Bom, fora a minha nova e aparentemente irreversível miséria, tenho outra novidade. Lembra dos meus planos de que seria só terminar o doutorado e prestar concurso em qualquer lugar do país e talvez um dia passar num desses concursos e conseguir dar aula numa universidade federal? Tá, vai sonhando, Lolinha. Tem montes de concursos pipocando por aí, muitas novas universidades... Não há dúvida que o governo Lula vem fazendo a sua parte (não dá nem pra comparar com os oito anos de vacas magérrimas do FHC). Mas surgiu um modismo nos editais: uns 90% dos que ando vendo pra docente em Letras/Literatura/Inglês pedem graduação em Letras. E a minha é em Pedagogia.
Eu fico bastante revoltada com essas coisas. Afinal, depois de dois anos de mestrado, mais quatro de doutorado (e inclua aí uma especializaçãozinha em Língua Inglesa) em Letras, eu pensava que estaria apta a pelo menos prestar concurso em Letras. Nananinanão. E o pior é que é modismo mesmo. Alguns anos atrás, isso não existia. Pra prestar concurso em Letras, tinha que ter doutorado em Letras e ponto final. No meu curso de mestrado, um em cada quatro alunos vinha de outras áreas (principalmente Direito e Jornalismo). Meu orientador é formado em Administração. Uma professora que tive fez Farmácia. E tudo bem, porque depois eles fizeram seis anos de Letras (fora pós-doutorado - se você nunca ouviu falar deste troço, não se acanhe. Antes de entrar pro mundo acadêmico, eu também não imaginava que isso pudesse existir).
Bom, se eu teria cursado Letras se eu soubesse em 1998, quando fiz vestibular pra Pedagogia, que dez anos, um mestrado e doutorado depois eu teria que ter graduação em Letras? Claro, né? Mas, naquela época, eu só sabia que precisava de uma graduação (qualquer uma) pra depois poder entrar no mestrado. Nem cogitava em fazer doutorado. Mestrado, sim, eu sabia que queria fazer, porque tinha a ambição de estudar por prazer pela primeira vez na vida (e o mestrado certamente cumpriu meus objetivos). Nesses tempos de graduação, eu trabalhava como professora e coordenadora acadêmica de um curso de inglês. Todo dia, das duas da tarde às dez da noite. A faculdade tinha que ser de manhã. E não havia Letras de manhã (abriu um semestre depois). Deu pra dispensar várias matérias por causa da meia faculdade de Propaganda que eu havia cursado na minha juventude. Foi um grande sacrifício fazer faculdade de manhã, trabalhar à tarde e à noite e (durante vários meses) fazer estágio no horário do almoço. Ah, e escrever pro jornal também. Mas eu fiz, terminei, e pensava que só entraria num curso de graduação de novo se fosse pra lecionar (a propósito, encontrei na internet esses anúncios suspeitos da faculdade que cursei).
Ledo engano. Então sabe o que decidi que vou começar a fazer? Uma graduação em Letras a distância. Acho que já vai ser um grande passo se eu aprender, até o final do curso, se “graduação a distância” tem ou não crase. É bastante barato, pelo que me informei (uns 200 reais por mês, talvez um total de 5 mil pelo curso todo), e talvez, dispensando disciplinas, eu consiga fazer em dois anos. Espero que não seja trabalhoso. Há um encontro por semana apenas. Sorry, mas não sou hipócrita. Eu não fiz o curso de Pedagogia, e nem vou fazer este de Letras, pra aprender muita coisa. Fiz e vou fazer pelo diploma. Por um pedaço de papel. Se eu aprender alguma coisa, ficarei muito feliz e a compartilharei com você, mas será um bônus, sabe? No geral, é bem chato eu provavelmente pegar um professor que talvez, com sorte, tenha especialização. A sensação de “eu poderia estar dando esse curso” me parece inevitável. É como uma amiga falou: “Que sistema mais louco, não? Uma doutoranda com doutorado-sanduíche em Detroit tendo que fazer um cursinho não-reconhecido pelo MEC só pra apresentar graduação em Letras?!”. Mas ela e outras três amigas que consultei disseram “Faz logo”. Ah é, o curso não é reconhecido pelo MEC, mas é que a primeira turma se forma no final do ano. Espero que logo logo receba o tal reconhecimento.
Eu tô começando a ficar cansada de estudar. Fiquei um período paradona, entre 88 e 96, mas, desde 97, quando voltei a estudar, não parei mais. Sei lá, acho que faria pós-doutorado numa boa (até porque é só um ano), mas ter que fazer uma graduação inteira sem reclamar?! Pode ir aguardando mais queixas pela frente.
Ah sim, e existe o medo típico de todo mundo que tem pretensões acadêmicas: e se o PSDB voltar ao poder? Se eu tirar o diploma em dois anos, estaremos em 2011. E se o Serra vencer e se comportar tal e qual seu colega sociólogo com doutorado na Sorbonne e não abrir mais vagas? Minha carreira acaba antes mesmo de começar!
E aproveitando minha verve socialista, pra quem acredita que governo é ruim, iniciativa privada é que é competente, sugiro que olhe pras faculdades. Na enorme maioria das universidades federais, só dá pra prestar concurso com doutorado. Já as particulares continuam visando o lucro, e contratando especialistas e mestres pra não ter que pagar a mais pra doutores. É fato. Agora vem defender o indefensável pra mim, vem.
