Nossa última foto juntas, em fevereiro. Crédito: Ignacio Aronovich
Ontem às 20:30 minha mãe morreu. Morreu em casa, sem sofrer. Nelly tinha 85 anos. Se aguentasse mais dois meses, faria 86 em maio. Mas pra que esperar mais dois meses? Pra dor chegar?
Ela estava com câncer terminal de ovário. Não sabemos quando começou. Sabemos que 2020 foi lamentável pra ela, assim como foi pra tantos velhinhos. Minha mãe praticamente não saiu de casa de março a dezembro. Com o isolamento causado pela pandemia, veio a depressão, uma presença constante em sua vida.
Em algum momento, provavelmente no segundo semestre, ela passou a comer cada vez menos e a emagrecer a olhos vistos. Também foi perdendo a mobilidade, que já não era grande coisa desde a maldita chicungunha. Estava andando bem devagarzinho e, se ficasse mais de alguns minutos em pé, perdia o fôlego.
Em dezembro ela já estava muito mal. Como ela tinha cada vez mais dificuldades de se levantar sozinha da cama e de caminhar até o banheiro, a alguns metros da sua cama, passamos a adotar fraldas. No dia 6 de janeiro, ela caiu na cozinha. Eu e Silvio não conseguimos colocá-la de pé sozinhos, e chamamos o Samu, que foi muito prestativo e a levou ao hospital de emergência. Felizmente, a queda não foi séria. E foi importante pra gente acordar.
Pouco depois, pagamos uma consulta domiciliar (R$ 600!) para uma geriatra vir até a nossa casa atendê-la. Era o único jeito, porque minha mãe não estava em condições de ir a lugar algum. A geriatra foi bacana, apesar da mamãe quase não falar com ela. Pra mim, a médica disse que havia detectado uma massa um pouco abaixo do abdômen da minha mãe, e que podia ser câncer. Pediu um raio x, um ultrassom, e um monte de exames de sangue. Prescreveu um antidepressivo e um suplemento vitamínico. Em caso de dor, era pra dar dipirona (depois Tramal, depois Morfina -- mas não precisou).
Conseguimos coleta domiciliar para os exames de sangue, ainda bem. Mas foi um desafio levar minha mãe -- que já não andava mais -- para fazer os exames de imagem. Foi bem dolorido pra ela.
Quando os resultados chegaram, poucos dias depois, pudemos ver a dimensão do estrago. Havia uma massa de 21 x 11 cm na região abdominal da minha mãe, onde ficam os ovários (a geriatra havia detectado a massa). A médica disse que havia 90% de chance que fosse câncer de ovário em estágio avançado, mas que, pra ter certeza, teríamos que fazer vários outros exames, como tomografia, contraste, biópsia, além de procurar um oncologista. Devido ao seu estado frágil e à provável metástase, nem operar, nem fazer tratamento com quimioterapia seriam opções. O jeito era cuidados paliativos, o primeiro de muitos novos termos que vim a aprender.
Decidimos, meus irmãos e eu, que não contaríamos pra minha mãe sobre o câncer, a menos que ela perguntasse. Ela nunca perguntou. E fomos cuidando dela, Silvio e eu, do melhor jeito que podíamos, aprendendo tudo aos trancos e barrancos. Compramos alguns equipamentos, como cadeira de banho (a gente dava banho nela no quintal, ao sol, até porque o box do banheiro é muito pequeno, e usamos uma cadeira com rodas do escritório como uma cadeira de rodas), encosto de espuma para ajudá-la a sentar na beira da cama, colchão pneumático para tentar prevenir as escaras (outra coisa que eu não sabia o que era!) etc. Silvio foi um anjo em tudo. Não sei o que eu faria sem ele.
Minha mãe foi muito guerreira. Em nenhum momento ela se desesperou, chorou, entrou em pânico. Não sei bem o que ela estava sentindo, porque ela foi ficando cada vez mais monossilábica. Lúcida e consciente, mas sem vontade de fazer nada além de dormir. No começo, antes da gente saber do câncer e de que câncer elimina o apetite, ficávamos bravos quando ela se negava a comer. Depois, aceitamos. Oferecíamos sopa, ovinhos de codorna, salaminho, uvas, bolachas, suco, e toda quinta à noite, pizza (que ela adorava). Ela não comia quase nada. Até a fatia de pizza ela passou a recusar.
No final de fevereiro ela teve um de seus piores dias, tadinha. Minha irmã, que mora na Califórnia, sonhou que todos os seus dentes caíam, o que significa a perda de um ente querido. Meu irmão, fotógrafo profissional que mora em São Paulo, pulou num avião e veio pra cá, apesar da pandemia. Veio se despedir. E tirou belas fotos. Minha mãe sorriu e ganhou alguns dias de vida com aquela rápida visita.
