O Concurso de Blogueiras, com tema A Origem do meu Feminismo, não poderia ter dado mais certo. Foi fabuloso. Primeiro, fiquei surpresa com a procura. Não esperava 32 inscrições. A maior parte dos posts foi escrita especificamente pra participar do concurso, inspirando blogueiras a colocar no papel (ok, na tela) o que as fez acordar para a desigualdade de gênero e tornarem-se feministas. Os posts são todos maravilhosos, e várias leitoras manifestaram a dificuldade em votar em apenas um em cada etapa. Hoje de manhã o dr_aurelio sugeriu que a gente reunisse esses 32 depoimentos e lançasse um livro, com ensaio introdutório e tal. Ele disse que há editoras interessadas em feminismo. Vamos nos articular? Alguém sabe como começar?
No total, entre todas as quatro etapas e a final, foram 1476 votos, 921 nas quatro enquetes iniciais, e 555 nesta grande final, que reduziu os posts concorrentes a doze. Mas queria colocar aqui todos os outros vinte posts que participaram do Concurso, pois todos foram importantes (em ordem alfabética, de acordo com o nome da blogueira):
A origem do meu feminismo – Ághata, do Se Perdendo
O feminismo que papai ensinou - Aline, do Meus e Outros
Em defesa do feminismo - B, do Espaço B
Maternidade, plenitude e feminismo. Hein? - Carolina, do What Mommy Needs
Aos 21, era muito mais feminista do que sonhava a minha vã filosofia – Clara, do Gaveta Virtual
Feminismo, ateísmo e outros “ismos” - Deborah, do A Realidade, Maria, é Outra
A origem do meu feminismo – Gabriela, do Ecdise
Sobre a origem do meu feminismo – Ge, do O Ângulo Mais Bonito
Não! Eu não sou obrigada – Glória, do Apenas uma Fresta
Liberal na Alemanha, feminista no Brasil – Isabela, do Berlin Direction
Minhas asas feministas – Jux, do Dolcinha
Feminista graças a Deus (e olha que sou agnóstica) - Laurinha, do Mulher Modernex
O dia em que me tornei feminista – Lúcia, do Memórias
O pop que me deu o caminho – Luna, do Pernície
A anti-garota Anglo – Maíra, do Como Assim?!
De raiz – Monix e Helê, do Duas Fridas
Feminismo, hein? - Nanci, do Lúdica e Ácida
Antes que o galo cante - Renata, do Agruras e Delícias
Mirem-se no exemplo – Somnia, do Borboleta Pequenina na Suécia
A origem do meu feminismo - Wonderwoman, do Coffeee, Clear Heels and Random Thoughts
O feminismo que papai ensinou - Aline, do Meus e Outros
Em defesa do feminismo - B, do Espaço B
Maternidade, plenitude e feminismo. Hein? - Carolina, do What Mommy Needs
Aos 21, era muito mais feminista do que sonhava a minha vã filosofia – Clara, do Gaveta Virtual
Feminismo, ateísmo e outros “ismos” - Deborah, do A Realidade, Maria, é Outra
A origem do meu feminismo – Gabriela, do Ecdise
Sobre a origem do meu feminismo – Ge, do O Ângulo Mais Bonito
Não! Eu não sou obrigada – Glória, do Apenas uma Fresta
Liberal na Alemanha, feminista no Brasil – Isabela, do Berlin Direction
Minhas asas feministas – Jux, do Dolcinha
Feminista graças a Deus (e olha que sou agnóstica) - Laurinha, do Mulher Modernex
O dia em que me tornei feminista – Lúcia, do Memórias
O pop que me deu o caminho – Luna, do Pernície
A anti-garota Anglo – Maíra, do Como Assim?!
De raiz – Monix e Helê, do Duas Fridas
Feminismo, hein? - Nanci, do Lúdica e Ácida
Antes que o galo cante - Renata, do Agruras e Delícias
Mirem-se no exemplo – Somnia, do Borboleta Pequenina na Suécia
A origem do meu feminismo - Wonderwoman, do Coffeee, Clear Heels and Random Thoughts
Este foi o resultado da grande final, com os doze posts mais votados das etapas anteriores:
Mulheres, homens e mais mulheres – Leika, Proseando 112 votos, ou 20%
Feminista, eu? - Leticia, Chá-Tice 83 votos, ou 14%
Menina pode sim – Rita, Estrada Anil 81 votos, ou 14%
Meu feminismo não tem origem, tem futuro – Nathalia, do Letras na Tela 72 votos, ou 12%
Chega de maçãs – Luci, do Caso me Esqueçam 53 votos, ou 9%
O Feminismo & Eu - Bia, Groselha News 34 votos, ou 6%
Aos treze – Anastasia, do Relicariante 31 votos, ou 5%
Como um machista me transformou em feminista – Amanda, Petit Journal de la Porte Dorée 25 votos, ou 4%
Coisas de menino – Valek, do Aline Valek 19 votos, ou 3%
O começo de tudo – Fernanda, Grito de Fernanda 17 votos, ou 3%
Origem da consciência do meu feminismo – Chris, do Mulheres de Atenas 15 votos, ou 2%
Mulher da vida – Borboleta, do Borboleta nos Olhos 13 votos, ou 2%
Feminista, eu? - Leticia, Chá-Tice 83 votos, ou 14%
Menina pode sim – Rita, Estrada Anil 81 votos, ou 14%
Meu feminismo não tem origem, tem futuro – Nathalia, do Letras na Tela 72 votos, ou 12%
Chega de maçãs – Luci, do Caso me Esqueçam 53 votos, ou 9%
O Feminismo & Eu - Bia, Groselha News 34 votos, ou 6%
Aos treze – Anastasia, do Relicariante 31 votos, ou 5%
Como um machista me transformou em feminista – Amanda, Petit Journal de la Porte Dorée 25 votos, ou 4%
Coisas de menino – Valek, do Aline Valek 19 votos, ou 3%
O começo de tudo – Fernanda, Grito de Fernanda 17 votos, ou 3%
Origem da consciência do meu feminismo – Chris, do Mulheres de Atenas 15 votos, ou 2%
Mulher da vida – Borboleta, do Borboleta nos Olhos 13 votos, ou 2%
Parabéns a todas! E que venham mais concursos. Aliás, se vocês já tiverem algum tema pra sugerir, fiquem à vontade, a casa é sua.