Bom, se eu teria cursado Letras se eu soubesse em 1998, quando fiz vestibular pra Pedagogia, que dez anos, um mestrado e doutorado depois eu teria que ter graduação em Letras? Claro, né? Mas, naquela época, eu só sabia que precisava de uma graduação (qualquer uma) pra depois poder entrar no mestrado. Nem cogitava em fazer doutorado. Mestrado, sim, eu sabia que queria fazer, porque tinha a ambição de estudar por prazer pela primeira vez na vida (e o mestrado certamente cumpriu meus objetivos). Nesses tempos de graduação, eu trabalhava como professora e coordenadora acadêmica de um curso de inglês. Todo dia, das duas da tarde às dez da noite. A faculdade tinha que ser de manhã. E não havia Letras de manhã (abriu um semestre depois). Deu pra dispensar várias matérias por causa da meia faculdade de Propaganda que eu havia cursado na minha juventude. Foi um grande sacrifício fazer faculdade de manhã, trabalhar à tarde e à noite e (durante vários meses) fazer estágio no horário do almoço. Ah, e escrever pro jornal também. Mas eu fiz, terminei, e pensava que só entraria num curso de graduação de novo se fosse pra lecionar (a propósito, encontrei na internet esses anúncios suspeitos da faculdade que cursei).
Ledo engano. Então sabe o que decidi que vou começar a fazer? Uma graduação em Letras a distância. Acho que já vai ser um grande passo se eu aprender, até o final do curso, se “graduação a distância” tem ou não crase. É bastante barato, pelo que me informei (uns 200 reais por mês, talvez um total de 5 mil pelo curso todo), e talvez, dispensando disciplinas, eu consiga fazer em dois anos. Espero que não seja trabalhoso. Há um encontro por semana apenas. Sorry, mas não sou hipócrita. Eu não fiz o curso de Pedagogia, e nem vou fazer este de Letras, pra aprender muita coisa. Fiz e vou fazer pelo diploma. Por um pedaço de papel. Se eu aprender alguma coisa, ficarei muito feliz e a compartilharei com você, mas será um bônus, sabe? No geral, é bem chato eu provavelmente pegar um professor que talvez, com sorte, tenha especialização. A sensação de “eu poderia estar dando esse curso” me parece inevitável. É como uma amiga falou: “Que sistema mais louco, não? Uma doutoranda com doutorado-sanduíche em Detroit tendo que fazer um cursinho não-reconhecido pelo MEC só pra apresentar graduação em Letras?!”. Mas ela e outras três amigas que consultei disseram “Faz logo”. Ah é, o curso não é reconhecido pelo MEC, mas é que a primeira turma se forma no final do ano. Espero que logo logo receba o tal reconhecimento.
Eu tô começando a ficar cansada de estudar. Fiquei um período paradona, entre 88 e 96, mas, desde 97, quando voltei a estudar, não parei mais. Sei lá, acho que faria pós-doutorado numa boa (até porque é só um ano), mas ter que fazer uma graduação inteira sem reclamar?! Pode ir aguardando mais queixas pela frente.
Ah sim, e existe o medo típico de todo mundo que tem pretensões acadêmicas: e se o PSDB voltar ao poder? Se eu tirar o diploma em dois anos, estaremos em 2011. E se o Serra vencer e se comportar tal e qual seu colega sociólogo com doutorado na Sorbonne e não abrir mais vagas? Minha carreira acaba antes mesmo de começar!
E aproveitando minha verve socialista, pra quem acredita que governo é ruim, iniciativa privada é que é competente, sugiro que olhe pras faculdades. Na enorme maioria das universidades federais, só dá pra prestar concurso com doutorado. Já as particulares continuam visando o lucro, e contratando especialistas e mestres pra não ter que pagar a mais pra doutores. É fato. Agora vem defender o indefensável pra mim, vem.
ô lola, mas fazer uma graduação só pelo diploma e ela não ser reconehcida pelo MEC é tiro no pé né não?? Um diploma de uma facul não reconhecida não serve pra concurso pq eles semrpe dizem assim: "diploma de nível superior na área de XXXXX emitido por instituição reconhecida pelo MEC."
ResponderExcluirEu, particularmente não suporto concursos. TER que estudar um monte de coisas que não é aquilo que você se interessa e que você sabe que não vai usar no mercado de trabalho "só pra passar" é tão deprimente quanto fazer uma facul inteirinha só pelo diploma.
Lola querida adoro teus textos! escrevo especialmente sobre teu desabafo em relação ao doutorado. Divido contigo as mesmas tristezas, apesar do objeto ser diverso: formação em direito, mestrado em direito, doutorado em ciencias humana. Resultado: Impossivel fazer concurso nas publicas em direito, ao menos na ufsc, ah, detalhe, o doutorado foi na ufsc!
ResponderExcluirE, em relação as privadas... encerrar o doutorado é uma excelente estratégia para conseguir a demissão!!! Sobre as faculdades de direito escrevi algumas linhas em um artigo no AN 'Excelencia academica para quê?'. Seguimos, talvez para outra dimensão!!
Eu não fiz "EAD" e tenho uma pilha de comentários negativos, ainda mais quando se trata de graduação voltado a licenciatura. Porém, no seu caso é diferente, deve sim fazer a tal de graduação em "EAD". Vá e faça, mas quem sabe não seja interessante procurar uma graduação em ead que já tenha o reconhecimento.
ResponderExcluirAs Universidades e seus modismos, isso é uma titica. Sabe, é mais rico em diversidade, um departamento com professores-as de diferentes áreas, assim trazendo diferentes olhares. Bem, como os variados meios os vícios e modismos estão mais vivos do que nunca.
foda.
maikon k
olha: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u531557.shtml
ResponderExcluirquem sabe seja boa inspiração para uma nova postagem.
É um contra-senso, com ou sem hífen... No mestrado e doutorado a gente tem colegas de outros cursos: no meu tinha gente da Música, Pedagogia, Direito, até Medicina (uma aluna que estudava distúrbios da fala em pacientes com Mal de Parkinson). Isso enriqueceu incrivelmente a minha experiência no curso.
ResponderExcluirAí, quando chega o lado docente, inventam essa 'reserva de mercado', justamente quando a diversidade pode ser muito mais interessante para o aluno e o curso.
