Comprei esse ímã de geladeira na última vez que estive em Buenos Aires, em dezembro de 2018. É Mafalda gritando "Yo no lo vote!" ("Não votei nele!"). Era uma referência ao presidente de direita Maurício Macri, responsável por jogar a Argentina na pior pobreza que se viu em dez anos.
Quando vi o ímã, entendi a referência a Macri, mas pensei também em Trump e Bolsonaro.
Não votamos em nenhum desses salafrários reaças. Dois deles já são passado (e põe passado nisso: uma pesquisa nos EUA mostrou que 68% dos americanos não querem que Trump volte nunca e não o querem como líder de nada). Falta o terceiro. Já se vislumbra o impeachment no horizonte.
Amanhã teremos manifestações exigindo Fora Bolsonaro em todo o país.
Amo a Mafalda!! Tanto que esse é o nome da minha cachorrinha... rsrsrs
ResponderExcluirAmei o ímã!!
Mudando totalmente de assunto... ontem arrumei uma treta num grupo de facebook "feminista" que eu participava, porque falei sobre Alienação Parental... Vivemos aqui em casa essa experiência (a mãe e a avó materna das minhas enteadas fazem alienação parental com elas, contra meu marido - elas chamam meu filho, um bebê e irmão das meninas, de "bastardinho", pra você ter idéia do nível de gente que elas são), e inclusive meu marido está processando as duas por isso... Na minha visão de leiga em direito, me parece ser correto que haja uma tipificação penal para o crime que é desvirtuar a imagem de um dos genitores propositalmente frente às crianças, uma vez que isso traz danos muitas vezes irreversíveis para relação entre o pai (ou a mãe) e a criança, o que certamente traz prejuízos para ambos.
A moderadora desse grupo de facebook falou um monte de desaforos pra mim, dizendo que eu estava defendendo pedófilo (oi??) e simplesmente me excluiu do grupo, sem me dar nem a chance de entender porque o crime de alienação parental estaria de alguma forma ligado à pedofilia...
Assim, queria primeiramente saber qual é o seu posicionamento em relação a esse assunto, e saber se você sabe o que tem a ver alienação parental com pedofilia, e porque algumas pessoas (que se dizem feministas) enxergam com maus olhos a existência desse crime. Se você achar interessante, sugeriria um post sobre esse assunto...
E, somente como forma de desabafo, acho bem perigoso o posicionamento de alguns grupos feministas sobre não aceitar que se critique nenhum comportamento de mulheres, como se todas as mulheres fossem maravilhosas, livres de defeitos. Principalmente em meios voltados para tratar sobre maternidade. Existem muitas mães péssimas: mães negligentes, narcisistas, sociopatas, etc... que conseguem transformar a vida de seus filhos num verdadeiro inferno. E esse discurso de "não podemos nunca criticar outras mulheres. Não podemos nunca culpabilizar mães", só serve para invisibilizar o sofrimento dessas crianças e fazer com que acreditem - muitas vezes até a vida adulta - que não são amadas porque de fato são pessoas ruins que não merecem ser amadas, e não porque suas mães são pessoas ruins que não conseguem/querem dar amor (já que, segundo a ótica social, reafirmada por esses discursos "feministas", mães são praticamente santas enviadas por "deus").
Kasturba, acho que você está meio confusa, essa visão distorcida das mães como seres imaculados e perfeitos é criação da família também tradicional, cristã e que compactua com o machismo. Uma das pautas do feminismo é quebrar essa visão romântica do maternidade e que as mulheres que escolhem esse caminho possam fazer sabendo das dificuldades inerentes e que tudo bem não ser uma mãe perfeita.
ExcluirConcordo com você, absolutamente.
ExcluirMas infelizmente em alguns grupos "feministas" que participo (note que coloquei entre aspas), existem muitas mulheres que simplesmente não toleram que se discorde ou aponte qualquer falha em outra mulher, com o discurso de que mulheres devem se unir.
