terça-feira, 15 de junho de 2021

NÃO TIRE A MÁSCARA, TIRE O GENOCIDA

Reproduzo aqui o texto do Juntos! sobre os protestos anti-Bolso marcados para o próximo sábado, 19 de junho.

Na última quinta-feira (10/06), Bolsonaro mais uma vez demonstrou seu total desprezo pela vida dos brasileiros ao anunciar que o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, vai divulgar um parecer que desobriga o uso de máscaras por aqueles que já tiveram covid-19 ou já foram vacinados. No Brasil, frente ao baixo número de imunizados, alta propagação do vírus e surgimento de novas variantes, sabemos que o uso de máscaras é crucial para preservar vidas. A fala absurda de Bolsonaro reforça a necessidade da luta pela retirada desse genocida do poder que, como o último dia 29 de maio nos mostra, exige que ocupemos as ruas!

O dia 29M foi uma data notoriamente histórica, que marcou a luta contra o vírus, a fome, o fascismo e, principalmente, pelo impeachment de Jair Bolsonaro. Manifestantes exigiam “Vacina, pão, saúde e educação!”, “Vacina Já”, “Impeachment Já”, “Comida no Prato e Vacina no Braço” e “Fora Bolsonaro Genocida”. Cerca de 420 mil pessoas se reuniram em mais de 200 cidades espalhadas por todos os cantos do país. Em São Paulo, mais de 80 mil pessoas se reuniram, ocupando quase 10 quarteirões inteiros. Apesar da pandemia, houve um esforço com as medidas sanitárias nos atos, um grande diferencial entre as aglomerações pró-genocida. A gritante presença dos jovens, do movimento negro, do movimento LGBTQI+ e da diversidade nas manifestações datam o início de uma nova jornada de lutas democráticas. 

Apesar da ausência de divulgação das imagens dos atos nos principais jornais da burguesia, sabemos que o dia 29 não aconteceu do nada. O acúmulo das contradições da crise do governo, os atos do dia 13 de maio contra a Chacina em Jacarezinho e os cortes na Educação semearam o início da mobilização para as ruas. Enquanto Bolsonaro for presidente, esse ritmo de mobilização deve seguir, assim como foi o 13J (início da Copa América), rumo ao 19J, próximo dia nacional de atos por Fora Bolsonaro! Sem dúvidas, no movimento estudantil, será fundamental a articulação das entidades estudantis para estar nas ruas com máscara, álcool em gel, distanciamento e indignação. 

Ampliar o Fora Bolsonaro como ponto de encontro das lutas

A educação vem sofrendo ataques por parte da política bolsonarista. Além das intervenções arbitrárias e autoritárias que o presidente fez em pelo menos 20 instituições federais no país, nesses últimos meses várias universidades têm declarado estado de inviabilidade. O caso mais citado é o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que mostra crise orçamentária. Caso a universidade feche as portas, junto com ela fecharão 9 hospitais universitários e unidades de saúde, 13 museus, mais de 1.450 laboratórios, 45 bibliotecas, um Parque Tecnológico com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional, além de paralisar a pesquisa de duas vacinas nacionais. As universidades precisam ficar e o Bolsonaro precisa sair!

A luta em defesa da vacina e pelo fora Bolsonaro é cada vez mais urgente, e quando o governo é mais letal que o vírus ir às ruas é indispensável. Para a comunidade LGBTQIA+ ir às ruas no mês de junho tem um peso a mais: desde a revolta de Stonewall em 1969, este mês ficou marcado como um mês de luta e orgulho para as LGBTs. No 19J devemos fazer Stonewall de novo em defesa da vida, por comida no prato e por impeachment já.