Quanto a fazer um curso não reconhecido, é bom checar tudo antes: não apenas o fato de não ter o OK do MEC, mas também o fato de ser um curso à distância. Ainda tem muita gente torcendo o nariz pra eles. Eu fiz um há anos pela Universidade de Londres, foi muito puxado, mas muitos colegas ainda acham que ele e nada é a mesma coisa... Uma bobagem, mas vai tentar explicar isso pra eles!
Paula, nem me fala! Espero que até janeiro (quando a primeira turma de Letras da faculdade se forma), ela seja reconhecida pelo MEC, porque senão o diploma não valeria pra nada mesmo. Pelo que pesquisei, em Joinville só existem duas faculdades de Letras a distância. A outra já é reconhecida pelo MEC, mas as próximas turmas só começam em agosto, e eu quero começar o quanto antes. Se, até janeiro, essa faculdade que eu cursar não tiver o reconhecimento, eu transfiro. Sobre os concursos, nunca fiz um. Mas, no caso dos concursos de univ. federais, acho que o que a gente tem que estudar é bem o que lecionaria, se passasse. Mas sem dúvida deve ser uma pressão deprimente.
ResponderExcluirSamantha, é chato, né? Eu pensei que fosse algo BOM não cursar faculdade, mestrado e doutorado na mesma área. Porque dá um enfoque diferente, uma interdisciplinariedade maior. Mas pelo jeito o mundo acadêmico não acha. Portanto, pra eu dar aula de Pedagogia, só fazendo graduação, mestrado e doc de Ped. Pra Letras, só o trio em Letras. Pra Direito, só o trio em Direito, e por aí vai. Vc tem esse artigo que escreveu pro AN?
Sobre público e privado, vê a autocrítica que o The Economist (será essa uma publicação marxista leninista?)tá fazendo:
ResponderExcluirhttp://www.informes.org.br/noticia.php?id=8283
http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=13243343
Isso é completamente absurdo. Puro Kafka. Meu pai é professor em uma Universidade Federal (Departamento de Engenharia Civil) e a graduação dos demais pesquisadores que trabalham com ele é variadíssima (tem geólogo, geógrafo, engenheiros de várias especialidades, ...). Será que não há mais ninguém se mexendo para protestar contra essa loucura? Ninguém ainda escreveu uma cartinha para o CNPq, a Capes ou o MEC?
ResponderExcluirTem um monte de universidade particulares contratando doutorandos sim!!! Isso so faz elas aumentarem o preço da mensalidade....
ResponderExcluirbom... pelo menos aqui no interior de Goias e Minas é assim.... ter so gradução é como ser alfabetizado... tem q ter mais um "up" senao nao vira professor.
Olá, Lola!
ResponderExcluirBom, frequento seu blog há algum tempo e gosto bastante dos textos, principalmente as críticas de filmes. E percebi que seus dois últimos textos citam uma coisa muito chata e ruim que, particularmente, não gosto: política.
Não votei no Lula nem nunca votaria( apesar de me considerar socialista, não gosto de confundir isso com assistencialismo) e pensei até em fazer uma defesa do FHC, mas depois percebi que não valeria a pena. Tenho meus motivos pra gostar dele assim como você tem os seus pra não gostar e ambos são justos. Mas discutir política num país que elege o Sraney como presidente do Senado e o Collor como senador, francamente, beira a loucura.
Um nome que me agrada é o do Cristovam Buarque, não só pelo sobrenome, mas pela ideia de progesso através da educação. E nisso, talvez, professores sejam os mais beneficiados.
Enfim, passei aqui só pr manifestar minha opinião e apreço pelo seu blog, apesar da politicagem. rs
Um abraço
Ricardo
Rick, meu filho, eu também não gosto de discutir política. Sempre achei essa palavra sinônimo de sujeira, mas cheguei a uma conclusão terrível: nós, que somos um pouquinho mais esclarecidos, somos minoria. E é por isso que existem os Sarney's e os Collor's (argh).
ResponderExcluir"Cristovam Buarque... progresso através da educação..." Concordo, taí a resposta. Fôssemos maioria e este país estaria muito melhor, né não?
essas burrocracias me irritam profundamente...
ResponderExcluirUma amiga tinha graduação e mestrado em História. Apaixonou-se por turismo e fez graduação exatamente para poder tentar concursos.
ResponderExcluirEu não sei o que pensar desse entrave, realmente não tenho posição, mas sei que um mestrado e um doutorado devem com certeza habilitar o sujeito para atuar na área.
Mas há outra exigência, também: experiência em nível superior. O da UnB aqui exigiu. Nunca mais reclamo de dar aula em curso de Teologia. :P
Lolinha,
ResponderExcluirGuardadas as devidas proporções, o nosso querido xadrez (meu e do CM) também tem um problema semelhante.
Durante muito tempo não queriam reconhecer o xadrez como esporte com a alegação de que não envolvia atividade física (o ato de pensar exercita uma coisa que eles não possuem). Agora já reconhecem, mas... durma com um barulho desse, somente professores de EDUCAÇÃO FÍSICA estão oficialmente aptos a dar aulas de xadrez na rede pública.
Parece-me que apenas o Estado do Paraná fez uma lei complementar ampliando o leque a professores de outras matérias.
Póide Freud?
Olá
ResponderExcluirSou editor do blog Jornalismo B (www.jornalismob.wordpress.com), e gostaria de fazer um parceria com o seu blog, através da troca de links. Seria possível?
Obrigado
Um abraço
(Peço que entre em contato pelo email bjornalismob@gmail.com)
Alexandre Haubrich
Cuidado anonimo... a Lolinha é petista... se vc criticar o Lula... ela te mata te chinga... um horror..
ResponderExcluir'Maikon, EAD é a tendência do futuro, não tem jeito... Também tenho sérios preconceitos contra, mas acho que toda faculdade depende muito do aluno. Cada um aprende o que quer. E é chato essa reserva de mercado, não? A diversidade pode ser boa pras universidades.
