sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DANÇA COM AVATAR

Dança e Avatar, dois filmes que rasgam a bandeira americana.

Comprei o dvd de Dança com Lobos faz um tempão. Era daqueles que vinham com uma revista e deve ter custado R$ 9,90. Mas estava fechado, nunca o abri. Eu só havia visto o filme de 1990 uma vez, quase vinte anos atrás, e nem foi no cinema. Este é um dos filmes que lembro bem de ter visto na casa do maridão, quando ele era apenas meu namoradinho e morava em Osasco. Lembro porque chorei muito, muito (o outro que lembro bem foi O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante. Acho que naquela época eu era mais aventureira com o cinema). Bom, decidi rever Dança por conta das comparações que andam fazendo entre o vencedor de sete Oscars e Avatar (vencedor do Globo de Ouro e favorito ao Oscar 2010). E, sinceramente, acho essas comparações um tanto forçadas.
Dança tem seu próprio ritmo, e é um ritmo, digamos, poético (que alguns preferem chamar de lento e arrastado). Você consegue imaginar Avatar com uma carroça sendo vagarosamente puxada por mulas com um por de sol por trás? Ok, esqueça a carroça. Mas um Na'vi voando num daqueles bichos alados com longas cenas de por de sol, tudo bem devagarinho? Dança tá cheio de cenas assim. Sem nunca ser chato.
Dança começa com John Dunbar, um soldado na Guerra da Secessão em 1865, prestes a perder sua perna gangrenada. É uma cena terrível: enquanto passam os créditos, a gente vê o Kevin Costner colocando a bota sangrenta de volta na sua perna, para poder sair dali (como Jake Sully fica paralítico em Avatar? Eles contam?). Tudo que ele vê são homens desesperados, sem esperança, perdidos, que não têm a menor ideia de por que estão lutando. John pega um cavalo e cavalga pro lado inimigo. Todos atiram nele, ninguém acerta. Ele abre os braços, pronto para o suicídio (eu sempre fico pensando: o que o pobre cavalinho tem a ver com isso? Até parece que ele quer estar lá!). Mas seus aliados atacam os soldados distraídos, e John se salva, salva a perna, e é promovido a tenente. Ele pode escolher o posto que quiser... e escolhe um lugar bem no oeste, na última fronteira. E aí começa um dos grandes faroestes americanos, o melhor dos anos 90 junto com Imperdoáveis.
O personagem de John Dunbar é fascinante por ser um carinha curioso e observador. Ele mantem um diário e, quando vê um índio pela primeira vez, escreve “O homem tinha uma aparência fabulosa”. E é compreensível que ele diga isso do Graham Greene, que rouba todas as cenas. Quando John vê um lobo nas redondezas do seu “posto”, seu primeiro instinto é atirar nele. Mas aí abaixa a arma e, pouco a pouco, vai criando amizade com o lobinho. John não é um herói. Até a primeira metade do filme, ele cai por qualquer motivo, não sabe pelo que está aguardando, não tem a menor ideia do que espera da vida. Só sabe que gostou daquele lugar. E que quer tentar fazer contato com os Sioux.
