tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post9131542627680260574..comments2024-03-18T16:35:03.424-03:00Comments on Escreva Lola Escreva: POR UM BRASIL SEM HIPOCRISIAlola aronovichhttp://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comBlogger341125tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-60451202019099055802012-11-21T09:01:43.241-03:002012-11-21T09:01:43.241-03:00Seu texto têm muita paixão pelo tema,mas,acho que ... Seu texto têm muita paixão pelo tema,mas,acho que deveria rever seus conceitos a partir da lei e não ficar discriminando.Sim,seu colóquio é preconceituoso e discriminatório ao ser humano na primeira fase de sua vida evolutiva.Afinal desejada ou não a vida é garantida por lei.Dê uma lida na Constituição brasileira no artigo 3º no parágrafo IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação e o 5ºTodos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,...<br />Eu fico chocada quando se diz feminista e ergue bandeira para defender as MULHERES...Têm certeza que AS DEFENDE MESMO?De muitas gravidezes indesejadas a maioria,se não sabes é do sexo feminino.<br />E quanto a tal "liberdade" citada pela ONU que as mulheres precisam ter...ela só mudará de mãos nacionais para um controle efetivo internacional.<br /><br />Me despeço, concordando somente com o título do seu texto.<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-79224411969279832012-10-16T13:35:37.057-03:002012-10-16T13:35:37.057-03:00E você ainda disse que usei a China como "des...E você ainda disse que usei a China como "desculpa" ignorando toda uma parte de meu texto.<br />E que ainda, como os chineses, teriamos que comer carne de cachorro para acabar com a fome.(Que me pareceu sutilmente racista este comentário onde os chineses seriam inferiores). <br /><br />Pois bem volto a postar: <br /><br />-------------------------------------------------------------------------------<br />-------------------------------------------------------------------------------<br />Bem, então você irá vir me dizer que nos outros países não é assim. <br />E para mim Roxy, seria até cômico ouvir de uma feminista que não existe esse problema patriarcal <br />em outros países, inclusive o Brasil. Pode não ser tão alto o índice como na índia ou china, mas existe e está cada vez pior.<br /><br /><br />Vejamos como está no Canadá:<br />The reaction comes after a hidden-camera investigation by CBC’s I-Unit <br />that showed a number of “entertainment” ultrasound businesses were willing <br />to reveal the sex of a fetus in the early stages of pregnancy when an abortion is more available.<br />http://www.cbc.ca/news/canada/story/2012/06/13/ultrasounds-entertainment-ban.html<br /><br /><br />Leia também este estudo sobre o assunto:<br />http://www.cmaj.ca/content/early/2012/04/16/cmaj.120165.full.pdf<br /><br /><br /><br />MONTREAL • An editorial in a major Canadian medical journal Monday <br />urges doctors to conceal the gender of a fetus from all pregnant women <br />until 30 weeks to prevent sex-selective abortion by Asian immigrants.<br />http://news.nationalpost.com/2012/01/16/canada-is-haven-for-parents-seeking-sex-selective-abortions-medical-journal/<br /><br /><br />Ou aqui outras informações:<br />http://www.lifenews.com/2012/04/20/canadian-women-use-sex-selection-abortions-at-alarming-rate/]<br /><br /><br />E aqui uma visão geral que seria interessante você ler o texto inteiro no link <br />Roxy, não apenas o que coloquei abaixo:<br />For what kind of feminist would it be who could contemplate the use of abortion <br />to eliminate ever-greater numbers of girls, and not cry out in horror?<br />http://www.boston.com/bostonglobe/editorial_opinion/oped/articles/2008/04/06/choosing_to_eliminate_unwanted_daughters/<br /><br /><br /><br />E finalmente Roxy, acesse este site abaixo e assista ao vídeo e leia também outras informações deste site. <br />Peço por favor para todos que estiverem lendo isso fazerem o mesmo. <br />http://protectourgirls.com/<br /><br />-------------------------------------------------------------------------------<br />-------------------------------------------------------------------------------<br /><br /><br />Aproveito e passo mais uma série de documentários:<br />Este em 4 partes:(Não perca nenhuma Roxy:)<br />http://www.youtube.com/watch?v=U2H3ZDnBtuw&feature=relmfu<br /><br /><br /><br />Volto depois para continuar a falar dos problemas da liberação do aborto, responder a Cora sobre misoginia, aborto depois de 24 semanas e um feminismo sem aborto.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/13247922125943407442noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-8364689462343354582012-10-16T13:33:10.124-03:002012-10-16T13:33:10.124-03:00Roxy diz:
e fábio pra você não ficar tristinho, nã...<br /><b>Roxy diz:<br />e fábio pra você não ficar tristinho, não esqueci de você não:<br />eu suspeitei desde o princípio que você não conseguiria mostrar como nos ESTADOS UNIDOS as mulheres abortam somente os fetos do sexo feminino. </b><br /><br />Olá Roxy.<br />Não eu não ficaria "tristinho" Roxy. Tristinhos deveriam ficar os nascituros, se soubessem, que são "escolhidos" para a morte sem ter nenhuma culpa para disso.<br />Bem, falei sobre o imenso problema da liberação do aborto em vários países, passando desde o aborto de deficientes físicos, negros e crianças com Síndrome de Down. <br />Mas você cita a China e a Índia, como se eles fossem inferiores e as meninas de lá valessem menos, como um exemplo a não ser utilizado.<br /><br />Talvez não saiba que no Canada recentemente existe um grande apelo público para rever suas leis de aborto.<br /><br /><b>Canada does not have a law prohibiting the obtaining or procuring of an abortion for the purpose of sex selection. Canada does prohibit sex selection in reproductive technology, subject to an exception relating to disorders and disease.</b><br />http://www.loc.gov/law/help/sex-selection/canada.php<br /><br /><br />Por lá o problema está tão sério que estão querendo proibir o teste para saber o sexo antes de determinado mês.<br />Sendo que no Canada não resolveria tanto, pois lá nada é proibido como você queria que fosse aqui no Brasil Roxy, A Cora já discorda disso, mas volto já a falar sobre isso.<br /><br />Talvez você também não saiba Roxy, mas Obama recentemente negou o pedido de banir a seleção de sexo via aborto no EUA.<br />Foi feita uma pesquisa disponível aqui: http://thehill.com/blogs/healthwatch/abortion/227929-poll-voters-would-approve-of-ban-on-sex-selective-abortions<br />onde quase 80% da população são a favor de uma nova lei em banir ou coagir ao máximo a seleção de sexo no aborto.<br /><br />Mas, Obama negou. Grande democracia não Roxy? Deve ter sido um direito de "escolha" de Obama permitir a morte de novas meninas.<br />Segue noticia: http://dailycaller.com/2012/05/31/obama-opposes-ban-on-sex-selective-abortions/<br /><br /><br />E você Roxy e Cora aprovam ou aceita o aborto por seleção de sexo?<br />Talvez você aprove Roxy. Ou Talvez você aceite. Mas acho difícil você negar não é? Deixa de ser uma escolha?<br /><br />Pois bem Roxy, saiba que entre os Pro-Choice, principalmente nos países que já existe o aborto liberado, uma grande parte dos integrantes aceita. Não aprova, mas aceita.<br />Não aprova, pois possivelmente sabe da crueldade do ato ou do grande erro cometido nisso tudo. Ou da reprovação popular sobre este assunto. Mas não quer tirar, de modo nenhum, o direito de escolha da mulher.<br /><br />Veja o que uma ativista Pro-Choice diz:<br />“I don’t think [sex-selective abortion] is okay, <b>but I also don’t think the state has a right intervening in this issue</b>,”<br />Liberal health critic Hedy Fry told the Globe and Mail. <br /><br />“<b>It is a medical decision between the physician and the patient(SIC)</b>. It should be left there as all abortions should be.”<br /><br />Bem, como eu disse, ela não acha legal a seleção de sexo, mas acredita que ainda é uma decisão da paciente e o Estado não deve interferir.<br />Uma nova lei no Canada que tentava modificar isso foi totalmente banida.<br /><br />A lógica é que se nós aceitamos que o casal ou principalmente a mulher tem o "direito de escolha" quem somos todos nós para julgar em qualquer caso?<br /><br />Por outro lado se reprimirmos com uma lei a seleção de sexo que você aceita Roxy, teremos que aceitar que o nascituro é um ser humano. Então o aborto é sempre um homicídio. <br />Seja em qual caso for.<br /><br />E esta é possivelmente a logica que Obama e o governo do Canada fugiram. Uma lei que dá margens para outras para o banimento do aborto.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/13247922125943407442noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-5006347521039037152012-10-15T20:54:23.033-03:002012-10-15T20:54:23.033-03:00Roxy, Mirella, e principalment, Cora. As respostas...Roxy, Mirella, e principalment, Cora. As respostas de vcs me ajudaram a entender muitas mais coisas em relação a esse tema. Mas os seus comentários, Cora, me fizeram refletir que eu não devo desistir também. Embora a minha paciência seja muito mais curta do que a sua, eu entendi por que vc continuou o debate. Eu quase ia desistir hoje, mas mudei de ideia por sua causa.Juliahttps://www.blogger.com/profile/15896710303060330632noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-52250527783877778972012-10-14T22:32:57.628-03:002012-10-14T22:32:57.628-03:00Bismarck,
última resposta pra vc.
