Putz, isso já faz quase um ano, e aconteceu lá em Detroit. Eu deixei tudo anotadinho mas não organizei ou publiquei, então agora vai. Seguinte: em julho, fui ao cinema do museu de arte que ficava pertinho da minha casa em Detroit pra ver a matinê de O Monstro da Lagoa Negra, clássico de 1954 (aqui tem um trailer da época, divertidíssimo, pra você se situar melhor). Na verdade, era uma sessão dupla. Convidei o maridão, mas, na hora H, ele recuou e não quis gastar quatro horas num cinema, vendo filmes antigos em preto e branco que ele já havia visto na TV. Tolinho! Não sabe o que perdeu. Monstro foi passado em terceira dimensão, com aqueles oclinhos com uma lente de cada cor. É o máximo. Não entendo por que não fazem mais filmes de terror e aventura com essa tecnologia. Infelizmente não vi Beowulf em 3D, e decidi não chegar perto de Viagem ao Centro da Terra se não fosse em 3D (agora vão lançar A Era do Gelo 3 em 3D, mas será que em alguma sessão perto da gente?). Nem sei quanto tempo fazia que não via um filme com os oclinhos. Mas é tão, tão legal! Dá todo o sentido de profundidade, como se a parede que separa o espectador da tela se rompesse. Na realidade, parece que é assim: uma imagem está sobreposta à outra. Se a gente olha pra tela sem óculos, ela parece fora de foco. Cada lente do óculos filtra uma das imagens. Portanto, com um olho a gente só vê a imagem mais à frente, e com o outro a imagem mais atrás. É o nosso cérebro que se encarrega de juntar as duas imagens e fazer parecer que há profundidade.
É um espetáculo. Em Monstro é tudo 3D, dos créditos iniciais aos finais. Uma mão de monstro fica bem diante dos nossos rostos. Num aquário, todos os peixes nadam pra cima da gente. Alguém joga areia na câmera, e vem tudo parar em mim. Dá a maior vontade de proteger o rosto com as mãos, de afastar o tubarão. E, óbvio, há montes de símbolos fálicos expostos pra gente, como homens segurando arpões e espingardas. Não é possível que eles não soubessem o que tavam fazendo. Tudo bem que era anos 50, mas santa ingenuidade, Batman! Fiquei imaginando como seria um filme pornô em 3D. (Inclusive, dá pra ver como Spielberg se inspirou em Monstro pra filmar várias cenas de Tubarão. Há imagens da mocinha nadando que são idênticas às da abertura de Jaws, com a diferença que a mulher em Monstro tá de maiô. E num momento até a música é parecida! Tem um tum tum tum na jogada).
Com um festival de imagens desses, ninguém presta muita atenção na história de Monstro. Bom, os primeiros vinte minutos são praticamente uma obra-prima. Depois cansa. A história é bem simples. Um grupo de cientistas americanos no Rio Amazonas descobre um monstro. Aliás, é mais justo dizer que o monstro descobre a única mulher no barco. Esse monstro conterrâno nosso tá em transição. Ele quer sair da água pra virar o quê? Pois é, a Lagoa Negra do título é o Amazonas! Eu achei incrível que algumas palavras são ditas em português. Há uma bandeirinha brasileira, vem escrito “Instituto Marítimo” na casinha, e o barco onde se passa a maior parte do filme não se chama “Juanita” ou “Conchita”, mas “Rita”. Os americanos ali presentes falam das lendas da Amazonas, dizem que o lugar é o mesmo há 150 mil anos (isso em 1954, por supuesto), falam de ratos do tamanho de ovelhas, toda essa estranheza do estrangeiro diante do desconhecido. Só que também falam que perto do Amazonas, o Mississippi é um riachinho.
As mulheres nos filmes de terror de antigamente eram uma piada. Elas só serviam pra gritar (homem não grita, a menos que seja muito coadjuvante) e atrair monstro. Mais nada. Quer dizer, parece que não mudou muito, né, se a gente pensar nas mulheres de Sexta Feira 13, Halloween e afins. Só que há uma diferença fundamental. Hoje as vítimas gritam e saem correndo, geralmente com pouca roupa. Naquela época elas berravam mas ficavam paralisadas. Não davam um passo pra frente ou pra trás. Era só o monstro vir e pegar. Aí a vítima desmaiava e ele a levava no colo, como marido leva noiva pro hotel na noite de núpcias.
