tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post3237243612967229058..comments2024-03-28T03:16:00.227-03:00Comments on Escreva Lola Escreva: GUEST POST: ABUSO, CULPA, E RESPOSTA ERRADA DE MÃElola aronovichhttp://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-24305992559898927652018-11-07T17:57:09.503-03:002018-11-07T17:57:09.503-03:00O todxs, parabéns Lola pelo blog. Vejo que a maior...O todxs, parabéns Lola pelo blog. Vejo que a maioria dos comentários são de meninas. <br /><br />Eu sou homem e quero parabenizar (e agradecer) vocês todas por contar as histórias e acrescentar que conheço vários casos na família (com meninas e meninos), e o padrão é quase sempre o mesmo: o abusador é alguém do convívio familiar "confiável", outréns que não acreditam e sequer dão ouvidos ao que dizem as crianças. Primos, tios, padastros, padres, pessoas de confiança dos pastores e padres, etc. tive uma ex-namorada que recentemente me confessou abuso sofrido dentro da igreja (o padre acobertou, mandou o abusador sumir por uns tempos).<br /><br />Ainda bem que até artistas do mundo do cinema estão denunciando. E esses relatos de vocês começaram em 2012.<br /><br />Depois da denuncia contra o ator famoso da globo, senti que foi um momento de grande impacto histórico. Isso precisa mudar, as universidades estão fazendo campanhas, mas as igrejas são silenciosas (o papa Francisco fez um comentário que a igreja é um reflexo da sociedade, é verdade padres são seres humanos, mas ficou nisso, precisa de educação sexual nos conventos e seminários, precisa de aulas de direitos humanos em especial o das crianças), não dão instruções e mais agora o congresso conservador (de 2018 e o próximo de 2019) querem implementar escola sem partido e não permitir educação sexual nas escolas.<br /> <br />Eu tive educação sexual na escola em 1982. Achei ótimo, aprendi cedo que não devia abusar de ninguém e nem deixar ser abusado. Hoje em dia dou instruções para meus irmãos e irmãs (que são pais, tios avós, tenho sobrinha que é homo) e ajudo a prestar atenção. Uma irmã separou do marido por conta de comportamentos dessa natureza com sobrinhas. Isso vai mudar e o relato de vocês é essencial para isso.<br />Muito bom a forma madura e segura com que o Blog trata disso. Foi uma escola ver os relatos de vocês! E me emociona, pois valorizo a vida, valorizo a simplicidade das crianças, como elas aprendem tudo que ensinamos, é uma responsabilidade com a humanidade que é muito grande, muito importante e forte!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-3437756765443669452016-12-22T19:27:04.510-03:002016-12-22T19:27:04.510-03:00A única coisa que me alivia é saber que o que eu s...A única coisa que me alivia é saber que o que eu sofri (eu ainda não sei lidar com isso: tentava minimizar o abuso ou não dar importância para a lembrança) não aconteceu só comigo. Minha inocência era tão grande que continuava a frequentar a casa dele. Ele era um cineasta e eu aprendi a colocar filmes no projetor, participava de filmagens, sabia recortar e colar filmes, aprendi a revelar fotografias muito cedo na minha vida. Engraçado é o fato de não me lembrar de quantos anos, exatamente, eu tinha nesta época. Lembro de que o cineasta fez o filme "o mundo de anônimo júnior" e um curta sobre o "casqueiro" que foi feito nos mangues de Cubatão. O engraçado é que não consigo descrever o que deveria ser o mais importante: como um homem envolvido com arte e cultura, era um pedófilo e como eu (juro por Deus) ainda não fico chocada com isso<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-40250635563072636482014-09-10T18:35:42.188-03:002014-09-10T18:35:42.188-03:00Eu também sou uma vítima.