Camarada? Esta...Bismarck,<br /><br />última resposta pra vc.<br /><br />Camarada? Esta que discorda em tudo de você? Cê tá brincando, né? Ou tá querendo queimar o meu filme com o pessoal aqui. <br /><br />Isso seria simplesmente impossível. Não existe a menor possibilidade de eu ser camarada de alguém que odeia mulheres.<br /><br />Não me furto ao diálogo. Como já disse inúmeras vezes, gosto de debater, gosto de argumentar, mas daí a ser camarada de um cara que despreze as mulheres como você o faz, vai uma distância imensa, que só pode ser medida em parsecs.<br /><br />*<br /><br />Quanto ao nosso assunto, devo dizer que gostei do amadurecimento da conversa. É possível discordar sem ofender e agredir. Se você conseguir abandonar as caricaturas irreais em debates com feministas ou debates sobre assuntos femininos (coisa que talvez teu preconceito não permita), já valeu todo o esforço. <br /><br />Eu concordo que existem muitas possibilidades de se prevenir uma gravidez. E gosto muito da ideia da combinação de pelo menos dois métodos (sendo um de barreira, sempre). Já falei sobre isso aqui outras vezes.<br /><br />O caminho é, sim, garantir que a possibilidade de uso de anticoncepcional seja a mais ampla possível. É sempre muito mais adequado prevenir do que remediar.<br /><br />Acho possível prevenir e diminuir a incidência de gestações indesejadas com informação e acesso aos métodos contraceptivos. E com melhores condições de vida (melhor distribuição de renda, menor desigualdade social, acesso à saúde e à educação). Nada melhor do que ampliar as perspectivas de futuro pras pessoas planejarem melhor a vida. E com o reconhecimento da sexualidade do adolescente e da adolescente. E com uma cultura de maior respeito à mulher (neste caso, o parceiro, não importa se casual ou não, participa igualmente da prevenção dessa não desejada gestação).<br /><br />Muitas meninas engravidam justamente por seus parceiros, muitas vezes homens adultos, se recusarem a usar preservativos. Muitas vezes a adolescente não pode ou não tem maturidade (inclusive física) para fazer uso de contraceptivos hormonais. Daí a importância da camisinha. Mas o homem, mais experiente, se recusa. Conheço casos tristes de meninas de 12, 13, 14 anos que se viram grávidas, apaixonadas e, tão logo a barriga começa a aparecer, abandonadas pelos parceiros. E, no mais das vezes, mal-tratadas pela família que diz pra ela: se soube fazer, se vire agora pra cuidar.<br /><br />Perceba que as situações reais são sempre mais complexas do que imaginamos, por isso essas suas caricaturas de mulher, sempre absolutamente reducionistas e irreais, não ajudam nada na compreensão do problema.<br /><br />Estamos falando de saúde pública.<br /><br />E é por todas as peculiaridades que defendo o direito à ivg. Essa possibilidade deve ser oferecida para a mulher, o casal, a família. Junto com tudo o mais que você mencionou. Uma ação não impede outra. Se, por qualquer motivo, uma mulher/casal se vê diante de uma gravidez que não pode ser levada a termo, que se possa interrompê-la em seu início, até o limite da 12ª semana. Não há motivo lógico para se manter esse procedimento na clandestinidade, sem controle (aí, sim, muitos absurdos com certeza acontecem), sem visibilidade, sem estudos sobre causas, sem gerar dados para pesquisas e para o desenvolvimento de políticas públicas e de campanhas de apoio e orientação.<br /><br />Nós, sociedade, só podemos atuar na prevenção de algo que conhecemos e sobre o que temos dados.<br /><br />O brasil precisa avançar muito nessa questão de sexualidade. Como já disse aqui inúmeras vezes, vivemos o mito de que somos libertos sexualmente. Nada mais falso, em minha opinião.<br /><br />*<br /><br />Sobre o estupro, imaginei que fosse uma confusão mesmo. Confusão comum, aliás. O que explica porque desdenhamos tanto a violência sexual que não acontece num beco escuro e com muita violência.<br /><br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-18296951828220121522012-10-13T03:06:23.858-03:002012-10-13T03:06:23.858-03:00Quem disse que o feto não é um bebê? Desde a fusã...Quem disse que o feto não é um bebê? Desde a fusão de espermatozoide e ovário faz-se o começo de uma vida, um ser humano. A diferença de um feto para um bebê recém-nascido é o tempo e a nutrição. Não há diferença entre abortar ou matar uma criança a pauladas. Ambos são assassinato.<br />A Deus cabe o direito de tirar a vida, pois Ele a deu a nós. Se o bebê está condenado à morte desde o ventre da mãe: NÃO MATAR. Se for caso de gravidez não desejada: NÃO MATAR (o bebê pode ser entregue a adoção).<br /><br />Juliana Vasconceloshttps://www.blogger.com/profile/07107575844688927262noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-84841430357492986312012-10-10T14:46:11.632-03:002012-10-10T14:46:11.632-03:00Oi Lola. Parabéns pelo texto! Só uma coisa que eu ...Oi Lola. Parabéns pelo texto! Só uma coisa que eu não concordo. Não vejo porque dividir as pessoas em grupos tão certinhos dessa forma: "Porque essas mesmas pessoas que são contra o aborto também são as que desprezam mães solteiras, as que não querem que o governo invista em creches, as que não aceitam nenhum modelo de renda mínima, as que são contra as cotas nas universidades públicas, e as que são a favor da pena de morte e da violência policial. Então realmente fica parecendo que o conceito de pró-vida de vocês acaba alguns segundos depois do nascimento. E a vida é um pouquinho mais longa que isso." Sinceramente acho que você simplifica demais as pessoas com isso, como aliás os políticos tem feito com muita demagogia. Eu pessoalmente sou contra o sistema de cotas, e poderia dar aqui uma ´serie de motivos lógicos e baseados em conceitos de justiça sem entrar em crenças religiosas e elitista, coisa que sou totalmente contra, mas isso não quer dizer que penso da mesma forma com relação ao aborto. Acho que vc se deixou levar muito pela divisão de tudo na questão de visão política, e esses temas vão muuito além disso. Vão mnuito além de esquerda ou direita.<br />Valeu!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-37602724818724923112012-10-09T22:11:23.897-03:002012-10-09T22:11:23.897-03:00Pois é, Roxy, eu gosto mesmo dessas conversas, mes...Pois é, Roxy, eu gosto mesmo dessas conversas, mesmo que pareçam (ou sejam mesmo) infrutíferas. Sei que alguém deve aproveitar.<br /><br />Uma vez, num outro fórum em que eu era assídua, depois de uma história muito parecida com essa, em que eu disse que ficava cansada de debater, uma leitora que nunca tinha comentado, entrou só pra dizer que não era pra eu desistir, não, e que tudo que foi escrito tinha ajudado muito na análise do tema. Vi a mensagem dela um bom tempo depois de finda a discussão, quando voltei procurando um dado, mas achei bacana tudo aquilo ter servido pra alguém.<br /><br />Eu sempre levo essas conversas a sério.<br /><br />O espaço da Lola é muito bem frequentado e só não participo mais por tumultos do cotidiano, mesmo. Ontem, p. ex., foi impossível voltar à noite.<br /><br />Os debates aqui são sempre interessantes.<br /><br />Compartilho esse prazer com você. A semana começou bem legal e as expectativas pro final dela são ótimas. Espero que assim seja pra você também!<br /><br />Tudo de bom, Roxy!<br /><br />Té mais.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-88341572053875936062012-10-09T19:34:21.623-03:002012-10-09T19:34:21.623-03:00