Mas não havia como parar um processo tão destrutivo. Ela foi definhando, parando de comer e até de beber, e nós havíamos decidido que não a alimentaríamos artificialmente. Ela estava só pele e osso, com exceção das pernas e dos pés, que inchavam e desinchavam. No final, eu até me assustei: surgiram duas novas massas grandes (do tamanho de uma bola de baseball), duras, em cada quadril. E outra embaixo do peito. Mas ela seguia sem dor.
Há uma semana, na última quinta, à tarde, finalmente enfermeiras vieram aplicar a primeira dose da vacina contra a covid. Mas ela já estava péssima desde a manhã. Na hora da vacina, não sei se dá pra ver pela foto, foi difícil transferi-la da cama pra cadeira. Ela não abria os olhos, mal estava consciente. A segunda dose ficou marcada para 9 de abril, mas a gente sabia que ela não iria sobreviver até lá.
Na segunda, quando ela já não parecia mais consciente, (mas talvez ouvisse, a gente nunca sabe) tive uma longa conversa com ela. Contei sobre o câncer, e senti uma mudança na sua respiração e na sua expressão quando usei essa palavra tão carregada. Aí vi que acertamos em não falar antes. Ela poderia sim ter entrado em pânico. Também falei com ela que, se existisse um céu, ela logo voltaria a rever o papai, as amigas dela, sua mãe, pai, e irmã, e todos os cães e gatos maravilhosos que passaram pelas nossas vidas, como Maria Antonia, Sol, Piteco, Freud, Blanche, Calvin, Izabel e Hamlet. Eu sei que você não gosta muito do Hamlet, eu disse pra ela, lembrando de um episódio em que aquele cãozinho minúsculo a mordeu, mas imagino que o céu seja um lugar bastante grande pra que você não tenha que vê-lo diariamente, se não quiser.
E ontem ela morreu, na cama, em casa, meio dormindo, o que me parece muito melhor que morrer num hospital. Minha irmã (através do celular) e eu tínhamos falado com ela um pouco antes, e ela estava serena, apesar da respiração.
Uma coincidência interessante é que uma amiga minha de infância, que também está cuidando da mãe acamada em SP, me mandou um email quase na mesma hora que minha mãe morreu, perguntando "Como está a Nelly?", e explicando que ela e a mãe pensaram nela o dia inteiro.
Enfim. É tudo muito triste, e é sempre uma perda irreparável a morte dos nossos pais. A saudade fica pra sempre. No entanto, meu lado racional diz que ela viveu bastante e bem, e que é melhor ir embora antes das dores se instalarem.
Minha mãe foi uma mulher admirável. Claro que sou suspeita pra falar, mas todos que a conheceram gostavam muito dela.
Foi a maior leitora que já conheci. Lia de tudo e em várias línguas (espanhol, sua língua nativa, português, inglês, francês, até um pouco de alemão). E óbvio que seu amor pela literatura me influenciou pra toda a vida. Visitou inúmeros países. Teve vários problemas, lógico, como todo mundo, mas conseguiu derrotar o alcoolismo há 23 anos e nunca mais se embebedou, embora tomasse um pouquinho de vinho e champanhe em datas festivas.
Até os 81 anos, por aí, estava radiante. Aparentava ter uns quinze anos a menos, ia sozinha à praia, de ônibus, viajava com a minha irmã, ia a SP ver seu netinho, por quem era completamente apaixonada, fazia cursos de extensão e idiomas na UFC, preparava comidas formidáveis. Depois da chicungunha ela nunca foi a mesma. Nunca se recuperou totalmente.
Desde ontem, se existe um céu, ela está lá, cheia de amigos e bichinhos. Se não existe, não faz diferença pra ela. Ela não vai acabar jamais, porque vai permanecer na memória de todos que a conheceram. Fique em paz, mãe!
Ahh, Lola, sinto muito, muito mesmo! Um abraço apertado! ♡
ResponderExcluirQuerida Lola, coragem e paz! Morremos um pouco com a morte de nossos pais. Com o tempo a saudade é a certeza do vivido nos auxiliam a renascer e ter a certeza que vale a a pena.Por nós e por eles!
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola. Eu sempre tive muito medo de perder meus pais. Lendo o seu texto percebo que a passagem deles pode ser mais tranquila se eu focar na vida que eles vivem e tudo que eles me ensinaram. Obrigada!