ResponderExcluirObrigada pelo link. Eu já conhecia mais essa da igreja católica. Não me animou a fazer um post. Depois do “estupro é menos pecado que aborto”, essa da “máquina de lavar foi mais importante pra liberação feminina que a pílula” parece fichinha...
Monica, exato, é ótimo ter gente de outras turmas. O que pega mesmo é o curso ser ou não reconhecido pelo MEC. Quanto a ser curso a distância, por enquanto não há nenhuma restrição contra isso. Espero que não inventem uma. Mas acho que iriam muito contra a corrente se inventassem uma dessas...
Uau, Gio, The Economist tá dizendo isso?
ResponderExcluir“No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil, acreditava-se que um fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao País uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma “situação favorável incomum ao Brasil". “
Uau! Onde esse mundo vai parar?
Também acho, Patrick. Obrigada pela solidariedade. E também pelas informações sobrem a graduação dos docentes de Engenharia Civil. Pois é, dá pra dizer que um geólogo com mestrado e doutorado em Eng. não estaria apto a dar aula de engenharia civil?
Asnalfa, vc não tá falando muita coisa com coisa. É óbvio que precisa ser doutor pra sequer prestar concurso em universidades federais (nas privadas, não. Pelo contrário). Ninguém está reclamando disso. Mas como que, depois de 2 anos de mestrado mais 4 de doutorado, precisa ter graduação na área? É isso que não faz sentido.
ResponderExcluirRick, calhou dos meus dois últimos textos serem mais “políticos”, partidariamente falando. Foi coincidência. Este eu escrevi faz uma semana, quando voltei de Floripa. Acho que todos os meus textos, ou quase, são políticos. Feminismo é política, por exemplo. Tudo é política. A gente gostar ou não gostar de política não a faz sumir.
Mario, bom, eu adoro falar de política. E não associo essa palavra à sujeira nem nada. Nós temos que tentar mudar o que não gostamos. E como mudar, se não falamos sobre isso?
ResponderExcluirJu, eu já tinha te falado que iria fazer mais uma faculdade? Lá vou eu...
Shoujofan, é o que eu acho, também: que 6 anos de pós-graduação deveriam habilitar uma pessoa a lecionar na área. Mas... Pois é, alguns concursos pedem experiência em nível superior. Eu não tenho exp. nenhuma, fora os estágios de docência. Por isso quero começar a lecionar logo numa particular. Se alguém me contratar...
ResponderExcluirMario, é verdade isso do xadrez. Não é absurdo? O maridão passou por isso: ele vive de xadrez, respira xadrez, leciona xadrez há, sei lá, 35 anos. E de repente não pode mais lecionar porque não tem diploma em Educação Física. Enquanto um carinha com canudo em E. F. que mal saiba mexer as peças está mais apto que ele. Faz algum sentido? Pura reserva de mercado!
Alexandre, obrigada pelo convite, mas não faço troca de links. No meu blogroll só tem links de blogs que eu leio frequentemente.
ResponderExcluirAsnalfa, se eu matasse alguém por falar mal do PT, o seu amiguinho Trololó não estaria comentando neste blog. E eu definitivamente nunca CHinguei ninguém. Putz, Alfredo, tá na hora de vc parar de fazer jus ao seu apelido.
e por que não faz concurso para pedagoga e da aulas em letras?
ResponderExcluirnão pode?
eu fiz vestibular para Museologia na nova Universidade criada pelo Lula, aqui no reconcavo baiano....
Ih, Lolinha, ead sem reconhecimento é gostar de rasgar dinheiro. Vai que revogam a autorização, não reconhecem, sei lá. Tremo nas bases só de pensar nisso.
ResponderExcluirPelo bem do seu doutorado, procura uma faculdade com ead reconhecida. Nem sei quais cursos tem, mas dá uma olhadinha aqui: http://www.eadnobrasil.com.br/noticia.php?id=391&secao=1 .
Lola, eu estou exatamente com o mesmo problema que vc. Acabei meu doutorado na letras e sou graduada em arquitetura...
ResponderExcluirPensei em pedir obtenção de novo título na ufmg e ir fazendo o curso, enquanto faço meu pós-doutorado e vou tentando os concursos que porventura não exijam o diploma de graduação...
É foda...
Boa sorte pra ti nessa nova etapa então. Eu pelo jeito é que dei sorte, já que comecei fazendo letras mesmo... uahuahuah
ResponderExcluirFátima, não dá pra fazer concurso pra docente em Pedagogia sem ter doutorado em Ped. Além disso, não quero dar aula de Pedagogia! Quero dar aula de Literatura ou Cinema.
ResponderExcluirQue legal que vc fez vestibular numa nova universidade! O Lula tá abrindo muitas universidades no interior de cada estado, e isso é ótimo. É a descentralização do ensino. Menos gente precisa ir pra capital pra estudar. Mas e os seus planos de ir pra Israel, em que pé estão?
Li, é só que eu não quero esperar mais um semestre pra começar. Mas acho que não tem problema, tem dois amigos meus fazendo esse curso em que vou entrar. Eles estão no último ano, em janeiro pegam o diploma e a faculdade recebe o reconhecimento do MEC. Eles já têm outros cursos reconhecidos, falta só formar a primeira turma de Letras. Espero!
Rebecca, que droga, né? Esse problema vem se tornando cada vez mais comum. Uma amiga minha na UFSC, advogada, fez a graduação em Letras enquanto fazia o doutorado... É uma situação estranha. Se bobear eu tb acabo assim: fazendo graduação e pós-doc ao mesmo tempo. Daqui a pouco nós duas vamos estar competindo pras vagas de qualquer concurso que não exija graduação em Letras! Vc também tá disposta a ir pra qualquer lugar? (Tocantins, Acre, Rondônia, Mato Grosso etc).