Cora,
Te chamei de Corinha porque já te consider...<br />Cora,<br /><br />Te chamei de Corinha porque já te considero uma camarada, uma forma mais carinhosa de me dirigir a você. Mas se você não gosta, então te chamo de Cora mesmo.<br /><br />*<br /><br />A mulher, e o homem, possuem um leque de métodos para prevenir uma gravidez. Como eu já disse, acredito que o melhor caminho é trabalhar no sentido de garantir uma maior extensão possível no uso dos anticoncepcionais, junto com uma ampla campanha de conscientização em prol da urgência e importância do seu uso. A questão é prevenir, e não remediar. Você acha possível prevenir drasticamente as gravidezes indesejadas com um amplo uso dos anticoncepcionais? Ou acredita que apenas se houver uso de anticoncepcionais combinados com a possibilidade da prática abortiva pode-se prevenir satisfatoriamente as gestaçoes indesejadas? <br /><br />* <br /><br />Sobre o que eu disse em relação a partir para cima de uma mulher atraente que cruzasse o meu caminho, pensei e vi que você está correta. Eu falei uma bobagem. Confundi mesmo as coisas. O estuprador deve sentir prazer em forçar, em fazer com violência, em provocar dor, sofrimento. Eu pensei apenas em transar mesmo, com a anuência da dita cuja. <br /><br />*<br /><br />Sobre a sua pergunta em relação a minha concordância ou não acerca do aborto de fetos que não possam viver, sou a favor, pois a questão é viver. Se não vai viver, não tem porque obrigar a mulher e gerá-lo. No caso de estupro, sou a favor também. Porque a gravidez decorreu de uma situação na qual a mulher não pôde, de forma alguma, evitar um ato sexual forçado. <br /><br />*<br /><br />Na situação hipotética que você expôs, acho que você se equivocou. As pessoas não salvariam o bebê. Aliás, a prova disso é que, em uma situação análoga, na qual apenas um dos dois pode ser salvo, a mãe ou a criança, o nosso ordenamento jurídico disciplina que se opte pela mãe. <br /><br /><br />Cora, qual a sua formação e idade?<br />Bismarckhttps://www.blogger.com/profile/08456419814862107301noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-76107463986133211682012-10-08T18:30:20.914-03:002012-10-08T18:30:20.914-03:00cora, eu acho que só continuei essa conversa aqui ...cora, eu acho que só continuei essa conversa aqui por sua causa e por causa da mirella, da rose, da sara. foi muito, muito legal compartilhar, intercambiar idéias com vocês. quando lola adotou a moderação dos comentários aqui, muitas comentaristas reclamaram, afirmando que eram justamente nas respostas aos comentários dos masculinistas que se geravam os melhores debates. eu apoiei a moderação não só pensar, mas saber, que masculinistas não querem debater, aprender, coisa que eles precisam e muito, e sim, apenas tumultuar. mas devo afirmar que, masculinistas não propõem um debate interessante pelos motivos todos que você já listou. no entanto, eles catalizam a discussão, no sentindo em que pessoas que se opõem a essa forma de pensar abjeta (tanto pela pobreza da argumentação pouquíssimo embasada, quanto pelo conteúdo em si, repleto de ódio, que não faz com que eu tenha medo, e sim, pena), tem a possibilidade de organizar o pensamento e contribuir sempre a partir de referencias, de vivencias onde fica demonstrado uma capacidade argumentativa que poucas vezes vejo em foruns de internet como esse. óbvio que eu tenho um milhão de pontos a rebater nos ultimos comentários do bismarck, mas não faço porque estarei sendo repetitiva (mas sinto muito bismarck, vc não vai me levar prum debate estéril e histérico contigo), isso porque ele se repete todo o tempo já que como você observou, foge de uma série de questões. o meu ponto já foi exposto e já foi compreendido, e além disso você pôde sintetizar de uma forma muito elegante esse embate (proposto por ele, porque eu não trabalho na chave do maniqueísmo, da dicotomia fácil, com posições essencialistas de vítima e de vitimário), portanto, após aplausos efusivos para cada um dos seus comentários, te digo: um prazer enorme compartilhar ideias aqui com você. espero que essa semana seja tão boa como a anterior, pra nós duas. um abração!Roxy Carmichaelhttps://www.blogger.com/profile/00187132015807534705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-53770010580321876382012-10-08T09:29:53.431-03:002012-10-08T09:29:53.431-03:00eu concordo, como já disse também, que todo esforç...eu concordo, como já disse também, que todo esforço da sociedade deve ser no sentido de diminuir a ocorrência. aborto é também violência contra a mulher, além da interrupção do desenvolvimento do organismo.<br /><br />sim, suicídio é humano, demasiado humano. é a percepção de si e do seu sofrimento e a impossibilidade de lidar com isso.<br /><br />por isso há limites para a ivg.<br /><br />você percebe que o seu pensamento leva à proibição de ivg em qualquer situação? inclusive daquela gravidez decorrente de estupro. é um ser humano também. mas é justo para o outro ser humano que já existe, que já sente, que já sofre, que já é sujeito de direitos, que a sociedade obrigue a continuação desta gestação?<br /><br />falei sobre isso e você, ou não viu ou ignorou. falei em duas oportunidades. essa é a terceira.<br /><br />nunca saberemos como seriam as pessoas que não nasceram. como seriam seus filhos se você não usasse nenhum método contraceptivo? evitamos o nascimento de muitas pessoas (por favor, não estou comparando a situação com o aborto, é apenas pra pensar em possibilidades não realizadas).<br /><br />tem uma história interessante sobre isso, pra suscitar reflexão: imagine que numa canoa estão um bebê e o Milton Santos (geógrafo brasileiro já falecido). você vê a canoa afundar. é possível salvar apenas um deles.<br /><br />quem você salvaria?<br /><br />quase todas as pessoas em nossa sociedade, diriam que salvariam o bebê.<br /><br />idealizamos a infância e, obviamente, as crianças.<br /><br />um indígena diria que salvaria Milton Santos. porque este detém uma série de conhecimentos, sabedorias importantes para o grupo ao qual pertence. a criança é ainda mera expectativa. existem muitas outras iguais.<br /><br />*<br /><br />cansei (mesmo) dessa bobagem mulher x homem.<br /><br />proponho conversarmos como adultos a partir de agora.<br /><br />o que você acha?<br /><br />é possível?<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-91279303173576506802012-10-08T09:27:03.568-03:002012-10-08T09:27:03.568-03:00caramba, isso aqui tá ficando imenso!