ResponderExcluirQue texto incrível!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar sua mãe e a história dela com a gente. Estou apaixonada com as fotos e os fatos.
Envio um abraço apertado na tentativa mínima de conforto à vc, seus irmãos e todos aqueles que amam sua mãe.
Uma família de mulheres gigantes!
ResponderExcluirMeus sinceros sentimentos, Lola.
Sinto muito pela sua perda. Ela era uma mulher linda e deve ter sido muito bom tê-la por perto. Tenho certeza que ela está no céu, na companhia dos que foram antes dela e de todos os animais que ela amou.
ResponderExcluirNelly era maravilhosa! A relação de vocês é muito linda, de amor e intelectualidade! Que bom que todo esse processo foi sereno, na medida do possível.
ResponderExcluirNão somos próximas, mas antes de ontem eu estava lembrando de vocês, dos cursos que fizemos e de como eu admirava a lucidez da Nelly (queria uma mãe assim!).
Um grande abraço pra você e o Silvinho!
Que lindo Lola, transformar a dor em beleza. Vida longa à memoria de Dona Nelly!
ResponderExcluirMeus sentimentos...Muito emocionante a sua homenagem..Abraço
ResponderExcluirMeus sentimentos pelo falecimento de sua mãe. Ela continuará e persistirá na memória de seus irmãos, amigos, parentes e de quem acompanha o blog. Força!
ResponderExcluirLindo Lola, fica em paz !
ResponderExcluirQue lindo texto ! Meus sentimentos Lola! Fique bem 😘
ResponderExcluirQue imagens lindas,Lola.Que história de vida bonita.Gratidão por compartilhar.Ela está em paz.
ResponderExcluirAbraço fraterno pra vc é seus irmãos.
Meu Deus, que coisa linda ❤️
ResponderExcluirBrilha no céu, estrela linda
Que amor! Me deu paz esse seu texto, a dor de perder os pai nos marca muito, mas seguimos confiante de um céu que não vai mais existir dor. Sinta-se abraçada. Muita luz pra você nesse processo do luto 💟
ResponderExcluirMeus sinceros sentimentos!!
ResponderExcluirApesar dos pesares, emocionante o seu texto.
Desejo que sua mãe esteja em um bom lugar, amparada pelos anjos!
Força!!
Boa noite, Lola!
ResponderExcluirSinto muito pela sua mãe. É uma perda irreparável, a gente fica meio sem origem no mundo. A minha se foi há dez anos e até hoje morro de sdds. Espero que vc fique bem e encontre serenidade para seguir em frente. Um bjao
Meus sentimentos, Lola
ResponderExcluirReceba meu abraço, Lola♡. Não visito mamãe desde fevereiro do ano passado, e a saudade tá machucando. Seu texto maravilhoso trouxe-me lágrimas aos olhos. Obrigada por escrever tão lindamente. Sou sua fã.
ResponderExcluirSinto muito, Lola! Meus pêsames.
ResponderExcluirMe senti muito tocado com o texto.
Dia 4 de abril fará 2 meses que minha avó se foi. Depois que descobrimos o câncer nela já era tarde, estava em metástase. Aos poucos fomos a perdendo. Ela sentia muita dor, ao ponto de nem morfina servir nos últimos dias. Ela se foi em casa, junto da familia. Eu dei o último boa noite, antes de ir dormir, um dia antes da sua partida.
Logo após sua morte minha mãe ficou depressiva, ainda está em tratamento.
Desejo que você fique forte. Toda a dor do luto se torna em saudade.
Meus sentimentos. Fique bem! 🌻
ResponderExcluirMeus pêsames Lola, neste momento difícil, mais ainda nesta situação de pandemia. A vida infelizmente tem limite, e somente alguns ricos podem ter a esperança de uma segunda chance(me refiro aos congelados).
ResponderExcluir<3 "Ela não vai acabar jamais, porque vai permanecer na memória de todos que a conheceram" <3
ResponderExcluirVerdade, Lola. O amor nunca morre...
Fico muito triste por você, mas muito feliz por você ter tido a oportunidade de conviver com a pessoa incrível que foi a sua mãe. Obrigada por dividir isso conosco. Um abraço.
Sinto muito pela passagem da sua mãe, Lola. A despedida é sempre a parte mais difícil. Um abraço a você e sua família
ResponderExcluirSinto muito pela sua perda. Pelos seus relatos e pela sua pessoa, sabemos o quão extraordinária foi sua mãe! Um abraço bem apertado!
ResponderExcluirLindo texto... meus sentimentos Lola.