Aos 26 anos me lembrei ...Eu também sou uma vítima.<br /><br />Aos 26 anos me lembrei do abuso. Eu tinha 5 anos, meu primo 16. Lembrava apenas que ele colocava a minha mão em seus pênis e se masturbava, eu sentia aquele negócio estranho e peludo. Fim. Ali acabou minha memória. Dois anos depois, agora, a memória me prega uma peça. Faço terapia há 2 anos e meio e ultimamente tenho passado por um período depressivo mas já estava melhorando. Então, veio e lembrança um sentimento de vulnerabilidade ao estar deitada na cama. No mesmo momento, veio na minha cabeça esse problema que tenho com a minha sexualidade. E por fim, a imagem desse meu primo. Aquilo me deixou encanada, eu não sabia o que era. No dia seguinte fiquei pesquisando sobre o assunto, apavorada, tentando me lembrar de alguma coisa. Ao falar com duas amigas do trabalho, uma acaba falando que poderia ser invenção da minha cabeça, que era pra eu esquecer. Chegando em casa faço esforço, choro, tem algo errado. Então lembrei de um dia em que minha mãe ia me deixar lá com este primo, por um momento eu senti que não queria ficar com ele, mas eu sentia um frio na barriga que era gostoso qdo ficávamos sozinhos. Era isso. Ele se masturbava colocando minha mão no pênis dele, e me masturbava. Pq ele fez isso comigo??? Que Deus é esse que permite que a sua inocência seja roubada desta forma? E passar uma vida toda reprimindo essa lembrança, reprimindo o meu prazer, pq sempre senti nojo e culpa. Me sentia suja. Eu sempre senti vontade de sumir, eu sempre senti este ódio, nojo e culpa... E hoje eu sei pq. E por mais que este sentimento me invada... Eu agora sei que não estou sozinha. Minhas duas amigas do trabalho tmb foram abusadas. Leio todos os comentários e... Muitas aqui já foram... E eu quero superar isso. Quero ser forte, por mais que hoje eu só consiga sentir dor.<br /><br />Obrigada Lola. Graças a vc eu conheci o feminismo. Hj sei que não foi à toa.Nathnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-2445217373946138312013-01-22T17:26:05.401-03:002013-01-22T17:26:05.401-03:00Você não é culpada, acredite. Todos devem te falar...Você não é culpada, acredite. Todos devem te falar isso, mas você não estava ciente do que estava acontecendo de fato. Você não sabia o quão errado era, você apenas tinha um palpite. Você era uma criança que se sentia culpada, não se preocupe, querida. Desejo tudo de bom pra você e para sua namorada :)Thaísnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-16830255452099685772012-12-19T15:36:46.866-03:002012-12-19T15:36:46.866-03:00Muito obrigada por todos os comentários, fiquei fe...Muito obrigada por todos os comentários, fiquei feliz pois me reconfortaram e ao mesmo bateu uma tristeza de ler outros relatos semelhantes, mas quando eu decidi escreve-lo, tinha certeza de que eu não seria a única. Talvez fosse uma boa idéia pensar em um espaço na internet (de inicio) para que as pessoas possam compartilhar suas histórias, porque é incrível como realmente faz bem. E como disse, já superei a culpa pelo que aconteceu comigo, mas o que mais me pegou foi a minha omissão quando eu sabia que havia outra menina passando pelo que passei. E quanto a minha homossexualidade, não me importam os motivos pois isso não é um problema para mim. Só fiquei irritada com a reação da minha mãe pois em nenhum momento ela pareceu se preocupar com o que realmente aconteceu comigo, se preocupou somente em achar um "estopim" para a minha homossexualidade. Mais uma vez, obrigada pelos comentários.Lnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-20803929014914379602012-12-17T14:13:42.731-03:002012-12-17T14:13:42.731-03:00Já fui abusada diversas vezes, em diferentes etapa...Já fui abusada diversas vezes, em diferentes etapas da minha vida. E nunca consegui ter uma reação de "gritar", "correr" ou "contar" para alguém o que se passava comigo. <br />Lembro de quando morava em uma casa de dois andares, e no andar de cima moravam meus primos (3). Quem tomava conta de mim era minha avó, então todos brincávamos juntos. E me lembro de entrarmos num quarto escuro e todos eles brincarem de "médico" comigo. Eu devia ter entre 4 a 5 anos.