tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post6391188678747024361..comments2024-03-28T03:16:00.227-03:00Comments on Escreva Lola Escreva: NÃO FUI CONVIDADA PARA ESSA FESTA. E SE FOSSE NÃO IRIAlola aronovichhttp://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-91951208769952172382014-04-24T02:56:08.814-03:002014-04-24T02:56:08.814-03:00Apesar do post ser antigo, ainda vale a pena fazer...Apesar do post ser antigo, ainda vale a pena fazer alguns pontos sobre ele:<br /><br />1 - O sexo continua sendo de graça e abundante, e não existe um padrão correto para consumi-lo. <br />Trabalhar com sexo exige preparação, paciência e determinação, como em qualquer outra profissão. Por que o sexo não pode ser comercializado? Por motivos morais? Por você achar que ele não deve? <br />O objetivo da indústria pornográfica é o prazer sim, mas o prazer do cliente, o que gera lucro para ela.<br />Ninguém te obriga a assistir aos filmes pornográficos ou ir a um sex shop. A natureza também nunca impôs uma programação sobre como a interação sexual deve ser executada, portanto, é viável comercializar o sexo sim. Se não podemos comercializar o que é natural, por que deveríamos então comercializar nossas habilidades? O cientista comercializa sua intelectualidade, o operário de construção vende sua força física, o faxineiro vende sua habilidade de limpar, o motorista vende sua competência para conduzir um automóvel e por aí vai. Por que um ator/atriz pornô não pode vender sua capacidade de fazer um sexo mais ajustado ao entretenimento? É uma força de trabalho também. O sexo não vai deixar de ser de graça por causa disso.<br />O fato de você não gostar de pornografia não significa que a mesma não seja da apreciação de outros. <br /><br />2 - Que tipo de consumidor acharia prazeroso uma cena de simulação de estupro? Só um psicopata. <br />Existe violência na indústria pornográfica? Claro, assim como também existe em todas as indústrias desreguladas cujo comportamento agressivo dos detentores dos meios de produção é irrestrito. A violência não é uma exclusividade da indústria pornô. <br />A indústria das armas e das drogas são violentas também, porque carecem de regulação e desfrutam de liberdade ilimitada, para explorar e abusar. <br />A única via para evitar o comportamento agressivo de uma indústria no capitalismo é a regulação. Sem ela, os trabalhadores de indústrias estarão vulneráveis ás piores humilhações que um humano pode sofrer.<br /><br />3 - O prazer é relativo, não homogêneo e invariável. <br /><br />4 - Os filmes pornográficos são FILMES, não instrumentos educacionais. Eles não querem passar uma ideia de sexualidade e tampouco fazer com que as pessoas sigam os métodos empregados na indústria. <br />Assim como os filmes de Hollywood mostram cenas improváveis de ocorrer no mundo material e com contextos irrealísticos apenas para alimentar o drama fictício, a mesma coisa acontece nos filmes pornográficos. É ÓBVIO que uma pessoa comum não deve tentar gozar litros ou repetir as cenas do filme pornô, assim como ela não deve vestir uma máscara do Batman e sair voando para combater os crimes e ser reconhecida como justiceiro. <br />O filme pornô tem exageros e potencializações sim, mas TODO filme que não seja documentário terá. <br /><br />5 - O único motivo válido, na minha opinião, para extinguir os filmes pornôs seria a ausência de demanda social significativa. <br />Eu não gosto de drogas, mas não posso condenar quem usa e tampouco proibir alguém de usa-las. <br />Não há problemas em trabalhar com o corpo ou sexualidade, mas temos que fazer disso uma escolha e enxergar tais funções como PROFISSÕES, não como papel de gênero. <br />Apesar do post ser antigo e eu permanecer incerto sobre sua opinião em relação ao assunto atualmente, acredito ser relevante fazer estes pontos sobre ele. <br />Até mais.