Hoje é dia de combate à violência contra mulheres, e estou completamente sem tempo para escrever algo decente (a tag no Twitter é #FimdaViolenciaContraMulher). Mas esta semana tive uma discussão (amigável, espero) com um aluno quando falávamos da violência contra as mulheres. Quer dizer, é meio difícil falar disso como se fosse algo no ar, uma abstração, sem aquela equação de agressor e vítima (que, se sobrevive, preferimos chamar de sobrevivente). E o aluno não gostou de ver seu gênero, o masculino, sendo tratado como algoz. Tod@s nós já ouvimos essas queixas antes: que não são todos os homens, que não dá pra generalizar, que isso é injusto com os homens. Que não são todos os homens é tão óbvio que é ridículo que necessite de resposta. É lógico que não são. Mas são muitos homens. Se conseguirmos mudar a cabeça desses homens, fazê-los com que parem de ver mulheres como propriedade particular, já resolvemos grande parte do problema. Porque é esse sentimento de posse que faz com que homens sintam que podem fazer o que quiserem com “suas” mulheres: estuprá-las, esmurrá-las, matá-las se elas ousarem tentar se separar.
Gostaria de propor algo a cada homem que se sentir injustiçado com a acusação de que, sim, homens estupram, homens matam, homens são pedófilos, homens são serial killers (preciso mesmo explicar que não estou dizendo que todos os homens são tudo isso, apenas que a esmagadora maioria dos estupradores, pedófilos e serial killers são homens?). Use a energia que você gastaria pra desmentir esses fatos em outra coisa. Ao invés de gritar “Não são todos os homens!”, “Eu não sou assim!”, e “Assim você me ofende!”, gaste esse vigor todo pensando: o que você pode fazer para diminuir o problema? Mesmo que o problema não seja diretamente seu (afinal, você não é um agressor), ele é parte integral do mundo em que você vive. Aliás, no mundo em que eu vivo também. E eu não preciso ser agredida para lutar para que isso pare de acontecer com mulheres ao redor do planeta, preciso? Então você também não precisa agredir pra fazer deste o seu problema. Afinal, se tantos homens são agressores, é meio ridículo que uma pauta como combate à violência contra as mulheres seja apenas feminina. Tem que ser, acima de tudo, uma prioridade masculina. Portanto, assuma a sua parte: o que você pode fazer para que este problema imenso de toda a sociedade diminua (o ideal seria que desaparecesse, mas vamos começar pela diminuição)?
Permita-me algumas sugestões: se você tiver um blog, escreva sobre isso. Escreva sobre quando você começou a autoanalisar o seu sentimento de posse. Escreva sobre o que viu de desigual no relacionamento entre os seus pais. Escreva sobre o ciúme doentio que você sentiu aquela vez da sua namorada. Escreva quando descobriu que as mulheres merecem respeito. Por que escrever? Primeiro, porque você coloca esses sentimentos pra fora. Faz pensar. E, desta forma, você é capaz de convencer outros homens a fazer o mesmo. Mais do que eu, uma feminista confessa que eles vão olhar com desconfiança.
Que tal formar grupos de discussão de homens? Isso existe nos EUA entre homens feministas, homens que reconhecem que há algo de errado na sua formação, algo que faz com que sejam violentos com mulheres. Homens que querem mudar esse quadro. Nessas reuniões, eles discutem conceitos como o que é ser homem (é ser violento? É recorrer à violência para resolver conflitos? Quando esse aprendizado começou? Como apagá-lo?). Sabe, palavrinhas que para feministas (tanto mulheres quanto homens) estão ultrapassadas, mas que continuam vivíssimas no senso comum, palavras como hombridade, macheza, mulherzinha. Note que, discutindo esses conceitos, você estará não apenas atacando o machismo, como também a homofobia, que sempre caminha de mãos dadas com o machismo.
Fale com seus amigos sobre estupro. É, é tabu, eu sei, é aquilo que só psicopatas fazem na calada da noite, aguardando vítimas desconhecidas cruzarem o seu caminho. Pois bem: não é. A maior parte dos estupros não é cometida por psicopatas anônimos, mas por amigos e familiares da vítima. E, se as estatísticas apontam que quase 30% da população feminina no mundo já foi vítima de abuso sexual, é sinal que tem muito homem do tipo “longe do clichê do estuprador anônimo” estuprando. E não duvide: toda mulher tem uma história de horror pra contar. Histórias de horror que acontecem por apenas um motivo: por elas serem mulheres. Converse com seus amigos. Quando que vocês “forçam a barra”? Quando uma mulher diz não, ela deve ser levada a sério? (ahn, sim, deve, mas não se surpreenda se seus amigos, e algumas amigas, acharem que não). O que vocês homens podem fazer para que o estupro suma da face da Terra? Ou é demais sonhar com um mundo em que nenhum ser humano seja forçado a fazer sexo contra sua vontade?
Que outras sugestões você tem? Pense! É o seu mundo também. Faça a sua parte. Faça a coisa certa.
Gostaria de propor algo a cada homem que se sentir injustiçado com a acusação de que, sim, homens estupram, homens matam, homens são pedófilos, homens são serial killers (preciso mesmo explicar que não estou dizendo que todos os homens são tudo isso, apenas que a esmagadora maioria dos estupradores, pedófilos e serial killers são homens?). Use a energia que você gastaria pra desmentir esses fatos em outra coisa. Ao invés de gritar “Não são todos os homens!”, “Eu não sou assim!”, e “Assim você me ofende!”, gaste esse vigor todo pensando: o que você pode fazer para diminuir o problema? Mesmo que o problema não seja diretamente seu (afinal, você não é um agressor), ele é parte integral do mundo em que você vive. Aliás, no mundo em que eu vivo também. E eu não preciso ser agredida para lutar para que isso pare de acontecer com mulheres ao redor do planeta, preciso? Então você também não precisa agredir pra fazer deste o seu problema. Afinal, se tantos homens são agressores, é meio ridículo que uma pauta como combate à violência contra as mulheres seja apenas feminina. Tem que ser, acima de tudo, uma prioridade masculina. Portanto, assuma a sua parte: o que você pode fazer para que este problema imenso de toda a sociedade diminua (o ideal seria que desaparecesse, mas vamos começar pela diminuição)?
Permita-me algumas sugestões: se você tiver um blog, escreva sobre isso. Escreva sobre quando você começou a autoanalisar o seu sentimento de posse. Escreva sobre o que viu de desigual no relacionamento entre os seus pais. Escreva sobre o ciúme doentio que você sentiu aquela vez da sua namorada. Escreva quando descobriu que as mulheres merecem respeito. Por que escrever? Primeiro, porque você coloca esses sentimentos pra fora. Faz pensar. E, desta forma, você é capaz de convencer outros homens a fazer o mesmo. Mais do que eu, uma feminista confessa que eles vão olhar com desconfiança.
Que tal formar grupos de discussão de homens? Isso existe nos EUA entre homens feministas, homens que reconhecem que há algo de errado na sua formação, algo que faz com que sejam violentos com mulheres. Homens que querem mudar esse quadro. Nessas reuniões, eles discutem conceitos como o que é ser homem (é ser violento? É recorrer à violência para resolver conflitos? Quando esse aprendizado começou? Como apagá-lo?). Sabe, palavrinhas que para feministas (tanto mulheres quanto homens) estão ultrapassadas, mas que continuam vivíssimas no senso comum, palavras como hombridade, macheza, mulherzinha. Note que, discutindo esses conceitos, você estará não apenas atacando o machismo, como também a homofobia, que sempre caminha de mãos dadas com o machismo.
Fale com seus amigos sobre estupro. É, é tabu, eu sei, é aquilo que só psicopatas fazem na calada da noite, aguardando vítimas desconhecidas cruzarem o seu caminho. Pois bem: não é. A maior parte dos estupros não é cometida por psicopatas anônimos, mas por amigos e familiares da vítima. E, se as estatísticas apontam que quase 30% da população feminina no mundo já foi vítima de abuso sexual, é sinal que tem muito homem do tipo “longe do clichê do estuprador anônimo” estuprando. E não duvide: toda mulher tem uma história de horror pra contar. Histórias de horror que acontecem por apenas um motivo: por elas serem mulheres. Converse com seus amigos. Quando que vocês “forçam a barra”? Quando uma mulher diz não, ela deve ser levada a sério? (ahn, sim, deve, mas não se surpreenda se seus amigos, e algumas amigas, acharem que não). O que vocês homens podem fazer para que o estupro suma da face da Terra? Ou é demais sonhar com um mundo em que nenhum ser humano seja forçado a fazer sexo contra sua vontade?
Que outras sugestões você tem? Pense! É o seu mundo também. Faça a sua parte. Faça a coisa certa.
89 comentários:
Nunca, sob nenhuma hipótese, me imaginei agredindo a minha namorada, em mais de 5 anos de namoro. Nem as outras.