Não podemos nutrir a ilusão de que os nossos problemas serão solucionados com as eleições de 2022! Afinal, mesmo em meio à sua recente impopularidade,  Bolsonaro não é uma peça fora do tabuleiro, tem condições reais de ir para o segundo turno e o contexto político e econômico do próximo ano (como a já aventada alta das commodities) pode favorecê-lo na disputa eleitoral. Ao contrário das direções burocráticas que negam qualquer possibilidade de derrota do governo, precisamos apostar nas ruas como espaço de disputa por um outro futuro que não o da barbárie bolsonarista. Construir uma grande mobilização no  19J é a nossa tarefa imediata! Não tire a máscara, tire o presidente!

12 comentários:

  1. Tô louco pra te pegar e te matar, Lola, louco, louco, louco, louco, doidinho, salivando!

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    1. Vai lá cara! Vai em frente! Larga de ser um Rambo nos teclados, crie coragem, tira essa bunda gorda e suja da sua cadeirinha e vá em frente então!!!....

      Ñ vai né? Só sabe ameaçar e ñ dá conta nem de um peido! Sabe pq? Pq vc é um covarde, um BOSTA, um desperdício de oxigênio e um ser desprezível pela humanidade! Verme ambulante que só fala, fala, fala e ñ tem coragem nem de limpar o quarto na casa da mamãe! Vc é um MERDA! VSF a vida inteira fracassada aí!

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    2. Vá dar esse furico. Povo ridículo que não admite que quer dar o feofó. Né pecado não. Escolha um amiguinho alucinado e vão fazer frentinha e caçapa trocada. Ninguém tem a ver com a vida de vocês. Acredite: o único ser humano na Terra que choraria a morte de vocês é a mãe de vocês. E isso porque elas nem sabem das baboseiras que vocês andam fazendo sem elas saber. O resto, nem os que vocês consideram companheiros de frustração, tão nem aí pra vocês. Então vivam suas vidas e deixem os outros em paz. Vão tomar no cu. Não é da conta de ninguém. Só diz respeito a vocês.

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  2. O anônimo de 19:39 a essas alturas já deve ter morrido, porque a letalidade da hidrofobia é de praticamente 100%.

    FORA GENOCIDA!

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  3. 🔺 Não esqueça:
    😷 Máscara (leve mais de uma)
    💦 🙏🏽 Álcool em gel
    🚶🏻‍♀️ 🚶🏿 🚶🏿‍♀️Mantenha o distanciamento social no ato

    Nordeste

    AL – Maceió – Carro, moto ou a pé Praça Centenário | 9h
    BA – Jacobina – Praça do Garimpeiro | 8h30
    BA – Jequié – Praça Ruy Barbosa | 9h
    BA – Feira de Santana – (*Aguardando Infos*)
    BA – Paulo Afonso – Carreata | 9h (*Aguardando Infos*)
    BA – São Luís do Curu – Saída de ônibus rumo à Fortaleza (*Aguardando Infos*)
    BA – Salvador – Largo do Campo Grande até Farol da Barra | 14h
    BA – Serrinha – Carreata | 14h (*Aguardando Infos*)
    CE – Fortaleza – Praça da Gentilândia | 15h30
    CE – Tianguá (Região da Ibiapaba) – Em frente ao Mix Atacarejo | 7h
    PE – Recife – Praça do Derby indo pela Conde da Boa Vista até Guararapes | 9h
    PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h
    PB – Cajazeiras – Praça das Oiticicas | 9h
    PB – João Pessoa – Caminhada e carreata Lyceu Paraíbano, rumo ao ponto de Cem Réis | 9h
    PI – Piripiri – Praça da Bandeira | 10h
    PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h
    RN – Mossoró | praça Cícero Dias em frente ao Teatro Municipal | 16h
    RN – Natal – Midway Mall até Natal Shopping Center | 15h

    https://cmpbrasil.org/2021/06/12/campanha-fora-bolsonaro-divulga-primeira-parcial-de-atos-previstos-para-19-de-junho-ja-sao-74-confirmados/

