quarta-feira, 8 de outubro de 2008

OS MORROS ESTÃO VIVOS

Esta crônica é antiga, tem uns seis anos (antes de eu sequer começar o mestrado em Florianópolis), e na realidade é uma compilação de três textos que foram publicados no jornal. A história fez um certo sucesso porque é engraçada, como você vai ver (espero. E nada de ficar com pena do maridão!). Outro dia comentei com o maridão que não iria passar no teste de seleção pro mestrado. Ele respondeu: "Se você não passar, tudo bem. Vou continuar te amando do mesmo jeito". Piiii! Resposta errada! Não era isso que eu queria ouvir. Hoje sei que ele tinha boas intenções e, se eu pudesse voltar atrás, retiraria o tabefe que lhe dei na ocasião. Mesmo sem saber se iria passar, ou melhor, sabendo que não iria passar, descobri que teria que deixar o meu lar doce lar em Joinville e partir pra Floripa pra conhecer minha possível futura orientadora. Como sou medrosa pra dirigir na estrada, convoquei o maridão pra ser meu co-piloto.
Não sei se essa foi uma escolha acertada. O senso de direção dele é melhor do que o meu, o que não significa grand
e coisa. O senso de direção de uma barata tonta é melhor que o meu. Mas digamos que o maridão nunca errou a rua aqui de casa, enquanto eu... Não quero falar nisso. O que me espanta é que as pessoas sempre pedem direções pra mim. Devo ter a maior cara de inteligente. Voltando ao assunto, outro dia eu e o maridão queríamos ir pra Curitiba. Ele estava dirigindo. Ainda bem que paramos num posto de gasolina pra pedir informações, onde descobrimos que estávamos indo na direção oposta. Se seguíssemos pelo mesmo caminho, iríamos chegar logo em Porto Alegre, os frentistas nos contaram. Senti uma pontada de sarcasmo no comentário deles. Sorte que não tínhamos ido muito longe. O maridão, você entende, também é mundialmente conhecido como a lesma morta da estrada. Se a placa diz 80 km por hora, ele obedece e vai a 40.

Voltando mais ainda ao assunto, antes de irmos a Floripa, perguntei ao meu amor se ele estava capacitado pra ser meu co-piloto. Ou seja, se havia se informado ao menos sobre que rumo tomar. Ele disse que não havia problema: era só seguir os pássaros. Segundo aquele intelecto privilegiado, os pássaros migram pro Sul. Não tinha erro.

Teve, claro.

Antes de seguir o passa
rinho, pesquisei e vi que as aves só rumam pro sul à tarde, e nossa viagem era de manhã. Além do mais, comuniquei ao maridão que não podíamos ir atrás de qualquer passarinho. Uma das aves nos dirigiu a uma estrada paralela à BR, que voltava pra Joinville. Depois de entrarmos e sairmos de Ville, Ville duas vezes, decidimos que o passarinho estava nos levando no bico. Acertamos o caminho e lá estávamos eu, uma exímia motorista, e o maridão, um co-piloto limitado, em direção à capital de SC. Mas eu tinha dúvidas se valia mesmo a pena ir até a universidade conhecer a orientadora, já que não iria passar no mestrado. Como sou uma romântica incorrigível, falei pra minha cara-metade:

– Amor, e se a gente não fosse pra Floripa? E se a gente parasse num desses motéis da estrada?
– E ficasse lá fazendo hora até você decidir ir pra Floripa?

– Não, amor, fazendo hora não. Fazendo outra coisa...
– A gente podia ficar vendo TV pra matar o tempo.

– Amor! Se a gente parar num motel, não é pra ver TV. É pra fazer sexo.
– Sexo?