Concordo totalmente que mulheres devem se unir, mas não acho que isso seja sinônimo de passar pano pra qualquer atitude errada de uma mulher, simplesmente porque ela é mulher...
No Brasil, a alienação parental foi criminalizada, conforme previsto na lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010 (conhecida por “Lei da Alienação Parental”). ... Conclui-se que criminalizar a alienação parental é zelar pelo interesse da criança, para que não seja separada dos pais contra a vontade dos mesmos.20 de jan. de 2020
Excluirhttps://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci/article/view/4662#:~:text=No%20Brasil%2C%20a%20aliena%C3%A7%C3%A3o%20parental,Lei%20da%20Aliena%C3%A7%C3%A3o%20Parental%E2%80%9D).&text=Conclui%2Dse%20que%20criminalizar%20a,contra%20a%20vontade%20dos%20mesmos.
O texto fala que uma das formas de alienação parental é inserir memórias falsas de abuso na cabeça de uma criança. Deve ter mãe que faz a criança acreditar que foi abusada pelo pai. O ser humano é complicado demais.
Lara, pensei um pouco mais no que eu escrevi e na sua resposta, e vi que na verdade eu não me expliquei direito.
ExcluirNa verdade o que eu quis dizer é que devemos tomar cuidado ao extremo a que essa ideia de que "tudo bem não ser uma mãe perfeita" pode nos levar. Realmente, em grupos feministas voltados à maternidade, fala-se muito sobre a grande culpa materna (o que, de fato, existe e eu mesma sinto na pele - um dia desses me senti a pior mãe do mundo porque eu comi todas as uvas que tinham na geladeira e depois meu filho me pediu uva) e como devemos nos livrar desse peso e nos permitir sermos humanas. Isso é algo muito real e é uma pauta necessária e urgente. Mas temos que tomar muito cuidado para não irmos ao outro extremo e acabarmos por aceitar qualquer coisa que uma mãe faça, como se apontar um erro de uma mãe fosse um crime.
Exemplifico: num dos grupos que participo, há um tempo apareceu uma moça dizendo que estava se sentindo péssima, chorando, porque se descontrolou e bateu na filha, uma bebê com menos de 2 anos. Muitas e muitas mulheres comentaram, consolando-a e dizendo que isso acontece, que é muito estressante mesmo cuidar de um bebê e é normal perder a cabeça. Ok, concordo. E sei bem o que ela passa (presa em um apartamento com meu bebê e fazendo homeoffice durante esses meses de pandemia, também cheguei próximo de surtar várias vezes). Mas um tempo depois estava ela lá de novo, dizendo que bateu novamente na criança. E depois de novo... Sabe, eu entendo que ela é vítima, sim, de um sistema que esmaga e sobrecarrega demais mulheres e principalmente mães. Ela é vítima sim, mas não é a única vítima. A criança também é vítima, e esse discurso de ficarmos somente apoiando e acolhendo essa mulher, não vai ajudar em nada essa criança (quiçá irá atrapalhar, pois essa mulher pode começar a relativizar cada vez mais seus atos de violência contra sua filha, e achar que "é aceitável" ela descontar sua frustração na criança porque não existem mães ideais). Mas se alguém nesse mesmo grupo abrir a boca pra falar pra ela que, "não, não está tudo bem ela bater na filha dela quando se sente irritada", vai ser massacrada, ouvir pessoas falando sobre "falta de empatia, está culpabilizando uma mãe que está em situação vulnerável e etc"...
E aí podemos pensar em um caso análogo: um homem negro, periférico que está desempregado e não consegue arrumar trabalho porque sofre racismo... esse homem certamente é uma vítima do sistema também. Mas se ele chega em casa e dá uma surra na mulher, ninguém vai relativizar seu ato e dizer que "tudo bem, você é humano, acontece, todo mundo perde a cabeça de vez em quando"... é errado!! Ele tem todo o direito de estar frustrado. Mas ele não tem o direito de agredir a esposa por isso. Então porque que quando a agressora é a mãe, relativizamos essa violência contra uma criança??