<br />Depois me mudei p/ outro estado, e nesse lugar minha mãe foi morar na roça e me deixou morando c/ minha tia/tio (q tinham 2 filhas). Essa minha tia tem um irmão bem mais novo (na época ele devia ter uns 17-19 anos) e lembro que ele ia quase todos os dias brincar c/ a gente. E ele me fazia sentar no colo dele p/ jogar baralho, e nisso ele colocava a mão dele dentro da minha calcinha e me bolinava (eu devia ter entre 6-7 anos). Em outra oportunidade, lembro de irmos a casa dele (mãe da minha tia), e nesse dia me levou p/ o quarto e tentou me penetrar (e acho q conseguiu, pq eu sentia muita dor).<br />Em outra época (agora já adolescente, devia estar c/ 15/16 anos), fui fazer aula de informática (estava começando o boom dos computadores). E o professor sempre que podia passava as mãos no meus seios ou no meio das minhas pernas.<br /><br />Eu sempre fui retraída, as pessoas me achavam tímida demais, muitas diziam que eu tinha uma depressão incurável, que eu não gostava de convivência.... Uma coisa que sempre me recordo, é que tinha vários pesadelos em que não conseguia correr/gritar/falar). Mas sei que isso era um reflexo do que eu passava, e só hoje consigo entender.<br /><br />Eu nunca contei isso p/ ninguém, mesmo hoje c/ 35 não consigo falar disso c/ minha mãe/pai.<br /><br />Meu pai foi fruto de um estupro. Minha avó foi estuprada sistematicamente pelo pai dos 9 ao 16 anos quando engravidou.<br /><br />Meu esposo foi abusado pela prima também quando tinha uns 9/10 anos.<br /><br />Não é fácil p/ mim falar disso aqui, fico até hoje c/ um nó na garganta quando me lembro. Mas esse blog me ajudou muito com isso. Hoje consigo ver que não foi a errada, que não fui a culpada.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-10977171070287873632012-12-17T13:26:12.124-03:002012-12-17T13:26:12.124-03:00Meu Deus... quando leio essas histórias me sinto l...Meu Deus... quando leio essas histórias me sinto lançado em um filme de terror... não sei se por ser homem ou por ter tido sorte de ter uma boa família (e olha que a minha não é das melhores, com meu pai nos abandonando quando éramos apenas uma mulher com quatro criamças)...enfim, fico perplexo com esse mundo, nunca vou me acostumar com isso.<br /><br />Bruno de Almeida SilvaAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/02947410765325853558noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-32294590752980700582012-12-17T13:14:20.321-03:002012-12-17T13:14:20.321-03:00Muito triste com esse relato. Mas aliviada por voc...Muito triste com esse relato. Mas aliviada por você ter ao lado uma pessoa que te apoia e conforta.<br />E sim, é muito importante contar o que aconteceu; Não muda o passado, mas alivia a dor do presente.<br />Força, L. Você não está sozinha.<br /><br />Bruna B.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-4515719282504620992012-12-17T10:59:53.731-03:002012-12-17T10:59:53.731-03:00guest poster.
Olha, foda.