mas, vamos ...caramba, isso aqui tá ficando imenso!<br /><br />mas, vamos lá...<br /><br />eu considero tudo vivo desde sempre. pra mim a vida é um <i>continuum</i> que vai do primeiro organismo que deu origem a todos os outros através da descendência com modificação, até o último que existirá um dia. afinal, vida gera vida. organismos geram outros organismos. espécies dão origem a outras espécies.<br /><br />zigoto humano, embrião humano, feto humano são humanos. não tem como ser diferente.<br /><br />mas eu olho pra nossa espécie de uma perspectiva mais biológica, somos seres vivos. você vê a nossa espécie como uma entidade especial, diferente de outras formas de vida, algo além de um ser vivo simplesmente. você confere um <i>status</i> diferenciado pra vida humana. nossa divergência (se eu desconsiderar o seu desejo de punir as mulheres) reside aí.<br /><br />e não é que eu desvalorize a vida humana. pelo contrário. defendo apenas que, se a pessoa responsável por gestar aquele organismo não pode ou não quer fazê-lo, seja legítimo que ela interrompa a gestação. não acho justo obrigá-la a gravidez e nem necessário forçar o desenvolvimento de alguém apenas por ser humano. <br /><br />no entanto, acho adequado que haja um limite para a interrupção, que é justamente, a capacidade de sobrevivência extra-uterina (o limite, na verdade, é ainda inferior).<br /><br />não considero um problema moral interromper uma gestação até o seu primeiro trimestre, quando isso for vontade da gestante.<br /><br />a possibilidade do aborto, variou muito ao longo do tempo. ele já foi permitido, inclusive pela igreja católica, e só mais recentemente, proibido.<br /><br />a legislação brasileira, com influência do catolicismo, que sempre foi majoritário no brasil, abraçou a causa e criminalizou.<br /><br />o que solicita-se hoje é, justamente, a sua descriminalização.<br /><br />não existe óptica do feto, pelo menos não ainda. você não aceita, mas estamos sim falando do corpo de uma pessoa que deve ter precedência pra decidir o que vai acontecer nele. não é possível que a gente desconsidere o que esta mulher deseja. <br /><br />não pense nas caricaturas de mulher que você monta, bismarck. pense em pessoas reais. pense que métodos falham, abusos acontecem, falta de acesso ou informação e até descuidos. crianças (10, 11, 12, 13 anos) engravidam, adolescentes engravidam, bismarck.<br /><br />ao lado da sua pergunta de “será que ele quer ser abortado?”, existe outra: “será que ele quis ser concebido?”, “será que ele quer nascer?”<br /><br />não há resposta. pra nenhuma delas. porque não há ainda uma pessoa. não há consciência, não há elaboração de pensamento simbólico, não há possibilidade dele escolher qualquer coisa. porque a concepção é unilateral.<br /><br />dar <i>status</i> de pessoa (no sentido de organismo que existe separado fisicamente de outro) a um embrião/feto é desumanizar a mulher. já disse isso, mas você não leu ou não percebeu o significado. não podemos transformar uma mulher numa incubadora.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-7945438974743572442012-10-08T09:23:16.637-03:002012-10-08T09:23:16.637-03:00mulheres não brincam com aborto da maneira como vo...mulheres não brincam com aborto da maneira como você pensa, bismarck. em nenhum lugar do mundo.<br /><br />aborto é uma violência contra a mulher também. são mulheres que estão falando isso pra você, acredite.<br /><br />(você não usa o termo “absolutamente todas”, mas sempre diz as mulheres isso, as mulheres aquilo. não é generalização? e sempre uma caricatura absurda. eu fiz umazinha dentro de contexto bem específico – homens diante de uma gravidez não planejada (generalizei nessa situação apenas, o que já é um recorte – e você já me chamou de misândrica.)<br /><br />mesmo que você diga “ei, eu ouvi fulana dizer ou fazer isso”, seria um caso isolado e não representaria, de forma alguma, a maneira como as mulheres encaram a gravidez indesejada e a opção (difícil) pela interrupção.<br /><br />você reconhece as profundas desigualdades sociais brasileiras, mas quer permanecer punindo ainda mais essas mulheres.<br /><br />nós somos a favor das mulheres o tempo todo. <br /><br />“se vocês conseguirem multiplicar o uso dos anticoncepcionais...”<br /><br />por que não nós, bismarck? o interesse é de ambos. temos que envolver o homem nessa história de uma vez. a contracepção é problema do casal, não importa se de uma noite ou de uma vida.<br /><br />se os masculinistas estivessem, de fato, desenvolvendo emocionalmente os homens, preocupados em repensar o papel do masculino na sociedade moderna, esse seria um tema presente nas conversas, com a abordagem no sentido da colaboração, da parceria, e não com julgamentos morais, como acontece. <br /><br />feministas tem uma atuação importante neste aspecto (dos direitos reprodutivos, inclusive na defesa dos direitos dos homens, condenando a alienação paterna (que ainda acontece) e defendendo o aumento da licença paternidade). mas tudo isso são políticas públicas que precisam do apoio do maior número possível de pessoas. precisamos de mulheres E homens responsáveis.<br /><br />(tá me devendo uma resposta sobre a questão dos abortos em caso de estupro e fetos incompatíveis com a vida)<br /><br />aliás, comento tudo que você escreve e sempre fico sem um monte de resposta. você escolhe o que comentar e evita vários aspectos que saliento.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-69645866048720551692012-10-08T09:15:57.978-03:002012-10-08T09:15:57.978-03:00“conheço homens que se apaixonaram por suas mulher...“conheço homens que se apaixonaram por suas mulheres, deram tudo para elas, seu dinheiro, tempo, atenção, compraram carro, pagaram faculdade, e levaram um belo par de chifres.”<br /><br />eu conheço mulheres que se apaixonaram por seus homens, e deram tudo para eles, deram o tempo, a juventude, a atenção, a casa e a vida organizadas, trabalharam muito pra ajudar nas despesas da casa e na criação dos filhos e foram chifradas a vida inteira, repetidas vezes, e permaneceram casadas pelos filhos e também porque mulher deve perdoar e entender as fraquezas do homem.<br /><br />conheço outras que foram abandonadas e trocadas por outra mulher, e receberam o pai dos filhos delas de volta muitos anos depois, já na velhice, doente, e cuidaram dele até a morte.<br /><br />conheço mulheres que dedicaram a vida pra organizar a vida do marido, cuidando de tudo, casa, filhos, para que o marido se dedicasse sem preocupações ao seu crescimento pessoal e profissional. como uma boa esposa dedicada deve ser. sem rendimentos. sem bens. separadas, sozinhas, com dificuldade de inserção no mercado de trabalho depois de décadas afastadas.<br /><br />conheço mulheres que cuidaram durante anos do marido acamado e dependente.<br /><br />conheço mulheres que criam os filhos sozinhas, filhos que sequer tem o nome do pai na certidão de nascimento.<br /><br />conheço muitas mulheres, bismarck.<br /><br />e nenhuma como as que você descreve aqui.<br /><br />conheço mulheres que traíram o marido? sim. normalmente, separadas. mas, preciso reconhecer, o número de traídas que eu conheço é muito maior.<br /><br />conheço homens fantásticos também.<br /><br />maridos companheiros e amorosos. parceiros em toda a acepção da palavra.<br /><br />pais que modificaram toda a sua vida pra cuidar de um filho doente.<br /><br />por isso essa coisa de masculinismo me choca tanto.<br /><br />existem mulheres que erram? sim. muitas. como existem homens que erram. muitos. erros femininos não são mais graves que erros masculinos.<br /><br />homens como você, são incapazes de entender uma fraqueza feminina. homens como você, são incapazes de perdoar um erro feminino.<br /><br />taí o seu discurso pra ilustrar.<br /><br />o fato de sermos mamíferos placentários não pode ser usado pra desumanizar a mulher.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-3867971098275800782012-10-08T09:13:36.918-03:002012-10-08T09:13:36.918-03:00todos os seres humanos são “interesseiros”. ok. e ...todos os seres humanos são “interesseiros”. ok. e fazem escolhas que melhor satisfaçam esses interesses. ok. no entanto, apenas as escolhas femininas são condenadas moralmente. da mesma forma, apenas o comportamento feminino é condenado moralmente. o caso, bismarck, é que as escolhas relacionadas às mulheres são sempre estereotipadas e descritas como frívolas.<br /><br />é essa a minha crítica ao seu discurso.<br /><br />vc baixou um pouco a bola, maneirou nas grosserias, escolheu melhor as palavras, mudou para um tom condescendente, principalmente ao se dirigir a mim. seu discurso. no entanto, continua o mesmo.<br /><br />você ainda se coloca numa perspectiva de superioridade, não só moral, mas de gênero, e não de igualdade. você ainda está hierarquizando essa conversa.