ExcluirTemos que acabar com a culpa materna sim, quando se trata da mãe que se sente péssima por comer as últimas uvas da casa, ou colocar a criança pra ver TV além do "tempo ideal" porque precisa de 1 hora a mais pra descansar, ou que pede pizza no jantar porque não está com disposição pra cozinhar legumes orgânicos naquele dia e deixa as crianças irem dormir de vez em quando sem escovar os dentes porque não está com energia pra encarar uma guerra por dentes limpos. Devemos acabar com a culpa que mães sentem por largar o emprego pra cuidar do filho, ou de colocar o filho na creche porque precisa/quer trabalhar. Ou aquela culpa que ela sente porque uma vez por mês deixa a criança com outro cuidador pra ir se divertir. Esse tipo de culpa realmente temos que combater.
Mas isso é muito diferente de passar pano para situações de agressão (física ou psicológica) que muitas mães submetem seus filhos. É errado. Violência contra criança não se torna menos intolerável porque é a mãe a algoz. Não podemos deixar que o feminismo vire uma espécie de corporativismo em que mulheres acobertam e justificam atos intoleráveis de outras mulheres, usando como justificativa a "não culpabilização" de mães.
Kasturba, além do que a Lara falou aí em cima, o conceito de alienação parental como conhecemos hoje foi inventado por um defensor da pedofilia chamado Richard Garner. É, exatamente isso, um sujeito que defende pedofilia. E a maioria acha essa situação em que um cara entrega no colo dos molestadores a desculpa perfeita pra evitar ser preso é tão absurda que, até onde eu saiba, o Brasil é o único país que tem leis sobre "alienação parental". Imagina, que prato cheio pros pedófilos, né? Estupra, depois diz pro juiz que a mãe inventou aquilo, que a vagabunda está fazendo "alienação parental" com a criança num judiciário machista e não só escapa de ser preso, como também ganha acesso à ou mesmo a guarda da vítima.
ResponderExcluirClaro que mães terríveis existem e elas devem ser responsabilizadas judicialmente e presas se cometem crimes contra os filhos. Mas considerando que 5,5 milhões de crianças nesse país não tem nem o nome do pai na certidão, sabe-se lá quantos outros milhões o pai não paga a pensão nem visita, e o quanto a maioria esmagadora dos homens considera a paternidade apenas como símbolo de status e filho como distintivo de virilidade (ou, no máximo, troféu Ejaculada de Ouro), eu pessoalmente sempre desconfio de homem que chora alienação parental. Ainda mais esses que chamam a ex de louco mas ir na justiça lutar pelos direitos de ver o filho não querem.
Esses são tempos sombrios, em que se tem que verificar toda informação, ainda mais quando é chocante e envolve termos polêmicos, pois alguns grupos, principalmente da direita mas não só dela, espalham tanta informação falsa que a verdade fica parecendo mais uma versão do que um fato.
ResponderExcluirVoltando à alienação parental, Richard Garner não tinha nada a ver com pedófilos, era um advogado de defesa dos EUA, os detradores dele inventaram isso para desqualificar o seu trabalho.
https://www.anoreg.org.br/site/2019/11/07/ibdfam-especialistas-do-ibdfam-sao-contra-revogacao-da-lei-de-alienacao-parental/
Se pesquisar em fontes isentas, é possível verificar porque vários especialistas em abuso concordam e defendem a posição dele.