ResponderExcluirSinto muito pela sua perda e me solidarizo pelo processo. Fique em paz e cuidem-se!
ResponderExcluirDeus conforte seu coração ,que eu sei que está em paz !
ResponderExcluirQue lindo texto, uma despedida e uma homenagem belíssimas.
ResponderExcluirQue texto lindo, carinhoso e triste ao mesmo tempo. Meus pêsames, Lola. Nem imagino como é perder a mãe e te desejo forças nesse momento.
ResponderExcluirNo começo do texto fiquei bem triste, porque o processo que você descreveu me lembrou muito o que a minha avó passou, mas sem o câncer (foi bem rápido também). Mas de certa forma aquece o coração saber que sua mãe foi sem tanto sofrimento (comparada a muita gente que passa por isso ou pela covid hoje) e com a família por perto. No fim, deu um certo conforto mesmo nessa tristeza da situação e na minha tristeza diária.
Abraços.
Que triste, Lola. Eu não tinha apego ao meu pai, que morreu em 2015, setembro. Podia ter morrido antes. Teria sido melhor pra minha mãe. Pedia tanto a Deus. Ainda bem que Ele não me ouviu. Ou até ouviu. Só que deu uma adiada. Adiou foi muito... Prefiro acreditar que fui ineficaz na minha magia tenebrosa. Deus me livre de ter esse poder. Já tinha morrido tanta gente... Mas à minha mãe sou muito apegado. Nunca consegui dizer à minha mãe que a amo. Seria constrangedor, porque as lágrimas saem e a frase não. Meu amor por minha mãe é um sentimento que me silencia. Só consigo dizê-lo com palavras escritas ou lágrimas. Nunca consegui balbuciar a frase. Colocar em voz o meu afeto. Nem quando estou completamente sozinho. Nunca. Desde a infância. Bom, se minhas leituras espíritas estão corretas, sua mãe está e vai conviver com outras pessoas parecidas com ela. A heterogeneidade da convivência é um dos objetivos da reencarnação, pra aprendermos e ensinarmos uns aos outros. Bozogenocida, coitado, quando desencarnar vai pro inferno mesmo: vai ter que ficar com os iguais a ele. Também pra aprenderem e ensinarem uns aos outros. Mas pelo sofrimento e maus sentimentos que emanam deles. Até melhorarem a vibração e se tornarem pessoas boas, o que deve demorar séculos ou até milênios. Mas sua mãe já era uma pessoa boa. Vai pra um bom lugar, de semelhantes. Não vai ser exatamente o céu. Mas vai ser melhor que aqui. Não vai ter bolsomínion por perto... Nessas alturas do campeonato e quase 300 mil mortos por covid, e tantos crimes de responsabilidade, continuar bolsomínion depõe contra quem ainda não se arrependeu. Sou reencarnacionista. Por isso acredito que a morte não causa perdas eternas. Causa separações temporárias. Dolorosas em alguns casos. Mas finitas como foi a vida física. E apenas parciais. Quem morre perde o corpo, o aparelho biológico que nos permitia estar materialmente nessa faixa de expressão da vida. É um avatar, como no filme. Um escafandro. Uma roupa de mergulho. Mas o amor é imperecível. Mesmo que não exista vida após a morte, o amor une pra sempre. Mesmo que o sempre não passe de um infinito particular.
ResponderExcluirLindo texto , relato de um amor daqui e de lá ❤️👏❤️👏
ResponderExcluirMeus sentimentos 🌹
ResponderExcluirSua mãe era uma pessoa incrível Lola. Virou uma estrelinha brilhante. Meus sentimentos❤
ResponderExcluirLola, que texto mais doce e triste pra descrever os últimos momentos de alguém tão importante em nossas vidas. MÃE. Por favor aceite minhas condolências e sinta-se abraçada.
ResponderExcluirUma vida tão linda, tão bem vivida. Déia a acolhe, assim como os seus. Meus sentimentos, Lola.
ResponderExcluirCara, li seu texto todo ! Achei lindo, suas palavras são (todas elas) coloridas de beleza ! Que sorte da sua mãe ter tido uma filha tão sensível e presente ! Esteja em paz e que possamos estar sempre com o coração sereno 🙏🏽
ResponderExcluirCara, li seu texto todo ! Achei lindo, suas palavras são (todas elas) coloridas de beleza ! Que sorte da sua mãe ter tido uma filha tão sensível e presente ! Esteja em paz e que possamos estar sempre com o coração sereno 🙏🏽
ResponderExcluirEu me identifiquei muito com seu relato, pq passei por essa situação há 21 dias, como dói ver nossa mãe que a tão pouco tempo era ativa, feliz, de uma energia super contagiante. Meus sentimentos 🥺😔
ResponderExcluirLindo.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola. Sua mãe parece ter sido (ser, já que ela não acabará) uma mulher maravilhosa. Fique bem.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola querida! Não fique triste, por favor. Ela teve uma vida longa e plena... Xêro!