ResponderExcluirAndrea, obrigada! Se eu soubesse, teria feito grad. em Letras. Mas isso de ter graduação na área não existia dez anos atrás, quando fiz a faculdade!
Lola, entrar na universidade e fazer Museologia tem a ver com meus planos para ir para Israel...
ResponderExcluirmas por enquanto não posso falar mais nada......
tá ok, vai fazer concurso e votar no PT
ResponderExcluirvontande de vomitar.
PT nunca mais, fui do PT tantos anos e quase fui morar debaixo da ponte do Piqueri.
Lola, se você quiser eu posso entregar seu currículo na minha faculdade. Eu faço Design Gráfico, mas se eu falasse com a minha coordenadora (e orientadora do TCC), com certeza ela falaria com a coordenadora de letras.
ResponderExcluirPelo que eu tenho visto, a universidade onde eu estudo (Universidade Tiradentes - http://www.unit.br/) tem estimulado bastante os professores a fazer mestrados e doutorados (no meu curso, os professores que ainda não tinham mestrado estão quase todos fazendo. Doutorado é mais complicado porque só existe 1 doutorado em design no Brasil, na PUC de São Paulo, se não me engano). A Unit é a maior universidade particular de Sergipe, com dois campi na capital, campi em várias cidades do interior e uma filial em Maceió (a Fits - Faculdades Integradas Tiradentes).
Se você quiser posso fazer esse link pra você.
Ah, e a esposa de um professor meu é do departamento de Letras/Inglês na Unit.
Prensada, eu, ao contrário de vc, nunca “fui” do PT. Nunca me filiei a partido algum. Mas voto no PT desde que me conheço por gente. E, até agora, nunca me arrependi. Eu fazer concurso não tem nada a ver com votar no PT, ué. Se bem que, se o PSDB voltar ao poder, tem chance desses concursos acabarem. Mas a verdade é que, até agora (que estou numa universidade federal), o governo no poder (de qualquer partido) tinha pouca influência direta sobre a minha vida. Afinal, sou classe média, que não é a classe que mais precisa do governo. Pode entrar governo, sair governo, que eu sou privilegiada o suficiente pra jamais morar debaixo de ponte.
ResponderExcluirLuma, opa, claro que eu quero! Sergipe deve ser um arraso. Eu não conheço, infelizmente. Por favor, sim, faça essa intermediação por mim. Eu tenho o seu email pra te passar meu currículo? Aliás, aproveito aqui pra falar: pessoal, quero fazer parte de bancas de mestrado (de Literatura, Cinema, Jornalismo Cultural)! Por que ninguém me chama? E posso dar palestras também (aqui perto, em SC). Tudo isso é bom pro meu currículo, e estou à disposição. Meu currículo Lattes é bem razoável.
Nossa, maior absurdo do mundo isso: uma doutoranda fazendo faculdade. É de rir né?
ResponderExcluirEntão pq pessoas que nao tem graducação em letras são aceitas pra fazer mestrado e doutorado nesta área. Eu fiz mestrado e doc em Geotecnia mas pra ser aceita tinha que ter graduação em eng. civil ou geologia. Aí faz mais sentido se eu fosse prestar um concurso e viessem exigindo graduação em uma das duas areas.
Mas no seu caso, é sem pé nem cabeça.
Aqui nos EUA ja vi muitas pessoas da minha area que nao tem graduacao nem em engenharia nem em geologia e tb fizeram mestrado e doc em geotecnia e hj trabalham nesta area. As ofertas de emprego geralmente pedem que vc tenha alguam formação na area, e não necessariamente a graduação.
BTW, eu coloquei um comenário no seu post sobre imprimir a tese. "Na minha época" (falando assim me senti um velhinha) a capes e/ou CNPq davam um auxilio financiero pra impressão para os alunos que defendiam no prazo. Não sei se ainda funciona isso ou não.
Eu fiz mestrado ganahndo 724 reais de bolsa (e tinah que pagar aluguel, luz, telefone, gasolina etc) e doutorado a 1072 reia. No meu ultimo ano de doutorado (2005) já faziam quase 10 anos que não existia aumento da bolsa. Ouvi falar que a bolsa era amarrada ao salário minimo (6 pra mestrado e 8 pra doc) mas que foi desvinculada dele pra que o salario minimo pudesse aumentar sem que as bolsas aumentassem. Acho que qdo terminei o doc a bolsa mal valia 4 minimos.
E eu ficava doida qdo ouvia gente me perguntando: "mas como assim, vc ganha pra estudar? que moleza". Como se fosse assim, facinho facinho...
Pode mandar seu currículo pro meu e-mail, Lola: lumachan@gmail.com
ResponderExcluirTô esperando =]
Sergipe é mesmo muito bom. Morar em Aracaju então, é maravilhoso. A cidade tem conforto de capital e tranqüilidade de interior. Ainda mais depois que Aracaju foi eleita a capital com a melhor qualidade de vida do país, então tanto a prefeitura e o governo estão trabalhando bastante pra manter esse status. De uns meses pra cá eu fiquei impressionada com a quantidade de carros de polícia pela cidade. Tem uma avenida aqui que tem uns 5 pontos onde fica uma viatura com policiais paradas direto. Mas também tem aquele negócio, né? Ainda falta chegar a tal qualidade de vida nos bairros da periferia.
O ruim aqui é a saúde. Quem precisa de posto de saúde tá mal. Eu mesma estou doente e se não melhorar vou ter que ir em hospital particular porque os funcionários da saúde estão em greve de novo. E mesmo quando a situação está normal demora um tempão pra você ser atendido. Nesse aspecto ainda tem muito pra melhorar. Vamos ver como serão as propostas dos candidatos a governador na próxima eleição.