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-31369446253402468212012-09-22T22:21:47.369-03:002012-09-22T22:21:47.369-03:00A parte em que diz que o homem ganha mais que a mu...A parte em que diz que o homem ganha mais que a mulher nos pornôs não é válida. Como diz Sasha Grey nesse anúncio, o pornô é um dos poucos lugares onde a mulher ganha mais que o homem. <br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=42EIKQP4MtoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-26438550261433680232009-11-04T06:16:42.801-03:002009-11-04T06:16:42.801-03:00Este comentário foi removido por um administrador do blog.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-46079004573728551082008-06-04T14:01:00.000-03:002008-06-04T14:01:00.000-03:00haha, chantilly está causando mais problemas com a...haha, chantilly está causando mais problemas com a maluca do que o contrário - o que é deveras surpreendente. fico com pena da maluca, que agora está se sentindo rejeitada pelo new cat in the house, mas espero que isso melhore... hopefully. :)Lolla https://www.blogger.com/profile/10735794265925877481noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-18138446452850726232008-05-30T08:41:00.000-03:002008-05-30T08:41:00.000-03:00Ah é! Super frio. hihi Olha, quem pode te falar ma...Ah é! Super frio. hihi Olha, quem pode te falar mais a respeito de Toronto é a Alexandra do blog "Building Bridges" - www.guerson.wordpress.com Ela mora lá. Eu só fiz escala. ;-)) Mas acho q vc deve ir sim. Uma viagem é sempre algo bom de se fazer.<BR/><BR/>Lola, moraria fora pra sempre. O único problema seria a comida. Apesar de ter sentido muitas saudades da comida, do mar principalmente, acho que viveria bem sim. Mas não deu pra mim. Tive q voltar e cá estou. Acredito em destino e também em livre-arbítrio, mas acho que as coisas acontecem na hora que devem acontecer, mesmo com aquela famosa "luta por um objetivo". Quando não tem de ser já reparou q não dá certo?Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-3095963756944094822008-05-29T16:32:00.000-03:002008-05-29T16:32:00.000-03:00Não rio, não. Dois meses muitas vezes são mais que...Não rio, não. Dois meses muitas vezes são mais que suficientes pra saber se a gente gosta de um lugar ou não. Bom, os canadenses têm uma reputação em matéria de tolerância muito maior que os americanos. Mas vc não respondeu a pergunta: recomenda que eu gaste 400 dólares pra dar um pulo em Toronto? É que só de visto eu e o maridão precisaríamos gastar uns 75 dólares cada um. <BR/>Ah, muitos anos atrás eu já tive vontade de morar na Austrália (só de ouvir falar, porque nunca fui lá. Todo mundo fala bem), mas passou. Eu gosto muito do Brasil, e não quero morar fora (quer dizer, se precisar ficar até um ano no exterior é uma coisa. Tempo limitado, tudo bem. Mas morar pra sempre? Ou mesmo fazer um doutorado inteiro fora? Aí não). <BR/>E eu não moraria no Canadá por um motivo principal: é muito frio!lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-43950662045690790352008-05-29T12:55:00.000-03:002008-05-29T12:55:00.000-03:00Ops, até porque já conheço muito bem.Ops, até porque já conheço muito bem.Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-71855514451984690562008-05-29T12:53:00.000-03:002008-05-29T12:53:00.000-03:00Lola, pode rir: dois meses foram suficientes pra m...Lola, pode rir: dois meses foram suficientes pra mim. Tirando a parte da vida pessoal, realmente não curti, não gostei do país. Tem muita coisa em jogo também. <BR/>Passei esse "tempão" em Montreal e conheci rapidamente a capital. Minha irmã morou por 3 anos em Vancouver mas nunca fui vê-la, imagine.. Pra você ver o que não fazemos quando gostamos 'de alguém", no caso, era namorado! É passado. <BR/><BR/>Minha prima está aí em Ottawa desde outubro de 2006; fez uma pós e agora