Além disso, o conceito e a lei que combate surgiu nós EUA, logo não é exclusivo do Brasil, no artigo abaixo são citados países desenvolvidos, como o Canadá, desenvolvidos que em seu ordenamento jurídico há leis e entendimentos semelhantes.
https://jus.com.br/amp/artigos/23302/a-alienacao-parental-em-outros-paises
Em órgãos sérios de defesa da família, não só a família tradicional que. Direita tanto fala, é explicado o que isso e porque é maléfico para a criança.
http://mppr.mp.br/pagina-6665.html
E importante, não é só as mães que fazem alienação parental, muitas vezes acontece porque os pais querem vencer as mães em processos de divórcio pela guarda e fazem os filhos pensarem que a mãe é louca.
Titia, pelo que eu entendi o problema então seria que o cara que propôs a criminalização da alienação parental pela primeira vez era pedófilo? Por isso essa tipificação não seria vista com bons olhos?
ResponderExcluirDe toda forma, eu não consigo ver como uma coisa teria ligação com a outra, de verdade...
Porque, mesmo que o crime não fosse previsto, um homem acusado de abuso sexual contra seus filhos (independente se a acusação é verdadeira ou não) poderia alegar em juízo que as acusações são falsas e que a mãe incutiu isso na cabeça das crianças... De toda forma, caberia à mãe conseguir provar que os abusos são reais, não? O que o fato de existir o crime irá influenciar nisso?
No meu entender (e pela situação que vivenciamos aqui em casa), a criminalização da alienação parental serve principalmente para que o genitor ofendido (que geralmente é o pai, mas não necessariamente) possa exigir que esse comportamento por parte do ofensor (que geralmente é a mãe, mas também não necessariamente) cesse, sob pena de multas, ou, em último caso, perda da guarda da criança.
Sei que infelizmente nosso país é infestado por genitores que nem merecem ser chamados de pais. Muitos simplesmente não registram, outros registram e nem pagam pensão, outros pagam a pensão mas simplesmente nem querem saber da criança, e há ainda muitos que vivem sob o mesmo teto das crianças e suas mães mas não dão o menor suporte emocional para sua prole. Mas acredito que a criminalização da alienação parental simplesmente não afeta em nada essa maioria de "genitores". Não é algo que eles vão usar com propósito algum, até porque eles não estão se importando nem se o filho está vivo, menos ainda se a mãe ou alguma outra pessoa está inventando coisas a seu respeito para os filhos...
O que eu vejo é exatamente o contrário: somente irá se incomodar com essas calúnias, os pais (raros) que realmente se importam com seus filhos e têm interesse de manter um relacionamento saudável e funcional com suas crianças. Ao meu ver, a criminalização da alienação parental é uma ferramenta que serve para proteger esses poucos pais que se importam. E, claro, como bem colocou o Anônimo das 08h01, proteger também a mãe, em um caso ainda mais raro em que é o pai quem pratica alienação parental contra a genitora.
Mas enfim, essa é a percepção que eu tenho, baseada na minha experiência pessoal (e bem atípica, já que meu marido é um desses raros pais que realmente se importam com os filhos) e raso conhecimento. Mas gostaria de entender mais a fundo toda a problemática envolvida nesse assunto.
Titia,
ResponderExcluircomplementando: minha dúvida tem justamente a ver com a frase que você escreveu:
"Claro que mães terríveis existem e elas devem ser responsabilizadas judicialmente e presas se cometem crimes contra os filhos"
Ao meu ver, e acredito que a maioria das pessoas não vai discordar, usar do seu poder de influência sobre uma criança para que ela acredite que o pai (e aqui estou me referindo aos raros homens que são realmente "pais") é uma pessoa ruim, a ponto de abalar a confiança e afeto que a criança tem e destruir essa relação pai-filho, é algo terrível a se fazer, e o maior prejudicado de fato é a própria criança (mais que o pai).
Mas se esse ato não for considerado pela justiça como um crime (ou seja, se o crime de alienação parental deixar de existir), essa mãe não vai poder ser responsabilizada judicialmente. E vai seguir cometendo esse abuso psicológico contra seu próprio filho, motivada, na maioria das vezes, por vingança contra o genitor.