Que bom que pelo menos ...guest poster.<br /><br />Olha, foda.<br />Que bom que pelo menos você tenha conseguido alívio ao dividir a sua história.<br /><br />E se você está dizendo que é gay por ser gay, é e ponto. Ser gay não é uma resposta a algum trauma, é apenas mais uma orientação sexual. Infelizmente algumas pessoas precisam acreditar que existe um motivo para você "ter se tornado" gay e que sendo assim, não é tão ruim. Não é como se você fosse gay, você só passou por algo que te tornou assim, então você pode voltar a ser hetero. É ridículo, eu sei. Mas o importante é você se sentir bem consigo mesma.<br /><br />--<br /><br />Anonimo das 23:40<br /><br /><br />Se você tem tanta certeza das suas convicções, por que posta como anônimo?<br />Tenha coragem de assinar o que diz antes de querer cobrar os outros.Mirellahttps://www.blogger.com/profile/05034718739317003890noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-2193356089183329842012-12-17T10:55:25.469-03:002012-12-17T10:55:25.469-03:00Sou homem e mesmo tendo muito contato com amigas f...Sou homem e mesmo tendo muito contato com amigas feministas e causas sociais (até por ser cientista social), eu não fazia ideia de que os casos de abusos eram tão frequentes. Acho curioso como poucos homens comentam os posts aqui. Talvez por uma certa vergonha, por manterem-se longe das causas feministas ou quem sabe por não terem a identificação com os relatos, já que muitas iniciam o comentário já dizendo que entendem o relato por ter passado por algo parecido.<br /><br />No meu caso específico sinto uma enorme vergonha quando leio certos relatos e penso no quanto algumas conversas em rodinhas masculinas chegam a dar nauseas. Penso também nas pessoas ao meu redor. Com tantos relatos semelhantes, quantas mulheres ao meu redor - no serviço, na faculdade, na família - não passaram por algo semelhante e não contam? Quantos homens próximos - amigos, parentes, companheiros de trabalho - já tiraram a máscara de bom moço para mostrar as garras nojentas do machismo?<br /><br />Que mundo de m****!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-47305902715962780992012-12-17T09:34:33.554-03:002012-12-17T09:34:33.554-03:00Compartilho da opinião da Lívia Pinheiro. Por que ...Compartilho da opinião da Lívia Pinheiro. Por que ela não pode, de fato, ter se tornado homossexual por causa do abuso? Gostaria de entender por que parece ser um tabu para os homossexuais considerar essa possibilidade.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-34323293990878346732012-12-17T09:02:34.536-03:002012-12-17T09:02:34.536-03:00Lolita, estou com meu coraçãozinho partido por cau...Lolita, estou com meu coraçãozinho partido por causa desse post.<br />Me lembrou o filme "Mistérios da Carne". Se você e a L. não assistiram, vale a pena. É triste, é pesado, mas ajuda a entender o abuso infantil.<br />Espero que a mãe de L. entenda que a sexualidade dela não está ligada a esse trauma.<br />Um beijo.Luiza Luthhttps://www.blogger.com/profile/12398401299287029658noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-43877885111655886672012-12-17T07:59:25.679-03:002012-12-17T07:59:25.679-03:00Minha mãe sempre me aconselhou desde pequena. Um p...Minha mãe sempre me aconselhou desde pequena. Um pai da coleguinha dela passou a tocou quando era pequena e ela não queria que isso se repetisse comigo e com minha irmã. Ah, ele também teve uma tentativa de estupro depois de mais velha, mas não aconteceu nada, graças a Deus. Ela sempre me dizia que éramos melhores amigas e que tudo o que acontecesse comigo eu deveria contar. Além disso ela me dizia que se um homem passasse a mão em mim era errado e que eu deveria contar pra ela, não importando quem fosse esse homem.<br /><br />Um dia um vizinho me colocou no colo e tentou passar a mão por debaixo da minha camiseta. Eu não tinha seio nenhum, devia ter uns 8 anos. Saí de lá na hora e contei pra ela. Ela falou com a filha dele, nossa vizinha, e ela brigou com ele, falou um monte e nunca mais deixou ele ficar perto de crianças.