faz mestrado em Hematologia. <BR/><BR/>Gostaria muito de conhecer os EUA e a gente nunca pode dizer "dessa água não beberei", mas eu curto demais a Europa e se tivesse de morar de novo fora do Brasil, seria esse continente o escolhido. ;-))Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-28030431048741646592008-05-29T11:50:00.000-03:002008-05-29T11:50:00.000-03:00Gi, não sei se eu achar que "perversão" tenha uma ...Gi, não sei se eu achar que "perversão" tenha uma conotação negativa muito forte seja apenas uma opinião pessoal. Mas fica a minha sugestão, já que vc disse, inclusive, que teve suas opiniões mal-interpretadas: cuidado com as palavras. Se vc chamar um grupo ou uma ação de pervertido/a, as chances de que muita gente não vão entender a palavra no sentido psicanalítico são grandes. E não estava desqualificando sua argumentação por vc não ser psicanalista, apenas apontando uma contradição na sua defesa dos termos populares ao mesmo tempo que vc deseja que uma palavra como "perversão" não seja entendida popularmente. Pra quem é de Letras ou Jornalismo, não existe vocabulário "neutro", "imparcial", "objetivo".<BR/>Sobre Silêncio dos Inocentes, houve muitos protestos dos gays contra o filme, quando ele foi lançado. Na época achei besteira - não pode haver um serial killer travesti? E no filme eles falam que um caso desses é raríssimo. Mas, com o tempo, e principalmente depois de ver o ótimo documentário The Celluloid Closet, eu concodo com os protestos. Isoladamente, o filme não tem nada de mais. Porém, dentro de um contexto, de Hollywood sempre satirizar ou vilanizar os gays, Silêncio vem se juntar à coleção. Continuo achando-o um grande filme, mas entendo o protesto dos gays. E o Jonathan Demme, que aparentemente sempre foi pró-gay, ficou chateado com os protestos. Tanto que seu próximo filme foi Filadélfia (que muita gente critica também por não mostrar manifestações de carinho mais sensuais entre o casal gay, mas não dá pra negar que seja um filme abertamente pró-gay, que levou um tema importante pro público mainstream). <BR/>Ah, vc morou no Canadá? Quando? Por quanto tempo? Eu tô aqui na fronteira. Dá pra ver o Canadá daqui de Detroit. Ainda tenho que decidir se gasto uns 400 dólares pra passar uns 3 dias no Canadá... Quer dizer, nem sei se vou ter tempo, do jeito que estou atrasadérrima com a tese. Vc recomenda Toronto?lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-46473745461456957072008-05-29T11:35:00.000-03:002008-05-29T11:35:00.000-03:00Lolla, concordo totalmente. Qualquer coisa que dê ...Lolla, concordo totalmente. Qualquer coisa que dê prazer a alguém, desde que não invada o espaço de outra pessoa, e desde que haja permissão pra isso, é válida. Eu não condeno ninguém por querer ter prazer com filme pornô, brinquedinhos em sex shops, whatever. Só vejo que existe uma histeria na mídia pra que as pessoas corram atrás disso. E o objetivo nessa histeria não é o prazer, mas o lucro. Fora isso, continuo achando que, na maior parte dos filmes pornôs, a mulher tem pouca autonomia. E não tenho nenhum respeito por pornôs misóginos, que fazem caras se excitarem humilhando mulheres. Mas sou contra a censura, e desde que seja só ficção, só encenação, e a atriz tá lá porque quis, eu não ligo. Não tem a ver comigo. Só não vão me convencer que filme assim dá poder às mulheres.<BR/>E como tá a readaptação a Jersey? A Chantilly tá amigona da Maluca agora?lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-14795861414314046102008-05-29T08:38:00.000-03:002008-05-29T08:38:00.000-03:00Lola, você que acha que a palavra perversão é carr...Lola, você que acha que a palavra perversão é carregada. Isso é uma opinião pessoal. Se você admite que ela possa ser interpretada de outras formas, então porque não da forma "normal" ou da "forma onde ela nasceu"? Você só sabe que eu não sou psicanalista porque eu disse, senão você nunca saberia e isso nem de longe é motivo pra você desqualificar minha argumentação. O fato de não "ser uma coisa" não me impede de ler vários livros sobre a área/"essa coisa" e de ter feito minha monografia de fim de curso sob a orientação de um psicanalista. <BR/>Sobre "imparcialidades nos termos:" que eu saiba, não existe eufemismo na Psicanálise.