sábado, 15 de março de 2008

CRÍTICA: CLUBE DA LEITURA JANE AUSTEN / Boa leitura

“O Clube de Leitura Jane Austen” tá indo direto pro DVD aí. Pensei que ele iria chegar aos cinemas, mas não. Bom, permita-me falar brevemente sobre ele. Apesar do final absurdamente feliz, com todos os personagens emparceirados com o amor de suas vidas (parece final de novela), o filme tem sua graça. Pra começar, todos os atores são bonitos (pensando bem, todas as mulheres também. Não existe gente feia nesse universo). Tem um pra cada estilo e idade, a não ser que você esteja à procura de um ator negro ou oriental. O filme tem um elenco 99% branco. O 1% fica por conta de uma negra (ahn, mulata?) e de uma asiática que a moça lésbica namora. Imagino que eles pensaram: já que vamos colocar uma minoria (a lésbica), porque não colocar mais duas? Mas devem flutuar na mesma estratosfera e não se misturar com os outros personagens. Enfim, não é a primeira nem será a última comédia que fará isso. Aqui é tudo tão segregado que existem várias produções com um all black cast. So que é estranho que, num filme sem vilões, logo aquela que faz a coisa mais errada e imperdoável seja justamente a negra. Mas voltando aos homens brancos do filme, eles são todos lindinhos. O mais mais é o adolescente que tenta seduzir sua professora (a Emily Blunt). Nas cenas com ele é que dá pra ver que o filme foi feito pra mulheres (e, milagrosamente, dirigido por uma mulher), porque não vai ser fácil parar de fantasiar com o rapaz depois que o filme acabar. A Emily, apesar desse acessório precioso (o rapaz dando em cima dela), ainda tem o personagem mais insuportável. Ela é chata e chorona. Falando na atriz, eu acho a Emily tão esquisita... Achei-a feinha em “O Diabo Veste Prada”, mas ela tá bonita nos dois segundos em que desce a escada em “Jogos do Poder” e nos talvez três minutos em que aparece em “Dan in Real Life” (uma comédia com o Steve Carell que parece que não vai chegar aí. Você não está perdendo muito, se bem que tem a Juliette Binoche). Mas em “Jane Austen” ela tá feia de novo. É boa atriz, logicamente, mas por que mudar tanto de visual a cada filme?
Como o filme discute toda a obra da Jane Austen, e vai fazer com que várias moçoilas passem a lê-la, tem todo o meu apoio. Quem sabe mais gente não funda clubes literários pra ler e falar dos livros? Ah, e acho que os fãs de ficção científica podem se interessar também. Eu não sabia que alguns autores desse tipo de literatura eram mulheres com pseudônimos masculinos. Enfim, os homens que conseguirem sobreviver a este chick flick (filme pra mulheres) vão pelo menos aprender a se comportar. A comédia tem boas lições sobre o que as mulheres gostam. É bom aprender, ou a gente troca vocês por adolescentes sedutores que só pensam naquilo.

7 comentários:

  1. Eu estava gostando muito do filme. Conflitos interessantes, framas bem reais até chegar o final à la Manoel Carlos que estragou tudo. O cúmulo do clichê.

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  2. E eu achei a Emily linda em todos esses filmes que você falou, inclusive nesse, roubando a peruca que a Natalie Portman usou em Closer.

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  3. Vc nao conta, Vitor. Deve ser o maior fã da Emily no planeta!

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  4. Nao foi vc que falou que a unica parte que gostou de Charlie Wilson's War foi a da Emily Blunt descendo a escada? Aqueles cinco segundos?

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  5. Ah é verdade. Eu achei a cena linda. Lembrou-se das musas do cinema das décadas de 50 ou 60, tipo Marilyn, Rita Hayworth, Raquel Welch, Jane Mansfield e afins. Também foi a única coisa que eu gostei naquele filme.

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  6. Também achei a moça bonita. Bonita demais, ela e as roupas dela.

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