A minha cena favorita nem envolve o monstro. É assim: dois homens nadam na lagoa, usando máscara de mergulho e tal. A única mulher do filme, que é noiva de um deles, fica no barco, olhando tudo. Eles voltam, trazendo o que coletaram pra analisar. Ela pergunta pro noivo, toda entusiasmada: “Ai, como é lá embaixo?”. E ele: “É um mundo novo, um mundo totalmente diferente!”. E a pobre: “Queria tanto ir lá um dia”. Ele: “Hum”. E vai embora! Nem pra ele dizer “Claro, querida, um dia você vai!” (que, assim genérico, é o mesmo que dizer “Pode esquecer, otária. Nasceu mulher, agora aguenta”). Ela então decide nadar sozinha, sem equipamento. Dá uma de Esther Williams (famosa estrela dos anos 40 que fazia grandes acrobacias aquáticas em seus filmes) e vai pra bem longe do barco. O monstro assiste a tudo, fascinado. E aí ela começa a fazer piruetas embaixo d'água! Pronto, o monstrinho tá completamente fisgado. Só que ela não corre grande perigo até que os homens do barco notem que ela está na água, longe, e começam a gritar desesperadamente pra ela voltar. O perigo está nos homens querendo nos salvar de outros homens? Hummm...
Depois do final de Monstro e de um intervalo em que os banheiros lotaram (e banheiro americano é tão esquisito! Os vãos embaixo das portas são enormes, e sempre tem umas frestinhas), passou um outro filme, It Came from Outer Space (A Ameaça que Veio do Espaço). Eu li o conto do Ray Bradbury, mas o filme de 1953 é um porre. Fraquinho que só ele. Muito datado com o medo dos comunistas, e as forças do marcartismo. Era em 3D também, o que fez as comparações com Monstro inevitáveis. Sabe quando um filme cresce de status na hora? Pô, até o 3D de Space era ruim. Tem uma avalanche, e nenhuma pedra vem na nossa direção?! Se fosse em Monstro viriam todas. Eu já me imagino gritando “Joga a mãe!”.
- Neste vídeo há ótimas imagens de Monstro, é só ignorar a música, que é uma homenagem póstuma. Se não quiser ver spoilers, pare lá pelo quinto minuto.
- Aqui tem uma delícia pros nerds: uma entrevista com o ator que originalmente fez o monstro. Tem que ignorar o patriotismo babaca do tipo “obrigado por servir numa guerra”.
- Em 2011 sai uma refilmagem de Monstro. Do diretor de Sahara, ai meu deus. (E não, Anaconda não foi uma refilmagem, ao contrário do que você tá pensando).
- Aqui tem o filme original inteiro, dividido por partes. Mas não sei qual a graça se não for em 3D.
É um espetáculo. Em Monstro é tudo 3D, dos créditos iniciais aos finais. Uma mão de monstro fica bem diante dos nossos rostos. Num aquário, todos os peixes nadam pra cima da gente. Alguém joga areia na câmera, e vem tudo parar em mim. Dá a maior vontade de proteger o rosto com as mãos, de afastar o tubarão. E, óbvio, há montes de símbolos fálicos expostos pra gente, como homens segurando arpões e espingardas. Não é possível que eles não soubessem o que tavam fazendo. Tudo bem que era anos 50, mas santa ingenuidade, Batman! Fiquei imaginando como seria um filme pornô em 3D. (Inclusive, dá pra ver como Spielberg se inspirou em Monstro pra filmar várias cenas de Tubarão. Há imagens da mocinha nadando que são idênticas às da abertura de Jaws, com a diferença que a mulher em Monstro tá de maiô. E num momento até a música é parecida! Tem um tum tum tum na jogada).
Com um festival de imagens desses, ninguém presta muita atenção na história de Monstro. Bom, os primeiros vinte minutos são praticamente uma obra-prima. Depois cansa. A história é bem simples. Um grupo de cientistas americanos no Rio Amazonas descobre um monstro. Aliás, é mais justo dizer que o monstro descobre a única mulher no barco. Esse monstro conterrâno nosso tá em transição. Ele quer sair da água pra virar o quê? Pois é, a Lagoa Negra do título é o Amazonas! Eu achei incrível que algumas palavras são ditas em português. Há uma bandeirinha brasileira, vem escrito “Instituto Marítimo” na casinha, e o barco onde se passa a maior parte do filme não se chama “Juanita” ou “Conchita”, mas “Rita”. Os americanos ali presentes falam das lendas da Amazonas, dizem que o lugar é o mesmo há 150 mil anos (isso em 1954, por supuesto), falam de ratos do tamanho de ovelhas, toda essa estranheza do estrangeiro diante do desconhecido. Só que também falam que perto do Amazonas, o Mississippi é um riachinho.