Deixo aqui uma linda homenagem que a Rita fez ontem pro concurso, falando de como ele ajudou para que ela conhecesse outras blogueiras e fizesse novas amizades. Ela recomenda o texto de Marisa Melani, que fala sobre o respeito que Dilma Rousseff merece, e que não vem tendo por vasta parcela do eleitorado. Entendo perfeitamente a Rita: estamos muito perto das eleições presidenciais, e é difícil não falar nisso. E é prova, inclusive, de como as pautas e redações continuam dominadas por homens que este fato inédito - a grande possibilidade de termos a primeira mulher presidente de nossa história - não está sendo explorado. Nos EUA, nas eleições de 2008, era raro ler um artigo que não aludisse à oportunidade inédita de ter um primeiro presidente negro. Se Dilma ganhar, ela será a mulher mais poderosa do mundo. E estaremos na frente de vários países ricos, como os EUA, a França, a Itália, e tantos outros, que nunca tiveram uma presidenta. Isso deveria ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, idependente de suas preferências partidárias. Mostrarmos que elegemos um operário pro cargo mais alto do país, e depois uma mulher. Isso deveria dizer algo sobre a nossa democracia, a nossa tolerância.
Só diz que "não importa se o presidente é homem ou mulher" quem não quer largar o osso do seu privilégio. Outro dia ouvi o absurdo de que "Votar na Dilma por ser mulher é que é sexismo". Certo. Sexismo não é que 91% da política brasileira esteja nas mãos de homens. Sexismo não é que todos nossos presidentes foram homens (e brancos, e héteros). Sexismo não é que se use na campanha eleitoral uma bandeira das feministas - a legalização do aborto, pois o corpo é da mulher e cabe a ela decidir - contra a candidata mulher. Sexismo não é gastar páginas e páginas falando da aparência de Dilma (continuo aguardando matéria falando como Serra deve se vestir para afinar sua silhueta). Não, nada disso é sexismo. Tudo que citei é natural, é "assim que as coisas são". Sei. Todo mundo para de acreditar em Papai Noel com uma certa idade, mas tem gente que segue crendo em outras lorotas a vida inteira.
E tem quem venha me dizer que a culpa por tudo isso é das próprias mulheres, que ora não votam em mulheres, ora não se interessam por política o suficiente para se candidatarem a algum cargo. Sobre a primeira acusação, a diferença entre mulheres e homens que votam na Dilma é pequena. Há mais homens que votam nela que mulheres, e esse fenômeno precisa ser estudado, mas não é um número tão gigantesco (5% a mais de homens) que possibilite uma generalização. Sobre o segundo, de mulheres não se interessarem por política, vamos só dizer que este é um blog escrito por uma mulher que não está dedicando o tempo necessário ao seu trabalho porque só pensa em política, só respira política, ama política. E, por coincidência, a maior parte dos leitores daqui é de leitoras, muitas tão apaixonadas por política como eu. Não é por mulher não se interessar por política que existam tão poucas mulheres na política brasileira. É só ver que um monte de lideranças comunitárias são mulheres. Este é o início político de muita gente. Por que há tantas mulheres nesse meio, e tão poucas avançam para outros cargos públicos? A desculpa é que elas têm muitas coisas pra fazer, cuidar da casa, dos filhos, do marido, não dá tempo. Mas isso é mentira. Trabalhar para a comunidade também exige tempo pacas, e elas conseguem. A verdade é que ninguém, nem homem, nem mulher, se elege só. Precisa fazer parte de um partido. Precisa angariar muito dinheiro para poder fazer uma campanha cara e ter chances de eleição. E aí já temos dois problemas: muitos partidos (principalmente os de direita) são Clubes do Bolinha, dirigidos unicamente por homens (e como são partidos elitistas, há poucas pessoas com origens comunitárias e sindicais, que é onde muita gente, homens e mulheres, nascem para a política). Outros partidos à esquerda na teoria defendem a igualdade de gênero, mas, na prática, na hora de escolher entre um companheiro e uma companheira para lançar como candidato, acabam optando pelo primeiro. Há também o problemão de, pela cultura machista da nossa sociedade, ser muito mais difícil para uma candidata mulher conseguir contribuições financeiras para sua campanha que para um homem. Menos dinheiro, menos chance de conseguir votos suficientes pra se eleger, simples assim. Mais um motivo para precisarmos de uma reforma política urgente.