Aqui a disputa é PT x Democratas. Não faço a menor idéia quem serão os candidatos dos dois partidos. Não sei se o PT tem outra pessoa com tanto carisma quanto Déda pra tomar o lugar dele no governo. Se bem que até Edvaldo Nogueira o Déda conseguiu eleger prefeito... Quem sabe o Zé Eduardo seja candidato a governador novamente.
Quanto aos Democratas, João Alves seria o candidato mais provável, mas não sei se ele vai concorrer porque ano passado a esposa dele ficou bastante doente e ele até ficou meio afastado da campanha pra prefeito do candidato dele. Inclusive a esposa dele ia ser candidata (ela é bem conhecida aqui pelos trabalhos sociais dela e o povo mais carente gosta bastante dela por causa disso), mas teve esse problema.
Enfim, nenhum dos dois partidos tem um candidato forte aqui. Vamos ver, né?
Lola,
ResponderExcluiré fogo mesmo! fiquei chocada com esta "moda" da área de letras. meu marido, que tem graduaçao, mestrado e doutorado em física, fala mal do contrário: profissionais de qualquer área (áreas afins) podem fazer concurso para física nas federais...
mas entendo mesmo a questao como vc colocou: depois do mestrado a pessoa já definiu a área, no doutorado, mais ainda...nao vejo sentido para este "modismo"mesmo...
bjos e boa sorte nas tentativas!!
Ana Paula, eu tb não gostaria que as universidades barrassem do mestrado/doutorado alunos que venham de outras áreas. Até porque não é todo mundo que faz mest/doc que quer seguir pelo mundo acadêmico. Hoje em dia os alunos já avisam uns aos outros que será preciso uma graduação em Letras. Não é em TODO lugar. Na UFSC vai haver um concurso, e eles não fazem essa exigência da graduação. Pelos meus cálculos, ainda tem uns 10% que não fazem restrição à graduação em outra área.
ResponderExcluirAh, obrigada pela preocupação sobre como pagarei pra xerocar e encadernar minha tese (e a todas que deram sugestões). Na realidade, eu recebo taxa de bancada, que é 394 por mês pra ser gasto (se não for gasto e comprovado com nota fiscal tem que ser devolvido) com livros, xerox etc relacionados à tese. Eu estava gastando esse dinheiro em outras coisas (alguns congressos, inclusive). Melhor guardar pra impressão da tese...
Ah, quando eu comecei o mestrado a bolsa ainda estava em 724 reais! Que era o mesmo valor dos últimos 8 anos. O FHC não deu UM aumento sequer durante seus dois mandatos. Se não me falha a memória, o Lula já deu três aumentos. Hoje a bolsa de mestrado está em 1200 mensais e a de doc em 1800. Não é nenhuma fortuna (ainda mais considerando que não podemos ter outra renda), mas tá muito melhor do que era antes. E pro pessoal jovem, com pouca experiência profissional, é como uma amiga me falou: “O maior salário que eu já recebi na vida”.
Obrigada, Luma, vou mandar sim. Eu só ouço falar maravilhas de Aracaju. Aliás, só ouço maravilhas de todo o Nordeste (tirando, talvez, Salvador e Recife). Eu quero muito morar aí. Mas não sabia desse status todo de Aracaju. Que ótimo! Eu não acompanho a política aí de Sergipe. O Déda é conhecido, e ao que parece muito popular. Mas esse Nogueira... Nunca ouvi falar. O João Alves não esteve metido em algum escândalo no Congresso? Ou estou confundindo? Acho legal que ele queira ficar ao lado da mulher. Mas, pelo que li, se ele não se candidatar, vai lançar o genro? Fica sempre tudo em família assim?
ResponderExcluirJamine, ah, mas eu acho que a graduação não importa tanto, mesmo em Física. Claro, tem que vir de áreas afins, mas o doutorado em Física deveria capacitar os candidatos a dar aula de Física. Eu acho. Mas enfim, não adianta nem reclamar. Agora é fazer a faculdade mesmo...
Então, Lola, já te mandei algumas considerações por email. Acho que realmente esse proselitismo curricular é algo feito para prejudicar o campo das ciências humanas, tornando-o cada vez mais funcionalista. E é um contra senso político, já que vivemos na era da multi e transdisciplinaridade. Acho que há mais por trás disto do que podemos supor, ainda.
ResponderExcluirSó queria dizer, além do que disse por email, que também estou considerando a hipótese de fazer um doutorado em área afim e uma graduação, ao mesmo tempo. Só não me decidi ainda se em Letras ou filosofia. Isto tem a ver com o meu desapontamento com o currículo de comunicação social, cada vez mais tecnicista.E que Serra não ganhe jamais, seria o fim de todo um projeto político de expansão universitária. Não duvido mesmo que eles fossem capazes de fechar os campus que abriram. Desde que FHC privatizou nossas estatais estou ciente que devo esperar o pior, SEMPRE, de tucanos e democratas. Beijo, querida. E sorte para a gente!!!
Lola, gostei de ver que vc não vai simplesmente cruzar os braços e dizer "agora danou-se", e sim vai encarar essa tal graduação a distância, já que "é o jeito".. isso aí, te dou a maior força no que puder... ah, adorei as imagens do post!! Bjs.
ResponderExcluirLola, se o lance é EAD dá uma olhada na Unisul virtual, se é que ainda nao fizeste isso...
ResponderExcluiro artigo tu acha no link:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/5876/1/Excelencia-academica-para-que/Paacutegina1.html
vou ver se acho por aqui e te mando... mas meu micro é um balaio de gatos... apesar dos meus gatinhos serem tão comportados!!!!
Lendo sua saga pensei cá comigo que a mesma mentalidade acadêmica que não reconhece sua graduação em pedagogia mesmo você tendo pós em letras pode ser que alegue que essa pós em letras não serve porque vc fez a graduação em letras DEPOIS da pós. Aí não seria pós-graduação mas sim pré-graduação... Vai ter sim, um burocrata de plantão que vai fazer esse raciocínio. ;-)))
ResponderExcluirDai, força pra gente nos concursos que vamos tentar! E nas graduações que iremos fazer... Eu manifestei minha preocupação sobre uma possível vitória do Serra com o meu orientador. Ele disse que eles não seriam capazes de fechar universidades. Que o Lula tá abrindo um monte de federais, parece que já foram 28. Vamos ver. Tomara que haja emprego pra gente.