As mulheres nos filmes de terror de antigamente eram uma piada. Elas só serviam pra gritar (homem não grita, a menos que seja muito coadjuvante) e atrair monstro. Mais nada. Quer dizer, parece que não mudou muito, né, se a gente pensar nas mulheres de Sexta Feira 13, Halloween e afins. Só que há uma diferença fundamental. Hoje as vítimas gritam e saem correndo, geralmente com pouca roupa. Naquela época elas berravam mas ficavam paralisadas. Não davam um passo pra frente ou pra trás. Era só o monstro vir e pegar. Aí a vítima desmaiava e ele a levava no colo, como marido leva noiva pro hotel na noite de núpcias.
A minha cena favorita nem envolve o monstro. É assim: dois homens nadam na lagoa, usando máscara de mergulho e tal. A única mulher do filme, que é noiva de um deles, fica no barco, olhando tudo. Eles voltam, trazendo o que coletaram pra analisar. Ela pergunta pro noivo, toda entusiasmada: “Ai, como é lá embaixo?”. E ele: “É um mundo novo, um mundo totalmente diferente!”. E a pobre: “Queria tanto ir lá um dia”. Ele: “Hum”. E vai embora! Nem pra ele dizer “Claro, querida, um dia você vai!” (que, assim genérico, é o mesmo que dizer “Pode esquecer, otária. Nasceu mulher, agora aguenta”). Ela então decide nadar sozinha, sem equipamento. Dá uma de Esther Williams (famosa estrela dos anos 40 que fazia grandes acrobacias aquáticas em seus filmes) e vai pra bem longe do barco. O monstro assiste a tudo, fascinado. E aí ela começa a fazer piruetas embaixo d'água! Pronto, o monstrinho tá completamente fisgado. Só que ela não corre grande perigo até que os homens do barco notem que ela está na água, longe, e começam a gritar desesperadamente pra ela voltar. O perigo está nos homens querendo nos salvar de outros homens? Hummm...
Depois do final de Monstro e de um intervalo em que os banheiros lotaram (e banheiro americano é tão esquisito! Os vãos embaixo das portas são enormes, e sempre tem umas frestinhas), passou um outro filme, It Came from Outer Space (A Ameaça que Veio do Espaço). Eu li o conto do Ray Bradbury, mas o filme de 1953 é um porre. Fraquinho que só ele. Muito datado com o medo dos comunistas, e as forças do marcartismo. Era em 3D também, o que fez as comparações com Monstro inevitáveis. Sabe quando um filme cresce de status na hora? Pô, até o 3D de Space era ruim. Tem uma avalanche, e nenhuma pedra vem na nossa direção?! Se fosse em Monstro viriam todas. Eu já me imagino gritando “Joga a mãe!”.
- Neste vídeo há ótimas imagens de Monstro, é só ignorar a música, que é uma homenagem póstuma. Se não quiser ver spoilers, pare lá pelo quinto minuto.
- Aqui tem uma delícia pros nerds: uma entrevista com o ator que originalmente fez o monstro. Tem que ignorar o patriotismo babaca do tipo “obrigado por servir numa guerra”.
- Em 2011 sai uma refilmagem de Monstro. Do diretor de Sahara, ai meu deus. (E não, Anaconda não foi uma refilmagem, ao contrário do que você tá pensando).
- Aqui tem o filme original inteiro, dividido por partes. Mas não sei qual a graça se não for em 3D.
ping
ResponderExcluirTenho lido suas resenhas de filmes, e noto que em quase todos há uma paranóia feminista. Até em filmes de terror trash. O que você não deve saber é que muitos filmes de terror tem elementos propositais de exploitation ou sexploitation, é um estilo propício nesse gênero, e não vai mudar só por causa de meia dúzia de politicamente corretos. Por outro lado, o desenvolvimento do gênero terror-trash-gore se enfatiza no seu público, que em sua maioria absoluta é do público masculino.
ResponderExcluirQue graça teria um filme de terror sem a mulher que grita? sem a perseguição contra a mulher indefesa? Sem o homem valente que salva sua esposa? Sim, estereótipos, mas que divertem.
Não abro mão para filmaços como "Cannibal Holocaust", "Night of the Living Dead", "Zombie Strippers", entre outros. Felizmente a maioria da sociedade ainda não está infectada por essa demagogia feminista marxista intelectualóide.
Todavia, você iria gostar desses filmes:
The Last House on the Left(1972)
I Spit On Your Grave (1978)
Teeth(2007)
Vinganças de mulheres contra homens, que te deixaria em êxtase. :P
^??????
ResponderExcluirLolinha, não seriam capivaras os tais "ratos do tamanho de ovelhas"?