Ah, eu nem precisava expor argumentos. Basta pensar: por que existem tão poucos negros na política brasileira? Tão poucos homossexuais saídos do armário? O argumento furado de "eles não se interessam por política" vale pra todos que não têm representação, ou só para nós, mulheres?
Apenas eleger Dilma não muda nada da nossa situação desigual. Mas é um ato simbólico de extrema importância, como foi a eleição de Obama nos EUA, ou como teria sido a de Hillary Clinton. Quem sabe, com Dilma presidenta, meninas cresçam com a ideia de que é possível liderar (acredite em mim: pra uma sociedade, é muito melhor que garotas tenham como role model uma mulher na liderança que uma top model), partidos vejam com bons olhos terem mais de seus quadros preenchidos por mulheres, empresas mudem de ideia e passem a contribuir para a campanha de mulheres. Mas óbvio que ninguém vai votar na Dilma apenas por ela ser mulher. Isso é só um bônus (e que bônus!). Há várias políticas mulheres em que nunca votaríamos por mil e um motivos, apesar de serem mulheres. Recomendo até que, da próxima vez que um paspalhinho te perguntar: "Ugh! Você vai votar na Dilma por ela ser mulher?!" você responda com um "E você, vai votar no Serra por ele ser homem?".
Mas que é um momento histórico eleger uma mulher, ah, isso é. E eu me sinto confortável em estar escrevendo isso neste post sobre o Concurso de Blogueiras porque é muito difícil ser feminista e não ser de esquerda, e sei que a maior parte das blogueiras que participaram do Concurso, e que a maior parte das minhas leitoras, se encaixa nessa categoria. Na realidade, posso contar nos dedos de uma mão quantas feministas de direita eu já conheci na vida. Não bate, sabe? Ser feminista envolve enfrentar o status quo, querer mudar o mundo, e o pessoal de direita, neste momento, só quer mudar o Brasil (e só um tiquinho, tirando de lá aquele barbudão e seu projeto ditatorial lulodilmista de distribuir renda e de fazer amizade com países, eca, pobres).(Eu até queria pedir pra uma - ou um - das minhas leitoras ultratalentosas que fizessem uma ilustração baseada nesta de quando Obama foi eleito, mas com Dilma. Alguém se habilita?)
Como eu disse, o objetivo de todos os concursos de blogueiras já realizados por este blog (e este foi o quarto concurso) não é a competição, mas a divulgação de excelentes blogs escritos por mulheres. É mostrar que nós, blogueiras, somos seres pensantes, com blogs tão interessantes e diferentes como aqueles escritos por homens. Isso deveria ser óbvio, mas não é. E mostra disso é que, nos inúmeros concursos da blogosfera, para as blogueiras ainda se reservam prêmios de "musa da internet" ou "blogueira mais gostosa". Blogs de mulheres ainda são vistos como um nicho de mercado, geralmente dedicados a assuntos femininos como maquiagem, moda, e cozinha. E as pessoas tendem a achar que todos os blogs escritos por mulheres se restringem a esses temas "femininos". O objetivo de concursos como este (que, eu peço, copiem! Façam outros concursos) é mudar essa mentalidade. A ideia não é competir entre nós, é crescermos juntas. Não há prêmio. Pensando bem, eleger Dilma será nosso maior prêmio.
Deixo aqui um convite. Poucos dias antes do primeiro turno, a Maria Frô mandou um email coletivo para umas poucas feministas da blogsfera de quem ela tinha o endereço. Tivemos algumas discussões muito relevantes, que seguem acontecendo. Então a Cynthia resolveu criar um grupo feminista no Google Groups, que a Bia se prontificou para administrar. Portanto, se você quiser participar, envie um email pra ela: srta.bia.mail@gmail.com (é preciso ter conta no Google). Ou, melhor, peça autorização diretamente aqui.
Temos muitas discordâncias entre nós. Você raramente vai encontrar uma feminista que pensa exatamente igual a uma outra (ou uma pessoa que pense exatamente igual a qualquer outra, né?). Mas nossas ideias em comum são mais fortes, e deveriam estar acima de qualquer discordância. Junte-se a nós.