A primeira cena em que eu chorei muito é uma que até pode ser cômica, mas eu não quis nem saber. John começa a receber a visita de índios. A comunicação é péssima, pois ele não fala uma palavra de Sioux e os índios, nem uma palavra de inglês. O primeiro vocábulo que ambos aprendem é búfalo, tatanka (eu adoro o som da palavra e passei a chamar o maridão de tatankudo). É emblemático que a primeira palavra seja logo pra descrever algo em extinção. Os índios aparecem mais vezes, ele lhes dá açúcar e café, eles trazem uma pele de búfalo. E, desde o começo, ficam uns cinco índios pra trás, montados em seus cavalos, observando a conversa frustrada de longe. E John sempre faz um sinal de “Olá” pra eles. Até que, numa das visitas mais adiante, ele faz seu sinal de “Olá”, e um índio faz o sinal de volta. Os outros índios olham pra ele com cara de “what the duck?”, sabe? Mas eu achei comovente.
Se não fosse uma mulher branca que teve sua família massacrada por índios quando era criança e cresceu com eles, a comunicação entre John e os índios nunca avançaria. Mas ela serve de intérprete e de professora. Ela é viúva. Depois de algum tempo se apaixona por John (e o Kevin tá bonitão em Dança. Por que o pessoal o odeia tanto? É por causa da Madonna? Lembro de Na Cama com Madonna, em que ela cruza com o Kevin e, assim que lhe dá as costas, faz um gesto que está vomitando. Nunca entendi essa agressão gratuita. Mas até parece que Madonna é um modelo de comportamento naquele documentário).
Um monte de coisa acontece, e o clímax da choradeira é sem dúvida quando soldados malvados matam o lobinho do John. Acho impossível alguém não chorar nesse momento. É como se fosse o assassinato da mãe do Bambi pra nossa geração. Só sei que o maridão intuiu que a cena tava chegando e foi embora, porque sabia que não iria resistir (e não pensem que eu gosto de ficar com a visão turva pelas próximas cinco horas). Eu fico pensando como os facínoras que gostam de caçar reagem à essa cena.
Mas, tirando a mensagem altamente ecológica de Dança, e o fato de um homem branco querer tornar-se um nativo, não vejo tantas conexões com Avatar. John Dunbar não é herói. Ele até ajuda a defender os Sioux de uma outra tribo que os atacam, e fala pra eles sobre uma trilha de búfalos, mas são os índios que precisam salvá-lo dos homens brancos. Ele definitivamente não salva ninguém: treze anos depois do final da história, sem terra e sem búfalos, os índios se renderam aos brancos. Já não tinham como sobreviver. E a transformação de John em índio é lenta e gradual. Leva quase o filme inteiro, e não é que ele aprende a caçar ou a usar arco e flexa. Ele não vira um guerreiro, vira um índio pacífico, que abandona o inglês e seus costumes de homem branco. É diferente de Avatar, em que Jake só consegue entrar naquele mundo com seu avatar de homem azul de 3 metros de altura. E é uma fêmea que o salva (em Dança é o contrário, ele é que salva uma mulher).
A mulher que faz par romântico com o protagonista em Dança não lhe ensina nada além da língua. Bom, esse é um item de primeira necessidade no filme, mas compare com tudo que a guerreira Na'vi ensina pro Jake em Avatar: não só a língua, mas, bem, tudo. Dança não tem absolutamente nada de feminista. Mostra o mundo bem patriarcal dos Sioux, em que só homens participam dos conselhos pra determinar o destino da tribo, e onde “mulheres e crianças” aparecem sempre na mesma frase.
Tanto Avatar quanto Dança são belos filmes, sem dúvida. Ambos são filmes de esquerda feitos por liberais americanos, e ambos contem uma grande dose de white guilt (a culpa do homem branco por cometer as barbaridades que comete). Mas enquanto um é uma fantasia futurista em que os nativos vencem, o outro é um faroeste épico em que os nativos nunca tiveram chance. Com ou sem um homem branco pra ajudá-los.