<br /><br />e essa igualdade a que me refiro, não tem que ser alcançada com a concordância entre nós.<br /><br />seus motivos para ser contra o aborto, apesar de você falar sobre o feto o tempo todo, estão todos alicerçados na ideia de punição à mulher. na ideia de controle e punição da mulher.<br /><br />gostaria que você pensasse um pouco sobre isso.<br /><br />você diz que idealizamos a mulher.<br /><br />não.<br /><br />é você que vilaniza e, mais que isso, desumaniza a mulher.<br /><br />e aí, qualquer tentativa de falarmos de uma mulher REAL é entendida por você como idealização.<br /><br />você convive com mulheres reais, bismarck.<br /><br />falou das paqueras (espero que você não ache que todo gesto de uma mulher seja uma insinuação).<br /><br />(tá me devendo resposta sobre àquela fantasia lá do outro comentário)<br /><br />falou das amigas.<br /><br />você conhece alguma mulher como as que você descreveu e que disse que são maioria?<br /><br />mulheres se apegam. mulheres amam. mulheres sofrem<br /><br />homens se apegam (quando se permitem). homens amam (quando se permitem). homens sofrem.<br /><br />em sites/blogs que tratam da auto-estima feminina, nunca há posts dizendo que homens são isso ou são aquilo de forma caricatural. a atmosfera desses espaços é completamente diferente da atmosfera dos sites/blogs masculinistas, que fingem tratar da auto-estima masculina, e que, pelo jeito, você frequenta.<br /><br />estes blogs não fazem outra coisa além de condenar e estereotipar o comportamento e o corpo feminino, incentivando homens a desprezarem as mulheres. enquanto o trabalho de auto-estima feminina trata dos medos, inseguranças e da auto-aceitação da mulher, os blogs masculinistas pretendem que homens melhorem a auto-estima maltratando suas parceiras. para se sentirem melhores, a recomendação é: pisem em suas parceiras. tratem-nas mal. não retribuam carícias sexuais, não demonstre afeição. use e descarte.<br /><br />não sei exatamente por que fazem isso. quer dizer, até sei, mas não consigo entender. não faz o menor sentido. é completamente irracional.<br /><br />não sabem lidar com o sofrimento, é fato. não sabem não estar no controle total. não conseguem lidar com uma interação emocional menos hierarquizada.<br /><br />é esse o seu discurso. as mulheres são irresponsáveis que não se cuidam e devem ser penalizadas por isso.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-14508584182576482032012-10-08T09:10:10.081-03:002012-10-08T09:10:10.081-03:00essa inversão de valores, atribuindo às mulheres i...essa inversão de valores, atribuindo às mulheres interesses monetários é bem moderno e ocidental e surgiu justamente a partir do momento em que as mulheres puderam escolher mais livremente o parceiro.<br /><br />ao serem preteridos (e aí vocês acham que é sempre por motivos econômicos), alguns homens reagiram “criminalizando” as escolhas femininas. portanto esse tal interesse monetário não está impresso em genoma feminino nenhum. é uma falácia masculinista de quem não tem qualquer perspectiva história e tem uma visão eurocêntrica do mundo, esquecendo por completo todas as demais culturas (a forma de arranjos entre mulheres e homens é diferente em sociedades coletivistas, portanto, nada de determinação genética nesse “interesse” feminino). além, evidentemente, do ódio não disfarçado às mulheres.<br /><br />a partir do advento do amor romântico, sempre foi permitido socialmente à mulher expressar-se emocionalmente. aos homens, no entanto, sempre foi negada essa possibilidade. seu mundo era o mundo do trabalho e da racionalidade, enquanto o mundo da mulher era o mundo da casa e da emoção. só que o papel social da mulher mudou e ampliou-se. hoje a mulher transita com desenvoltura e segurança cada vez maiores pelo mundo masculino, e os homens sentem-se ameaçados com isso e recusam-se a transitar pelo mundo feminino. temem as emoções. rechaçam as emoções (como você, que fez questão de salientar sua frieza).<br /><br />o resultado disso é uma total impossibilidade de conversa e convivência fraterna e saudável entre os sexos.<br /><br />homens escolhem. mulheres escolhem. os critérios variam de pessoa pra pessoa. é possível, mas muito difícil, conhecer uma pessoa bacana numa balada putz-putz. é por isso que relacionamentos mais longos e duradouros acontecem com pessoas do nosso círculo de amizades/trabalho/estudo/lazer (não baladas).<br /><br />(eu detesto essa história de humilhação na paquera, tanto de homens quanto de mulheres. ou abordagens violentas. tudo isso é completamente desnecessário. a vida com afeto e cortesia é muito mais interessante.)<br /><br />não há porque ficar ressentido com as escolhas femininas, quando homens, muitas vezes, só escolhem parceiras pela aparência e perdem a oportunidade de grandes relacionamentos por não se permitirem. como muitas mulheres também, que não se permitem (mas, é preciso reconhecer, mulheres estão muito mais abertas à relacionamentos com homens fora do padrão, do que vocês. mulheres se permitem muito mais).<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-60237905980983194562012-10-08T09:07:27.815-03:002012-10-08T09:07:27.815-03:00historicamente, até a revolução francesa e o adven...historicamente, até a revolução francesa e o advento da burguesia e da possibilidade de mobilidade social, não havia escolha amorosa. os casamentos, na nobreza, eram negócios com vistas a aumentar o poder econômico e político das famílias. entre servos, sem nenhuma possibilidade de mobilidade social, os arranjos também envolviam as melhores parcerias para trabalhar e criar os filhos. era importante uma prole numerosa, o que garantia maiores possibilidades da divisão do árduo trabalho de sustentar os nobres parasitas.<br /><br />mulheres não escolhiam. nunca escolheram. mesmo na burguesia, patriarcal como sempre, as mulheres eram moeda de troca entre famílias e os casamentos, arranjados. a moça, guardada como um bibelô pra ser negociada em melhores condições, se casava com quem o pai determinasse e com vistas aos interesses dele e da família do moço, que tampouco tinha escolha (mas ele ainda poderia ter amantes ou frequentar prostitutas, enquanto a mulher se contentava com a literatura açucarada).<br /><br />isso sem contar o dote, pago pela família da noiva ao rapaz. como é na índia ainda hoje (o que explica os abortos de fetos femininos e o assassinato de meninas. não vale a pena ter filhas, pois a família perde dinheiro, já que tem que pagar ao homem). quer dizer, se houve um gênero que se beneficiava monetariamente de casamentos, esse gênero sempre foi o masculino.<br /><br />o dote da mulher, inclusive, viabilizava o início da vida da família, incluindo aí, os negócios do marido.<br /><br />com as mudanças sociais, a urbanização, o surgimento de pequenos proprietários, a prática do dote foi sendo abandonada pois as famílias já não dispunham de recursos suficientes para o dote das filhas.<br /><br />no ocidente, a prática perdurou até o final do séc. xix/inicio do séc. xx (dá pra acreditar?), dependendo do país.<br /><br />o casamento, após o abandono do dote, continuou um meio de ascensão social, tanto para mulheres quanto para homens. mas, como, em geral, os homens trabalhavam nos melhores postos e não precisavam parar de trabalhar ao se casarem, como acontecia com as mulheres, que trabalhavam apenas enquanto “esperavam” o casamento (abandonar o trabalho era uma exigência para a mulheres, a menos que fossem pobres, quando então podiam, ou melhor, precisavam, trabalhar. as de classe média, às vezes, continuavam empregadas. e na elite, abandonavam ou nunca trabalhavam.), as mulheres que não pertenciam às famílias ricas, tinham que se fazer notar para serem escolhidas, pois era a única forma de ascenderem socialmente e conseguirem melhores condições de vida. aos homens, ao contrário, sempre foi permitido trabalhar e, portanto, ter dinheiro e, portanto, escolher.<br /><br />o casamento sempre foi um meio pra se aumentar o poder político e/ou econômico e deixou de sê-lo apenas com o advento do amor romântico e das escolhas baseadas no afeto e na atração sexual, quando surge a ideia de crescerem juntos, como casal.<br /><br />(vocês falam que as mulheres querem exibir seus homens para outras mulheres, mas ocorre o mesmo com homens. vocês também buscam a aprovação de outros homens (por isso, só aqueles muito seguros de si, namoram mulheres fora do padrão de beleza ou se permitem um carro mais modesto, p. ex., mesmo podendo ter outro). a escolha da parceira, a compra do carro e da casa, a exibição do padrão econômico é feito para os demais caras. uma demonstração de poder dentro do grupo social. ocorre com homens e com mulheres)<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-65887512286602467012012-10-08T09:03:35.751-03:002012-10-08T09:03:35.751-03:00acho que deu, né?
