sexta-feira, 21 de março de 2008

FELIZ PÁSCOA ACHOCOLATADA

Pra mim Páscoa sempre foi sinônimo de poder comer chocolate sem sentir culpa, mas, ultimamente, com o preço dos ovos de páscoa, nem isso tenho conseguido. A verdade é que faz um tempão que não como ovo de chocolate. Não entra na minha cabeça pagar 17 reais por duzentas gramas de chocolate se uma barra custa 3 (é esse o preço? Lembre-se que estou há 7 meses fora do Brasil, nem lembro mais). Por minha família não ser religiosa, Páscoa pra mim sempre representou excesso de chocolate, e só isso. Até parece que a gente iria comer peixe na sexta-feira santa (odeio peixe)! Mas ficou uma sensação triste porque meu amado papi morreu em pleno domingo de Páscoa, quinze anos atrás, e o feriado nunca mais foi o mesmo sem ele. Imagino que ele gastava uma fortuna pra comprar pelo menos dois ovões (de meio quilo) pra cada um dos três filhos. Hoje em dia quem pode torrar, sei lá, 200 reais em ovos?

A Páscoa aqui nos States é esquisita. Minha irmã, que mora na Califórnia, já tinha falado isso, mas tive que ver pra crer. Sabe como aí no Brasil os supermercados ficam repletos de ovos pendurados? Aqui não existe isso. Eles não têm ovos gigantes de chocolate embrulhados em papel celofane, só ovinhos e coelhinhos – que em geral vêm em caixinhas. Daria até pra esquecer que é Páscoa. E quer mais uma prova de que americano é mais religioso que brasileiro? Até agora o único comestível que vi nos supermercados pra comemorar a Páscoa foi uma cruz de chocolate.

Pensando bem, os americanos tampouco têm o costume de barras grandes como as nossas, que não têm mais 200 gramas faz quase uma década. As barras deles raramente têm mais de cem, às vezes 150. Os Lindt aqui são relativamente baratos, coisa de 3 dólares (anteontem vi em promoção por 1,50, só que tinha apenas hiper amargo, e acho que, com o avanço da idade, meu gosto foi ficando mais pro chocolate ao leite). Mas o principal chocolate deles é aquela gosma, o Hershey's (tão conhecido entre nós). Taí mais um produto brasileiro que faria enorme sucesso por aqui - ovo de Páscoa. Viria se juntar à lista das outras coisas que deveriam existir por aqui: pão de queijo, coxinha, caipirinha (eu não gosto), brigadeiro...

6 comentários:

  1. Putz, com certeza a comida brasileira faria muito bem aos americanos :)
    Apesar dos chocolates aqui serem menores, tenho a impressao que sao muito mais doces -- nunca fui muito fa de Hershey. A pascoa aqui eh super depre mesmo...por isso que eu peco pra minha mae comprar um ovo pra mim mesmo sem eu estar no Brasil, e o ele fica me esperando uns 3 meses! :)
    Tenho muita saudade de comida brasileira, mas aos poucos vou achando coisas pra fazer aqui: ja achei fuba pra fazer angu, e na area internacional do supermercado tem leite moca original pra fazer brigadeiro! Pao de queijo e coxinha ainda nao fiz, mas me aguarde!

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  2. Ontem eu comprei (e ja comi) uma barrinha da Cadbury's. É inglesa, né? Gostei. Como, Andie, vc que é de Minas ainda não fez pão de queijo pro James?! Ai, coxinha eu nem sei fazer. Qualquer coisa que seja pra fritar é problemática pra mim e pro Silvinho. A gente não sabe o que fazer com o óleo depois!

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  3. hahahaha joga fora!
    A minha mae costumava colocar de volta numa lata separada, e usava pra fritar de novo outro dia.. bem saudavel neh..
    Ainda nao aprendi a fazer pao-de-queijo, mas o James ja comeu o original em Minas.. acho q nao gostou mto naum. Ele prefere coxinha (naturalmente) :)

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  4. Ah é, esqueci que o James é o maior fresco pra comer! Sobre o óleo, a gente também guardava pra usar depois (mais de uma vez, pra falar a verdade). É um desperdício jogar tanto óleo fora. Por isso paramos de fazer qualquer coisa frita... Uma lata de óleo com a gente dura meses...

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  5. Não tem brigadeiro e nem pão-de-queijo? Eu não duraria um mês aí. Pra coxinha eu nem ligo, mas uma festa de aniversário, por menos que seja, sem brigadeiro é tão triste. E doce de leite, tem?

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  6. Não lembro onde vi que há empresas que recolhem óleo usado pra fazer sabão. Acho que era sabão... Mas tenho quase certeza que a reportagem era em São Paulo.

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