Gilead é aqui! A jornalista Bruna de Lara, do The Intercept Brasil, teve acesso a um documento assustador da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, pertencente ao Ministério da Saúde. Trata-se de mais um ataque contra as mulheres do secretário do órgão, o ginecologista Raphael Câmara (que mês passado incluiu na nova caderneta da gestante um incentivo à violência obstétrica).
No seu novo manual, ele ressalta que todo aborto é crime, apenas deixa de ser punido quando ocorre nos três casos previstos por lei (aborto decorrente de estupro, em caso de risco de morte para a gestante, e se o feto for anencéfalo). Então por que não investigar a mulher que diz ter engravidado de um estupro e abortou? Sim, você leu direito: o governo quer punir vítimas de estupro!
Já estava tudo calculado. Em setembro de 2020 foi lançada a portaria 2.561, que tornou obrigatório comunicar os casos de violência sexual à polícia. Os misóginos fingiam que a intenção era boa: estupros deveriam ser investigados, independentemente da vontade da vítima. Mas por trás vinha a oportunidade de mais uma vez criminalizar as mulheres. Os profissionais de saúde devem comunicar à polícia todos os casos de estupro. Agora esses dados poderão ser investigados para punir as mulheres que abortaram legalmente.
Olha que coisa vil: apenas 3% das denúncias de estupro acabam em condenação no Brasil. Isso significa que as mulheres investigadas pelo governo por abortarem após um estupro têm chances gigantescas de não conseguirem provar que foi uma gestação decorrente de estupro!
A gente sempre avisou que o objetivo dos fundamentalistas cristãos é proibir o aborto em todos os casos. Lembro quando dizíamos isso e o pessoal nos chamava de exageradas, de histéricas (óbvio). Tudo que este governo que odeia as mulheres quer é um segundo mandato para colocar em prática toda a agenda de costumes com que sempre sonhou. Não podemos permitir de jeito nenhum.
Lembra da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio, engravidou, quis abortar, como é seu direito, e foi recebida no hospital em Recife com um coro de "Assassina"? Pois é. É só dar mais tempo pra este governo que ele consegue baixar a idade penal pra dez anos e assim poder prender também garotas que foram estupradas.
Meu deus Lola, a que ponto chegamos.
ResponderExcluirDepois dizem que esse desgoverno não é inteligente, imagine se fosse. Cada um dos seus movimentos precisam ser estudados com toda cautela.
:apenas 3% das denúncias de estupro acabam em condenação no Brasil"
ResponderExcluirPorém 100% das vítimas são julgadas e condenadas - e agora- investigadas.
Parabéns Brasil... e eu achando que naopoderia piorar
Lola, como faço pra falar com você?
ResponderExcluirTem um e-mail?
a) Lola sou sua fã amo seu blog .
ResponderExcluirb) Devemos focar que este ano tem eleições e não basta eleger um presidente progressista devemos eleger um congresso progressista para realizar políticas públicas para as mulheres.Os coletivos feministas são excelentes alternativas.
c) No Rio o Psol lançou o Coletivo das Periferias há uma vaga na Alerj. E ainda temos ótimas candidatas como Renata Souza e Mônica Francisco
d) Em SP tem os coletivos Juntas e a Bancada Feminista do Psol. E a candidatura de Erika Hilton uma mulher trans
Teocracia crentelhopata do Evanjeguistão, é o que interpretei depois desta postagem, absurdo, porém não surpreende, pois esses religiosistas têm suas milícias digitais na rede, porque quando tratado o assunto aborto em caso de estupro, aparecem vários defensores do nascimento de criança e caso a mãe não queira criar, basta deixar em um orfanato, veja que solução "feliz" para "todos", agora a criança além de órfã será pobre e negra em sua maioria, esse pessoal asqueroso "pró-vida" são um bando de gente mesquinha e perversa, são de igrejas neopentecostais caça níqueis e atoladas em lavagem de dinheiro de drogas, armas, órgãos e tráfico de pessoas. Problema é o governo do PT, por causa de eleições, votos fazer alianças com essa imundície fundamentalista religiosa. Seria preciso uma investigação séria em igrejas evanjegues de pastores usurários que aparecem em fundo de quintal e garagem para não pagar imposto, saber a procedência desses "cultos" e qual formação em teologia que esses seres tem, senão seremos em breve uma mistura de Arábia Saudita com Paquistão, mas com o cristianismo. Eu reparei algo bem sério; qualquer crítica a essa gente o comentário é apagado ou sofre denúncias, enquanto os mesmos ficam a vontade para ofender, perseguir e ameacar nas redes sociais. Conforme está no post não adianta eleger somente o Lula (o cardápio intragável Lula com chuchu, quem mora ou morou em São Paulo sabe quem é Geraldo Alkimin e seu "jeito" de governar), mas um congresso mais consciente, laico, progressista, pois caso contrário, será outro impeachment, lembrar também que nada termina nas eleições, isso é só o começo; é preciso pressionar, cobrar, acompanhar e batalhar pela democracia participativa, pois a "representativa" deixa muito a desejar e representa os interesses inescrupulosos do mercado financeiro, religiosistas poderosos e de uma elite cruel, mesquinha e limítrofe.
ResponderExcluirA gente tenta não ficar com ódio e não desejar que essa gente toda seja jogada numa vala, mas não dá. Não dá. Esses nojentos são uns psicopatas sádicos que gozam com a violação e o sofrimento das mulheres, só não tem coragem de fazer que nem Ted Bundy e sujar as próprias mãos. Pode ser que seja barrado pelo próprio congresso mesmo, pois se fosse pro STF provavelmente seria considerado inconstitucional e não passaria. Mas só de terem cogitado transformar uma abominação dessas em lei já mostra o quanto essa bancada da moral, dos bons costumes e da Bíblia é maligna e misógina.
ResponderExcluirQue legal!
ResponderExcluirEntão é só a mulher alegar que foi estuprada e pronto, a palavra dela é convalidada. Puxa!
Acredito que vocês mulheres tinham é que lutar pela legalização definitiva ao invés destes malabarismos todos para interromper a gravidez, quer seja por irresponsabilidade ou não.
PQP, Anon das 17:22, sua desconfiança das mulheres é canalha. Lutamos pela legalização do aborto para evitar que mulheres morram ao abortar e para que o Estado aja para reduzir o número de abortos, financiando um estado de bem estar social. Criminalizar não desestimula a conduta. CN precisa se tornar feminista.
ResponderExcluirOi, Lola.
ResponderExcluirIsso tudo aí não é religião nem boa intenção.
Tem o mau cheio de crime organizado. Quadrilhas de venda de crianças, como a daquela ONG fundada por aquela pastora que sequestrou uma menina indígena e ganhou um cargo no desgoverno.
Olha só esse caso de SC: como se articulam criminosamente médicos, promotores, juízes e desembargadores para colocar uma criança vítima de estupro em cativeiro e torturá-la, sob o manto de sigilos médico e judicial, apenas para usá-la como incubadora supostamente para fazer a "felicidade" de um das dezenas de milhares de casais ansiosos por ter um bebê?
Não tem com achar que exista alguma boa intenção em torturadores de crianças.
Daki a pouco esse coral sem nenhum decoro vai se achar no direito de ser condecorado.
ResponderExcluirPros kintos dos infernos com todos eles.
Corja decorativa soh serve pra empestear o ambiente e ainda keimar nao soh a floresta mas o filme do pais perante a historia do mundo.
Ki desordem e regresso.