ResponderExcluirAline, eu cruzei os braços durante 4 anos. Infelizmente, é o jeito. Graduação a distância, vamos nós! Obrigada, sei que posso contar contigo.
Samantha, eu já tinha dado uma olhada, obrigada. Também não entendo essa expressão, balaio de gatos. Os meus gatinhos tb são exemplares!
ResponderExcluirClotilde, não, isso não. Um edital não pode determinar a ordem dos títulos. Eu não sou a única fazendo graduação porque o concurso tá pedindo. Vai ficar bem claro no meu currículo que estou sendo obrigada a encarar uma graduação!
Querida, seria ridículo eu dando aulas de inglês para você numa sala de aula de graduação...Imagina a cena? Beijos, espero que vc possa resolver essa questão eliminando matérias, sei lá, que haja uma maneira de se resolver isso. Que idiotice! Beijos!
ResponderExcluirEu nao acho que é modismo nao, Lola. Acho que é tendência. E demorou DEMAIS pra que isso chegasse por aqui. Porque, veja bem, com o quadro exíguo de professores das universidades federais, um doutorado em Literatura Americana Contemporânea, será obirgado a dar muitas aulas de outras disciplinas que integram o curso de Letras. E você sabe que uma pós strictu sensu (mestrado e doutorado) significa dizer que você é cada vez mais SUPER ESPECIALIZADO em pequenas porçoes de grandes coisas.
ResponderExcluirSó que, pelas razoes que eu citei acima, você nao vai dar aula APENAS daquilo no que você é super especializada. Vai acabar dando aula de fonética, sintaxe, linguística histórica, semântica. E pra isso você PRECISA ser formado em Letras, pedagogia nao resolve.
Eu acho que é uma coisa boa, essa exigência.
Não é apenas na área de Letras, na minha área, comunicação está acontecendo a mesma coisa. Tenho graduação, mestrado e doutorado na área (mas com doc sanduíche em sociologia nos EUA) justamente pq meu orientador de mestrado me avisou dessa "tendência" pois eu tava prestes a fazer o dout. em letras e ele me deu o toque.
ResponderExcluirPra mim há prós e contras e tudo depende. Por ex. pra dar aula de algo muito específico da práxis profissional, o cara tem que ter a graduação na área, tem que ter trabalhado no campo, agora pra dar aula de teoria da comunicação pode ser sociólogo, pode ser da letras, etc. Agora limitar os concursos é ridículo.Esse problema se dá em função da coordenação pois o MEC exige q o coord. do curso de graduação tenha graduação na área.
Pras minhas orientandas de mestrado que não são da área (no momento tenho até orientanda que é arquiteta e outro q é historiador) eu já estou orientando a fazer uma graduação em comunicação, pq senão elas não vão conseguir fazer os concursos na área de comunicação, pois a maioria deles está com essa exigência.
bjo
Ah, Bauzinha, vc está habilitada a me dar aula no que quiser! Mas não sei se todos os professores têm a sua vivência e sabedoria. Fico muito feliz em ver que vc está tão feliz. Ah, o nosso trabalho lá na Abrapui foi aceito. Recebeu a carta de aceite?
ResponderExcluirAdriana, obrigada por me informar que isso está ocorrendo em outras áreas tb. Cada vez mais, não compensa tentar variar nossos campos de aprendizado. Por mim, eu faria tranquilamente graduação numa área, mestrado em outra, e doutorado numa terceira (até cogitei fazer doc em Jornalismo/Cinema, mas a UFSC não oferece isso, não ainda). Porque eu tenho várias áreas de interesse, ué. Tem gente que faz o mesmo TCC, amplia e faz a tese de mestrado com o mesmo tema, abrange mais um pouco e faz a tese de doc com o mesmo tema. Eu não consigo me imaginar estudando 4 + 2 + 4 = 10 anos a mesma coisa! Mas se o mercado cismou que variedade é algo negativo, só nos resta avisar os novos alunos que não dá pra se desviar da área.
Daniela, entendo o que vc quer dizer e o argumento de quem exige graduação na área. No doutorado, principalmente, o que aprendemos é muito específico. Mas ainda acho que exigir graduação na área tem apenas um nome: reserva de mercado. Antes do mest/doc eu fiz especialização em inglês, e lá tive matérias nada específicas. Sem falar que não quero dar aula de Fonética, obrigada. Eu realmente só quero tentar os concursos pra Literatura, não pra Linguística. Mas, de todo modo, mesmo que eu tivesse graduação em Letras, eu teria que gastar horas preparando uma aula, certo? Não é a graduação que vai me tornar apta a dar aula numa faculdade, é o doutorado (e, mais ainda, o preparo das aulas). E eu só queria poder prestar os concursos. Teria que passar exatamente pelo que os candidatos com grad. em Letras passam nos concursos. Acho injusto que tirem a minha chance de concorrer só porque meu diploma de 7 anos atrás seja em outra área.
ResponderExcluirLola, eu entendo que vc nao queira dar aula de fonética...rs. Eu também nao. Nem de literatura española, mas eu dava quando fui substituta na federal da bahia. Claro que as regrinhas sao um pouco diferentes para substitutos. Mas a área de espanhol para TODA a universidade federal da bahia dispunha de apenas quatro profissionais de carreira e alguns substitutos (nao lembro qtos agora, talvez 3). Uma dessas profissionais estava AFASTADA fazendo um doutorado na Espanha, e a outra era recém aprovada no concurso. Ou seja, sobravam 3 de carreira e uma era recém chegada.