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  4. As perspectivas pra a economia brasileira no futuro próximo não são lá essas coisas. Se houver aumento no preço das commodities agrícolas, vai ser bom pra a balança comercial brasileira e pra a melhora do PIB. Mas isso não vai se traduzir na melhoria da vida da maioria das pessoas. O Prof. Ladislau Dowbor explica que o modelo do agronegócio adotado no Brasil gera muito dinheiro pra poucos, e pouca arrecadação tributária, por causa da Lei Kandir. Gera também pouco emprego. São necessários 200 hectares de terra pra ser gerado 01 emprego. É uma agricultura muito mecanizada. Nem os agrotóxicos pelo jeito são fabricados aqui. Vêm de fora... Esse modelo de agronegócio, além de não gerar riqueza pra a maioria dos brasileiros, exaure o solo e destrói a biodiversidade da fauna e da flora, o diferencial do Brasil frente aos outros países. A Eliane Brum fala de vez em quando naqueles ótimos textões dela: destruindo suas florestas, o Brasil caminha pra se tornar uma nação cada vez mais irrelevante internacionalmente. Seu diferencial está sendo consumido em incêndios criminosos, queimadas pra o plantio, e na grilagen que legaliza a invasão das áreas que antes eram florestadas, transformando o patrimônio que antes era público em particular. Se esse modelo de agronegócio é bom pra poucos, gera prejuízo pra muitos, com as secas; as secas, além de outros problemas, está aumentando o preço da energia elétrica. A energia deve subir 20% em julho, numa época de inflação já alta e em alta. A Fiesp estimou em 400 bilhões o prejuízo da privatização da Eletrobrás nos próximos anos. Quem vai cobrir esse prejuízo? É fácil adivinhar né? Seremos nós os trouxinhas consumidores. Não importa se ame ou odeie o "mito"... Com aumento direto na conta de luz, e com o aumento da inflação. O aumento do preço do aço e do alumínio no mercado externo também não vai beneficiar grande coisa o Brasil. Com Biden os EUA fizeram as pazes com a UE e baixaram a tarifa do aço e do alumínio entre si. E com o Bozo, vão fazer questão de deixar o Brasil fora da festa. Principalmente se ele der um golpe de estado e conseguir se instalar como ditador. Acho difícil ele ter sucesso nisso. Mas, caso tenha, não vai ser sem que sanções econômicas sejam impostas ao Brasil pelos outros países do mundo, principalmente os países mais ricos. As montadoras de carro instaladas no país pretendem abandonar o segmento dos carros populares. Segundo elas, são pouco lucrativos, pois o lucro nesse segmento depende de um grande volume de vendas. Ou seja, as montadoras preveem um forte empobrecimento dos mais pobres dentro da classe média, e uma brutal queda nas vendas dos carros novos mais baratos. Vão investir em carros mais caros, ainda que vendam menos em números. A Petrobrás, com a Lava-Jato, foi colocada "no seu lugar", como gostam de dizer os membros do ministério público com os pessoal de apoio, os reles servidores: uma gente que não conhece o "seu lugar"... Refinarias e distribuidoras vendidas, segundo as notícias, a preço de banana. O Brasil exposta óleo bruto e importa refinado, bem mais caro. Pra ser distribuído também pelos estrangeiros que compraram as distribuidoras. Quem paga uma conta mais alta e proporciona mais lucro pra eles? Basta a gente se olhar no espelho pra descobrir. Acontece o mesmo no agronegócio. O Brasil exporta a soja e depois compra derivados mais elaborados, cujo processamento gerou empregos e receita tributária em outro lugar. O país abandonou o Mercosul, o BRICS, e também não tem conseguido acordos com os países ricos. A economia tá cada vez mais primarizada, desindustrializada, e estamos perdendo a biodiversidade das florestas e nos tornando um país mais seco, com energia cada vez mais cara e extensões cada vez maiores de savanas... É tentador dizer que a culpa disso é só dos outros. Mas é muito nossa. Da nossa burrice que chega a cegar. https://www.brasil247.com/meioambiente/ladislau-dowbor-priorizar-agroexportacao-como-se-faz-no-brasil-e-nos-entregar-ao-interesse-de-multinacionais-de-commodities?amp

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    1. você consegue confiar no brasil 247 ?