<BR/><BR/>Expressões do povo utilizadas num comentário de blog não excluem absolutamente uma argumentação. A pessoa que a usa não pode ser acusada de preconceituosa apenas porque usou "uma expressão do populáceo". Isso é uma invenção sua. ;-))<BR/><BR/>Que coisa, o filme é considerado homofóbico? Ahahaha! Coisas dos "pcs", sempre procurando cabelo em ovo. Na arte não fazemos concessões e eles ainda não aprenderam isso. Só porque o cara é um assassino no filme. Que ridículo. Ai, ai.. as pessoas, o mundo tão chatinho... Aliás, eu nunca poderia morar num país como os EUA. Uff.. Só de ter experimentado o Canadá, já me deu náuseas. ;-))))))<BR/><BR/>Adorei os textos indicados por você. Bacios e lerei mais! E até mais porque eu q não tenho mais tempo! Viu que demorei a responder, né? Tem que aproveitar essa vida! Tanto trabalho, né? Precisamos de diversão! ;-)Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-56407108517086479342008-05-29T07:43:00.000-03:002008-05-29T07:43:00.000-03:00"Sexo é um dos raríssimos prazeres grátis que temo..."Sexo é um dos raríssimos prazeres grátis que temos na vida."<BR/><BR/>eu acho sex shops risíveis, já entrei nas ann summers e beate uhse da vida e me acabei de rir nos dildos do red light district em amsterdan. mas apesar de não ver necessidade dessas coisas na minha vida, acredito que somos todos diferentes, e contanto que a Maria e o João se divirtam com essas coisas, o mundo é deles. <BR/><BR/>mas também acho que em alguns pornôs (já vi exceções) a mulher é posta numa condição de submissão. é sempre o homem jogando a mulher para um lado e para outro como se ela fosse uma boneca inflável. mas enfim, elas exercitaram uma opção por isso, sempre tiveram a liberdade de não fazê-lo. <BR/><BR/>sei lá. pornografia não me excita, mas me diverte e não me deixa indignada. e pô, foi uma espécie de rito de passagem pra mim alugar minha primeira fita pornô aos 12 anos (eu morria de curiosidade) e assiti-las com as amiguinhas na sala, comendo pipoca e morrendo de rir.Lolla https://www.blogger.com/profile/10735794265925877481noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-58403265542595016202008-05-28T15:17:00.000-03:002008-05-28T15:17:00.000-03:00É, vc tem razão, Cavaca. Às vezes eu penso que, só...É, vc tem razão, Cavaca. Às vezes eu penso que, só porque eu tive pais liberais, que andavam nus na frente dos filhos e eram bastante desencanados quanto a sexo (eu e meus irmãos podíamos levar nossos namorados pra dormir no quarto numa boa), essa é uma regra. E sei que não é. A maior parte dos meus amigos não teve nada parecido com a educação sexual que recebi dos meus pais. Será que isso está mudando hoje em dia? Eu realmente gostaria de acreditar que sim, mas muitas vezes vejo que é mais wishful thinking meu do que a realidade.lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-40742380670156454602008-05-28T15:12:00.000-03:002008-05-28T15:12:00.000-03:00Gi, quando vc usa uma palavra hiper carregada de s...Gi, quando vc usa uma palavra hiper carregada de significado como "perversão", não pode esperar que ela seja interpretada apenas do jeito que vc gostaria. Não adianta pedir pra ler um compêndio psicanalítico pra entender o que vc quer dizer. É muito provável que, dentro da psicanálise, a palavra seja usada com outras intenções, mais "imparciais", digamos, mas vc não é psicanalista nem está falando com psicanalistas. E não está usando linguagem específica