Então qual vantagem teríamos em descriminalizar tal ato?
Obs.: usei "pai" como ofendido e "mãe" como ofensora porque é o mais comum de acontecer. Mas os papéis podem se inverter ou o ofensor pode até mesmo ser uma terceira pessoa (como aqui no nosso caso, em que a mãe das minhas enteadas também pratica alienação parental, mas a principal ofensora é a avó materna)
Foi por causa dessa estupidez de alienação parental, que uma menina de apenas cinco anos, a Joana Marcenal foi morta pelo pai e pela madrasta. O pai era serventuário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e conseguiu que a mãe da menina, a médica Doutora Christiane Marcenal fosse privada da companhia da filha durante três meses. Antes de completados, a menina deu entrada no hospital em estado desesperador, a mãe foi avisada e poucos dias depois ela faleceu em consequência dos ferimentos recebidos pelo pai e pela madrasta que a maltrataram. Não sei como anda esse processo hoje,tem mais de dez anos.
ResponderExcluir
ResponderExcluirMães pedem revogação da Lei de Alienação Parental: ‘Não vamos tolerar mais ameaças’
“Ele forçava a gente a beijar o piu-piu”. “Precisava de injeção no bumbum para eu ficar bonzinho”. “Saiu uma baba branca, e a agente vomitava”. Nesta quarta-feira (12), essas e outras frases de crianças vítimas de pedofilia foram dispostas no canteiro central em frente ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). A intervenção ocorreu durante o ato ‘Proteger nossos filhos não é crime’, convocado por coletivos e ONGs relacionados à maternidade e à proteção da infância.
Leia mais:
Lei da Alienação Parental: ‘O sistema não acolhe, ele revitimiza crianças que sofrem abuso’
O ato ocorreu simultaneamente em 17 países. O objetivo é chamar a atenção para as injustiças provocadas pela Lei de Alienação Parental que, através da inversão de guarda, abre precedentes para o convívio forçado com agressores. A lei, sancionada no Brasil em 2010, é um reflexo dos estudos do psiquiatra Richard Garner – que estabeleceu o conceito de Síndrome da Alienação Parental com objetivo de impedir que, em casos de divórcio, um cônjuge sabote a relação do outro com os filhos.
A síndrome nunca foi reconhecida por nenhum órgão médico no mundo. Ainda assim, ganhou espaço em instâncias judiciais na América Latina e na Europa. No Brasil, após a aprovação da lei, mães de todo o país passaram a se unir para denunciar genitores que, pela lei da alienação parental, acabam impunes e obtêm reversão de guarda em casos de abuso sexual infantil e violência doméstica.
Em 2017, o mesmo evento foi realizado também em frente ao TJRS. No entanto, as mães entrevistadas pelo Sul21 na época afirmam que pouco ou nada evoluiu em seus casos.
Em 2017, o mesmo evento foi realizado também em frente ao TJ-RS. No entanto, as mães entrevistadas pelo Sul21 na época afirmam que pouco ou nada evoluiu em seus casos. “Retrocedemos”, resume uma das mulheres. “Precisamos nos posicionar e falar pelas crianças que não são escutadas”, diz uma das manifestantes. “Estamos aqui porque já ouvimos de juízes que deveríamos calar nossas bocas. Nos reduzem a meras procriadoras, como se nós, mulheres, servíssemos para colocar os filhos no mundo e permanecer trancadas dentro de casa, sujeitas a abusos. Essa é uma lei machista, misógina e que abre precedentes para todos os tipos de violência contra as crianças.”