você já trollou bastante. eu já...acho que deu, né?<br /><br />você já trollou bastante. eu já trollei bastante.<br /><br />esta fase, pra mim, tá esgotada. e, a menos que você seja um masculinista cuja venda está, já, permanentemente colada aos olhos, acredito que dê pra aumentar um pouco o nível do debate.<br /><br />tem pouca coisa que eu deteste mais do que essa palhaçada infantilóide de mulher x homem. não estamos num ringue. não estamos numa disputa. isto não é um jogo.<br /><br />a sociedade é formada por homens e mulheres e todas as variações dessa (falsa) dicotomia feminino-masculino.<br /><br />eu prezo a colaboração.<br /><br />**<br /><br />pra fechar essa briga, algumas ponderações sobre as relações “amorosas”:<br /><br />segundo a óptica heteronormativa tradicional, a seleção sexual nos seres humanos leva em conta o interesse básico e primordial de um casal, que seria se reproduzir, portanto criar filhos.<br /><br />assim, em tese, as mulheres procuram parceiros que aparentem ser bons companheiros, bons pais, que ajudem a criar os filhos e que sejam capazes de conseguir recursos para manter o lar (hoje isso é uma parceria na maior parte dos lares). da mesma forma, homens procuram parceiras que aparentem ser boas companheiras e boas mães. <br /><br />de certa forma, isso até ajuda a entender por que, muitas vezes, o/a parceiro/a escolhido/a para formar família é diferente daqueles/as de relacionamentos casuais, tanto para homens, quanto para mulheres.<br /><br />para o homem sempre foi assim, já que a liberdade sexual sempre foi uma prerrogativa masculina. então os homens, de forma geral experimentavam mais, antes de “sossegar o facho”, como se dizia, e arrumar uma “esposa”, isto é, a mulher que cuidaria dele e dos filhos. ele podia, inclusive, se casar mais tarde, com mais idade.<br /><br />pra mulher, antes da revolução sexual, a busca sempre foi pelo companheiro para toda a vida, já que ela não podia experimentar. tinha que acertar logo de primeira. apenas após a revolução sexual, a mulher ficou relativamente livre para também experimentar mais e se permitir até cometer erros. antes, qualquer erro era fatal. poderia pôr a perder qualquer chance de casamento (caso fizesse sexo antes do casamento e fosse abandonada) ou se prender a um homem odioso para sempre, já que não tinha autonomia financeira e jurídica (não podia negociar, p. ex., ou fazer qualquer coisa sem a autorização do marido), e não poderia se separar (e se o fizesse, era a execração pública, tornava-se a temida “mulher descasada” – ooohhh!).<br /><br />hoje, a mulher é ainda vítima da patrulha e do julgamento moral, mas como também trabalha, tem maior independência e autonomia para experimentar e escolher. o que incomoda muitos homens, que estão num movimento frenético para “criminalizar” este comportamento, ou seja, a possibilidade indecente e impensável da mulher experimentar e escolher. muitos homens sentem-se diminuídos por serem também alvos de escolha, antes prerrogativa apenas masculina.<br /> <br />mas, as possibilidade de arranjos amorosos e formação de parcerias (inclusive para criar filhos, não necessariamente biológicos) se multiplicaram e hoje, essa perspectiva heteronormativa tradicional e machista está com os dias contados. (oh, god! já vai tarde!!).<br /><br />finalmente percebemos que a sexualidade humana é uma variável contínua e não, discreta.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-9955242833693790522012-10-08T08:58:43.626-03:002012-10-08T08:58:43.626-03:00[tecla SAP on]
Roxy,
quantas vezes eu já te fale...[tecla SAP on]<br /><br />Roxy,<br /><br />quantas vezes eu já te falei que<br /><br />“poços de pureza, inocência, sensatez e racionalidade”<br /><br />são apenas os homens?<br /><br />e que mulheres são<br /><br />“poços de vileza, esperteza, insensibilidade e irracionalidade”?<br /><br />quantas vezes, roxy?<br /><br />por que você insiste em achar que mulheres tem sentimentos, que amam, que sofrem, que tem dúvidas, que erram e acertam?<br /><br />por que você insiste em achar que mulheres são seres humanos, roxy?<br /><br />por quê?<br /><br />por que você acha que casamento salva ou melhora alguma mulher, roxy?<br /><br />mulheres casadas são como mulheres solteiras: interesseiras, extremamente egoístas, irresponsáveis e inescrupulosas.<br /><br />pesquisas dizem que mulheres traem mais que os homens, Roxy. <br /><br />viu? são como as solteiras.<br /><br />traição é uma das muitas vilezas femininas.<br /><br />trair faz parte da natureza masculina, e não é, portanto, um desvio. a traição masculina não incomoda ninguém, não fere ninguém, e as mulheres têm que entender e aceitar. afinal, é da natureza do homem.<br /><br />além do que, mulheres traem e não usam camisinha por que, como eu demonstrei pra você, elas querem orgasmos múltiplos, que só são conseguidos à seco.<br /><br />e como fazer um aborto é uma decisão tão fácil como tomar um lanche com as amigas à tarde, já que têm tempo, pois estão parasitando algum homem honrado, elas não estão nem aí.<br /><br />esse negócio de não usar camisinha em relacionamentos estáveis e confiar apenas no método hormonal, que pode falhar, é um mito. sabemos que as casadas e as que estão em relacionamentos estáveis recusam sexo com o marido e que, se recorrem ao aborto, estão, evidentemente, matando o filho do amante.<br /><br />nada mais justo que morram tentando interromper essa gravidez. <br /><br />eu não odeio as mulheres, Roxy. o fato de achá-las desprezíveis, não impede que eu as use para o sexo.<br /><br />pare de tentar humanizá-las, Roxy, você, no fundo, sabe que isso é impossível.<br /><br />[tecla SAP off]<br /><br /><br />***<br /><br />putz!!! como eu detesto a retórica masculinista.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-86151708683922253802012-10-08T08:56:10.128-03:002012-10-08T08:56:10.128-03:00bismarck,
por que esse “corinha”? vai tirar uma o...bismarck,<br /><br />por que esse “corinha”? vai tirar uma onda com a minha cara agora? ia te falar já da primeira vez que vi, mas acabei publicando o comentário sem o <i>post scriptum</i>. não gosto de diminutivo. das duas uma: ou infantiliza ou dá um ar de intimidade que não temos. meu nome é Cora.<br /><br />*<br /><br />pela milésima vez, ninguém aqui ceifa vidas. as pessoas aqui são pró-escolha. defende-se o direito da mulher decidir se quer ou não continuar a gravidez. por mais difícil que seja compreender este ato, é preciso pensar nisso e, acredito, tomá-lo como uma questão de saúde pública, embora envolva interromper ou impedir, no seu início, o desenvolvimento de um novo organismo. mesmo que se consiga erradicar essa prática e nunca mais aconteçam gestações indesejadas, esse direito tem que estar garantido por lei. ele é também simbólico.<br /><br />*<br /><br />vc viaja mesmo. a raíssa tava sendo irônica.