em nenhum momento (aliás, nem eu. Se não uso linguagem acadêmica nem na minha tese, não vou usá-la aqui. E eu certamente não uso linguagem politicamente correta). Não acho legal usar a palavra "traveco", como vc usou num outro blog. As palavras têm significados, e uma palavra como "traveco" tem conotação mais negativa que "travesti", a meu ver. O povo é preconceituoso, e a linguagem reflete isso. Hoje em dia tem gente nos EUA se irritando com a palavra "retard", "retardado", que é usada pra tudo que é conotação negativa. Outras expressões do povo, como um termo ostensivamente racista como "nigger", hoje só são usadas por brancos racistas, ou por negros. Mas enfim, eu não estava me referindo ao seu uso da palavra traveco. Estava falando de "perversão". Não é contraditório vc dizer que usa "linguagem do povo", mas se alguém aponta que essa palavra vem carregada de significados negativos, vc diga que não na linguagem psicanalítica, só na do povo? Não tem jeito, a gente sempre corre o risco de ser mal-interpretada quando fala ou escreve alguma coisa, porque não tem como prever como cada um vai ouvir ou ler sua mensagem. Mas minha sugestão é que, talvez, escolher algumas palavras com maior cuidado pode ajudar a ser mal-interpretada. <BR/>Não entendi o que vc quer dizer no seu comentário sobre o Ted Levine. Não li o seu texto. Vc sabe que o filme (que eu amo) Silêncio dos Inocentes até hoje é considerado homofóbico por causa do personagem do Ted, né? <BR/>Eu morei no Rio durante 6 anos, um tempão atrás. Mas não sei o que isso tem a ver. E na nossa vida a gente vive tomando posição "contra ou a favor" um monte de coisas (o que não significa que não possa mudar de opinião).<BR/>Sobre as feministas debatendo a inveja do pênis, bom, só queria esclarecer que não tenho muito conhecimento de teoria feminista. Na minha tese, no meu doutorado, li poucas análises feministas. A mais próxima da minha tese é a Laura Mulvey, quando ela discute Lacan e o "male gaze", no seu clássico artigo "Visual Pleasure and Narrative Cinema" (que vc pode ler aqui: https://wiki.brown.edu/confluence/<BR/>display/MarkTribe/Visual+<BR/>Pleasure+and+Narrative+Cinema )<BR/>Li tb um pouco de Kristeva e Irigaray, que também falam da inveja do pênis. <BR/>Mas tudo isso é discussão antiga. Por exemplo, tem um artigo da Betty Friedan de 1963 sobre isso aqui:<BR/>http://www.marxists.org/reference/<BR/>subject/philosophy/works/us/<BR/>friedan.htm<BR/>E nem é preciso ir atrás de textos feministas. Até num site “popular”, não-feminista como o Answers.com pipocam opiniões como essa, que são quase senso comum hoje em dia: “Freud's position is linked to his phallocentrism and he failed to assess the degree to which it derived from the patriarchal culture in which he lived. He studied only the case of boys in depth and deducted from it, mutatis mutandis, conclusions concerning girls. He could not conceive of women except in negative terms: in order to become a woman, a man would have to renounce his penis. He was unable to conceive of women in a positive manner, as equipped with organs in which the man is lacking. He could conceive that a man might be afraid of women who want to take his penis from him. He could not conceive of men desiring femininity, maternity, or breasts. Women could have the fantasy of being no more than castrated men. Freud asserted that the castration of women was a reality that they had to accept. He thus forced them into a feeling of inferiority from which it is difficult to see a way out.”<BR/>Bom, espero ter ajudado um pouco. Agora preciso voltar correndo a minha tese!lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-16437592037582693042008-05-28T12:32:00.000-03:002008-05-28T12:32:00.000-03:00Eu tinha 26 há quatro anos atrás...e no principio ...Eu tinha 26 há quatro anos atrás...e no principio da minha adolescência nunca tive uma conversa a respeito de sexo com meus pais. Sequer meus amigos tinham. Morríamos de vergonha inclusive. Nessa época não saberia reconhecer um ato sexual mesmo que ele dançasse pelado na minha frente. Por isso a pornografia me fez conhecer alguns mistérios.