Na verdade mulher alguma. Qualquer ímpeto de violência que tenha surgido em mim foi apenas em pensamento e contra outros homens (na fase adulta, pelo menos - quando jovem existem as falsas e corriqueiras brigas).
Acho que isso se deve, no meu caso, ao bom relacionamento dos meus pais e ao exemplo - meu pai nunca agrediu a minha mãe.
Então penso que a edução pelo exemplo é a melhor solução. Vou criar meus filhos assim, e espero que outros façam o mesmo.
Não tenho um blog, mas sou a favor da campanha. Se puder ajudar de alguma forma, conte comigo.
"preciso mesmo explicar que não estou dizendo que todos os homens são tudo isso, apenas que a esmagadora maioria dos estupradores, pedófilos e serial killers são homens?"
Lola, complicado colocar as coisas assim...
Seria o mesmo que alguém dizer:
Vejam as prisões, a esmagadora maioria dos criminosos são negros.
Sim, a maioria dos estupradores são homens, mas será que a maioria dos homens são estupradores?
Concordo que existe muito estupro entre casais casados. E fica mais complicado para a mulher em dizer que foi estuprada pelo marido.
Algumas pessoas não acreditam que esposa seja estuprada pelo marido, pois seria obrigação delas fazerem sexo com os ditos cujos.
É o preconceito contra a mulher falando mais alto.
Este ano ainda uma mulher foi agredida por um bandido dentro de uma delegacia.
Ele levou a bolsa dela.
Quando ela foi reclamar com os policiais, eles disseram que não se intrometeram porque acharam que era uma briga entre marido e mulher (pasme).
Uma vez na oitava série, a gente estava assitindo um filme. Pois uma menina atirou um livro nas minhas costas (um dicionario Houassis) e fui e dei um tapa na cara dela.
Não ou levar desafouro pra casa nao, independente se é mulher ou homem!
Três coisas a dizer:
Clap, clap, clap!
E outra coisa para os dois rapazes que não entenderam: mais claro do que isso, só desenhando.
Ao contrario do Alessandro, eu vivenciei a violencia domestica dentro de casa.
Algo que trouxe muita dor p/ minha familia.
Felizmente eu tive contato com muitas mulheres feministas ao longo da vida, professoras, amigas, colegas de trabalho, e sua recusa em ficar calada, suas reclamações foi oq me ajudaram a abrir os olhos e questionar os aspectos "naturais" das relações entre mulheres e homens.
E graças a blogueiras e ativistas como vc , Lola, tenho sempre aprendido cada vez mais.
Esse seu post é mais que necessario é indespensavel.
Ai, Shyriu. Ainda bem que você é troll e não vale a pena debater... Que coisa mais sem noção de se dizer!
Vai ver que ela estava quererndo testar sua armadura de dragão!
Adorei o post, Lola e não tenho muito a acrescentar. O Brasil precisa evoluir muito, mas muito ainda. Meu marido não é machista, meu pai é super cnservador e eu marguei uma diferença extrema entre mim e meus irmãos no tocante à educação, mas nunca violência física (Não que a moral seja menos dolorosa, mas é outro assunto).
Minha mãe também é machista, mas da boca pra fora é feminista. Eu, ainda bem assimilei só o da boca pra fora, então quando eu fico 2 semanas sem ligar ela fica logo achando que meu marido fez alguma coisa comigo...
Sei que está super confuso, mas estou meio adoentada...
Que os homens coloquem a mão na consciência é imprescindível, mas as mulheres mesmo que chamadas de loucas feministas também têm que continuar lutando para que não achem que estamos conformadas...
Pequeno Dragão...serio,,,,tem momento certo até o/ troll...
Lola, ótimo texto. Já vai direto para o "facebook". Aliás, meu perfil lá,já é praticamente uma "sucursal" do seu blog. Maravilha!!
Mas gente... vcs nao entenderam!!!
Eu sou contra a violência doméstica. Mas quando pisam no ceu calo, não há vagina ou pênis pra serem analisados!
E oq isso tem ha ver com violencia domestica?
O post fala da vioencia contra mulher e...ah esqueve vc sabe, só não liga.
Mas eu nao violentei ninguem! Apenas revidei!! O que vc esperava que eu fizesse nessas horas? Que eu me comportasse como um boneco de Judas?
E oq esse pequeno momento da sua grandiosa vidas de batalhas tem a ver com o post???
pq espera-se que os comentariso sejam sobre o assunto tratado.
Lola, há um tempo a deborah fez um ótimo post sobre refletirmos sobre os nossos privilégios. acho que é este o seu convite, feito para quem mais precisa: os homens. Mas eu, que sou mulher, seguindo o raciocínio da deborah, tenho de passar um bom tempo pensando sobre os privilégios que eu tenho por outras condições sociais. E não paro de agregar elementos! Posso dar um exemplo? Estes dias fui atendida por uma menina com problemas de fala. Eu estava atrasada e na hora pensei: que saco, bem que esta menina podia exercer uma profissão que não exigisse dela algo que tem dificuldade de fazer, pois eu só quero comprar meu produto em pouco tempo. Depois pensei no esforço hercúleo que a menina, apesar da dificuldade, fazia todos os dias para vender o produto. Que eu não tinha ideia do que era ter uma dificuldade assim e que meus minutos não eram nada comparados às dificuldades dela. Pode parecer uma coisinha boba, mas a tão bem falada tolerância/ aceitação/ respeito se aprende em situações concretas também, e se auto-analisando. Não é tarefa das mais fáceis não! Eu me considero ainda engatinhando.
Na minha adolescência presenciei uma verdadeira selvageria de um marido chutando a barriga de sua mulher grávida. Traumatizou, mas ensinou também. Covardia não tem justificativa nenhuma.
Creio que os processos educativos estão aquém das reais necessidades exigidas para uma mudança de atitudes.
Devemos usar a dita propaganda de guerra para justamente acabar com as inúmeras infrutíferas batalhas travadas entre os poderes que querem prevalecer.
Plantamos violência. O que esperamos colher?
Lindo post, Lola! E isso porque vc está sem tempo.
Há alguns anos presenciei um caso horroroso de violência na minha frente. Conheci um rapaz bonito, aparentemente super gentil e eu estava com ele, quando a namorada, que ele tinha mentido pra mim que tinham terminado, apareceu. Os dois começaram a brigar e ele espancou a garota no meio da rua. Foi uma cena horrorosa, eu não pude fazer nada porque o cara era muito forte, felizmente um colega dele chegou na hora e impediu que ele a machucasse mais. O cara já tinha chegado a jogá-la no chão e chutar.
O que aconteceu depois disso?... Bom, ela continuou com ele por mais alguns anos e a história que circulou na cidade é que a culpada era eu. O cara era mentiroso, traía, espancava mulheres, mas não era o vilão da história na cabeça dela.
Acho que essa luta deve ter dois lados. Sim, devemos conscientizar os homens e os muitos, que não são agressores, também podem nos ajudar. Mas também temos que conscientizar essas mulheres, Lola. Se uma garota é espancada por um namorado, não denuncia e além de tudo continua com ele simplesmente porque ele é bonito, porque está apaixonada ou sabe-se lá o maldito porquê, o problema está com ele, mas está com ela também.
Abçs Lola!
lindo texto lola!
Acho que o problema é mais complexo, falta mais compreensão por parte dos homens e também das mulheres...
As mulheres, as feministas deveriam compreender uma coisa básica. A luta feminista é para que as mulheres adquiram igualdades em direitos, mas existe uma natureza masculina e feminina que também deve ser respeitada..
essa conquista de direitos das mulheres tem levado homens e mulheres a entrarem em conflitos psicológicos internos que são intensos. Em muitos casos da vida (não digo todos), o homem tem a necessidade de conduzir e a mulher de ser conduzida.Um exemplo banal disso são as danças onde homem conduz a mulher. Isso está um pouco inerente a natureza dos sexos.
Mas com as conquistas de direitos, as mulheres estão cada vez mais conduzindo em todos os ambitos suas vidas. E o homem está ficando louco com isso, porque em alguns aspectos a natureza dele chama a liderança e a necessidade de conduzir. É um conflito com a própria natureza aceitar que ele não tem mais comando nenhum de nada, por isso surta, e acaba indo pra violência. Não estou justificando esse tipo de ação. Deve ser condenado, mas é fato a existência de um conflito psicológico entre sua natureza e as exigências sociais e culturais do mundo moderno.
As mulheres também se veem em conflitos. Elas experimentam o gosto da liberdade de conduzirem suas vidas, mas se pegam em momentos que elas queriam um homem de verdade ao seu lado com um certo comando e dando certas coordenadas. Mas quando veem que estão sendo direcionadas demais já não suportam mais tanto, porque já experimentaram o gosto de serem livres. Querem comando e uma autoridade masculina (autoridade no bom sentido e não autoritarismo puro), mas querem ser ver livres também. Duas coisas meio que irreconcíliaveis..
E ai fica esse jogo complicado, dificil de achar o equilibrio.