ResponderExcluirEntao, nao era uma escolha. Ou vc dava aulas do que surgisse, ou os alunos ficavam sem aulas.
E fora as USPs, URJs e UFMGs da vida, a realidade é essa em muitas federais no país.
Continuo achando a iniciativa boa. Acho realmente que quem foi afunilando seu funil pra saber tudo de Literatura Espanhola de pós guerra e pouco sobre literatura espanhola do século de ouro, nao tem preparo suficiente pra dar aulas em tudo o que MUITO PROVAVELMENTE será obrigado a dar, se nao tiver graduaçao na área.
My opinion.
Daniela, eu sei que no começo da carreira a gente não tem escolha no que vai lecionar. Professora substituta, então, nem se fala. Semana passada falei com meu orientador que só pretendia prestar concurso pra vagas de Literatura em Língua Inglesa (nada de Linguística). E ele disse que considerava isso um erro, porque o importante era entrar numa universidade federal, e que no primeiro ano o professor tem que pegar de tudo mesmo, até Fonética. Mas que, depois de um tempo, dá pra levar pra nossa área - e que, inclusive, isso é o que costuma acontecer, porque há muito mais vagas de Linguística que de Literatura, e o pessoal de Ling. tem mais força política. Puxa, eu não consigo me imaginar dando aula de Fonética. Nem agora e nem depois de cursar uma graduação em Letras. Eu sou formada em Pedagogia, certo? Também não consigo me imaginar dando aula de Pedagogia numa universidade. Mas consigo me imaginar dando aula de Cinema, por exemplo (e olha que Letras não vai me habilitar a dar aulas de cinema). Então pra tudo que eu quiser lecionar eu vou precisar fazer graduação e doutorado na área? Desculpe, não faz sentido.
ResponderExcluirOi Lola! Não sei se você vai ler esse comentário... mas só queria te contar que semana passada comecei minha segunda graduação... sou caloura de novo... pelos mesmos motivos que os seus...
ResponderExcluirVamos ver se eu aguento o tranco... agora tá bem difícil conciliar faculdade com trabalho... e adivinha que legal que é depois de fazer mestrado em literatura fazer "introdução aos estudos da narrativa"?
Mas vou indo... vamos ver se aguento...
Um abraço,
Rê
ps: não esqueci do guest post não... mas meu note deu pau e eu to chegando em casa muito tarde pra pensar em qualquer coisa que não seja um prato quente e cama...
Lola,
ResponderExcluirpor favor me ajude.
Sou formado em LETRAS pela USP (apenas bacharelado). Estou iniciando o Mestrado em Letras e depois farei o doutorado em Letras. Mas, veja, não fiz Licenciatura na Graduação Letras (apenas bacharelado)! Ao terminar o doutorado mais adiante, poderei dar aulas na Graduação? Meu e-mail: ezielpercino@hotmail.com
ah, os protocolos...
ResponderExcluirOlá, lola estou muito triste porque, faço letras português estou no segundo período. Fiquei 10 anos sem estudar o ano passado terminei o segundo grau, e prestei vestibular para letras passei, mas no primeiro semestre tive um grande problema minha sogra faleceu e era ela quem olhava meus filhos para estudar por isso fiquei com a media global baixa e hoje falando com um professor ele disse que meu curriculo academico está manchado e será dificil sonhar em um dia com até mesmo o mestrado . Eu não voltei a estudar depois de tanto tempo para ja sentir derrotada no primeiro ano do curso. Você tem algum conselho para mim estou muito chateada. Você me deixa feliz em ver que tem determinação.
ResponderExcluirBom dia Lola, estou realmente precisando de ajuda. Estou completamente perdida. Fiz graduação em Letras e nao sei que pos-graduação fazer. Não tenho a menor ideia e nem tenho a quem me ajudar a esclarecer minhas dúvidas. Por favor me ajude!!! Se puder me mandar uma lista das pos que posso fazer para eu dar uma pesquisada sobre elas. Muito obrigada, Ninha
ResponderExcluirEI Lola, desculpe comentar um post tão antigo, mas nas minhas buscas pela internet acabei caindo aqui, pois estou com um problema bem parecido. Sei q no seu caso (pelo que li mais adiante) tudo acabou bem, e vc conseguiu um concurso que não exigia a graduação na área. Mas no meu caso tá bem difìcil achar um concurso q me interesse e que aceitem meu currículo: sou licenciado em ed. fìsica, mas sou técnico em teatro pela UFMG (3 anos de curso..rs) e mestre em Lazer (um curso que se localiza na àrea interdisciplinar da capes) tendo a performance como objeto de estudo. Sou professor de teatro em escolas a mais de 4 anos e é nessa área que quero continuar trabalhando, mas no nível universitário. Enfim, minha dúvida é: é possível fazer um doutorado e uma graduação, ambos em universidades públicas, ao mesmo tempo? Digo possível pensando em restrições legais... Sei q organizar tempo e horário pra fazer os dois vai ser bem difícil, mas isso a gente dá um jeito... Estou até buscando faculdades a distância, mas acho q pra mim a melhor opção seria um curso presencial mesmo.. por exemplo fazer uma graduação em teatro na UNESP ao mesmo tempo em que faço um doutorado na USP.. Bem essa é minha dùvida, se puder me ajudar ficarei muito grato. Um abraço, Gregório
ResponderExcluirGregório, não sei como estão as regras pra isso ultimamente. Mas, cerca de 4 ou 5 anos atrás, uma colega minha fez graduação e doutorado na mesma área (Letras Inglês), na mesma universidade (UFSC), ao mesmo tempo. Mas acho que ela teve que passar no vestibular e tudo mais. Boa sorte, espero que vc consiga!
ResponderExcluirOlá. Gostaria de saber se valeu a pena fazer Letras depois. É que estou na mesma situação, agora em 2018. Abraço.
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