Não sou capaz de reproduzir o tom de estranhamento com que o maridão disse "sexo?", como se a palavra fosse uma total abstração pra ele. O clima no carro ficou tenso quando ameacei jogá-lo pra fora do veículo em movimento. Ele travou as portas, só pra garantir. Conversa vai, conversa vem, conseguimos trazer a harmonia conjugal de volta ao carro. E, com ela, as velhas divagações intelectuais de altíssimo nível. Somos um par pautado pelo papo cabeça. Por exemplo, ao passarmos por Gaspar, o maridão quis saber:
– Quem nasce em Gaspar é Gasparzinho?
(Certa vez, umas colegas indagaram sobre o tipo de diálogo travado entre um casal tão sofisticado como eu e o maridão. "Aposto que vocês só falam de filosofia", afirmaram as ingê
nuas. De fato, nossas conversas elevam a sabedoria humana).

– Continuando a Sessão Infâmia, quem nasce em Penha é Penhasco?

Finalmente, graças às instruções precisas de uma amiga, conseguimos chegar a Floripa. Digo mais: conseguimos chegar até à universidade. Nunca tinha estado na UFSC, e o lugar é enorme. Pra descobrir onde era o prédio que eu queria ir foi um sufoco. Mas logo relaxei ao notar que o local estava repleto de carinhas bonitinhos.
Minhas queridas cinco leitoras, ávidas por cultura, abro aqui um parêntese pra recomendar a UFSC. Ainda não tive nenhuma aula lá, e obviamente não terei, já que não passarei no mestrado, mas é só olhar ao redor pra verificar que aquela sim é uma universidade especial, onde se respira conhecimento. Minha constatação não foi em nada influenciada pela grande quantidade de homens maravilhosos que vi por lá, até porque sou uma mulher séria, fiel, de respeito, e que estava com o maridão bem do lado (droga! droga! droga!).
Bom, o fato é que eu e minha paixão estávamos perdidos no meio do campus, dirigindo em círculos. Tínhamos que pedir informações urgentes. Calhou de eu avistar um rapaz divino, desses que exalam inteligência. Quase o atropelei, mas fui capaz de parar o carro a tempo (as marcas de freada no chão não me deixam mentir) de lhe perguntar a direção do prédio tal. Ele respondeu: "Perdón, eu no parlo Portuguese". Eu ia lhe dizer que podíamos nos comunicar através da linguagem internacional do amor, mas reparei que o maridão tava me olhando feio.
Continuamos a rodar e então vi três garotos, um mais fofo que o outro, e eu já tava parando e gritando pro maridão "Oferece carona! Oferece carona!", quando me lembrei que eles tinham idade pra serem meus bisnetos, sem contar que sou uma mulher séria etc (ver penúltimo parágrafo). E claro que o maridão tava no carro. Pensei em pedir pra ele sair e comprar cigarro, mas imaginei que ele só iria até a esquina antes de se recordar que eu não fumo.

Decidi então me informar com um rapaz deslumbrante (e, certamente, dono de um grande Q.I.). Ele perguntou: "Para onde vocês querem ir?", e eu quase respondi: "Vou pra onde você estiver indo, meu Apolo!". Entramos na contramão e logo vi que o melhor a fazer era estacionar o carro e ir a pé para, assim, ter mais contato físico com os acadêmicos. Não, claro que isso não me passou pela cabeça. Estava mais preocupada em encontrar uma vaga e estacionar sem bater nos outros veículos. O sarcástico maridão falou que a vaga encontrada provavelmente era a do reitor.
Mas estacionei lá mesmo e saímos de mãos dadas, eu e o maridão, eu tentando ignorar os olhares convidativos que todos os meninos magníficos me dirigiam, e o maridão tentando desviar das árvores. O campus é lindo, e não só pelos homens – tem também a beleza natural, o verde. Fiquei tão inebriada com aquele clima de passeio no parque que pedi
ao maridão pra fazermos "the hills are alive". Calma, eu explico. Você viu Noviça Rebelde? Tem uma cena em que a Julie Andrews abre os braços e gira cantando "os morros estão vivos com o som da música", mas em inglês, que a Julie não fala português. Abri os braços o quanto pude e rodei (o maridão se recusou a fazer isso em público), mas, infelizmente, não consegui agarrar nem um dos garotos que passavam. Em compensação, dei com o nariz numa árvore.
E algumas semanas depois, devido à minha inteligência superior e ao meu estilo sóbrio, consegui passar no mestrado.