Bom levar em consideração também o fato de muitas mulheres reproduzirem o machismo na sociedade, chamando suas arqui-rivais, de vaca, safada, vadia e tantos outros palavriados.
Por parte dos homens, hoje em dia perdem o sono lendo livros de auto ajuda pra achar esse equilibrio tão dificil que a modernidade exige. Saber quando, como e em que situações ele deve entrar no comando para satisfazer tanto a sua natureza quanto a da mulher, mas tem que ficar bem esperto para não exagerar na dose e acabar sufocando uma mulher que ja anseia por liberdade. Mas se o homem permitir tudo, se assumindo moderno, provavelmente vai ser considerado frouxo pela mulher..
dificil né....rs
abs
Felipe
Bem todo mundo fala e escreve o que quer. Concordo, muitos homens são isso e aquilo como você mesma especificou. Mas o engraçado é que em todo o seu post, so vem criticando homens. Mas nós homens tbm sofremos com mulheres. Hoje em dia a realidade é outra. Muitas, digo MUITAS mulheres casam com homens que tem muito dinheiro e um carro do ano, muitas mulheres não estão interessadas em seu conhecimento e sim na sua beleza. Hoje as mulheres procuram ter um filho para ganhar pensão. Hoje muitas mulheres pioram e até acabam com a vida de vários homens. Muitos homens são traidos, enganados, roubados das piores maneiras possiveis por mulheres. Mulher tbm causa violência, mulher tbm usa drogas, mulher tbm mata. Noto que você é extremamente feminista, mas repito outra vez, a realidade é outra. Isso de que "homem maltrata mulher" vem mudando e a mulher vem fazendo a mesma coisa. Femenismo é bom, mas a maioria das feministas so querem ser igualadas naquilo que lhe convem. Cada situação deve ser encarada e analisada de uma maneira diferente. Espero que sua visão mude e não foque so em CRITICAR isso e aquilo, mas de analisar a situação. Um abraço.
MULHER, FAÇA A SUA PARTE.
V. Menezes, é exatamente sobre isso que o post fala. Ok, existem homens e homens. Existem sim mulheres machistas (,inha mãe é um exemplo), mas olhe o título do post :" Homem, faça a sua parte".
Não é porque eu não espanco minha esposa que eu não estou nem aí para quem faz. Se eu Se eu tenho um mínimo de discernimento é meu papel tentar instruir quem ainda não chegou lá e acha que está tudo bem.
Sobre o que alguém disse aí em cima de que a polícia não interveio numa briga porque achou que era briga de marido e mulher, tenho uma pior: No dia 3 de outubro desse mês quando estávamos chegando ao colégio onde votamos havia um marido metido a cavalo do cão, como se diz aqui, querendo bater na mulher. Aí um segurav daqui outro dali. Eu fiquei desesperada e comecei a tremer. Lembrei-me imediatamente que deveria haver policiais dentro do colégio e comecei a gritar : Polícia, polícia!
Pois bem, a dupla dinâmica de policiais disse que não poderia arredar o pé do colégio porque estavam ali para vigiar as eleições e que aquilo ela só uma briga de marido e mulher.
Aí eu perguntei quem poderia fazer alguma coisa. Eles disseram pra ligar pro 190.
Eu disse :
Então liguem! Querem meu celular?
Nesse momento alguém gritou não sei da onde que já tinham ligado...
Pode?
Felipe... nos termos em que tu colocas as coisas, a violência contra a mulher existe por culpa das próprias mulheres.
O processo de empoderamento da mulher tira o homem dos seus privilégio e isso o faz ficar violento? Ora, faça-me o favor né!
Além do mais, não existe violência contra a mulher só apartir do momento em que a mulher passou a lutar pelos seus espaços ou só naquelas relações onde há esse tipo de embate.
Homens que aqui estão... não estamos querendo dizer que vocês todos são violentos, mas a violência contra a mulher existe, é um fato, não podemos negar! E essa violência é cometida pelo genero masculino!
Então não importa o genero, se essa situação me incomoda eu preciso combate-la! Simples assim!
Lola querida...sem palavras! Queria eu ser tão clara como tu, mesmo com pouco tempo!
Impressionante essa experiência feita em uma comunidade de joanesburgo sobre como ninguém está nem ai para a violência contra a mulher:
http://www.ypsilon2.com/blog/marketing/powa-faz-experimento-com-vizinhos-em-acao-sobre-violencia-contra-as-mulheres/
Uma das maiores conquistas que eu tive com a internet foi poder conhecer textos de feministas tão legais e tão conscientes como a Lola e a Valéria Fernandes do shoujo café. Eu evolui muito como ser humano graças aos textos dessas duas moças.
Quanto a violência contra a mulher, eu sou solidário a elas e talvez por ser gay e sofrer preconceito, eu me sinto ferido também quando vejo nos jornais ou na net notícias sobre alguma mulher ter sido violentada.
Esse segundo turno das eleições e toda a sua sujeira, fez muitos mosntros saírem do armário e gays e pessoas de outros estados já foram atacados e infelizmente, acredito que mulheres vão pagar o pato também (mais do que já pagam).
Espero uma melhoria na lei Maria da Penha e a aprovação do PLC 122 (com ressalvas)e conto que o ministério da saúde distribua MUITA INFORMAÇÃO ao povo, já que educação não deve ser algo que vamos ver crescer no Brasil em tão pouco tempo...
Acho q vale muito citar esse texto do Sakamoto: http://blogdosakamoto.uol.com.br/2010/11/24/violencia-contra-a-mulher-nao-e-so-dar-porrada/
Discordo totalmente de comentários como o do felipe, de q a mulher "gosta" de ser conduzida, que é inerente a natureza dos sexos, e ainda mais com o exemplo:
"Um exemplo banal disso são as danças onde homem conduz a mulher."
Quem inventou estas danças e em que contexto? As danças são uma manifestação cultural, então somente refletem as práticas culturais das sociedades que as criaram. Não tem nada de "natural" no sentido biológico nisto. Nada mesmo!! O perigo deste tipo de pensamento é que ele não se aprofunda na verdadeira questão de gênero, parece dizer:"Ok, fim da violência contra as omulheres, claro, violência é inadimissível, mas não mexam com os papéis socias:homens gostam de conduzir, mulheres gostam se ser guiadas!!" - e isto dito parece que estes papéis sociais nada tem a ver com a violência de gênero...
Não é este apoio que eu quero: eu quero reconhecimento de que mulheres e homens se comportam diferente apenas pq aprenderam papéis sociais diferentes, não pq nasceram assim!!! Sabe pq esta é uma causa importante pra mim? pq a explicação de que é "natural" fomentou o preconceito até agora, e se a gente não cortar o mal pela raíz a gente tá dando xarope pra pneumonia!!!
Claro que a causa da violência de alguns homens está relacionada ao fato de eles perderem "poder" sobre as mulheres, acho q ninguém nega isto, mas isto ocorre pq eles aprenderam a vida inteira que ser homem é ser melhor, é conduzir e possuir a mulher e q pra provar a "hombridade" a violência é uma alternativa.Ou alguém já nasce com esta idéia na cabeça???Precisa aceitar a mudaça por inteiro...
Precisa ac
Ah, v. menezes: Eu, e acho q a lola tb, quero igualdade em tudo!!!
Algumas mulheres casam por dinheiro, é certo, mas a questão pra mim, como feminista, é: pq, enquanto muitas mulheres se atraem por homens com dinheiro, muitos homens tem medo de mulheres que ganham mais que eles?
Tá aqui o aspecto cultural de novo, não acha? Mulheres casarem por dinheiro não começou hoje em dia, sempre foi assim , pq a mulher era negado o direito de trabalhar e ganhar seu próprio sustento, então qual alternativa? Isto só começou a mudar com o feminismo, processo recente se comparado com toda a história da humanidade...
Quando houver a igualdade que eu quero, tanto homens quanto mulheres vão poder reclamar que o sexo oposto quer casar por causa do dinheiro, ou o carrão ou presentes. Ou, imagina só, que os homens querem ter filhos pra depois se separarem e ganharem pensão, pq quando chegarmos neste ponto provavelmente isto significa que o sociedade já considera que cuidar dos filhos é missão tanto de homens quanto das mulheres e que as mulheres já são em geral capazes de gerar renda suficiente pra se sustentarem e ainda sustentarem filhos sob o cuidado de pais...
Tá este não é o mundo ideal, pq o mundo nunca será ideal, mas a verdade é que sempre existirão pessoas boas ou más, só que pra mim um mundo é tão melhor quanto mais igualdade houver entre os sexos. Pra absolutamente td!!
Por isto sou feminista!
hmmm. parece que uns 'masculinistas' resolveram dar as caras. uma hordazinha de trolls talvez.
Cris e Samira....
Acho que vcs me interpretaram mal.
Não quis dizer que a violência contra as mulheres é culpa delas mesmas, pelo contrário, é culpa do homem que tem que aprender a aceitar a mulher decidindo as coisas dela, a vida dela. Só quis dizer que tem mulheres que reproduzem a cultura machista também, quando xingam as outras com palavras machistas, ta cheio por ai.