<br /><br />Minha irmã foi tocada pelo meu avô uma vez quando fomos visitá-lo, e ela tbm contou. Mas até hoje não temos coragem de contar pro nosso pai, pois ele é super protetor e mataria meu avô. Como ele mora em outra cidade, nunca vemos ele. Mas ultimamente ele anda ligando mto pra minha mãe e ela trata ele com frieza. Ele deve ter percebido, mas mesmo assim liga. Ele abandonou nossa avó, foi um pai ausente pra minha mãe e ainda fez isso.<br />Sempre digo pra minha irmã não pensar nisso e esquecer, pois de um jeito ele vai pagar.<br />Me sinto sortuda quando leio esses relatos, pois nunca aconteceu nada grave comigo e por minha mãe ter sido realmente uma amiga.<br />Se eu tiver filhos (não quero pois acho esse mundo uma merda) .. mas se acontecer de ter, enfim, vou conversar muito e contar sobre essas coisas desde cedo. Não dá pra facilitar. Karla Shimenehttps://www.blogger.com/profile/01420149300346018765noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-78985368060953884852012-12-17T04:07:58.938-03:002012-12-17T04:07:58.938-03:00Eu passei por abuso sexual dos 7 até os 9 anos, e ...Eu passei por abuso sexual dos 7 até os 9 anos, e te digo... me sinto culpada até hoje e minha vida de certa forma acabou ali, pq eu nunca mais fui a mesma, tive e tenho depressão, ansiedade, sou ciumenta demais. Hoje estou com 29 anos, casada, dois filhos... uma vida muito boa no geral e ainda me trato das sequelas dos abusos, se parar de tomar ansiolítico acho que morro de vez. Meu maior medo é acontecer alguma coisa com meus filhos, sei que protejo muito mas sou insegura mesmo...Kathleennoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-7990751232072871932012-12-16T15:09:53.156-03:002012-12-16T15:09:53.156-03:00[ironia on] Ahh, claro que foi por causa do abuso ...[ironia on] Ahh, claro que foi por causa do abuso que ela "pegou" a homossexualidade... mesmo porque isso é uma doença contagiosa e todos sabem disso!!<br />[/ironia off]<br /><br />L,<br />Baah, nem tenho como dizer que te entendo pacas... como muitas aqui disseram, eu tbm passei por isso entre os 6 e os 8/9 anos (não temho certeza, a gente meio que bloqueia, <br />eu acho)...<br />Mas vai la guria, força. Curte esse amor que te deu força e entendeu que tu precisavas desabafar...<br />Não te prende ao passado, tenta seguir em frente sempre, por ti, por ela (tua namo)e pelo futuro que vocês já devem estar planejando!<br />Não posso falar nada acerca da culpa que dizes sentir, pois seria hipócrita, afinal me sinto assim todos os malditos dias da minha vida. Mas não foca lá atrás, pensa no hoje e no amanhã, e vai!!!<br />Como disseram anteriormente nos comentários:<br />"Sinta-se abraçado por mim!"<br /><br />Beijão e força, guria!<br /><br /><br /><br />PS: Lola, há tempos não vinha aqui, mas continuas te superando.<br />Lindas as fotos de Jeri!L. Britonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-9715443176482165522012-12-16T14:23:40.427-03:002012-12-16T14:23:40.427-03:00Também concordo com a F.
Este mito romântico da mã...Também concordo com a F.<br />Este mito romântico da mãe/pai que quer "acima de tudo" o bem dos filhos.<br />A realidade parace bem diferente mesmo.<br />Talvez por, no fundo, acrediramos e termos a expectativa neste mito que sofremos quando pais não ficam dos nossos lados.<br />Seria mais saudável para todas nós se tentássemos pensar que isto é um mito e tirarmos pais dos pedestais. Eles tambem podem ser hipócritas, egoístas, mesmo quendo se trata numa relação pai/mãe-filho.<br />abraçosVivinoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-24607345662844770922012-12-16T13:15:44.584-03:002012-12-16T13:15:44.584-03:00As feminista no assunto genero acham que tudo é u...As feminista no assunto genero acham que tudo é uma construção social ,que somos uma folha em branco que se escreve qualquer coisa... OK<br /><br />Ah mas dizer que sexualidade é uma construção psiquica e pode ser mudada é preconceito...pessoas hetero,homo,bi,trisexuais nasceram assim e acabou ! não discute !