ResponderExcluirLinda texto Lola...segues escrevendo lindamente desde sempre...sua mãe deve estar sorrindo e olha do para vcs 3!
ResponderExcluirUm abraço gigante meu e de todos seus colegas de turma ! Fique bem e siga com ela no coração. Um abraço a compartilhar 😉🌸🌺
Que forte e bonita essa história, queria muito tê-la conhecido... Ela passa muita coisa boa, queria ter ido a praia com ela, teria sido uma grande companhia. Meus sentimentos Lola. 😢
ResponderExcluirQue lindo relato Lola ❤️ fique bem🌻
ResponderExcluirE vive em todos que lerem essa história de vida linda. Meu abraço!
ResponderExcluirNão há palavras para esse momento tão difícil, Lola. Deixo aqui o meu carinho a você e família. Ao ler o texto só penso na grande inspiração que sua mãe foi para todas nós. Você é o exemplo disso. Meus sentimentos.
ResponderExcluirMeus sentimentos Lola, eu e Nely éramos muito amigas aqui em Joinville. Ela está com Deus.
ResponderExcluirLola, minha querida, que notícia triste. Infelizmente, não cheguei a conhecer a Nelly, mas certamente gostaria muito de ter tido essa alegria. Ela sempre estará presente nas histórias que você nos contar. Como no seu texto tão comovente, com fotos lindas. Um abraço afetuoso em você e Sílvio. ❤️
ResponderExcluirLola, meu coração ficou apertadinho com a notícia da partida da Nelly! Um amor de pessoa, uma das alunas mais gentis e dedicadas, um anjo que passeava pelo CH cuidando dos bichinhos. Lendo das histórias que ela contava sobre o netinho, as fotos bonitas, as histórias sobre sua juventude... Pessoas como Nelly terão sempre um lugar na memória do coração.
ResponderExcluirObrigada por este texto sobre Nelly. E quanto a você, espero que fique bem. A perda nunca é fácil, e esse período que vivemos intensifica tudo.
Meus sentimentos, Lola, meus sentimentos.
💙
ResponderExcluirMeus sentimentos e esteja certa que você cuidou com muito amor dela. E ela sempre soube e percebeu. Fiquem em paz.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola. Que bom que ela se foi em paz.
ResponderExcluirQue linda e forte sua mãe, Lola!
ResponderExcluirEla viverá na memória e no coração de muitos!
Um abração apertado!
Bianca
Gufufuc6xtciovocuxydsiciigovicuddxifibllvkvicifdudjckcvolboviffud6std6icvklvvixuzyysxuciificuuxd6hdcujcjcufudd6diflvififytt7ifciiccuiciufudfcucivkvvidsqw6idcikviucv cucuivvkvjkvicuseruxuukivifdukdcikciviviciviviv7fdyfkfjxsueuirpxxjjkfofpnpogiduwaxjciixy5hdueuffifucucc6rkfxyd6govkuxuiiv
ResponderExcluirQue dor e paz que seu texto traz. Sua mãe teve também o privilégio de ter você por perto nesse momento. Fiquem bem
ResponderExcluirAí lolla sinto muito meus pêsames fica em paz... Foi melhor ela descansar já estava sofrendo muito... beijos é força...
ResponderExcluirMeus sentimentos. Lindo texto e trajetória.
ResponderExcluirLola, minha querida (sempre) professora, vi a D Nelly apenas 4 ou 5 vezes, mas ela sempre me cumprimentava e eu sentia no olhar dela o quão culta, forte e doce ela era. Eu não consigo imaginar como seria perder minha mãe, mas você, como sempre, utiliza as palavras de maneira formidável e expressa bem o que sentiu e está sentindo. Espero que o vazio físico que ela deixou seja sempre preenchido de alguma forma com as inúmeras boas lembranças. Abraço bem forte!
ResponderExcluirLamento, porco. Como nem o demônio teria coragem de atacar alguém em luto pelos seus pais, anuncio uma trégua de 1 mês para você. Até logo.
ResponderExcluirSinto mto, Lola. Sei como é difícil. Minha mãezinha faleceu em 2017, de câncer. É horrível! Até hj sonho com ela. Mas sua mãe está bem, olhando pra vc com alegria e muito amor. A saudade nunca passa, mas aprendemos a lidar, com o tempo. Tudo sempre melhora, e com certeza ela está muito feliz hoje lendo sua homenagem e com muito orgulho da filha q tem.