32 comentários:

  1. Eu achei Avatar mais parecido com Pocahontas do que com Dança.

    Mas mesmo tendo um fundo comum de soldados se aculturando ao povo "estrangeiro", cada um tem suas particularidades e todos são bem feitos.

    Sobre o Kevin, a unica coisa que não gostei dele foram alguns filmes como O Mensageiro e o Segredo das Aguas, não sabia que havia pessoas que não gostavam dele.

    Melhor nem deixar a dona mãe saber disso. Ela é apaixonada pelo homem e pode querer tirar satisfações. ^_^

    ResponderExcluir
  2. Eu achei Avatar uma porcaria. Uma espécie de "Pocachontas encontra Dança com Lobos na Matrix". Concordo com não dá pra comparar Avatar com Dança com Lobos, pois o segundo é mil vezes melhor e não tem aquele final feliz ridículo do primeiro. A comparação que se faz é que, em linhas gerais, a história do protagonista de Avatar é parecida com a do John Dumbar: homem branco vai viver no meio dos índios, apaixona-se pela mocinha e ajuda-os contra seus inimigos. Mas é só isso. Dança com Lobos tem muito mais sensibilidade e poesia do que o video game Avatar.

    ResponderExcluir
  3. Eu adoro Dança com Lobos, assisti ao filme na telona e chorei super. Ainda não assisti a Avatar e devo confessar, que a propaganda inicial do filme, mas me "espantou" que atraiu... Falavam simplesmente do Cameron... Depois que começaram a falar mais da história... Enfim, talvez eu até assista para ver em 3D, a nova tecnologia etc.
    E ai? E Fortaleza??

    ResponderExcluir
  4. Ainda prefiro Dança com o Lobos.

    ResponderExcluir
  5. Oi, Eu achei que Avatar lembrou da animação da Disney Atlantis: O Reino Perdido, que eu acho que ninguém falou ainda. Se tiver a oportunidade Lolinha pegue essa animação pra assistir depois.

    ResponderExcluir
  6. Comparar Abatar com Pocahontas até vai, mas com Matrix...
    Ai, que viagem.

    ResponderExcluir
  7. Adorei Dança e adoro o Kevin Costner.

    ResponderExcluir
  8. Assisti ambos e gostei dos dois...

    E qual o problema com finais felizes, André, se me permite a pergunta? Eu, pelo menos, amo esse tipo de final, dependendo do filme.

    Já basta os finais tristes de muitas histórias da vida real...

    ResponderExcluir
  9. Lola, sou uma amante do cinema nem acredito que ainda nao assisti Danca com lobos, depois da sua postagem fiquei louca para ver. Avatar eu assisti, ainda esta em exibicao aqui em Delhi, um excelente filme boa dica.
    bjss

    ResponderExcluir
  10. Eu gostei de Avatar apenas por ser em 3D. Os atores sao pessimos e a propaganda eh inteira em cima do "grande" diretor James Cameron. A historia eh muito comum, o tempo todo eu lembrava de Danca com Lobos.

    ResponderExcluir
  11. Lola, já viu o discurso do lula em davos? Lindo e verdadeiro!
    http://migre.me/i6S8

    ResponderExcluir
  12. Oi Lola,

    só uma pergunta:
    qual é a voltagem em Fortaleza?
    eehehe.
    abração.
    Marcos Kramer

    ResponderExcluir
  13. Eu fiz o comentário acima,
    mas errei e saiu blogão do marcão, que eu não sei o que é, ok.

    ResponderExcluir
  14. Assim como Lord, meu filho achou Avatar uma outra versão de Pocahontas.
    Quanto a kevin Koster rolou aquela coisa de rotular e trabalhar com o rótulo. E ele ganhou o rótulod e "bonzinho". Por isso Madonna - que eu adoro, mas se amarra em pagar de bad girl - finge vomitar quando ele dá ás costas ( depois de dizer, "Deus te abençoe", um fofo).
    No Dança com Lobos ele está realmente incrível. Mas ainda tocando a mesma tecla, vi críticas que diziam que ele era tão bonzinho, mas tão bonzinho..que até o lobo era bonzinho...rs
    Sacanagens à parte, não me lembro da totalidade da história, visto que assisti há muito tempo, mas me lembro de uma cena, com sendo a mais impactante pra mim: quando ele está vestido como índio e sua casa é invadida por soldados. Nesse momento, falando a lingua indígena ( sioux?) ele diz seu novo nome e se recusa a falar inglês.
    Nesse instante, a nova identidade é inquestinável.

    ResponderExcluir
  15. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  16. Amei Dança com Lobos também. Não assisti Avatar, mas acho que não vou assistir...beijos

    ResponderExcluir
  17. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  18. Hoje eu assisti Avatar e realmente a única coisa que eu achei interessante foram os efeitos visuais, porque a história em si...