Curioso o comentário do Zoroastra. Numa frase ele diz que nas resenhas de Lola há paranóia feminista. E na sequência imediata admite que há sexplotation nesse gênero cinematográfico. Ou seja, que a nossa querida blogueira está coberta de razão :-).
ResponderExcluirjá deletaram o filme do youtube. da nda, eu acho pra baixar. preocupada com as frestas no banheiro feminino? mulher espia mulher?
ResponderExcluirteu amigo ali embaixo citou "canibal holocaust", o título é meio pesado, mas o filme nem tanto, tem uns erros grotescos, do tipo o rio amazonas é no paraguai e outras coisinhas, mas vale conferir se gosta do genero. os anos 50 produziu muitos dos grandes classicos da ficção cientifica, como a bolha assassina, o dia em que a terra parou, etc.
Patrick, paranóia é diferente de reconhecer um fato.
ResponderExcluirFato = Mulheres são estereotipadas em filmes, homens são estereotipados em filmes. Raças são estereotipadas, assim como os gays, crianças, idosos, etc.
Paranóia = Criticar certos gêneros cinematográficos ou filmes (individualmente) por um suposto fundo politizado consciente ou inconsciente no seu conteúdo, QUE NÃO EXISTE.
Basta ler as resenhas da Lola. Exemplo, ela teve a brilhante conclusão de que o último "Sexta Feira 13" é racista porque o único negro e o único Asiático morrem. Pessoal quer analisar filmes de terror como se fossem documentários do Michael Moore ou "Clube da Luta" ou "Matrix".
99% dos filmes de Terror não tem qualquer moral ou lição ou filosofia embutida, e quando tem(O caso do 'Cannibal Holocaust') acaba virando motivo de piada. Imagino o que diria algum "especialista" em terror lendo essas resenhas da Lola. O Felipe Guerra do bocadoinferno.com iria rir(ou chorar) com tanto surrealismo.
Se eu seguir a mentalidade da Lola, eu chegaria na seguinte conclusão:
ResponderExcluir- Todos os filmes de terror do Japão são racistas porque nem mesmo há personagens negros ou brancos para serem mortos. Apenas são escalados japoneses entre os atores e atrizes.
Será que a Lola concorda com isso ou é um padrão e duas medidas?
Zoroastra disse: "- Todos os filmes de terror do Japão são racistas porque nem mesmo há personagens negros ou brancos para serem mortos. Apenas são escalados japoneses entre os atores e atrizes."
ResponderExcluirVocê esteve a um lampejo de compreender o cerne da questão. O que você diria se os filmes japoneses não incluissem personagens de etnia japonesa? Pardos e negros são o maior grupo étnico do Brasil. Qual sua presença nos filmes? As mulheres são aproximadamente 50% da humanidade em qualquer grupo étnico. Qual sua presença e como são representadas?
Antecipando o mineiro da cara de padre...
ResponderExcluirMary had a little lamb,
his fleece was white as snow,
Ev'rywhere that Mary went,
that lamb was sure to go.
And you could hear them singing:
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
He followed her to school one day,
it was against the rules,
Made the children laugh and play to
see a lamb at school.
You could hear them singing:
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
Soon the teacher turned it out,
still it lingered near,
Waited patiently about till
Mary did appear.
You could hear them singing:
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
"But the lamb loved Mary so",
the eager children cry,
"And Mary loves the lamb, you know",
the teacher did reply.
And you could hear them singing:
La, la, la, la, la, la, la, la, la, la.
(Ev'ry body singing)
é cômico o (a) Zoroastra falar como se produtos culturais e ideologia fossem coisas totalmente separáveis...
ResponderExcluirO quê? Será que temos um novo trololó entre nós? Acho que sim, e desconfio que ele veio do blog do nazista. Primeiro o Zoro colocou um comentário APOSTANDO que eu sou judia (começou bem: perdeu). E olhem o nome dele, Anti-Kosher. Ou seja, pelo jeito, anti-semita. Agora ele vem falar de FATOS (ou seja, acredita em verdade absoluta), e basicamente diz que qualquer um que discorda dele é paranóico.
ResponderExcluirBom, gente, não tenho tempo. Mil desculpas aos meus queridos leitores e leitoras que escrevem comentários inteligentes. Sei que não respondo um comentário desde... desde... nem sei quando! Tô em dívida com vcs, mas realmente estou cheia de prazos pra cumprir. E eu tava viajando. Fui pra São José do Rio Preto domingo à tarde, e voltei ontem. Foi um ótimo congresso, onde ficamos falando sobre livros e filmes. Sabe, discutindo essas paranoias que são pura falta de tempo, claro.