E tem quem venha me dizer que a culpa por tudo isso é das próprias mulheres, que ora não votam em mulheres, ora não se interessam por política o suficiente para se candidatarem a algum cargo. Sobre a primeira acusação, a diferença entre mulheres e homens que votam na Dilma é pequena. Há mais homens que votam nela que mulheres, e esse fenômeno precisa ser estudado, mas não é um número tão gigantesco (5% a mais de homens) que possibilite uma generalização. Sobre o segundo, de mulheres não se interessarem por política, vamos só dizer que este é um blog escrito por uma mulher que não está dedicando o tempo necessário ao seu trabalho porque só pensa em política, só respira política, ama política. E, por coincidência, a maior parte dos leitores daqui é de leitoras, muitas tão apaixonadas por política como eu. Não é por mulher não se interessar por política que existam tão poucas mulheres na política brasileira. É só ver que um monte de lideranças comunitárias são mulheres. Este é o início político de muita gente. Por que há tantas mulheres nesse meio, e tão poucas avançam para outros cargos públicos? A desculpa é que elas têm muitas coisas pra fazer, cuidar da casa, dos filhos, do marido, não dá tempo. Mas isso é mentira. Trabalhar para a comunidade também exige tempo pacas, e elas conseguem. A verdade é que ninguém, nem homem, nem mulher, se elege só. Precisa fazer parte de um partido. Precisa angariar muito dinheiro para poder fazer uma campanha cara e ter chances de eleição. E aí já temos dois problemas: muitos partidos (principalmente os de direita) são Clubes do Bolinha, dirigidos unicamente por homens (e como são partidos elitistas, há poucas pessoas com origens comunitárias e sindicais, que é onde muita gente, homens e mulheres, nascem para a política). Outros partidos à esquerda na teoria defendem a igualdade de gênero, mas, na prática, na hora de escolher entre um companheiro e uma companheira para lançar como candidato, acabam optando pelo primeiro. Há também o problemão de, pela cultura machista da nossa sociedade, ser muito mais difícil para uma candidata mulher conseguir contribuições financeiras para sua campanha que para um homem. Menos dinheiro, menos chance de conseguir votos suficientes pra se eleger, simples assim. Mais um motivo para precisarmos de uma reforma política urgente.
Ah, eu nem precisava expor argumentos. Basta pensar: por que existem tão poucos negros na política brasileira? Tão poucos homossexuais saídos do armário? O argumento furado de "eles não se interessam por política" vale pra todos que não têm representação, ou só para nós, mulheres?
Apenas eleger Dilma não muda nada da nossa situação desigual. Mas é um ato simbólico de extrema importância, como foi a eleição de Obama nos EUA, ou como teria sido a de Hillary Clinton. Quem sabe, com Dilma presidenta, meninas cresçam com a ideia de que é possível liderar (acredite em mim: pra uma sociedade, é muito melhor que garotas tenham como role model uma mulher na liderança que uma top model), partidos vejam com bons olhos terem mais de seus quadros preenchidos por mulheres, empresas mudem de ideia e passem a contribuir para a campanha de mulheres. Mas óbvio que ninguém vai votar na Dilma apenas por ela ser mulher. Isso é só um bônus (e que bônus!). Há várias políticas mulheres em que nunca votaríamos por mil e um motivos, apesar de serem mulheres. Recomendo até que, da próxima vez que um paspalhinho te perguntar: "Ugh! Você vai votar na Dilma por ela ser mulher?!" você responda com um "E você, vai votar no Serra por ele ser homem?".
Mas que é um momento histórico eleger uma mulher, ah, isso é. E eu me sinto confortável em estar escrevendo isso neste post sobre o Concurso de Blogueiras porque é muito difícil ser feminista e não ser de esquerda, e sei que a maior parte das blogueiras que participaram do Concurso, e que a maior parte das minhas leitoras, se encaixa nessa categoria. Na realidade, posso contar nos dedos de uma mão quantas feministas de direita eu já conheci na vida. Não bate, sabe? Ser feminista envolve enfrentar o status quo, querer mudar o mundo, e o pessoal de direita, neste momento, só quer mudar o Brasil (e só um tiquinho, tirando de lá aquele barbudão e seu projeto ditatorial lulodilmista de distribuir renda e de fazer amizade com países, eca, pobres).(Eu até queria pedir pra uma - ou um - das minhas leitoras ultratalentosas que fizessem uma ilustração baseada nesta de quando Obama foi eleito, mas com Dilma. Alguém se habilita?)
Como eu disse, o objetivo de todos os concursos de blogueiras já realizados por este blog (e este foi o quarto concurso) não é a competição, mas a divulgação de excelentes blogs escritos por mulheres. É mostrar que nós, blogueiras, somos seres pensantes, com blogs tão interessantes e diferentes como aqueles escritos por homens. Isso deveria ser óbvio, mas não é. E mostra disso é que, nos inúmeros concursos da blogosfera, para as blogueiras ainda se reservam prêmios de "musa da internet" ou "blogueira mais gostosa". Blogs de mulheres ainda são vistos como um nicho de mercado, geralmente dedicados a assuntos femininos como maquiagem, moda, e cozinha. E as pessoas tendem a achar que todos os blogs escritos por mulheres se restringem a esses temas "femininos". O objetivo de concursos como este (que, eu peço, copiem! Façam outros concursos) é mudar essa mentalidade. A ideia não é competir entre nós, é crescermos juntas. Não há prêmio. Pensando bem, eleger Dilma será nosso maior prêmio.
Deixo aqui um convite. Poucos dias antes do primeiro turno, a Maria Frô mandou um email coletivo para umas poucas feministas da blogsfera de quem ela tinha o endereço. Tivemos algumas discussões muito relevantes, que seguem acontecendo. Então a Cynthia resolveu criar um grupo feminista no Google Groups, que a Bia se prontificou para administrar. Portanto, se você quiser participar, envie um email pra ela: srta.bia.mail@gmail.com (é preciso ter conta no Google). Ou, melhor, peça autorização diretamente aqui.
Temos muitas discordâncias entre nós. Você raramente vai encontrar uma feminista que pensa exatamente igual a uma outra (ou uma pessoa que pense exatamente igual a qualquer outra, né?). Mas nossas ideias em comum são mais fortes, e deveriam estar acima de qualquer discordância. Junte-se a nós.