Quer mais crônicas lolísticas antigas? Tem mosquitos, jornal, gafes, sobrenatural, prova de seleção do mestrado, prova de fonética, linchamento na faculdade, diálogos musicais com o maridão, beijos, e o meu já lendário bolo de cenoura.

30 comentários:

  1. Por várias vezes, ônibus fretados, aqui em Pernambuco, para levar estudantes a outros estados descobriram (tasrde demais) que estavam na rota errada. Uma vez, indo pra um congresso da UNE, em Brasilia, uma amiga minha acordou em BH, eu, certa vez, fia, também, pra BSB, e se não tivéssemos parado num posto pra reabastecer as energias (comer e embriagar) teríamos chegado, em poucas horas, em Espírito Santo...
    Sobre os termos gentílicos, aqui em Paranambul (nome original deste estado, que significa "Mar que se arrebenta"), tem uma cidade chamada Cupira (nome de uma abelha nativa), dizemos, em tom de galhofa, que quem nasce em Cupira é "cupirado" :D

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  2. E ai? Depois q entrou no mestrado conseguiu manter contato com um dos rapazes de QI elevado?

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  3. Muito legal! Eu também tenho sérios problemas de localização geográfica, senso de direção, etc.
    Agora, o companheiro maridão, tadim, tá sempre levando fumo!

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  4. Hahahahaha, adorei, mas agora você já deve saber: sair de Floripa em direção a Curitiba é muito difícil, tem que ficar atento às plaquinhas, e elas são poucas. Eu também fui parar nesse posto no caminho pra Porto Alegre. Os frentistas foram tão cínicos quanto os seus, talvez sejam os mesmos. Talvez até façam bolão de quantas pessoas se perdem diariamente nesse caminho. Adorei a crônica, muito muito divertida. Minhas conversas filosóficas com o marido têm nível tão alto quanto as suas. Bjk.

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  5. AHAHAHAHA "É só seguir os pássaros pra chegar ao sul" - sim, e pra conseguir mel basta seguir uma abelha! Ou talvez o ursinho puff...

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  6. hahahahahaha, toca aqui com relação ao senso de direção. eu até hoje não consigo desenhar um mapa que cubra uma localização de 500 metros. sem contar que entro numa loja e, quando saio, não lembro mais para qual lado eu estava indo.

    mas comunico a todos que, quem quiser cerveja, basta me seguir. e trazer dinheiro, porque eu nunca tenho.

    e lola, acho que vou passear na UFSC quando estiver no Brasil.

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  7. Tb nào tenho senso nehum de direção . Cada vez que viajava e o onibus parava no posto, tinha certeza que depois ele tava indo na direção errada. Agora me diz como uma pessoa que não consegue se localizar nem qdo sai de dentro de uma loja do shopping (tb faço isso viu Lolla Moon) vai para num país onde o povo da direção assim: vc segeue em direção norte e dobra na rua tal sentido oestae etc... E eu lá sei pra onde é norte sul, leste e oeste meu Deus...acho que nem com uma bussola na mão!!!

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  8. hahahahah conheço um casal que ia do sul pra Joiville e quando se deu conta estava quase em Curitiba eheheh não espalha, por favor.
    Lola este texto está o máximo.
    Amei!Abraço da Fatima.

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  9. Em Florianópolis, meu marido me pediu licença e avisou logo que era impossível não virar o pescoço pra olhar tanta mulher bonita.
    É uma cidade problemática, essa.

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  10. Lolla, estive em Floripa uma vez apenas, num Reveillon, e acho que os hômi bonitos/locais deveriam estar em outro canto, pois não consegui enxergar deuses, não. Só surfistas (e dá-lhe de surfistas) e mais surfistas se salvavam, mas, como não gosto de surfe... ;)

    Enfim, esta estória de seguir pássaro para o sul, só funciona no hemisfério norte, querida! Lembra que quando é iverno por lá, aqui está em pleno verão...