ResponderExcluirLola, leio seu relatrelato de madrugada, a pior parte do dia pra mim desde que meu marido morreu de câncer no fim de 2019.
ResponderExcluirEle tinha 45 anos e morreu em casa. Tudo que você relata, os cuidados paliativos, aprender dar banho, finalmente entender porque ele não comia o que fazia com tanto amor, tudo o que você conta eu reconheço na hora.
Penso exatamente assim: se existe céu ele está lá pois foi a melhor pessoa que conheci. O amor da minha vida.
E se céu não existe então acabou e ele não sofre mais. De todo jeito ele está livre de toda dor e sofrimento.
Sua mãezinha teve uma vida rica e completa. Acompanho você desde 2008 ou 2009 e li coisas sobre ela ao longo do tempo que me fazem sentir isso, que ela teve uma vida completa e rica.
Sei que a dor do luto talvez nunca passe de verdade mas como vi numa citação de uma série outro dia: o luto é o amor que persiste.
Nosso amor aos nossos amados persiste e perdura.
Fique em paz. Eu tento todos os dias...
Nossos amados talvez estejam no céu, nesse momento, saudáveis, sem dor e felizes, rodeados de bichinhos...
Meus sentimentos Lola. Já era familiarizado com relatos sobre sua mamãe. Que ela esteja em paz e que vocês assimilem da melhor maneira possível.
ResponderExcluirRenato Alves.
Sinto muito pela perda. Ela com certeza está num lugar melhor, olhando por você.
ResponderExcluirPerdemos nosso avô há poucos meses atrás. Ele também ja estava sem se comunicar, semi consciente, se alimentando por sonda. Ficamos triste quando eles partem, mas por outro lado o sofrimento deles acaba e eles descansam. E o que os tornam eternos são as memórias de uma vida longa e feliz!
Sinto muito. Que texto cheio de amor.
ResponderExcluirSinta se abraçada,fique em paz e tranquila qie fez de tudo que podia para dar um final de vida digno a sua mãe.
ResponderExcluir💚🍀
ResponderExcluirSinto muito. Um beijo no seu coração. 💖
ResponderExcluirSentimentos.
ResponderExcluirSentimentos.
ResponderExcluirQue linda mulher foi sua mãe e que bonito cuida-la até o fim. A morte também deve ser humanizada e com certeza ela teve uma passagem serena por estar em sua casa com sua família. Desejo muita força a você e família. Abraços grandes
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirUm abraço caloroso. Todo o meu amor.
que lindeza, Lola. um beijo!
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola!
ResponderExcluirSim, quem se vai fica em nós!
💔 que linda a história de sua mãe. Vida plena! Problemas, quem não enfrenta? Ela enfrentou e viveu. Isso conta muito. As lembranças são feitas de dias tristes, dias felizes, dias de superação. Cuido também da minha. Há cinco anos começou a demenciar, hoje converso com ela sobre tudo que me dá na cabeça. Sei que ela entende pouco, não lembra de quase nada, mas lembra de mim, sua única filha. Tem 87 anos, já se vacinou, mas à um ano quase não sai de casa. Vive agora olhando as plantas, rindo com a gatinha, me ouvindo falar de coisas que não entende. Espero ficar ao lado dela até o último momento. Foi assim à nove anos quando meu pai partiu. Morreu também em casa, cercado por mim, mamãe e nossa cachorrinha. Nós que o amávamos tanto. É duro, é triste, mas há alegria em acreditar que, quem sabe, um dia estaremos juntos novamente, vivendo os dias felizes que um dia tivemos! Viva seu luto, e depois, por ela, siga vivendo. Ache memórias de alegria: a vida é isso, a memória que guardamos, e o presente que vivemos! Beijo 🌹🌹🌹
ResponderExcluirQuerida Lola, fiquei emocionada com seu relato... Me identifiquei muito pq TB fui cuidadora da minha mãe. Agora te deixo com um abraço solidário e uma frase da Adélia Prado," o que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível."
ResponderExcluirLola, um abraço e muito amor para você, que é uma das pessoas mais importantes da minha vida, nesse momento tão triste e difícil. Dona Nelly se foi, mas o amor que ela cultivou e distribuiu tão generosamente não só com a família, mas com todos nós que frequentamos seu blog, crescerá e se tornará cada vez maior e mais forte.