Post lindo, Lola. Aliás, posts lindos. Li quase todos os que participaram do concurso e só posso dizer uma coisa: ainda bem que a gente não tem a responsabilidade de eleger o melhor, porque seria uma tarefa muito difícil. Todas estão de parabéns!
ResponderExcluirE fiquei morrendo de vontade de participar do grupo, pode?! Quando voce comentou, pensei 'que graça tem participar de um grupo de discussão em que todos concordam entre si'. Mas não é verdade. Mesmo aqui no blog - desconsiderando o troll - existem discussões muito legais. Vou aderir.
Viu a pesquisa do vox? Dilma 51 e serra 39?
O psdb já se pronunciou, claro. Afirmam que esse instituto está claramente tentando favorecer um partido.
ê, dor de cotovelo....rsrs
Issaaaaaa, lolinha, arrassou! Esse concurso foi um sucesso e mostrou muita gente boa. Acho que o Viralatas se interessaria em publicar o livro.
ResponderExcluirhttp://osviralata.com.br/wp/
"Pensando bem, eleger Dilma será nosso maior prêmio". Taí, Lola! Será que esse não deveria ser o tema do seu post do 1 milhão de visitantes, que você comentava no twitter. Ou seja, deixar pra comemorar as duas coisas num momento só (tá, tô cantando vitória antes do tempo, dizendo que Dilma vai ganhar mas... tá, tô SIM cantando vitória antes do tempo!!) afinal, quer melhor forma de comemorar o sucesso de um blog feminista de esquerda do que eleger uma mulher de esquerda! Estou me empolgando demais (devem ser os 12 pontos da pesquisa de hoje, ou aquele ato lindo de ontem no Rio)...
ResponderExcluirEnfim, quanto ao post, só quero agradecer muito a oportunidade. Sempre me disse feminista e defendi essa bandeira, mas expor o porque ou a origem disso foi um exercício de autoreflexão interessante!
Mais ainda, ler tantas histórias e textos diferentes e parecidos ao mesmo tempo foi reconfortante e fascinante. Esse foi um espaço aberto ultrademocrático.
Parabéns.
beijos
Camilla
Lola, como você formata a proposta do concurso é muito boa. Mais solidariedade entre nós mulheres. E com direito a presidentA :)
ResponderExcluirOi Lola! As meninas não precisam enviar e-mail para mim para entrar no grupo das Feministas, elas podem pedir a solicitação diretamente no endereço do grupo:
ResponderExcluirhttp://groups.google.com/group/blogueirasfeministas
Dessa maneira é muito mais fácil, pois tanto eu como a Cynthia, ou qualquer outra administradora podem aprová-las.
Lola parabens pela organização do concurso.
ResponderExcluirE parabens a todas as blogueiras.
Todas são vencedoras.
Sem duvida.
Legal que tanta gente votou, ainda por cima ficou um número bonito, 555 :p
ResponderExcluirForam muito bons os posts, adorei o concurso. Só foi uma pena a quarta etapa ter caído na semana das eleições, acabei não lendo todos a tempo de votar.
E uma perguntinha, Lola: esse grupo de e-mails é exclusivamente feminino ou permite-se a participação de homens?
Eu achei a coisa mais linda o concurso, acho muito generoso de sua parte, Lola, nos dar a oportunidade de usufruir de seu blog como um espaço colaborativo, descentralizado. Torço para que vire livro e que seja lançado em vários estados do Brasil. Eu quero um! Ah, e quero participar do grupo também - se me aceitarem! KKKK.
ResponderExcluirbeijos!
Lola,
ResponderExcluirobrigada pela oportunidade de conhecer outras blogueiras e de quebra, divulgar o meu blog.
abraços a todas!
com carinho,
Leika
Confesso que não consegui votar em todas as etapas, mas nas que pude, me senti muito feliz pois pude aprender bastante.
ResponderExcluirNão sei se já postaram este vídeo aqui, mas como é época de militância, rsrsrsrs, resolvi deixar o vídeo da professora da USP Marilena Chauí a respeito das eleições:
http://www.youtube.com/watch?v=0j6jgDs7gMQ
Vale a pena ver, é curtinho e acho que pode representar uma esperança àqueles que ainda pretendem anular seus votos!
Oi Lola,
ResponderExcluirTenho um link do seu blog no meu, mas só fiz a propaganda do concurso ontem... Coisa de gente demente... Mas enfim, queria agradecer pois por causa do tema do concurso finalmente, consegui descobrir de onde veio o meu feminismo. E apenas ontem consegui escrever sobre isso. E agora pensando nisso, o meu feminismo, ainda se constrói todo dia e o seu blog é certamente uma parte importante nesta construção!
Obrigada por dedicar parte do seu tempo pra gente!