    Agora também deu vontade de ver esse Dança com Lobos, mas eu tenho tantos filmes na fila para ver, haha. Além do filme de hoje, ainda há três filmes em cartaz que quero assitir, inclusive Amor Sem Escalas, que se não fosse a sua crítica sobre ele, eu passaria longe por causa do título bizarro.

    E hoje lá no Shopping Santa Cruz percebi que estão exibindo Do Começo ao Fim! Nossa, eu não tinha esperança alguma de que isso fosse acontecer. Mas há o problema da faixa etária: 18 anos e eu só tenho 16, que saco! Você sabe, Lola, se tem algum modo de eu conseguir assisti-lo? Porque eu me lembro de que quando tinha uns 10 anos conseguia entrar em filme de 12 caso estivesse acompanhada de um adulto, aos 12 anos em um de 14, etc.

    ResponderExcluir
  19. também gosto dos dois filmes, Lola. Mas devo discordar - acho que não rasgam em NADA a bandeira estadunidense...

    prometo que qualquer hora converso melhor sobre isso! ;)

    Bjonho!

    ResponderExcluir
  20. O roteiro de Avatar é bem fraco mesmo. Conforme a gente vai assistindo, vai adivinhando exatamente o que vai acontecer, quase sem surpresas.

    O problema com o final feliz é que parece meio temporário. Tendo um minério tão valioso no planeta, é claro que os terráqueos (americanos) expulsos de Pandora já partem com planos de voltar, dessa vez com mais naves, mais soldados e mais armas, mas sem "Projeto Avatar", que já se mostrou desastroso no ponto de vista deles.

    ResponderExcluir
  21. Lola, você que comenta tanto de filmes, é politizada, você já ouviu falar na Lucrecia Martel? É uma cineasta argentina, que os críticos alardeiam aos quatro cantos que está "revolucionando" o cinema argentino. Eu vi um filme dela, "La Niña Santa", não sei se é porque não sou tão culta assim, mas eu não achei lá essas coisas, achei um filme diferente, com uma história pouco convencional, mas que não traz nada exatamente novo.
    Estou comentando mais porque meu professor de filosofia quase dá um rim por ela, e ele diz que os filmes dela na realidade refletem uma convicção dela (e de Nietzsche): a realidade é ficção. Você tem interesse em ver um filme dela (a última sensação é "A Mulher sem cabeça") e comentar sobre ela?

    ResponderExcluir
  22. Ah sim, andei pensando agora, essa opinião que pedi sua sobre a Lucrecia Martel não é nenhum trabalho que eu precise fazer, o professor nem pediu para que víssemos o filme, vi porque parecia ser algo bom, mas não sei se tenho alguma incapacidade de compreensão mais elevada, que não achei essa Lucrecia tão revolucionadora.

    ResponderExcluir
  23. Lola:

    Naquele filme que a Madona simula uma ânsia de vômito ao ouvir uma frase do Kevin Costner sobre o show dela não ser sujo, ela detonou que hoje tem o nome de politicamente correto.

    O Kevin era um "bom moço americano", casado, correto, ou seja, direita cristã, e a Madona era a rebelde contra o sistema, Ou seja, "esquerda". Era começo do equivoco dos valores. Todo mundo achou bonito a falta de educação, cortesia e tolerância dela e acharam que o errado era o Kevin.

    Como você, uma paladina de tudo que é equivocado, não entende isso?

    ResponderExcluir
  24. nossa, vi Dança com Lobos uma vez e confesso que dormi lá pelo meio. Ô filme chaaaato...
    Avatar é praticamente um orgasmo visual. Delícia.