ResponderExcluiravasconsil, um dia você provavelmente poderá falar para sua mãe que a ama. Apenas tente um pouquinho a cada dia e espere que o tempo virá. Mas acredite, sua mãe sabe que você a ama pelas suas atitudes. Palavras podem ser vazias e falsas, acredite. Ouvi muitas declarações de amor que eram ocas, de pessoas que diziam que me amavam mas nunca tiveram qualquer atitude amorosa para comigo. Sua mãe sabe que você a ama pelas suas atitudes, e se você realmente quer poder colocar seus sentimentos em palavras, vá fazendo isso aos pouquinhos. Vai conseguir.
Não sou muito de falar. Quer dizer, falo muito pra dentro, pois penso muito. E quando quero falar pra fora, escrevo. Sou muito de falar pelos dedos e pouco de falar pela boca. Sou muito calado e observador. E aqui em casa nunca fomos muito de declarações de amor ou demonstrações físicas de afeto. Acontecem nas ocasiões especiais, como aniversário e Natal, e mesmo assim é aquela coisa pouco à vontade. Mas com atos sim. Demonstramos amor todos os dias.
ExcluirQuerida Lola,
ResponderExcluirEm poucos dias seria o aniversário da minha mãe. No dia 29 de Março, ela faria 76 anos se estivesse viva. Li todo o seu relato e revivi toda a luta que minha mãe teve contra o câncer, ela teve três. Venceu dois, mas o último ela já não tinha mais forças. Cheguei a implorar aos irmãos do lado de lá que a levassem. Apesar da dor de perdê-la, eu não conseguia lidar com o desespero de vê-la com dor e não poder fazer nada, a morfina já não ajudava.
Ela sempre soube que estava com câncer. Nunca a vi reclamar ou dizer que estava com medo de morrer, mas acredito que ela pensava muito sobre isso.
Eu sou espírita, eu conversei muito com ela sobre isso. Eu acredito sim que nossas mães estão em um lugar bom, mas a saudade do lado de lá talvez seja tão grande quanto a nossa. Fazem dois anos que a minha se foi, sempre converso com ela em pensamento, mando energias positivas porque talvez minha mãe ainda esteja se adaptando a nova vida e não esteja preparada para receber meus pensamentos, mas sentirá minhas energias que aquecerão a alma dela como o fogo aquece um corpo com frio.
O aniversário dela será celebrado. Talvez ela não possa estar presente espiritualmente, mas enviarei tanta energia boa que será impossível ela não sentir. Um dia nos encontraremos de novo.
Um forte abraço daqueles que aquece o corpo e a alma.
Lola
ResponderExcluirSinto muito muito muitissimo!! Ela vai deixar um buraco enorme dentro de você mas tenho certeza que você o preencherá com amor e lindas lembranças. Pense sempre no quanto ela te amava. Isso é um conforto gigantesco nessas horas! Todo meu carinho para você!
Pablito
Meus sentimentos!
ResponderExcluirIndependentemente de haver outra vida, o amor nos torna ternos e eternos. Sua mãe viverá pra sempre, assim como você, que sempre estará em nossos corações.
ResponderExcluirQue texto maravilhoso. Que maaravilhosa a sua. Que aprendizado de vida. Minha mãe dele 92 anos está indo aos pouquinhos. Nada de doenças, mas um cansaço que vai aumentando, e que a pandemia reforçou. Sua carta me deu paz para aceitar o inevitável que virá um dia. Hoje cuido e aproveito todos os minutos. Beijo de Luz em seu coração.
ResponderExcluirToda a força para ti, Silvio e seus irmãos. Que bom que ela estava com vocês, sempre acolhida, cercada de cuidados. Isso não tem preço, é o que todo ser humano (e todo ser senciente) merece. Ir embora cheio de paz e recebendo todo o afeto. Um grande beijo
ResponderExcluirQue texto triste e lindo, Lola! Muito generoso da tua parte dividir esse momento com a gente. Um abraço grande pra ti e pros teus.
ResponderExcluirQue texto lindo e emocionante! Como você mesma disse ela era um ser humano formidável, uma mulher doce e admirável, como aluna na CCB era exemplar. Sim, se existe um Céu, ela está lá! Que essas memórias, e outras lindas, sejam o consolo nesse momento tão duro.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola!Acompanho seu blog há tantos anos que, de certa forma, é como se eu conhecesse a dona Nelly. Achei bacana o seu pensamento de que ela viveu muito e bem. É assim que também que tento pensar quando perco um ente querido idoso. Que Deus tenha a dona Nelly em um ótimo lugar 🙏🏽
ResponderExcluirLua
Que lindo texto, fiquei arrepiada.