Mas que o homem entra num conflito psicológico interno com isso, ele entra. Alguns com menos intensidade outros com mais. Alguns lidam numa boa com essa emancipação feminina e acham super natural, outros por motivos diversos de criação tem uma dificuldade enorme em aceitar. E os que tem dificuldade tem que aceitar de qualquer jeito, esse é a luta de vcs.
Sou totalmente a favor da emancipação da mulher, só quis dizer que existe uma natureza dos generos que não dá pra ignorar totalmente.
Vcs vão encontrar mulheres que não querem um homem conduzindo ela de jeito nenhum, mas em alguns ambitos da vida, entendam isso, alguns ambitos (não em todos) elas querem uma gentileza, um agrado...uma condução nesse sentido...bem leve mesmo, de pegar e levar pra jantar por exemplo, do cara escolher o lugar, pagar, buscar em casa, levar de volta...e por ai vai...conduzir nesse sentido não ta tirando a independencia da mulher, nem a autonomia dela, mas ta satisfazendo algumas necessidades naturais dos generos.
Apenas isso, sem generalizar nada. Sou um cara que não tenho carro e todas namoradas que tive vinham me buscar em casa de carro e elas achavam isso normal no começo, com o tempo eu sentia que elas queriam que eu assumisse o papel de vez em quando.
As vezes tem um feminismo radical que interpreta certas ações do homem, de gentileza mesmo, como um ato machista. Isso que acho exagero.
Não sei se eu me expressei mal, mas confesso que vcs me julgaram errado.
Danças são expressões culturais, de contextos sociais específicos. Concordo. Mas muitas dessas expressões refletem a natureza humana. Afirmar com toda certeza do mundo que não tem nada a ver com a natureza humana a questão da dança e somente com o contexto cultural é uma afirmação categórica perigosa. Como diz o Edgar Morin, somos 100% cultura e 100% natureza ao mesmo tempo. O que é uma expressão cultural pode também ter sua cota de expressão natural.
Depois de ler o meu texto a pessoa concluir que eu acho que as mulheres gostam de ser conduzidas e os homens de guiar é um absurdo. Eu falei que são em alguns ambitos, por favor me entendam. Se tivesse afirmado isso eu estaria no século retrasado.
Se a natureza da mulher tenha uma tendencia, por minima que seja, de ser conduzida, ela também tem aspectos culturais, que ainda bem fazem ela querer se conduzir por si própria.
Talvez tenha sido um exemplo besta da dança. Mas espero que vcs tenham me compreendido melhor agora.
E não interpretem esse "ser conduzida" como submissão.
Aiaiai você nem precisa ir até Johannesbourg, venha dar um passeio aqui em Itacaré, na Bahia, a violência contra a mulher é tão normal, assim como o abuso sexual e a pedofilia, que muitas meninas não sabem que isso esta errado. Ha duas semanas conseguiram livrar a cara de um animal que violentou uma menina de 9 anos, a mãe da criança, com uma cesta basica e uns troquinhos disse que a menina tinha mentido. Sabe qual foi o comentario que ouvi no salão de beleza, otimo termômetro numa cidadezinha como essa, de outras mulheres? Mas a menina deve ter até gostado do jeito que elas são semvergonhas e dão encima de todo mundo, ela so teve o que mereceu. Bem vinda ao meu mundo.
putz, tem hora que dá vontade de desenhar mesmo. seguinte:
tem mulher que casa por dinheiro
e tem homem que casa por querer TER um troféu (uma gostosa)
Isso não é natural, não é da natureza da mulher buscar dinheiro e da natureza do homem buscar um trofeu...isso é cultural, foi criado pela nossa sociedade.
É contra essas e outras desigualdades criadas pela sociedade que as feministas lutam. Queremos igualdade.
E isso de dizer que a mulher naturalmente gosta de ser conduzida porque até na dança é assim...nossa é de uma preguiça mental inimaginável. Pensa, pessoal, pensa!
Esse rapaz que afirmou que as mulheres gostam de serem conduzidas perguntou isso para nós? Aliás, perguntou para cada mulher da face da terra, já que há mulheres e mulheres? Esses homens e a sua mania de nos dizer o que gostamos e o que não gostamos... sem nos consultar.
Quanto a gostar de gentileza, bom, todo mundo gosta. Ou não? --'
O que acho que podemos fazer é desmontar mentalmente tudo aquilo que nos falam sobre o que é "normal", sobre "qual papel devemos cumprir", e tentar concluir o que é certo ou não, o que vale a pena. Será que eu concordo com isso? Será que é bom pra mim e pra minha companheira pensar e agir assim? Será que é isso que quero ensinar pros meus filhos e pras minhas filhas? Será que quero ensinar pro meu filho uma mentalidade que pode transformar ele num espancador de mulher no futuro? Será que quero ensinar pra minha filha uma mentalidade que pode levá-la a ser vítima de violência?
As pessoas que estão me criticando sem tentar ler com atenção o que escrevi e afirmando besteiras, gostaria que vcs lessem com carinho o texto do link mais abaixo...ali ta a essencia do que estou querendo dizer...ou eu me expresso mal, ou estão lendo minhas opiniões superficialmente...ja fui acusado até de preguiça mental e de me achar o sabe tudo das mulheres....me poupem desses julgamentos..
entrem nesse link e leiam o texto..
"Desbeauvoirizar é preciso"
http://cynara.menezes.zip.net/
Também é importante passar essas idéias, esses questionamentos adiante e nesse ponto temos uma vantagem, porque outros homens tendem a nos escutar mais do que escutariam uma mulher. Sempre aparece a chance. Pergunto pra algum colega por que ele não gosta que a mulher dele trabalhe. Pergunto pra um amigo por que ele acha que deve mandar em casa e a última palavra ser sempre dele. Tento explicar pra outro o quanto é errado ele achar que é bom o filho ter muitas namoradas enquanto a filha é proibida até de conversar com meninos. Sério, quando a gente começa a pensar, nota que o machismo é tão enraizado na cabeça de todo mundo que a maioria nem percebe. Até de mulheres, e em mais de uma vez já me vi acusando alguma mulher de estar sendo machista (por que eu deveria acusar só os homens?).
Mas acima de tudo, como alguém acima mencionou, temos que dar o exemplo. Evitar o máximo ter atitudes e pensamentos machistas. É uma questão de auto-purificação, um processo quase espiritual de se livrar de algo que é muito ruim. Quem aqui não rejeita o racismo? Pois o machismo está no mesmo nível, tanto em estar enraizado na cultura quanto em ser prejudicial e injusto. Pensem nisso.
Felipe, não é que a gente não está entendendo o que vc quer dizer, é que a gente discorda mesmo. Simples assim.
E quanto mais vc explica mais eu tenho certeza que discordo!
Já tinha lido o texto, e lembro q discordei na época, não gosto da visão de que há um comportamente naturalmente diferente pra cada um dos sexos.Isto resume minha opnião.
Eu vejo a questão assim: quem pratica violência contra a mulher?
Não são as mulheres. Óbvio.
Se não são as mulheres, não importa se são muitos ou poucos: é o homem.
Sou homem. Eu faço parte deste sexo.
Posso não ser, eu, o opressor, mas levantar um "eu não bato em mulher" como se precisasse apresentar alguma defesa soa como um modo de colocar meu corpo fora do problema. Algo como dizer: eu não tenho nada a ver com isto, vamos mudar de assunto.
Oras... Se coloco o corpo fora, sou conivente com aqueles que praticam a violência!
Não existe meio termo: é o meu sexo que imprime a violência; queira eu ou não, faço parte do sexo que oprime! Se sou realmente diferente de tudo isto, eu tenho que dizer que apoio o fim da violência contra a mulher, e tenho que dizer isto aos colegas que são do meu sexo até para que repensem suas posturas.
Ninguém gosta de descobrir que faz parte do lado ruim das coisas mas, quem quer mudar, não foge: age ativamente em prol da solução.
Samira, o discordar é natural. Meu problema aqui não é esse. Toda opinião é sujeita a crítica.
O problema é a distorção do que eu digo, se vc não concorda com a diferença entre os sexos tudo bem, é uma opinião sua, respeito. As vezes eu também tenho dúvida sobre isso, existem mulheres mais masculinas e homens mais afeminados.
Mas o ponto é, a luta feminista tem que se basear em igualdade de direitos, e não levar o feminismo ao extremo de achar que uma mulher que se deixa conduzir por um homem está sendo inferior ou perdendo sua independencia por isso.
Como está bem explicado no texto da cynara menezes, isto não tem relação com as conquistas de direitos como "ser profissional, destacar-se no trabalho, ganhar salários compatíveis com o cargo e não com o gênero, galgar posições na política, não ser chamada de “dona Maria” ao volante..." e por ai vai..
Alias o texto quer dizer isso, reconhecer a importancia do feminismo, mas alerta que a mulher deixar se conduzir em certos aspectos da vida pelo homem não a faz submissa.