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-14064002260925150112008-05-28T11:53:00.000-03:002008-05-28T11:53:00.000-03:00Lola, não é pra "hostilizar um grupo", seja o trav...Lola, não é pra "hostilizar um grupo", seja o travesti ou quem o procura, não interessando o motivo (quase sempre de ordem sexual). Isso faz parte de um tratamento com o paciente em questão. Todos procuram analistas e não tem nada a ver com loucura ou doença. E perversão tem menos a ver com doença do que com o complexo propriamente dito. Não sei quais psicanalistas você anda lendo e sobre os quais você fala; ninguém abandonaria os conceitos do "pai da psicanálise", ainda que seguisse "outra linha de pensamento", outro analista famoso. A palavra "perversão" só pode ser mal interpretada por quem nunca leu seu significado e arrisca pegar na cultura uma explicação. Vai se enganar sempre porque essa visão é desprovida de estudo aprofundado e carregada (esta sim o é) de preconceitos, aquilo que as próprias feministas tanto combatem. <BR/><BR/>E o meu ponto de vista sobre o travesti é o mais liberal possível e por isso faço questão de ratificá-lo aqui porque venho percebendo que as pessoas subvertem o que escrevo e tiram frases de um contexto e colocam noutro ao seu bel prazer. Isso me aconteceu, faz um tempo. E podem não compreender o que escrevo e me classificar de preconceituosa sem me conhecer, especialmente se eu uso de vez em quando "uma linguagem do povo". Coisa que não acho nada demais, porque a linguagem falada, popular não desqualifica ninguém por ser popular e também não indica que essas mesmas pessoas que alguma vez se utilizam dela são preconceituosas mais ou menos que uma feminista escrevendo um texto politicamente correto. Preconceito existe e todo mundo tem e está mais encalacrado do que pensamos. <BR/><BR/>Escrevi um texto no meu antigo blog (em 2003) cujo título era algo em torno, lembrando a personagem de Ted Levine e dizendo o quanto os travestis "apenas servem" para as "alegrias" e "oba obas" da burguesia sedenta por jogar suas "père-versions" em cima deles e especialmente no carnaval. É porque você não mora aqui no Rio. Não sei se já viveu aqui. Portanto, acho ridículo tomar alguma posição "contra ou a favor" qualquer coisa, porque desmerece e reduz os discursos e a análise. <BR/><BR/>Gostaria de ler os textos das feministas criticando e debatendo a "inveja do pênis". Poderia me indicar alguns?Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-64119228014350641602008-05-28T11:02:00.000-03:002008-05-28T11:02:00.000-03:00Bom, Cynthia, minha proposta nunca foi censurar ou...Bom, Cynthia, minha proposta nunca foi censurar ou proibir pornografia. Só estou manifestando minha opinião: não gosto. E um dos motivos é que acho que a indústria pornô não me inclui, não pensa em mim, e em muitas mulheres. O outro motivo é que, do jeito que é, pornografia me parece ter muito mais a ver com dinheiro que com sexo. Mas eu quero que haja mais diversidade em TODAS as áreas, e pornografia é uma delas. <BR/><BR/>Gi, a idéia do Freud sobre a inveja do pênis já foi tão discutida, e tão arrasada pelas feministas, que não tem muito mais gente que a leva a sério hoje. Pelo menos faz muito tempo que não leio algum texto sobre isso que não seja pra desprezar totalmente essa hipótese.