O machismo existe na sosiedade e na política. E é, ainda, bastante relevante. Mas nós, feministas, não podemos agir como mães super
ResponderExcluirprotetoras que passam a mão na cabeça dos filhos sempre que eles fazem coisas erradas. O fato de os homens formarem clubes do bolinha não deve ser motivo para negarmos o fato de que as mulheres se interessam menos por política. Nós não podemos tomar exceções por regras. As pessoas que curtem seu blog são pessoas diferenciadas. E o seu blog trata de vários assuntos. Mas são os homens que fazem a maior parte dos comentários dos blogs exclusivamente políticos. Eu bem que gostaria de escrever sobre política como você escreve e ter a percepção que você tem. Mas, durante um bom tempo, eu pertenci ao grupo de mulheres que não se interessam tanto por política. Hoje, corro atrás do prejuízo. E eu pergunto: se os partidos políticos são verdadeiros clubes do bolinha, e são, por que motivo as mulheres não fundam seus próprios partidos? Na superinteressante deste mês, tem uma matéria (você não vai gostar muito!)mostrando, dentre outras coisas, que a mulher tem muito mais dificuldade do que o homem para pedir aumento. Isto é cultural. A mulher é educada para ser boazinha, meiguinha, etc. Pode ser que isso tenha relação com o que você falou de as mulheres receberem menos verbas para campanhas.Identificar este traço cultural e tentar modificar não é melhor do que, mais uma vez, colocar as mulheres na fila de espera das concessões masculinas? Homens, sejam bonzinhos e contribuam para as campanhas femininas! Não, eu não quero que a mulher, desempenhe, para sempre, este papel de vítima na História. Vamos mostrar para eles que vale a pena investir numa campanha feminina! Eu tenho certeza que a Dilma mostrou que valia a pena investir na campanha dela. Os gays também são vítimas de preconceito, mas eles também cometem seus erros. Eles, na minha opinião, erram quando não assumem sua homossexualidade. Eu pratico atividade física num local privilegiado, as pessoas tem mais idade e há oportunidade para conversar. Pois bem, eu vivo batendo boca, em defesa dos gays, com alguns preconceituosos que há por lá. Muitas vezes, este bate boca ocorre diante de um homossexual que não tem coragem de abrir a boca para se defender. Eu acho que os colegas pensam que eu é que sou gay. É difícil assumir? Sim. Mas é necessário para a conquista dos seus direitos. Outro erro deles é participar de grupos religiosos que são, assumidamente, seus inimigos. Nesta campanha, estamos vendo pastores evangélicos lutando pelo direito de humilhar os gays. Como entender que um gay se diga evangélico? O mesmo vale para as mulheres. Estamos vendo, nesta campanha, as várias religiões se unindo para continuar ditando o comportamento das mulheres. Como entender uma mulher que defende a religião? Para mim, feminismo e religião são incompatíveis. Então é isto. A luta é das mulheres e primeiro temos que vencer nossos próprios erros!
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ResponderExcluir@Marússia: Se você é heterossexual, ou mesmo se é homossexual mas para você foi fácil assumir, por favor não menospreze as dificuldades que muitas pessoas homossexuais têm em fazer o mesmo. Quando uma pessoa se declara publicamente homossexual, ela se sujeita ao risco de sofrer violência física e psicológica potencialmente gravíssima por parte de todos, inclusive por parte das pessoas que lhe são mais próximas. Essa não é uma decisão nada simples. Você está certa quando diz que uma pessoa se assumir é importante para a conquista de seus direitos, porém há situações em que a segurança pessoal vem, compreensivelmente, em primeiro lugar.
ResponderExcluirQuanto ao machismo na política, concordo que muitas mulheres não se interessam por política, mas isso em si já é (como você mesma identificou, aliás) um sintoma claro de uma cultura machista. Além disso, não é um motivo suficiente para explicar a falta absurda de mulheres nessa área. Não tenho dúvidas de que há mulheres mais que suficientes com grande interesse, boas propostas e suficiente competência para ocupar muito mais do que os 9% das vagas da Câmara que ocupam atualmente (só pra dar um exemplo).
Você pergunta se não é melhor tentar modificar a cultura do que esperar concessões dos homens, o que na minha opinião é uma pergunta sem sentido por criar uma falsa dicotomia. Não interessa o que é melhor porque uma coisa não tem nada a ver com (ou muito menos impede) a outra. Já ouvi aqui zilhões de vezes a Lola defender mudanças culturais (e não só defender, porque com esse blog ótimo e de grande visibilidade ela contribui de forma muito ativa pra essas mudanças). Também ouço a Lola defender "concessões" masculinas, que coloco entre aspas porque na minha opinião são é direitos que precisam deixar de ser negados e isso é obrigação, não é concessão. Quem tem de lutar contra a cultura machista, contra a concentração de poder na mão de homens, não são só as mulheres, mas toda a gente que deseja viver em uma sociedade igualitária, inclusive (e talvez principalmente) as pessoas que têm benefícios injustos com a desigualdade.
Oi, Lola!
ResponderExcluirEm primeiro lugar, gostaria de lhe agradecer pela oprotunidade de ter participado do concurso! Adorei ter novas visitas em meu blog e também conhecer outros blogs que achei sensacionais!
Quanto ao livro, genial a ideia!! Posso te passar o contato de uma amiga que tem contato com muitas, muitas editoras (de pequeno e grande porte). Ela pode nos ajudar a decidir para onde mandar (eu só não tomo a iniciativa agora porque estou fora do país e já estou na organização -mesmo que à distância -de outras duas publicações).
Enfim: achei lindo você dizer que há mulheres com paixão política! Mesmo longe, acompanho bem de pertinho tudo sobre as eleições! E agora É DILMA LÁ!!!
Beijos!
Lolita!
ResponderExcluirhttp://twitter.com/#!/Glorinhaah/status/27867958246
E mais uma vez: OBRIGADA!