    Beijocas ainda rindo da crônica,
    Chris

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  11. Lola, estou aqui, finalmente, de férias mas não resisto a ler você, não é mesmo? Ainda mais uma dessas deliciosas e divertidas crônicas! Faço coro das pessoas que ficam maravilhadas com tantas pessoas que "exalam inteligência"!
    Beijos, Alê

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  12. Figuraça, ahahaha, adorei, morri de rir!
    E Floripa é covardia, ô lugar pra ter gente linda, né, adoro a cidade!
    beijos!!!

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  13. Gio, ônibus fretados errarem o caminho é demais! Motoristas tudo bem, mas profissionais têm que saber o caminho! Não sabia disso de Paranambul. Pernambuco é mais bonito! Essa cidade, Cupira, eu não acertaria o nome nem uma vez. Diria sempre Curupira.


    Quiéisso, Vitor? Eu sou uma mulher séria! Não, falando sério, depois de entrar no mestrado nem vi mais os rapazes bonitos... Além do mais, tenho idade pra ser bisa deles.

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  14. Mario Sergio, vc tem problemas de localização?! Deve ser por beber demais! Mas pô, vc é homem, e homens se localizam melhor que nós, mulheres. A gente é apegada a detalhes. Eu lembro direitinho que é pra entrar na loja tal, mas não me pergunte onde fica tal loja.


    Tina, pô, será que os frentistas são os mesmos?! Que bom, fico feliz. Pensei que isso só acontecesse comigo (e com o maridão). Agora, por favor, não compare o nível das suas conversas intelectuais com o seu maridão com o nível das minhas. Como vc viu pelo Penhasco e Gasparzinho, meu nível é inigualável.

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  15. Coincidência vc falar de mel, Lauren. Ontem mesmo o maridão disse que vai comprar geléia real. Custa uma fortuna, e eu pensava que era feito de mel. Não sei do que é feito...


    Lolla, no sábado eu tava com umas amigas na famosa Galeria Pacifico, na Calle Florida, em Buenos Aires, e foi uma tristeza sair de lá. A gente se perdeu quatro vezes antes de conseguir sair pelo mesmo lado que entramos. É tão desolador! E isso que estávamos em cinco! Sobre passear na UFSC, eu devo estar bem velhinha, porque nunca mais reparei nos rapazes de lá. Em compensação, eu falo direto com os cachorros (muito cão abandonado lá).

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  16. Ana, em que país que vc tá mesmo? Como que o pessoal usa leste e oeste pra dar direção de rua, pelamordedeus?! Que horror! Eu NUNCA sei quando é sul, norte, leste, oeste. Prefiro as direções que as pessoas dão aqui no Sul: “Segue TODA VIDA por essa rua e...”. Esse “TODA VIDA” é tão esperançoso!


    Foi vc, Fá? Vc passou reto por Joinville? Como que pode? As plaquinhas de “Bem vindo a Joinville” começam uns 100 quilômetros antes de chegar à cidade! E depois tem umas três entradas seguidas. Eu já peguei a entrada errada (várias vezes), mas nunca passei reto e fui parar em Curitiba. Mas também, com um co-piloto brilhante como o meu...

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  17. Camomila, pelo menos o seu marido pede licença pra olhar pras moças. O meu olha e ainda fica bravo se eu lhe dou uns tabefes. Mas sabe, eu nunca reparei se as mulheres de Floripa são bonitas. As de Joinville sim. Desde que cheguei aqui fiquei impressionada: as mulheres são lindas. Já os homens... Por que essa diferença, né?


    Chris, pois é, acho que exagerei, ou se não dei a maior sorte naquele dia que descrevi na crônica. Não sei se a gente se acostuma ou o quê. Hoje em dia nem acho o verde do campus tão espetacular assim...

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  18. Alê, que bom que vc, mesmo de férias, taí me lendo. Quer dizer, não faz mais que a obrigação!