E é isso que ta acontecendo aqui, o fato de eu afirmar que uma mulher pode naturalmente deixar-se conduzir por um homem, ja levantam-se interpretações de uma idéia de submissão, quando o que eu defendo é a emancipação da mulher.
Apenas isso
Lola,
Seu texto em nenhum momento me ofendeu. Eu realmente aceito as críticas como homem e manifesto total apoio a esta causa.
Sim, toda mulher tem uma história de horror devido a falta de caráter (que nomeiam como macheza, tesão, etc...) de alguns homens que realmente as vê como um pedaço de carne.
Um na discussão falou que não leva desaforo para casa, seja homem ou mulher. Mas não é aceitar a violência, é tentar entender pq naquele contexto ela existiu.
Não, nem todas as mulheres são santas, podem ser agressivas, más, sem caráter, psicóticas. Mas uma coisa eu afirmo, todo o homem que responde com violência é sim uma ANTA!
E em caso do homem sofrer violência da mulher, acha que é "certo" revidar?
Digo isso porque eu conheço um cara que leva uns tabefes da esposa de vez em quando.
Isso claro em um relacionamento de casal. Mas acho que nessa situação, se chega ao ponto da mulher bater no marido é porque não há mais amor, então não faz sentido continuarem juntos podendo ocasionar violências piores.
Lola, acompanho o seu blog há bastante tempo, apesar de nunca participar dos comentários. Esse, sem dúvidas, é um dos melhores textos que já li aqui!
Quero muito que meu namorado leia também - não porque ele seja um agressor, mas porque tem dificuldade de entender que a luta é de todos nós. Não só pelo fim da violência contra mulheres, como também pelo fim da homofobia (mesmo que você não seja gay), contra o racismo (mesmo que você não seja negro) etc. Não se trata de combater o que te prejudica, mas de lutar por um mundo mais humano, menos injusto.
Acontece que os homens também são vítimas das agressões por parte das mulheres.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u450084.shtml
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E antes do feminismo as mulheres sofriam menos agressão doméstica.
O feminismo está diretamente ou indiretamente relacionado com o aumento da prostituição, pornografia, violencia doméstica, graviz na adolescencia, abortos em massa de fetos femininos (a chamada "Matança de Eva"), depressão feminina, e estupros.
O feminismo fez mais mal às mulheres do que bem.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!
to rindo muito e rindo alto do troll que fez o último comentário.
Obrigada João Neto, alegrou a minha manhã!
Lamentáveis alguns comentários que denotam total desconhecimento da causa levantada pela Lola no texto, que ignoram o problema social da violência contra a mulher e comparam dados estatísticos assustadores (N mulheres são assassinadas/estupradas/agredidas a cada minuto, no Brasil e no mundo)com banalidades, vindo aqui argumentar falando de casamento por interesse, casos esparsos que ganham os jornais justamente por serem raros de agressão feita por mulheres, falta de compreensão por parte das feministas, etc.
Devem estar usando uma viseira porque não é possível trazerem tanta trivialidade para colocar em cheque a justa bandeira levantada pela Lola, de que no mundo inteiro as mulheres são vítimas justamente disso, desta mentalidade que faz com que um homem por muito, muito pouco, ache que possa tirar a vida e a liberdade de uma mulher, muito provavelmente por considerar que ela valha menos do que os motivos fúteis que os levam a praticar tais atos.
E aí é que entra toda a reflexão, do cara parar pra pensar até que ponto ele fica justificando as coisas pra defender "o seu sexo" quando poderia estar refletindo sobre o porquê da necessidade de um texto como este. Pois eu digo que todos têm, sim, principalmente a maioria não-agressora, um papel social que pode mudar essa situação. As idéias que vocês disseminam, seja em conversas entre os amigos, piadas, conselhos, educação dos filhos, exemplos, tudo isso ajuda a influenciar positiva ou negativamente a realidade social. A maioria das pessoas quer ser aceita pelo seu grupo. Se o grupo cada vez mais não tolerar discriminação e violência contra a mulher (e isso não só em discursos formais mas de verdade, nos pequenos atos e palavras do dia-a-dia) os casos irão diminuir mais e mais.
aiaiai
balanço dos últimos comentários:
- as mulheres são diretamente responsáveis pelas agressões que sofrem, afinal se ficassem quietas, sem exigir espaços, talvez, eu disse talvez não apanhem muito!
- os homens também apanham das mulheres! certamente nas mesmas proporções. Só pra lembrar, uma mulher é morta a cada duas horas no Brasil!
- a culpa de tudo isso é do feminismo! Puxa...se eu soubesse disso antes a vida teria sido mais fácil, né!
hehehehe
olha... as vezes eu acho que nem desenhando!
Junior, gostei muito da lucidez do teu comentário! :)
gente, achei a turma certa para os trolls da lola seguirem: a arquidiocese de guadalajara. Sente o nível dos caras kkkkkkkkkkkkkkk:
http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=7843&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Lola veja só que absurdo!
Deputado homofóbico na câmara
Matéria da Falha
Deputado federal defende na TV agressões físicas para mudar "filho gayzinho"
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), reeleito para a próxima legislatura, afirmou que caso os pais queiram mudar o comportamento de um filho homossexual é necessário recorrer a agressões físicas.
A "receita" do parlamentar foi dada durante um debate no programa "Participação Popular", na TV Câmara, que discutiu a "Lei da Palmada" --projeto de lei que proíbe qualquer punição corporal-- na última quinta-feira (18).
"Se o filho começa a ficar assim meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele", afirmou...
http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/836144-deputado-federal-defende-na-tv-agressoes-fisicas-para-mudar-filho-gayzinho.shtml
O bom é que o blog é feminista, mas alguns comentários são de humoristas do melhor humor pastelão/ humor negro. Aqui a gente aprende e se diverte!
Atena...
A falta de compreensão das feministas que falei está ligado mais a um radicalismo desnecessário...não tiro os méritos do feminismo e da luta que deve continuar em busca da emancipação...
Mas tem mulher hoje em dia que se recusa a cozinhar, se recusa a deixar o homem fazer algumas gentilezas como ajudar a carregar pacotes e chamar o garçom, se recusa a pintar, bordar, costurar, preparar e servir um banquete para as pessoas que ama, e sobretudo para os homens que ama. Se recusa a cuidar, alimentar, acalentar...porque se sente inferior ao fazer isso
como se isso tipo de recusa tivesse alguma relação com as conquistas de direitos, direito de ser profissional, de destacar-se no trabalho, de ganhar salários compatíveis com o cargo e não com o gênero, de galgar posições na política (vide a Dilma)...
não tem relação nenhuma, uma coisa é a igualdade em direitos entre os sexos, outra coisa são as recusas de certos papéis que a mulher exercia antes...
não querer mais exercer certos papéis é totalmente normal e a mulher moderna ta certa de não ter saco de fazer mais tudo isso, ninguém é obrigado a gostar de cozinhar, costurar e por ai vai...mas achar que ao fazer essas coisas estará a mulher sendo submissa e rendida a cultura machista é ridiculo.
Nesse ponto as feministas radicais se confundem no foco da sua luta!
A violência aumentou porque certos homens se sentem incomodados com a emancipação feminina. Culpa desses homens?
Não. Culpa do feminismo, culpa das mulheres que não aceitam mais as amarras culturais de antes.
Vamos voltar pra nossas casas na esperança que assim os machinhos passem a ficar felizes de novo e parem de bater, estuprar, discriminar.
Socorro.
A questão cultural do machismo, que existe em escala mundial (não é um privilégio nosso) é extremamente complexa pois congrega pilares sociais sólidos (ou ao menos consolidados) e difíceis de derrubar. Estes pilares são a religião e o capitalismo. O machismo até pode coexistir com outro sistema político e econômico, mas o capitalismo é necessariamente machista. A religião foi o principal vetor de machismo na sociedade e ainda o é pois contribui e muito para manter o status quo. Homens feministas são raros e a maioria que se diz feminista tem preguiça (será preguiça mesmo?) de aprofundar-se no tema. A maioria dos homens, quase 100% (eu disse QUASE) acha ótimo este modelo cultural machista e não só não faz nada para mudá-lo como faz tudo para que ele perdure e passa adiante a cultura machista. As mulheres, em sua maioria não são feministas pois entram no círculo vicioso do sistema cheio de preceitos e preconceitos que realmente exige muita força de vontade para buscar o feminismo. Pois na família, é machismo, na escola, é machismo, no trabalho, é machismo, no namoro, é machismo, na paquera, é machismo, na TV, é machismo, no dia-a-dia, é machismo. Sem homens esclarecidos de verdade e mulheres unidas com afinco na causa, a religião e o capitalismo continuarão nos derrotando.
Muuuuuuuuito mais facil culpar um genero do que as religioes!!
Mulheres sofrem, e sao discriminadas por serem mulheres por causa do menosprezo imposto pelas divindades atraves do seculos... enfim, nao eh reclamando no twitter ou com um post no blogger que vamos mudar 8mil anos de ignorancia.