Foi ótimo ter participado desse concurso onde só há mulheres de alto nível.Escrevem pra caramba, viu?! Assim como você... Nossa Lola! \o/
Um beijo enorme de sua leitora, Glorinha! hihi :)
Primeirocego
ResponderExcluirEu não nego que seja muito difícil assumir a homossexualidade. Inclusive eu disse isso no meu comentário. Mas acho que é necessário e tudo na vida tem um preço e muitas vezes temos que pagar um preço pelas gerações futuras. Vou dar um exemplo:
Eu acho que a mulher deve ter direito a uma vida sexual livre, eu não defendo a monogamia nem a exclusividade sexual. Agente sabe que as mulheres que tem vida sexual livre são chamadas de putas e perdem suas chances no "mercado matrimonial". Por isso, muitas mulheres tem um discurso de "santas", embora não sejam na prática. Pois bem, eu acho que enquanto as mulheres não reclamarem sua liberdade sexual abertamente, elas não teram, realmente, liberdade sexual. Então, no meu meio, eu reclamo abertamente a minha liberdade sexual. E eu pago um preço por isso . Eu sei que os homens comuns ou medianos jamais desejariam um relacionamento "sério" comigo. Eu podia ficar caladinha. Ser aquela "come quieta". Mas acho que eu devo isto às mulheres das próximas gerações e até as de agora. Tem que haver as heroínas. Não é pretensão, é só uma maneira de explicar o que eu estou querendo dizer.
Com relação às conceções, eu também acho que os homens devem mudar, melhorar. Acho que eles só perdem com este machismo, com esta mania de tratar as mulheres como suas propriedades e como seres inferiores. Se eles soubessem o quanto ganhariam com a liberdade das mulheres e com a igualdade de gêneros! Mas eles não sabem! Acham que estam numa situação privilegiada e é por isso que eu falo que não podemos esperar por conceções da parte deles. Nós é que temos que batalhar pelos nossos direitos. Seria ótimo que estivéssemos todos do mesmo lado. Mas ainda não é assim. Eu também acho o blog da Lola maravilhoso. Sou viciada nele. Mas, como ela mesma disse: "nem todas as feministas pensam igual". E nós discordamos num ponto: eu não acho que devemos colocar a mulher sempre como uma vítima.
Enquanto as mulheres não reclamarem, abertamente, sua liberdade sexual, elas não terão, realmente, liberdade sexual! Tô só corrigindo um erro de português do texto anterior.bjs
ResponderExcluirO concurso foi ótimo, eu adorei participar, e ainda por cima ir pra final! Muito bacana mesmo!
ResponderExcluirO concurso foi ótimo!
ResponderExcluirLi todos os textos foi dificil votar em um, parabens à todas as participantes! O concurso é uma das coisas mais bacanas que eu curto no blog da Lola, parabens para ela tb por essa iniciativa tão legal.
:)
Niemi
Gente, pelamorde! Escrevi concessões com ç. É que eu estava correndo! Perdão! Bjs
ResponderExcluirMarussia de Andrade Guedes disse... "Acho que eles só perdem com este machismo, com esta mania de tratar as mulheres como suas propriedades e como seres inferiores. Se eles soubessem o quanto ganhariam com a liberdade das mulheres e com a igualdade de gêneros! Mas eles não sabem! Acham que estão numa situação privilegiada e é por isso que eu falo que não podemos esperar por concessões da parte deles."
ResponderExcluirAlguns de nós sabemos. Mas não acho que sejam concessões, mas sim algo natural. Como gaúcho, acho que igualdade deve ser mais do que uma palavra bonita na nossa bandeira, é um ideal a ser buscado, por mais longe que esteja (e hoje está menos longe do que em qualquer outra época). Assim como não acho que as mulheres estejam conquistando "novos" espaços, mas sim ocupando o que lhes é justo. Mas é brabo, a gente que pensa dessa forma é minoria, até entre as mulheres que convivo é difícil achar alguma que compreenda e defenda o que é a verdadeira igualdade. Conheço muitas mulheres que aplaudem quando alguém defende a igualdade, e cinco minutos depois estão chamando de "vadia" uma colega que troca de namorado com freqüência ou usa roupas muito curtas.
Pois é Lola. Voto na Dilma por acreditar que atualmente ela é sim a melhor opção e me orgulhando muito de que essa melhor opção - mesmo que outros não considerem, o que respeito - é uma mulher.
ResponderExcluirSou otimista. Acho que uma mulher na presidência agora, vai sim influenciar várias garotas que vão crescer vendo uma mulher no cargo mais alto do país. Se a Dilma pode, nós também podemos.
Eu cresci ouvindo minha vó que hoje tem 84 anos falando em alto e bom som que não vota em mulher, que não gosta de mulher dirigindo e não gosta nem de mulher cantando... E quando ela fala isso, é com uma convicção e até com uma cara de nojinho só de pensar nas mulheres fazendo essas coisas, que fica bem claro pra mim o modo como ela foi criada e os modelos de mulher que teve, pra pensar dessa forma.
Bjus Lola. Me envolvi muito com política esse ano. Me tornei bem mais politizada como não imaginaria me tornar há dois anos e a Dilma e também você, tem sim muito a ver com isso.
Obrigada pelo concurso e por escrever esse blog maravilhoso!!!