    Cris, legal vc ter rido. O maridão releu e só esboçou uns sorrisos. Eu gosto de Floripa, só não gosto dos morros, que são muitos. Prefiro cidade plana mil vezes!

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  19. Lola, também dizem "segue toda vida aí no sul?" Eu nasci na Bahia e lá não tem essa expressão. Só a conheci quando mudei para Góias. Achei que fosse um expressão típica goiana.

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  20. Hehehe adorei.
    Achei o máximo o "The sound of music" com a Fräulein Maria. Essa escaladora social está nas atuais paradas de sucesso aqui de casa. Eu e meu marido não aguentamos mais... "mamãe, quero assistir de novo."
    Bj

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  21. Lola, falando em 'The Sound of Music', se o musical tupiniquim for para o Sul, faça o sacrifício e vá conferir, vale super a pena!

    Beijos

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  22. O mais engraçado daqui e que quase sempre a expressão é repedida e as pessoas falam assim, segue tal, toda-vida-toda-vida. Eu adoro quando ouço isso, deve ser porque é esperançoso mesmo.

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  23. Gente, eu já fiz curitiba-floripa-curitiba de carro, e a gente não errou o caminho. pelo contrário, foi bem tranqüilo. mas a gente tinha mapa e eu, segundo os amigos, sou um gps ambulante. Pra eu me perder, o caminho tem de ser muito confuso...

    Ah, os homens do sul... toda vez que viajo, volto lamentando que bh não tem nem praia nem homens tão lindos pra gente ficar admirando.

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  24. Cynthia, BH "não tem mar mas tem bar", e, embora os homens de BH pareçam-se, usualmente, com padres, as Mineiras...

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  25. Lila, aqui no Sul tem "toda a vida" direto! Só não sei se é em todo o Sul, ou apenas em algumas partes. Antes de vir pra cá, quando morava em SP, nunca tinha ouvido essa expressão. Adorei. Dá a impressão que as pessoas sempre falam isso com um sorriso no rosto, ou de repente elas abrem um sorriso depois que me vêem sorrir quando elas usam a expressão.


    Ah, seus quatro filhinhos gostam de The Sound of Music, Andréia? Do Do-Re-Mi e tal? Será que eles são muito novinhos pra A Pequena Loja dos Horrores? Adoro esse musical!

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  26. Chris, qual versão tupiniquim? Teve uma vez em que a RBS passou uma montagem feita em Floripa (eu acho), falada em inglês mesmo. Tava muito bem-feito. Ah, eu gosto de Noviça Rebelde, apesar dos pesares. E do filme ser muito, muito conservador. As músicas são muito legais.


    Simone, eu também adoro o toda a vida. Veja o que respondi aí em cima pra Lila.

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  27. Cynthia, vc é um gps ambulante! Eu tenho que sair contigo! Eu me perco em tudo que é lugar. Mas não devo ter cara de perdida, já que todo mundo me pede direções na rua. Eu posso estar em Detroit, Buenos Aires, Moscou, ou em qualquer cidade brasileira, que as pessoas sempre me perguntam onde fica tal coisa. O chato é que em 99% das vezes eu não sei responder.
    Olha, sobre os mineiros, de fato. Ou eles não devem ser bonitos ou eu sou tão fiel ao maridão que das últimas vezes que estive aí em BH não reparei em nenhum.


    Gio, assim vc ofende o Mario Sergio! Mas vc já viu a mulher dele? Ela é linda!

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  28. Lolinha, sou católico, dizer que os mineiros têm cara de padre, de minha parte, não se trata de ofensa... ;)
    Quanto às mineiras, tô pra ver mineira feia... Simplesmente não ecxiste, como diria Quevedo

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  29. Esqueci de dizer uma coisa, Minas faz boa cachaça pq parte dela Já foi Pernambuco, na época da Comarca de São Francisco...
    http://www.pe-az.com.br/historia/comarca_sao_francisco.htm

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  30. excelente dica de instituição educacional!
    :oD

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