ResponderExcluirSeu texto é lindo, de uma delicadeza singular. Que você e os seus encontrem paz, sua mãe descansou.
ResponderExcluirMeus sentimentos, Lola.
ResponderExcluirDá pra ver nas suas palavras (não só nesse texto, mas em vários outros) o amor que você sente pela sua mãe. Com certeza isso fez muita diferença na vida dela, principalmente nesses últimos momentos.
Espero que vocês fiquem bem.
Um texto lindo e carregado de amor. Meus sentimentos, minha amiga. Mesmo quando estamos preparados, a perda de alguém tão próximo é sempre muito doído. Sinta-se abraçada. Sei que em situação normal, seriam muitos, muitos abraços para você e seu marido. ❤
ResponderExcluirLola, que linda homenagem você fez pra ela, imagino o quanto seja difícil lidar com a morte da mãe, sendo pior ainda nessa época difícil que estamos vivendo. Quero manifestar meus sentimentos e te dizer que com certeza ela teve muito orgulho de você.
ResponderExcluirForça nesse momento.
Abraços e tudo de bom pra vocês.
Meus pêsames querida Lolinha.
ResponderExcluirMeus pêsames, Lola :,(
ResponderExcluirEsta última foto é de uma beleza ímpar. Fiquei bem emocionada com o relato e senti como ela foi amada durante sua passagem pelo nosso Planeta. Que Deus abençoe sua alma e que ela esteja confortada neste momento.
ResponderExcluirMeus sentimentos,Lola! Um texto emociante de se ler.
ResponderExcluirForça e sentimento de paz e tranquilidade é o que desejo a vc e sua família.
Fique bem!
Lola, meus sentimentos: nunca mais comentei aqui, mas te visito com frequência e te espio no twitter cotidianamente. Sou cativa da blogosfera. Muita força pra vc e os seus neste momento.
ResponderExcluirsinto muito, Lola. Te desejo força e muito carinho pra que o luto seja suave. Um abraço bem apertado e muita luz pra você e seus irmãos.
ResponderExcluirMeus sentimentos e todo carinho e abraço a você nesse momento.
ResponderExcluirQuerida Lola, meus sentimentos. Muita força para vc e sua família nesse momento tão difícil. Grande abraço.
ResponderExcluirMeus sentimentos Lola, adorei sua história com sua mãezinha 👏👏 emocionante
ResponderExcluirSinto muito, Lola. Um beijo e fique bem.
ResponderExcluirFui colega da Nelly no curso de Inglês da UFC ali em 2014, 2015. Ela iluminava completamente a sala, uma pessoa muito boa de se estar por perto. Permanece na minha memória com carinho desde então, e lá permanecerá pra sempre. Abraço, Lola.
ResponderExcluirLuz e Paz! Texto humano!
ResponderExcluirSinto muito! Que a saudade traga lembranças boas dessa grande mulher. Um abraço a você e família!
ResponderExcluirPor mais que seja um post muito triste, ele é também recheado tanto carinho e amor que aquece o coração da gente. Que bom que ela teve cuidado até o fim! Que bom que foi tão amada! Tudo de melhor pra vc e pro Sílvio sempre, Lola!
ResponderExcluirSinta-se abraçada. Com todo carinho, fique bem.
ResponderExcluirMeus sentimentos,Lola! Que vocês fiquem bem, ela estará sempre no coração de vocês
ResponderExcluirQue fotos lindas, Lola.
ResponderExcluirMeus sentimentos a você e sua família. Certamente é um grande consolo a longa e plena vida que ela pode usufruir.
Essa doença é terrível. Uma tia avó minha, muito querida, teve câncer de ovário também. Por volta dos 70 anos. Ela começou a fazer reposição hormonal logo após a menopausa, antes dos 50. Não sei se isso contribuiu. Ela fazia exames preventivos periododicamente, e tinha feito um seis meses antes do diagnóstico, e nada apareceu. Foi repentino e agressivo. Mas sem dores, também. Ela teve uma sobrevida maior, pq fez tratamento, mas não fim...
Enfim. Fique bem.
Ela foi em paz e teve a morte - que é a nossa unica certeza - mais digna que poderia ter.
Abraços, alícia.
Lola,
ResponderExcluirSua lucidez, amor e cuidado com as palavras deixam claro que sua mãe será pra sempre. Ela está em você.
Infelizmente, essa dor vai te doer sempre, mas com o tempo vai doer diferente.
Abraços fraternos.
Lola, eu sinto muito. Faz tempo que não vim a seu blog por isso não havia falado antes.
ResponderExcluir