Os coletivos redigiram um manifesto, que foi entregue ao presidente do TJ-RS, desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro. ” [Queremos] garantir que as vítimas de violência recebam um tratamento digno, tomando todas as medidas relevantes para promover a sua recuperação física e psicológica e reintegração social; [além de] eliminar dos ordenamentos jurídicos as leis que perpetuam a prática da violência contra mulheres, meninas e adolescentes, bem como garantir que a violência e a humilhação não sejam reproduzidas em ambientes institucionais”, pedem, no documento.
https://www.sul21.com.br/movimentos/2018/09/maes-pedem-revogacao-da-lei-de-alienacao-parental-nao-vamos-tolerar-mais-ameacas/
Não sei se é verdade, mas a fama desse Richard Gardner né boa não:
ResponderExcluirhttps://www.alienacaoparentalacademico.com.br/galeria-richard-gardner/
"Não sei se é verdade..." Esse é o problema da Internet, o pessoal compra as Fake News que as convém.
ExcluirE, pelo visto, vc não leu o primeiro link do anônimo de 8:01 de ontem, ele tem as respostas a todos esses argumentos:
Kasturba melhoras para você e todo mundo que está preso em casa. Quanto ao caso do seu marido, é realmente triste que as coisas sejam injustas para ele; de novo, um homem que quer fazer diferente pagando pelos erros da maioria. Boa sorte para ele e para as filhas dele. Só posso dizer que, pela idade das meninas, a mãe não vai conseguir voltá-las contra o pai falando besteira. Digo isso como alguém que, quando criança, sofreu nas mãos de um pai violento psicologicamente. Minha mãe nunca falou um ai contra ele, mas todos os filhos lembram muito bem quem ele era de verdade e mantiveram distância por vontade própria.
ResponderExcluirCreio que o problema com essa questão, de molestadores usarem a alienação parental como desculpa pra fugir dos crimes ou manter o acesso à vítima, deve-se muito mais ao judiciário machista e mercenário que nós temos do que à lei propriamente dita. Vivemos num país em que o estupro de meninas de 12 anos não é punido porque elas eram prostitutas e "sabiam o que estavam fazendo". Em que uma moça cujo estupro foi provado, com filmagens, exames e laudo pericial, o estuprador foi sentenciado por "estupro culposo". Em que uma menina foi entregue ao pai que a agredia, como você citou anteriormente, apenas porque ele tinha mais dinheiro que a mãe dela. E onde a sacralização da maternidade só existe se for pra oprimir as mulheres e silenciar as crianças, nunca para cobrar responsabilidade de um homem.
É um grande esquema de silenciamento de vítimas, basicamente. Se a vítima é uma mulher, "estupro culposo", "provocou", "alguma coisa ela aprontou", "em briga de marido e mulher não se mete a colher" etc. Se é uma criança, "Os pais sabem sempre o que é melhor", "Tá inventando", "É frescura", "É só autoridade de pai/mãe", "Não é mais inocente", "O pai/ a mãe tá inventando/jogando as crianças contra mim", etc. Sempre, sempre há um motivo para silenciar a vítima e limpar a barra do agressor. E uma lei de alienação parental mal usada com certeza será mais uma arma pra silenciar as vítimas na mão de gente mal intencionada. É triste tanto pelas crianças que são impedidas de ter contato com um pai/mãe amoroso quanto pelos pais/mães que são caluniados pelo outro genitor e são afastados dos filhos... mas o fato é que a lei de alienação parental com certeza será usada pra livrar criminosos e vulnerabilizar as vítimas.
08:01 pesquisei sobre Garner e parece que ele realmente não apóia a pedofilia. Então sim, essa pode ser riscada da lista. Mas, vendo aqui uns livros que ele escreveu sobre assunto, não boto a menor fé nele:
Psychotherapy With Sex-Abuse Victims: True, False, and Hysterical
Sex Abuse Trauma?: Or Trauma from Other Sources?
Sex Abuse Hysteria: Salem Witch Trials Revisited.
Ah, Kasturba, confundi, quem comentou sobre o caso da Joana Marcenal foi a anon 12:55. Desculpa.