<br /><br />Por que dessa dicotomia ?<br />Decidam o que pensam !somos folhas em branco ou já nascemos com algo escrito ?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-61844232477853169432012-12-16T11:43:42.888-03:002012-12-16T11:43:42.888-03:00E se fosse mesmo por causa do abuso que ela se tor...E se fosse mesmo por causa do abuso que ela se tornou homossexual? E daí? Que diferença isso faria? A única razão pela qual alguém é infeliz por ser homossexual se chama homofobia, não existe nenhuma outra razão para isso ser algo indesejável.<br /><br />Meu primeiro amor foi a Julie Andrews de noviça rebelde quando eu tinha uns sete anos, seguidos por muitos outros, todos do gênero feminino. Portanto, se não nasci lésbica, tornei-me bem cedo. Mas conheci mais de uma mulher que me disse ter, por livre e espontânea vontade, ter virado (a palavra é bem essa mesmo) lésbica. As razões eram um pouco variáveis, mas giravam basicamente em torno do tema "machismo intolerável em relacionamentos hetero". Uma delas aparentemente tinha "tendências bissexuais", mas a outra me garantiu que jamais passou por sua cabeça se relacionar afetivo-sexualmente com mulheres antes de conhecer o feminismo. Estou falando isso para mostrar como esse papo de inato versus aprendido é enganoso, porque não existe uma única razão pela qual as pessoas são homo/hetero/bi/assexuais.<br /><br />Por fim, acrescento que admiro pra caralho quem passa por uma coisa dessas (tema do post) e sobrevive. Eu sei que eu não conseguiria.Lívia Pinheirohttps://www.blogger.com/profile/15803768892847085223noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-13730265282207240922012-12-16T09:17:22.243-03:002012-12-16T09:17:22.243-03:00Puxa, espero que a L. se fortaleça cada vez mais. ...Puxa, espero que a L. se fortaleça cada vez mais. Sei que falar sobre isso é muito importante.<br /><br />Fico impressionada com a quantidade de mulheres que relatam ter ofrido a mesma coisa nestes posts.<br />Toda minha solidariedade.<br />Estupro e pedofilia são imperdoáveis e espero que nssa luta feminista consiga acabar cada vez mais com isso.Vivinoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-27242853304155697212012-12-16T08:29:31.920-03:002012-12-16T08:29:31.920-03:00Olá L.
Toda a solidariedade a você nessa hora. É c...Olá L.<br />Toda a solidariedade a você nessa hora. É comum que sobreviventes (acompanhando o Project Unbreakable, aprendi que a gente não chama ninguém de "vítima de câncer" para sempre e nem de "vítima de atropelamento" para sempre. E sim de "sobreviventes". Do mesmo modo, aquelxs que já passaram por abuso sexual sobreviveram. E, espero, hoje vivem) continuem buscando seus/suas abusadorxs para tentar entender o que aconteceu e tentar fazer com que as coisas "fiquem normais" ao invés de aceitar que isso tudo foi muito errado e que "nada está bem". Então, eu sou mais uma pessoa a te dizer: não se culpe.<br />Sobre a sua preferência sexual, não acho que ninguém "nasce homossexual" (ou hétero, ou bi, ou pan), acho que uma série de experiências vão se combinando de forma sutil a fazer com que gostemos mais disto ou daquilo. E, se você acha que ser sobrevivente de abuso nada tem a ver com isso, a preferência é sua e ponto. Não tem nada a ver com isso. Você quem sabe dela.<br />Você já fez terapia? Para lidar com os conflitos que estão dentro de você, encará-los, poder fazer explodir toda a raiva contida... Enfrentar a mim mesma através de um mediador (meu terapeuta) fez com que eu superasse muitos traumas sérios que me faziam agir de modos que eu não gostava e não entendia. Pense a repseito ;)<br />É incrível como tantxs de nós temos histórias de horror relacionadas à sexualidade e violência. Se nossa sociedade parasse de tratar o bom e velho sexo consensual como um horror, um tabu, talvez menos de nós passariam pelo verdadeiro horror (talvez menos homens e mulheres fossem criadxs com sua sexualidade entortecida, virando estupradorxs).