<br /><br />*<br /><br />acusar minorias políticas de vitimismo e colocar oprimidos entre aspas é coisa de liberal ou libertário (pra ampliar a lista) ou masculinista.<br /><br />essa história de hipergamia com viés exclusivo de mulher golpista (no sentido mais pejorativo do termo e, ainda por cima, impresso no genoma) é coisa de masculinista. só eles falam disso (e falam pra caramba!!).<br /><br />aliás, usar as palavras hipergamia e utilitarista no mesmo comentário. masculinista.<br /><br />dizer que mulheres controlam os homens para auferir vantagens monetárias. masculinista.<br /><br />a mania de atribuir às mulheres (todas elas ou a maioria delas) defeitos que acreditam que estejam impressos no genoma. masculinista.<br /><br />usar o termo feminazi quando discorda de uma mulher, termo que aprendeu frequentando blogs. masculinista.<br /><br />dizer que homens são mais racionais do que mulheres. masculinista.<br /><br />negar às mulheres o direito de escolher um parceiro segundo suas preferências, prerrogativa que só admitem para os homens, os únicos que tem direito à escolha (e portanto à recusa) sem que isto seja visto como defeito moral. masculinista.<br /><br />acreditar que a contracepção é uma preocupação exclusivamente feminina, cabendo às mulheres, apenas, qualquer ação neste sentido. masculinista.<br /><br />acreditar que homens não concordem com ou peçam ou forcem o aborto, que só é feito por mulheres fúteis, infiéis e cruéis. masculinista.<br /><br />dizer que é frio. masculinista.<br /><br />infantilizar mulheres. masculinista.<br /><br />não enxergar nenhuma qualidade em mulheres e nenhum defeito em homens. masculinista.<br /><br />você marcou 13 em 13.<br /><br />100% de rendimento. parabéns.<br />Corahttps://www.blogger.com/profile/09091200855039750996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-10644970068315922522012-10-06T20:57:15.042-03:002012-10-06T20:57:15.042-03:00e fábio pra você não ficar tristinho, não esqueci ...e fábio pra você não ficar tristinho, não esqueci de você não:<br />eu suspeitei desde o princípio que você não conseguiria mostrar como nos ESTADOS UNIDOS as mulheres abortam somente os fetos do sexo feminino. sabia que ía recorrer à india e a china. sugiro que você comece a se preocupar e a tentar resolver o problema da fome no brasil, porque assim, diante desse quadro, é plenamente possível que adotemos a dieta chinesa de comer cachorros para resolver o problema dos famintos.<br />a situação por você descrita do homem que abandona a mulher após ela ter parido, alegando que ela devia ter abortado já acontece de forma indiscriminada no brasil, país onde, curiosamente, o aborto é crime. portanto não vejo como criminalizar resolveria o problema, mais do que conscientizar os homens que embora as mulheres gestem os fetos, eles não são concebidos pelo espírito santo e sim, pelo semen deles, homens. <br /><br />ah sim, esqueci de colocar o desfecho do filme "sem preservativo, elas gozam mais"><br />felipe procura maria alguns dias após o encontro deles. ela pede pra todo mundo na casa dela atender o telefone e que se for um tal felipe, dizer que ela saiu de férias pro afeganistão só com passagem de ida. certo dia felipe encontra maria com joão. eles estão rindo e se beijando num café. quando chega a conta, a maria paga, alegando que joão já pagou o cinema. felipe se sente traído e passa o resto dos seus dias comentando em foruns na internet sob o pseudônimo de napoleão, que mulheres só gostam de cafajestes. que mulheres cospem na cara dos homens honrados, aqueles mesmos que passam horas e horas sofrendo, assistindo filmes pornôs do rocco sifredi só para aprender a como satisfazê-las, pra depois serem trocados por caras ricos.<br /><br />beijo pra todo mundo, especialmente pro bismarck que é quem tá mais precisado de carinho e atenção aqui nesse espaço.Roxy Carmichaelhttps://www.blogger.com/profile/00187132015807534705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-72120835991705759912012-10-06T20:56:57.178-03:002012-10-06T20:56:57.178-03:00a linha argumentativa do bismarck é muito simplóri...a linha argumentativa do bismarck é muito simplória - e não simples - e pode ser definida assim:<br /><br />todas as mulheres são iguais. todas elas preferem fazer sexo sem camisinha e depois abortar os filhos dos homens pobres, enquanto decidem parir os filhos dos milionários. isso porque o aborto é um procedimento mais simples que ingerir pílulas anticoncepcionais ou utilizar camisinha. fetos não devem ser "exterminados" por "caprichos" de seres irracionais e sem empatia como as mulheres. prezar pelo "direito à vida" dos fetos é a única causa válida a que a sociedade deve se dedicar. eu disse sociedade? claro, aquela que é composta só por homens que pagam impostos, já que as mulheres não estão interessadas em prezar pela vida de ninguém a não ser delas mesmas, ou melhor, a vida delas se resume ao prazer sexual delas que só é alcançado pela relação sexual heterossexual sem preservativo. as outras questões já estão resolvidas porque a sociedade (homens) paga impostos. não necessitam fiscalizar, se manifestar, lutar por um estado mais eficiente, mais justo e menos burocrático, um estado sem corrupção. <br /><br />ele ignora que o brasil é um país extremamente desigual. que estamos longe de prover uma vida digna com bons hospitais, boas escolas e segurança pública para a população, que dirá de prover contraceptivos e orientar homens e mulheres a utiliza-los para se prevenirem de doenças e de gravidez indesejada. que o brasil ainda não avançou no cumprimento dos direitos civis das populações historicamente oprimidas, como mulheres e negros por exemplo, que tem justamente nas mulheres pobres e negras (aquelas que jamais cruzaram com um milionário na vida devida a segregação espacial das nossas grandes cidades), a sua parcela mais desfavorecida e vulnerável. ele não entende que métodos contraceptivos não são 100% eficazes e que a população deveria ser orientada a utilizar dois deles combinados, como os métodos hormonais e a barreira (vulgo camisinha). isso obviamente só poderia ser feito depois de uma intensa campanha em que homens e mulheres entendem que devem ser responsáveis no ato sexual, o que significa cuidar de si e do outro. cuidar da saúde de si e do outro. além disso ele não mostrou nenhum parecer sobre os casos em que o estado já autoriza a interrupção da gravidez, como risco de vida e estupro. aliás ele não emite esse parecer porque confessou já ter desejado estuprar mulheres justificando ser "humano". ou seja, é um sentimento totalmente humano desejar fazer sexo à força com uma mulher, imprimir um sofrimento que irá acompanhá-la pelo resto da vida dela. porque claro, sentimento humano = sentimento dos homens misóginos, aqueles mesmos que pagam impostos e dizem que não tem responsabilidade nenhuma sobre seus pares menos favorecidos. enquanto apresentamos um estudo amplamente divulgado pelos meios de comunicação, realizado por pesquisadores da universidade de brasília, um dos estudos mais sérios sobre o perfil das mulheres que já interromperam a gravidez no país, ele demonstra que assiste filmes pornôs mainstream como se fossem documentários. quando entende a rejeição dessa estratégia não só por parte das mulheres, ou mulheres feministas, mas qualquer pessoa em pleno exercício das suas faculdades mentais, ele volta ao argumento do feto que deve ser consultado se quer, ou não, ser abortado. sabendo que isso é impossível, apela para hipótese (é isso mesmo, enquanto lidamos com fatos, ele lida com hipóteses, todas elas baseadas no ódio que sente contra mulheres) de que os fetos desejariam nascer a despeito do sofrimento que isso pode causar às mães.