[]s
Verdade.
Mas mensagens no twitter e poster em blogs podem ajudar na reflexão.
Chamar a um questionamento (e mesmo assim certas pessoas não o ouvem)
É um começo, mas tem que ser uma luta constante.
Mulheres colocam a culpa total nos homens; eu mostrei dados verdaeiros sobre o feminismo e as mulheres ainda assim falam que é culpa dos homens; são cronicamente vítimas e insatisfeitas.
Por acaso é coincidencia o número de gravidez na adolescencia ter aumentado drasticamente com a chegada do feminismo?! É coincidencia o número de divórcios?!
Culpam os homens que ficam incomodados com a emancipação feminina; que besteira! Depois do feminismo foram criadas várias leis que protegem as mulheres mais e mesmo assim a violencia aumentou. São incapazes de olhar para seu próprio humbigo. O mais interessante é que as mulheres só quiseram igualdade depois que as coiss ficaram relativamente fáceis do que eram antes; as mulheres não lutaram por igualdade nos campos de guerra, nas minas de ferro, nas carvoarias, na construção civil, no carregamento de cargas pesadas, na agropecuária pesada, na extração de madeira; mulheres deveriam agradecer aos machistas opressores, foram eles quem inventaram e construiram as máquins para esse movimento oportunista e hipócrita (feminismo ter ganho força.
Laurinha (Mulher Modernex)...
Sua ironia não foi bacana. Claro que a violencia não aumentou por causa da emancipação feminina e pela conquista de novos espaços.
Já dizia nosso ilustre educador Paulo Freire que ninguem nasce democrático. O exercício da democracia é um exercício TENSO que se dá ao longo da existência do ser, e é um exercício cheio de conflitos e contadições.
A mulher conquistar seu espaço é uma conquista democrática e o homem aceitar é um exercício democrático.
A culpa é do homem! Mas é um aprendizado pra ele saber lidar com a emancipação feminina.
Na verdade não tem essa de culpa do homem ou culpa da mulher, a culpa é do agressor. Violência não resolve nada.
Quer dizer que a gravidez na adolescencia é causada pelo feminismo, João Neto? E o aumento dos divórcios também? Para você o mundo é estático e imutável. Ou seja, tudo ao redor ficou exatamente igual a um século atrás, menos a "chegada" (nas suas palavras) do feminismo. A sociedade não mudou, não está mais dinâmica, consumista, precoce?
Diversos fatores contribuiram para o aumento de gravidez na adolescencia. Assim como o aumento de usuário de narcóticos, o crack, os acidentes automobilísticos, etc. Ou tudo isso veio a reboque do feminismo?
Quanto aos divórcios, que bom que seu número aumentou. Não que eu esteja praguejando contra a felicidade alheia. Pelo contrário. Imagine quantas pessoas morriam (e viviam) infelizes por não poder fazer a simples ação de se divorciar. Viva o feminismo então!
puxa, taí, tenho que confessar: eu sou incapaz de olhar para o meu próprio humbigo! shame on me!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
O João Neto alegrou a minha tarde!
valeu, de novo, querido!
Só acho coincidencia demais as tachas de gravidsex e tudo mais que eu disse crescerem justamente no momento em que o movimentop feminista crescia também; grvidez na adolescencia sempre existiu, assim como todas as outras, mas com o feminismo ela cresceu mais ainda; foi um catalisador.
E digo mais, as mulheres são as que mais agridem crianças e idosos, isso niguem fala.
Uai, meu post sumiu...
Tentarei de novo...
Fiz minha parte:
Espancamento de amor não dói
João Neto disse:
"E antes do feminismo as mulheres sofriam menos agressão doméstica."
O texto acima carece de fontes.
Que eu saiba a agressão contra mulheres surgiu com o surgimento da humanidade.
João Neto disse:
"O feminismo está diretamente ou indiretamente relacionado com o aumento da prostituição, pornografia, violencia doméstica, graviz na adolescencia, abortos em massa de fetos femininos (a chamada "Matança de Eva"), depressão feminina, e estupros."
Caro, pode explicar a frase acima?
A prostituição aumenta quando aumenta a quantidades de homens dispostos a pagar por divertimento que pode ser gratuito. E existe registros desta "atividade" desde antes da Grécia Antiga... Bem antes.
Não vejo como o feminismo pode estar ligado a isto tudo.
Quanto à "matança de eva", nunca ouvi falar disso... perdoem a ignorância.
Pesquisei "matança de Eva" no Google, 75 resultados, todos comentando da notícia de um mesmo site: "Notícias Pró-família", um site claramente religioso.
Em resumo: Afirma que há 100 milhões de mulheres a menos no mundo por causa do aborto seletivo do sexo feminino, citando nipo-americanos e asiáticos, e aproveitando para generalizar para todo o mundo. E, claro, jogando a culpa do feminismo.
Notícia tendenciosa, é notório que são os CHINESES (e só eles!) que abortam fetos femininos em grande escala, isso por causa da cultura deles somada ao fato de que só podiam ter 1 único filho (agora são 2, se não me engano a lei mudou após a China começar a sofrer graves consequências da falta de mulheres.
João Neto, você realmente carece de melhores fontes de informação.
Lolinha, esta semana meu cunhado agrediu (novamente) minha irmã, de forma brutal. Chegou a romper um de seus tímpanos. Ela não vai dar queixa, com medo do que ele possa fazer a ela ou aos filhos deles, pelo poder financeiro que tem e pelo grau de loucura a que chegou. Já vivi na pele a violência de meu ex-marido contra mim uma vez só. Há 20 anos. Ele nunca mais ousou repetir, pois denunciei, abri o bocão para todo o mundo. Minha irmã se cala, calou-se durante 25 anos, não sabíamos. Continua calada, achando que Maria da Penha é para pobres e alcoólicos. Bem, tento conscientizar meus filhos, meus amigos, meus alunos. Não à violência contra a mulher. Não à violência, principalmente contra aquela que foi ou é sua companheira. Beijos, Lola, com saudade e muito carinho
Lola, assim como vc tenho estado super sem tempo, mas não deixo de passar aqui e ler seus posts.
Aproveitando o ensejo deste texto, queria compartilhar com vc uma "história de horror" que está acontecendo nas imediações da Unicamp, universidade onde estudo. Algumas alunas sofreram tentativas de estupro num caminho por dentro de um bosque que liga a Unicamp à cidade universitária. Os casos não têm repercussão fora do campus pq a violência não chegou a ser "concretizada" - interessante, pq é bem provável que o psicológico das garotas não tenha sido abalado em nada pelas ocorrências, não?
Enfim: ninguém se responsabiliza pela segurança naquele caminho, porque a Unicamp (governo estadual, portanto) alega que não pertence a ela; o município lava as mãos por alegar que a área pertence à Unicamp. E assim caminha. O engraçado é que a polícia (ronda escolar) foi muito mais solícita quando se tratou de expulsar alunos do campus em virtude de um festival proibido... rá!
Bom, em virtude deste abandono, já estão surgindo até mesmo oportunistas... hoje recebi um e-mail de uma academia de jiu jitsu, convidando as mulheres a fazerem aulas de defesa pessoal. Legal, né? Bem mais fácil todo mundo lavar as mãos, e as alunas que se virem! Aliás, as alunas pobres, porque as da elite não andam a pé - Campinas é uma das cidades com maior frota de automóveis. Bem, não vem ao caso... a situação é crítica, Lola. Essa sugestão de aula me deixou enfurecida. Porque, além da questão de segurança pública, rola o velho machismo conformista aí, não? Propor aulas de comportamento em sociedade aos homens, não vi ninguém propor, até agora. Mais fácil ensinar defesa pessoal às mulheres... é, porque aluna da Unicamp não costuma andar lá muito sexy, então a desculpa de "ah, a menina deu deixa pro estupro" não cola. Vamos dizer que elas são fracotes, então! Realmente, esses seres com vagina não aprendem nunca, não?
Se puder divulgar isso, nem que seja no twitter, aos seus alunos, aos seus amigos, sei lá... sinceramente, estamos sem voz. Este e-mail que recebi é uma prova do abandono a que estamos submetidas.
(não reli o texto, então releve eventuais erros, por favor...)
João Neto disse:
"Só acho coincidencia demais as tachas de gravidsex e tudo mais que eu disse crescerem justamente no momento em que o movimentop feminista crescia também"
Você só pode relacionar causa e efeito quando o efeito estiver comprovadamente relacionado à causa.
Eu poderia dizer também que as taxas de gravidez e tudo o mais cresceram justamente quando o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio começaram a entrar em estado crítico.
Dizer "coincidência demais" não é justificativa para relações de casualidade pois pode ser que seja, realmente, "coincidência demais".
Bau,
A Lei Maria da Penha pode ser aplicada mesmo quando não há violência física.
Denuncie você, Bau!
Não deixe barato, não.
Conscientize sua irmã.