<br /><br />Abraços fortes,<br />MariaMariahttps://www.blogger.com/profile/16199130629118959407noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-23789974970757834522012-12-16T05:48:43.700-03:002012-12-16T05:48:43.700-03:00Quando eu leio esses relatos eu penso na imensa so...Quando eu leio esses relatos eu penso na imensa sorte que tive. Nunca fui abusada por ninguém. Mas de uma coisa eu tenho certeza - se tivesse acontecido algo assim comigo (independente da idade), e eu contasse pra minha mae, ela JAMAIS ficaria do meu lado e com certeza iria incutir em mim ainda mais culpa.<br />Lendo os inúmeros relatos que a Lola já publicou e os comentários de quem conta histórias similares é bem comum ver como os pais sao omissos.<br /><br />Talvez essa observacao seja inadequada aqui, mas tenho que faze-la mesmo assim - é um MITO dizer que TODAS as maes amam incondicionalmente seus filhos, que ficariam sempre ao seu lado e que os ajudaria a passar por qualquer tormenta que a vida nos traz. Muitas delas nao hesitariam um momento sequer em sacrificar o bem estar de seus filhos em nome da "boa família", da "honra" ou qualquer outra coisa que elas ( e claro, os pais) consideram mais importante.<br /><br />F.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-45963326929375511012012-12-15T23:40:59.352-03:002012-12-15T23:40:59.352-03:00Lolinha, já que é assim, por que você não desafia ...Lolinha, já que é assim, por que você não desafia o Silas Malafaia ou o Olavo de Carvalho para um debate? Você não tem plena certeza das suas convicções?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-21519727987985556202012-12-15T22:13:13.788-03:002012-12-15T22:13:13.788-03:00Ai Lola do céu... Fico arrasada quando leio histór...Ai Lola do céu... Fico arrasada quando leio histórias como essas... Como posso ter fé na humanidade assim? Como ter esperança? Vou dormir com o coração quebrado, mais uma vez, por uma história que novamente comprova a que ponto chega a crueldade do ser humano. :(<br /><br />L. querida, preciso te dizer que uma de minhas melhores amigas foi violentada dos 4 aos 12 anos de idade, e a vida dela deu uma reviravolta graças a terapia. A terapeuta dela a chamava de "milagre da terapia", portanto é muito importante que você faça um acompanhamento com um excelente profissional. Tenho CERTEZA que irá te ajudar! Sinta-se abraçada por mim. Força! :)Carlinhahttps://www.blogger.com/profile/03270950571316090731noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-64824722081828016662012-12-15T21:58:45.623-03:002012-12-15T21:58:45.623-03:00L., me identifiquei muito com o seu relato.
Tamb...L., me identifiquei muito com o seu relato. <br /><br />Também sofri abuso na infância e meu maior medo de revelar, à época, era justamente o teu: meu pai matar o sujeito, que era subordinado a ele e a minha mãe na empresa em que ambos trabalhavam. <br /><br />Toda vez que eu ia na empresa - e não eram poucas - o abuso acontecia, sempre na sala dele, vazia, só eu e ele. As lembranças são entrecortadas, como as suas, mas lembro de sentar no colo, ele se roçando em mim, de sentir o pênis ereto por debaixo da calça. Lá se vão mais de 20 anos e sinto vontade de vomitar só de evocar essas lembranças.