<br /><br />Roxy Carmichaelhttps://www.blogger.com/profile/00187132015807534705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-81003656238232469512012-10-06T20:28:33.392-03:002012-10-06T20:28:33.392-03:00Ai que romântico!Ai que romântico!roseanjoshttps://www.blogger.com/profile/00425243797189992495noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-73923655711425000852012-10-06T19:55:52.752-03:002012-10-06T19:55:52.752-03:00
O grande problema que impede que nós concordemos,...<br />O grande problema que impede que nós concordemos, o grande cerne da questão, é que você não considera uma vida incipiente uterina como uma vida humana. Pelo menos, não a considera tão vida humana quanto eu considero. E se considera, acha justo exterminá-la para que determinadas finalidades sejam alcançadas por aqueles que já estão vivendo no mundo exterior. <br /><br />Eu compreendi o seu ponto de vista, e obrigado por expô-lo pacientemente e de forma tão eloqüente. Mas eu não compactuo com esse entendimento sobre a vida humana. <br /><br />Para mim, a única diferença entre um zigoto e você, é o tempo de vida. Não sei qual a sua idade, mas admitindo que não seja idosa, se ninguém interromper a sua vida, você vai ficar velha e morrerá. Se ninguém interromper a vida fecundada, ela também, admitindo as exceções do acaso, se tornará uma pessoa velha e morrerá. <br /><br />Você pode afirmar: “mas eu não sou igual a um zigoto, pois já fiz amigos, já cresci, já me formei, já pertenço a sociedade etc” <br /><br />E eu retruco: Mas o zigoto, caso não seja exterminado, admitindo, repito, as exceções do acaso, também fará amigos, também pertencerá à sociedade, se formará, sentirá prazeres etc, em uma palavra: também viverá. <br /><br />E fazer como você fez noutra oportunidade, a saber, impingir a uma vida humana um caráter descartável e substituível, do ponto de vista prático, não me é razoável, porque mesmo que outras pessoas façam o que aquele ser exterminado faria, não foi permitido a ele fazê-las. E ele é único, ninguém poderá ter as percepções por ele, sentir prazer por ele, se integrar à sociedade por ele. Ele foi morto, lhe arrancaram, arbitrariamente, o direito a existência. <br /><br />Eu digo arbitrariamente porque, não importa se a mãe quer se livrar dele, e se isso foi um consenso com o seu marido. Você só enxerga as coisas pela ótica da mulher, do marido, da sociedade aqui fora etc, você, em nenhum momento, analisa as coisas pela ótica da vida exterminada. A mãe quis? E ele, o feto, será que iria querer? <br /><br />“Ah Bismarck, não tem como saber isso”<br /><br />Não, tem como saber sim. O suicídio é uma invenção social. Já o provou isso o grande sociólogo Emilie Durkheim. Uma criatura que ainda não teve contato com a sociedade, dificilmente iria desejar exterminar a si mesma, pois, repito, o suicídio humano é decorrente de problemas relacionados à vida em sociedade, ou a ausência dela. <br /><br />E caso você apresente a justificativa de que é muito necessário impedir o sofrimento das famílias, dos filhos “indesejados”, diminuir a taxa de natalidade, esvaziar as creches e orfanatos, as criancinhas de rua etc, eu tenho dois argumentos para você.<br /><br />Primeiro, como eu já aludi em outro comentário, aliás, foi uma verdade tão inquestionável que nenhuma de vocês, sensatamente, nem sequer ousou contestar, não podemos saber, previamente, quais crianças serão infelizes ou não, quais sofrerão ou não, quais terão sucesso na vida e quais não. Sendo assim, não podemos exterminar vidas embasados em uma dúvida, pois, na dúvida, não se condena(princípio básico em direito penal).<br /><br />Como eu disse, uma criança, a princípio tida como indesejável pelos pais, pode sobreviver e se tornar um homem ou uma mulher de sucesso, de grande utilidade para a sociedade, um cientista, um grande empreendedor, um estadista etc. E, contrariamente, muitas crianças previamente planejadas, podem sofrer muito, passar fome, serem eternamente infelizes, tornarem-se criminosas, assassinas etc. Uma gravidez planejada não é sinônimo de sucesso na formação de uma pessoa, e uma gravidez indesejada não é necessariamente um atestado de miséria e sofrimento perpétuos para ninguém. <br /><br />Segundo, existem os anticoncepcionais, que podem, e devem, prevenir uma gravidez sem que haja a necessidade de exterminar uma vida já iniciada. O uso amplo e irrestrito desses métodos produzirá os mesmos efeitos que você tanto reivindica, sem que seja necessário exterminar vidas arbitrariamente. <br /><br />Esse é o meu ponto de vista sobre este assunto. <br />Bismarcknoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-18137317763188132912012-10-06T19:55:13.481-03:002012-10-06T19:55:13.481-03:00
Corinha,
Você fez como as outras, interpretou ...<br />Corinha, <br /><br /><br />Você fez como as outras, interpretou casos isolados que eu disse que fatalmente seriam incidentes em países como o Brasil, e atribuiu-lhes, indevidamente, o vício da generalização. Eu já elucidei essa questão nas minhas respostas anteriores, favor lê-las. <br /><br />O problema é que você insiste em levar as coisas para o lado pessoal e a generalizar os meus exemplos e comentários. E, ao que parece, idealiza as mulheres, como a Roxy. <br /><br />Você age como uma pessoa que mora em uma cidade repleta de problemas, e, quando um turista vivencia os problemas e resolve denunciá-los, criticá-los, debatê-los etc, acha que o sujeito está ofendendo-a pessoalmente, quando na verdade ele está apenas apresentando fatos e verdades que não necessariamente guardam relação direta com o habitante do local, individualmente falando. <br /><br />Veja só até que ponto chegou a sua incompetência em ler os meus comentários da forma como eles realmente se apresentaram:<br /><br /><br />“você me acusa de generalizar quando falo da humanidade. é, de fato, uma generalização, mas menos perniciosa do que as suas em relação às mulheres. porque falo de padrões que incluem todas as épocas, todos os povos, todas as pessoas, sem distinção alguma”<br /><br /><br />Favor copiar e colar a passagem onde afirmo, tacitamente, que TODAS, absolutamente todas, as mulheres se comportariam da forma X ou Y. <br />Bismarcknoreply@blogger.com