O maior problema quanto à agressão de mulheres não é a inexistência de leis severas.
É a falta de conscientização, tanto por parte de homens, quanto por parte de mulheres que acham que não existem leis que as protegem.
Existem mulheres, inclusive, que acham que merecem a violência.
Conscientize, Bau, por favor...
Mas cuidado com o louco...
Ele é capaz de matá-la?
Vi um caso de uma mulher que estava já protegida pela Lei Maria da Penha, com ordem de restrição e tudo, e o cara simplesmente a matou com 7 tiros na frente de todo mundo. Não se importou nem com as testemunhas. Depois saiu calmamente, como se nada fosse.
Eu odeio agressores de mulheres. São tão covardes...
Duvido que, se você fosse homem, e disposto a não deixar sua irmã ser espancada, que ele iria encostar nela de novo. Nome disso: machismo!
Laetitia disse:
"Propor aulas de comportamento em sociedade aos homens, não vi ninguém propor, até agora. Mais fácil ensinar defesa pessoal às mulheres... é, porque aluna da Unicamp não costuma andar lá muito sexy, então a desculpa de "ah, a menina deu deixa pro estupro" não cola. Vamos dizer que elas são fracotes, então!"
A Lei Maria da Penha prevê, infelizmente, apenas para o agressor, essas aulas de comportamento.
Sobre "dar deixa para o estupro", isso não existe. Ninguém dá deixa para o estupro!
As meninas podem andas peladas pelo campus que isso não é justificativa para o estupro.
Ninguém tem o direito de estuprar ninguém!
Quanto à aula de defesa pessoal, é como a polícia e as forças armadas: Um mal necessário.
Em uma sociedade em que o mais forte se acha no direito de subjugar o mais fraco, o mais fraco tem que ter condições de se defender.
E isso não só para o campus, mas para a vida.
Os homens que agridem mulheres são todos covardes.
Vão na certeza que não haverá resistência ou que a resistência será mínima e que a integridade física dele não estará em jogo.
Nossa, Bauzinha, que horror! Que terrível a situação da sua irmã. Sei que deve dar um medo danado que o agressor possa causar um mal ainda maior (e é pra ter medo, porque milhares de mulheres todo ano são mortas pelos caras que supostamente deveriam amá-las), mas ela precisa denunciá-lo. E isso que ela fala denota um preconceito de classe bem grande, né, isso de que a Lei Maria da Pena é pra pobres e alcoólicos. É pra todo mundo. A gente sabe que a violência contra mulher existe em todas as camadas sociais, só que, nas mais altas, tudo acontece na surdina. Faz parte do preconceito de classe espalhar a ideia de que violência doméstica é coisa de pobre, que a classe média pra cima, tão esclarecida, está fora disso — como se agressão contra as mulheres não fosse um problema de gênero, e sim de classe. Não sei se tem como vc denunciar o seu cunhado. E entendo que, se sua mulher não quer, é um pouco de invasão se meter. Mas é que o negócio realmente não vai ter fim se alguém não interferir. Nessas horas eu penso no Poderoso Chefão, em que o mafioso manda matar o cunhado que bate na mulher. Ou em Tomates Verdes Fritos... Ou o policial de L.A. Confidential vira o meu herói... Sério, nessas horas eu tenho ideias das mais fascistóides, do tipo: e se aparecessem uns caras pra bater no seu cunhado e “alertá-lo” que bater em mulher é errado? E que se houver uma próxima vez ele morre? Muitas saudades de vc, querida!
Laeticia, vou divulgar sim. Vou escrever um post, até porque isso que vc disse de aulas de defensa pessoal é muito interessante.
FALA MUITA MERDA ESSE JOAO NETO...
Lola, obrigada. Quanto às aulas de defesa pessoal, não consigo aceitar isso como uma saída razoável! É evidente que isso está surgindo pra preencher uma lacuna enorme que existe na segurança do campus e da cidade em si.
Aliás, acho que, em vez de mandar a mulherada pra academia, ajudaria mais que a sociedade parasse de nos enxergar como vítimas em potencial, não? Que coisa! Preciso a todo momento ficar pensando que minha força física talvez seja inferior e que alguém vai se aproveitar disso? Preciso andar com o pai ou com o namorado a tiracolo? =/
violência contra mulhers
NEM LI MAIS RESPONDO:
Não é um mimimi o que as mulheres/feministas que reclamam disso fazem?
Pois vejam e saibam que a violencia contra a mulher não chega a 10% comparada a contra os homens
Aí vcs diriam mas são homens que violentam ambos. Certo
Mas quantos não são violentados por culpa da mulher?
E vejam que os violentadores das mulhers são geralemente pessoas próximas parentes, vizinhos, colegas...
E não são elas que provocam?A mulher é mestra na violencia emocional depois não aguenta o troco da violencia física
Não quer apanhar? Não provoque
E como já mencionei muitos homens (as vezes inocentes) apanham ou morrem por culpa das mulheres, um exemplo sabem que o companheiro é ciumento e inventam de provocar ciumes com quem nem sabe se ela tem rolo com alguem
Eu próprio quase já apanhei e um vizinho aqui teve os miolos estourados ao cair nesta armadilha
Eu só não caí pq mulher da mole só pode ser encrenca a vista NUNCA ví mulher da mole estado realmente interessada no cara
Vejam só o 1º coment:
Alessandro disse...
Nunca, sob nenhuma hipótese, me imaginei agredindo a minha namorada, em mais de 5 anos de namoro. Nem as outras.
Na verdade mulher alguma. Qualquer ímpeto de violência que tenha surgido em mim foi apenas em pensamento e , contra outros homens, (na fase adulta, pelo menos - quando jovem existem as falsas e corriqueiras brigas).
>>Viram eu tbm nunca agredí mulher nenhuma, mas a questão é que muitas "pedem"
os homens por cavalheirismo educação podem deixar este pedido pra lá
E muitos podem apanhar multiplicado por bater em mulher¬¬
Por tanto vão se foderem suas choronas parem de mimimi que vcs são as maiores responsavéis pelo mal do mundo mesmo
refletirmos sobre os nossos privilégios. acho que é este o seu convite, feito para quem mais precisa: os homens
>>é mesmo é? somos uma raça de privilegiados? por que? por mijar me pé? andar sem camisa? essas coisas?VSF que o que vc tem é inveja do pênis mas mal vc sabe o que os homens passam, não podem se quer chorar, ou ser humano, isso só pra dar uma palhinha pq estou sem tempo
sintam que podem fazer o que quiserem com “suas” mulheres
>>Mulheres não fazem o que querem com "sues" filhos? Então...
Mas mulher quer o melhor dos dois mundos liberdade/poderes sem responsabilidades¬¬ Assim não pode assim não dá
Portanto, assuma a sua parte: o que você pode fazer para que este problema imenso de toda a sociedade diminua (o ideal seria que desaparecesse, mas vamos começar pela diminuição)?
>>OS homens de bem não podem fazer porra nenhuma já que são os piores/malvados que são eleitos por elas¬¬
Oras o que um cara como eu poderia fazer por exemplo por uma professora que vai roxa para a escola? se TODOS mandam ela denunciar se separar mas ela não o faz?
Escreva quando descobriu que as mulheres merecem respeito.
>>quando elas se dão o respeito
Que tal formar grupos de discussão de homens? Isso existe nos EUA entre homens feministas
>>Homens feministas cambada de manginas pra não dizer coisa pior, cambada que não reconhece que "a mulher faz o homem" e "onde a vaca vai o boi vai atrás"
a homofobia, que sempre caminha de mãos dadas com o machismo.
>>Se é assim, a promiscuidade e deterioração da sociedade sempre anda de mãos com o feminismo
A maior parte dos estupros não é cometida por psicopatas anônimos, mas por amigos e familiares da vítima.
>>Isso diz muito não?ou isso não sugere que as mulheres atormentam seus próximos? como diz NA a mulher dá o melhor aos piores e o pior aos melhores
Histórias de horror que acontecem por apenas um motivo: por elas serem mulheres.
>>Histórias cheias de mimimi e inveja do pênis¬¬
Quando uma mulher diz não, ela deve ser levada a sério?
>>Tem até corrente na internet traduzindo os termos femininos¬¬ Não igual a "sim"
O que vocês homens podem fazer para que o estupro suma da face da Terra?
>>Porra nenhuma isto é um instinto e se acabarmos com ele a humanidade vai junto
Ou é demais sonhar com um mundo em que nenhum ser humano seja forçado a fazer sexo contra sua vontade?
>>è demais sim, um mundo cheio de mulher que faz cu doce, que provoca para não dar de mulheres que NUNCA tomam a iniciativa com boas intenções...
Querem resolver o problema? comecem por vcs, os homens apenas dançam conforme a música tocada por elas
Que outras sugestões você tem?
>>As mulheres deixarem de ser vadias ou tão passivas escolher seus parceiros por carater e não "cara ter" carro, grana...