    ResponderExcluir
  25. Nao vi Avatar ainda.
    Mas por falar em Tatanka, voce sabia que existe um lugar na Black Hills (lugar sagrado dos Sioux que foi tomado pelo governo americano), em South Dakota, chamado Tatanka, que foi criado pelo Kevin Costner? Eu conheci um casal Lakota ha uns anos atras qu eme falaram que o Kevin Costner se apaixonou pela cultura deles enquanto fazia o filme e comprou terras nas Black Hills pra construir o lugar. Eh absolutamente maravilhoso!! Fiquei emocionadissima quando visitei. Tem um acampamento Sioux recriado e uma escultura gigantesca de uma caca ao bufalo. Um "Native American" fala pro publico sobre todas as tradicoes dos Sioux e toca musica. Pelo menos no dia que visitei... Sai quando estavam fechando depois de conversar horas com o pessoal que trabalha la. Tenho a maior admiracao pelo Mr. Costner depois disso.
    Tambem acho Danca com Lobos extremamente poetico e choro muito quando vejo.

    ResponderExcluir
  26. Lola, acho que as comparacoes sao devido ao tema abordado. A mensagem que querem passar. Mas Avatar, tirando os efeitos especiais, eh muito mal feito. Historia pobre, mal contada, preguicosa. Nao gostei. E ainda achei brega visualmente. Mais colorido Super Xuxa contra o Baixo Astral.

    ResponderExcluir
  27. Que bom que vc gostou de Dança com Lobos, Lola! Sempre achei que o pessoal que entende de cinema só gosta de filmes chatos (tipo Je vous salue Marie, do Godard - hahaha, vão me apedrejar, mas achei uma m$#%a!), pra mim foi uma surpresa! Mais ainda por vc ter dito que também gostou de Imperdoáveis, o filme que me tirou o preconceito quanto a faroestes (bom, continuo achando a maioria um monte de lixo, mas esse em específico é sensacional)...
    Só pra esclarecer: não gosto de filmes que vc precisa de um manual pra entender. Acho que no cinema as mensagens tem que ser mais diretas - não necessariamente evidentes, mas diretas. Mas valeu, fico feliz de saber que alguém concorda comigo - meus amigos cinéfilos metem o pau em Dança com Lobos, dizendo que tem muita puxação de saco em relação à "América". Forte abraço!

    ResponderExcluir
  28. ACho que Avatar tem o mérito de revolucionar a produção. Fui ver em uma sala 3D e de fato é muito bom!
    Mas o roteiro... achei totalmente convencional! Concordo com todos que trata-se de uma Pocahontas futurista... sem comparação com Dança com Lobos.

    Mas certas pessoas exageram. Li um artigo esses dias em que o autor dizia que Avatar era uma metáfora para o Brasil e a Amazônia. Que os madeireiros eram os soldados mercenários e os Na'vi as tribos indígenas...
    A mensagem ecológica é explícita sim, mas não vamos exagerar, né???

    Gostei mto do seu blog!

    ResponderExcluir
  29. Fui assistir Sherlock...ufff....que bomba...gostei de alguns filmes do Guy antes, mas este é muito ruim...

    Lendo tua review, pensei que o filme era o estereótipo machista: "Se não tiver tiro, perseguição ou mulher pelada nos primeiros 3 minutos, desligo a TV!", mas tua review não foi biasadamente feminista, foi a de quem gosta e entende de cinema.

    IMHO, Avatar , pelo visual, e Bastardos Inglórios, pelos diálogos , foram os melhores de 2009.

    ResponderExcluir
  30. Quando saí do cinema após Avatar tive a sensação de ter visto a mesma história contada por Pochahontas e Dança com Lobos. Colonialismo, Imperialismo capitalista, destruição da natureza justificada pelos bad gyus no estilo maquiavel de ser -O fim justificam os meios.
    A diferença foi nova roupagem que James Camerom deu a tudo isso.
    O cinema está sempre repetindo histórias. Quantas versões temos para Cinderela? Ou para Orgulho e preconceito?
    A questão é: gostamos ou não disso?
    Alguns gostam outros não.
    Acho que nenhum autor consegue agradar a todo mundo.
    Particularmente, em Avatar, eu senti falta de maior consistência no enredo. Houve grande preocupação com os efeitos, que foram ótimos, sem dúvida, mas esqueceram que a vida de um filme é uma história bem contanda.

    ResponderExcluir