanho das plantações de soja e milho, tudo transgênico, pra alimentar VACAS e não PESSOAS... VACAS que serão devoradas por uma porcentagem pequena da população e produzirão leite pra fazer queijo caríssimo, que menos gente ainda vai comprar...
Quando tiver tempo, dá uma espiadela nessa campanha aqui, com o vozeirão do Jeremy Irons...
http://www.1billionhungry.org/
Equilíbrio está muito longe ainda... Será que tem jeito?
Por isso que eu não como nenhuma tipo de carne, Camila!
ResponderExcluirAboli tudo!
Vegetariana feliz há 3 anos e uns meses.
Fica como reflexão, gente...
ResponderExcluirSério, pensem em diminuir o consumo de tudo derivado de animais.
Para diminuir sua exploração e adivinha só, explorá-los consiste em gastar muita água e grãos, que ficam indisponíveis pr'aquele um bilhão (de gente!) que passa fome e sede