(Fora do tópico) Notícia importante: Serra não se comprometeu a combater o trabalho escravo. (A Dilma assinou esse compromisso ainda no primeiro turno.)
ResponderExcluirMuito legal o post, Lola. E parabéns a todas que participaram do concurso. Peguei esse bonde andando, e como sou uma mulher que tem que se dividir entre universidade, dar aulas, ler, estudar política, música, ainda não li os textos de vcs... mas estou aqui com "coceira" pra passar a noite em claro, lendo tudinho. ;)
ResponderExcluirEu amo política. E sei que há muitas mulheres na política. No entanto, é notável o quanto a sociedade trabalha pra nos manter afastadas do poder. E eu acho que a desigualdade entre sexos é a mais marcante, justamente por ser sutil e se apoiar numa tática extremamente eficaz, que é a de fazer com que nós mesmas passemos adiante o pensamento machista. Afinal, as minorias normalmente tomam tapa na cara todos os dias - gays, por exemplo - e por isso naturalmente se revoltam. Conosco é diferente. O mundo "feminino" é cheio de atrativos. Cheio de regras bizarras que vieram não sei de onde e que "fica feio" desobedecer.
O que quero dizer é que é muito difícil convencer uma mulher de que ela não é "obrigada a". E nesse "obrigada a" ficam implícita milhares de coisas: se maquiar, alisar o cabelo, emagrecer, cozinhas, cuidar da casa, parir. A sociedade ataca no âmago da gente: se vc não faz isso, não é nem que é uma mulher rebelde - simplesmente não é mulher. E isso é foda. Com o perdão da palavra. Quando a maioria das mulheres descobrir que não é "obrigada", ninguém vai nos segurar.
Hein, gente... Sobre mulheres gostarem de política.
ResponderExcluirOutro dia percebi o quanto é natural que OUTRAS mulheres, que não gostam de política, achem que só não gostam porque são mulheres, e mais: acham que nenhuma outra mulher gosta, porque são mulheres.
Eu estava em um restaurante, jantando, com meu namorado mais um casal de amigos. Isso foi pouco depois do primeiro turno e inevitavelmente, uma hora o assunto recaiu em política.
Os dois 'meninos' começaram o assunto primeiro, mas eu estava ouvindo, claro, e só estava aguardando a conclusão do pensamento dos outros para opinar.
A namorada do meu amigo estava ouvindo e odiando. Com a expressão 'não tem nada mais divertido pra gente conversar não?' e achou que eu estava pensando o mesmo. pff..
Passado alguns poucos minutos ela falou, em tom de brincadeira 'mari, dá um jeito do flávio ficar quieto e eu faço o carlos ficar quieto e aí a gente muda de assunto de uma vez". E eu, que estava realmente prestando atenção na conversa de política, respondi meio distraída 'ãn?' e logo depois chegou a minha vez de falar, e eu desandei a opinar. Todos na mesa acharam normal que eu participasse, ela ficou meio sem graça, eu percebi.
Pra vcs verem...
Penso que sair um pouco do esgoto em que se transformou o debate eleitoral pode ajudar na reflexão sobre a escolha mesma que se coloca no momento. O Mauro Santayana ja fez isso e reproduzo aqui paragrafo final de seu artigo de hoje;
ResponderExcluir"Novamente Paris se levanta. Os trabalhadores sabem que o capitalismo financeiro está exigindo do governo a redução de seus direitos sociais, e a extensão dos anos de trabalho é apenas o início da tão sonhada flexibilização dos novos neoliberais. A ação de Sarkozy e de outros governantes europeus provoca a reação popular contra o sistema de promiscuidade criminosa dos grandes banqueiros – que controlam os mercados mundiais – com os governos corrompidos, situação a cada dia mais insuportável aos seres humanos. O repetido suicídio de trabalhadores franceses, obrigados ao regime de semiescravidão na pátria de les droits de l'homme, é símbolo deste tempo intolerável."
Bom dia Lola, adorei conhecer outros blogs feministas, pq inicialmente eu conhecia apenas o seu e ampliar esse universo é ótimo, solidariedade feminina, articuladas somos mais fortes!! Já estou participando do grupo de e-mail de feministas, uma ótima iniciativa e que venham mtas discussões, saudáveis claro. Abraços
ResponderExcluirAcho que sou um homem feminino: http://t.co/N3vDGtS
ResponderExcluirSeu blog eh incrivel. Bj.
Oi! Eu adorei o post e o concurso! Li muitos textos legais, até me deu vontade de começar meu próprio blog! Eu não sou necessariamente feminista, mas no meu blog eu pretendo escrever perfis de mulheres que mudaram a história e influenciam até hoje nossa maneira de pensar! Dá uma olhadinha! Espero que goste. http://ladylikelife.blogspot.com/
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ResponderExcluirAdorei o concurso!! So não votei nesta ultima etapa, queria reler todos os finalistas antes mas acabei sem muito tempo. Fiquei com uma pontinha de vontade de ter participado também, quem sabe no próximo.
ResponderExcluirSugestão de tema: homofobia no Brasil. Recentemente levei um grito de "vocês de esquerda acham que tudo é normal" de um colega um tantinho preconceituoso. Conheço muitos homossexuais, e entre eles alguns grandes amigos, então fiquei com a mão coçando pra escrever sobre o tema, sobre as coisas que já os vi passarem, sobre uma luta diária...
Abraços!