<br /><br />Lembro, também, da culpa, do medo e da ingenuidade dos meus pais, chefes que admiravam o trabalho daquele excelente funcionário. Passei a sentir terror só de pensar em estar a sós com aquele homem. E passei a ter dificuldade, por um tempo, de deixar meu próprio pai - meu melhor amigo até hoje, o melhor pai que alguém pode sonhar - ter contato físico comigo, abraçar, beijar. Recordo-me nitidamente de uma noite em que saí de carro com o meu pai pra pegar um desenho animado na locadora e, sentada no banco do carona, bati na mão dele quando ele a pousou no estofado do meu assento, perto da minha perna. Ele, pai jovem e amoroso, ficou sem reação, sem entender, me olhando com uma perplexidade que jamais poderei esquecer.<br /><br />O que mais posso te dizer? O que resta a fazer é tocar o barco e tentar curar a ferida com os instrumentos que estão à mão: terapia, apoio de pais, amigos, familiares, companheiro (a), igreja, grupos sociais de que participamos, à nossa escolha. Eu sempre fui muito madura e não demorei muito pra entender o que me aconteceu. Só me surpreendo, dia após dia, com a quantidade de relatos tão semelhantes entre si.<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-72009480050812127932012-12-15T21:34:16.153-03:002012-12-15T21:34:16.153-03:00Me emocionei com seu relato, também por me identif...Me emocionei com seu relato, também por me identificar. Eu sei bem o que é essa culpa. <br />No meu caso, fui abusada diversas vezes por um primo (primo mesmo, de primeiro grau), 16 anos mais velho que eu. Isso começou quando eu tinha 9 anos e nós havíamos nos mudado para uma casa praticamente ao lado da minha tia. E, na época, como eu tinha mudado também de colégio, para um bem mais difícil, meu pai me mandava estudar matemática com esse primo, recém-formado em engenharia. Eu estudava com ele, sofria abuso, ia mal na escola, e meu pai me mandava estudar mais ainda com ele. Para meu pai, ele me dava aulas particulares de graça, e eu que não me esforçava e era péssima aluna. E eu não conseguia falar, contar, romper esse ciclo. Ele era o filho/sobrinho/neto-perfeito, brilhante engenheiro, ainda por cima bonzinho por ajudar a priminha com dificuldades para aprender(dificuldades que eu nunca tinha apresentado antes, pois era, até então, uma ótima aluna na escola anterior).<br />Lembro que uma vez uma empregada da minha tia viu, e eu fiquei com um misto de pavor, medo e ao mesmo tempo alívio, por achar que ela ia contar e aquilo ia acabar. Mas ela não falou nada, talvez por medo de perder o emprego.<br />Os abusos só acabaram porque ele casou e se mudou para longe. <br />Isso também "sumiu" da minha cabeça por MUITO tempo. Eu só voltei a me lembrar dos abusos quando tinha 26 anos (sou bem mais velha que vc, tenho 45 anos), já casada. Acho que a forma que minha cabeça encontrou de segurar o tranco, foi escondendo isso por um tempo, até eu estar forte para encarar. A primeira pessoa a saber foi meu marido, que me deu todo apoio do mundo. Eu pensei em nunca contar nada para minha mãe, mas há pouco tempo, num momento de raiva, botei pra fora. Esse meu primo abusador sofreu um AVC há 5 anos, e ficou com sequelas. Está inválido, com metade do corpo paralisado, em cadeira de rodas e dependendo de cuidadores. Minha mãe veio reclamar que eu nunca mais visitei minha tia (que já está bem idosa) nem meu primo. E aí, durante essa cobrança, eu falei o que ele fez comigo. Minha mãe perdeu o chão. A única coisa que ela disse foi "Então foi Deus que deixou aquele monstro assim! Tomara que ele morra sofrendo muito!". E nunca mais esse assunto voltou a ser tocado por ela.<br /><br />Você não está sozinha. O meu relato aqui também mostra que abusos assim sempre existiram. Nossa diferença de idade é de 25 anos, e nossas histórias são parecidas.<br /><br />Muita força e siga em frente! Quando a gente fala, dói menos (e até por isso peguei carona no seu relato para mandar o meu também).<br /><br />Boa sorte!<br /><br />M.Anonymousnoreply@blogger.com