ResponderExcluirE, 08:01 eu retiro totalmente o que eu disse no comentário anterior. Não dá pra riscar a defesa da pedofilia da lista dele, não. Continua sendo defensor de pedófilo e só me enganei com isso porque segui sua sugestão e fui pesquisar em "fontes imparciais" que não vão incluir as barbaridades que Garner disse nos livros dele.
“É porque a nossa sociedade exagera com isso [a pedofilia] que as crianças sofrem”. Gardner, RA (1992). Verdadeiras e falsas acusações de abuso sexual infantil . Cresskill, NJ: Terapêutica Criativa. (pp. 594-5)
A pedofilia pode aumentar a sobrevivência da espécie humana servindo “propósitos de procriação”. Gardner, RA (1992). Verdadeiras e falsas acusações de abuso sexual infantil . Cresskill, NJ: Terapêutica Criativa. (pp. 24-5)
Mantenha a criança conectada ao agressor Cuidado especial deve ser tomado, não alienar a criança do pai molestador. A remoção de um pai pedófilo da casa “só deve ser seriamente considerada depois que todas as tentativas de tratamento da pedofilia e reaproximação com a família se revelaram inúteis”. Gardner, RA (1992). Verdadeiras e falsas acusações de abuso sexual infantil . Cresskill, NJ: Creative Therapeutics. (P. 537)"
A criança deve ser informada de que não existe um pai perfeito. “A exploração sexual tem que ser colocada na lista negativa, mas os aspectos positivos também devem ser apreciados” Gardner, RA (1992). Verdadeiras e falsas acusações de abuso sexual infantil . Cresskill, NJ: Creative Therapeutics. (P. 572)
Então, enfie seu ídolo no cu e vá lamber defensor de pedófilo em outra freguesia.
Nossa, titia, me assustei com essas citações que você colocou. Realmente, não tem como argumentar que o cara não é pedófilo. Talvez ele mesmo possa até não ser abusador, mas defende e justifica os atos de quem é. Certamente, é uma sandice tentar "tentativas de tratamento da pedofilia e reaproximação com a família". Inacreditável que alguém tenha coragem de dizer (e escrever) tais pensamentos...
ResponderExcluirBem, acho que então ficou claro pra mim. O problema não seria a lei em si, mas sim o poder que ela daria para que pais molestadores pudessem deturpá-la para conseguir a convivência com as crianças e continuar os abusos, seria isso? Analogamente à criminalização de denúncia caluniosa de abuso sexual, que a princípio parece uma coisa boa, mas coloca a mulher abusada em uma situação ainda mais vulnerável, pois se não conseguir provar o abuso, ainda poderá ser processada pelo abusador...
Então ao meu ver, o ideal seria conseguir uma forma de modificar o texto da lei, de forma a blindá-la contra esse tipo de manobra... mas talvez não haja como (ou não haja interesse de quem poderia fazê-lo)...
Então nesse caso, pessoas como meu marido e suas filhas são prejudicadas porque existem outras mau caráter... Bem o que você falou, uma pessoa que quer fazer algo certo, pagando pelos erros da maioria... É uma pena... Mas certamente os prejuízos para meu marido e suas filhas em seu relacionamento vai trazer muito menos prejuízos do que os que uma criança obrigada a conviver com seu molestador teria...
É exatamente isso Kasturba, agressores e molestadores usando dessa lei (que deveria ser algo positivo pras crianças e pros pais e mães caluniados) para escapar da prisão e ainda manter o acesso às vítimas. Para coibir esse uso perverso da lei de alienação parental (ou mesmo o uso social do conceito, pra desacreditar as crianças vitimadas e mães/pais que denunciam diante da sociedade), seria necessário acabar com todo o esquema social no qual vivemos em que os crimes sexuais são os únicos em que a vítima é quem carrega o ônus e em que a maternidade/paternidade são sacralizados de tal forma que pais e mães são tratados com deuses que nunca devem ser questionados, nem pelos filhos nem pelo Estado.
ResponderExcluir