Colega Mypomb, todo homem que fala fala fala mal de vadias, no fundo tá precisado de uma né? O problema é quando esse homem é tão infeliz que é rejeitado até por uma vadia.
Assim como homens, na sua opinião, devem seguir seus instintos, por que a mulher não pode seguir seu instinto de não querer alguém que não lhe agrade?
Pelo que entendo,pra vc, instinto é bom só quando dá vantagem de um sobre o outro, né?
Por que, quando se está em desvantagem, é melhor chamar a outra de vadia do que rever a si próprio.
Bom, as vadias seguem felizes e saltitantes por ai, por que nessa era ninguém para uma mulher a não pela força, justificada absurdamente pelo "instinto".
A maioria esmagadora das pesquisas que dizem que não sei o que é natural, genético e etc, foram feitas em sociedades ocidentais ou ocidentalizadas. A antropologia, ciência que se dedica à variedade do ser humano, só conclui, dia após dia, que os usos de nossos corpos são praticamente ilimitados em sua variação. Falo como alguém que passou 6 anos da vida estudando antropologia na academia.
Deixa eu frisar isso mais. Tem sociedade onde o homem é passivo, sensível, artístico, e a mulher é durona (ex. os Tchambuli). Tem sociedades onde tanto o homem como a mulher são muito violentos, e igualmente propensos à violência (ex. Mundugomor). Tem sociedades onde ambos os sexos são propensos à pacificidade igualmente (ex. os Arapesh). Se tem uma coisa que varia, são as características dos papéis de gênero (e também seu número, o número de gêneros. sexo temos 2 virgula infinitos: homem, mulher e todo o resto, que agrupamos como 'intersexo'. Biologicamente, falando do formato dos genitais, das formações genéticas, etc. Gênero, temos quantos inventarmos, e na minha opinião, QUANTO MAIS MELHOR).
Quer referência? Começa lendo "Sexo e temperamento" da Margareth Mead. É meio antigo, mas já fornece bastante material. Tem um século inteiro de estudos de gênero que veio depois, e hoje temos MUITO mais informação e muitos mais exemplos das variedades.
Não to falando que não temos corpos e genes. É só que é muito mais complicado que esse "essencialismo de natureza" que tanto vejo sendo esposado por aí.
Então lanço também meu hino: TUDO QUE FAZEMOS É NATURAL, pois vem de nossos corpos segundo leis físicas que nunca mudaram. Estuprar, amar, ser gay, ser hetero, ser trans, dirigir e usar o PC, é tudo natural. Por isso eu acho essa categoria inútil, não diz nada de nada. A natureza não vem com manual de instrução nem com linhas pontas de onde ela termina. Nossa cultura é "natural", toda cultura, todo artifício é "natural".
Não vejo problema nenhum em "conduzir" e "ser conduzido". Eu vejo problema em achar que um sexo tem uma tendência natural a isso ou aquilo, sem que sequer tenhamos explorado 1cm das águas profundas dos potenciais de variedade humanas. Eu gosto de conduzir e ser conduzido, em diversas situações, inclusive contra a corrente do patriarcado. Não vejo problema que as mulheres gostem de tal ou qual forma em tal ou qual situação.
Agora, temos uma situação diferente quando construímos, de antemão, as mulheres pra ser conduzidas, tolhendo seu potencial de conduzir, e vice versa. Tem problema quando agredimos e violentamos tentando fazer grudar no corpo um "papel" que esse próprio corpo tá recusando. Tenho problema com quem quer dizer às mulheres (e homens) o que elas deviam querer, por sua "natureza". Natureza, corpo, são coisas que a gente experimenta, inventa, faz na prática, testa os limites. Você, FELIPE TELLES quer começar do fim!!
Sim, eu quero destruir os dois papéis que nos forçam, e acho que isso é bastante feminista de minha parte. No lugar, apoio 5000 papéis diferentes, conduzindo e sendo conduzidos de 5000 formas diferentes. Não se trata de mulheres x homens. Se trata de mulheres e homens contra uma estrutura histórica, o patriarcado, que reduz o potencial de ambos, que reprime ambos, que os força dentro de um sistema e depois NATURALIZA esse sistema. Pessoas de n gêneros contra o patriarcado e contra as pessoas que querem impor a todas as outras seu cântico tedioso de 2 gêneros, 2 naturezas, 2 sexos, e DOMINAÇÃO.
quanto aos comments masculinistas: só respondo com o cântico VIVA A PROMISCUIDADE, sim.
Quer lutar contra o trabalho militar obrigatório aos homens, as proibições de comportamento sobre os homens (ex. não chorar), quer lutar contra os homens fazerem os trabalhos perigosos? Quer lutar contra um sistema que beneficia os machos alfa e, secundariamente, as mulheres que se submetem a serem objetos deles? Quer lutar contra a a ausência de cuidados médicos especializados para os homens? Então homem, JUNTE-SE ÀS FEMINISTAS! Elas vão apoiar a sua causa, elas vão lutar ombro a ombro com você CONTRA O SISTEMA QUE TE IMPÔS ESSAS COISAS, elas vão apoiar a sua emancipação. Chame de masculinismo, chame como quiser, isso pra mim é feminismo, é COMBATE AO PATRIARCADO do mesmo jeito.
Não vejo necessidade da palavra "masculinismo". Ou você é machista, e está do lado do patriarcado, ou você luta contra ele e eu te considero feminista, independente de estar ajudando, no processo, homens, mulheres ou ambos.
"Toda vez que libertamos uma mulher, libertamos um homem" - Margareth Mead.
putz, Harlequinade!!! Parabéns, clap, clap, clap!
Tó me divertindo com os comentários do blog, ja ri muito aqui...
Chegou até a ofuscar o belo texto... Rs!
Parabéns pelo texto.
:)
J.A.
Então pq tantas mulheres são violentadas por conhecidos e mesmo familaires?
A campanha é importante sim, até pq existe muitos casos em que algumas pessoas não acham que seja um estupro quando o cara, dá uma forçadinha "basica".
A propria ideia do "ela diz sim, quando fala não" é um exemplo dessa mentalidade.
Sem contar, os caras que tentam fazer a moça ficar embriagada, ou mesmo colocam algum tipo de droga na bebida delas.
Esses sujeitos não são doentes ou psicopatas, e na maioria das vezes nem consideram oq fazem um estupro.
Harlequinade, parabéns! Você foi muito claro em seu comentário, seria bom que o Felipe Telles lesse para perceber que o que ele está falando é besteira. Não existe isso de que faz parte da natureza da mulher querer ser conduzida e do homem conduzir.
Temos que lutar por um mundo mais justo, como tão bem colocou a Mônica Ramos. Em um mundo justo, todos tem direito à autonomia. Eu não acho certo qualquer pessoa adulta - seja homem ou mulher - achar que necessita ser conduzid@ em algum aspecto de sua vida. Quero minha autonomia e espero que meu parceiro seja assim também.
Agora, gentileza, companheirismo, isso é uma coisa completamente diferente. Não tem nada a ver com gênero. Respeito e cuidado mútuo, acredito que todos esperam isso de um relacionamento.
Lola,você disse que nos EUA existem grupos de homens que discutem sobre o seu papel em relação à violência contra a mulher. Creio que no Brasil existam grupos semelhantes. Conheci um cara que participou de um grupo desses. Achei bacana ele me contando, que procurou o grupo por causa de uma vez que brigou com a namorada e bateu nela - mas também apanhou. E me disse como o grupo foi importante pra ele. Ele vinha de uma realidade de violência, onde o marido bater em sua mulher é normal. Isso é muito diferente do que eu vivi na infância. Ele disse que pôde enxergar isso graças ao grupo. Achei muito legal. Ele era de BH, não sei se existe esse tipo de grupo em outras cidades. Mas espero que homens possam ter espaços como esse, onde aprendam e mudem suas vidas.
Abraços! =)
Engraçado como mulheres feministas não conseguem entender que nós homens também somos feministas.
Nós não queremos "dar uma força" queremos participar ativamente de debates, palestras, protestos .... A MMM não aceita participação masculina, logo, faz diferenciação por sexo, e isso não entra na minha cabeça de jeito nenhum....
A verdadeira " luta" tem que se por igualdade sempre, priorizar uma luta pq ela afeta sua "classe" é no minimo egoismo.
Não tenho nada contra as mulheres, só acho que depois da "Emancipação" das mulheres, que eu pensava que ia ser bom para o mundo, que como mãe ela iria tentar apaziguar a violência, melhorar o mundo, foi o contrário, hoje em dia vc. vê mulheres embriagadas sendo presas dirigindo , roubando ,até mesmo na politica o numero de mulheres envolvidas com corrupção . Outro dia mesmo, eu bati no carro de uma mulher no sinal, simplesmente, ela desceu do carro dela visivelmente embriagada, podia se observar que ela lutava em Academia, pelo seu físico, e tentou me agredir, realmente fiquei muito decepcionado, fiquei me lembrando que aquela aberração poderia ser minha mãe. Eu acho que as mulheres não estavam preparadas para tanta liberdade.
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