Assim que puder eu falo mais do congresso e das mil e uma correrias da minha vida. Quero férias!
Obrigado, PDF, obrigado! eu ando meio ocupado e com pouquíssimo tempo. Poupou-me o trabalho, thanks!
ResponderExcluirLola... essa foi a melhor resposta q eu já li na minha vida!!!!!! ahhahaha
ResponderExcluirLola, não tenho comentado muito, mas acesso sempre. Hoje particularmente, estava aguardando o que você responderia ao cidadão que sabe que o cinema não é neutro, mas quem identifica isso, escreve sobre isso, e especialmente é feminista, é paranóico.
ResponderExcluirObrigada pelos seus textos. ^_^ Eu não tenho tanto bom humor e tanta fleuma.
Eu nem me dou ao trabalho de seguir lendo um comentario que ainda usa a palavra "raça" sem a providencial aspas !!!!
ResponderExcluirBla, bla, bla...
Ótimo texto, Lola!
E seu aniversário como vai ser?
Patrick disse "Pardos e negros são o maior grupo étnico do Brasil. Qual sua presença nos filmes? "
ResponderExcluirPodem não estar numericamente bem representados, mas de 20 ou 15 anos para cá eles tomaram papel ativo/positivo tanto nos filmes brasileiros e americanos; em personagens "mocinhos", que são inteligentes, honestos, ocupam profissões de sucesso,etc. Não sei até que ponto a interpretação disso é realista mas está sendo feito. Sem contar que nos EUA já existe uma indústria cinematográfica apenas para Negros, Vide Spike Lee.
Enquanto os euro-descendentes se tornam cada vez mais o grupo humilhado em filmes;
- O sequestrador do avião
- O jovem que não sabe pegar mulher e precisa de conselho do seu amigo negro(vide comédias românticas)
- O Assassino,estuprador, psicopata.
Essa representação se quer é analisada pelos marxistas e imagino os porques. Tenho o palpite de que atualmente "Anti-racismo" se tornou "Anti-europeu".
"As mulheres são aproximadamente 50% da humanidade em qualquer grupo étnico. Qual sua presença e como são representadas?"
O mesmo que disse na resposta anterior. Posso te listar filmes que mulheres possuem total destaque e outros filmes que fazem uma imagem "ruim" de homens. Exemplo, Teeth, nessa obra todo homem é perverso, o irmão adotado tenta estuprar a garota, o rapaz da igreja tambem, um outro numa festa tenta drogar a garota para estuprá-la,o pai é omisso, o ginecologista é safado. Você acha que algum telespectador mediano ligou para isso? Ou eu liguei?(sou homem) É preciso interpretar quando essa cultura de filme é feita para entreter, e quando é feita para "dar uma moral". Essa foi a minha tentativa ignorada aqui.
Lola, muito feio me chamar de anti-semita por causa de um nick hahah. Isso se chama falácia ad-hominem.
Que porcaria! La vem outro outro fake encher o saco aqui com bobagens. Olha minhas rugas de preocupacao! :P
ResponderExcluirEncontrei seu blog hoje e nossa, achei o máximo! Além das críticas, que caem como uma luva pra pessoas que, como eu, querem trabalhar com cinema, tem textos inspiradores, ideias inspiradoras.
ResponderExcluirEnfim, escreva, Lola, escreva.
Porque isso você faz muito bem.
Lola,
ResponderExcluirEis um trecho do filme restaurado aqui no Brasil, dentro da UFSCar:
http://www.ies.ufscar.br/leoandrade/index.php?page=cinema
Nem vamos poder ver A Era do Gelo 3D. Se não me engano, só existem 3 salas 3D no Brasil. Esse 3D é diferente. O óculos não tem uma lente de cada cor. É tipo os óculos dos cinemas 3D nos parques da Disney. Parecem óculos escuros.
ResponderExcluirNão sabia que "O monstro da Lagoa Negra" era em 3D. Só vi na TV.
ResponderExcluirMas recentemente li um artigo muito pessimista sobre o futuro dos filmes 3D. Basicamente, o autor diz que não há como criar uma tecnologia que possa se tornar a forma hegemônica de se assistir a filmes. O problema está no funcionamento do olho humano (e do cérebro, claro):
http://www.slate.com/id/2215265/pagenum/all/
Aliás, se o autor está certo, o fato de você ter gostado bem menos do segundo filme pode ter sido muito influenciado pela fadiga causada pela projeção anterior.
Bom, dessa nova safra, não vi nenhum em 3D.
Um detalhe é que a história se passa no Amazonas, mas o filme foi gravado na Califórnia.
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