Hillary Clinton surpreendentemente conseguiu ganhar de Barack Obama na primária do Texas, por uma margem minúscula, e em Ohio, o que já era esperado. Assim, ela segue na disputa pro candidato democrata à presidência. Essa vitória é importantíssima pra ela, mas Obama continua na frente no número de delegados. E, se a gente já acha essa história de delegados confusa, o que dizer dos superdelegados? Meus sais! É possível ser escolhido candidato até sem ter o maior número de votos populares. Obama havia vencido onze primárias consecutivas em um mês. Por isso, se Hillary não ganhasse ontem, seria a pá de cal na sua candidatura. O problema é que, apesar do sucesso, a vitória não foi por um número grande o suficiente pra reverter a vantagem de Obama no número de delegados. Agora o próximo desafio parece a léguas de distância: a primária fundamental passa a ser a da Pensilvânia, só no dia 22 de abril (há outras antes, que Obama deve ganhar, mas são em estados menores). Hillary ganhou de Obama nos maiores estados, como Califórnia, Nova York e Texas. Também venceu na Flórida, mas lá os votos não contaram. É que, tanto lá quanto no estado em que estou, Michigan, as primárias foram invalidadas. Esses dois estados tentaram mudar a data das primárias e por isso foram punidos, perdendo seus delegados. Hillary batalha pra contabilizar esses votos, o que seria igualmente injusto. Aqui em Michigan, por exemplo, na cédula de votação nem aparecia o nome do Obama. Na Flórida ela ganharia de qualquer jeito, por causa do voto dos latinos, o maior obstáculo do Obama. O que pesou na vitória de Hillary ontem foi o apoio das mulheres. As eleitoras brancas parecem ser o grupo mais oscilante. Ora votam na Hillary, ora no Obama.
A coisa não tá fácil pros democratas. Enquanto os republicanos já definiram seu candidato, John McCain, e vão começar a campanha presidencial hoje mesmo, com o apoio oficial do Bush, a decisão pros democratas pode se arrastar até agosto. Isso pra uma eleição que ocorre em novembro. O partido pode chegar dividido e com pouco tempo.
Por outro lado, muitos vêem uma vitória de McCain como um terceiro mandato pro Bush. Não é incrível que os republicanos estejam fortes na corrida mesmo com a baixíssima popularidade do “worst president ever” (pior presidente de todos os tempos)?
adendo ao fim do meu comentário no post anterior: ainda mais se o partido vier rachado.
ResponderExcluirÉ, a questão do partido rachado vai pesar. Mais complicado ainda vai ser a decisão tardia. Mas, seja lá quem for o candidato, e seja lá o que acontecer, o resultado final das eleições é quase sempre 51% a 49%. Ou seja, super disputado. Só resta saber quem vai ficar com os 51%, republicanos ou democratas. (Argh! Eu sempre digito errado e escrevo republicanso!).
ResponderExcluirSe vc pudesse ou fosse votar escolheria quem ? Barack ou Hilary? E por que?
ResponderExcluirDan, acho que eu escolheria a Hillary, por ela ter mais experiencia e ser mulher. Gosto do Obama, mas a vitoria de uma mulher seria muito mais representativa (ja que somos mais de 50% da populacao) que a de um negro (apenas 13% da populacao nos EUA). Ainda preciso escrever sobre isso... Mas presidente americano eh presidente americano, ta pra defender os interesses americanos, e so isso. Entao nem Hillary nem Obama seria uma Brastemp. Mas melhor que um republicano...
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