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    2. No Ladislau Dowbor eu confio. Além de simpático tem bom currículo. E prefiro o 247 ao O Antagonista. Ou ao Brasil Paralelo...

      Ladislas Dowbor, conhecido como Ladislau Dowbor, é um economista brasileiro, de origem polonesa. É professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Wikipédia
      Nascimento: 1941 (idade 80 anos), Banyuls-sur-Mer, França
      Cidadania: Brasil
      Formação: Escola de Economia de Varsóvia (1976), Escola de Economia de Varsóvia, mais
      Pesquisas relacionadas: Octavio Ianni, Ricardo Mendes Antas Jr., Wladysław Dowbor, Ivan Rocha, mais
      Obras editadas: Economia social no Brasil, Sociedade Vigiada: Ladislau Dowbord (Organizador), mais...

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    3. Tem economistas com PHD em Harvard e professor na FGV que disscordaria completamente de tudo nesse brasil 247, pago com dinheiro público durante os governos do PT

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    4. Faz aí uma listinha. Já que são tantos, deve ser bem fácil pra você.

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    5. Paulo Gala segue a mesma linha de entendimento do Ladislau Dowbor: Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende nunca, é seu último livro.

      O Eduardo Moreira também: Eduardo Moreira é um empresário, engenheiro, palestrante, escritor, dramaturgo, apresentador e ex-banqueiro de investimentos. Formou-se em Engenharia Civil pela PUC do Rio de Janeiro e foi aluno de intercâmbio na Universidade da Califórnia em San Diego, onde estudou economia.

      A Laura Carvalho também: Laura Carvalho. PhD em Economia Professora da USP Autora de Valsa Brasileira e Curto-Circuito.

      A Ju Furno: É Doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, assessora parlamentar da Câmara Federal e militante do Levante Popular da Juventude

      Até o governo dos EUA abandonou o neoliberalismo:  

      https://exame.com/bussola/joe-biden-ressuscita-keynes-com-seu-plano-de-investimentos/

      Nem é só Biden, esTrumpício tava no mesmo caminho:

      https://brasil.elpais.com/economia/2020-03-23/trump-tambem-era-keynesiano.html

      https://brasil.elpais.com/brasil/2021-05-31/oecd-melhora-de-novo-sua-previsao-de-crescimento-global-gracas-ao-forte-empurrao-dos-estados-unidos.html

      Todos esses economistas que eu citei seguem uma linha mais keynesiana.

      Por que será que o neoliberalismo é ruim pros EUA, mas bom pro Brasil? Quem será que ganha e quem será que perde com as coisas sendo assim?

      O modelo do agronegócio brasileiro é bom pra muitos no Brasil, ou pra poucos?

      Tem tanto vídeo no YouTube sobre isso.

      Mas diz a lista dos professores com PHD em Harward e megacolocações na docência da FGV.

      Posso ir olhar pra aprender com outras fontes.

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  5. A Lei Kandir tem que continuar a valer para o agronegócio. ... A Lei Kandir prevê a isenção de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados, dos produtos destinados à exportação.8 de nov. de 2019

    Sem Lei Kandir, agronegócio brasileiro perderá ...https://revistagloborural.globo.com › noticia › 2019/11

    https://www.agroolhar.com.br/artigos/exibir.asp?id=495&artigo=a-lei-kandir-e-suas-mazelas

    Quem será que embolsa o dinheiro dos tributos que o agronegócio não paga? É você? Sou eu? São os agroempresários? que depois aplicam a economia na bolsa de valores, daqui ou de fora, ou nos títulos da dívida pública brasileira? A resposta é tão dificultosa que vou almoçar pra adquirir a energia pra pensar na resposta correta...

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