<BR/>E como assim, " 'Ter inveja que o homem faz pipi em pé' não tem nada a ver com a 'inveja do pênis'. Aí é uma questão de anatomia. ;-)" ? E o pênis é um órgão apenas sexual? Pensei que tb fosse um órgão fisiológico, que serve pra fazer xixi. Sei que o conceito da inveja do pênis não se refere a isso, mas tô querendo ilustrar que a minha inveja do pênis se refere apenas a essa parte. Pra parte sexual do pênis não tenho inveja nenhuma, só admiração. <BR/>E Gi, quanto às "perversões", vc não acha que a definição sobre o que é e não é perversão deve ter mudado bastante nos últimos 60 anos? Não creio que hoje deve haver muitos psicanalistas que chamem transar com travestis de perversão. Ao menos espero que não. Inclusive porque a palavra "perversão" tem uma conotação muito pesada, de algo condenável mesmo. Um termo assim, usado por psicanalistas, serviria pra hostilizar um grupo que já é suficientemente hostilizado (não que os psicanalistas não tenham feito isso antes, mas a gente espera que, no século 21, eles tenham aprendido a lição?).lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-88691157578777012572008-05-27T21:20:00.000-03:002008-05-27T21:20:00.000-03:00Já ia esquecendo: se você ler algum livro de Freud...Já ia esquecendo: se você ler algum livro de Freud e consultar alguns psicanalistas, transar com travestis está na lista das "père-versions". Evidentemente, isso não quer dizer que quem faça isso seja maluco ou doente ou que eu que estou escrevendo aqui concorde com isso, ou queira estabelecer regras quanto a esse assunto. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa ;-))Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-54002147039802088872008-05-27T21:17:00.000-03:002008-05-27T21:17:00.000-03:00Lola, não disse que nunca acontece, mas a Psicanál...Lola, não disse que nunca acontece, mas a Psicanálise não foi inventada na cultura oriental; é daí que vem meu raciocínio. Aliás, nessas "conversas de blog", ele é quase sempre pautado nas teorias freudianas. <BR/><BR/>Sobre a "inveja do pênis", eu deveria ter explicado melhor (mas até os "psicoterapeutas da mídia" fazem besteira!): esse conceito é totalmente inconsciente, Lola, ou seja, não é possível puxá-lo para o consciente. Ele é a base de todos os problemas humanos a partir da estrutura da psique e toda essa falta de entendimento entre homens e mulheres é o que, aliás, rende a tensão (tensão esta que é quase inexistente na cultura/religião muçulmana), responsável também pelo "belo encaixe" - e aí voltamos pra natureza.<BR/><BR/>"Ter inveja que o homem faz pipi em pé" não tem nada a ver com a "inveja do pênis". Aí é uma questão de anatomia. ;-)Gisela Lacerdahttps://www.blogger.com/profile/10706239766177575303noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-24315208285718255722008-05-27T19:36:00.000-03:002008-05-27T19:36:00.000-03:00Olha, eu sou das que acha graça em alguns tipos de...Olha, eu sou das que acha graça em alguns tipos de pornografia, e penso que não tem como proibir nem fazer de conta que não existe, pois expressões da sexualidade fazem parte da natureza humana. Individualmente, cada um/a escolhe o que lhe dá mais prazer.<BR/><BR/>Concordo com as suas observações sobre a produção dos filmes, sobre os closes, a sucessão de performances (como se ser performático fosse a única forma de se fazer sexo), as perversões e o duplo padrão (amei o "Once I thought I was a slut...", é bem por aí mesmo).<BR/><BR/>Mas a minha conclusão seria por criar pornografia que superasse isso, proporcionando outros tipos de expressão. Acho que temos é divulgar mais, abrir mais espaço para olhares diferentes, que não tratem mulheres como substitutas de bonecas infláveis (é essa a impressão que eu tenho quando assisto alguns filmes, a mulher é tão jogada de um lado pra outro, sem vontade própria, que se for trocada por uma boneca inflável, provavelmente o cara não vai notar a diferença).Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-50191804611358420072008-05-27T18:52:00.000-03:002008-05-27T18:52:00.000-03:00Ai, Ale, eu so consigo ver pornografia dando poder...Ai, Ale, eu so consigo ver pornografia dando poder as mulheres em pouquissimos casos, mas obrigada por expor sua opiniao.lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-44719558304411081072008-05-27T16:11:00.000-03:002008-05-27T16:11:00.000-03:00Ai, todo mundo já escreveu tudo, não sobrou nada p...Ai, todo mundo já escreveu tudo, não sobrou nada pra mim :)<BR/>Então, só pra pontuar: eu sou das feministas que acham que pornografia dá poder às mulheres.Ale Picolihttps://www.blogger.com/profile/10766115200394446961noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-33280656126901025772008-05-27T15:46:00.000-03:002008-05-27T15:46:00.000-03:00Gi, concordo contigo que nós, mulheres ocidentais,...Gi, concordo contigo que nós, mulheres ocidentais, não somos livres coisa nenhuma. (já escrevi um post sobre isso, só falta publicar). E acredito que muitas mulheres muçulmanas possam ser felizes. Conheço muçulmanas que são felizes. Mas essas mulheres não têm muita escolha. Se elas não forem felizes, não vão poder fazer muita coisa a respeito. <BR/>Sobre perversões, não sei o que vc quer dizer. Outro dia no blog da Lu vc definiu transar com travestis como perversão, e eu não usaria esse termo. Pra mim perversões são pedofilia, zoofilia e necrofilia. Só. E tenho certeza que isso acontece nos países muçulmanos tb.<BR/>E sorry, Gi, por mais que eu goste do Freud (e gosto mesmo!), não tenho nenhuma inveja do pênis. Quer dizer, só um tiquinho, porque poder fazer xixi em pé deve ser o que há!<BR/><BR/>Chris, essa é exatamente a minha opinião a respeito da pornografia. Pra mim não funciona. Bom que funciona com outros.lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-52699273496015967632008-05-27T15:38:00.000-03:002008-05-27T15:38:00.000-03:00Cavaca, como assim, na sua época os seus pais não ...Cavaca, como assim, na sua época os seus pais não falavam contigo sobre sexo?! Mas vc não tem 26 anos?! Acho que, em muitos casos, os pais continuam sem falar com os filhos sobre sexo. E isso é tão ruim! Tem muito menino que vê filme pornô como se fosse aula de educação sexual. Acho que dá uma idéia muito deturpada sobre o que é sexo. E é justamente uma sociedade puritana, onde o sexo é mais tabu, que vai lançar idéias deturpadas em relação ao sexo. E tem o lance da religião, que condena o sexo. <BR/><BR/>Oi, Rê. Obrigada pela dica do documentário. Sim, deve haver filmes pornôs feito por lésbicas e pra lésbicas, embora o mercado não deve ser um décimo do que é o mercado pornô gay. Sobre os sex shops, quem sou eu pra condenar quem goste? Só não gosto dessa imposição da mídia: "Mantenha seu casamento quente! Use lingerie! Compre brinquedinhos no sex shop! Veja filme pornô!". Porque é tudo feito pra vender, e será que não dá pra ter prazer sem tudo isso? Pagar pra ter prazer, pra mim, soa como pagar pra respirar. Mas acho que cada um deve fazer o que quer. De preferência sem ser tão influenciado(a) pela mídia. Essa conversa agora tá indo pro campo da pureza. Sabe como a gente acha ingênuo quem acredita na pureza da escrita? Aqueles escritores que não querer se corromper com dinheiro? Acho que ainda quero o meu sexo puro, sem comércio no meio.lola aronovichhttps://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-72834537506790614602008-05-27T14:33:00.000-03:002008-05-27T14:33:00.000-03:00Caramba, já nem sei mais o que eu ia comentar...En...Caramba, já nem sei mais o que eu ia comentar...<BR/>Enfim, não curto pornô, não consigo me excitar com os gemidos em série, as caras e bocas (e salto altos) das atrizes, é tudo muito fake.<BR/>Concordo com sua opinião sobre a <BR/>(de)formação que os filmes podem exercer sobre adolescentes, lógico. Conheço um caso desses, super bizarro... enfim, não julgo quem gosta/curte, mas esta não é a minha praia!<BR/>BeijosAnonymousnoreply@blogger.com